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4
FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Curso de Direito Civil: Família, Salvador: Editora
JusPodivm, 4º ed., 2016, p. 1041.
5
FONTANELLA, Patrícia, cf. União homossexual no direito brasileiro: enfoque a partir do garantismo
jurídico, Florianópolis: OAB/SC, 2006, p. 116.
6
FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Curso de Direito Civil: Família, Salvador: Editora
JusPodivm, 4º ed., 2016, p. 39.
Acrescenta-se sobre o julgado do Supremo Tribunal Federal, em 2011, a
respeito do reconhecimento da natureza familiar das uniões homoafetivas 7,
trazendo com essa decisão o respeito do princípio da igualdade e dignidade da
pessoa humana. A entidade familiar formada por casais homoafetivos que
decidem adotar, sempre é alvo de discriminação e preconceito, dentro da sua
própria sociedade, a qual sempre indaga que este tipo de formação de família
estaria fora de cogitação, mas, como aponta um estudo e pesquisa da
Psicologia, trazido por Lôbo (2008) em sua obra, reafirma que, pesquisas e os
estudos nos campos da psicologia infantil e da psicanálise demonstraram que
as crianças que foram criadas na convivência familiar de casais homossexuais
apresentaram o mesmo desenvolvimento psicológico, mental e afetivo das que
foram adotadas por homem e mulher. 8 Inquestionavelmente, é nítido notar que
há uma certa discriminação de muitas pessoas ao abordar esse assunto, pois,
sempre volta a influência da condição da sexualidade, mas, o que tem que ser
salvaguardado sempre é o melhor interesse infanto-juvenil.
7
(STF, Ac.unân. Tribunal Pleno, ADIn 4277/DF, rel. Min. Carlos Ayres Britto, j. 5.5.11, DJe
14.10.11)
8
LÔBO, Paulo. Famílias, São Paulo: Saraiva, 2008, p. 258.
9
CAMPOS, Daniela Mara Silva; OLIVEIRA, Ana Aparecida de; RABELO, Raquel Santana;
Adoção Homoafetiva e os Desafios da Nova Concepção Familiar. IBDFAM, internet, junho,
2018. Disponível em: >https://ibdfam.org.br/artigos/1279/Ado
%C3%A7%C3%A3o+Homoafetiva+e+os+Desafios+da+Nova+Concep
%C3%A7%C3%A3o+Familiar<. Acesso em: 30/04/2023.
É possível notar que o único impacto que pode ser causado a uma
criança adotada por um casal homoafetivo é a discriminação e preconceito,
mesmo existindo uma legislação que resguarda os direitos relacionados ao
princípio da igualdade e da dignidade humana. Paralelamente a isso, os
princípios norteadores que fundamentam a adoção são basicamente dois,
princípio da proteção integral está pautado no art. 6º, 227 e 228 da
Constituição Federal de 1988, que assegura a criança e ao adolescente a
condição como sujeito de direitos fundamentais, e o princípio prioritário
interesse da criança, onde assegura que a Justiça fundamente suas decisões
acreditando no que é melhor para o menor, e não motivado no que os pais
desejam.