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UNIVERCIDADE LICUNGO

FACULDADE DA EDUCAÇÃO

ETELVINO DAI MANUEL


FATIMA JOSÉ OMAR
JOSÉ ANTÓNIO MACUVANE
JOSSIAS FERNANDO CHIMEJA
MOMEDE SALIMO RAJA
SARLA SALOMÃO MUGABE

ENSINO SUPERIOR (AS TRADIÇÕES E NOVAS MISSOES DO ENSINO SUPERIOR E


O COMPONENTE NO ENSINO PEEC-2020/2022

BEIRA

2022
ETELVINO DAI MANUEL
FATIMA JOSÉ OMAR
JOSÉ ANTÓNIO MACUVANE
JOSSIAS FERNANDO CHIMEJA
MOMEDE SALIMO RAJA
SARLA SALOMÃO MUGABE

ENSINO SUPERIOR (AS TRADIÇÕES E NOVAS MISSOES DO ENSINO SUPERIOR E


O COMPONENTE NO ENSINO PEEC-2020/2022

Trabalho em grupo a ser entregue no


departamento de ciências De educação curso de
ensino básico como Requisito parcial na cadeira
de ensino básico.

DR˸ Filipe Maite

BEIRA
2022

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Índice
Introdução........................................................................................................................................2

1.1.1Objectivos Geral..................................................................................................................2

2.1.1. Politicas do ensino superior em Moçambique.......................................................................3

2.2.1. Ensino superior..................................................................................................................6

2.2.3. Princípios e valores orientadores do ensino superior em Moçambique.............................7

2.2.4. Visão..................................................................................................................................7

2.2.5. Missão................................................................................................................................7

2.2.6. Objectivos estratégicos do ensino superior........................................................................7

2.2.7. Proposta do Plano estratégico do ensino superior em Moçambique 2020-2030...............8

3.1.1.Qualidade expansão e acesso............................................................................................10

3.3.2. Gestão e democraticidade................................................................................................10

3.3.3. Financiamento e infra-estruturas......................................................................................10

3.3.4. Governação, regulação e fiscalização..............................................................................10

3.3.5.Internacionalização e integração regional.........................................................................10

4.1.1.Análise crítica.......................................................................................................................12

5. Conclusão..................................................................................................................................13

6. Referência bibliográfica.............................................................................................................14

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1 Introdução

Este trabalho foi realizado no âmbito de debate entre colegas subordinado ao tema:
ensino superior. Este tema tem como objectivos a reflexão sobre os principais as tradições do
ensino superior e novas missões. Se podem evidenciar à entrada do Ensino Universitário e o
porquê da sua importância, quais as politicas curriculares e extra-curriculares que fortalecem o
carácter, capacidade de liderança e espírito de cidadania aos seus alunos, e que desafios se
colocam às Instituições que querem acompanhar as necessidades de formação e amadurecimento
Profissional de pós-graduação, ao longo da vida. Nossas atitudes e comportamentos na faculdade
e na sociedade. Contudo, como em todas as coisas existe sempre uma bilateralidade no Ensino
Superior. Para além da vertente docente e institucional temos também a discente. Como tal, para
que tudo corra pelo melhor, há que garantir boas condições de ensino, mas também, tentar que
haja um determinado número de potencialidades no aluno.
Na nossa perspectiva, as atitudes e valores a evidenciar são dependentes da área escolhida.
Consideramos que é indispensável que cada aluno deva ter interiorizado certas atitudes e valores
como pontualidade atitude que deverá ser adquirida precocemente de modo a ser evidenciada no
futuro emprego de forma espontânea, caso contrário, compromete em parte a realização das
tarefas e o próprio posto de trabalho.

1.1 Objectivos Geral

1.1.1 Geral

a) Conhecer as tradições e novas missão do ensino superior.


1.1.2 Específicos
a) Analisar os planos estratégicos de educação cultura do ensino superior;
b) Identificar a nova missão do ensino superior em Moçambique;
c) Avaliar as políticas do ensino superior em Moçambique.

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2.2.1.Politicas do ensino superior em Moçambique

A história recente de Moçambique é, genericamente, dividida em dois grandes momentos, tendo


quase sempre como pressuposto a orientação político-económica dominante, assim teríamos um
primeiro momento que iria de 1975 a inícios da década de 90 e um segundo momento desde essa
altura até aos nossos dias. Assim, tendo como pano de fundo a fragmentação do mundo em dois
grandes blocos política, económica e ideologicamente demarcados no âmbito do que se
convencionou chamar de guerra fria, o primeiro momento caracteriza-se por um assumido
sentido revolucionário com forte apelo socialista, economia centralizada e que ditaria que os
pressupostos das políticas educacionais aí definidas reflectissem uma visão do mundo particular.
Numa obra intitulada Higher Education in Mozambique (2003), os seus autores recordam, a este
propósito, que os quadros de então eram preparados para implementar o programa socialista na
economia e na sociedade.
A Universidade Eduardo Mondlane, a única que então existia, situação que se manteria até 1985,
adoptou uma perspectiva utilitária, banindo cursos que não eram considerados prioritários,
preparando e formatando esses mesmos quadros com base na ideologia dominante, através, entre
outros procedimentos, da doutrinação que era feita pela disciplina de Marxismos Leninismo, cujo
ensino era transversal a todos os cursos. E uma questão essencial que ressaltava, nesse período, é
que a carreira e a vocação individuais deviam subordinar-se ao interesse nacional. O ideal de
cidadania que era proposto assentava numa base essencialmente colectivista. Isto é, perseguia-se
um sentido de cidadania militante, convergente com os ideais orientados para a reconstrução e
relançamento de um país, de uma nação despertando da noite colonial, e onde a crença na
edificação do homem novo se transformava numa palavra de ordem mobilizadora e dominadora.
Acreditava-se que com a formação superior, os quadros iriam assegurar o desenvolvimento do
país, materializando os princípios da ideologia instituída. Com a viragem a que se vai assistir
quer no país quer no mundo, nos inícios da década de 90 queda do Muro de Berlim e fim da
guerra fria, por um lado, e a adopção, por outro, no país de uma economia de mercado, de uma
constituição liberal e o fim da guerra civil que deixaria marcas duradoiras de destruição a todos
os níveis ganha vulto um novo entendimento do papel do ensino superior. É, nesta conformidade,
que em 1991 um diploma governamental institui, por exemplo, os exames de admissão ao ensino
superior. Até aí, os estudantes matriculavam-se sem grandes limitações nos cursos oferecidos nas

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três instituições de ensino superior existentes, todas elas públicas, nomeadamente a UEM, a
Universidade Pedagógica (entretanto surgida em 1985) e o Instituto Superior de Relações
Internacionais (1986). Em 1993, o Parlamento aprova a criação do Conselho Nacional do Ensino
Superior, com a função de aconselhar o Conselho de Ministros. No mesmo ano, é aprovada a Lei
do Ensino Superior (1/93) que, pela primeira vez, cria espaço para as universidades privadas. A
partir de 1995, surgem as primeiras universidades privadas. Em cerca de dez anos, no que toca
ao ensino superior, dar-se-ão passos significativos que traduziam não só profundas
transformações políticas e socioeconómicas, como também uma nova perspectiva sobre a
natureza e a função das universidades no relançamento de um país e de uma sociedade em busca
de si própria.
O lançamento, em 2000, do Plano Estratégico do Ensino Superior em Moçambique 2000-2010 e
a criação do Ministério do Ensino Superior, Ciência e Tecnologia (MESCT), seriam reveladores
do compromisso do Estado em relação aos grandes desafios que se colocavam ao próprio
subsistema (expansão do acesso, relevância e qualidade), às políticas a perseguir para responder
ao crescimento e à complexidade que aí se verificavam e, finalmente, ao sentido de cidadania
que estava subjacente no perfil dos quadros a formar. Nota-se também maior ênfase na
diversificação e complementaridade do subsistema de ensino superior (não apenas universidades)
para responder melhor às necessidades do desenvolvimento socioeconómico e dos cidadãos.
Assim como na articulação deste subsistema com outros subsistemas do Sistema Nacional de
Educação (SNE).
Dez anos depois de definidas as políticas e as estratégias que deveriam ter colocado o ensino
superior em Moçambique a ombrear, pelo menos, com as melhores universidades africanas, as
contradições, as tensões, as indefinições, os desvios e as perversões que, entretanto, foram
dominando o percurso do ensino terciário no país, mostram o quanto comprometido está todo o
projecto de edificação de uma sociedade evoluída, competitiva, auto-sustentada e estruturalmente
democrática. Isto é, se a implementação do Plano Estratégico determinou a rápida expansão do
ensino superior no país, e uma melhoria dos órgãos de consulta, como sejam o Conselho do
Ensino Superior (CES) e o Conselho Nacional de Ensino Superior (CNES), por outro lado,
assistiu-se a uma deterioração gradual da qualidade dos. Processos e, consequentemente, dos
produtos.

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Discutir o ensino superior é, para todos os efeitos, debruçarmo-nos sobre aquela que é a pedra
angular da busca de excelência, a todos os níveis, no processo de desenvolvimento de um país.
Como expressão de um mal-estar, mais ou menos generalizado, no que concerne à orientação
deste subsector, o governo decidiu, há bem poucos dias, coincidentemente numa altura em que
me encontrava a preparar esta comunicação, suspender o licenciamento de novas instituições de
ensino devido à manifesta falta de qualidade patenteada por muitas delas. Nessa constatação e
nessa decisão tardia, o que prevalece, segundo as próprias autoridades, é a preocupação em
encontrar um instrumento que assegure o cumprimento de padrões mínimos de qualidade tanto
no licenciamento como no funcionamento das instituições. Se até finais dos anos 80 se poderia
falar de uma ideia de cidadania incorporada e alimentada pela educação, em geral, e pelo ensino
superior, em particular, assente no princípio da sobreposição da acção do social sobre o
indivíduo, a partir da década de 90, com todas as transformações a que se assistiu no mundo e no
país, o que se verifica, e por impulso da liberalização política e económica, é a afirmação da
responsabilidade e liberdade individuais sobre o social.
As regulamentações que ditam, em diferentes momentos, a orientação a ser seguida pelo ensino
superior em Moçambique traduzem quer as diferentes percepções sobre a natureza e papel do
ensino superior quer as tendências dos contextos políticos e socioeconómicos. Veja-se, por
exemplo, a Lei nº 1/93, de 24 de Junho, a Lei nº 5/2003 de 21 de Janeiro e a Lei nº 27/2009 de 29
de Setembro.
Um factor decisivo em relação às orientações que o sector da educação, em geral, e do ensino
superior, em particular, vai seguindo ao longo do tempo, prende-se com a notória dependência
que o país apresenta em relação ao exterior quanto ao financiamento nas áreas de investigação,
formação, infra-estrutura. Se no momento pós-independência, essa dependência, sobretudo do
ponto de vista ideológico, está atracada no Bloco de Leste, a partir dos finais da década de 80 e
decorrente dos compromissos que foram então assumidos, há um inequívoco ascendente do
Ocidente, representado pela Europa e Estados Unidos, e de organizações financiadoras como o
Banco Mundial.
Num estudo relevante e de impacto assinalável, da autoria de (Joel Samoff e Bidemi Carrol,
2002), intitulado “The promise of partnership and continuities of dependence: External support
to higher education in Africa”, apresentado ao 45º Encontro Anual da Associação dos Estudos
Africanos, em 2002, em Washington, os autores analisam, com acuidade, as relações quase

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sempre desequilibradas, quase sempre unívocas e, por consequência, em parcerias muitas vezes
equívocas, entre as universidades africanas e o Ocidente. Os fluxos de conhecimento, de recursos
financeiros, humanos e materiais, mesmo debaixo da capa de acordos de parceria que vão sendo
estabelecidos, seguem sempre num sentido em que África é basicamente destinatária e
beneficiária. Além de algumas cifras elucidativas desse desequilíbrio, o que o estudo nos revela é
como se dá a flutuação do desempenho das instituições do ensino superior em África
dependentes das oscilações da ajuda externa que vão, ou não, recebendo.
Aliás, esta dependência é explicada, em parte, pelo facto de as universidades africanas serem, em
geral, incapazes de atrair, diferentemente do que acontece no Ocidente, recursos significativos do
sector privado, governo e sociedade.
Assim, é aí referido que, na sequência de vários estudos encomendados pelo Banco Mundial que
concluíram que, apesar dos subsídios que eram atribuídos ao ensino superior em África, este
pouco contribuía para solucionar os problemas que afligiam a maior parte da população, houve
uma recomendação, em 1988, para redireccionar a ajuda para o ensino básico.
A conferência de Jomtien, na Tailândia, em 1990, com o lema Educação para Todos, acabaria
por consagrar esta nova disposição, concorrendo para uma acelerada e acentuada fragilização das
universidades africanas, que viam assim substancialmente reduzida a ajuda que até aí lhes era
concedida. Outra demonstração desta fragilidade e das oscilações de desempenho e viabilidade
do ensino superior em África dá-se quando, também por iniciativa do Banco Mundial, é
reconsiderado o apoio a dar a este subsector da educação, em meados da década de 90. Concluía-
se, através dos relatórios então publicados, que não havia nenhuma possibilidade de desenvolver
as nações africanas sem um ensino superior que pudesse fornecer quadros e conhecimento com
capacidade para introduzir as mudanças estruturais necessárias.

2.2.2. Ensino superior

De acordo com MINEDH (2020), “ ensino superior destina-se aos estudantes graduados da 12a
classe ou equivalente”. Nessa perspectiva todo estudantes que tenha concluído o nível médio do
ensino geral ou equivalente tem acesso de candidatar se ao ensino superior.

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2.2.3. Princípios e valores orientadores do ensino superior em Moçambique

O ES em Moçambique guia-se pelos seguintes princípios e valores:

a) Excelência académica;

b) Cultura académica Liberdade de pensamento e de expressão;

c) Autonomia;

d) Permanente Internacionalização Humanismo e integridade Igualdade e equidade


Inovação permanente Desenvolvimento gradual;

e) Integral e sustentável Democraticidade e paz social Empregabilidade de qualidade


Reforço da cidadania, da consciência cívica e ética Participação activa na vida política,
económica, social, cultural, desportiva e artística.

2.2.4. Visão

O PEES 2012 – 2020 é construído para alimentar a seguinte visão do ES em


Moçambique:

“Um Ensino Superior em expansão, com equilíbrio e qualidade, sob uma governação eficiente e
respeitadora da autonomia das instituições que, guiando-se, pelo princípio da democraticidade,
desenvolvam actividades produtoras de conhecimento e que sejam objecto de reconhecimento
nacional e internacional MINEDH, (2020).

2.2.5. Missão

Na sequência do Plano Estratégico precedente, o subsistema de ES tem a seguinte missão:

“Promover a participação e o acesso equitativos, no ES, e responder às necessidades do país de


uma forma dinâmica, desenvolvendo o ensino, investigação e extensão para o fortalecimento da
capacidade intelectual, científica, tecnológica e cultural, num contexto de uma sociedade em
crescimento. (MINEDH, 2020).

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2.2.6. Objectivos estratégicos do ensino superior

O objectivo desta consultoria é de elaborar um Plano Estratégico do Ensino Superior que vai
nortear todas as actividades do subsistema durante o tempo da sua vigência, incluindo os
mecanismos para a sua operacionalização, monitoria e avaliação, tendo em conta os desafios
actuais de médio e longo prazo do ensino Superior em Moçambique.

A elaboração do novo plano estratégico será informada pela avaliação do Plano Estratégico do
Ensino Superior 2012-2020 em curso. O PEES 2021-2030 será holístico, basear-se-á em
evidências e abrangerá uma visão clara, prioridades políticas e estratégias para o
desenvolvimento do ES em Moçambique. Incluirá um mecanismo de monitorização e avaliação
e um orçamento, assim como programas prioritários e planos operacionais para os primeiros 4
anos da sua vigência como:

a) Promover a expansão e o acesso equitativo ao ensino superior com padrões internacionais


de qualidade;
b) Melhorar o financiamento para o funcionamento e estabelecimento de infra-estruturas
adequadas para actividades académicas;
c) Melhorar a capacidade institucional no domínio da gestão e democraticidade das IES;
d) Assegurar a eficiência na concepção e aplicação da governação, fiscalização e regulação
do ensino superior;
e) Promover actividades sistemáticas e a excelência na investigação, do ensino, extensão,
estacão de serviços e nas acções transversais;
f) Garantir o alargamento e aprofundamento da internacionalização e da integração
regional.

2.2.7. Proposta do Plano estratégico do ensino superior em Moçambique 2020-2030

O Plano Estratégico do Ensino Superior (PEES), é o documento orientador do desenvolvimento


das actividades do subsistema, por parte dos actores e todas as partes interessadas. O PEES
2012-2020, surgiu com o objectivo de responder aos desafios constantes da Agenda 2025, bem
como aos preconizados no Programa Quinquenal do Governo de Moçambique (PQG 2010-

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2014), tendo como base os resultados alcançados com a implementação do anterior Plano
Estratégico (PEES 2000-2010).

Estando prestes a terminar o PEES 2012-2020, em todo seu ciclo de elaboração, implementação
e monitoria urge elaborar um novo instrumento para orientar as actividades do subsistema nos
próximos 10 anos. Assim, este exercício implica em geral tomar como pressuposto os desafios
actuais do país, de natureza científico-pedagógica, sociopolítica, laboral, económica e cultural, e
especificamente observar de entre outras acções tais como:

a) Elevar o número dos docentes com grau de doutor, bem como massificar a sua
formação continua;
b) Melhorar a taxa bruta de escolaridade, observando as disparidades geográficas e
do género;
c) Equilibrar a oferta de cursos de Ciências sociais com os de Ciência, Tecnologia,
Engenharia e Matemática (STEM);
d) Alinhar a qualidade de graduados com a exigência do mercado de trabalho,
promovendo a formação baseada em competências;
e) Garantir o cumprimento efectivo pelas IES da obrigação de fornecimento de
informações para o ministério de tutela do ES, privilegiando o uso das TIC;
f) Garantir a oferta de cursos e programas relevantes e com qualidade e em reposta
aos desafios da Era Digital;
g) Garantir a fiscalização e a monitoria das actividades das IES por parte do
ministério que superintende o ES;
h) Garantir o acesso e uso da internet e plataformas electrónicas de apoio aos
processos de ensino-aprendizagem e investigação com recurso a infra-estruturas
tecnológicas, bem como o uso de salas inteligentes, massificando o ensino à
distância, incrementando o nível de inclusão;
i) Garantir o uso das plataformas anti-plágio e de repositórios científicos bem como
plataformas de ciência aberta em prol da melhoria da qualidade do ensino superior;
j) Garantir que todos estudantes e docentes tenham acesso a um dispositivo
electrónico (computador) para fazer face ao processo do ensino, aprendizagem e
investigação; e

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k) Garantir que todas as IES operacionalizem a pesquisa, extensão e inovação.

Estas e outras acções devem estar de harmonia com a Lei do Sistema Nacional da Educação (Lei
No. 18/2018, de 28 de Dezembro), a Lei do Ensino Superior (Lei No. 27/2009, de 29 de
Setembro), o Regulamento de Licenciamento e Funcionamento das Instituições do Ensino
Superior aprovado pelo decreto No. 46/2018, de 1 de Agosto, bem como outros instrumentos
normativos sobre o ES e da área das TIC (Política e Estratégia da Sociedade de Informação, Lei
de Transacções Electrónica, Estratégia Nacional de Banda Larga). E Internacionalização e
integração regional e as suas acções operacionais foram alcançados, se continuam válidos ou
não, atendendo e considerando o grau de sua execução. Nesses termos o Ministério da Ciência,
Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) pretende contratar uma firma para serviços de
consultoria para a elaboração do Plano Estratégico do Ensino Superior 2021-2030.

3.3.1. Qualidade expansão e acesso: toma-se em consideração a necessidade de crescimento e


do imperativo de melhorar a qualidade do ES. Esta área tem como objectivo estratégico
promover a expansão e o acesso equitativo ao ensino Superior.

Superior com padrões internacionais de qualidade, através de medidas que vão desde a
diversificação das instituições de Ensino Superior (IES), aumento do volume de bolsas de
estudo, passando pela utilização de TIC e sistema de ensino à distância, até ao melhoramento na
formação dos docentes e nas infra-estruturas.

3.3.2. Gestão e democraticidade: em reconhecimento do papel das ES na promoção da cultura


de democracia e transparência na gestão, esta área tem como objectivo estratégico melhorarem a
capacidade institucional no domínio da gestão e democraticidade das ES.

O conjunto de acções inclui a criação e consolidação dos mecanismos de eleição dos órgãos
colegiais por meio da revisão dos pares e dos métodos de gestão transparente e participativa, com
um sistema eficiente de monitoria e avaliação sistemática.

3.3.3. Financiamento e infra-estruturas: tendo em vista que o financiamento do ES e as infra-


estruturas devem ser adequados às actividades académicas, foi estabelecido, como objectivo
estratégico, melhorar o financiamento para o funcionamento e estabelecimento de infra-
estruturas adequadas para actividades académicas, através de acções tais como a introdução de

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formas diferenciadas de financiamento, incluindo a comparticipação das famílias, a geração de
renda pela IES, bem como a necessidade de adequação de infra-estruturas para o suporte das
actividades académicas.

3.3.4. Governação, regulação e fiscalização: o aumento do número de IES exige um processo


mais complexo de regulamentação, pelo MINED, como base para assegurar a qualidade dos
cursos oferecidos pelas IES. Assim, foi estabelecido como objectivo estratégico, assegurar
eficiência na concepção e aplicação da governação, fiscalização e regulação do ensino superior,
com acções concentradas na harmonização, divulgação e aplicação.

3.3.5. Internacionalização e integração regional: o ensino superior constitui uma plataforma


importante para a internacionalização e integração regional. Para o efeito, foi estabelecido o
objectivo estratégico de garantir o alargamento e aprofundamento da internacionalização e da
integração regional, com acções que incluem a aplicação de Mecanismos de avaliação
internacional do ES, o estabelecimento de parcerias para a formação de docentes e programas de
investigação e o intercâmbio de estudantes e docentes.

O PEES inclui projecções do desenvolvimento do ES em Moçambique. Com base nos dados


históricos e na situação regional e nas condições de Moçambique, foram desenhados cenários
representando número de estudantes, docentes, infra-estruturas e recursos correspondentes. O
cenário mais sustentável aponta para um crescimento de 101,300, em 2010, e de 158,000
estudantes, em 2020, o que representa um crescimento global de 56%. Este aumento vai exigir a
formação de 2900 novos docentes até 2020, o aumento de novos espaços educativos, em cerca de
30% da capacidade actual, e um investimento em infra-estruturas no valor de cerca de quatro mil
e cinquenta milhões de meticais.

Mecanismos de implementação do PEES 2012-2020 O principal mecanismo de implementação


deste plano estratégico é o Plano Operacional configurado para o período de vigência de um 9
Governo eleito. O Plano Operacional apresenta as acções críticas, as responsabilidades de
implementação entre o MINED, as IES e outros parceiros relevantes, um cronograma indicativo,
o custo das acções e indicadores de execução.

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4. Análise crítica

Após uma analise feita dos objectivos estratégicos do ensino superior constatamos que na alínea
A, chega se a conclusão que o ensino superior não tem sido equitativo, ao nível dos padrões de
qualidade internacional, visto que em algumas instituições do ensino superior, como o caso das
instituições superiores privados (ISP), tem tido a qualidade de ensino mais qualitativa que as
instituições publicas. Assim como na alínea B, as infra-estruturas indo de acordo com a realidade
de Moçambique, não são tão adequadas para actividades académica, isto é tem sucedido muitas
vezes á falta de carteiras para os estudantes, não só, como também, as mesmas infra-estruturas
não apresentam boas segurança e no caso de envolvimento há deficientes que de alguma forma
não se sentem incluídos, devido as condições em que as infra-estruturas se encontram. Por
exemplo o caso que infelizmente causou muitos danos materiais ciclone IDAI.

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5. Conclusão

Terminado com a pesquisa feita sobre as politicas e as propostas de estratégias de plano de


ensino superior 2020-2022, ou seja as estratégias do plano de ensino superior elas são elaboradas
de 10 em 10 anos, isto é com o objectivo de melhorar a qualidade de ensino e politicas que possa
responder as necessidades do pais ainda em relação a expansão do ensino superior, ressalta-se o
crescimento do número de matrículas esta ocorrendo. Uns últimos anos registou uma taxa maior
dos graduados para ingresso ao ensino superior um numero que mostra um importante avanço
uma vez que nos anos anterior a taxa era baixa sendo assim recomenda se que seja garantido por
meio da implementação de politicas publicas que objectivem a manutenção deste crescimento e a
qualidade deste nível de ensino. Acredita-se que esta seja também uma forma de valorizar as
diversas graduações e teria um feito sobre o valor atribuído.

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6. Referência bibliográfica

MESCT (2000). “Plano estratégico do ensino superior em Moçambique2000-2010”. Maputo.

Brouwer, Roland, Lídia Brito e Zélia Menete (2009). “Educação, formação profissional e
poder”, in Desafios para Moçambique 2010. Maputo,IESE, 273-296.

Brock-Utne, Birgit (2003). “Formulating higher education policies in Africa: The pressure from
external forces and the neoliberal agenda”, Journal of Higher Education in Africa, 1 (1), 24-56.

Brouwer, Roland et al. (2008). “Análise do impacto do Fundo para Melhoria da Qualidade e
Inovação” (Relatório). Maputo, AUSTRALCOWI. Ki-Zerbo, Joseph (1991). História da África
Negra, Vol. II. Lisboa, Publicações Europa-América.

Ministério da ciência. (2021), contratação de uma firma para serviço de consultoria para a
elaboração do plano estrategico do ensino superior 2021-2030: proposta de termos de
referência. Maputo.

Disponivel em: https://www.mctes.gov.mz.-wp-cotent/uploads/2021/06/termos-de-referencia-


para-PEES-2021-2030_DNES_VF_port_25.01.2021_final.pdf

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