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95
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO
97
SEÇÃO 1 - A FAMÍLIA COMO FOCO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS.
0,*7-$-8$N>,&!%&J(<3:#$4%&E(!(1%-$/%&!,&O1%7$#
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial
proteção do Estado.
§ 1º. O casamento é civil e gratuita a celebração.
§ 2º. O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da
lei.
§ 3º. Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a
união estável entre o homem e a mulher como entidade
familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em
casamento.
§ 4º. Entende-se, também, como entidade familiar
a comunidade formada por qualquer dos pais e seus
descendentes.
§ 5º. Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal
são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher.
99
implementadas pelo Estado, para o enfrentamento de problemas
sociais, dentre eles, os relacionados à saúde.
101
"$+&%9;Z$+&"!&!`=%-+P)N&V++$+&+P)&!+(#$(aJ9$+&"!&+)H#!:9:G;=9$&
em que se inclui grande parcela da população brasileira.
3+&$+Q!=()+&+9J;9]=$(9:)+U&Y-!&;P)&Q)"!7&+!#&;!J%9J!;=9$")+&
quando se pretende compor o retrato da situação social das
famílias brasileiras, são aqueles ligados à educação, saneamento
básico, condições de moradia, trabalho, renda familiar, lazer e
acesso aos serviços de saúde.
Todos esses aspectos não se apresentam com muita
nitidez nas estatísticas, dada a precariedade dos dados que
alimentam os sistemas de informação em saúde e pelo fato de
os indicadores de avaliação de saúde sempre se ancorarem no
evento “doença”.
A Carta Magna traz, no seu arcabouço, um grande avanço
na área social, pela introdução de regras, direitos e deveres,
que eram, anteriormente, simples anseio dos movimentos
sociais não hegemônicos.
Não resta dúvida de que as regras estão postas, mas a
universalidade das mesmas é que ainda precisa ser entendida e
incorporada nos serviços de saúde como um direito de cidadania.
A Política Nacional de Atenção Básica de Saúde do Ministério
"$&,$8"!U&Q-H%9=$"$&!7&DEEBU&#!$]#7$&$&S$7R%9$&=)7)&+-b!9()&
")&Q#)=!++)&"!&=-9"$")&!&"!];!&)&")79=R%9)&=)7)&)&=);(!`()&
social onde se constroem as relações intra e extrafamiliares,
!& );"!& +!& !S!(9:$& $& %-($& Q!%$& +)H#!:9:G;=9$U& Q!%$& Q#)"-OP)& !&
reprodução, e pelas condições de vida (Brasil, 2006).
IT,K3,1&K5TF&.?@@gU&QN?EA0&=)7!;($7&Y-!
As famílias ocupam espaços diferenciados em sua luta pela
+)H#!:9:G;=9$& !& Q!%$& #!Q#)"-OP)& "$& :9"$N& .NNN0& !+($H!%!=!7&
#!%$O^!+&"!&=);:9:G;=9$U&=);o9(-)+$+&)-&;P)U&(#)=$7&!`Q!#9G;=9$+U&
acumulam saberes, habilidades, hábitos e costumes, produzindo
e reproduzindo concepções e cultura.
P +B.&J=E2=RHJQ
103
sociedade civil organizada, de forma estruturada, com variados
graus de formalização e institucionalização, com período de
tempo de execução delimitado, que buscam o desenvolvimento
social e a melhoria da qualidade de vida de uma parcela ou do
conjunto de habitantes” (Oliveira, et al., 2009).
STU&0,*4($-8%N>,&!(&V%6W#$%
105
$7R%9$+&Y-!&!#$7U&;$&2"$"!&'a"9$U&"!&$7H9G;=9$&#-#$%&Q$++$#$7&
para um espaço urbano. A velocidade com que essas mudanças
aconteceram está ligada a fatores econômicos, sociais, culturais
e tecnológicos advindos da própria modernidade (ACOSTA E
VITALE, 2005).
Com o progresso da Revolução Industrial (século XIX
!& tt0U& $+& #!%$O^!+& ;)& (#$H$%Z)& ]=$#$7& 97Q!++)$9+1& )& Z)7!7&
foi trabalhar fora de casa, com as características adequadas:
S#9!W$U&)Hb!(9:9"$"!&!&$J#!++9:9"$"!N&&V&$&7-%Z!#&]=)-&!7&=$+$U&
como guardiã do que o homem não podia levar: emoção, afeto
!&S#$J9%9"$"!N&K9;Z$&$&79++P)&S-;"$7!;($%&"!&=-9"$#&")+&]%Z)+U&
em uma rigorosa divisão dos papéis sexuais, na família dita
(#$"9=9);$%&[&Q$9U&7P!&!&]%Z)+N&&T+&#!%$O^!+&S$79%9$#!+&!;(#!&Q$9+&
!& ]%Z)+U& ;$& S$7R%9$U& Q$++$#$7& $& +!#& "!];9"$+& Q!%$& $-()#9"$"!&
interna, o chefe de família, o pai.
O tema família, portanto, é um daqueles sobre os quais
()"$+&$+&Q!++)$+&(G7&-7$&)Q9;9P)N&V;(#!($;()U&Q$#$&Y-$%Y-!#&
9;"9:R"-)U&a&=)7Q%9=$")&"!%979($#&)&+9J;9]=$")&"$&Q$%$:#$&S$7R%9$&
e, ainda mais, reunir e expor de forma conceitual os aspectos
Y-!&$&!;:)%:!7&Q$#$&$%a7&"!&%9:#!+=$+&!&Q-#$+&"!];9O^!+N&
Nem sempre tal resposta é bem estruturada, mas,
geralmente, ela nos dá uma imagem, isto é, a representação do
que para nós é ou deveria ser uma família.
Não se tem conhecimento de nenhuma sociedade em que
não estivessem presentes modelos de organização familiar
em sua estrutura social. Mas, ao mesmo tempo, há uma forte
(!;"G;=9$& Q$#$& !`Q#!++$#7)+& ;)++$& =);=!QOP)& "!& S$7R%9$& $&
partir de um tipo ideal, de um modelo, de uma abstração que
=)##!+Q);"$& $)& qQ$"#P)& "!& ;)#7$%9"$"!u& Y-!& $& =);+=9G;=9$&
coletiva, conjunto de representações de uma sociedade, impõe
aos indivíduos, mesmo que não corresponda, em muitos casos,
$)&7)"!%)&)-&c&!`Q!#9G;=9$&"!&S$7R%9$&"$&Y-$%&S$W!7)+&Q$#(!N&
P +B.&J=E2=RHJQ
k)=G&=);Z!=!&)&=);=!9()&"!&S$7R%9$&")&2I*Vp&,!#X&Y-!&Y-$;")&
vemos os dados sobre família desse instituto sabemos exatamente
do que se trata? De acordo com orientação disposta no Manual
do SIAB, com base em orientação do IBGE (BRASIL, 1998),
S$7R%9$&Q)"!&+!#&"!]&;9"$&=)7)&q)&=);b-;()&"!&Q!++)$+U&%9J$"$+&
Q)#& %$O)+& "!& Q$#!;(!+=)U& "!Q!;"G;=9$& ")7a+(9=$& )-& ;)#7$+&
"!& =);:9:G;=9$U& Y-!& #!+9"!7& ;$& 7!+7$& -;9"$"!& ")79=9%9$#N&
Inclui empregado (a) doméstico (a) que reside no domicílio,
pensionistas e agregados.” Para que entenda mais sobre isso,
sugerimos a breve leitura do texto X & !()&*$N>,& !(& V%6W#$%&
4,*/$/(*-(& !,& HO5=M& 48$!%!,7& 6(-,!,#Y@$4,7& *(4(77F1$,7Z&
[ 2P=.\& S]]^_, que contextualiza esse conceito. Vale a pena
dar uma olhadinha... O texto está disponível na biblioteca do
curso.
107
Podemos, portanto, dizer que a entidade família é
"!& !`9+(G;=9$& 9;=);(!+(X:!%N& k!#9]&=$7)+U& =);(-")U& Y-!U&
independentemente da conceituação formal ou do sentido
!(97)%<J9=)&"$&Q$%$:#$U&$%J-;+&!%!7!;()+U&$)&%);J)&"$&!`9+(G;=9$&
"$&Z-7$;9"$"!U&9"!;(9]&=$7&-7&J#-Q)&S$79%9$#s
d& !+Q$O)& "!& $Q)9)& c& +)H#!:9:G;=9$& !& Q#)(!OP)& 9;(!J#$%& ")+&
]&%Z)+&!&"!7$9+&7!7H#)+1
d& espaço dos extremos da vida: do nascimento à morte,
:9:G;=9$&"$+&!7)O^!+&!&")+&$S!()+&!`(#!7)+1&
d& !+Q$O)& "!& =);o&9()& !& "!& ;!J)=9$OP)U& );"!& )+& +-b!9()+&
$Q#!;"!7&)&:9:!#&+$-"$:!%7!;(!&!7&+)=9!"$"!1
d& espaço de disponibilização de aportes afetivos e materiais
necessários ao desenvolvimento e bem-estar de seus
=)7Q);!;(!+1&
d& espaço de educação informal e apoio à educação formal,
podendo haver ou não absorção de valores éticos e
humanitários e aprofundamento de laços de solidariedade
(PRADO, 1986).
5!++$%($7)+&Y-!&ZX&"9S!#!;O$+&+9J;9]&=$(9:$+&!;(#!&$&S$7R%9$&
como instituição social e as formas de família existentes em
STS& 7&V8*Nf(7&!%&V%6W#$%
k!#9]=$7)+U&$++97U&Y-!&$&S$7R%9$U&=)7)&9;+(9(-9OP)&+)=9$%U&
varia em composição e comportamento, segundo determinantes
sociais, econômicos, políticos, religiosos ou ideológicos.
')"9]=$[+!U& $9;"$U& !7& S-;OP)& "$& localização territorial do
grupo social em que se insere e da época histórica considerada.
(ANDRADE, S. M. et. alNU&DEE?1&,2ikT&et. al., s/d).
Mesmo diante dessa diversidade de aspectos, Prado (1986)
9"!;(9]=$U&;$&$(-$%9"$"!U&=)7)&funções da família:
e& .(g8%#M atendimento das necessidades sexuais tornadas
lícitas através da institucionalização de uma união ou
109
casamento, que visa estabelecer um pai legal para os
]%Z)+1&
e& J(<1,!8-$/%M perpetuação da família e da sociedade
$(#$:a+&"$&"!+=!;"G;=9$1&&
e& =4,*h6$4%M garantia do sustento e proteção da prole,
estabelecendo a participação dos pais e a divisão e
)#J$;9W$OP)&")&(#$H$%Z)&!;(#!&)+&7!+7)+1&
e& .,4$%#$9%!,1%i&=!84%-$/%M transmissão de um conjunto
de hábitos, costumes e valores, assumindo, sobretudo,
o cuidado com as crianças, este reconhecido
universalmente como de extrema importância e de
responsabilidade da família.
É compreensível que a família, como primeira instituição
+)=9$%&=)7&$&Y-$%&)+&9;"9:R"-)+&(G7&=);($()U&H-+Y-!&+!&#!Q#)"-W9#&
em vários sentidos, através do processo de socialização, que
transmite os modos de agir, pensar e sentir próprios da ordem
social envolvente.
T& !"-=$OP)& ")+& ]%Z)+& a& -7& Q$Q!%& "!+!7Q!;Z$")& ($;()&
pelo pai como pela mãe e exercido de modos diversos e
complementares, sendo fundamentais à constituição da
9"!;(9]=$OP)&+)=9$%&"$&Q#)%!N&
Pode-se concluir, dessa forma, que a família assume, como
instituição educadora, duas funções especiais: a socializadora e
$&"!&9"!;(9]=$OP)&+)=9$%N&&T&Q#97!9#$&!+(X&"!+(9;$"$&$&(#$;+79(9#&
a herança sociocultural, ou seja, fornecer aos indivíduos, em
seus primeiros anos de vida, elementos como a língua, usos
e costumes, valores e crenças, construindo nas crianças e,
posteriormente, nos jovens, os comportamentos legítimos e
!+Q!#$")+& Q$#$& )& 9;J#!++)& ;$& +)=9!"$"!N& & vX& $& 9"!;(9]=$OP)&
social proporciona aos indivíduos a conquista de determinada
posição social ou status, na medida em que a família é, também,
produto da conformação de múltiplas identidades sociais:
étnicas, religiosas, políticas, educacionais, de classes etc.
111
Q$#!;(!+=)N& 3& 7)"!%)& "!& S$7R%9$& ;-=%!$#& Q)"!& +!#& :!#9]=$")&
em quase todas as formas de organização social, como forma
dominante ou como unidade complementar às famílias extensas
ou compostas. Entretanto, os padrões ocidentais de organização
familiar tendem a representar a família nuclear como o “tipo
ideal”.
V7& :9#(-"!& "$& 9;o-G;=9$& ")+& :$%)#!+& b-"$9=)[=#9+(P)+U& $&
monogamia, o costume ou prática social na qual ao indivíduo
(homem ou mulher) não é permitido possuir mais de um cônjuge,
é tida como a forma legítima, mesmo que os casos de unidades
familiares poligâmicas (consideradas desvios, formas estranhas
)-&97)#$9+0&o)#!+O$7&!7&+!-&7!9)N
Desse modo, a forma de unidade familiar nuclear não vai
$%a7&"$&q:9"$&")+&!+Q)+)+&Y-!&$&S-;"$#$7u&!&"$&q:9"$&")+&]%Z)+&
que nasceram do casamento deles”. Nas demais sociedades, o
modelo familiar nuclear está associado a distintas composições
de famílias múltiplas ou extensas, que são grupos de parentesco
mais amplos, incluindo mais do que apenas o casal e sua prole.
Todos os indivíduos tendem a passar por duas formas
de família natal-conjugal, que, em verdade, não apresentam
diferenças estruturais. Elas são diferenciadas do ponto de
vista do papel que os indivíduos ocupam na disposição de sua
hierarquia interna.
A família natal-conjugal primária é aquela em que o
9;"9:R"-)& ;$+=!& $++-79;")& $R& )& Q$Q!%& "!& ]%Z)N& vX& $& S$7R%9$&
natal-conjugal secundária corresponde à organização familiar
que advém da união entre indivíduos, dando origem a uma nova
família.
Deve-se lembrar, também, outra terminologia empregada
em estudos sociológicos e antropológicos para designar as duas
variações deste modelo: “família de origem” (equivale à família
de nossos pais) e “família de reprodução” (originada pela união
!;(!&")9+&9;"9:R"-)+&$"-%()+&!&)+&]%Z)+&"!=)##!;(!+&"$&7!+7$0N&
Essas famílias não apresentam nenhuma dessemelhança
jTk&R1%*7V,16%Nf(7&!%&V%6W#$%&4,*-(6<,1l*(%T
113
7!+7)U&Q)9+&7-9($+&:!W!+&=%$++9]=$7)+&)&"9S!#!;(!&=)7)&desvio
do normal, isto é, dos padrões que aprendemos a utilizar desde
cedo para dar sentido à realidade a nossa volta.
Não é diferente com o fenômeno social que denominamos
famíliaN& T=)+(-7$")+& $& 9"!;(9]=$#& =)7)& S$7R%9$& )& J#-Q)& "!&
Q!++)$+& S)#7$")& Q)#& Q$9[7P![]%Z)+U& (!;"!7)+& $& =);+9"!#$#&
como anormais muitas situações que não se enquadram nesse
modelo.
A seguir, apontaremos alguns eixos de discussão a partir
")+&Y-$9+&Q)"!#!7)+&(!#&-7&Y-$"#)&"!&#!S!#G;=9$&Q$#$&7!%Z)#&
abordarmos as transformações contemporâneas da família. O
objetivo não é esgotar um tema tão vasto e complexo em tão
poucas páginas, mas apenas apresentar algumas questões.
Frequentemente, ouvimos que a família é a “célula” da
sociedade, isto é, o grupo fundamental, aquele que é a “base
de tudo”. Além disso, família e “lar” são associados a uma
situação de aconchego, segurança, acolhimento e proteção.
4);(-")U& ($7Ha7& =)7& S#!Y-G;=9$U& ;P)& +P)& !`$($7!;(!& !++!+&
valores e práticas que podemos observar na realidade social
contemporânea. Vejamos alguns exemplos e considerações.
115
contemporâneas, é necessário levarmos em consideração que
!%$+& +P)& S#-()& ")& =#-W$7!;()& "!& Q!%)& 7!;)+& (#G+& S!;j7!;)+&
distintos:
1. A presença de uma concepção tradicional de família,
herança do modelo patriarcal de família dominante
"-#$;(!&7-9()&(!7Q)&;)&I#$+9%1&
2. Os processos de urbanização e de industrialização,
intensos no Brasil desde os anos 50 em diante, que
geraram uma sociedade moderna, mas fortemente
7$#=$"$&Q!%$&"!+9J-$%"$"!&+)=9)!=);j79=$1&
3. A disseminação de valores associados a uma cultura de
individualismo típica das sociedades capitalistas.
Para avaliar melhor os impactos desses fenômenos, é
necessário levar-se em consideração que a família é entendida
como uma das principais instituições mediadoras da relação entre
indivíduo e sociedade. Logo, as transformações contemporâneas
pelas quais ela passou e tem passado podem ser compreendidas
analisando-se as mudanças das %&'!()&* sociais em dois vínculos
– indivíduo-família/família-sociedade.
Se a família permanece até hoje em dia, como tem sido há
muito tempo, uma instância primária e básica de socialização
dos seres humanos dentro de cada sociedade, por outro lado, é
inegável o seu deslocamento como centro aglutinador de direitos
e deveres, a partir de um longo processo de individualização da
pessoa.
Em outras palavras, o indivíduo passa, nos tempos atuais,
a dividir com a família a posição de célula e base da sociedade.
2+()& ;P)& +9J;9]=$& Y-!& $& ;)OP)& "!& 9;"9:R"-)& +-H+(9(-9-U& )-&
algum dia substituirá, por completo, a família enquanto
base da sociedade. O que há, hoje em dia, é um aumento da
complexidade das relações sociais, derivado da extensão do
leque das possibilidades de estilos de vida familiar.
Retornemos rapidamente ao Brasil do século XIX para
melhor entender esse processo contemporâneo.
117
autoridade paternal no âmbito doméstico.
Sendo assim, internamente, a família é ainda, muitas
vezes, vista (e na maior parte das vezes constituída) como um
“grupo hierárquico”. Ela é organizada a partir de “um padrão
de autoridade patriarcal” (homem como “chefe-da-família”,
9+()& aU& =)7)& $Y-!%!& Y-!& (!7& Q#!=!"G;=9$& +)H#!& 7-%Z!#& !&
]%Z)+0U& =)7H9;$")& =)7& -7$& $-()#9"$"!& J!#$=9);$%& 9;"9=$"$&
Q!%$&9"$"!&.Q$9+&+)H#!&]%Z)+U&Q#9;=9Q$%7!;(!0&)-U&Q!%)&7!;)+U&
respeito geracional (dos mais novos para com os mais velhos),
embora o parágrafo 5º do Art. 226 da Constituição estabeleça
que “os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são
exercidos igualmente pelo homem e pela mulher” (Brasil, 1988,
pg. 147).
A divisão sexual do trabalho reforça a posição do homem
como “provedor do lar” e a mulher como “dona-de-casa”.
Assim, o homem é o chefe da família, enquanto a mulher é
a chefe da casa, isto é, aquela que conhece melhor a casa
e, portanto, tem condições de tomar as decisões principais.
Mas, ao mesmo tempo, encontra-se abaixo da autoridade do
homem. A autoridade feminina está, normalmente, fortemente
:9;=-%$"$&c&]J-#$&+97H<%9=$&"$&q7P!uN&
O fundamento da autoridade masculina reside em sua
função +&,#!,-%!./ homem como o elo entre o mundo ‘interno’
"$& S$7R%9$& !& )& 7-;")& z!`(!#;){_& !& "%-0&,-%!. /. (responsável
Q!%)&+-+(!;()&!&+)H#!:9:G;=9$&!=);j79=)[7$(!#9$%&"$&S$7R%9$0N
As transformações socioeconômicas, políticas e jurídicas
pelas quais a sociedade brasileira passou ao longo do século XX
envolveram também, é claro, a família.
A imagem tradicional da mulher como mãe/esposa/dona-
"![=$+$& +!& $%(!#$U& $++97& =)7)U& Q)#& =);+!Y-G;=9$U& $& Q#<Q#9$&
imagem do homem como “chefe-de-família-provedor do lar”.
4);(-")U& 9+()& ;P)& +9J;9]=$& )-& ;P)& 97Q%9=$& $& +-Q!#$OP)& ()($%&
dessas visões e dos valores e imagens a elas associadas.
O que há, mais propriamente, é uma ,#0&%*#1 !(2- tanto das
119
P +B.&. O=J&+ H.Q
121
social. Essa rede inclui parentes fora do núcleo doméstico (tios,
avós, primos etc.), compadrio, vizinhança e, é claro, o próprio
poder público.
jTU&P8#*(1%:$#$!%!(7
123
}-$"#)&?[&2;"9=$")#!+&"!&$-+G;=9$&"!&:-%;!#$H9%9"$"!&"!&S$7R%9$+
k?[&\!;Z-7$&7-%Z!#&(!:!&]%Z)&;$+=9")&:9:)&;)&
último ano.
Fecundidade
kD&[&\!;Z-7$&7-%Z!#&(!:!&]%Z)&;$+=9")&:9:)&;)+&
últimos dois anos.
k|&C&T-+G;=9$&"!&=#9$;O$
-(*N>,& (& 48$!%!,7& (7<(4$%$7& 4,6&
kn[&T-+G;=9$&"!&=#9$;O$&)-&$")%!+=!;(!
41$%*N%7\&%!,#(74(*-(7&(&L,/(*7
kl&[&T-+G;=9$&"!&=#9$;O$U&$")%!+=!;(!&)-&b):!7
E,*-(M& 4,7-%n&P$-%#(\&S]]^T
P$,#p*4$%&$*-1%V%6$#$%1
F!+($=$[+!&Q)#&+-$&$%($&S#!Y-G;=9$N&K#$($[+!&"!&-7&(9Q)&"!&
agressão em que os atos, gestos e palavras violentas acontecem
!;(#!&7!7H#)+&"!&-7$&7!+7$&S$7R%9$N&V++!&(9Q)&"!&:9)%G;=9$&
tende a se manter pela impunidade dos ofensores, pela
9;!]=9G;=9$& "!& Q)%R(9=$+& Q8H%9=$+& !& 9;!]=X=9$& "$+& Q#X(9=$+& "!&
9;(!#:!;OP)&!&Q#!:!;OP)N&'$;(a7[+!U&($7Ha7U&=)7&)&+9%G;=9)&
"$& :R(97$U& =-b$& Q$%$:#$& a& =);]+=$"$& Q!%)& $J#!++)#& $(#$:a+& "!&
ameaças, com a cumplicidade silenciosa dos demais parentes
não agressores, que fecham os olhos e se omitem de qualquer
atitude, seja de proteção à vítima, seja de denúncia do agressor
!& =)7& )& +9%G;=9)& ")+& Q#)]++9);$9+& Y-!U& !7& ;)7!& "$& a(9=$& !&
")& +9J9%)& Q#)]++9);$%U& 7-9($+& :!W!+& +!& #!S-J9$7& ;-7$& $(9(-"!&
"!S!;+9:$U&;!J$;")&)-&79;979W$;")&)+&!S!9()+&"$&:9)%G;=9$N
P$,#p*4$%&7(g8%#
K#$($[+!& "!& -7$& S)#7$& "!& :9)%G;=9$& Y-!& !;:)%:!& Q)"!#U&
coação e/ou sedução. O abuso sexual infantil é frequentemente
praticado sem o uso da força física e não deixa marcas visíveis,
125
)&Y-!&"9]=-%($&$&+-$&=)7Q#):$OP)U&Q#9;=9Q$%7!;(!&Y-$;")&+!&
trata de crianças pequenas. No entanto, mesmo sem deixar
7$#=$+&!&+9;$9+&SR+9=)+U&a&7-9()&J#$:!U&"!:9")&c+&=);+!Y-G;=9$+&
emocionais para suas vítimas.
O abuso sexual pode variar de atos que envolvem contato
sexual com ou sem penetração a atos em que não há contato
sexual, como o 0-:&5%#*+-, o exibicionismo e a produção de
7$(!#9$%&Q)#;)J#X]=)N
V++$&Q#X(9=$&+-Q^!&-7$&"9+S-;OP)&!7&(#G+&;R:!9+s&)&Q)"!#&
exercido pelo mais forte (adulto) sobre o mais fraco (criança,
$")%!+=!;(!01&$&=);]$;O$&Y-!&)&Q!Y-!;)&."!Q!;"!;(!0&(!7&;)&
J#$;"!&.Q#)(!()#01&!&)&-+)&"!%9;Y-!;(!&"$&+!`-$%9"$"!U&)-&+!b$U&
o atentado ao direito que todo indivíduo tem de propriedade
sobre seu corpo. Entre os parentes envolvidos em abuso sexual
intrafamiliar, o pai e o padrasto são os maiores ofensores. O
$H-+$")#&J$#$;(!&)&+9%G;=9)&"$&:R(97$&-(9%9W$;")[+!&"!&Q#)7!++$+U&
chantagens, ameaças, uso da autoridade ou da própria situação
de cumplicidade presente nas relações familiares.
O abuso sexual é um fenômeno complexo e difícil de
enfrentar por parte de todos os envolvidos. É difícil para o
abusado e para a família, pois a denúncia do segredo escancara
$&:9)%G;=9$&Y-!&)=)##!&"!;(#)&"$&Q#<Q#9$&S$7R%9$N&&T&:R(97$&:9:!&
-7$&+9(-$OP)&(#$-7X(9=$&!&=);o9(-)+$U&(!7&#$9:$&"$&7P!&Q)#&
;P)&Q#)(!JG[%$&!&(!7&7!")&"!&=);($#U&Q)9+&=)##!&)	+=)&"!&+!#&
desacreditada, insultada, punida ou até afastada de casa sob a
acusação de destruir a harmonia e a unidade familiar.
A mãe, por sua vez, também vive uma situação de muita
confusão e ambiguidade, diante da suspeita ou constatação
"!& Y-!& )& =)7Q$;Z!9#)& $H-+$& +!`-$%7!;(!& "$.)0& ]%Z$.)0N&
Frequentemente nega os indícios e recusa-se em aceitar a
realidade. Vive sentimentos ambivalentes em relação a(o)
]%Z$.)0s&$)&7!+7)&(!7Q)&!7&Y-!&+!;(!&#$9:$&!&=987!U&+!;(![
+!& =-%Q$"$& Q)#& ;P)& Q#)(!JG[%$.)0N& & r& "9SR=9%& ($7Ha7& Q$#$& )+&
Q#)]++9);$9+&Y-!&7-9($+&:!W!+&;P)&+$H!7&=)7)&$J9#&"9$;(!&")&
0,6,&$*-(1/$1&*%7&7$-8%Nf(7&!(&/$,#p*4$%q
3&(#$H$%Z)&=)7!O$&=)7&$&9"!;(9]&=$OP)&")&Q#)H%!7$&Q!%)+&
Q#)]&++9);$9+& )-& Y-$%Y-!#& =9"$"P)& ~& "!;8;=9$& "$& +-+Q!9($& )-&
=);]$OP)&")&$H-+)&$)&4);+!%Z)&K-(!%$#&~&!&!;=$79;Z$7!;()&
"$& S$7R%9$& Q$#$& (#$($7!;()N& T& 9;"9=$OP)& (!#$QG-(9=$& 7$9+&
$"!Y-$"$&;)+&=$+)+&"!&:9)%G;=9$&a&$Y-!%$&Y-!&%9"$&=)7&()")&)&
grupo familiar, inclusive com o agressor. A complexidade dos
Q#)=!++)+&!;:)%:9")+&;$&+9(-$OP)&"!&:9)%G;=9$&"!;(#)&"$&S$7R%9$&
!`9J!&-7$&$H)#"$J!7&7-%(9"9+=9Q%9;$#&Y-!&9;(!J#!&)+&(#G+&(9Q)+&
"!&9;(!#:!;OP)s&Q-;9(9:$U&Q#)(!()#$&!&(!#$QG-(9=$N
3& Q#)]&++9);$%& "!:!& S$:)#!=!#& !& 9;=9($#& $& #!:!%$OP)& "$&
:9)%G;=9$U& Q#)=!"97!;()& Y-!& Q!#79(!& #!(9#$#& $& :R(97$& "!&
situações perturbadoras, traumatizantes e evitar graves
=);+!Y-G;=9$+&+)H#!&$&+$8"!&7!;($%N&
k)=G&(!:!&$&)Q)#(-;9"$"!&"!&=);Z!=!#&!+(!+&=);=!9()+&;)&
módulo de vigilância em saúde.
P +B.&J=E2=RHJQ
127
com o artigo 13 da Lei nº 8.069/1990 – Estatuto da Criança e do
Adolescente.
|N?ND&/+)&;)=9:)&!&"!Q!;"G;=9$&"!&"#)J$+&%R=9($+&!&9%R=9($+
jTS&H*r8p*4$%7&(&r8g,&!(&(7-1(77(7
129
!+(P)& +)H& 9;o-G;=9$& "$& S$7R%9$& !`(!;+$& )-& $7Q%9$"$& [& (9)+U&
primos, avós, bisavós etc. Carter e McGoldrick (1995) sugerem
que a família compreende o sistema emocional de pelo menos
(#G+U&c+&:!W!+U&Y-$(#)&J!#$O^!+N
T&S$7R%9$&!`(!;+$U&97!"9$($U&!&)&9;"9:R"-)&+P)&9;o-!;=9$")+&
Q!%$&=)7-;9"$"!&.H$9##)U&=9"$"!01&!&!+(!+&()")+&(G7&$&+)=9!"$"!&
!7& Y-!& :9:!7& 9;o-!;=9$;")& $& ()")+& .=9"$"!U& !+($")U& Q$R+0N&&
F$"$&$&J%)H$%9W$OP)U&ZX&"!&+!&Q!;+$#&;$&9;o-G;=9$&")+&)-(#)+&
países e continentes.
M)#9W);($%7!;(!U& $+& 9;o-G;=9$+& +P)& q97Q#!:9+R:!9+u&
ou decorrentes do desenvolvimento “natural” da família, ou
seja, as relacionadas ao ciclo de vida da família, com os vários
estágios pelos quais geralmente passam. Mais frequentemente,
na transição desses estágios, podem aparecer problemas,
!`$($7!;(!& Q!%$& "9]=-%"$"!& !7& +!& %9"$#& =)7& $+& !`9JG;=9$+&
"!&=$"$&;):$&+9(-$OP)N&T+&9;o-G;=9$+& 97Q#!:9+R:!9+U&S$()+&Y-!&
Q)"!7& $=);(!=!#& "-#$;(!& $& :9"$& !& J!#$#& "9]=-%"$"!+& Q$#$& $&
família, podem ser: migração, morte prematura, doenças
crônicas, acidentes, desemprego, entre outros. Também os
!:!;()+& Z9+(<#9=)+& Q)"!7& 9;o-!;=9$#& ;$& Y-$%9"$"!& "!& :9"$& !&
manutenção da saúde das famílias e indivíduos, como guerras e
desastres naturais.
KW/($7&.$7-p6$4,7
E,*-(M& !%<-%N>,&!(&0%1-(1&(&+4&5,#!1$4C\&U`a`
131
Por isso, nas transformações contemporâneas da família, o
Q#<Q#9)&Q)"!#&Q8H%9=)U&;$&]J-#$&"!&+!-+&#!Q#!+!;($;(!+U&Q$++$&
a fazer parte também da esfera de convívio mais direto das
famílias.
'$+& Y-$%& $& 97Q)#(L;=9$& "9++)& (-")& Q$#$& -7& Q#)]++9);$%&
da saúde que vai a campo, fazendo parte da ESF? O impacto
principal dos padrões e valores que portamos, nesse caso, incide
+)H#!&$&9"!;(9]=$OP)&"!&problema. O que é um problema social?
k)=G&bX&+!&Q!#J-;()-&9++)p&
Normalmente, quando somos indagados a respeito de
“problemas sociais”, tendemos a apontar exemplos, a fazer
uma lista daqueles problemas que chamam nossa atenção:
Q)H#!W$U& :9)%G;=9$U& (#X]=)& "!& "#)J$+U& "9:<#=9)+U& +!Q$#$O^!+U&
recasamentos, mortes na família, nova divisão de trabalho entre
sexos, alcoolismo e outras doenças (especialmente relacionadas
à saúde mental), desemprego, crise política, social, econômica
e psicológica etc.
4);(-")U&"9]=9%7!;(!&Q$#$7)+&Q$#$&Q!;+$#&;)&Y-!&a&-7&
problema social para nós, pois isto implica o questionamento de
;)++)+&Q#<Q#9)+&Q$"#^!+&"!&=%$++9]=$OP)&"$&#!$%9"$"!U&9+()&aU&"$&
nossa noção de “normalidade” e moralidade.
É necessário ter um entendimento amplo dessas
problemáticas sociais, que não são simplesmente problemas
morais, isto é, de desvio de um padrão considerado “o mais
correto”, mas também como fenômenos condicionados por
processos estruturais mais profundos que envolvem a vida em
sociedade e impactam negativamente sobre esse grupo social
que chamamos “família”.
Se lar e família não são, sempre e necessariamente,
espaços de proteção, tornando-se não raramente espaços de
=);o9()&!&:9)%G;=9$U&!&+!&9++)&)=)##!&;P)&+)7!;(!&Q)#&Y-!+(^!+&
morais, mas também devido a transformações mais gerais da
sociedade, então a “desestruturação da família” não é tão
somente um problema social, mas um problema muito mais
133
Assim sendo, é necessário o reconhecimento do contexto
social da comunidade adscrita à equipe de saúde da família,
buscando principalmente conhecer:
d& $&Z9+(<#9$&"$&=);+(9(-9OP)&"$&=)7-;9"$"!1
d& a organização social e aos movimentos sociais existentes
;)&H$9##)1
d& as entidades representativas da comunidade e as
%9"!#$;O$+&=)7-;9(X#9$+1
d& os serviços públicos do bairro: educação, saúde,
+!J-#$;O$&!&$++9+(G;=9$&+)=9$%U&!;(#!&)-(#)+1
d& os equipamentos sociais: escolas, igrejas, espaços de
%$W!#U&!;(#!&)-(#)+1
d& as áreas de risco ambiental e social.
T&9"!;(9]=$OP)&"!&S$()#!+&"!	+=)+U&+9(-$O^!+&"!&:9)%G;=9$U&
vulnerabilidades e potencialidades das famílias, pode ser
o elemento desencadeador para que haja, por parte destas,
capacitação para enfrentamento dessas situações.
V++$&=)7Q#!!;+P)&+9J;9]=$&+!7Q#!&)H+!#:$#&$&"9;$79=9"$"!&
das relações sociais e o papel de cada membro dentro de cada
família, assim como o papel de cada família na comunidade,
visualizando-se suas heterogeneidades.
Promover saúde na família relaciona-se, portanto,
inseparavelmente, às ações que visam garantir uma boa
qualidade de vida às pessoas em geral, assegurando-lhes um
direito que as torna de fato cidadãs, e é disso que passaremos
a falar a partir de agora.
jTj& 7&(-%<%7&<%1%&7(&-1%:%#;%1&4,6&V%6W#$%7
Avaliação
O próximo passo é analisar a família, como ela funciona,
quais são suas crenças, como ela entende a doença, como
ela lida com a doença ou com os fatores que possam gerar
!+(#!++!N&>$#$&9+()U&:)=G&"!:!&$Q%9=$#&$+&S!##$7!;($+&Y-!&:P)&
+!#&$Q#!+!;($"$+&;$&+!Y-G;=9$N&T&Q$#(9#&")&#!=);Z!=97!;()&"$&
dinâmica familiar, será construído um plano de ação, junto à
mesma, que respeite seus limites e crenças para resolver um
problema que ela apresente. Procure respeitar a hierarquia
familiar, não apoie este ou aquele membro da família, pois
!+(!+& 7!7H#)+&Q)"!7& (!;($#& (#9$;J-%$#& =)7&)&Q#)]++9);$%&;$&
intenção de buscar aliados externos que reforcem sua posição
no grupamento familiar.
135
Educação em Saúde
Educar em saúde implica aproveitar sempre as
oportunidades para incentivar a família à adoção de hábitos
saudáveis, através da troca de saberes sobre o processo saúde-
doença e pelo incentivo ao autocuidado. Para que essas noções
"!&$-()=-9"$")&+!b$7&!]=$W!+U&=);+(#-9#&)+&=);=!9()+&b-;()&c&
família a partir de seus conhecimentos, crenças e costumes é
fundamental. Se a família acredita, por exemplo, que a comida
(!7&Y-!&(!#&7-9($&J)#"-#$&Q$#$&+-+(!;(X[%)+U&;P)&a&)&+-]=9!;(!&
:)=G& "9W!#& Y-!& $& J)#"-#$& "!:!& +!#& #!(9#$"$& ")& Q#!Q$#)& ")+&
alimentos. É preciso, inicialmente, desconstruir este conceito,
considerando os saberes da família e, a partir daí, elaborar
junto com ela um cardápio mais saudável, explicando as razões
para se mudar o hábito de comer alimentos gordurosos. Desta
forma a adesão será facilitada.
Voce teve oportunidade de se apropriar dos conceitos de
Eduacação em Saúde no último módulo.
E%4$#$-%N>,
Este item deve ser trabalhado no grupamento familiar,
por meio da facilitação da comunicação entre seus membros.
>$#$&Y-!&9+()&+!b$&Q)++R:!%U&:)=G&Q#!=9+$&=);Z!=!#&$&Z9!#$#Y-9$&
familiar e como se dá a comunicação entre seus membros.
T& ]7& "!& 7$;(!#& +!-+& Q$Qa9+& "!;(#)& ")& J#-Q)U& -7& )-& 7$9+&
membros pode exercer controle da estrutura, impedindo a
adequada comunicação. Isto leva a bloqueios de comunicação
que podem ser a base das situações de estresse dentro da
S$7R%9$N&T)&9"!;(9]=$#&!++!+&H%)Y-!9)+U&)&Q#)]++9);$%&"!&+$8"!&
tem condições de atuar junto à família, facilitando os processos
de comunicação. Aberto esse canal de comunicação entre os
membros da família, é possível abordar temas que nela geraram
a doença.
137
SEÇÃO 4 - TECNOLOGIAS PARA A ABORDAGEM AO INDIVÍDUO,
FAMÍLIA E COMUNIDADE
kTU& 4,#;$6(*-,
P +B.&J=E2=RHJQ
4)7)&:)=G&:9:!;=9$&$&!`Q!#9G;=9$&")&$=)%Z97!;()p&&T;)(!&!7&
+!-& Q)#(S<%9)& +-$& !`Q!#9G;=9$U& #!J9+(#$;")& Q);()+& Q)+9(9:)+& !&
negativos. Para saber mais, acesse o site www.humanizasus.
gov.br e acesse o caderno “Acolhimento nas Práticas de Saúde”.
139
P +B.&J=E2=RHJQ
4)7)&:)=G&!&+-$&!Y-9Q!&"!+!;:)%:!7&$&:9+9($&")79=9%9$#p&4)7)&
:)=G&9"!;(9]&=$&$=)%Z97!;()&!&q!+=-($&Y-$%9]&=$"$u&!7&+-$&:9+9($&
domiciliar? Registre suas conclusões em seu portfólio.
kTj&0,*78#-%
P +B.&J=E2=RHJQ
kTk&R1%:%#;,&4,6&@18<,7&
141
4.4.2 Método da Roda
T+&S!##$7!;($+&"!&$H)#"$J!7&S$79%9$#&(G7&Q)#&)Hb!(9:)&)&
diagnóstico do indivíduo e sua família, sendo aplicadas segundo
suas necessidades apresentadas.
T)&];$%&"!+($&+!OP)&:)=G&"!:!&!+($#&$Q()&$s
d& Aplicar as ferramentas de diagnóstico familiar.
^TU&5(*,@1%6%
lN?N?&_&5!J#$+&Q$#$&!%$H)#$OP)&")&J!;)J#$7$
143
=)7)&$&S$7R%9$&+!&#!%$=9);$U&=)7)&#!$J!7&S#!;(!&$&"9]=-%"$"!+&
e stress, por exemplo.
Segundo Freitas e De La Revilla, citados por Fernandes
e Curra (2006), regras básicas precisam ser observadas na
construção do genograma, como:
d& +97H)%)J9$&Q$"#P)1
d& #!Q#!+!;($OP)&"!&Q!%)&7!;)+&(#G+&J!#$O^!+1
d& 9;R=9)&=)7&$&#!Q#!+!;($OP)&")&=$+$%&!&+!-+&]%Z)+1
d& 9;"9=$OP)&")&=9=%)&:9($%&"$&S$7R%9$1
d& #!Q#!+!;($OP)&"$+&#!%$O^!+&S$79%9$#!+1
d& 9;"9=$OP)&")+&S$()#!+&!+(#!++)#!+1
d& =#);)%)J9$& "!& 9"$"!& _& ")+& 7$9+& :!%Z)+& Q$#$& )+& 7$9+&
novos.
Segundo essas mesmas autoras, o genograma deve conter
(#G+&;R:!9+&"!&9;S)#7$OP)s
1. K#$O$")&"$&!+(#-(-#$&S$79%9$#1
2. 5!J9+(#)&"!&9;S)#7$O^!+&+)H#!&$&S$7R%9$1
3. Descrição das relações familiares.
lN?ND&_&4);+(#-9;")&)&(#$O$")&"$&!+(#-(-#$&S$79%9$#
.u+OB2B.&'B&5=KB5J +
CLIENTE LIGAÇÃO
ENTREVISTADO SANGUÍNEA
LIGAÇÃO
HOMEM
NÃO-SANGUÍNEA
LIGAÇÃO
MULHER
DISTANTE
LIGAÇÃO
ABORTO
ESTREITA
ÓBITO SEPARAÇÃO
LIGAÇÃO
CASAL COM FILHOS
CONFLITUOSA
ADOÇÃO PARA
GÊMEOS DENTRO DA
FAMÍLIA
ADOÇÃO PARA
GÊMEOS IDÊNTICOS
FORA DA FAMÍLIA
LINHA CONTÍNUA
INDICANDO
INDIVÍDUOS QUE
VIVEM JUNTOS
145
.H52 .&' .&G RB2B5H .&Bc&0BK'Hwx=.&+ H.&EJ=vc=KR=.
DOENÇA / ACIDENTE DE
") OSTOMEA 0&)
TRABALHO
ATRASO NO DESENVOLVIMENTO
") (2' ATIVIDADE DE DOENÇA BUCAL ADB
NEUROPSICOMOTOR
E,*-(M&.=.\&+5T
?9@9A!B!C7(#-%!1%#,3&7"&!%!.+#%.&('(D
?9@9?!BC7(8!(!1%#3&"O7")6%!-%!.+#%.&('(D
E+.7#-%!S+O+8%!UVWWXY4!%!.+#%.&('(!5+&'"3+!(%!5&%0,,"%#(8!
147
1%#Z+1+&! %! "#-";F-7%! +'! ,+7! 1%#3+I3%! $('"8"(&! +! (! "#[!7P#1"(!
-(!$('F8"(!+'!,7(!;"-(>!1%#Z+1+&!(,!-%+#)(,!'(",!$&+\7+#3+,!
na família e o padrão de repetição das mesmas, possibilitando
()*+,! +$+3";(,! -+! 5&%'%)6%! -+! ,(J-+! #%,! ,+7,! -+,1+#-+#3+,>!
conhecer e explorar junto aos familiares suas crenças e padrões
de comportamento. Tem valor não só diagnóstico, como também
3+&(5P73"1%9! ]4! 0!#(8'+#3+4! (;(8"(! (3Q! \7+! 5%#3%! %! 5(-&6%! -+!
relacionamento é saudável ou funcional, ou se contribui para o
adoecimento dos seus membros.
Vamos iniciar observando uma situação bastante frequente,
hoje em dia, à qual chamaremos “a família de Mariana”.
1"&034
R(&"(#(4!-+!@A!(#%,4!Q!0!8Z(!-+!R(&1%,!+!E(#-&(4!(37(8'+#3+!
,+5(&(-%,9!R(&"(#(!3+'!3&P,!"&'6,4!^8/;"(!U_VY4!S+#(3(!U_@Y!+!
N(78(!UV`Y4!\7+!,6%!0!8Z(,!-%!,+7!5("4!R(&1%,4!1%'!KQO%&(4!-+!
quem já se separou há tempos. Marcos, atualmente, mora
com sua mãe viúva, Ester (80). Mariana mora com sua mãe e
Fernando, segundo marido de sua mãe, em uma união estável.
Dessa relação, nasceram Ricardo (7) e Cláudia (6). Fernando,
5%&!,7(!;+H4!-%!1(,('+#3%!1%'!a/3"(4!3+'!%,!0!8Z%,!^+8"5+!U@AY!
e Fernanda (15). E então, Felipe e Fernanda são irmãos da
Mariana?
b('%,!;+&!%,!&+.",3&%,!$%3%.&/0!1%,!-+,,(,!5+,,%(,9!
$567893:3;3/<=8<><?@9ABC3D<37E93FC?G36789ABC3H9E5I598J
$567893K3;3.<?C689E93D93H9ELI593D<3'9859?9J
149
c%'5(&+!%!.+#%.&('(!-(!0!.7&(!1%'!(,!"#$%&'()*+,!,%O&+!
a família de Mariana, nossa pessoa índice.
1. Marcos (1955 – 56 anos) foi casado com Débora (1958 –
?_!(#%,Y4!1%'!\7+'!3+;+!(,!3&P,!0!8Z(,!^8/;"(!U@dX`!e!__!
anos), Renata (1979 – 34 anos) e Paula (1982 – 29 anos),
que vivem com a mãe.
2. Marcos (1955 – 56 anos), após separação de Débora,
1(,%72,+!1%'!E(#-&(4!1%'!\7+'!3+;+!(!0!8Z(!R(&"(#(!
(1997 – 14 anos), nossa pessoa-índice (PI), que queixa-
se de crises reentrantes de asma (ASMA). Separou-se
-+! E(#-&(4! 1%'! \7+'! 3+'! &+8()*+,! 1%#[!"37%,(,9! f!
genograma mostra sua mãe Ester (1931 – 80 anos),
com quem mora e tem relação próxima. Ester tem
-+0!1"P#1"(!(7-"3";(!UK]^:GKY!+!K"(O+3+,!UKM:Y9!E+7!5("!
(1932 - 2009) faleceu com 77 anos.
3. Sandra está casada com Fernando (1965 – 46 anos), com
\7+'! &+8()6%! '7"3%! +,3&+"3(! +! -%",! 0!8Z%,! 5+\7+#%,g!
Ricardo (2004 – 7 anos) e Cláudia (2005 – 8 anos).
4. Kátia é ex-mulher de Fernando, com quem teve os
0!8Z%,! ^+&#(#-(! U@ddW! e! V@! (#%,Y! +! ^+8"5+! U@dd@! e! VW!
anos).
%CI@<EC>3S3=<867?@939?@<85C8T3'9859?93R358EB3D<3$<I5=<3
<3 $<8?9?D9N3 U3 E95>3 HMF5I3 FCE=8<<?D<83 9>3 8<I9AV<>3
H9E5I598<>3?C3MIW7E3D<3HC@C689G39>3C73?C36<?C689E9N
%"'0&3/#$,#)!/X
C7(8!%!1%#1+"3%!-+!$('F8"(!\7+!;%1P!$%&'(&"(!(!5(&3"&!-(!$('F8"(!
de Mariana?
151
Figura 4: Ecomapa da família de Sílvia
Igreja
Serviço
de Saúde Serviço
Social
Trabalho
Jair Rosa
51 48
Família
Silvia Jair Carlos
da Rosa
7 15 17
Amigo
Recreação
Escola
$C?@<T325I5@@<85Z34[[[J
YJK3#>@M65C>3?C315FIC3D<3%5D9
153
Logo, conhecer o estágio do ciclo de vida em que a
família está ajuda-nos a construir com ela mecanismos para seu
enfrentamento, tornando a passagem pelos diversos ciclos mais
natural.
:,!$('F8"(,!3P'!%,!,+7,!1"18%,4!"#[7+#1"(#-%2,+!'737('+#3+!
no viver do seu dia-a-dia, quando ocorre uma série de eventos
previsíveis como resultado das mudanças em sua organização.
É importante ressaltar que não se pode ignorar o contexto
social, econômico e político e seu impacto sobre as famílias nas
diferentes fases do ciclo de vida, em cada momento na história.
:!'7-(#)(!-%,!1"18%,!Q!'(&1(-(!5%&!+;+#3%,!,".#"01(3";%,!
que transformam a estrutura da família, fazendo surgir novas
tarefas a serem cumpridas em cada etapa. O não cumprimento
dessas tarefas pode comprometer o seu funcionamento. Cabe
(%!5&%0,,"%#(8!%!-"(.#T,3"1%!+!%!(7IF8"%!=!$('F8"(!#(!3&(#,")6%!
entre as diferentes fases do ciclo.
c%'%! ;"'%,4! %! -+,+#;%8;"'+#3%! Q! 7'(! -(,! "#[7P#1"(,!
horizontais que ocorre durante a vida das famílias. Tal
desenvolvimento é entendido como a constituição de um ciclo,
-";"-"-%!+'!+,3/."%,9!c(-(!+,3/."%!3+'!,7(,!3(&+$(,!+,5+1F01(,4!
isto é, demandas que o indivíduo tem que realizar para que possa
viver com qualidade e passar de forma saudável para o próximo
estágio da vida. É na transição desses estágios que geralmente
(5(&+1+'! -"0178-(-+,! (,! \7(",! 5%-+'! ,+! 3&(#,$%&'(&! +'!
problemas, se a família não conseguir realizar adequadamente
as suas tarefas.
Os estágios do ciclo de vida familiar estão listados a seguir:
1. i%;+#,!(-783%,!,%83+"&%,!,("#-%!-+!1(,(>
2. :!7#"6%!#%!1(,('+#3%g!(!#%;(!$('F8"(>
3. ^('F8"(,!1%'!08Z%,!5+\7+#%,>
4. ^('F8"(,!1%'!08Z%,!(-%8+,1+#3+,>
5. j(#)(#-%!%,!08Z%,!+!,+.7"#-%!+'!$&+#3+>
6. Famílias no estágio tardio de vida.
Com a crise no mundo do trabalho, famílias veem-se abaladas
155
:;(#)%!+'!-"&+)6%!=!"#-+5+#-P#1"(!0#(#1+"&(9
:,! -"0178-(-+,! #+,,+! +,3/."%! 5%-+'! %1%&&+&! \7(#-%! %!
<%;+'!+k%7!%,!5(",!3P'!-"0178-(-+!5(&(!3+&'"#(&!(!&+8()6%!-+!
"#3+&-+5+#-P#1"(!\7+!+I",3+4!+!%!<%;+'!#6%!1%#,+.7+!(;(#)(&!
#(! 1%#\7",3(! -+! ,7(! "#-+5+#-P#1"(! +'%1"%#(8! +! 0#(#1+"&(4!
ou mesmo no estabelecimento de parcerias amorosas ou de
amizade.
"AV<>3D<3=8CECABC393
Ciclo de vida "AV<>3=98938<9I5^98
><8<E3CH<8@9D9>
Acolhimento para
orientações sobre
Inicio da vida familiar planejamento da
(fase da união entre Inserção dessa nova vida pessoal e
duas pessoas com um família no serviço de familiar, abordando
modelo próprio de saúde. a comunicação,
arranjo familiar). afetividade, sexualidade
e o planejamento
familiar.
157
,+&6%!7,(-%,!(3Q!%!'%'+#3%!-+!3+&!%,!08Z%,9
_79D8C3`3Q328M@5F9>3<D7F9@5a9>3C73<>@5IC>3D<3=98<?@96<E33
28M@5F93<D7F9@5a9 1CE=C8@9E<?@C>3DC>3=95>
"7@C85@M859 Muito exigentes e pouco responsivos
Muito controladores
Pouca atenção
Pouca comunicação
!"#!$ %&"'($ '"$ )*+'"$ #!,-!.$ &$ "!/$ .01#'$ '2!-1!,#!"$ 3$
/!4/&$'0$"!$/!2!*&.($!$5'-!.$#!/$2&16&$&0#'%',)&,7&8
Permissiva N%71(!+I".P#1"(!-+!'(37&"-(-+
Pouco controle
Pouca comunicação
Pais indulgentes: muita atenção, do tipo *&1""!=>:&1/!, isto
é, permitem tudo sem pedir responsabilidade.
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:/!;0!,#!($&""1.$%'.'$&$:&*#&$-!$!,4&@&.!,#'$!"%'*&/8
Pais negligentes: pouca ou nenhuma atenção dos pais que
não exigem responsabilidade.
!"#!$%&"'($'"$)*+'"$5'-!.$#!/$5/'2*!.&$-!$&0#'!"#1.&$!$
-!$%'.5!#A,%1&$.&1"$:/!;0!,#!.!,#!8$
159
(C@9T30>3=95>3=CD<E37@5I5^98Q><3D<3E95>3D<37E3<>@5IC3D<3=98<?@96<EZ3E9>3
6<89IE<?@<3<I<>39DC@9E37E3FCE3E95C83H8<b7c?F59J
$C?@<T3*<<Z34[[]J
_79D8C3 Y3 ;3 #>@M65C>3 DC3 F5FIC3 D<3 a5D93 D93 dH9ELI593 FCE3 GIOC>3
=<b7<?C>e
"AV<>3D<3=8CECABC3
#>@M65C3DC3F5FIC3D<3a5D93D93 Possibilidades de ações a
<3=8<a<?ABC393><8<E3
H9ELI59 ><8<E38<9I5^9D9>
CH<8@9D9>
Estimular a participação
dos pais no processo ensino-
Preparo da família para o
aprendizagem das crianças.
enfrentamento da ida das
crianças à Escola. Orientar quanto ao
Família com crianças em sentimento de ‘afastamento’
Orientar sobre as relações
5D9D<3=8RQ<>FCI98 dos pais na entrada da
do casal na integralidade da
criança na escola.
família.
Fornecer informações sobre
desenvolvimento da criança
e sobre dentição.
Orientar os pais no
sentido de monitorar
o acompanhamento do
Trabalhar a transição de desempenho da criança na
Família com crianças em mudanças na Escola e o papel escola.
idade escolar dos pais na condução dessas
mudanças. Fornecer informações para
os pais abordarem questões
de sexualidade nesta fase de
descobertas do corpo.
?9_9A!],3/."%!Ag!:,!$('F8"(,!1%'!08Z%,!(-%8+,1+#3+,
161
gerar uma boa aceitação dos ciclos menstruais e da própria
$+'"#"8"-(-+!-(!08Z(9
O crescimento físico e o amadurecimento psicológico não
ocorrem necessariamente ao mesmo tempo, sendo as meninas
geralmente mais precoces que os meninos. Tanto atraso como
a precocidade do desenvolvimento físico podem afetar o bem-
+,3(&!+'%1"%#(89!!:!(5(&P#1"(!$F,"1(!5%-+!8+;(&!%,!(-%8+,1+#3+,!
à realização de dietas ou de exercícios - às vezes exagerados
para sua correção -, ao retraimento social e/ou à dedicação aos
estudos.
O interesse pela sexualidade é crescente nesta fase
por parte de ambos os sexos. Hoje, a atividade sexual do
adolescente é cada vez maior e mais precoce. Por um lado, é a
$(,+!-+!.&(#-+,!'%-"01()*+,!Z%&'%#(",9!N%&!%73&%4!%!,+#,%!-+!
responsabilidade está se desenvolvendo. A responsabilização
do adolescente está relacionada à prática educativa dos pais ou
ainda à história transgeracional da família.
Outra tarefa dessa fase é a HC8E9ABC3 D<3 5D<?@5D9D<
-%! (-%8+,1+#3+9! ! f,! 5(",4! \7+! ,6%! (,! 5&"'+"&(,! &+$+&P#1"(,!
-+! "-+#3"01()6%! #+,3(! $(,+4! 5%-+'! 01(&! &+,,+#3"-%,! \7(#-%!
%73&%,!(-783%,!+!<%;+#,!,6%!3('OQ'!'%-+8%,!-+!"-+#3"01()6%4!
%! \7+! 5%-+! -+,+#1(-+(&! 7'(! &+,",3P#1"(! +'! 1%'5&++#-+&! (!
necessidade do adolescente de formar sua própria identidade.
Ao longo do desenvolvimento, o indivíduo vai se tornando
cada vez mais 5?D<=<?D<?@<Z o que os pais devem permitir. A
n.&(#-+!,(1(-(o!-%,!5(",4!#+,3(!$(,+4!Q!"-+#3"01(&!(,!,"37()*+,!
em que o adolescente precisa de apoio e ajuda e distingui-las
daquelas em que ele já é capaz de ser independente. Em geral,
%!5&T5&"%!08Z%!-/!(!-"1(9
:%! '+,'%! 3+'5%4! (! (73%#%'"(! -%,! 08Z%,! 8"O+&(! %,! 5(",4!
especialmente a mãe, para que tenha mais tempo livre para si,
para o seu trabalho (se for o caso) e para suas relações. Neste
5+&F%-%4!#%&'(8'+#3+4!(!;"-(!5&%0,,"%#(8!-%,!5(",!-+;+!+,3(&!
atingindo o seu ponto mais alto. Caso isso não ocorra, pode
163
_79D8C3 g3 ;3 #>@M65C>3 DC3 F5FIC3 D<3 a5D93 D93 H9ELI593 FCE3
9DCI<>F<?@<>J
165
a participação em ações comunitárias ou hobbies, a ajuda na
criação dos netos, o companheirismo em atividades lúdicas, a
realização de atividade física, o cultivo à espiritualidade, entre
outros.
A abordagem familiar do Plano Diretor da Atenção Primária
à Saúde da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais
(MINAS GERAIS, 2009) sugere algumas ações a serem realizadas
1%'!(!$('F8"(!1%#,3"37F-(!5%&!1(,(",!-+!'+"(!"-(-+4!1%'%!,+!;P!
no Quadro abaixo.
-Prover informações
sobre cuidados com a -Discutir o processo de
saúde e os principais afastamento do trabalho
riscos relacionados à com a aposentadoria.
idade.
2S+[+3"&! ,%O&+! (!
-Discutir o sentimento sexualidade na terceira
$9ELI593 FC?>@5@7LD93 =C83 de companheirismo. idade. O viver e o
casais de meia idade -Trabalhar a saída dos conviver junto nesta
08Z%,!1%'%!#6%!5+&-(,9 fase da vida.
-Esclarecer a importância -Discutir os processos
de serem avós e o de intolerância dos mais
crescimento da nova jovens e de tolerância
família que se constitui com os idosos.
com as novas gerações.
167
Quadro 8 – Estágios do ciclo de vida da família- “casais em fase
de envelhecimento”
-Discutir o envelhecer
como um processo -Oferecer oportunidades
dinâmico e natural. de participação em
Família com casais em grupos na comunidade,
H9><3D<3<?a<IO<F5E<?@C -Trabalhar o sofrimento atividades de promoção,
de perdas, o morar como as caminhadas
sozinho, a valorização da etc.
vida.
"=C><?@9DC859
N%-+!,".#"01(&!5+&-(!-+!5(5Q",!5&%0,,"%#(",4!5&%-73";"-(-+!
+! &+8(1"%#('+#3%,! ,".#"01(3";%,9! K+,+<(-(! %7! 1%'578,T&"(!
poderá afetar o ajustamento. A perda do papel de provedor
familiar e redução provável nos rendimentos podem agravar
a situação. Uma situação comum, hoje no Brasil, é o salário
-+!(5%,+#3(-%!,+&!7'!-%,!,75%&3+,!0#(#1+"&%,!-(!$('F8"(9!!:,!
'78Z+&+,!5%-+'!3+&!-"0178-(-+!1%'!(!(5%,+#3(-%&"(!-%!'(&"-%4!
com a perda do status e da rede social do trabalho dele, assim
1%'%! 1%'! '7-(#)(,! -+! &+,"-P#1"(! 5+8(! 5+&-(! +1%#L'"1(9! !:!
maior tarefa é a incorporação do homem aposentado dentro de
casa.
:,!'78Z+&+,!3+&6%!'+#%,!-"0178-(-+4!,+!'(#3";+&+'!,+7!
papel de donas-de-casa. Possibilitar a expressão de sentimentos,
%57a<^
:,! '78Z+&+,! 3P'! 7'(! 5%,,"O"8"-(-+! -+! +#;"7;(&! \7(3&%!
vezes maior do que os homens, em uma idade menos avançada
que eles. O sentimento de perda, desorientação e solidão
contribui para um aumento nos índices de morte e suicídio no
primeiro ano, principalmente dos homens, porque é a mulher
que faz o contato social na casa. As mulheres possuem recursos
0#(#1+"&%,! 8"'"3(-%,! +! Q! '+#%,! 5&%;/;+8! \7+! +#1%#3&+'! 7'!
parceiro, ao contrário dos viúvos que mais frequentemente
voltam a casar-se. Uma variável crítica é o relacionamento
1%'! %,! 08Z%,! +! ,7(! (5&%;()6%! -%! #%;%! 1(,('+#3%4! \7+! 5%-+!
,+&!;",3%!1%'%!-+,8+(8-(-+!(%!$(8+1"-%4!"#3+&+,,+!0#(#1+"&%!-%!
novo cônjuge e partilha indesejada de bens.
As viúvas ou viúvos devem elaborar o luto pela perda do
5(&1+"&%4!5%&!7'!5&%1+,,%!\7+!5(&+1+!1%'5&++#-+&!3&P,!$(,+,g
1. Inicialmente, o (a) viúvo (a) deve desatar os laços com o
1L#<7.+4!3&(#,$%&'(#-%!(,!+I5+&"P#1"(,!1%'5(&3"8Z(-(,!
+'! 8+'O&(#)(,>! Q! "'5%&3(#3+! (! +I5&+,,6%! '(#"$+,3(!
da tristeza e da perda.
2. Em seguida, a atenção do (a) viúvo (a) tende a se voltar
para as demandas da realidade, o funcionamento
cotidiano e para o manejo da estrutura doméstica.
3. :%!0#(84!%!U(Y!;"J;%!U(Y!3+#-+!(!,+!"#3+&+,,(&!5%&!#%;(,!
atividades e por outras pessoas.
É importante não só respeitar a evolução das fases do (a)
;"J;%!U(Y4!'(,!3('OQ'!01(&!(3+#3%!5(&(!\7+!(!+;%87)6%!%1%&&(9
1C?D5ABC3D<39ah>
A condição de avós pode trazer um “novo arrendamento
de vida” (Walsh, 1995), ao satisfazer o desejo de sobreviver,
169
&+;";+&!(,!5&T5&"(,!+I5+&"P#1"(,!(#3+&"%&+,!-+!1&"()6%!-%,!08Z%,4!
revisar e aceitar a própria vida, especialmente o papel de pais.
Os avós e netos podem usufruir de um vínculo especial
que não é complicado pelas responsabilidades, obrigações e
1%#["3%,! -%! &+8(1"%#('+#3%! 5(",208Z%,9! ]#3&+3(#3%4! (8"(#)(,!
entre netos e avós, em oposição aos pais, não é desejável.
C<?A93<3D<=<?Dc?F59
Relembremos aqui os cinco gigantes da geriatria e para
%,!\7(",! -+;+'%,! +,3(&! (3+#3%,g! (! "(3&%.+#"(4! (! "#1%#3"#P#1"(!
urinária, a instabilidade postural (quedas e fraturas), as doenças
#+7&%5,"\7"/3&"1(,!U-+5&+,,6%4!"#,L#"(4!-+'P#1"(,!+!delirium)
e a síndrome de imobilidade (CHAIMOWICZ, 2009).
O cuidado dos idosos não é mais exclusivamente da mulher,
devido a sua inserção no mercado de trabalho, o que leva a
uma negociação desse cuidado. Em uma família funcional,
(,! #+1+,,"-(-+,! -+! -+5+#-P#1"(! -%,! 5(",! "-%,%,! #6%! .+&('!
n&+;+&,6%!-+!5(5+8o4!",3%!Q4!%,!08Z%,!,+!'(#3P'!#%,!,+7,!5(5Q",!
+!#6%!,+!3%&#('!5(",!-%,!5&T5&"%,!5(",9!:1+"3(&!7'!5(5+8!08"(8!Q!
assumir a responsabilidade pelo que pode, que não pode ou que
#6%!,+!-+;+!$(H+&!5+8%,!5(",9!E+!%!08Z%!$%&!'7"3%!(#,"%,%4!5%-+!
proteger o idoso em excesso, o que o torna mais desamparado
e incompetente. Para os cônjuges, a doença de um pode levar
a um desequilíbrio no relacionamento conjugal.
A doença é uma tarefa difícil para a família, seja pelo
tempo da enfermidade, seja pela necessidade de tomar decisões
sobre vida versus facilitar a morte. A adaptação familiar à
perda envolve luto compartilhado e reorganização do sistema
-+!&+8(1"%#('+#3%!$('"8"(&9!:!#+.()6%4!%!,"8P#1"%!+!%!,+.&+-%!
costumam ser disfuncionais. A morte do último membro de uma
geração é um marco, indicando que a próxima geração é a mais
velha. É importante avaliar o impacto da morte nos netos, que
geralmente experienciam a morte pela primeira vez.
171
-+1%&&P#1"(! -(! ,"37()6%! ,%1"%+1%#L'"1(4! +8(,! 5&+1",('! ,+!
adaptar a diversos problemas devido a suas necessidades, levando
a mudanças no padrão de ciclo de vida, com encurtamento
-(,!$(,+,9!!]'!,7(!/&+(4!</!-+;+!3+&!5+&1+O"-%!+,,+!$(3%>!",3%!
%1%&&+4! 5%&! +I+'58%4! \7(#-%! 7'(! 08Z(! '+#%&! +#.&(;"-(! +!
passa a constituir uma nova família dentro da casa de seus pais.
f73&%!+I+'58%!;%1P!5%-+!;+&4!\7(#-%!(!'6+!,("!5(&(!3&(O(8Z(&!
+!-+"I(!,+7,!08Z%,!'+#%&+,!,%O!%,!17"-(-%,!-(!08Z(!'(",!;+8Z(9!
Nesses dois exemplos, houve uma superposição de papéis em
idades inadequadas, diminuindo as etapas dos ciclos de vida
descritos anteriormente.
Vamos conhecer essas etapas nas famílias de classe
popular:
1. ^('F8"(!1%'5%,3(!5%&!(-783%!<%;+'!B!%,!(-%8+,1+#3+,!
são colocados precocemente no mercado de trabalho a
0'!-+!5&%;+&!%!,7,3+#3%!-+!,"!5&T5&"%!+!=,!;+H+,!-+!,7(!
$('F8"(!-+!%&".+'>
2. ^('F8"(,!1%'!08Z%,!5+\7+#%,!B!.+&(8'+#3+!1%#;";+#-%!
com o sistema familiar de origem, desempenhando
vários papéis ao mesmo tempo - formar o sistema
conjugal, assumir o papel de pais e reorganizar os
5(5Q",!<7#3%!=!$('F8"(!-+!%&".+'>
3. ^('F8"(! #%! +,3/."%! 3(&-"%! B! %,! (;T,! '(#3P'! %! 5(5+8!
central na função de prover a prole e educar os netos.
?9_9X!B!:!-%+#)(!1&L#"1(!+!%!1"18%!-+!;"-(!$('"8"(&
_79D8C3[3i31989F@<8L>@5F9>3D93DC<?A93F8j?5F9J
173
que tendem em não afetar a duração da vida (cegueira, artrite)
– ?BCQH9@95>3Q, outras que podem encurtá-la ou levar à morte
,JO"3(! UZ+'%08"(! +! -%+#)(! 1(&-"%;(,178(&Y! e! vida diminuída,
ou ainda serem potencialmente H9@95> (câncer metastático e
AIDS). As duas últimas podem gerar uma expectativa de perda
inevitável ou levar a família aos problemas decorrentes de uma
morte precoce, especialmente se for do pai ou da mãe.
Outro aspecto importante de impacto parece ser a
presença ou não de 5?F9=9F5@9ABCZ3como em uma paralisia ou
cegueira. Uma incapacitação é geralmente de manejo difícil,
exigindo a atenção de um ou mais familiares para ajuda.
YJY3;32/"1)!1#
175
(3+#)6%! (%! "#-";F-7%! +! ,7(! $('F8"(>! -+;+! ,+&! 73"8"H(-%! +'!
situações mais complexas para resolver algum problema que a
família apresenta e aplicado em reuniões familiares, sendo que
%!5&%0,,"%#(8!3+'!\7+!3+&!(!18(&+H(!-+!\7+!,T!7'(!+#3&+;",3(!
$('"8"(&! ,+&/! "#,701"+#3+! 5(&(! ,+! 1%#,3&7"&! 1%'! (! $('F8"(!
soluções para o problema apresentado
Trata-se de um instrumento que permite a avaliação do
funcionamento das famílias, facilita a coleta de informações
e entendimento do problema, seja ele de ordem clínica,
comportamental ou relacional, assim como a elaboração de
avaliação e construção de intervenção com dados colhidos junto
=!$('F8"(4!"-+#3"01(#-%g!!
_79D8C34]3Q32/"1)!1#
Permite que equipe conheça o problema da família e o que os
Presenting
P problem
Problema diferentes membros da família pensam e sentem a respeito do
fato.
N&%17&(!"-+#3"01(&!%,!&+17&,%,!73"8"H(-%,!5+8(!$('F8"(!5(&(!8"-(&!
Coping with Lidando com o
C estresse estresse
com situações anteriores de estresse e como utilizar estes
recursos para enfrentar a crise presente.
_7<>@5C?M85C3"J2J.J"J/J
1. Estou satisfeito com a atenção que recebo da minha
família quando algo está me incomodando?
2. Estou satisfeito com a maneira com que minha família
discute as questões de interesse comum e compartilha
comigo a resolução dos problemas?
3. Minha família aceita meus desejos de iniciar novas
atividades ou de realizar mudanças no meu estilo de
vida?
4. Estou satisfeito com a maneira com que minha
família expressa afeição e reage em relação aos meus
sentimentos de raiva, tristeza e amor?
5. Estou satisfeito com a maneira com que eu e minha
família passamos o tempo juntos?
Para cada pergunta, pontuar da seguinte forma: quase
,+'5&+g!V!5%#3%,>!=,!;+H+,g!@!5%#3%>!&(&('+#3+g!H+&%9!:!$%&'(!
de pontuação para a ferramenta APGAR considera: 7 a 10 pontos:
177
(83('+#3+!$7#1"%#(8>!A!(!p!5%#3%,g!'%-+&(-('+#3+!$7#1"%#(8>!!
0 a 3 pontos: severamente disfuncional.
10(&! #/"kl#&3$!("!&
179
"(#m03!
Programa t!7'!5&%.&('(!-+!3&(#,$+&P#1"(!-"&+3(!-+!&+#-(!1%'!1%#-"1"%#(8"-(-+,4!
Bolsa Família \7+!O+#+01"(!$('F8"(,!+'!,"37()6%!-+!5%O&+H(
UNq^Y! B!
Os valores pagos variam de /n:]Z]] (vinte reais) a /n4o:Z]] (cento
Governo
e oitenta e dois reais), de acordo com a renda mensal por pessoa da
Federal
família e o número de crianças e adolescentes até 17 anos.
Tipos de benefícios: O Benefício Básico, de R$ 62,00 (sessenta e dois
reais), é pago às famílias consideradas extremamente pobres, aquelas
com renda mensal de até R$ 69,00 (sessenta e nove reais) por pessoa
(pago às famílias mesmo que elas não tenham crianças, adolescentes
ou jovens). O Benefício Variável, de R$ 20,00 (vinte reais), é pago às
famílias pobres, com renda mensal de até R$ 137,00 (cento e trinta
e sete reais) por pessoa, desde que tenham crianças e adolescentes
(3Q!@?!(#%,9!c(-(!$('F8"(!5%-+!&+1+O+&!(3Q!3&P,!O+#+$F1"%,!;(&"/;+",4!
ou seja, até R$ 60,00 (sessenta reais). O Benefício Variável Vinculado
ao Adolescente (BVJ), de R$ 30,00 (trinta reais), é pago a todas as
famílias do PBF que tenham adolescentes de 16 e 17 anos frequentando
a escola. Cada família pode receber até dois benefícios, ou seja, até
R$ 60,00 (sessenta reais).
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EAD - UFMS
REVISÃO:
Prof. Dr. Ricardo Magalhães Bulhões
DESIGNER:
Alana Montagna
DESIGN INSTRUCIONAL:
Carla Calarge
FOTO DA CAPA:
Marcos Paulo dos Santos de Souza
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