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Faculdade de Filosofia
Departamento de Graduação
Ericson Sembua
Filomena Bombi
Honorato Taela
Madala Nkabinde
Marta Vasco
Manuel Honwana
Maputo
Junho de 2023
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Ericson Sembua
Filomena Bombi
Honorato Taela
Madala Nkabinde
Marta Vasco
Manuel Honwana
Docentes:
Mestre Salvador Jeremias Nwanatata
Maputo
Junho de 2023
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ÍNDICE
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 4
1. Noção de descentralização...................................................................................................... 5
CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 11
BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................................... 12
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INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como tema Descentralização Político-Administrativa em Moçambique,
abordando de forma incisiva a questão da descentralização em Moçambique.
Ao longo dos anos, o país tem buscado fortalecer e promover a descentralização como um meio
de empoderar as comunidades locais, promover o desenvolvimento regional e garantir uma
maior participação popular na tomada de decisões políticas. No entanto, apesar dos esforços,
ainda há desafios significativos a serem enfrentados. Diante desta realidade, esta pesquisa
funda-se sobre a seguinte questão: como a implementação efectiva da descentralização pode
impactar a governação, o desenvolvimento e a participação política no contexto
moçambicano?
Para atender aos objetivos propostos, foi privilegiada uma abordagem metodológica qualitativa,
baseada na análise de conteúdo e na revisão bibliográfica.
O presente trabalho está estruturado da seguinte forma: A primeira parte, busca fornecer uma
noção do conceito de descentralização no âmbito político e administrativo. A Segunda parte
ocupa-se da contextualização histórica e da estrutura política administrativa local. Na quarta
parte, é feita uma análise da legislação vigente sobre o assunto e, de seguida, finaliza com um
estudo dos possíveis impactos, vantagens e desvantagens da descentralização.
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1. Noção de Descentralização
A noção de descentralização pode ser entendida, de forma literal, como o afastamento do centro,
embora não tenha uma forma independente. Para Medici (1994:67—71), no entanto, esse
conceito está directamente vinculado a um determinado objecto, podendo este ser a
administração pública ou as políticas sociais, que quando administradas ou executadas por
diferentes esferas do governo, caracterizam a descentralização como uma transmissão de
comando, execução ou financiamento destas políticas do nível central para o nível intermediário
ou local. A descentralização também é utilizada para denominar a transferência de atribuições
do Estado à iniciativa privada, privatização ou dando concessão de serviços públicos e a
transferência de poder do governo para uma comunidade ou para uma ONG (ABRUCIO,
2006:37).
Apesar dos desafios, Moçambique tem avançado na busca pela descentralização. As eleições
multipartidárias regulares permitiram alternância de poder entre os principais partidos políticos,
como a FRELIMO e a RENAMO. No entanto, a descentralização continua sendo um processo
em andamento, e é necessário um compromisso contínuo para fortalecer as estruturas de
governança local, garantir a representatividade e a participação da população e alocar recursos
adequados para a implementação efetiva da descentralização político-administrativa em
Moçambique.
por deputados eleitos. O país é dividido em dez províncias, cada uma com um governo
provincial liderado por um governador nomeado pelo presidente. Além disso, existem governos
municipais e de cidade responsáveis pela gestão local. A descentralização político-
administrativa é uma prioridade para fortalecer a governança local, envolver as comunidades e
melhorar a prestação de serviços públicos em níveis provinciais e locais.
5. Descentralização em Moçambique
A República de Moçambique é um Estado unitário orientado pelos princípios da
descentralização e de subsidiariedade. Este modelo de organização do Estado aprovado na
sequência da revisão pontual da Constituição da República de Moçambique (CRM) pela Lei n.º
1/2018 é uma reforma de grande abrangência que deu início a um processo de transformação
profundo que está e ainda irá produzir enormes repercussões em toda a estrutura do Estado e
do sector público, abrangendo quase todos os Ministérios, incluindo as suas direções e serviços
da administração pública. Até à revisão constitucional, Moçambique era um dos países mais
centralizados do mundo. A implementação do novo quadro legal e a criação dos novos órgãos
de governação descentralizada nos níveis provincial e distrital constitui uma oportunidade de
aproximar o país dos modelos de boa governação internacional. No artigo 8 da Lei nº. 4/2019
refere expressamente que “a descentralização se apoia na iniciativa e na capacidade da
população e actua em estreita com as organizações de participação dos cidadãos" e estabelece
os objectivos da descentralização, designadamente:
a) organizar a participação dos cidadãos na solução de problemas próprios;
b) promover o desenvolvimento local;
c) aprofundar a e consolidar a democracia no quadro da unidade do Estado Moçambicano.
Problemas de incentivo
Direitos de decisão descentralizados permitem o uso de conhecimento específico. Entretanto,
não necessariamente os funcionários tem incentivo para agir a fim de maximizar o valor da
firma. Desenvolver um programa de incentivos para minimizar esse problema muitas vezes é
uma tarefa custosa. A empresa pode utilizar medidas de desempenho individual ou em grupo,
ou monitoramento direto. Entretanto, toda técnica tem custo, e nenhuma delas resolve o
completamente problema.
Custos de coordenação
Se várias áreas funcionais ou divisões da empresa, incluindo franquias, têm autonomia, pode
haver competição interna dentro da organização ou simplesmente falta de coordenação entre as
partes. A meta de cada função pode entrar em conflito com as actividades de outra função,
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prejudicando a organização como um todo. Isso demanda um gerenciamento pela mais alta
gerência, a fim de atingir coordenação entre as partes e alcançar os objetivos da empresa.
Vantagens da descentralização
a) Maior autonomia para os gerentes.
b) Facilidade de avaliar os gerentes.
c) Competição positiva entre as unidades.
d) Criatividade da busca de solicitar.
e) Agilidade na tomada de decisões.
Desvantagens da descentralização
a) Maior heterogeneidade das operações.
b) Tendência ao desperdício e duplicação.
c) Comunicação menos eficiente.
d) Dificuldade de localizar responsáveis.
e) Dificuldade de controle e avaliação.
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CONCLUSÃO
O contexto histórico de Moçambique é marcado por factores que realçam a necessidade de uma
política e administração descentralizadas e, por conseguinte, a estrutura política actual, pela
natureza contraproducente de suas operações, estimula no povo e na comunidade académica a
subtil necessidade da implantação da descentralização. Portanto, a descentralização se faz tão
necessária que acaba tendo um marco legal na legislação moçambicana, apesar de possíveis
esforços para a sua não-aplicação integral.
A síntese última do que se conclui para esta pesquisa é que as desvantagens da descentralização
não possuem consistência suficiente para torná-la inviável, isto é, apesar de ter certas
desvantagens, a descentralização continua a ser possível. Por outro lado, as vantagens da
descentralização transcendem a modalidade da possibilidade e passa a torná-la uma
necessidade, isto é, a partir do momento em que as vantagens da descentralização são
consistentes em superação às desvantagens, a sua implementação no país deve ser urgente e
integralmente necessária.
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BIBLIOGRAFIA