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CURSO DE GRADUAÇAO EM PEDAGOGIA

MARIA RAISSI SILVA BERNARDO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO III – EJA

BATURITÉ - CE
2022
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CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

MARIA RAISSI SILVA BERNARDO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO III – EJA

Relatório de Estágio apresentado à


disciplina Estágio Supervisionado III –
EJA, da Faculdade do Maciço de
Baturité, como requisito parcial
obrigatório para a conclusão da
disciplina de Estágio do Curso de
Pedagogia. Supervisor(a) Acadêmico
(a): Prof. Leidiane Almeida Sousa.

BATURITÉ - CE
2022
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Credenciada pela Portaria MEC 160 de 03 de março de 2015 – D.O.U de 04/03/2015


Mantida pelo Instituto de Ensino Superior Teológico Cristão – IESTEC – CNPJ
12.509.127/0001-10 Rua Edmundo Bastos, S/N – Bairro Sanharão – Baturité –CE –
CEP 62760-000 – Fone: 085 3347 2774

NOTA
PARECER DO SUPERVISOR ACADÊMICO DE ESTÁGIO

Relatório de Estágio apresentado à disciplina Estágio Supervisionado Obrigatório da


Faculdade do Maciço de Baturité, como requisito parcial obrigatório para a conclusão da
disciplina de Estágio III, EJA do Curso de Pedagogia.

MARIA RAISSI SILVA BERNARDO

Aprovado em: _____________, ______ de __________ 2022

SUPERVISOR ACADÊMICO

_____________________________________________
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5

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................5
2. FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICA .......................................................................................7
2.1. O que é a EJA ......................................................................................................................
2.2. A história da EJA no Brasil ..................................................................................................
2.3. A EJA depois da LDB (Lei 93694/96) ................................................................................
3. CONHECENDO O CAMPO DE
ESTÁGIO ....................................................................12
3.1. Aspectos materiais, físicos e socioeconômicos da
escola....................................................12
3.2. Corpo discente: expectativas e possibilidades de
aprendizagem.........................................12
3.3. Corpo docente: formação, planejamento, avaliação e
concepções......................................12
3.4. Direção e equipe técnica: organização das ações e seu projeto político
pedagógico............12
4. EXPERIÊNCIAS
DOCENTES..........................................................................................14
4.1. Observação ........................................................................................................................14
4.2. Regência ............................................................................................................................15
5. CONSIDERAÇÕES
FINAIS..............................................................................................16
6. REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS ..............................................................................17
7. ANEXOS
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1- Introdução

O presente relatório tem como objetivo relatar a experiência vivenciada no estágio


supervisionado da Educação de Jovens e Adultos – EJA realizado no Centro de educação de
Jovens e Adultos (CEJA) Nilda Teixeira Barreto, turma da localidade de Poço do Padre.
Tejuçuoca/Ce.
O EJA é uma modalidade de ensino que de acordo com a LDB Lei n 9394/96 Art.
37, [...] será destinado aqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino
fundamental e médio na idade própria. A EJA começou a ganhar espaço na história da
educação brasileira por volta da década de 60, que surgiram as primeiras discussões acerca da
modalidade, tendo como principal referência o educador Paulo Freire. Ele acreditava que os
não alfabetizados tinham direito de serem inseridos na sociedade e a classe menos favorecida
ter acesso ao conhecimento.
Os jovens e adultos que não tiveram acesso a escolarização na idade regular, vêm na
EJA uma oportunidade de acesso à educação básica e de certa forma se incluírem no meio
social e cultural. Seu retorno deve-se na maioria das vezes, a dificuldade de ingresso no
mercado de trabalho, a vontade de saber, compreender e até mesmo resolver situações do dia
a dia e alguns ainda pela a vontade de aprender a ler, escrever e calcular. Para entender
algumas dessas expectativas a escola e os professores precisam estar preparados para
trabalhar com esse público diferenciado.
Gerar e manter entusiasmo desses alunos para o aprendizado é um desafio da EJA,
diante disso acredita que a motivação deve partir de uma proposta que favoreça a realidade
desse público, sabemos que grande parte dos alunos tem oportunidade de escolarização na
idade certa mais devido a problemas deixaram de ir à escola e estão agora tentando recuperar
o tempo perdido. É um público heterogêneo que já construiu que já construiu uma bagagem
de conhecimentos ao longo da vida. Por tanto o professor deve considerar todas as
particularidades para propor um ensino diferenciado e adequado que possua sentido para o
aluno. Dessa forma o EJA deve proporcionar um processo de ensino aprendizagem de
7

qualidade que vise a permanência do aluno na escola que valorize suas experiências e seus
conhecimentos com as mesmas condições oferecidas a todos os níveis de educação básica.
O estágio supervisionado além de possibilitar uma aproximação do aluno com seu
futuro ambiente de trabalho, pode proporcionar que ele faça analise a respeito da realidade
escolar o que pode estimular a aplicação de novos meios de ensino e fazer com que reflita
sobre o que ensinar. Assim contribui para que como futuro professor lancem um novo olhar 6
sobre o ensino aprendizagem as práticas docentes, além de ser também um momento que para
se consolidar os conhecimentos adquiridos nas diversas disciplinas do curso de formação de
professores de pedagogia.
Entre tanto ainda há muito o que avançar com relação ao ensino de EJA já que ele
ainda é visto as margens das políticas educacionais no país, não sendo prioridade sua efetiva
implementação e continuidade. A criação de uma política pública educacional que atenda os
anseios dos alunos da EJA necessita de mais investimento que favoreçam os estudos para a
permanência dos docentes na escola. A EJA futuramente será considerada então como uma
real necessidade educacional para aqueles que querem uma nova oportunidade no âmbito de
ensino.
Mas o que é educação? Para Pinto (1982) educação é:
A educação é o processo pelo qual a sociedade forma seus membros à
sua imagem e em função de seus interesses. Por consequência,
educação é formação (Bildung) do homem pela sociedade, ou seja, o
processo pelo qual a sociedade atua constantemente sobre o
desenvolvimento do ser humano no intento de integrá-lo no modo de
ser social vigente e de conduzir a aceitar e buscar os fins coletivos.

Os docentes tem uma função primordial para que as desigualdades não se


propaguem, ele deve criar situações que levem aos discentes a refletirem criticamente sobre
suas vidas, até onde podem chegar, se realmente se envolverem com sua formação, não
apenas se conformar com o pouco conhecimento que tem, mas provoca-los a ir além do que já
sabem, de buscarem crescer muito mais em seus estudos, de mostrar até onde podem chegar
através da educação em quanto transformadora de vidas. Que o conhecimento que adquirirem
ninguém jamais poderá tirar-lhes, o quanto são privilegiados por terem a possibilidade de
regressar à escola para que possam mudar suas histórias de vida.
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2. Fundamentação teórica
.
A EJA apresenta especificidades, problemáticas e metodologias próprias que só
devem ser viáveis, como também podem inspirar práticas pedagógicas e estratégicas de gestão
em todo o sistema de ensino, sobretudo no atual conceito. Vista como não prioritária a EJA
foi considerada durante as décadas de 80 e 90 como obsoleta, uma vez que a expectativa
política era de que o investimento em uma educação primária eficiente a longo prazo
eliminaria a necessidade. O fato é que, mais de trinta anos depois a política pública efetiva
que promovam a equidade racial preocupantes de analfabetismo entre adultos, evasão e
abandono.
De acordo com dados do instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em
2020, 20% dos jovens de 14 a 29 anos não concluíram a educação básica, dentre os quais 71%
são negros, pretos, e pardos, já em relação as taxas de analfabetismo apesar de registrarem
quedas geral desde 2016 o país ainda possui 11 milhões de pessoas que não dominam
plenamente a leitura e a escrita.
Dados de 2020 indicam que a EJA registrou a queda mais acentuada no número de
matricula entre todas as modalidades de educação com redução de 8,3% em relação a 2019 o
que corresponde a quase 270 mil estudantes a menos. Além disso o censo indica de 1,5
milhão de estudantes entre 14 e 17 anos não frequentam mais a escola. A EJA deveria ter um
lugar de prestígio na escola de educação básica desde que a constituição de 1988 reconheceu
seu direito aos cidadãos com mais de 14 anos que não tivessem tido escolaridade obrigatória
no país por ocasião da sua infância e adolescência que esse direito educativo violado fosse
restaurado na juventude ou na idade adulta. É uma modalidade de ensino que cumpre um
dever legal do estado e por conseguintes não deve ser vista como filantropia ou ação social.
Para alguns especialistas essa percepção errônea é um dos maiores através para a
concretização de uma política pública eficaz. O estudante dessa modalidade tem em comum a
violação de um direito fundamental ainda na infância ou adolescência de modo que seu perfil
demográfico esta entrelaçado aos de outros grupos historicamente discriminados como
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pessoas negras, deficientes, transexuais e travestis. Com efeito as turmas de educação de


jovens e adultos são heterogenias e sua proposta política pedagógica deve ser igualmente
diversa, capaz de incorporar as diferentes demandas e particularidade sociais étnicas e
culturais. O EJA se faz presente no Brasil desde a época de sua colonização com os jesuítas
que se dedicavam a alfabetização (catequizar) tanto crianças indígenas como índios adultos
em uma intensa ação cultural e educacional a fim de propagar a fé católica juntamente com o
trabalho educativo. Entretanto com a chegada da família real no Brasil e consequentemente a
expulsão dos jesuítas no século XVIII, a educação de adultos entra em falência pois a
responsabilidade pela a educação acaba ficando as margens do império. Somente a partir da
década de 1930 é que a educação de jovens e adultos efetivamente começa a se destacar no
cenário educacional do país.
Em 1934 o governo cria o plano nacional de educação que estabeleceu como dever
do estado que estabeleceu como dever do estado o ensino primário integral gratuito de
frequência obrigatória e extensiva para adulto como direito constitucional. Em 1945 surgiram
muitas críticas aos adultos analfabetos, entretanto a luta com garra e dedicação por uma
educação de qualidade para todos fez com que a educação de jovens e adultos ganhasse
destaque na sociedade. A partir daí a EJA assumida através da campanha nacional do povo
começou a mostrar seu valor. Através de uma campanha lançada em 1947 abre-se a discussão
sobre o analfabetismo e a educação de jovens e adultos no Brasil. Nesta época cria-se o
serviço nacional da educação de adultos (SNEA) voltada ao ensino supletivo. Surge a
primeira campanha nacional de educação de adolescentes e adultos (CEAA) no intuito de
reduzir o analfabetismo das nações em desenvolvimento; o primeiro congresso nacional de
educação de adultos e posteriormente em 1949, o seminário interamericano de educação de
adultos. Nos anos 50 é realizado a campanha nacional de erradicação do analfabetismo
(CNEA) e na década de 1967 o governo militar cria o movimento de educação base (MEB),
logo após em 1967 o governo cria o movimento Brasileiro de alfabetismo (MOBRAL), com
intuito de alfabetizar funcionalmente e promover uma educação continuada.
Na década de 70 destaca-se no país o ensino supletivo criado em 1971 pela a lei de
diretrizes e base da educação nacional (N 5.692/71). Nos anos 80 foi possível implantar a
fundação nacional para a educação de jovens e adultos (Fundação educar), vinculada ao
ministro da educação que ofertava apoio técnico e financeiro as iniciativas de alfabetização
existente. Em 2003 o governo federal criou a secretaria extraordinária de erradicação do
alfabetismo lançado então o programa (Brasil alfabetizado) nele incluíram o (Pro-jovem) com
enfoque central na qualificação para o trabalho unindo implementação de ações comunitária.
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Já em 2007 o ministro da educação (MEC) aprova a criação do fundo de desenvolvimento da


educação básica (FUNDEB) passam de todas as modalidades de ensino a fazer parte dos
recursos financeiros destinados à educação. A educação de jovens e adultos no Brasil é
marcada pela a descontinuidade.
O adulto analfabeto encontra-se com a sociedade com a sociedade letrada e necessita
de no mínimo saber enfrentar a tecnologia da comunicação para que como cidadão saiba lutar
9 por seus direitos pois o contrário torna-se vítima de um sistema excludente e pensando para
poucos. Até então o que se viveu foi a criação de programas a curto prazo, que não garantem
que os alunos deem continuidade aos estudos.
A lei de diretrizes e base da educação 9.394/96 define que ´´A educação de jovens e
adultos será destinada aqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino
fundamental e médio na idade própria ´´De acordo com a nova LDB os recursos dessa
modalidade devem assegurar aos seus alunos a continuidade dos estudos e a inserção no
mundo produtivo, nas mesmas condições dos alunos que cursam o ensino fundamental e
médio, sem qualquer tipo de preconceito .Podemos afirmar que são exigência da sociedade e
do mundo do trabalho que a educação e principalmente a educação de jovens e adultos
assegure aos alunos a necessidade de melhorar a aquisição e o domínio da linguagem e dos
códigos as noções de matemática e os fundamentos das ciências sociais e naturais de modo a
permitir ao aluno o acesso aos bens culturais e tecnologicamente necessária a participação
social.
Segundo a educadora Guiomar Namo de Mello, uma das profissionais responsáveis
pela a elaboração da terceira versão da BNCC a EJA está incluída na educação regular e como
tal foi considerada de todos, já que não é currículo e as especificidades de EJA devem ser
discutidas.
Em 2018 foi lançada uma nova versão da BNCC para o ensino médio e nela se repete
o que ocorreu na última versão para o ensino fundamental; a completa ausência da EJA, uma
coisa muito triste pois a educação de jovens e adultos e de grande importância para a
educação. Por fim, conclui-se que a EJA não é tratada no texto da Base ficando a construção
de seu currículo a cargo dos sistemas educacionais Municipais e Estaduais sem nenhum tipo
de documento norteador que a resguarde. Desse modo, a função reparadora da EJA, no limite,
significa não só a entrada no circuito dos direitos civis pela restauração de um direito negado:
o direito a uma escola de qualidade, mas também o reconhecimento daquela igualdade
ontológica de todo e qualquer ser humano.
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Em muitos casos, na falta de diretrizes ou orientações, o maior definidor dos


conteúdos da EJA acaba sendo o livro didático. O material funciona como um guia do que
deve ser abordado nas aulas, mas não é incomum encontrar professores que dizem buscar,
também, material de apoio. A modalidade entrou no Plano Nacional do Livro Didático
(PNLD) em 2009, e teve duas edições desde então, em 2011 e 2014. Em 2017, quando se
completam três 10 anos desde a última edição, ainda não foi publicado um nov edital.
Segundo Paulo Mello, que fez parte da equipe pedagógica do PNLD/EJA de 2011, na prática,
já existe um currículo. “Se existe um programa com livros didáticos que preveem conteúdos
numa determinada organização, existe um currículo. Não se avalia os livros de EJA com os
mesmos critérios do ensino dito regular. Por que não? Porque são conteúdos diferentes, há
uma realidade específica, um currículo próprio. Se você não pode avaliar com os mesmos
critérios o livro, por que poderia ter um currículo genérico?”, questiona. Elaine Barbosa,
professora de língua portuguesa na Emef Ministro Synesio Rocha, diz se basear no material
didático, mas não restringir as aulas ao que eles propõem. Para a professora, um dos grandes
obstáculos enfrentados na utilização dos livros do PNLD/EJA é que, em muitos casos, os
textos não se conectam à realidade dos alunos. “No caso de um texto sobre um tsunami que
aconteceu no Japão, por exemplo, o aluno vai ler, mas não vai se mobilizar. Depende mais do
direcionamento do professor com relação aos textos do que de seguir exatamente o que está
no livro didático.”
A Educação de Jovens e Adultos conta com um público muito diverso. Dentro da
mesma sala de aula, há adultos de 40 anos ou mais, jovens de 20 a 24 anos e adolescentes de
14 a 17 anos (veja quadro abaixo). A modalidade vem passando por um processo de
‘juvenilização’, atendendo até mesmo um público que deveria estar matriculado no ensino
regular. Legalmente, a idade mínima para ingresso em turmas de EJA é de 15 anos no ensino
fundamental e 18 no médio. Mas há redes que permitem o ingresso aos 14 anos, desde que os
alunos completem 15 no mesmo exercício.
Êda Luiz, do Cieja Campo Limpo, conta que, na instituição, 29,5% dos matriculados
têm entre 15 e 18 anos. Para atender esse público é preciso repensar o currículo.
“Normalmente, pensar em EJA é pensar em alguém com mais experiência, que sabe usar
algumas habilidades que esses adolescentes ainda estão adquirindo”, explica. O adolescente
que chega à EJA, em geral, foi expulso ou passou por muitas reprovações no ensino regular,
avalia Dennis Bluwol, professor do Cieja Campo Limpo. “Ele vem para a EJA porque as
escolas não querem lidar com pessoas de verdade”, afirma. Se para o público dessa idade
talvez o conteúdo mais próximo daquele do ensino regular seja o mais adequado – uma vez
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que o objetivo pode mesmo ser ‘correr atrás’ para conseguir a certificação, fazer vestibular e
se inserir no mercado de trabalho –, o mesmo não vale para os mais velhos.
Ao observar a série histórica, compreende-se que as matrículas da modalidade vêm
diminuindo sistematicamente desde 2017, dado que acompanha a sistemática queda nos
investimentos públicos. O agravamento desses índices entre 2019 e 2020 apontam para a
deterioração do contexto em razão da pandemia de covid-19. Em 2021, a Lei Orçamentária
Anual (LOA) destinou a menor verba dos últimos anos para a EJA, R$ 25 milhões. Em 2019,
dos R$ 74 milhões previstos, foram executados apenas R$ 16,6 milhões. Um levantamento do
Sistema Integrado de Operações (Siop) demonstra que esses são os menores investimentos da
década, bem aquém dos R$ 1,6 bilhão investidos em 2012, por exemplo. O que os dados
indicam é que o direto à educação permanece sendo violado e sua restauração se torna ainda
mais vital no atual contexto, frente às crises sanitária e econômica. Há uma necessidade
urgente de desenvolvimento de políticas públicas que atendam o público da EJA de forma
diferenciada, compreendendo suas especificidades. As últimas décadas demonstraram que
apenas investir na educação primária não é a solução, é preciso pensar quais grupos têm seus
direitos mais violados – sobretudo pessoas negras, transexuais e com deficiência – e construir
uma agenda integrada de práticas e estratégias pedagógicas efetivas.
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3. CONHECENDO O CAMPO DO ESTAGIO

3.1. Aspectos materiais, físicos e socioeconômicos da escola


O Centro de Educação de Jovens e Adultos Nilda Barreto Teixeira está localizado na
rua Alfredo Pinto de Mesquita, 635 – Bairro centro, no município de Tejuçuoca/Ce. A
estrutura física do prédio conta com 3 salas de aula, cozinha, 3 banheiros, 1 secretaria, 1
almoxarifado e 2 corredores, funcionando nos turnos manhã e noite de segunda a sexta-feira.
Conta unidade executora, recurso do PDDE (programa dinheiro na escola).

3.2. Corpo discente: expectativas e possibilidades de aprendizagem


O CEJA Nilda Barreto Teixeira tem aproximadamente 1.104 alunos sendo
matriculados nessa modalidade o ano inteiro é dividido em 32 turmas de series iniciais e anos
finais funcionando na sede e nas localidades tendo cada turma entre 25 a 30 alunos.

3.3. Corpo docente: formação, planejamento, avaliação e concepções


Em 2022 o CEJA conta com o seguinte quadro de funcionários: 1 diretora, graduada e
pós graduada, 1 coordenadora, graduada e pós graduada, 1 secretária, graduada, 50
professores, sendo todos graduados, 2 auxiliares de serviços gerais e 1 vigia.
O planejamento geral ocorre bimestralmente com todos os professores e gestores, a
cada 15 dias com os professores, jornadas pedagógicas. O ato de planejar é sempre processo
de reflexão de tomada de decisões sobre a ação: processo de previsão de necessidade e
nacionalidade de emprego e meios materiais, recursos humanos disponíveis usando a
concretização de objetivos em prazos determinados e etapas definidas a partir dos resultados
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das avaliações. São direitos dos docentes: Receber assessoramento técnico pedagógico dos
coordenadores e direção, participar de encontros pedagógicos e cursos de aperfeiçoamento,
sugerir a coordenação medidas educativas visando o aprimoramento do processo ensino
aprendizagem, exercer sua função em adequado ambiente de trabalho, entre outros.

3.4. Direção e equipe técnica: organização das ações e seu projeto político pedagógico
A direção e a equipe técnica do CEJA Nilda Barreto Teixeira é formada pela diretora
Maria Eunice Mota Abreu, a coordenadora Raimunda Nonata Bernardo Coelho e a secretaria
escolar Rosimeire Silva de Sousa.
A equipe diretiva de uma escola tem um papel de suma importância para sempre
garantir um alinhamento entre diretor e coordenador pedagógico para o processo de ensino-
aprendizagem seja favorecido, quando desenvolve afinidade entre ambos flui e fica com fácil
convívio alinhando todas atividades com professores e funcionários.
O Centro de Educação de Jovens e Adultos Nilda Barreto Teixeira trabalha em
conjunto e sempre se reúnem para alinhar e discutir melhorias. Alinhar suas ações e organizar
sempre seus projetos, visando sempre a melhoria em busca de bons resultados.
O projeto político pedagógico (PPP) está sendo atualizado.
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4. EXPERIÊNCIAS DOCENTES
O presente estágio foi realizado no Centro de Educação de Jovens e Adultos Nilda
Barreto Teixeira em Tejuçuoca/Ce. Fui bem recebida pelos gestores e professora, me
acolheram muito bem, realizei o estagio na turma da professora Sarah que tem 26 alunos 3º e
4º ano.
O período de estagio sempre é de suma importância para o formando o contato com a
realidade dos profissionais e alunos ampliou minha visão sobre a área da Educação de Jovens
e Adultos. Área essa pouco explorada mas que me trouxe um aprendizado riquíssimo, o
contato com os alunos, que muitas vezes vivem em realidades diferentes a troca de vivencias
foi um momento impar nesse período da minha graduação. Ser acolhida por eles, ouvir um
pouco de suas histórias, conhecer um pouco da realidade de cada um, algumas vezes uma
realidade sofrida e vê-los naquele momento sentindo-se acolhidos pelos profissionais,
reservando um momento do seu dia para ir em busca de um conhecimento que não tiveram a
oportunidade de ter na idade adequada é admirável, a força de vontade a garra.
O EJA devolve a oportunidade pra as pessoas terem uma formação podendo assim
ter uma vida melhor e mais confortável. O presente estágio me trouxe embasamento para o
relatório e a experiência vivida, o contato com os alunos, com a realidade de cada um deles
me trouxe conhecimento para a vida, foi muito gratificante poder ter essa experiência.

4.1. Observação
Iniciei meu estágio no dia 15 de junho de 2022, fui ao CEJA Nilda Barreto Teixeira
conheci o espaço e um pouco da realidade do ambiente. Conversei com a diretora. Estudei o
PPP (o antigo, está sendo atualizado) e o regimento do CEJA para obter todas as informações
necessárias para o presente estágio.
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No dia 17 de junho iniciei a observação em sala de aula, a professora me apresentou


aos alunos e iniciou a aula com uma acolhida em seguida ministrou a aula com leitura e
interpretação de texto.
No dia 20 de junho a professora fez a acolhida e logo em seguida passou um ditado
de palavras com enfoque na escrita e logo após fez uma leitura das palavras individualmente
com todos os alunos.
No dia 21 de junho a professora fez a acolhida e passou uma atividade sobre a
importância da atividade física para o nosso corpo.
No dia 22 de junho a professora fez a acolhida e logo em seguida fez a leitura e
interpretação do texto “Pinturas rupestres”.

4.2. Regência
Iniciei a minha regência no dia 23 de junho me apresentei novamente aos alunos e fiz
a acolhida com todos, logo em seguida dei início a aula fizemos a leitura e interpretação do
texto “os estados físicos da água”.
No dia 24 de junho iniciei a aula com a acolhida em seguida fizemos a leitura do
texto “O lugar onde vivemos” em seguida comentamos o texto trazendo para a realidade de
onde moramos.
No dia 27 de junho fiz a aplicação dos trabalhos de português e matemática com
auxílio da professora.
No dia 28 de junho fiz a aplicação dos trabalhos de história e geografia com auxílio
da professora.
No dia 29 de junho fiz a aplicação do trabalho de arte e ao fim da aula me despedi e
agradeci a todos pelo carinho e oportunidade.
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como graduandos do curso de pedagogia e futuros professores devemos conhecer ao


máximo as realidades do ambiente educacional do nosso município. Esta é uma tarefa
indispensável se queremos realmente ter uma formação profissional e humana no sentido de
compreender que nossos futuros alunos não são apenas mentes “vazias” que carecem ser
“preenchidas” de conhecimento.
Necessitamos entender que eles, os alunos, são cidadãos de direitos, seres pensantes
que possuem uma enorme carga de conhecimento que não pode jamais, ser ignorada pela
escola. Também faz parte de nossa tarefa enquanto professores, estimular as habilidades dos
alunos e exercitá-la para que possamos construir uma escola mais acolhedora, mais
familiarizada com a realidade dos alunos para que os mesmos não se sintam como estranhos
em seu interior, mas sim, parte dele.
O estágio no ensino da Educação de Jovens e Adultos é um elemento primordial na
formação do aluno acadêmico, tem como objetivo o desenvolvimento para a docência
graduação.
A partir dessa experiência de estagio posso concluir, que adquiri muito conhecimento
o estágio me possibilitou experiências que ajudaram tanto na vida profissional como na vida
pessoal, experiência essa que me fez ampliar a minha visão sobre a realidade da Educação De
Jovens e Adultos.
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“A educação é um ato de amor, por isso, um ato de coragem.” - Paulo Freire

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRFICAS

BRASIL, Base Nacional comum Curricular. MEC, Brasília, DF. 2014.


BRASIL, Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica. MEC, Brasília, DF, 2003.
BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394/96, de 20 de dezembro de
1996.
BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria da Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular.
Brasília, DF, 2018.
http://basenacionalcomum.mec.gov.br
CEJA NILDA BARRETO TEIXEIRA, Projeto Político Pedagógico
REGIMENTO DO CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS CEJA – NILDA
BARRETO TEIXEIRA
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7- Anexos
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