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INSTITUTO SUPERIOR MUTASA

DELEGAÇÃO DE CHIMOIO

LICENCIATURA EM ADMINISTRAҪẪO PÚBLICA

TEMA

Analise do Impacto da Governança Participativa na melhoria da qualidade de vida


dos habitantes da localidade urbana n°1 – caso de estudo posto administrativo de
Nhamadjessa nos anos 2021 a 2023

NOME DO ESTUDANTE:

Salma da Albertina Mainato

Chimoio, Novembro de 2023


INSTITUTO SUPERIOR MUTASA

DELEGAÇÃO DE CHIMOIO

LICENCIATURA EM ADMINISTRAҪẪO PÚBLICA

TEMA

Analise do Impacto da Governança Participativa na melhoria da qualidade de vida


dos habitantes da localidade urbana n°1 – caso de estudo posto administrativo de
Nhamadjessa nos anos 2021 a 2023

SUPERVISOR (A):

Dra. Gércia Dias

REALIZADO POR:

Salma da Albertina Mainato

Chimoio, Novembro de 2023


Índice
CAPITULO I: INTRODUÇÃO........................................................................................ 4
1.1. Introdução .............................................................................................................. 4
1.2. Problematização ..................................................................................................... 6
1.3. Objectivos .............................................................................................................. 6
1.3.1. Geral ................................................................................................................ 6
1.3.2. Específicos ...................................................................................................... 6
1.4. Delimitação Temporal: .......................................................................................... 6
1.5. Delimitação Espacial: ............................................................................................ 6
1.6. Justificativa ............................................................................................................ 7
1.6.1. Relevância do tema nos níveis académicos e social: ...................................... 7
CAPITULO II: REVISÃO DA LITERATURA .............................................................. 8
2.1. Definição dos termos ............................................................................................. 8
2.1.1. Governança participativa: ............................................................................... 8
2.2. Governança participativa em Moçambique: .......................................................... 9
2.2.1. Democracia Participativa e a Deliberativa: ................................................... 10
2.2.2. Limitações e dilemas da governança participativa:....................................... 11
CAPITULO III: METODOLOGIA ................................................................................ 13
3.1. Metodologia: ........................................................................................................ 13
3.1.1. Método Indutivo: ........................................................................................... 13
3.1.2. Método Qualitativo: ...................................................................................... 13
3.2. Tipos de Pesquisa................................................................................................. 13
3.2.1. Pesquisa Bibliográfica: .................................................................................. 13
3.2.2. Pesquisa Documental: ................................................................................... 13
3.2.3. Pesquisa de Campo: ...................................................................................... 13
3.3. Técnicas de Recolha de dados: ............................................................................ 14
3.3.1. Observação: ................................................................................................... 14
3.3.2. Questionário .................................................................................................. 14
3.3.3. Entrevista:...................................................................................................... 14
3.4. População: ............................................................................................................ 14
3.5. Amostra:............................................................................................................... 14
4. Resultados Esperados ................................................................................................. 14
5. Cronograma De Actividades ...................................................................................... 15
6. Orçamento .................................................................................................................. 15
7. Referências Bibliográficas:......................................................................................... 16
CAPITULO I: INTRODUÇÃO
1.1. Introdução

Os discursos acerca da Governança Participativa (GP) surgiram em Moçambique nos


finais da década de 1990 e tornaram-se a marca principal da política e da administração
pública no início dos anos de 2000, período em que as principais experiências de
participação pública foram implementadas. Eles emergiram sucedendo basicamente três
cenários que decorreram de forma interligada e que marcaram o contexto político e
econômico nacional nos anos antecedentes. Primeiro, surgiram como complemento das
transformações políticas e econômicas intensas que foram introduzidas pela Constituição
da República de Moçambique (CRM) de 1990. A constituição produziu uma reforma do
Estado que modificou o sistema político de poder popular socialista e o regime de governo
de partido único dirigido pela Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), que
haviam sido instaurados em 1975 quando do alcance da independência nacional do
regime colonial português. A CRM de 1990 introduziu um novo sistema político,
fundamentado nos princípios da democracia pluripartidária, e alterou o modelo de
planeamento centralizado da economia, estabelecendo um sistema de livre concorrência.
Além disso, a constituição introduziu várias reformas no caráter centralizador da
administração pública de então, com a descentralização para os governos provinciais e
distritais de maiores poderes decisórios e competências próprias para a implementação
das políticas públicas. Segundo, emergiram com a estabilização política e social
promovida pela assinatura do Acordo Geral de Paz (AGP) de 1992, que pôs fim ao
conflito armado iniciado em 1976, opondo o Governo de Moçambique (dirigido pela
FRELIMO) ao Movimento de Resistência Nacional (RENAMO), uma força de oposição
ao regime instituído na época e reivindicava a partilha do poder político. O ambiente de
paz vivenciado no país decorrente do fim do conflito consequentemente permitiu a
reorganização das estruturas do aparelho estatal e da sua administração, possibilitando
ampliar a presença da representação do Estado e de suas instituições no território
nacional. A partir da segunda metade da década de noventa, influenciadas pelo processo
de reorganização administrativa que decorria, foram introduzidas no setor público
moçambicano novas formas de governança. O foco principal foi a introdução de modelos
e mecanismos de gestão fundamentados na gestão por resultados, no conceito de
accountability e em arranjos de participação da sociedade, visando à melhoria do

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desempenho dos serviços públicos e à inclusão de cidadãos comuns e grupos de interesses
como atores políticos importantes nas decisões administrativas. Terceiro, surgiram como
resultado da emenda constitucional de 1996 e implementação da descentralização do tipo
municipalização. A emenda constitucional criou o Poder Local e institucionalizou a
descentralização na escala local municipal, possibilitando o exercício e partilha do poder
político. Ela alterou a estrutura político-administrativa do Estado, que passou a ser
constituída por três níveis de governo: os Órgãos Centrais (OC), representados pelos
ministérios e agências nacionais, os Órgãos Locais do Estado (OLE), representados pelos
governos provinciais e governos distritais, e os Órgãos do Poder Local (OPL),
representados pelos municípios. Vale destacar que, no âmbito das transformações
políticas e institucionais verificadas nesse período, foi aprovada a Lei n° 2/1997, de 18
de fevereiro, por meio da qual foram criados no país os primeiros 33 municípios, e desde
1998 são eleitos periodicamente os respectivos governos municipais. Atualmente existem
em Moçambique 53 municípios. Na organização administrativa do país, os municípios
correspondem às circunscrições dos territórios das cidades e vilas.

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1.2. Problematização

A Governança Participativa é definida segundo Speer (2012, p. 2379) “como um conjunto


de arranjos institucionais que têm por objetivo facilitar a participação de cidadãos comuns
no processo das políticas públicas”. Eles envolvem os cidadãos, por exemplo, na tomada
de decisões sobre a distribuição dos fundos públicos entre as comunidades e o desenho
de políticas públicas, bem como a avaliação e monitoramento dos gastos do governo. Sob
essa nova conjuntura de gestão pública, espera-se que práticas como o dirigismo, o
centralismo decisório e o planejamento tecnocrático, que ignoram a aspiração dos
indivíduos pela participação, transformem-se e que os novos padrões de articulação social
promovidos pela Governança Participativa sejam introduzidos como uma alternativa para
aprimorar a gestão pública. No entanto, em paralelo a esses mecanismos participativos,
emergem um questionamento indispensável: Como ocorre a implementação da
Governança Participativa em Moçambique com enfase para o distrito de Chimoio na
localidade urbana n° 1?

1.3. Objectivos

1.3.1. Geral

 Analisar o impacto da Governança participativa na melhoria da qualidade de vida


dos habitantes da localidade urbana n°1.
1.3.2. Específicos

 Identificar os principais fatores que influenciam a participação comunitária no


processo de melhoria na qualidade de vida.
 Caracterizar os possíveis fatores que influenciam a participação comunitária no
processo de melhoria na qualidade de vida.
 Subsidiar os administradores municipais na gestão da participação comunitária no
processo de desenvolvimento local.
1.4. Delimitação Temporal:

No tempo a pesquisa ocorrera nos anos 2021 a 2023


1.5. Delimitação Espacial:

No espaço a pesquisa ocorrera no distrito de Chimoio, bairro nhamadjessa, localidade


urbana n° 1

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1.6. Justificativa

O sistema político e partidário da moderna democracia, embora funcional, cria condições


que favorecem o estrangulamento do exercício da cidadania, a diluição dos valores
ideológicos, a personalização do poder político e a perpetuação de redes de poder.
Acumulam-se evidências de desilusão pública com as instituições democráticas, de
declínio de confiança nos políticos (Saint-Martin, 2005), de necessidade de transformação
do papel do Estado (Mozzicafreddo, 2000) e de desligamento entre cidadãos e
responsáveis pelas tomadas de decisão (Smith, 2009; Cabral, Silva e Saraiva, 2008). A
opacidade da governação urbana e as desigualdades que gera sugerem que o papel dos
cidadãos pode ser fundamental para o questionamento dos processos de tomada de
decisão, particularmente em contextos de proximidade como os das pequenas e médias
cidades. Atendendo ao potencial de intervenção nas políticas públicas ao nível local, o
reforço de fiscalização e intervenção por outros intervenientes, atores locais e cidadãos,
parece um caminho difícil de trilhar, dada a debilidade de códigos de conduta para a
participação, mas fundamental para forçar os limites institucionalizados da esfera de
decisão e aumentar os níveis de democraticidade da governação urbana. A temática da
participação ativa dos cidadãos surge hoje no centro das teorias de planeamento das
cidades e dos modelos políticos democráticos (Santos, 2003).

1.6.1. Relevância do tema nos níveis académicos e social:

O tema do presente projecto tem impacto significativo no contexto académico por auxiliar
o investigador a adquirir o conhecimento necessário sobre a governança participativa,
principalmente por esse tema ser relacionado com a população e sua atuação nas tomadas
de decisão sobre assuntos relevantes relacionados a comunidade em que se encontram
inseridas.

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CAPITULO II: REVISÃO DA LITERATURA

2.1. Definição dos termos

2.1.1. Governança participativa:

A GP é definida segundo Smith (2009) como um arranjo institucional que tem como
finalidade possibilitar a integração do público nos processos decisórios sobre as políticas
públicas permitindo, desta feita, a democratização do sistema político, o qual é conduzido
dentro de um espírito de deliberação e contestação de ideias que favorecem os resultados
e a qualidade das políticas públicas.

De acordo com Speer (2012), “ela se refere a um conjunto de arranjos institucionais que
têm por objetivo facilitar a participação de cidadãos comuns no processo de desenho de
políticas públicas, bem como a avaliação e o monitoramento dos gastos do governo”.

No entender de Gaventa (2012), “a GP é um mecanismo de inclusão da população nas


estruturas de tomada de decisão sobre as políticas públicas que permite incrementar e
fortalecer as capacidades de intervenção das camadas sociais mais desfavorecidas e
superar as estruturas políticas e de poder tradicionais”.

O que essas definições asseveram, como explica Grindle (2007), é que na abordagem da
GP os cidadãos eleitores ganham um novo tratamento baseado no seu maior envolvimento
nos espaços públicos e ambientes institucionais, resultando, assim, numa expansão dos
interesses coletivos e num maior exercício da cidadania.

A despeito dessas abordagens, cabe destacar que a GP é, conforme Pateman (2012), uma
corrente em favor da democracia deliberativa, incorporando dela tópicos considerados
emergentes, tais como grupos de interesses e redes de políticas que vem alterar de forma
significativa a concepção e a natureza da administração pública e da gestão das políticas
públicas. Ela seria uma forma de restabelecimento da legitimidade do sistema político
pela criação de novos canais de participação e interação inspirados nas teorias que apelam
para o conceito da good governance, que enfatiza o estabelecimento de condições de
governabilidade e a gestão compartilhada e interinstitucional envolvendo os setores
público, produtivo e voluntário.

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2.2. Governança participativa em Moçambique:

As discussões sobre as questões da GP tiveram sua origem a partir da segunda metade do


século XX e destacam-se na literatura internacional no âmbito do que se tem designado
de New Governace Paradigm (Osborne, 2006). Atualmente, a GP possui um enorme
conjunto de abordagens teóricas, sendo referenciada sobretudo nas análises que exploram
as virtudes positivas, inovações e limitações da introdução do modelo de participação
social no processo de gestão pública (Chhotray & Stoker 2009; Gaventa & Barrett, 2012;
Farazmand, 2012). No contexto nacional de Moçambique, existem trabalhos importantes
que abordam o tema da participação no nível distrital (Forquilha & Orre, 2012) e no
âmbito das experiências da gestão municipal (Nguenha, 2009; Canhanga, 2009).

Essencialmente, os trabalhos existentes, tanto os nacionais quanto os internacionais,


abordam a GP como um conjunto de princípios e instrumentos políticos e administrativos
que compreendemos estar enquadrados principalmente em quatro perspectivas de análise
importantes. A perspectiva da democrática participativa, como assinalam Brardhan
(2002) e Crook (2003), vê a GP como um mecanismo voltado para o reforço da
democracia local por meio do envolvimento da população na tomada de decisões sobre
as políticas públicas e ampliação da responsabilização política e administrativa dos
governos locais. A perspectiva da democracia deliberativa inspirada nas proposições de
Habermas (1995) é pautada no diálogo entre os atores estatais e a sociedade civil, por
meio de espaços deliberativos. A GP é entendida aqui, segundo Speer (2012), como
formas deliberativas de tomada de decisão que privilegiam cooperação, debate público e
coletivo para a promoção do bem comum.

As práticas de Governança Participativa em Moçambique têm sido apresentadas com o


objetivo de aperfeiçoar e consolidar a democracia (Canhanga, 2009; Nguenha, 2009) e
como um conjunto de princípios e instrumentos de gestão (Forquilha & Orre, 2012;
Nylen, 2014) cuja finalidade é fomentar, de modo abrangente, a participação dos
diferentes atores políticos e sociais na administração pública. A ideia central é o
estabelecimento, nos OPL (municípios) e OLE (distritos), de mecanismos participativos
embasados em novas estruturas de interação e relacionamento entre o governo e a
sociedade que possibilitem a melhoria da atuação da administração pública e da prestação
de serviços públicos. Especificamente os OPL têm como objetivos organizar a
participação dos cidadãos na solução dos problemas próprios da sua comunidade e
promover o desenvolvimento local. Eles buscam ampliar a cidadania e conscientizar a
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sociedade para tomar parte nos assuntos políticos que se sucedem nesse nível. Portanto,
o processo de participação pública visa colocar o cidadão como um ator indispensável na
tomada de decisões acerca dos assuntos que são considerados serem de seu interesse e
permitir uma maior interdependência e articulação entre os diferentes atores sociais, de
tal modo que seja garantida uma maior democratização da administração pública. Pode
se afirmar em termos gerais que as ideias sobre a GP se tornaram predominantes no
contexto dos esforços de construção do Estado democrático, do fortalecimento da
cidadania ativa e da criação de mecanismos para a gestão democrática na escala local.
Elas surgiram no quadro do estabelecimento de um sistema democrático participativo
orientado pelo ideal político que se fundamenta na interação entre o poder público e a
sociedade. Após a implementação da Estratégia Global de Reforma do Sector Público
(2001-2011), as propostas da GP se tornaram num dos pressupostos básicos da promoção
de práticas de inclusão democrática no país.

2.2.1. Democracia Participativa e a Deliberativa:

A democracia participativa e a deliberativa possuem uma relação de articulação como


modelos de participação e representação.

De acordo com Smith (2009), a primeira tem o seu enfoque no alargamento da


participação do cidadão na gestão pública e processos de planeamento associados às ações
de formulação e fiscalização das políticas públicas por meio de vários atores individuais
ou coletivos em torno de interesses comuns. Ela implica também a ideia de
institucionalização de estruturas de representação pautadas em representantes escolhidos
ou eleitos pela própria sociedade civil e pelo governo.

A segunda implica, conforme Lüchmann (2006), que a deliberação incorpora a ideia de


que as escolhas políticas são legitimadas dentro de uma interação entre os agentes que
possuem direitos e liberdades iguais no exercício da cidadania, especialmente para
influenciar as ações governamentais. Portanto, a ação deliberativa considera a inclusão
dos diferentes atores sociais, a abertura do debate e a cooperação e o diálogo centrados
na ampliação dos espaços públicos e mecanismos de discussão coletiva passíveis de
justificar e legitimar as decisões tomadas.

É dentro dessas concepções que Cornwall e Coelho (2007) explicam que em contextos
participativos a ação coletiva tende a ser possibilitada pelo interesse de abertura da
administração pública para a interação com novos atores da sociedade, mas também pela

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capacidade de ação dos representantes da sociedade civil e pelo acesso à informação por
parte da população. Da mesma forma, em contextos deliberativos, a ação coletiva estaria
baseada na criação de estruturas de interação política em que os atores da sociedade são
percebidos pelo governo como importantes na discussão das políticas públicas,
contribuindo para fortalecer o interesse da coletividade e a legitimidade das iniciativas
governamentais e seus resultados.

Trata-se de uma desmonopolização dos processos decisórios pela realização de mudanças


nas formas tradicionais de administração, com a realização de transformações
administrativas que visam reduzir a intervenção técnica exclusiva da administração e o
monopólio do poder decisório dos burocratas e políticos para favorecer a intervenção
coletiva e formação de redes que ampliam o diálogo e a intervenção junto ao Estado. O
fundamento central desses argumentos, como destaca Gonzáles (2015), é que na
abordagem participativa a interação entre os cidadãos e o governo gera envolvimento
efetivo nas etapas cruciais de tomada de decisão das políticas públicas, elevando a
confiança e a legitimidade.

Na mesma linha, Koch (2013) pontua que os arranjos institucionais engendrados pela GP
podem melhorar o papel político da sociedade civil e promovem a inclusão política,
favorecendo a formação de identidades coletivas que possibilitam uma efetiva partilha de
poder e de recursos que estão disponíveis. Esses espaços de participação têm um grande
potencial para gerar resultados positivos nas ações implementadas pela máquina pública,
por exemplo, consensos sobre os conteúdos da política pública local, orçamentos
participativos, prioridades de intervenção a considerar, entre outros aspectos.

2.2.2. Limitações e dilemas da governança participativa:

Apesar de a GP ser apresentada em certa literatura de uma forma positiva, existem,


contudo, limitações e dilemas das práticas decorrentes da complexidade da participação
do cidadão, (Roberts, 2004, p. 326).

Tais complexidades referem-se:

 à qualidade das redes de atores que são formadas;


 aos interesses que envolvem os diferentes grupos que participam dos processos de
gestão;

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 ao conflito nos processos decisórios e das escolhas de prioridades; às condições
estruturais e políticas da organização dos grupos;
 e à legitimidade dos interesses políticos da sociedade civil que produzem um
impacto nos resultados da democracia.

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CAPITULO III: METODOLOGIA

3.1. Metodologia:

“O método é conjunto das atividades sistemáticas e racionais que com maior segurança e
economia, permite alcançar o objetivo – conhecimentos válidos e verdadeiros – traçando
o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do
cientista.”(MARCONI; LAKATOS,2005,p.83).

3.1.1. Método Indutivo:

“Parte de premissas e leva a conclusões que são muito amplas em virtude das premissas
que se basearam. O método indutivo conduza apenas a conclusões prováveis.
(MARCONI; LAKATOS,2005).
3.1.2. Método Qualitativo:

"proporciona melhor visão e compreensão do problema". (MALHOTRA; et al, 2010,


p.113)
3.2. Tipos de Pesquisa

3.2.1. Pesquisa Bibliográfica:

Pesquisa bibliográfica é toda bibliografia tornada pública, tais como: jornais, revistas,
livros, ou até mesmo gravações sem fita magnética (MARCONI e LAKATOS, 2011,
p.57)
3.2.2. Pesquisa Documental:

De acordo com MARCONI e LAKATOS (2011, p.48) "a característica da pesquisa


documental é que a fonte de coleta de dados está restrita a documentos, escritos ou não,
constituindo oque se denomina de fontes primárias".
3.2.3. Pesquisa de Campo:

"consiste na observação de fatos e fenômenos tal como ocorrem espontaneamente, na


coleta de dados a eles referentes e no registro de variáveis que se presume relevantes, para
analisá-los" (MARCONI e LAKATOS, 2011, p.69).

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3.3. Técnicas de Recolha de dados:

3.3.1. Observação:

Segundo Gil (2011, p.100) “A observação apresenta como principal vantagem, em


relação às outras técnicas, adeque os fatos são percebidos diretamente, sem qualquer
intermediação.
3.3.2. Questionário

“O questionário é uma técnica de investigação composta por um conjunto de questões


que são submetidas a pessoas com propósito de obter informações.” (Gil, 2011, p.121).
3.3.3. Entrevista:

De acordo com Gil (2011, p.109) “A entrevista é a técnica em que o investigador se


apresenta frente ao investigado e lhe formula perguntas, com o objetivo de obtenção dos
dados que interessam à investigação.
3.4. População:

A população da pesquisa são os funcionários do governo distrital de Chimoio, num


numero total de 60 indivíduos.
3.5. Amostra:

A amostra da pesquisa serão 15 funcionários do governo distrital.

4. Resultados Esperados

Espera-se com o final do projecto abordar todos os pontos estabelecidos nos objectivos
específicos de modo a apresentar uma explicação assertiva sobre a governança
participativa e sua influencia na melhoria da qualidade de vida dos habitantes de Chimoio.

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5. Cronograma De Actividades

Etapas Jan Mar Fev Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Revisão da x X X X x x x x x x
literatura
Elaboração e X X
validação do
instrumento de
pesquisa
Apresentação X x
do Projecto
Coleta e analise x x x x
dos dados
Conclusão e X x x x
redação
Apresentação X
publica
Correção e X
entrega final

6. Orçamento

Material Custo Unit Quant Custo total Observação


Computador 18.000,00 1 18.000,00
Folhas A4 3,00 10 30,00
Canetas 10,00 5 50.00
Bloco de notas 75,00 1 75,00
Lápis 5,00 3 15,00
Borachas 5,00 2 10,00
Impressão e cópias 3,00 40 120,00
Internet 1.000,00 - 1.000,00
Transporte para pesquisa 60,00 1 60,00
Total 19.360,00

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7. Referências Bibliográficas:

Brardhan, P. (2002). Decentralization of Governance and Development. The Journal of


Economic Perspectives, 16(4), 185–205.

Canhanga, N. (2009). Os desafios da descentralização e a dinâmica da planificação


participativa na configuração de agendas políticas locais. In: Brito, L. et al. (Eds.).
Cidadania e Governação em Moçambique. Maputo: IESE, 90-118.

Chhotray, V. & Stoker, G. (2009). Governance theory and practice. A Cross-Disciplinary


Approach. Houndsmills: Palgrave Macmillan.

Cornwall, A. & Coelho, V. (2007). Spaces for change?: the politics of citizen participation
in new democratic arenas. Zed Books.

Crook, R. (2003). Decentralisation and poverity reduction in Africa: the politics of local-
central relations. Public Administration and Development, 23(1), 77–88.

Farazmand, A. (2012). Sound governance: engaging citizens through collaborative


organizations. Public Organization Review, 12(2), 223-241.

Forquilha, S. & Oree, (2012). A. Transformações sem mudanças? Os conselhos locais e


o desafio da institucionalização democrática em Moçambique. In: Brito, L. et al. (Eds.).
Desafio para Moçambique 2011. Maputo: IESE, 35–53.

Gaventa, J. & Barrett, G. (2012). Mapping the outcomes of citizen engagement. World
Development, v. 40, n. 12, p. 2399-2410.

Grindle, M. (2007). Good enough governance revisited. Development Policy Review,


25(5), 533-574.

Habermas, J. (1995). Os tres modelos normativos de democracia. Lua Nova, 36, 39–53.

Koch, P. (2013). Bringing power back in: collective and distributive forms of power in
public participation. Urban Studies, 50(14), 2976-2992.

Lüchmann, L. (2006). Os sentidos e desafios da participação. Ciências Sociais Unisinos,


42(1), 19-26.

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MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de pesquisa:
planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisas, elaboração,
análise interpretação de dados. 7ed. São Paulo: Atlas, 2008.

Nguenha, E. (2009). Governação municipal democrática em Moçambique: alguns


aspectos importantes para o desenho e implementação de modelos do orçamento
participativo. In: II Conferência do IESE sobre Dinâmicas da pobreza e padrões de
acumulação em Moçambique. Maputo.

Osborne, S. (2006). The new public governance? Public Management Review, 8(3), 77-
387.

Pateman, C. (2012). Participatory democracy revisited. Perspective Politics. 10(1), 7–19.

González, J. (2015). La participación ciudadana como instrumento del gobierno abierto.


Espacios Públicos, 18(43), 51-73.

GIL, Antônio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6ed. São Paulo: Atlas 2010.

Roberts, N. (2004). Public deliberation in an age of direct citizen participation. The


American Review of Public Administration, 34(1), 315-353.

Smith, G. (2009). Democratic innovations: designing institutions for citizen participation.


Cambridge University Press.

Speer, J. (2012). Participatory governance reform: A good strategy for increasing


government responsiveness and improving public services?. World Development, 40(12),
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