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A Cidadania

Europeia

O que é a Cidadania?

Vinculo jurídico entre o


individuo e o respetivo
Estado, traduz-se num
conjunto de direitos e deveres.
O relacionamento do cidadão com o Estado é
realizado, por exemplo, através:
 do pagamento de impostos

 do uso de serviços públicos;
 da Segurança Social;
 do cumprimento da Lei;
 do respeito pela autoridade;
 da preservação do meio ambiente;
 do respeito pelas regras de tolerância e cortesia no
relacionamento com outros
Cidadania Europeia

A cidadania europeia foi instituída pelo Tratado de
Maastricht, em 1992, e confere direitos e deveres aos
cidadãos da União Europeia.

“É instituída a cidadania da União. É cidadão da


União qualquer pessoa que tenha a nacionalidade
de um Estado-Membro. A cidadania da União é
complementar da cidadania nacional e não a
substitui.”
Art.º 17 Tratado UE
Os Direitos dos
Cidadãos
 da UE
A Livre Circulação de Pessoas
O Direito dos Consumidores
A Capacidade Eleitoral
O Direito à Protecção Diplomática e o Direito
de Petição
O Acesso ao Provedor de Justiça
O Direito à Transparência
A Livre Circulação de
Pessoas

Os cidadãos da UE podem viver, trabalhar,
estudar e viajar em todo o espaço
comunitário.

Restrições à liberdade de circulação: estes


direitos só podem ser limitados por razões de
ordem, segurança e/ou saúde pública.
Residir noutro país da
UE

Enquanto nacional de um dos países da União
poderá residir em qualquer ponto do seu
território, independentemente da sua situação
profissional, social e económica nos seguintes
casos:
 Passar férias;
 Ser destacado pela empresa onde trabalha
para exercer funções, permanentes ou
temporárias, noutro Estado-Membro;
 Ser estudante, reformado ou inactivo.

A família de um nacional de um Estado-
Membro também beneficia do mesmo direito
de residência, independentemente da
nacionalidade dos membros que a compõem.

Para os cidadãos
da União
residindo noutro
Estado -membro

Direito de Direito de voto e Protecção


circulação e de elegibilidade diplomática e de
permanência nas eleições petição ao PE
O Dever de Participação

Assumir a Identidade
Europeia
• Compreender a História
• Identidade
• Defesa
Aplicar na prática os
valores Europeus
• Partilhar
• Trabalhar
• Dever Democrático

Reclamar o Direito à Justiça


• Contribuir para construir
uma
ordem mundial mais justa
O Dever de Participação
Conhecimento

Responsabilização CIDADANIA
Participação

A Cidadania envolve uma dupla dimensão:

 Participativa Individual
Associativa

 Representativa (legitimada pelo voto)


Tratado da União
Europeia

Assinado em Maastricht em 7 de
Fevereiro de 1992, entrou em vigor em
1 de Novembro de 1993.

 Ultrapassa pela primeira vez, o objectivo inicial da


Comunidade (construir um mercado comum)
dando-lhe uma vocação de unidade política.

 Consagra oficialmente o nome de “União Europeia”


Tratado da União
Europeia

É através deste tratado que é instituída a União
Europeia, composta por três pilares:
 1- “Pilar Comunitário”
Comunidade europeia ( somatório das anteriores CEE,CECA
e EURATOM), receptora das competências nacionais
transferidas, e na qual domina o método comunitário.

Neste pilar estão representados o mercado único, a união europeia, a união


económica e monetária, a PAC, e os fundos estruturais e de coesão
Tratado da União
Europeia

 Novidades do pilar comunitário:

 Cidadania Europeia

 União Económica e Monetária – adotou-se a ideia de criar


uma moeda única

 Fundo de Coesão – proporciona ajuda financeira nos


setores do meio ambiente e das redes europeias em matéria
de infraestruturas de transportes.

 Avanço considerável nas competências comunitárias
(politica económica e monetária, política industrial, política dos
transportes, educativas de proteção dos consumidores,
investigação e meio ambiente, cooperação e meio ambiente, PAC)

 Educação geral e formação profissional


(Programa Sócrates – Educação não universitária,
Leonardo da Vinci - na formação profissional
Erasmus – na educação superior)

 As instituições europeias sofrem algumas alterações e prevê-se a


criação do Banco Central Europeu.
Tratado da União
Europeia

Os outros dois pilares estariam baseados não nos poderes
supranacionais mas na cooperação entre os governos
2- Política Externa e de Segurança Comum (PESC).
Pretende-se empreender acções comuns em matéria de política
externa relacionadas com a segurança.

3- Justiça e Assuntos Internos ( JAI ).


Assuntos de interesse comum para todos os estados membros:
terrorismo, imigração clandestina, política de asilo, tráfico de
drogas,..)

Criação da Europol que tem por missão
contribuir significativamente para a aplicação
das leis da União Europeia no âmbito do
combate à criminalidade organizada e ao
terrorismo, colocando a tónica nas
organizações criminosas.
Tratado da União
Europeia

O tratado entrou em vigor em Novembro de 1993

Ano de 1992 viu-se assombrado por 3 crises:


Crise económica – aumento das taxas de
desemprego

Tensões monetárias

A EU incapaz de implementar uma política externa


de segurança comum na crise da Jugoslávia.
Instituições
Comunitárias

O Tratado de Roma criou instituições com funções
próprias no quadro da União Europeia,
nomeadamente:

- o Conselho Europeu;
- o Parlamento Europeu;
- a Comissão Europeia;
- o Tribunal de Justiça;
- o Tribunal de contas.
TRATADO DE LISBOA

TRATADO DE LISBOA

Em 13 de Dezembro de 2007, os
dirigentes da União Europeia
assinaram o Tratado de Lisboa,
pondo assim fim a vários anos de
negociações sobre questões
institucionais.

O Tratado dotará a União do
quadro jurídico e dos instrumentos
necessários para fazer face a
desafios futuros e responder às
expectativas dos cidadãos.
TRATADO DE LISBOA

1. Uma Europa  mais democrática e


transparente, com um papel reforçado para o
Parlamento Europeu e os parlamentos
nacionais, mais oportunidades para que os
cidadãos façam ouvir a sua voz e uma
definição mais clara de quem faz o quê aos
níveis europeu e nacional.
TRATADO DE LISBOA

Um papel reforçado para o Parlamento
Europeu: o Parlamento Europeu, diretamente
eleito pelos cidadãos da União Europeia, terá
novos poderes importantes no que se refere à
legislação e ao orçamento da União Europeia,
bem como aos acordos internacionais.
TRATADO DE LISBOA

Uma maior

participação dos parlamentos
nacionais: os parlamentos nacionais terão mais
oportunidades de participar no trabalho da
União, reforçando a democracia e conferindo
uma legitimidade acrescida ao funcionamento
da União.
TRATADO DE LISBOA

Uma voz mais forte para os cidadãos: um
grupo de, pelo menos, um milhão de
cidadãos de um número significativo de
Estados-Membros poderá solicitar à
Comissão que apresente novas propostas
políticas.
TRATADO DE LISBOA

Uma classificação mais precisa das
competências trará uma maior clarificação
da  relação entre os Estados-Membros e a
União Europeia.

Saída da União: pela primeira vez, o Tratado


de Lisboa reconhece explicitamente a
possibilidade de um Estado Membro sair da
União.
TRATADO DE LISBOA

2. Uma Europa mais eficiente, com regras de
votação e métodos de trabalho
simplificados, instituições modernas e um
funcionamento mais racional adaptados a
uma União Europeia com 27 Estados-
Membros e maior capacidade de
intervenção nas áreas prioritárias de hoje.
TRATADO DE LISBOA

Maior eficiência no processo de tomada
de decisão: a votação por maioria
qualificada no Conselho será alargada a
novas áreas políticas para acelerar o
processo de tomada de decisão e reforçar a
sua eficiência
TRATADO DE LISBOA
Um quadro institucional mais estável e

simplificado: o Tratado de Lisboa cria a função de
Presidente do Conselho Europeu; introduz uma
relação direta entre a eleição do Presidente da
Comissão e os resultados das eleições europeias;
prevê novas disposições para a futura composição do
Parlamento Europeu e para uma Comissão reduzida
e introduz regras mais claras no que se refere ao
reforço da cooperação e às disposições financeiras.
TRATADO DE LISBOA

Uma vida melhor para os europeus: o
Tratado de Lisboa dá mais poderes aos
cidadãos da União Europeia para intervirem
em várias áreas políticas de grande
importância, por exemplo, na área da
liberdade, segurança e justiça, com destaque
para o combate ao terrorismo e à
criminalidade.
TRATADO DE LISBOA

3. Uma Europa de direitos e valores,
liberdade, solidariedade e segurança, com
a defesa dos valores da União, a introdução
da Carta dos Direitos Fundamentais no
direito primário europeu, a criação de novos
mecanismos de solidariedade e a garantia de
uma melhor proteção para os cidadãos
europeus.
TRATADO DE LISBOA

Valores democráticos: o Tratado de Lisboa
especifica e reforça os valores e objetivos
que orientam a União.

Os direitos dos cidadãos e a Carta dos


Direitos Fundamentais: o Tratado de Lisboa
consagra direitos existentes e cria novos
direitos.
TRATADO DE LISBOA

Liberdades dos cidadãos europeus: o
Tratado de Lisboa protege e reforça as
«quatro liberdades» e a liberdade política,
económica e social dos cidadãos europeus.
TRATADO DE LISBOA

 Solidariedade entre Estados-Membros: o
Tratado de Lisboa prevê que a União e os
seus Estados-Membros ajam em conjunto,
num espírito de solidariedade, se um Estado-
Membro for vítima de um atentado terrorista
ou de uma catástrofe natural ou provocada
pela ação humana. É igualmente posta em
destaque a solidariedade no domínio da
energia.
TRATADO DE LISBOA

Mais segurança para todos: a União passa
a ter mais capacidade para intervir nas áreas
da liberdade, segurança e justiça e, por
conseguinte, para lutar contra o crime e o
terrorismo.
TRATADO DE LISBOA

4. A Europa enquanto ator na cena mundial: o
Tratado de Lisboa permitirá à Europa assumir
uma posição clara nas relações com os seus
parceiros e aproveitar as suas vantagens
económicas, humanitárias, políticas e
diplomáticas para promover os interesses e
valores europeus em todo o mundo, no respeito
dos interesses individuais dos Estados-
Membros em matéria de política externa.
TRATADO DE LISBOA

A criação do novo cargo de Alto
Representante para os Negócios
Estrangeiros e a Política de Segurança e
Vice Presidente da Comissão reforçará o
impacto, a coerência e a visibilidade da ação
externa da União Europeia.
http://europa.eu

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