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Licenciatura em História
Universidade-Save
Massinga
2023
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Licenciatura em História
Universidade-Save
Massinga
2023
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Índice
CAPITULO I...........................................................................................................................4
1.1.Introdução..........................................................................................................................4
1.2.Objectivos..........................................................................................................................5
1.2.1.Geral...............................................................................................................................5
1.2.2.Especificos.....................................................................................................................5
1.3.Metodologia......................................................................................................................5
2.1.1.Descentralização do Poder.............................................................................................6
2.2.1.Autarquias Locais...........................................................................................................9
2.2.1.2.Órgãos representativos................................................................................................9
2.3.Participação Local...........................................................................................................11
3.Conclusão...........................................................................................................................12
4.Referências Bibliográficas.................................................................................................13
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CAPITULO I
1.1.Introdução
1.2.Objectivos
1.2.1.Geral
Analisar as Funções do Poder Descentralizado em Moçambique.
1.2.2.Especificos
Identificar o processo de Descentralização em Moçambique;
Descrever as dinâmicas do processo de municipalização em Moçambique;
Relacionar Democracia e Municipalização em Moçambique em prol da participação
pública.
1.3.Metodologia
A postura metodológica adoptada na realização deste trabalho, como forma de garantir a
confiabilidade das informações apresentadas, para estruturação de um estudo é pesquisa
bibliográfica, visando a consulta de obras em artigos, livros, dissertações sobre a
Descentralização do poder em Moçambique, reconcentração e processo de municipalização.
Baseado em autores como Cistac (2006), Forquilha, (2007, 2008, 2010 e 2015) e Fernandes
(2007). A revisão e análise dos textos, baseou-se nas normas de publicação de trabalhos
científicos da Universidade Save.
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2.1.1.Descentralização do Poder
Segundo Rondinelli et al. (1983), a descentralização pode referir-se à transferência de
autoridade e de recursos para os agentes do Estado central situados a vários níveis (província,
distrito). (Manor, 1999; Adamolekun, 1999), denominando-se descentralização
administrativa, também conhecida por desconcentração. A descentralização pode também
significar transferência de poder e recursos para unidades subnacionais que são eleitas, têm
uma personalidade jurídica e são substancialmente independentes do Estado central (Manor,
1999; Adamolekun, 1999). Esta forma de descentralização é conhecida por descentralização
política e nela enquadra-se a municipalização.
Uma descentralização política, implicando uma devolução de poderes para as 53 autarquias
locais e uma descentralização administrativa, significando uma simples desconcentração para
o resto dos órgãos da administração local, nomeadamente os distritos, maioritariamente, nas
zonas rurais, cujo quadro jurídico-legal se encontra na Lei 8/2003, sobre os órgãos locais do
Estado (Forquilha, 2010: 31-32). As reformas políticas, económicas e sociais implementadas
desde 1987, como lançamento do PRE, consolidadas pela adopção de uma nova Constituição
a 2 de Novembro de 1990, e o fim da guerra civil em 1992, criaram condições favoráveis para
o desenvolvimento do processo de descentralização político-administrativo (Idem, 2010).
Segundo Fernandes (2007) as condições favoráveis criadas pela constituição de 1990 e o pelo
fim da guerra civil, levaram o Governo de Moçambique aprovar o PROL, através da Lei nº
3/94 de 13 de Setembro que tinha como objectivo reformular o sistema de administração local
do Estado vigente e a sua transformação em órgãos locais com personalidade jurídica própria,
dotados de autonomia administrativa, financeira e patrimonial. O programa previa a divisão
administrativa do país em 128 (cento e vinte oito) distritos municipais rurais e 23 (Vinte e
três) distritos municipais urbanos, dirigidos por três órgãos municipais (presidente, assembleia
e conselho municipal), eleitos por sufrágio directo, secreto e universal.
O modelo da descentralização vigente em Moçambique está consubstanciado essencialmente
em duas vertentes: a descentralização administrativa, no âmbito da lei dos órgãos do Estado
(Lei nº 8/2003, de 19 de Maio) e a descentralização política, no contexto não só de criação das
autarquias locais (Lei nº 2/97, de 18 de Fevereiro), como também da aprovação do chamado
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2.2.1.Autarquias Locais
Autarquias locais são pessoas públicas dotadas de órgãos representativos próprios, que visam
a prossecução dos interesses das populações respectivas sem prejuízo dos interesses nacionais
e da participação do Estado, são os Municípios (Cidades e Vilas) e as povoações
(Circunscrição territorial do Posto Administrativo) (Alves & Cossa, 1998).
2.2.1.2.Órgãos representativos
De acordo com Alves & Cossa (1997) estes órgãos caracterizam-se da seguinte forma:
Assembleia Municipal (AM) é um órgão representativo com poderes deliberativos
cujos membros são eleitos democraticamente pelo eleitorado da respectiva autarquia.
O número de membros é calculado em função do número de eleitores da respectiva
autarquia que é dirigida por uma mesa da Assembleia, composta por um presidente,
um vice-presidente e um secretário eleitos pelos membros da respectiva Assembleia
através do voto secreto. Possui cinco sessões ordinárias por ano, convocadas pelo seu
presidente. A primeira deve ser para aprovação de contas do ano anterior e a última
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2.3.Participação Local
As eleições municipais são uma das faces mais visíveis da participação local associada ao
processo de municipalização. Desde a criação das autarquias locais em 1997, houve eleições
locais quatro vezes (1998, 2003, 2008 e 2913). Quando se olha para estes processos eleitorais
municipais, numa perspectiva comparativa em relação aos processos eleitorais gerais em
Moçambique (1994, 1999, 2004, 2009 e 2014), constata-se que os eleitores vão cada vez mais
às urnas nas eleições municipais do que nas eleições gerais (Forquilha, 2015).
Mas a participação não se resume unicamente às eleições, diz também respeito ao
envolvimento dos munícipes em acções de consultas para elaboração dos planos, orçamentos
e tomada de decisões importantes para a sua vida. Todavia, esse envolvimento exige, por sua
vez, que as autoridades municipais desenhem e institucionalizem mecanismos que permitam
que os munícipes se sintam parte dos processos de tomada de decisões municipais. Em alguns
municípios, tais como Maputo e Dondo, houve a implementação de programas de
participação e orçamentação participativa e fóruns de participação pública (ANAMM &
Banco Mundial, 2009).
Um levantamento de base feito em cinco municípios em 2006 (Chimoio, Vilankulo, Guruè,
Monapo e Nacala-Porto) mostrou que as formas colectivas de participação municipal (como,
por exemplo, participar em reuniões do bairro, juntar-se a outros munícipes para levantar
questões importantes da vida do município, participar em manifestações, protestos ou greves)
não são usadas com frequência pelos munícipes (Brito et al., 2007). Por exemplo, o
levantamento acima referido mostrou que cerca de 56% dos inquiridos afirmaram nunca se ter
juntado a outros munícipes para debater e discutir questões importantes do município.
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3.Conclusão
4.Referências Bibliográficas
Alves, Armando Teixeira & Cossa, Benedito Ruben. (1998). Guião das Autarquias Locais.
Maputo.
Brito, L., Pereira, J. & Forquilha, S. (2007). Municipal Survey for 2006 Baseline Data.
Chimoio, Gurué, Nacala-Porto, Monapo and Vilankulo. Maputo: USAID.
em Moçambique, Maputo.
local. Lisboa