Você está na página 1de 197

CIDADANIA E

PROFISSIONALIDADE
EMILIA CALDAS
PROCESSOS IDENTITÁRIOS

CP4
Objetivos

 1. Assume condutas adequadas às instituições e aos princípios de


lealdade comunitária.
 2. Integra o coletivo profissional com noção de pertença e lealdade.
 3. Reconhece a diversidade de políticas públicas de inserção e
inclusão multicultural.
 4. Valoriza a interdependência e a solidariedade enquanto elementos
geradores de um património comum da humanidade.
Conteúdos

 1. Fundamentação dos princípios de conduta na relação com


“o outro”
 1.1. Conceitos-chave: igualdade; diferença; unidade na diversidade; equidade; direitos civis;
direitos sociais; perspetividade
 1.1.1. Princípios de conduta: empatia, reação compassiva e solidariedade
 1.1.2. Princípios de igualdade e equidade
 1.1.2.1. A diversidade, a aceitação e a tolerância como elementos prospetivos das sociedades
contemporâneas
 1.1.2.2. As principais manifestações de intolerância à diferença: racismo e xenofobia,
desigualdades de género, estado civil, homofobia e transfobia, portadores de necessidades
especiais, religião ou crenças religiosas, edaísmo
2. Papel da deontologia na construção de uma cultura organizacional

 2.1. Conceitos-chave: motivação; ética; deontologia; organização; relações interpessoais;


multiculturalidade
 2.1.1. Códigos de conduta no contexto profissional
 2.1.1.1. Pertença e lealdade no coletivo
 2.1.1.2. Relacionamento e inserção multicultural no trabalho
 2.1.2. Participação na construção dos objetivos organizacionais à luz de uma cultura de rigor
 2.1.2.1. Mecanismos de motivação e realização pessoal e profissional e sua relação com a
produtividade
 2.1.2.2. Convergência entre os objetivos organizacionais e as motivações pessoais
 2.1.3. O papel da autonomia e da responsabilidade no planeamento e estruturação de metas
3. Políticas públicas de inclusão

 3.1. Conceitos-chave: condição humana; fluxos migratórios; unidade e diversidade;


educação para a cidadania; organização política dos Estados democráticos
 3.1.1. Dispositivos e mecanismos de concertação social
 3.1.2. Organismos institucionais de combate à discriminação, à escala nacional e
internacional
 3.1.3. A educação para a cidadania e a preservação da unidade na diversidade
 3.1.4. Impactos económicos, culturais e sociais dos fluxos migratórios no Portugal
Contemporâneo.
4.1. Conceitos-chave: democracia; justiça; cultura; cidadania mundial;
multiculturalidade; Direito Internacional

 4.1.1. Dimensão supranacional dos poderes do Estado


 4.1.2. Exploração do conceito de Património Comum da Humanidade e suas implicações
na atuação cívica à escala mundial
 4.1.3. Respeito/solidariedade entre identidades culturais distintas
 4.1.4. Relações jurídicas a um nível macro: agentes de nível governamental e sociedade
civil
 4.1.5. Exploração de documentos estruturantes da construção europeia
 5. Áreas do Saber: Filosofia; Psicologia; Economia; Direito; Relações Internacionais;
Geografia; História; Sociologia
 PROCESSOS IDENTITÁRIOS
 Vamos falar sobre o que é a identidade (as caraterísticas distintivas de uma pessoa
ou o carater de um grupo que se relaciona com o que eles são e com o que para eles
faz sentido), a construção da identidade constitui um processo complexo que leva o
homem a ser aquilo que é, a agir de determinada forma, a apresentar-se de
determinada maneira, isto tem sido um dos principais temas em debate e de análise
psicológica, antropológica e sociológica.
 CARATERÍSTICAS DA IDENTIDADE
 Continuidade- reconhecemo-nos como sendo os mesmos ao longo do tempo.
 Estabilidade – representação que cada um tem de si próprio e que os outros têm da
pessoa.
 Unicidade – apresentação de um comportamento com certas caraterísticas que
reflete a ideia de unicidade.

 Diversidade – existência de várias personagens dentro da mesma pessoa.

 Realização – realização de si próprio através da ação.

 Auto - estima – a identidade está ligada a uma visão positiva de si próprio.


CONCEITOS CHAVE

 IGUALDADE

 DIFERENÇA

 IDENTIDADE

 AUTENTICIDADE

 DIGNIDADE

 UNIDADE NA DIVERSIDADE
 EQUIDADE

 DIREITOS CIVIS

 DIREITOS SOCIAIS

 PROSPECTIVIDADE
 IGUALDADE – A igualdade ocorre quando todas as partes estão nas mesmas
condições, possuem os mesmos valores ou são interpretadas a partir do mesmo
ponto de vista, seja na comparação entre coisas ou pessoas, a palavra igualdade
está relacionada com uniformidade.
 A IGUALDADE esta palavra tem origem no latim “aequalitas” que quer dizer
“aquilo que é igual”.
 IGUALDADE NA JUSTIÇA pressupõe que todos os sujeitos de um
determinado país estão sujeitas às mesmas leis que regem o país, devendo
obedecer aos mesmos deveres e tendo os mesmos direitos.
 LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE – estes direitos foram os
exigidos pela população de França durante a Revolução Francesa.
 IGUALDADE DE GÉNERO - A igualdade de género significa a igualdade de direitos
e deveres entre o género masculino e feminino, é com base neste conceito que
conseguimos uma sociedade com menos preconceitos e descriminações, seja de género
ou de outras caraterísticas, como sexual, étnico ou social.
 IGUALDADE SOCIAL – este conceito é mais fácil de perceber quando visto pela
perspetiva contrária – ou seja a desigualdade social é quando há uma grande diferença
entre as camadas mais ricas ou mais pobres da população.
 Quando há desigualdade económica gera problemas sociais nomeadamente criminalidade
e violência.
 Uma das formas de se trabalhar para haver maior igualdade social é com políticas de
distribuição e investimento em educação.
 IGUALDADE RACIAL – é um conceito baseado na ideia de que todos os homens são
iguais e de que não existem diferenças nas raças humanas.
 Todos os grupos étnicos devem ter os mesmos direitos e deveres enquanto cidadãos.

 DIFERENÇA – caráter que distingue uma coisa da outra, falta de igualdade ou de


semelhança, divergência, disparidade e diversidade.
 Quando nos limitamos a aceitar aquilo que nos é dado a conhecer e não permitimos um
espaço para dúvidas e diferenças a nossa natureza empobrece, estagna, e mais perigoso
do que isso é que rejeitar o que está para além da nossa compreensão.

 Diferença específica-caráter pelo qual uma espécie se distingue das outras espécies do
mesmo género .
 O termo identidade vem da
palavra latina identïtas , que se
refere ao conjunto de traços e
características que diferenciam
um indivíduo , ou grupo de
indivíduos, dos demais. É a partir
disso que as pessoas conseguem
distinguir-se das outras e isso
depende da sua própria
visão do mundo e história e do
contexto em que vivem.
 IDENTIDADE

 Um problema que surge é que existem identidades pessoais, bem como identidades
coletivas, portanto, muitas vezes as pessoas podem entrar em conflito por causa das
diferenças existentes. É a identidade que molda as pessoas, que determina os seus gostos,
necessidades, prioridades e ações.
 A afirmação desse espaço é feita por oposição ao do outro e assim começa o
relacionamento entre grupos, sejam eles nacionais, regionais, étnicos, culturais,
linguísticos ou religiosos.
 Existe uma complexa necessidade humana quer individual quer coletiva de aceitar o
fator de construção da IDENTIDADE.
 O que nós somos depende muito da interação com os outros.
IDENTIDADE PESSOAL

 A identidade pessoal refere-se em primeira lugar ao nome e apelido


que cada pessoa recebeu . Desta forma, uma pessoa pode ser
diferenciada das demais. Com os avanços da tecnologia e o aumento
significativo da população mundial, novos elementos foram
implantados que permitem diferenciar uma pessoa da outra, como
impressões digitais e DNA .
 Além disso, a identidade pessoal pode referir-se a questões
relacionadas à cultura, como profissão, etnia, religião , atividade de
trabalho, personalidade , gostos ou comportamento.
IDENTIDADE CULTURAL

 Este conceito implica tudo o que tem a ver com as crenças,


tradições, símbolos, comportamentos, valores e orgulho que os
membros de um determinado grupo de pessoas partilham e que
são, por sua vez permitem a existência de um sentimento de
pertença.
 Esse sentimento ajuda que, apesar das diferenças individuais, os
membros podem ter algo em comum. Isso também pode ser
definido em oposição a outros, o que significa que um grupo pode
ser identificado por apresentar diferenças explícitas e marcantes
que permitem estabelecer a existência de grupos distintos.
IDENTIDADE NACIONAL

 A identidade nacional, é aquela que vincula os indivíduos à nação


da qual fazem parte . Isso pode ser dado pelo fato de compartilhar
certos costumes ou tradições, religião, comportamentos; por habitar
no mesmo território ou por ter sentimento de pertença.
 Esse conceito opõe-se claramente ao de globalização , em que se
promove a integração total das nações ou o predomínio de uma
região sobre as demais, o que acabaria por impor os traços de um
grupo a toda a população mundial.
 AUTENTICIDADE – este conceito engloba não só o carater original da identidade de
cada um, como também a valorização moral e a necessidade de ser verdadeiro para com
a própria identidade, a autenticidade está dentro de cada um de nós, tal como está no
meio de cada cultura. E essa autenticidade, é parte integrante da identidade constrói-se e
manifesta-se inevitavelmente em diálogo com os outros.

 DIGNIDADE- é nas sociedades pré-democráticas que o conceito dignidade se


estabelece como garante do universalismo e igualitarismo, isto é, a dignidade passa a
ser encarada como um valor comum a todos os indivíduos, por oposição ao conceito de
honra que antes legitimava todo um sistema de hierarquias sociais, logo desigualdades.
(conjunto de princípios e valores com a função de que o estado garante os direitos
fundamentais ao ser humano).
 UNIDADE NA DIVERSIDADE- uma educação voltada para a multiculturalidade,
preconiza a empatia, a concórdia, discórdia. Compreender o ser humano é compreender
a sua unidade na diversidade e vice-versa, a verdade na diversidade é um desafio
constante que requer maturidade, generosidade, e respeito pelo outro.
 O lema da União Europeia é “ unidade na diversidade”

 A busca da identidade e a estruturação das sociedades no meio da diversidade dão


confiança que levam à colaboração, qualquer coisa que provoque alterações nesse
estado causa incómodo, isto é a razão pela qual há uma enorme resistência às
mudanças, ainda que estas mudanças nos tragam benefícios.
 EQUIDADE – é o termo cujo significado é promover a justiça e a igualdade de
oportunidades, baseada num tratamento distinto entre as pessoas.
 A equidade não se opõe à igualdade, pelo contrário busca reforçar a igualdade através
de normas.
 A equidade tem por base os princípios de direito, serve para assegurar o direito de cada
um.
 Agir com equidade significa a intenção de reconhecer o direito de cada um, ter sentido
de justiça, imparcialidade e respeito pela igualde de direitos.
 DIREITOS CIVIS – são os direitos que vem enunciados na CRP, 24º a 79º. os direitos
civis são aqueles direitos que são inerentes a cada individuo, o estado apenas se limita a
reconhece-los. Por ex: direito à vida, direito à liberdade, direito de expressão, entre
outros.

 DIREITOS SOCIAS – Corresponde ao estado social do direto, o estado assume um


papel preponderante a nível social, tendo como objetivo garantir os direitos humanos e a
igualdade social, como por exemplo direito à saúde, educação, igualdade social,
trabalho, segurança social…

 PROSPECTIVIDADE – significa olhar para o futuro, o que é provável ou esperado


que aconteça, há um resultado esperado, por ex: as normas exigidas para futuros pais
tornaram as adoções mais difíceis nos últimos anos. Há um resultado provável, uma
visão de futuro potencial.
 PRINCÍPIOS DE CONDUTA – princípios que devem ser seguidos por um grupo ou
por uma pessoa.

 EMPATIA
 REAÇÃO COMPASSIVA
 SOLIDARIEDADE
 PRINCÍPIOS DE IGUALDADE E EQUIDADE
 DIVERSIDADE
 ACEITAÇÃO
 TOLERÂNCIA
 EMPATIA
PRINCIPIOS DE CONDUTA
 SIMPATIA – Entende-se por simpatia um sentimento com determinada pessoa,
simpatizamos com pessoas e amigos com quem partilhamos afinidade, interesses e
valores e nas quais reconhecemos alguma compatibilidade e complementaridade
connosco.

 EMPATIA – significa nós colocarmo-nos no lugar do outro a fim de compreendermos


a sua realidade interna, independentemente da pessoa em questão, a empatia é estarmos
de acordo com ela ou não, uma pessoa empática é estar ao serviço e comunhão
emocional, da aceitação e do respeito pelo outro, implica não julgarmos e despojarmo-
nos de preconceitos.
 Enquanto que demonstrar simpatia por alguém, é ser gentil, amável, agradável, não
quer dizer que esteja a ser empático.
Muitas vezes a simpatia até pode esconder um pouco de empatia, por exemplo
quando eu utilizo a simpatia para agradar alguém e estimular nessas pessoas
sentimentos agradáveis quanto à minha pessoa com o intuito de se obter uma
aprovação e valorização por parte dessa pessoa.

Empatia significa colocarmo-nos no lugar do outro para nos sentirmos em sintonia


com as suas emoções, ser empático implica olhar o outro com isenção, é um olhar
despojado dos próprios valores e preconceitos, reconhecendo e aceitando que há
diferentes maneiras de estarmos.
A boa capacidade empática é entender o outro tendo como enquadramento a sua realidade e
nunca utilizar como referência a nossa experiência.

Quando colocamos os nossos sentimentos no outro acabamos por incorrer numa confusão
entre o EU E O OUTRO.

Neste tipo de situações em que a pessoa transporta para o outro a sua realidade fica
difícil conhecer o outro tal como ele é. As dificuldades de comunicação nas relações
interpessoais, nomeadamente nas relações conjugais traduzem muitas vezes lacuna na
empatia que não permitem a um dos cônjuges colocar-se no lugar do outro, impondo
muitas vezes a sua maneira de estar na vida.
 IDENTIDADE estabelece-se por um conjunto de vínculos em cada um de nós
reconhecer-se e ser reconhecido, por ex: o nome próprio, o nome de família que nos
identifica enquanto indivíduos pertencentes a um grupo, naturais de uma determinada
freguesia, munícipes de um determinado concelho, cidadãos de um país e do mundo.

 ALTERALIDADE – é tudo aquilo que é da ordem exterior a nós, o que é próprio do


outro, relação que se estabelece entre o mesmo e o outro, entre o idêntico e o diferente,
é a relação que permite aceder ao mundo.
 EMPATIA – significa participação afetiva e emotiva numa realidade, que lhe é em
princípio alheia, esta capacidade de estar em sintonia e reconhecer a identidade, ou seja,
de reconhecer o que nos é próprio, mesmo naquilo que está fora de nós. A empatia
aproxima os seres humanos.

 EMPATIA – liga-se à reação compassiva face ao outro e ao seu sofrimento.

 RELAÇÃO COMPASSIVA – significa que manifesta compaixão, significa capacidade


de sofrer com – de sentir e partilhar de ser capaz de assumir o descentramento de si
próprio.
 Temos assim ligados 3 pilares da relação EU – OUTRO – que são: empatia, reação
compassiva e solidariedade, que para se efetivarem se traduzem em ações de:

 SOLIDERIEDADE – Este termo utiliza-se para denominar uma ação generosa ou bem
intencionada. Ser solidário implica um compromisso com aquele a quem se presta ajuda, já que
implica um compromisso com aquele a quem se oferece solidariedade.
 Vivemos numa sociedade por isso não nos podemos esquecer do nós, não podemos olhar só
para o nosso umbigo. A solidariedade mostra a ajuda generosa e desinteressada que surge no
coração de cada um.
 Há diversas formas de ser solidário - pode-se dar bens ou prestar um trabalho como voluntário.


 SOLIDERIEDADE
Para um mundo cada vez melhor é preciso o envolvimento de toda a sociedade.

A solidariedade é um aprendizado adquirido, é o momento em que se toma


consciência de um problema, ser solidário é apostar na inteligência emocional
de viver sendo verdadeiramente humano.
 VAMOS FALAR DE IGUALDADE EQUIDADE
 EQUIDADE – deriva da palavra equivalente, é a forma mais fácil de expressar quando
queremos que duas coisas, objetos, pessoas, entre outras, possam ser equivalentes uma
com a outra, usualmente vemos a expressão de um sistema social é ou não equitativo,
aqui temos a representação clara do que é EQUIDADE.
 IGUALDADE – termo utilizado para igualar um indivíduo ou um objeto, esta palavra
tem diversos sinónimos, entre eles por ex: equidade, igualdade deriva da palavra igual,
ou seja algo que é parecido ou equivalente ao outro.
 A igualdade bem como a equidade permitem-nos fazer uma comparação mais ampla e
neutra sobre o indivíduo.
 O mundo alcançou a igualdade de género, empoderamento das mulheres.
 O objetivo necessário para um mundo pacifico, próspero, e sustentável, (infelizmente
ainda há muitas mulheres a sofrerem de violência doméstica.)
 Permitir às mulheres uma maior igualdade no acesso à educação, assistência médica,
trabalho decente e decisões sobre processos políticos e económicos, estimulará
economias mais sustentáveis e beneficiará as sociedades e a humanidade em geral.
 ANALOGIA – Significa proporção, quando algo tem a mesma quantidade ou é
equivalente ao outro, por ex: quando dizemos a bicicleta está para o ciclista como o
carro está para o motorista, possuem um sentido de ligação, há aqui como que um elo de
ligação, também pode ser ligado à equidade, quando algo é equivalente.
 ANALOGIA
 Enquanto que a Analogia é uma comparação, em que uma ideia ou uma coisa é
comparada a outra coisa que é bem diferente dela, a equidade ajusta-se e adapta-se a
situações particulares e casos específicas, tomando em conta para essas situações
conceitos de igualdade e justiça.

 Ex. de analogia a vida é como uma corrida, aquele que continua a correr vence a
corrida, e aquele que para, para recuperar perde, assim como a caneta é arma do
escritor a lança é a arma do guerreiro.
 DIVERSIDADE a diversidade cultural, é a diferença entre culturas, ou seja, a
diversidade é a existência de uma multiplicidade de culturas ou de identidades
culturais.

 MITOS DE DIVERSIDADE – A diversidade é um problema ou uma oportunidade.


(eu penso que diversidade é uma oportunidade pois aumenta o nosso conhecimento e a
capacidade de compreender e aceitar as diferenças).
 A diversidade significa haver tratamento preferencial das minorias.
 A diversidade compreende uma inúmera mistura de diferenças e semelhanças entre
pessoas e por isso a necessidade de INCLUSÃO, permitindo que todas as pessoas
tenham uma voz ativa e igualdade de oportunidades.
 Quando a diversidade funciona existe um conforto .
 Importância da diversidade nas empresas não deve ficar presa ao cumprimento da
legislação a ser cumprida em relação aos profissionais com deficiência, quando falamos
em ter diferentes perfis de funcionários quer dizer que a empresa deve ter
representatividade compatível com a diversidade da população e da força de trabalho.
 Ter funcionários com diferentes culturas, pensamentos, etnias, opiniões e deficiências
permite que a empresa se torne mais plural e democrática, esta mistura de diversidades
traz benefícios para a organização e para os trabalhadores.
 Exemplos: Diversidade e Inclusão geram valores.
 Combinar diferentes culturas proporciona experiências únicas que agregam valores,
melhoram a convivência e permitem a troca de aprendizagens, ter acesso a diferentes
pontos de vista e ouvir diversas opiniões leva a ampliar a criatividade.
 Quando se fala da Inclusão nas empresas, pensa-se logo nas minorias, no caso de
colaboradores com diferenças, porém a verdadeira inclusão ocorre quando todos os
colaboradores passam a ter espaço e a serem respeitados nas suas diferenças.
 Mudar a cultura organizacional para que ocorra a Diversidade e a Inclusão nas empresas
é um processo que deve ser feito de forma estruturada para que não gere desconforto
entre os colaboradores, é necessário um estudo de acessibilidade para que a empresa
possa receber adequadamente todos os colaboradores.

 LÍDERES E GESTORES – estas pessoa também devem ser preparadas para apoiar a
transformação e acolher as diferenças, nomeadamente as diferentes culturas, quando é
realizado um bom trabalho a este nível há um clima melhor, e surgem novas ideais e
existe um melhor ambiente de trabalho.
 TOLERÂNCIA – É a aceitação, respeito e consideração pela diferença, ou seja a
capacidade que cada um tem de admitir que os outros pensem de forma diferente
da nossa, e das quais podemos discordar. Vivemos enquanto portugueses e num
mundo civilizado ocidental, numa sociedade que se considera democrática, liberal,
pluralista, religiosos e políticos, valoriza-se a discussão de ideias, espírito crítico,
pluralidade de opiniões, significa que nada é proibido e que tudo é permitido.

 PROMOVER A TOLERÂNCIA E CELBRAR A DIVERSIDADE


 TOLERÂNCIA não deve ser sinónimo de PERMISSIVIDADE E
INDIFERENÇA

 Não se deve permitir tudo, permissão de tolerância não significa que se deve tolerar
tudo.
 Lidar com a diferença é um desafio à escala global, significa em primeiro lugar
olhar as pessoas naquilo que elas são, tendo em consideração todo o conjunto de
pertenças étnicas, culturais, geográficas, sociais, religiosas, que definem a nossa
identidade e que fazem de cada um de nós um ser especial e único.
 A multiculturalidade diz respeito a todos nós aos de longe aos de perto e implica que
sejamos capazes de reconhecer a singularidade de cada pessoa e de valorizar as
diferentes perspetivas, experiências e contributos.
 Abrir-se a porta à diversidade requer que cada um de nós esteja aberto para se conhecer
melhor pensar sobre si relacionar-se com o outro sem preconceito descobrindo o outro e
respeitando-o na sua individualidade.
 Todos nós ganhamos se conseguir-mos ver a pessoa por detrás dos rótulos, criando
empatia e melhorar a capacidade de comunicar e interagir.
 PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES DE
INTOLERÊNCIA À DIFERENÇA SÃO:

 RACISMO, XENOFOBIA, DESIGUALDADE DE


GENERO, ESTADO CIVIL, HOMOFOBIA,
TRASNFOBIA, PORTADORES DE NECESSIDADES
ESPECIAIS, RELIGIÃO, CRENÇAS RELIGIOSAS,
EDAISMO.
 A distinção entre nós e os outros implica o reconhecimento de uma diferença e essa
diferença nunca é neutra: pode provocar repulsa, receio, inquietação ou atração.

 A diferença entre nós/outros não é neutra, a ela está associada o conceito de


DISCRIMINAÇÃO. Aqui vamos englobar aspetos comportamentais, mas também
cognitivos e emocionais. O termo discriminação é utilizado para referir perceções,
avaliações ou comportamentos que resultam numa desvantagem para o grupo-alvo, isto
é que prejudicam o outro. Neste sentido discriminação é utilizado no sentido negativo.
 Mas também é possível usar discriminação em sentido positivo quando é usada para
designar ações que resultam numa vantagem para o grupo-alvo descriminação positiva
ou ação afirmativa.
 Racismo: surge na língua francesa entre as duas grandes guerras, adquirindo maior
significado depois do holocausto (Massacre de judeus e de outras minorias efetuada nos
campos de concentração durante a II guerra mundial).
 Racismo sentido restrito – como uma doutrina, dogma, ideologia ou conjunto de
crenças.
 Racismo sentido lato – envolvendo também preconceito e os comportamentos
discriminatórios.
 A longo da história o racismo tem alterado os seus alvos: (ciganos, judeus, negros,
brancos, amarelos).

 XENOFOBIA – faz referência ao ódio, ao receio, à hostilidade e à repulsa


relativamente aos estrangeiros, também se usa em relação aos grupos étnicos, ou
pessoas que se desconhece a sua fisionomia socia cultural e politica.
 A XENOFOBIA consiste na não aceitação das identidades culturais que sejam
diferentes da nossa, contrariamente ao racismo a xenofobia prevê aceitar os
estrangeiros e imigrantes, desde que obedeçam à sua assimilação sociocultural.
 Este tipo de discriminação tem por base vários preconceitos históricos, religiosos,
culturais e nacionais, que levam o xenófobo a justificar a segregação entre diferentes
grupos étnicos com o objetivo de não perder a própria identidade.

 HOMOFOBIA – define o ódio a repugnância o preconceito de algumas pessoas


contra os homossexuais, aqueles que guardam na sua mente esta fobia ainda não
definiram completamente a sua identidade sexual, o que gera dúvidas, angústias e uma
certa revolta das pessoas que têm essa preferência.
 Muitas vezes a homofobia parte do próprio homossexual como um processo de negação
da sua sexualidade, às vezes nos primeiros momentos, outros muitas vezes de forma
persistente, quando até chegam a casar e constituir família, sem assumirem a sua
homossexualidade.
 O termo homofobia foi utlizado inicialmente em 1971.

 EDAÍSMO- é algo tão comum e tão frequente que muitas vezes nem nos apercebemos
da sua existência, trata-se da descriminação motivada por razões de idade. É tão
habitual que aceitamos tacita e pacificamente, confundindo-a com falta de educação ou
achando-a justificada por razões culturais.
 Em Portugal o Código de Trabalho no seu artigo 24º refere que não se pode ser
privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer
dever em razão, nomeadamente, de ascendência, idade, sexo, orientação sexual, estado
civil, devendo o estado promover a igualdade de acesso a tais direitos.

 O princípio subjacente a esta norma é que as pessoas devem ser avaliadas pelas suas
competências e não pela sua idade. Por ex: todos vemos anúncios a dizer: pretende-se
pessoa até aos 35 anos…(proibido indicar sexo, idade, cor…)

 O problema não é a falta de leis, mas sima a falta cívica e de educação.


INTOLERÂNCIA RELIGIOSA O QUE É?
Intolerância religioso é a discriminação contra as pessoas e grupos ou pessoas que
têm diferentes crenças ou religiões, e é marcada principalmente pelas atitudes
agressivas e ofensivas, é uma forma de violência física ou simbólica que tem por
objetivo a negação e a supressão de uma religião em detrimento de outra, ou seja é
um caso de preconceito associado a algum tipo de violência em que se pretende
negar a existência de religiões específicas.
A liberdade de expressão garante aos indivíduos o direito de manifestar as sua
opiniões sobre determinado assunto, incluído os dogmas religiosos.
 Por ex.: humilhar, perseguir, discriminar ou
agredir alguém por ter uma religião ou crença
diferente de outra pessoa são atos de intolerância
religiosa.
 1 MILHÃO E 700 MIL portugueses têm incapacidade-
 Somos uma sociedade inclusiva?
 Muitas pessoas portuguesas com pelo menos uma incapacidade, destas quase meio
milhão não conseguem executar uma ação como:
 Ver, ouvir, andar, memorizar, tomar banho, vestir-se sozinho e até compreender ou
outros ou fazer-se compreender.
 EDUCAÇÃO- Há pessoas portadoras de deficiência desde nascença e que nunca
atestaram essa deficiência, pelo menos até aos 55 anos, para poderem receber a
prestação social de inclusão. É esta mentalidade que também tem de mudar, e está a
mudar.
 TRABALHO – não há pessoas a contratar pessoas com deficiência, o risco de pobreza
afeta 36,5% de pessoas com deficiência, por isso é que o governo aprovou a extensão
do complemento solidário por invalidez também para idosos com deficiência. Outro
objetivo é levar este complemento solidário a todas as pessoas com deficiência. Essas
medidas podem não resolver a questão da pobreza, mas penso que pelo menos atenuam.
 VIDA INDEPENDENTE – quantas pessoas com deficiência há que poderiam ter mais
autonomia se tivessem um assistente pessoal, figura agora criada .
 QUEIXAS DE DISCRIMINAÇÃO – Há ações discriminatórias relativas a pessoas
com deficiência, e o resultado dá que pensar, em 2016 as queixas mais que triplicaram e
têm vindo a aumentar sobretudo queixas relativas a ações discriminatórias.
 TERCEIRA IDADE – a terceira idade também é uma faixa etária com deficiências,
que perspetivas tem as pessoas com deficiência e que não tem ninguém, que
pensamento têm em relação a envelhecerem sozinhos, e não poderem envelhecer junto
daqueles que os amam.
CP4 -DR2
Código de Ética e padrões deontológicos

 Papel da deontologia na construção de uma cultura organizacional –


num contexto profissional

 O presente tema tem por finalidade dar a conhecer a importância da cultura e


da ética nas organizações, agora vamos ver alguns CONCEITOS:
 MOTIVAÇÃO: É um impulso que faz com que as pessoas ajam para atingir os seus
objetivos, envolve fenómenos económicos, biológicos e sociais, é um processo
responsável para iniciar, direcionar e manter comportamentos relacionados com o
cumprimento de objetivos, motivação é o que faz com que os indivíduos deem o melhor
de si, façam o possível para conquistar o que querem.
 Por ex: vocês tem que estar motivadas para que consigam ter bons resultados no vosso
curso.
 ÉTICA – é a área da filosofia dedicada às ações e ao comportamento humano,
filosofia moral, o objetivo do estudo da ética são os princípios que orientam as ações
humanas e a capacidade de avaliar essas ações, a diferença entre a ética e a moral ,é
que a ética é vista de maneira universal e a moral está sempre ligada aos fatores
sociais, culturais que influenciam os comportamentos, ética é uma teoria que se
ocupa dos princípios que orientam as ações já a moral é a prática e está relacionada
com as regras de conduta.

 DEONTOLIGIA – faz parte da filosofia moral contemporânea, a deontologia trata


dos deveres e da moral, é uma teoria sobre as escolhas dos indivíduos o que é
moralmente necessário, serve para nortear o que realmente deve ser feito.


 ORGANIZAÇÃO – é a forma como se dispõe um sistema para atingir os resultados
pretendidos, normalmente é formado por uma, duas ou mais pessoas que executam
funções de modo controlado e coordenado com a missão de atingir um objetivo em
comum e com eficácia.
 Podemos falar de organização empresarial, organização escolar, organização pessoal,
organização de eventos, organização doméstica, entre outras.
 Em todas estas aplicações o sentido de organização baseia-se na forma como as
pessoas se inter-relacionam entre si e na disposição e distribuição dos diversos
elementos envolvidos, com vista a uma mesma finalidade.
 Relações interpessoais – o facto de vivermos em sociedade inevitavelmente faz-nos
criar laços com os demais, este tipo de vinculo é conhecido como relações
interpessoais , este conceito pode ser abordado em duas perspetivas uma individual
outra coletiva.
 Uma pessoa pode ser muito inteligente mas não ter boas relações com os demais
 Falando agora da ÉTICA – é necessário cada vez mais orientar as pessoas na condução
de negócios empresariais, quando agimos com ética nos negócios podemos gerar uma
maior satisfação, e atingir as finalidades que pretendemos, pode até fazer a diferença e
contribuir para a competitividade, as empresas exigem aos seus gestores uma constante
atualização a fim de estarem preparados para tomarem decisões, mas com ÉTICA e
responsabilidade.

 CÓDIGOS DE CONDUTA – CONTEXTO PROFISSIONAL

 Com a necessidade de saber quais os comportamentos e atitudes adequadas para a vida e


para a boa convivência tornou-se uma constante preocupação em todas as sociedades,
culturas e civilizações ao logo da história.
 A questão de ÉTICA tornou-se uma preocupação do dia a dia para as organizações
empresariais.

 A ÉTICA ENQUANTO FILSOFIA E CONSCIÊNCIA MORAL TORNOU-SE


ESSENCIAL À VIDA DE TODOS NOS SEUS ASPECTOS SEJA PESSOAL,
FAMILIAR, SOCIAL OU PESSOAL.
 Enquanto pessoas e profissionais dependendo de como nos comportamos nas nossas
relações laborais com os nossos colegas podemos colocar em risco a nossa reputação, a
nossa empresa e o sucesso dos nossos negócios.
 As empresas que se preocupam com as questões de ÉTICA neste mundo de
globalização e estruturações competitivas conseguem converter as suas preocupações
em práticas efetivas.
 A sobrevivência e a evolução das empresas e dos seus negócios estão cada vez mais
associados à capacidade de adotar e aperfeiçoar condutas marcadas pela sociedade.

 ÉTICA DIFERENTE DE MORAL


 ÉTICA – é o estudo e a reflexão sobre moral que nos diz como viver em sociedade,
aplica-se a um indivíduo.

 MORAL – Conjunto de normas e princípios que se baseiam na cultura e nos costumes


de determinado grupo social, aplica-se a um grupo.
 A ÉTICA – refere-se ao conjunto de valores e princípios que guiam determinado grupo
ou cultura, que norteia o carater das pessoas e como elas se portam no meio social,
apesar disso não podemos confundir ética com lei, as pessoas não sofrem sanções ou
penalizações por não cumprirem normas éticas, a ética pode refletir valores morais.
 A ética é responsável por definir certas condutas no nosso dia a dia, por ex: é o caso
dos códigos de ética profissional.
 Exemplos de uso de ética : o conceito de ética é utilizado quando refletimos sobre a
moral aceite numa determinada sociedade, podendo aceitá-la ou questioná-la.
 Ex: comportamento antiético – quando uma pessoa não se levanta para se sentar uma
Senhora grávida.
 MORAL – é o conjunto de regras que orientam o comportamento do individuo dentro
de uma sociedade, pode ser adquirida através da cultura, da educação, da tradição e do
cotidiano.
 Estas regras levam ao julgamento de cada individuo de como agir, isto de acordo com o
que foi acordado previamente em determinado grupo, quando falamos de moral as
definições do que é certo e do que é errado depende do local onde a pessoa se encontra,
da tradição e da cultura.
 A Moral carateriza-se por determinadas normas de conduta, criadas e aceites num
determinado grupo social, pode variar de acordo com o local ou o tempo.
 Ex: antigamente era imoral as Senhoras usarem calças, hoje é moralmente aceite,
frequentarem cafés, entre tantos outras situações.
 DE ONDE VÊM OS PRINCIPIOS MORAIS E ÉTICOS:

 A moral é um padrão externo que pode ser fornecido por instituições, grupos ou
cultura à qual um individuo pertence, pode ser considerada um sistema social ou uma
estrutura para um comportamento aceitável.
 ÉTICA – pese embora seja influenciada pela cultura e pela sociedade, são
princípios pessoais criados e sustentados pelos próprios indivíduos, por conta disso
o individuo pode basear-se em princípios éticos para questionar uma moral vigente.

 CONSISTÊNCIA E FLEXIBILIDADE

 A MORAL é muito consistente dentro de um determinado contexto, mas pode variar entre
culturas ou épocas, por ex.: algo que é aceite hoje e não foi aceite noutra altura.

 A ÉTICA – é como o individuo reflete sobre determinada moral, assim é possível que
certos eventos modifiquem radicalmente as crenças e valores pessoais de um individuo.

 A ética para muitos é essencialmente subjetiva, tem a ver com os valores e opiniões
pessoais, daí a explicação com que tantas pessoas discordam sobre tantas questões
éticas, no mundo de hoje o individualismo e a concorrência parece que a subjetividade
triunfou, os fins justificam os meios, não só no mundo dos negócios mas também na
política, normalmente as decisões são tomadas em função do ideal aritmético e da
justiça social, daí se ter mais uma visão subjetiva em detrimento da visão objetiva das
normas morais. Mas também há pessoas que defendem que a ética fundamenta-se na
objetividade é válido para todos.
 Ainda há hoje em dia muitos objetivistas, por ex.: os ativistas os ambientalistas, estas
pessoas consideram que os direitos humanos e ambientais geram obrigações universais,
o que significa que as opções subjetivas e objetivas ainda hoje são possíveis.


 O que importa verdadeiramente é aplicar os princípios éticos aos casos concretos, ter
uma conduta ética não se aprende na formação, pratica-se no dia a dia para que cada
pessoa a desenvolva e a aplique na prática.

 APLIACBILIDADE PRÁTICA DA ÉTICA :


 ÉTICA APLICADA – ÉTICA PROFISSIONAL - a ética é cada vez mais uma ética
aplicada, para dar resposta a um mundo cada vez mais complexo, a ética procura aplicar
na prática os fundamentos gerais da ética. No plano individual, familiar e social, a ética
não é puramente teórica, mas um conjunto de princípios que balizam as ações do ser
humano na sociedade em que vive, e deve ser incorporada pelos indivíduos sob a forma
de atitudes e comportamentos quotidianos.
 A nível social a ética pode subdividir-se em vários ramos:
 ÉTICA ECONÓMICA OU PROFISSIONAL isto porque todas as profissões tem
uma ética, pois implica o relacionamento com pessoas, uma das formas direta, por
ex.: os médicos, advogados, professores, educadores, entre tantas outras, e alguns de
forma indireta por exemplo nas atividades que têm a ver com objetos materiais como
construção, elaboração de programas informáticos, etc…, para melhor percebermos
vamos definir o que é PROFISSÃO.
 Conceito profissão- tem como finalidade o bem comum e o interesse público, toda a
profissão tem uma dimensão social, de serviço à comunidade o valor de uma
profissão mede-se pelo grau de serviço que traga o bem estar geral.
 Profissão é uma forma de servir a sociedade com uma finalidade que transcende os
interesses pessoais.
 Por outro lado a profissão implica uma ideia de grupo que implica a partilha por
vários indivíduos voluntariamente organizados que partilham uma ocupação
eticamente admissível.
 Nesta forma as pessoas identificam-se como membros de um determinado grupo
profissional porque partilham ideias éticas, como por ex.: médicos curam pessoas,
advogados ajudam pessoas a obter a justiça, os farmacêuticos a fornecer
medicamentos, entre outras.
 ÉTICA PROFISSIONAL – são os padrões para o exercício de uma profissão, uns
comuns a várias profissões, outros são específicos da profissão em causa, ajuda as
pessoas a pertencerem a um determinado grupo e distingui-los dos demais grupos.
 Cada grupo deve obedecer a:
 Imperativos morais como por ex: o bem estar humano, honestidade e a
confidencialidade.
 E a imperativos profissionais específicos, como a busca da excelência, a competência,
entre outros;
 Os princípios fundamentais da sua conduta são a verdade, honestidade, confiança, no
seu serviço à sociedade, um desempenho ético que demonstre justiça, cortesia e boa fé
para com os clientes, colegas e outras pessoas, a consideração dada aos aspetos sociais,
culturais, económicos e de segurança e a utilização eficiente dos recursos mundiais para
satisfazer as necessidades humanas a longo prazo.
 Os valores expressos nos códigos deontológicos são valores que recebemos como
herança da cultura judaico-cristã mas também os valores da humanidade.
 Valores como a reciprocidade, humanidade, responsabilidade, integridade, respeito
pela vida, honestidade, tolerância, e respeito pelas pessoas e espírito de serviço à
humanidade estão sem dúvida entre os valores comumente aceites nos grupos
profissionais.
 ÉTICA RESPONSABILIDADE SOCIAL
 A ética hoje é muito requisitada pelas diversas áreas profissionais e sociais, como por
ex: as instituições do terceiro setor (lojas, restaurantes) principalmente por causa do
apelo social e sustentável cobrado no mundo inteiro, a consciência adquirida ao longo
do último século é responsável por essa ética, por ex: a defesa dos direitos humanos,
todas as ações devem visar o respeito pela vida e integridade, lutar contra a injustiça e
pela dignidade é dever de todo o cidadão.
 Ser cidadão é agir com respeito, dignidade, solidariedade, e comprometimento pelo
desenvolvimento do país, responsabilidade, a par de outros valores, todos estes valores
devem estar dentro de casa, mas também nas escolas, nos ambientes profissionais, nas
ruas, em qualquer lugar.
 DEONTOLOGIA – o termo é usado para designar uma classe ou disciplina, centra-se
na análise dos deveres e dos valores regidos pela moral.
 Isto quer dizer que cada profissão, ofício ou âmbito determinado deve ter a sua
própria deontologia que indica qual o dever de cada pessoa, por norma cada profissão
tem o seu código deontológico, é como que um manual, que enumera as obrigações
morais que têm que respeitar aqueles que exercem aquela profissão.
 A deontologia analisa os deveres internos das pessoa, isto é aquilo que deve fazer ou
evitar consoante lhe dita a sua consciência, os valores compartidos pela ética e aceites
pela ética estão enumerados nos códigos deontológicos.
 A deontologia profissional aplica-se a todas as áreas, seja jornalismo, médicos,
advogadas, farmacêuticos, entre tantos outras.
 -CÓDIGO DE ÉTICA EMPRESARIAL – código que serve para demonstrar os
princípios, a visão e a missão de uma empresa, através dele conhece-se a postura
social da instituição diante do público com que interage.
 A partir do código de uma empresa é possível avaliar a sua função no mercado e o que
ela pretende dos seus funcionários, o seu articulado é baseado nas leis do país,
geralmente tratam das relações internas, relações com o consumidor, proteção aos
direitos do trabalhador e repúdio de práticas ilegais como por ex: o assédio sexual ou
moral entre tantos outros.
VANTAGENS APLICAÇÃO CÓDIGO ÉTICA

 - Possibilita vantagens para a empresa,


 - Fortalece a imagem da instituição (privada, pública ou ONG)
 - Pode aproximar os funcionários da instituição
 - Pode ser um excelente instrumento para a resolução conflitos;
 - Auxilia a ordem e a transparência da imagem da empresa;
 - Traduz a conduta moral da formação da empresa;
 - Implica melhoria da relação entre funcionários, clientes, fornecedores e até
o governo
NÃO CUMPRIMENTO DO CODIGO DE ÉTICA
 - Saber se uma atitude por parte de um funcionário é reprovável, de acordo com o
código da empresa é ou não aceite.
 - Saber se a decisão do trabalhador foi a mais correta;
 - Se essa decisão será indicada para outras pessoas
 - Qual será o resultado para a minha imagem dentro da empresa
 Quando um funcionário não cumpre o código de uma empresa pode ser advertido
verbalmente ou por escrito, e conforme o caso seja grave ou não pode ser suspenso, ou
desligado dos quadro da empresa, o código da ética ajuda na resolução de problemas, e
ainda representa a importância dada ao meio ambiente e também à sociedade.
 De acordo com o conteúdo do código deontológico são tratados:
 - Princípios e valores, missão e visão da empresa
 - Princípios éticos princípios gerais de justiça e equidade;
 - Gestão da sustentabilidade;
 - Normas e padrões para o comportamento na empresa e de seus funcionários;
 Penalizações com relação ao não cumprimento do código;
 - Ações de atuação para os órgãos de controle, etc.
 O código não é um regime interno, mas uma extensão do contrato de trabalho, em que
o funcionário se compromete a cumprir as regras da empresa, auxilia a empresa na
regulação do seu funcionamento.
CÓDIGOS DE CONDUTA NO CONTEXTO PROFISSIONAL
 HIERARQUIA DE MASLOW:
 PERTENÇA
 Na hierarquia de Maslow as necessidades de nível mais baixo devem ser satisfeitas
antes das necessidades de nível mais alto, cada um tem de escalar uma hierarquia de
necessidades para atingir a sua autorrealização. Nessa hierarquia temos:
 - NECESSIDADES FISIOLÓGICAS-comer, respirar,
 - NECESSIDADES DE SEGURANÇA- segurança corpo, empresa, família, saúde,
 - NECESSIDDAES SOCIAIS- amizade, família, amigos
 - NECESSIDADES DE ESTIMA – autoestima, confiança, respeito pelos outros
 - NECESSIDADES REALIZAÇÃO PESSOAL- moralidade, espontaneidade, solução problemas,
aceitação, solução problemas, aceitação dos factos
 Na hierarquia motivacional representada pela pirâmide de Maslow nas necessidades
sociais está incluída a necessidade de PERTENÇA
 - Uma das fontes motivacionais mais intensa é a pertença
 - Ninguém gosta de viver isolado

Temos necessidade de nos representarmos como parte de coletivos, por ex: clubes
de futebol, há aqui laços de afetividade que nos ligam a um conjunto de sujeitos
que como nós reconhecem um identidade comum.
 - Muitas vezes as claques não vão ver os jogos
 - Mas os seus elementos estão unidos a torcer pelo seu clube, porque nesse confronto
a pertença faz para eles sentido.

 LEALDADE :
 A lealdade pode ser em relação a amigos, familiares, colegas de trabalho e a si
mesmo, quando se é leal aos seus valores, sonhos, opiniões uma pessoa vive de forma
mais coerente, demonstrando através de atitudes tudo aquilo que carrega dentro de si
e cobra daqueles com os quais convive, assim consegue levar a vida com honestidade:
 - A relação de pertença exige uma conduta leal, quem pertence a um determinado
grupo não o deverá trair.
 - Deverá ser confiável e seguro do seu compromisso.
 - Lealdade é devida por alguém para com determinada pessoa.
 - Qualquer um de nós tem o dever de se predispor para ser leal em relação a qualquer
um.
 - A lealdade é algo que tem de ser conquistado pelo beneficiário.
 -A lealdade ao contrário da honestidade é de diferentes tipos conforme o género de
relação que se estabelece entre os sujeitos.
 - No mundo profissional a lealdade é reconhecida em ações simples tais como:
 A) Não falar mal da instituição e dos colegas diante dos outros.
 B) Defender os colegas e a instituição mediante comentários maldosos
 C) Honrar o compromisso e a palavra assumida desde o início
 D) Demonstrar interesse e dedicação pelas coisas da empresa, manter-se fiel aos
princípios, independentemente das circunstâncias.
 E) Não existe lealdade parcial, ou se é leal ou não
 F) O dever de lealdade deve ser um princípio de todos os trabalhadores de uma
instituição/empresa.
 G) Os funcionários devem manter-se fiéis aos princípios orientadores da
instituição/empresa, de forma a garantir o bom funcionamento da empresa
 RELAÇÃO E INSERÇÃO MULTICULTURAL NO TRABALHO

 O multiculturalismo ou diversidade cultural acontece com pessoas de


espaços culturais diversos que são muitas vezes obrigadas a relacionar-se e
a conviver entre si.

 Nas sociedades cada vez mais diversificadas torna-se indispensável a


interação entre pessoas e grupos com identidades culturais cada vez mais
variadas, bem como a vontade de conviver com políticas que favoreçam a
inclusão de todos as pessoas e que garantam a coesão social, a vitalidade da
sociedade civil e da paz.
 Os preconceitos surgem quando há falta de conhecimento e informação.
 Nós quando vamos para um trabalho novo vamos apreensivos, cautelosos,
porque vamos enfrentar uma nova realidade, mas ao conhecermos e
compreendermos diferentes pontos de vista, estilos e culturas torna-nos mais
tolerantes e flexíveis nos relacionamentos pessoais e profissionais.
 ATUALMENTE

 Os locais profissionais são pontos de encontro entre pessoas de diferentes culturas,


estilos e proveniências.
 Para haver um bom relacionamento e uma inserção positiva deve:
 1) Saber-se lidar com pessoas de diversos tipos, classes sociais, culturas e
nacionalidades;
 2) Respeitar e aceitar pessoas com diferentes estilos de vida, ideias e comportamentos,
é muito importante mas nem sempre é fácil;
 3) Adotar uma disposição pessoal para lidar com as diferenças;
 A diferença traz muitos ensinamentos e benefícios, pessoas diferentes podem ser
um complemento para se chegar mais longe quando se trabalha em conjunto.
 Não há necessidade de todos se comportarem da mesma forma, o segredo é mesmo
cada um dar espaço para que cada um desenvolva o que tem de melhor num ambiente
de confiança e troca de ideias construtivas, cada vez mais nos locais de trabalho
existem diferentes culturas e etnias, isto muitas vezes trás novas ideias e dinâmicas às
empresas, a diversidade de culturas trás sempre uma mais valia dentro de uma empresa.

 O ideal é o respeito que leva à boa convivência, o respeito é a grande arma para
combater possíveis constrangimentos ou preconceitos, nós não somos todos iguais e
não há uma cultura una, há que saber respeitar os que diferem dos nossos valores,
opiniões, maneira de viver e de olhar o mundo.
INCLUSÃO MULTICULTURAL SEGUNDO AS EMPRESAS
 Há uma nova comunidade que se forma no ambiente do trabalho, por exemplo quem
entra num centro de serviços apercebe-se da multiplicidade de línguas que se ouvem e
que nos permitem chegar a todos os mercados onde temos clientes, ao lado dos
colaboradores portugueses assistimos a um novo mapa de países onde não há lugar
para conflitos ou rivalidades entre nacionalidades, onde se põe de lado as diferenças
dos líderes dos respetivos países, há um ambiente saudável onde a diversidade e a
diferença cultural são vividas e valorizadas, promovendo a inclusão e a construção de
novas realidades.

 O desafio é mesmo construir uma sociedade mais saudável e que promova a diversidade
e é hoje levado às empresas, a fim de crescerem de uma forma inteligente
 e sustentável, integrando-se e preocupando-se com quem vem de fora.

 EMPRESAS MULTICULTURAIS

 Os contactos entre pessoas e empresas de diferentes países, culturas e


civilizações têm vindo a aumentar de forma gradual, a fim de
acompanharem o ritmo da globalização, cada vez mais as empresas são
confrontadas com outra maneira de pensar nos negócios, diferentes
formas de trabalhar e novos ambiente organizacionais, é muito
importante que os empresários estejam atentos a fim de assimilarem
todos os benefícios inerentes a esta multiculturização e tirarem o maior
proveito possível.
FORMAS DAS EMPRESAS SE INTEGRAREM

1. Identificar vantagens

2. Fomentar a partir do topo

3 – Desenvolver estruturas

4 - Adaptar o departamento de recursos humanos


 1) Identificar vantagens

 Há inúmeras vantagens competitivas para uma implementação multicultural nas


empresas, por ex: temos
 - Uma maior facilidade na relação com empresas estrangeiras;
 - Uma maior amplitude da rede de contactos comerciais;
 - Maior oportunidade de negócios para novos mercados;
 - Melhor compreensão das necessidades de clientes externos;
 - Maior diversidade de ideias para poderem criar novos negócios;
 - Melhoria da imagem da empresa.
 2) Fomentar a partir do topo

 A integração de pessoas de nacionalidade e culturas diferentes deve estar plenamente


incorporada nas linhas de orientação da política empresarial, cabe à direção da
empresa promover a existência de um ambiente multicultural.
 Cumpre aos órgãos superiores da empresa desenvolverem políticas de integração a
fim de estimularem o bom funcionamento das equipas internacionais, entre algumas
medidas de adaptação podemos destacar:
 - Protocolos de estágios e formação com escolas e universidades estrangeiras.
 - Presenças em feiras e exposições fora do país
 - parcerias para intercâmbios de profissionais entre empresas do mesmo ramo.
 - Encontros internacionais de profissionais dos mesmos sectores.
 - Participação em ações transfronteiriças por parte de associações empresariais.

 3 ) DESENVOLVER ESTRUTURAS

 Para facilitar todo este processo é inevitável a criação de uma rede interna cujo objetivo
é apoiar a integração destes novos colaboradores, este grupo está aberto a quem quiser
colaborar, e deve ser composto por todos os níveis hierárquicos da empresa.
 4) Adaptar o departamento de recursos humanos

 Esta é uma das medidas mais importantes, uma vez que os recursos humanos serão os
principais intermediários no processo de adaptação, a política intercultural deverá ser
adaptada aos métodos de gestão de pessoas, tendo em conta 3 pontos:
 a) Recrutamento implementar novos critérios de avaliação tendo em conta a
facilidade de relacionamento.
 b) Formação definir ações de formação específicas para os trabalhadores
estrangeiros.
 C) Comunicação interna- incentivar a troca de experiências e partilha de ideias entre
colaboradores .
 CONVERGÊNCIA ENTRE OBJETIVOS ORGANIZACIONAIS E
MOTIVAÇÕES PESSOAIS

 Existem diversas teorias :

 1 -OBJETIVOS organizacionais quando bem definidos aumentam a motivação dos


colaboradores, por seu lado, os objetivos organizacionais devem estar sempre alinhados
com os objetivos individuais .

 2 – Objetivos organizacionais são o fim desejado que a organização pretende atingir e


que orientam o seu comportamento em relação ao futuro e ao ambiente externo e
interno.
 3 – Os objetivos organizacionais avaliam os benefícios do alcance dos objetivos e a
forma como essas vitórias alteram a visão que o colaborador tem da organização.
 Os objetivos organizacionais procuram responder a um conjunto de funções ,
nomeadamente legitimar para o exterior o que a organização pretende, constituindo
uma fonte de motivação e envolvimento para os colaboradores.

 4 – A motivação é o desejo de exercer altos níveis de esforço em direção a


determinados objetivos organizacionais.

 .
 Alguns autores chegaram à conclusão que a relação entre o alinhamento estratégico
e a motivação, aumenta a motivação dos colaboradores, e ainda concluíram que
aliando o alinhamento estratégico e as recompensas se obtêm níveis elevados de
motivação extrínseca.
 Dos diverso estudo efetuados resultou que :

 MOTIVAÇÃO INTRÍNSECA – (fatores internos) tem uma relação positiva com o


alinhamento dos colaboradores e com os objetivos organizacionais.

 MOTIVAÇÃO EXTRÍNSECA – (fatores externos) tem uma relação negativa com o


alinhamento dos colaboradores e com os objetivos organizacionais.
 De acordo com outros autores :

 COLABORADORES intrinsecamente motivados estão mais alinhados com os


objetivos organizacionais e, por sua vez, apresentam ações positivas para alcançar
esses mesmos objetivos.

 PODEMOS concluir que existe uma relação entre a motivação e os objetivos


organizacionais, ainda que os resultados sejam diferentes no que toca à motivação
intrínseca e a motivação extrínseca, ou seja os objetivos organizacionais bem
definidos aumentam a motivação dos colaboradores, por seu lado os objetivos
organizacionais devem sempre estar alinhados com os objetivos individuais,
devendo estes últimos dar um contributo para a definição dos primeiros.
 PAPEL DA AUTONOMIA

 A desvinculação entre metas do trabalhador e estratégias de motivação


laboral pode ser um fator relevante no insucesso relativo de alguns
programas de motivação.

 O conhecimento do perfil do trabalhador motivado possibilita o


desenvolvimento de programas diferenciados de motivação dentro da
organização, visando atender a diversos grupos de trabalhadores, não será
necessário desenvolver um programa específica, mas sim que os
programas motivacionais passem a considerar a especificidades de
diferentes equipas ou setores organizacionais .
 A possibilidade de relacionar motivação no trabalho com o perfil
motivacional dos trabalhadores preenche diversas lacunas deixadas pelos
programas que se baseiam nas abordagens exógenas (exterior) ou
endógenas (interna) de motivação, entende-se então que as motivações
pessoais não ficam exclusivamente ao nível teórico, elas passam a
fornecer os elementos básicos para a definição dos programas de
motivação laboral, assim os fatores exógenos da motivação podem ser
utilizadas de forma a alcançar motivações pessoais dos empregados.
DR3 – CONTEXTO INSTITUCIONAL

Políticas Públicas de Inclusão


POLÍTICAS PÚBLICAS DE INCLUSÃO
 CONCEITOS CHAVE :
 CONDIÇÃO HUMANA – Podemos definir como ausência de garantia de tudo o que
está no mundo, ausência de problemas.
 Condição humana pode ser entendida onde está toda a existência humana com o mundo
a servir de lugar de refúgio às pessoas, o incontornável momento de confronto com a
sua própria condição humana.
 FLUXOS MIGRATÓRIOS- Consistem em movimentos populacionais dentro ou fora
do mesmo território, que são iniciados por diferentes fatores em diferentes contextos
históricos, por ex: em resposta ao crescimento demográfico, às alterações climáticas e
às necessidades económicas.
 Foi na europa com os descobrimentos que surge em primeiro lugar o fluxo migratório,
e depois mais tarde com o processo de colonização dos respetivos territórios que se deu
com grande impulso ao desenvolvimento dos fluxos migratórios.

 UNIDADE E DIVERSIDADE – define-se por reconhecer e aceitar pessoas diferentes


pelas suas origens, e poderem conviver em harmonia uma vez estabelecidos os limites e
respeitadas a individualidade de cada um.

 EDUCAÇÃO PARA A CIDADANIA - visa contribuir para a formação de pessoas


responsáveis e autónomas, solidárias que conhecem e exercem os seus direitos e
deveres em diálogo e no respeito pelos outros, com espírito democrático pluralista,
crítico e criativo tendo como referência os valores dos direitos humanos.
 ORGANIZAÇÃO POLITICA DOS ESTADOS DEMOCRÁTICOS – é um conceito
que designa qualquer estado que garante o respeito pelas liberdades civis, ou seja, o
respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais através do
estabelecimento de uma proteção jurídica.

 PRINCIPAIS CARATERÍSTICAS DA ORGANIZAÇÃO ECONÓMICA DOS


ESTADOS:

 1 – GLOBALIZAÇÃO
 2 – A INTERNET E A DEMOCRACIA
 3 – A SOCIEDADE E O CONSUMO
INCLUSÃO SOCIAL
 INCLUSÃO SOCIAL – é um meio de integração entre a administração pública e a
sociedade, a fim de resolverem problemas resultantes da formação de uma sociedade,
é necessário estabelecer uma ação de inclusão, ou seja começar por identificar
aqueles que não gozam dos seus benefícios e direitos básicos como sendo saúde,
educação, emprego, habitação, lazer, cultura, e arranjar meios para que sejam
incluídos na sociedade onde vivem.
 A INCLUSÃO SOCIAL é um conjunto de ações que garantem a participação
igualitária de todos na sociedade.
 Mas antes de criar medidas de inclusão, nós temos que saber quais são os grupos
excluídos e o que deve ser melhorado, para que este ou aquele grupo se sinta
integrado na sociedade.
 Por ex: os deficientes de cadeiras de rodas precisam que as calçadas estejam em boas
condições, deve haver rampas nas ruas bem como no prédio onde moram para se
poderem deslocar.
 Nas escolas a política de inclusão consiste em ações inclusivas tomadas no âmbito de
uma instituição de ensino, este espaço deve ser primordial na formação do ser humano
como cidadão, por ex: todos as pessoas terem acesso de forma igualitária ao ensino,
não se tolera qualquer tipo de descriminação, seja de género, etnia, classe social,
condições físicas e psicológicas, etc…

 As políticas públicas devem ser criadas de acordo com as dificuldades existentes


naquele grupo de pessoas.
 I – INCLUSÃO SOCIAL E CIDADANIA

1 – ÂMBITO
A inclusão social e o exercício de cidadania, são temas que se tornaram
importantes com a crise económica internacional de 2008, houve uma
necessidade de agir em diversos níveis, nomeadamente internacional,
nacional e local, e continua a ser exigida uma estratégica que possibilite
uma articulação de esforços. Há necessidade de motivação e promoção de
sociedades inclusivas onde todas as pessoas possam viver em pleno a sua
cidadania.
Por exemplo a Comissão Europeia, é um dos desafios sociais identificado
como prioritário, em termos de investimento de investigação, consiste em
tornar as sociedades europeias mais inclusivas, inovadoras e flexíveis .
 2 – CONTEXTO INTERNACIONAL
 O processo relativo à inclusão social e cidadania é um processo complexo, Primeiro
porque as agendas de cada país não se apresentam sob a mesma forma, variam os
documentos conforme os princípios e metas, e documentos que identificam algumas
áreas consideradas prioritárias de cada país. Segundo porque a inclusão social e
cidadania estão ligadas com a proteção social, nomeadamente com o rendimento e
emprego, com direitos , democracia e participação, com acesso ao conhecimento,
informação e cultura, estes temas estão muitas vezes no foco principal das agendas
consultadas.
 Não é possível por ora consultar agendas baseadas exclusivamente na inclusão social
e cidadania o que de alguma forma nos indica que a agenda portuguesa preconiza uma
abordagem diferente, no entanto não significa que a inclusão e a cidadania não façam
parte da reflexão internacional.
 Assim procura-se identificar de que forma a inclusão e cidadania estão presentes nas
agendas consultadas.
 CIDADANIA E INCLUSÃO SOCIAL NAS ÁREAS
PRIORITÁRIAS:

 A) INCLUSÃO, DESIGUALDADE E CRESCIMENTO


INCLUSIVO
 B) INCLUSÃO DIGITAL
 C) CIDADANIA, GOVERNAÇÃO E DEMOCRACIA
 D) CIDADANIA, CULTURA E PATRIMÓNIO
CULTURAL
 A) INCLUSÃO, DESIGUALDADE E CRESCIMENTO INCLUSIVO
 O desafio colocado pelas desigualdades sociais é um crescimento económico incapaz de
responder a estas desigualdades, ganhou particular relevância no contexto da crise
económica, esta importância
 torna-se expressiva nos documentos da Comissão Europeia, e acaba por se refletir nas
agendas nacionais.
 Questões relacionadas com emprego, desemprego, discriminação socioeconómica,
digitalização da economia e necessidades de requalificação profissional , distribuição de
rendimentos, respostas e papel do Estado, políticas económicas e novos modelos de
negócio para a inclusão social são algumas das questões que surgem nas diversas
agendas.
 B) Inclusão digital – O impacto da tecnologia nas sociedades é encarado de forma
positiva na maioria dos documentos consultados, as questões ligadas ao mundo digital
e às desigualdades no acesso à informação e ao conhecimento, são aspetos
fundamentais que podem condicionar o potencial destas tecnologias, por outro lado
numa sociedade e numa economia cada vez mais digital tem necessariamente impacto
numa ideia de inclusão social alargada mesmo no exercício da cidadania.
 C) Cidadania, governação e democracia
 Nos documentos consultados, democracia e governação surgem como temas comuns
nas agendas que definem eixos de investigação mais específicos, a participação dos
cidadãos na vida democrática, no que concerne a questões associadas à
representatividade política, o crescimento dos movimentos populistas e radicais, e a
confiança
 nas instituições, são temas que têm influência direta na discussão da cidadania e na
inclusão social, associada à questão de governação, é possível identificar a prioridade
dada à modernização da administração pública quer nos documentos europeus quer nos
documentos nacionais, muitas vezes associada às oportunidades criadas pelo
desenvolvimento das plataformas.

 C) Cidadania, cultura e património cultural


 A associação entre a cultura e património cultural e inclusão e cidadania, surge como
um elo fundamental para explorar a identidade das pessoas e desta forma estudar
comportamentos de indivíduos e comunidades, a descriminação e exclusão com base na
identidade e o seu impacto na cidadania e na inclusão social são problemas já
identificados.
 E) Cidadania, direitos e segurança
 As prioridades da segurança tem vindo a ser integrada de forma crescente nas agendas,
com particular importância mais recentemente, face à perceção da existência de ameaças
violentas. Como por exemplo os ataque terroristas, neste âmbito os direitos civis e
políticos das pessoas têm vindo a ser integrados levando assim a uma reflexão que
incide em particular no respeito dos direitos dos cidadãos bem como em ações de
segurança consideradas essenciais.
 INCLUSÃO SOCIAL E EMPREGO
 Portugal enfrenta desafios relevantes que terão resposta na programação comunitária, o
aumento do emprego e o combate ao desemprego, bem como a luta pela inclusão e o
combate das desigualdades e discriminações constituem objetivos comuns de toda a
União Europeia que são assumidos também por Portugal.
 Neste sentido o PROGRAMA OPERACIONAL TEMÁTICO INCLUSÃO SOCIAL
E EMPREGO permitirá reforçar os instrumentos nacionais e permite concretizar uma
estratégia que promova um crescimento inteligente, assim o programa operacional
temático inclusão social visa o reforço da integração das pessoas em risco de pobreza e
o combate à exclusão social, assegurando a dinamização de medidas inovadoras e
intervenção social e os apoios diretos aos grupos populacionais mais desfavorecidos.
 As políticas ativas de emprego e outros instrumentos de salvaguarda da coesão social, a
prosseguir através dos seus OBJETIVOS TEMÁTICOS.

1 – No âmbito dos Objetivos Temáticos deve promover-se a sustentabilidade e a


qualidade do emprego e apoiar a mobilidade dos trabalhadores.

2 – No acesso ao emprego deve haver


 - Integração profissional
 - Criar emprego por conta própria, empreendedorismo e criação de empresas, incluindo
micro, pequenas e médias empresas inovadoras
 - Igualdade de género
 - Adaptabilidade dos trabalhadores das empresas e dos empresários
 - Modernização do mercado de trabalho
 - Apoio no desenvolvimento das empresas e da atividade por conta própria, às
microempresas e à criação de empresas e microempresas
 3 – Promover a inclusão social e combater a pobreza e a descriminação
 No que concerne aos objetivos temáticos será reforçada a intervenção das políticas em
prol da inclusão social e do emprego, em particular de pessoas com dificuldades de
reintegração profissional e em risco ou em

 situação de pobreza ou exclusão social, num contexto económico e social que é


difícil, incidindo em duas grandes vertentes de intervenção:
 1- Na capacitação ou apoio direto a essas pessoas, tendo em vista a sua plena
inserção na sociedade;
 2 – Na promoção da melhoria sustentável de serviços de qualidade,
particularmente na área social e de saúde.
 PARA A CONCRETIZAÇÃO DESTA ESTRATÉGICA SERÁ MOBILIZADO UM
CONJUNTO DE PRIORIDADES DE INVESTIMENTO EM TORNO DOS
SEGUINTES EIXOS QUE ESTRUTURAM A INTERVENÇÃO :
 - Promover a sustentabilidade e a qualidade de emprego
 - Iniciativa emprego jovem
 - Promover a inclusão social e combater a pobreza e a discriminação
 - Inclusão ativa, inclusivamente com vista a promover oportunidades iguais e a
participação ativa e melhorar o emprego
 - Igualdade de oportunidades
 - Acesso a serviços sustentáveis
 - Empreendedorismo social
 DISPOSITIVOS E MECANISMOS DE CONCERTAÇÃO SOCIAL
 1- CONCERTAÇÃO SOCIAL
 2 -SINDICATO
 CONCERTAÇÃO SOCIAL – corresponde à procura de acordos, que envolve o
governo e as organizações sindicais e patronais, tem objetivos variados, que pode ser
através de diálogos em torno de políticas públicas ( fiscais, segurança social,
rendimentos, legislação laboral, formação profissional), até aos temas de segurança e
higiene no trabalho, saúde, formação profissional. A política de concertação social pode
ser entendida pelo modo como as decisões se tomam e executam: contextos
funcionalmente especializados; consulta prévia ou debate legislativo; paridade de
representação; consentimento unânime como regra usual de decisão e não por regra de
maioria de votos; responsabilidade partilhada como modelo usual de política executiva.
 O SINDICATO
 É uma associação de trabalhadores que se constitui para defender interesses sociais,
económicos e profissionais relacionados com a atividade laboral dos associados, são
organizações democráticas que se encarregam de negociar as condições de contratação
com as entidades patronais.
 Os sindicatos são os representantes dos seus sócios e desenvolvem negociações com as
empresas ou associações de empresas, sobre salários, os tempos de descanso, férias,
licenças de maternidade e doença, são algumas das situações que os sindicatos devem
acordar com a entidade patronal.
 O contrato coletivo de trabalho (ou convenção coletiva de trabalho), qualquer contrato
estabelecido entre o sindicato e um ou mais empregados, estes contratos estipulam as
condições mínimas de cada contratação, por ex: se uma convecção coletiva assinada
pelos trabalhadores do comércio e o sindicato determinar que os funcionários tem de
receber por mês pelo menos 500€, nenhum funcionário deste setor pode receber um
ordenado inferior a 500€.

 A união dos trabalhadores através de um sindicato confere força para negociar com as
empresas.
 ORGANISMOS INSTITUCIONAIS DE COMBATE À DESCRIMINAÇÃO À
ESCALA NACIONAL E INTERNACIONAL
 Realizou-se na cidade de Durban na África do sul, uma conferência mundial contra o
racismo, foi um evento muito importante no combate ao racismo e à descriminação
racial e a intolerância em todo o mundo, esta conferência foi convocada pela Assembleia
nacional das nações Unidas, através da sua resolução 52/111, em que declarou a
necessidade de adotar medidas mais eficazes e sustentadas a nível nacional e
internacional para a eliminação de todas as formas de racismo e descriminação
racial.
 Em Portugal existem diversas organizações como por ex:_ ONG, cuja missão é o
combate a todo o tipo de discriminação.
 AMNISTIA INTERNACIONAL
 Como sabem vivemos num mundo desafiador dos direitos humanos, todos os dias nos
chegam notícias e relatos de abusos de direitos humanos, de milhares de pessoas mortas
devido a conflitos ou crises, ou mesmo pessoas que perdem os seus direitos ou
liberdades injustamente, um pouco por todo o mundo a resposta dos líderes tem sido a
repressão dos direitos e liberdades individuais e coletivas.
 Por isso mesmo é que todos os dias trabalhamos e recolhem testemunhos, reúnem-se os
líderes civis e políticos, juntam-se, assinam cartas e petições, fazem-se campanhas e
envolvem as pessoas.
 Também trabalhamos para que a justiça e a liberdade sejam uma realidade para todos e
todas, trabalhamos para que todas as pessoas em todo o mundo possam usufruir de todos
os seus direitos. Por ex: foi criada em 1995 a ILGA – intervenção lésbica, Gay, bissexual
transsexual
 É uma instituição particular de solidariedade social que tem por objetivo a integração
social da população (lésbica, gay, bissexual, transexual) hoje denominada por LGBT,
através de um programa social para que garantam uma melhor qualidade de vida através
da luta contra a descriminação em função da orientação sexual, da identidade de género,
e caraterísticas sexuais, e através da promoção da cidadania dos direitos humanos e da
igualdade de género.
 TAMBÉM EXISTE A APAV
 APOIO À VÍTIMA
 VISÃO
 A APAV acredita e trabalha para que em Portugal o estatuto de vítima de crime seja
reconhecido, valorizado e efetivo.
 TEM COMO MISSÃO
 Apoiar as vitimas de crime, suas famílias e amigos, prestando-lhes serviços de qualidade
gratuitos e confidenciais e contribuir para o aperfeiçoamento das políticas públicas
sociais e privadas centradas no estatuto da vítima.

 AIPA – associação dos imigrantes dos açores


 Foi criada em 2003 para que os imigrantes fossem agentes ativos na procura e
implementação de políticas para a integração, é reconhecida pelo alto comissariado para
a imigração, cujos objetivos são:
 - Contribuir para a integração social dos cidadãos imigrantes na sociedade açoriana.
 - Promover a dignificação e igualdade de oportunidades, direitos e deveres junto da
população imigrante
 - Contribuir para a formação de uma opinião pública positiva, face ao fenómeno da
imigração;
 - Combater a xenofobia e todas as discriminações baseadas na nacionalidade, origem
ética, cor ou religião;
 - Contribuir para o reforço de laços de amizade e solidariedade entre os diversos povos.

 CAIS
 A MISSÃO – contribuir para a melhoria global das condições de vida de pessoas a
nível social e economicamente mais vulneráveis, em situação de privação, exclusão e
risco.
 OS OBJETIVOS DESTAS INSTITUIÇÕES SÃO- promover a integração social de
pessoas em situação de pobreza e /ou exclusão social através de métodos de capacitação
para aproximação ou regresso ao mercado de trabalho , ajudando-as a recuperar a sua
autoestima, competências e o seu lugar de direito na sociedade, promover parcerias com
empresas e outras organizações nacionais ou internacionais dando-lhes responsabilidade
social para o emprego, criando e participando em redes de partilha de conhecimento de
inovação e empreendedorismos sociais. Promover soluções adequadas e justas para os
mais carenciados, envolvendo as comunidades locais e a sociedade civil em prol de uma
sociedade mais próxima, justa e solidária.
 A NIVEL INTERNACIONAL
 Os objetivos são:
 - Estimular e promover o desenvolvimento de serviços de apoio à vítima de crime em
toda a Europa;
 - Promover a atribuição de uma indeminização justa para a vítima, independentemente
da sua nacionalidade;
 - Promover os direitos das vítimas de crime na Europa, no processo penal face às
instituições;
 - Promover a troca de experiências e conhecimentos entre os seus membros na partilha
de saberes e da boa prática nos serviços de apoio à vítima.
 DECLARAÇÃO SOBRE A RAÇA E OS PRECONCEITOS

 Artigo 1- Todos os seres humanos pertencem à mesma espécie e descendem de uma


origem comum. Nascem iguais em dignidade e em direitos e todos fazem parte da
humanidade.

 Artigo 2 – todos os indivíduos e grupos têm o direito de ser diferentes. De se


considerarem diferentes e de serem vistos como tal. Contudo a diversidade de estilos de
vida e o direito de ser diferente não podem em quaisquer circunstância servir de pretexto
para o preconceito racial; não podem justificar, de direito ou de facto qualquer prática
discriminatória.
 Artigo 3 – A identidade e a origem não afeta de forma alguma o facto de os seres
humanos poderem viver de forma diferente, nem prejudica a existência de diferenças
baseadas na diversidade cultural, ambiental e histórica ou o direito de manter a
identidade cultural.

 Artigo 4 – Todos os povos do mundo possuem iguais faculdades para alcançar o mais
alto nível de desenvolvimento intelectual, técnico, social, económico, cultural e
político.

 Artigo 5 – As diferenças entre as realizações dos diferentes povos são inteiramente


imputáveis a fatores geográficos, históricos, políticos, económicos, sociais e culturais.
UNESCO - discriminação racial hoje
 A descriminação racial ainda hoje se encontra nos livros de história. Esta forma de
exclusão e intolerância ainda hoje continua manifestar-se no desporto, na
comunicação social, nas ruas e nos locais de trabalho, e até mesmo nos órgãos
políticos.
 UNESCO- ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO A
CIÊNCIA E A CULTURA.
 Segundo a UNESCO o combate ao racismo é uma questão que diz respeito à
dignidade humana e à construção de um mundo mais justo, promover a diversidade, a
inclusão, a não discriminação e uma cultura de paz e solidariedade.
 A internet pode ser uma boa ferramenta no combate da descriminação racial, da
xenofobia e de ideologias, que muitas vezes atinge emigrantes, refugiados e pessoas de
ascendência africana.

 A UNESCO como agência das nações unidas e responsável pela comunicação e


informação desenvolve ferramentas de Alfabetização Mediática e Informação – AMI –
no combate destas atitudes online e enfrentar a propagação de notícias falsa.
EDUCAÇÃO PARA A CIDADANIA E PRESERVAÇÃO
DA UNIDADE NA DIVERSIDADE
 EDUCAÇÃO PARA A CIDADANIA
 A educação para a cidadania tem por finalidade desenvolver o conhecimento a
compreensão e as capacidades das pessoas.
 Quais as atitudes e os valores que ajudam os jovens a serem educados para a
cidadania são :
 Desempenhar um papel ativo na comunidade (local, nacional, internacional).
 Estarem informados e conscientes dos seus direitos, deveres e responsabilidade.
 A compreenderem que podem ter influência e marcar a diferença na comunidade a que
pertence.
AS SOCIEDADES DEMOCRÁTICAS PARA A CIDADANIA
ESTÃO ASSOCIADAS A TRÊS DIMENSÕES DE APRENDIZAGEM

 Responsabilidade social e moral – as pessoas devem aprender desde cedo a terem


autoconfiança e um comportamento social e moralmente responsável dentro e fora da
sala de aula, perante a autoridade e perante si próprio.
 Participação na comunidade –a tornarem-se úteis na vida e nos problemas que
afetam as comunidades a que pertencem e com elas também aprenderem.
 Literacia política – aprenderem acerca das instituições, nomeadamente os problemas
e as práticas da democracia e as formas como podem participar na vida política, o que
envolve as capacidades, valores e conhecimentos.
 A cidadania é a responsabilidade perante nós e perante os outros , é ter consciência
dos deveres e dos direitos, é um impulso para a solidariedade e para a participação, é
ter o sentido de comunidade e de partilha, é não estar satisfeito com o que é injusto ou
o que está mal, é a vontade de aperfeiçoar, de servir, é espírito de inovação e de risco.
 O QUE É CIDADANIA?
• É um estatuto político e legal ( ter/obter/aplicar/recusar), que confere responsabilidades
definidas na lei (por ex: votar, pagar impostos…).
• Cidadania também é o envolvimento das pessoas na vida pública, como sendo o
conjunto das ações que vão desde votar à participação na vida pública e outros
comportamentos sociais e morais, e não apenas direitos e deveres que as sociedades
esperam dos cidadãos.
• Ação educativa ou seja, o processo de ajudar as pessoas a tornarem-se cidadãos
ativos, informados e responsáveis, neste sentido a cidadania é uma educação para a
cidadania nos diversos contextos formais e informais…

• UNIDADE DA DIVERSIDADE
A diversidade de culturas pode ser tida como uma ameaça ou como uma
oportunidade que abre horizontes sobre a dimensão humana e sobre a sua capacidade,
pode ser vista como um foco de conflitos ou como uma fonte estimulante de
descobertas. E porque?
 Esta diversidade pode ser identificada em todas as culturas, fatores que são
efetivamente uma ameaça à realização plena do ser humano.
 Essas ameaças não são só para uma das culturas mas para todas as culturas, todas e
cada uma das culturas são o resultado da interação dos homens em sociedade, e
como o homem não é um ser perfeito, é natural e previsível que em cada cultura se
encontrem elementos que são prejudiciais ao desenvolvimento saudável das
pessoas e dos grupos.

 UNIDADE NA DIVERSIDADE – descreve o sentimento de unidade apesar das


barreiras físicas ou psicológicas, afirmam o desejo do princípio da unidade da
diversidade, declarando que enquanto se reconheça a unidade da humanidade, a
diversidade cultural deve ser celebrada.
 DOS IMPACTOS ECONÓMICOS E SOCIAIS DOS FLUXOS MIGRATÓRIOS
EM PORTUGAL NA ACTUALIDADE

 EVOLUÇÃO DOS FLUXOS MIGRATÓRIOS


 Até meados dos anos 60 Portugal era um país de emigrantes, sobretudo de emigrantes
para o Brasil, havia falta de oportunidades e pobreza e levaram muitos portugueses a
rumar nesta altura em direção ao Brasil, e também ao Estados Unidos.
 A partir dos anos 60 estes fluxos começaram a centrar-se nas economias da europa
ocidental, havia carência de mão-de-obra não especializada e com condições laborais
muito superiores as que existiam em Portugal, foram para a França, Alemanha e Suíça
passaram a ser o destino de eleição deste portugueses.
 Em 1975 cerca de meio milhão de portugueses que viviam sobretudo em Angola e em
Moçambique regressaram a Portugal, e como 11 anos depois Portugal entrou na CEE
aqui voltaram a incentivar à saída de trabalhadores nacionais para um espaço comum
europeu carenciado de mão-de-obra.

 Mais tarde, a partir de 2000 a 2005 também Portugal se tornou um atrativo como
destino de pessoas oriundas do Brasil, dos PALOP e da Europa Central e Oriental.
 Portugal sempre foi tido como um destino atrativo graças á falta de mão-de-obra e
também devido à falta de fiscalização que facilita a entrada e permanência em situação
ilegal em Portugal.
 Assiste-se a uma nova vaga de imigração desta vez vinda do Brasil, com mais qualificações
literárias e profissionais que outras populações, estes emigrantes beneficiaram da abertura das
autoridades portuguesas relativamente às suas origens, e tornou-se uma das comunidades de
imigração mais importante em Portugal, em grande parte deveu-se às afinidades culturais que
Portugal e Brasil partilham e também não veem na população brasileira uma ameaça
nomeadamente à instabilidade económica, não há preconceitos racistas.
 Portugal tem que ter orientações corretas no acolhimento e na integração para que as pessoas
procurem no nosso país uma saída digna para as suas vidas, baseadas no respeito dos direitos
cívicos, socias e culturais, para que tenham um integração harmoniosa, no sentido de contribuir
para o desenvolvimento do país, e se esta integração não se realizar, restam duas hipóteses
às populações imigrantes:


 1 – O trabalho clandestino sem condições, nem dignidade e o fator de exploração.
 2 – O desemprego que leva inevitavelmente ao aumento da pobreza e da desagregação
social, designadamente ao alcoolismo, miséria, depressão, crime e suicídio.

 QUAIS OS IMPACTOS CULTURAIS E SOCIAIS DOS FLUXOS


MIGRATÓRIOS:
 Integração plena, há uma série de problemas que favorece a coesão social ao mesmo
tempo que contribui para a economia e para a contenção do envelhecimento
demográfico.
 Por outro lado os imigrantes são os responsáveis por cerca de 5%, do PIB nacional e o
seu contributo para as contas públicas, através de impostos e taxas. É normalmente
maior do que os custos que lhe estão associados, fazendo-os por isso contribuintes
líquidos para a nossa sociedade.
 Esta mobilidade de pessoas, capitais, bens e serviços, não são uma realidade recente,
contudo com a globalização, este fenómeno intensificou-se, foram criadas redes
globais de interdependência económica e social, as novas tecnologias contribuem
para uma rápida transferência de ideias, serviços, bens, capitais e informação, os
estados, as economias e culturas serão cada vez mais integrados e interligados.

 A expansão da economia global dá acesso a melhores oportunidades de vida ao ser


humano, assistimos à aplicação de maiores restrições aos movimentos
transfronteiriços que se traduz num maior de fluxos migratórios .
 A imigração também pode ser vista como uma ameaça tanto para o país de
acolhimento como para o país de origem, daí a necessidade de encontrar
respostas entre ambos.
 Por isso é que só com uma relação de cooperação que cubra as mais variadas áreas
( desde a legislação laboral, contratos de trabalho, às relações comerciais) pode criar
políticas migratórias positivas, os migrantes são um potencial risco, afetam a
segurança do estado direta ou indiretamente, mas também não se pode esquecer que o
fluxo migratório leva à renovação demográfica, bem como ao desenvolvimento
socioeconómico do estado.
 Os estados devem criar políticas de imigração inclusivas e compreensivas, para que o
papel dos migrantes não sejam esquecidos, e que sejam reconhecidas as vantagens das
migrações internacionais promovendo a plena integração dos imigrantes.
 Deverão ter em conta os diferentes perfis migratórios bem como a distribuição
geográfica no território, para tal deve haver uma concertação entre o poder local e o
poder central, visto numa perspetiva de proximidade e promoção de uma cidadania
ativa.
 DIFERENTES MIGRAÇÕES

 IMIGRAÇÃO - Entrada de população com origem no estrangeiro

 EMIGRAÇÃO – saída de população para o estrangeiro.

 MIGRAÇÃO SAZONAL – deslocação que se repete periodicamente na mesma


época do ano ( por ex: vindimas, férias de verão).
 FLUXO MIGRATÓRIO – é uma referência genérica ao movimento de entrada
(imigração) e saída de pessoas (emigração).
 Migrante-é todo aquele que se desloca da sua residência por um período de tempo,
mais ou menos longo.
 EMIGRAÇÃO – é o fenómeno espontâneo de deixar o local de residência para se
estabelecer numa outra região. Trata-se do mesmo fenómeno da imigração mas visto da
perspetiva do lugar de origem. A emigração é a saída de nosso país.
 IMIGRAÇÃO – é o movimento de entrada permanente ou temporário e com a intenção
de trabalhar e/ou residir, de pessoas ou populações, de um país para outro.

 Migrações:
 A mobilidade é uma caraterística praticamente de todos os seres vivos
 Qualquer movimento coletivo da população de caráter temporário ou permanente entre
dois espaços geográficos.
 Este movimento pode acontecer dentro de um mesmo país, por exemplo de uma área
rural para uma zona urbana, ou entre países diferentes.

CAUSAS E MOTIVOS DE MIGRAÇÕES

 ECONÓMICAS
 NATURAIS
 TURÍSTICAS
 LABORAIS
 POLÍTICAS
 ÉTNICAS
 RELIGIOSAS
 CULTURAIS
 ECONÓMICAS – Estas causas provavelmente deverão ser as causas fundamentais
que levam as pessoas a migrarem, quase sempre resultante da diferença de
desenvolvimento socioeconómico entre países ou entre regiões.

 Quase sempre nestes casos os indivíduos migram porque querem assegurar noutros
locais um melhor nível de vida onde os salários são mais elevados as condições de
trabalho menos pesados, onde a assistência social é mais eficaz, enfim, vão para locais
onde pensam encontrar uma vida mais agradável …o que, diga-se, nem sempre
acontece. Por ex: uma pessoa que vai para a França pois os salários lá são melhores,
 NATURAIS – este motivo de migração, são migrações por motivos forçados, são
normalmente devido a causas naturais ( cheias, terramotos, secas, vulcões, ….) a vida e
a sobrevivência das pessoas fica em risco, pelo que se veem forçadas a abandonar os
seus locais de residência.

 TURÍSITCAS - São causas de migração que afetam normalmente certas épocas do ano,
são formas de migrações sazonais, são aquelas migrações por altura das férias de verão,
natal, páscoa, entre outras.

 LABORAIS – são todas as migrações que se efetuam por motivos profissionais. Estas
migrações de modo geral são temporárias, por ex: os docentes quase todos os anos
letivos são colocados em escolas diferentes.
 POLÍTICAS – são migrações de modo geral externas, devido a mudanças de governo e
países, alguns habitantes veem-se forçados a saírem dos seus países.
 Por ex: quando se deu a independência de alguns países africanos , muito dos seus
habitantes tiveram de sair deles e ir para outros por exemplo aconteceu com os
portugueses em Angola, Moçambique, Guiné, tal como aconteceu com os franceses em
Marrocos.

 ÉTNICAS – esta palavra muitas vezes confunde-se com racismo, tem mais a ver com
diferenças entre culturas e povos, podendo ou não ser da mesma raça, (por ex: na II
guerra mundial havia muito judeus na Alemanha, e o Hitler considerava-os um povo
inferior, e tentou exterminá-los, porém eles eram ambos (alemães e judeus) de raça
branca.
 RELIGIOSAS – há muitas migrações que o seu principal objetivo é deslocarem-se a
um centro de fé, de acordo com a religião de cada pessoas. ( por ex: as peregrinações a
Fátima, Santiago de Compostela, Lourdes, entre tantas outras.

 CULTURAIS – Poucas pessoas consideram que este seja um motivo de migração, no


entanto há pessoas que se deslocam para outros locais ainda que temporariamente, por
uma questão de cultura e para adquirir conhecimentos, por ex: uma pessoa
desloca-se a outro país para uma pós-graduação.
PRINCIPAIS FLUXOS MIGRATÓRIOS PARA A EUROPA E PORTUGAL

 As comunidades com maior imigrantes em Portugal em 2005 foram Brasileiros,


Ucranianos, Cabo-Verdianos e Angolanos.
 Mas no decorrer do tempo, outras populações também vieram para Portugal, isto
deveu-se em grande parte, à abertura de fronteiras, da União Europeia.

 A maioria desses imigrantes estava dividido em dois grupos:


 ESLAVOS – ucranianos, russos e búlgaros
 LATINOS DE LESTE- romenos e moldavos
 Um dos maiores grupos que se fixaram na região de Lisboa, Setúbal, Faro e Porto,
são ucranianos.
 POLÍTICA DE IMIGRAÇÃO

 Portugal optou por uma política de imigração baseada em três pontos, nomeadamente:
REGULAÇÃO, FISCALIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO.
 Esta estratégia foi inspirada na União Europeia, para a criação de políticas comuns de
estrangeiros.

 Nos finais dos anos 90 assistiu-se a um número cada vez maior de imigrantes que
procuram o nosso país, o número de imigrantes hoje, aproxima-se dos 4% da
população residente, este fluxo de imigração leva a uma diferença de culturas, e os
graus de qualificação, surge o problema da juventude também aqui as sociedades
modernas tem que ter um carater estratégico, o que implica um desenvolvimento nas
várias
 áreas de governação, designadamente na educação, proteção social e habitação.

 Neste sentido o governo adotou um conjunto de orientações, a desenvolver e


implementar de forma aberta e participada, a saber:
 1. Estimular e incentivar as associações juvenis e estudantis, por considerar que estes
tem um papel fundamental na promoção da educação não formal dos jovens;
 2 . Estimular a criação de conselhos municipais de juventude, tendo em conta as
experiências positivas;
 3 . Incentivar a mobilidade dos jovens em Portugal e na europa, nos âmbitos
educativos, do mercado de trabalho ou do lazer;
 4. Apoiar o empreendedorismo jovem, nomeadamente através de um processo
progressivo de introdução do empreendedorismo no currículo dos diferentes níveis de
ensino;

 5. Combater a precaridade do emprego jovem, isto tem dificultado a emancipação e a


especialização profissional, e desincentivando a formação e a qualificação;

 6 . Facilitar o acesso dos jovens à habitação, como forma de estimular uma juventude
emancipada, mais confiante, participante e dinâmica.
UMA NOVA IDENTIDADE EUROPEIA NA CONSTRUÇÃO DO PAPEL
DA MUTICULTURALIDADE E DA DIVERSIDADE
CP4 – DR4 COMUNIDADE GLOBAL

 CONCEITOS CHAVES:

 DEMOCRACIA
 JUSTIÇA
 CIDADANIA MUNDIAL
 MULTICULTURALIDADE
 DIREITO INTERNACIONAL
 DEMOCRACIA – É o regime político em que a soberania é exercida pelo povo, neste
sistema político o poder é exercido pelo povo através de sufrágio universal. Aqui os
cidadãos são detentores do poder e confiam parte desse poder ao Estado para que possa
organizar a sociedade.
 É o Regime político em que todos os cidadãos elegíveis participam de forma igual
diretamente ou através de representantes eleitos na proposta no desenvolvimento e na
criação de leis.
 A democracia abrange as condições sociais, económicas e culturais que permitam o
exercício livre e igual da autodeterminação política.
 PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS DA DEMOCRACIA
 1 – liberdade do indivíduo perante representantes, especialmente perante o estado.
 2 - liberdade de opinião e de expressão da vontade política
3 - multiplicidade ideológica;

4 - liberdade de imprensa;

5 - acesso à informação;

6 - igualdade dos direitos e oportunidades favoráveis para que o povo e os partidos se


pronunciem sobre todas as decisões de interesse geral;

7 - alternância do poder conforme os interesses dos cidadãos.


 JUSTIÇA – é um conceito abstrato que se refere a um estado ideal , ou de interação
social em que há um equilíbrio que deve ser imparcial entre os interesses, riquezas e
oportunidades entre as pessoas envolvidas em determinado grupo social. As suas
conceções e aplicações práticas variam de acordo com o contexto social de uma
determinada região e a sua perspetiva introspetiva, sendo sistematicamente controverso
entre pensadores e estudiosos.
 A justiça é o que está em conformidade com o que é direito, maneira de perceber e
avaliar o que é direito, o que é justo, como o respeito à igualdade de todos os cidadãos,
é por assim dizer aquilo que se deve fazer de acordo com o direito, a razão e a
equidade.
 A justiça é representada pelo poder do estado que exerce o controle do executivo,
legislativo, que se encarrega de aplicar as leis no entanto as leis estão sujeitas à
interpretação por parte dos magistrados.

 CULTURA - é a parte do que somos, nela está o que regula a nossa convivência e a
nossa comunicação em sociedade.
 Cultura é todo um complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a
lei, os costumes, e todos os outros hábitos e capacidades adquiridas pelo homem como
membro de uma sociedade.

 Como por ex: a linguagem, modo de vestir, de estar em sociedade, diversos


comportamentos que nos identificam como fazendo parte de uma cultura.
 CIDADANIA MUNDIAL – Engloba os princípios de justiça social e económica entre
as nações e dentro das mesmas, a tomada de decisões de maneira cooperativa a todos os
níveis da sociedade, a igualdade de sexos, a harmonia racial, étnica, nacional e religiosa
e a disposição de sacrificar-se pelo bem comum.
 Cidadão é o indivíduo que tem consciência dos seus direitos e dos seus deveres, que
participa ativamente de todas as questões da sociedade.

 MUTICULTURALIDADE – é a inter-relação de várias culturas no mesmo ambiente,


é um fenómeno social que pode ser relacionado com a globalização e as sociedades
pós-modernas.
 Alguns países apresentam a multiculturalidade devido a diferentes grupos de
imigrantes recebidos mas também para observar outros fatores de integração e o
desenvolvimento de novas culturas a partir do choque cultural.
 É a existência de várias culturas que coexistem no mesmo espaço físico, geográfico ou
social. Ex: alunos sala aula: angolanos, asiáticos, caucasianos.

 DIREITO INTERNACIONAL – é um conjunto de normas que orientam as relações e


a boa convivência estre os Estados.
 Relações essas que podem ser no âmbito político, económico, cultural, mas nem
sempre houve uma organização como hoje.
 Com a evolução dos Estados, das indústrias, e da tecnologia, as nações começaram a
aproximar-se e a criar relações estreitas duradouras e pacíficas, contribuindo assim para
aperfeiçoar o conceito de Direito Internacional.
 É importante estudar a forma como os países e os estrangeiros se relacionam entre si, e
como o ramo jurídico internacional se expandiu.
 UMA NOVA IDENTIDADE EUROPEIA EM CONSTRUÇÃO

 SUPRANACIONALIDADE

 Por norma a política e a economia são governadas através de uma visão nacional, uma
vez que é a nação que determina as suas leis e são de cumprimento obrigatório por
parte dos seus habitantes.
 Ultimamente, principalmente nas últimas décadas temos assistido à criação de um
sistema organizacional que abrange diversos países, pelo que a este sistema dá-se o
nome de SUPRANACIONALIDADE.
 A supranacionalidade baseia-se essencialmente na cedência de parte das
competências estatais de cada nação a favor de uma entidade ou de um organismo
superior, é criada uma superestrutura.
 No quadro político torna-se um superestado onde surge um conjunto de alianças entre
os estados membros, isto surge com a globalização.

 VAMOS VER O CASO DA UNIÃO EUROPEIA

 Ao longo da história os países passaram por conflitos bélicos, tendo como


consequentes efeitos devastadores, por exemplo a I e a II guerra mundial são alguns
exemplos, e para prevenir futuros conflitos europeus, na década de 1950 surge a CEE,
deu-se início a um projeto em comum na união europeia, os países fundadores,
pensaram em manter laços económicos, políticos e culturais com o intuito de
prevenir futuras disputas territoriais ou irem contra a intenção de algum país ter
a intenção expansionista dos diferentes estados.
 Os países da união europeia atualmente têm instituições comuns, como por exemplo o
defensor do povo, tribunal de contas, banco europeu de investimento, tribunal de justiça
entre outros.

 Para influenciar a economia surgiu uma moeda única o EURO, para impulsionar o
intercâmbio cultural surgiram os programas que todos conhecemos ERASMUS,
com ou sem bolsas.

 ORGANIZAÇÕES SUPRANACIONAIS NO MUNDO

 A segunda guerra mundial estabeleceu um ponto de viragem, após a segunda guerra


mundial surge um novo rumo pela criação de organizações supranacionais.
 ORGANIZAÇÕES SUPRANACIONAIS:

 ONU – foi criada com a intenção de manter a paz.


 OIT – foi criada com a intenção de melhorar as relações de trabalho ( organização
internacional de trabalho).
 OTAN e TIAR – no campo militar foram criadas estas duas grandes instituições
(organização do tratado do atlântico norte) e ( tratado internacional de assistência
recíproca).
 FMI – na área financeira foi criado o ( fundo monetário internacional).
 GATT – Foi criada na área comercial surge ( o acordo geral de tarifas e comércio).
 PATRIMÓNIO COMUM DA HUMANIDADE

 O PATRIMÓNIO COMUM da humanidade é um regime internacional, que pode


também ser definido como o conjunto de direitos e obrigações de cada ser humano. A
diversidade cultural é uma herança e património comum de toda a humanidade. Une as
pessoas e fomenta a paz, a estabilidade e a solidariedade entre os povos, indispensáveis
numa sociedade global.
 PATRIMÓNIO MUNDIAL é o património que pertence à humanidade, é um
conjunto de bens materiais e imateriais que pelo seu valor, deve ser considerado de
superior interesse para a permanência e entidade da cultura de um povo.
 É a nossa herança do passado, com que vivemos hoje e que temos o dever de aumentar
e preservar a fim de ser passado às gerações seguintes.
 PATRIMÓNIO BENS IMÓVEIS:

 CASTELOS, IGREJAS, CONVENTOS E MUSEUS.

 Património Mundial são vários locais, como por exemplo florestas, cordilheiras,
lagos, desertos, edifícios, complexos ou cidades, especificamente classificada pela
UNESCO (organização das nações unidas para a cultura, ciência e educação).

 O património mundial tem muita importância para a humanidade, devido à transmissão


de culturas entre povos, preservação da entidade de um povo através de ( religião,
educação, ciências), a sua preservação faz com que sejam divulgados e conhecidos pelo
mundo.
PATROMÓNIO MUNDIAL PORTUGUÊS
 TORRE DE BELÉM bem como os JERÓNIMOS – classificado em 1983 com
símbolo dos descobrimentos e da arquitetura manuelina. (Lisboa)

 MOSTEIRO DA BATALHA – classificado em 1983, construído em homenagem à


virgem Maria, pela vitória da batalha de Aljubarrota, permitiu a manutenção da
independência de Portugal. (Batalha)

 CONVENTO DE CRISTO – classificado em 1983 para preservar a memória e o


estilo dos templos. (Tomar)

 ANGRA DO HEROÍSMO – classificado em 1983 pela preservação do seu centro


histórico.
 ÉVORA – classificada em 1986 pela conservação e importância do seu património em
que se destaca o Templo de Diana e as Muralhas da cidade.

 MOSTEIRO DE ALCOBAÇA – classificada em 1989 pela sua arquitetura cisterciense


e pelos túmulos de Pedro e Inês.

 SINTRA – classificada em 1995 como paisagem cultural, pelos seus palácios, serra e
parques.

 PORTO – classificado em 1996 pela ligação do seu centro histórico ao rio Douro e ao
vinho do Porto.
 VALE DO CÔA – classificada em 1998 pelos locais arqueológicos do tempo do
paleolítico

 FLORESTA LAURISSILVA DA MADEIRA – classificada em 1999, como a mais


bem preservada do Mundo.

 GUIMARÃES – classificada em 2001, pela sua ligação à origem da nacionalidade


Portuguesa e conservação dos traços medievais.

 ALTO DOURO VINHATEIRO – classificada em 2001, como a mais antiga região


demarcada de vinhos do mundo.
 Paisagem da cultura da vinha da Ilha do Pico, classificada em 2004 como paisagem
cultural, pela sua plantação em solo vulcânico.
 DIVERSIDADE CULTURAL COMO PATRIMÓNIO COMUM DA
HUMANIDADE

 No contexto de globalização é necessário avaliar a diversidade cultural e promover a


coexistência de culturas, grupos étnicos, tecnologias da comunicação e da informação.

 Na diversidade cultural, a cultura adquire diversas formas através do tempo e do


espaço, identidades que caraterizam as sociedades que compõem a humanidade.

 A defesa da diversidade cultural implica um compromisso de respeitar os direitos


humanos e as liberdades fundamentais em particular dos povos que pertencem a
minorias, ninguém pode invocar a diversidade
 cultural para violar os direitos humanos garantidos pelo direito internacional, nem para
limitar o seu alcance, estabelece também, uma fonte de intercâmbios, de inovação e
criatividade a qual, é tão necessária para o humano como a diversidade biológica para a
natureza.

 Nas sociedades cada vez mais diversificadas, trona-se indispensável garantir harmonia
entre as pessoas e grupos com identidades culturais diferentes.

 As políticas que favorecem a inclusão e a participação de todos os cidadãos, garantem


a coesão social, a vitalidade da sociedade civil e a paz. Desta maneira a diversidade
cultural é propícia aos intercâmbios culturais e ao desenvolvimento das capacidades
criadoras que
 alimentam a vida pública, devem garantir a livre circulação das ideias para que todas as
culturas se possam expressar e darem-se a conhecer, a liberdade de expressão permite o
acesso às expressões artísticas e ao conhecimento científico e tecnológico. A
diversidade cultural como património comum da humanidade é entendido como um
crescimento económico e como um meio de acesso a uma existência, afetiva moral e
espiritual satisfatória devendo ser reconhecida em benefício das gerações presentes e
futuras.

 UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação e a Cultura nasceu em


16 de novembro de 1945.
 UNESCO – tem como objetivo criar condições para um diálogo fundamentado no
respeito pelos valores compartilhados entre as civilizações, culturas e pessoas.
 Existe um programa de classificação que visa catalogar e preservar os locais de
excecional importância cultural ou natural, como património comum da
humanidade,

Este programa foi criado pela convenção sobre a proteção do património cultural e
natural, adotado pela conferência geral da UNESCO de 16 de novembro de 1972. Em
2008 um total de 878 sítios estavam listados, sendo 679 culturais, 174 naturais e 25
mistos, em 145 países diferentes.
CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO PARA INSCRIÇÃO DE BENS NA LISTA DO
PATRIMÓNIO MUNDIAL

 - A obra tem de representar um génio criativo humano:

 - Tem de ser um intercâmbio importante de valores humanos, durante um determinado


tempo ou numa área cultural do mundo, no desenvolvimento da arquitetura ou
tecnologia, das artes monumentais, do planeamento urbano ou do desenho da
paisagem.

 - Deve mostrar um testemunho único, ou pelo menos excecional, de uma civilização


que está viva ou que tenha desaparecido.
 Deve ser um exemplo de um tipo de edifício ou conjunto arquitetónico, tecnológico ou
de paisagem, que ilustre significativos estágios da história humana.

 - Deve ser um exemplo destacado de um estabelecimento humano tradicional ou do


uso da terra, que seja representativo de uma cultura (ou várias), especialmente quando
se torna vulnerável sob o impacto de uma mudança irreversível.

 - Deve estar diretamente associado a eventos ou tradições vivas, com ideias ou


crenças, com trabalhos artísticos e literários de destacada importância universal.
 - Deve conter fenómenos naturais excecionais ou áreas de beleza natural e estética de
excecional importância.

 - Ser um exemplo excecional representativo de diferentes estágios da história da Terra,


incluindo o registo da vida e dos processos geológicos no desenvolvimento das formas
terrestres ou de elementos geromórficos ou fisiocráticos importantes.

 - Deve ser um exemplo excecional que represente processos ecológicos e biológicos


significativos da evolução e do desenvolvimento de ecossistemas terrestres, costeiros,
marítimos ou aquáticos e comunidades de plantas ou animais.
 - Deve conter os mais importantes e significativos habitats naturais para a
conservação da diversidade biológica, incluindo aqueles que contenham espécies
ameaçadas que possuem um valor universal excecional do ponto de vista da ciência
ou da conservação.

 CENTRO HISTÓRICO DO PORTO

 PATRIMÓNIO DA HUMANIDADE

 O Porto é uma cidade situada no noroeste da Península Ibérica, o seu número de


habitantes faz dela a segunda maior cidade de Portugal e também a segunda maior
cidade do noroeste da Península Ibérica depois da sua vizinha cidade espanhola
Vigo, além disto, é o centro de uma grande área metropolitana.

 A cidade do Porto é conhecida com a cidade Invicta, é a cidade que deu nome a
Portugal, desde muito cedo (c, 220 a.c.), quando designava de Portus Cale, é ainda uma
cidade conhecida mundialmente pelo seu vinho, pelas suas pontes e arquitetura
contemporânea e antiga, o seu centro histórico, classificado como Património Mundial
pela UNESCO e pelo seu clube de futebol “ Futebol Clube do Porto.

 O Porto tem um clima mediterrâneo, no inverno o tempo tende a ser instável com
ocorrência de chuva e vento forte apesar de longos períodos com sol e tempo seco
serem também comuns. No verão o tempo seco e soalheiro pode ser interrompido por
dias nebulosos ou de chuva.
 A cidade do Porto foi elevada a Património Mundial no ano de 1996,
principalmente pela ligação ao centro histórico e ao rio Douro, para além disso
também foram reconhecidos as seguintes caraterísticas: Economia; Vinho;
Turismo; Transportes; Pontes; Entretenimento; Gastronomia; Desporto;
Monumentos; Palácios.
 PRINCIPAIS DOCUMENTOS ESTRUTURANTES DAS CONSTRUÇÃO
EUROPEIA

 A união europeia assenta no estado de direito, isso significa que todas as suas
iniciativas têm por base Tratados que foram aprovados voluntária e democraticamente
por todos os países da UE, por exemplo se um domínio de intervenção não for
mencionado num Tratado, a Comissão não pode propor legislação nesse domínio.

 Os Tratados são acordos vinculativos entre os países da UE, que definem os objetivos
prosseguidos pela UE, as regras de funcionamento das instituições europeias, o
processo de tomada de decisão e as relações entre a UE e os países que a constituem.
 Por vezes os Tratados são alterados para melhorar a eficácia e a transparência do
funcionamento da UE, preparar a adesão de novos países ou largar a cooperação entre
os países da UE a novos domínios, como no caso da moeda única.

 Ao abrigo dos tratados as instituições europeias podem adotar legislação que, em


seguida, é aplicada pelos países da UE, os textos integrais dos Tratados, da legislação,
da jurisprudência e das propostas legislativas podem ser consultados na base de dados
EUR-Lex
 Por ordem cronológica do mais recente para o mais antigo, os principais tratados são:
Tratado de Lisboa; Tratado de Nice; Trado de Amesterdão; Tratado da União
Europeia ou Tratado de Maastricht; Ato Único Europeu; Tratado de fusão –
Tratado de Bruxelas; Tratado de Roma-Tratado CEE e Tratado que institui a
Comunidade Europeia do Carvão e do Aço
 Quanto mais a vida social se torna mediada pelo mercado global de estilos, lugares e
imagens, pelas viagens internacionais, pelas imagens dos média e pelos sistemas de
comunicação globalmente interligados, mais as identidades se tornam desvinculadas –
desalojadas – dos tempos, lugares, histórias e tradições específicos parecem flutuar
livremente. Somos confrontados por uma gama de diferentes identidades ( cada qual faz
os apelos, ou melhor, fazendo apelos diferentes partes de nós, dentre as quais parece
possível fazer escolha.

 As preocupações culturais são assunto recorrente na sociedade moderna, numa era de


confrontos, imposições e intolerância. Sendo a liberdade cultural parte integrante do
desenvolvimento, permitindo ao individuo a escolha de uma identidade urge incentivar
a coexistência cultural no espaço europeu, com o respeito pela escolha identitária do
outro, não esquecendo as culturas nacionais mas evidenciando uma herança cultural
comum.
 Segundo Hall em 2005, há três conceções diferentes de identidade:

 SUJEITO DO ILUMINISMO – centrado, unificado, individualista, usualmente


descrito como masculino.

 SUJEITO SOCILÓGICO- para o qual já se reflete a complexidade do mundo


moderno, não sendo auto-suficiente depende da cultura, da interação, a identidade
deste sujeito é formada a partir da interação entre ele e a sociedade, projetamo-nos a
nós mesmos messas identidades culturais e tornamo-las parte de nós ao mesmo tempo
subjetivando as objetividades do mundo social e cultural.

 SUJEITO PÓS-MODERNO – não possui uma identidade permanente, está


 em constante mudança, possui identidades diferentes em diferentes momentos (hall
a987).

 Nas palavras de Hall o sujeito previamente vivido como tendo uma identidade
unificada e estável, está a tonar-se fragmentado, composto não de uma única mas de
várias identidades, algumas vezes contraditórias ou não resolvidas … o próprio
processo de identificação através do qual nos projetamos em nossas identidades
culturais, tornou-se mais provisório, variável e problemático (Hall 2005) quanto ao
impacto da globalização sobre a identidade cultural Hall considera as sociedades
modernas como próprias de mudança constante, rápida e permanente.
 Ainda de acordo com Hall as pessoas não identificam mais os seus interesses sociais
exclusivamente em termos de classe.
 A classe não pode servir como um dispositivo ou uma categoria mobilizadora através da
qual todos os variados interesses e todas as variadas identidades das pessoas possam ser
reconciliadas e representadas.

 Hall com a globalização o indivíduo é reconhecido como isolado alienado pressionado


em meio às multidões nas grandes cidades e neste meio é formada a identidade deste
indivíduo, para Hall a identidade vai sendo construída ao longo do tempo, estando
sempre em processo de formação, sempre incompleta desta forma Hall prefere não falar
em identidade, mas em identificação, visto que se trata de um processo contínuo. A
identidade surge não tanto da plenitude da identidade que já está dentro de nós como
indivíduos, mas de uma falta de inteireza que é preenchida a partir de nosso exterior
pelas formas através das quais nós imaginamos ser vistos por outros.

Você também pode gostar