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Arlete de Brito Abreu


Secretaria Estadual de Direitos Humanos, Assistência Social e Cidadania (SEDIHC)

Carla Cecília Serrão Silva


Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

Jercenilde Cunha Silva


Tribunal de Justiça do Estado (TJ/MA)
Secretaria Municipal da Criança e Assistência Social de São Luís (SEMCAS/SL)

Lília Penha Viana Silva


Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

!"#"$%&'!()#* !+%!'""#"$,)*#'!" *#'-. !"#$%&# ' #($ )*+,"*"-.$/0&


/01234. Este artigo aborda a Política Nacional de Assistência Social a partir do SUAS – desenho e estruturação. O debate
-$1)&-$, $1"21$ !$ 3##)#.4-1)$ 5&1)$, $.2$67# !& 5835 " #($ $%2*$/0& 1&*& !)2").& !" 1)!$!$-)$9 :"#$%&# !& +2&1"##&
!" )*+,"*"-.$/0& !& 5835; !"#1"-.2$,)<$/0&= 1&%-$-1)$*"-.&= .2$>$,?&= 1$+$1).$/0& +"2*$-"-." " 1&-.)-($!$ !&#
.2$>$,?$!&2"#9 @ 5835 -& *(-)1A+)& !" 50& B(A# C D3; !"*$-!$# " !"#$%&#9
Palavras-chave: Política Social, assistência social, direito.

$5%!6)#76%!"8"$%&! 9!" *#'-!'""#"$')*%.!challenges to its implementation


Abstract: This article approaches the National Social Assistance Policy from SUAS - design and structuring. The
-$.)&-$, !">$." $>&(. .?" 5&1)$, 3##)#.$-1" .?2&(E? 5835 $-! ).# $F%2*$.)&- $# $ 2)E?. &F 1).)<"-#?)+9 G?$,,"-E"# )- .?"
)*+,"*"-.$.)&- +2&1"## &F 5835; !"1"-.2$,)<$.)&-H 1&C%-$-1)-E= I&2J= &-E&)-E $-! 1&-.)-()-E .2$)-)-E &F I&2J"2#9 K?"
SUAS in São Luis - MA: demands and challenges.
:0;<4=>1. Social policy, social work, right.

Recebido em 25.11.2013 Aprovado em 06.01.2014.

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282 Arlete de Brito Abreu, Carla Cecília Serrão Silva, Jercenilde Cunha Silva e Lília Penha Viana Silva

1 INTRODUÇÃO cabendo ao Estado o dever de prover as condições


!" 6)!$ !$L(","# L(" -0& 1&-#)E$* F$<4C,& $.2$67#
A Constituição Federal de 1988 assegura do trabalho. Além disso, o SUAS amplia o conceito
L(" $ 3##)#.4-1)$ 5&1)$, +$##&( $ 1&*+&2 & 2&, de pobreza, considerada como multidimensional.
das políticas de Seguridade Social devidas pelo Apesar da ampliação dos conceitos de família
M#.$!& >2$#),")2& 1&*& !)2").& !& 1)!$!0& L(" !",$ e pobreza, as famílias aparecem deslocadas do
-"1"##).$2H 1&*& F&2*$ !" +2&."/0& '# $!6"2#)!$!"# conceito de classe social. O uso de conceitos como
!" )-#(%1)4-1)$ &( $(#4-1)$ !" 2"-!$ !"1&22"-."# vulnerabilidade e risco social escamoteia a identidade
da sociabilidade capitalista em seu atual estágio de da fração da classe trabalhadora (apta ao trabalho)
desenvolvimento, bem como de inaptidão ao trabalho L(" 7 >"-"%1)P2)$ !$ S&,A.)1$ !" 3##)#.4-1)$ 5&1)$,9
+&2 #).($/N"# )-."2E"2$1)&-$)# &( !" !"%1)4-1)$9 A descentralização dos serviços
M-.2".$-.&H "##" #.$.(# F&) $!L()2)!& .$2!)$*"-." "* #&1)&$##)#."-1)$)# +$2$ & ."22).Y2)& "* L(" &#
relação aos países de capitalismo central, uma vez usuários residem pode ter grandes potencialidades,
L(" $ 3##)#.4-1)$ 5&1)$, 1&*& !)2").&H OP 1&*+N" &# e vem sendo entendida de forma positiva pelos
sistemas de seguridade social desde o processo de +"#L()#$!&2"# !$ P2"$9 D$# #" -0& 1&-#)!"2$!&
expansão das políticas sociais no contexto da pós- criticamente pode resvalar em situações
segunda guerra mundial. discriminatórias como, por exemplo, a guetização
O conteúdo deste artigo compôs uma das dos pobres, ou a consideração do território como
Mesas Coordenadas da VI Jornada Internacional de $ F&-." &2)E)-P2)$ !$# L("#.N"# !" 6(,-"2$>),)!$!"
Políticas Públicas e foi ampliado para esta publicação. L(" "," "-1"22$H " -0& 1&*& +$2.)1(,$2)!$!" L(" #"
Apresenta síntese de estudos desenvolvidos no origina na contradição fundamental e totalizante da
Q*>).& !& R2(+& !" M#.(!&# " S"#L()#$# #&>2" sociedade.
Democracia, Direitos Humanos e Políticas Públicas O SUAS encontra-se estruturado para atender
(GDES), vinculado ao Programa de Pós-Graduação a três dimensões de proteção social: segurança
em Políticas Públicas da Universidade Federal do de sobrevivência ou de rendimento e autonomia;
Maranhão. Tem como objetivo ampliar o debate segurança de convívio ou vivência familiar e segurança
acerca do Sistema Único de Assistência Social - !" $1&,?)!$9 3# $/N"# !$ 3##)#.4-1)$ 5&1)$, L(" !0&
SUAS, abordando, inicialmente, seu desenho e concretude a essas seguranças passaram, a partir de
estruturação bem como o debate nacional acerca UVZVH $ &>"!"1"2 ' K)+)%1$/0& [$1)&-$, !&# 5"26)/&#
da Assistência Social no Brasil na atualidade. Em Socioassistenciais1 aprovada pelo Conselho Nacional
#"E()!$H & 1&-6)." 7 +$2$ 2"T".)2 #&>2" &# !"#$%&# de Assistência Social (CNAS), através da Resolução
atuais do processo de implementação do SUAS: Nº 109, de 11 de Novembro de 2009.
!"#1"-.2$,)<$/0&= 1&%-$-1)$*"-.&= .2$>$,?& 3 2"F"2)!$ K)+)%1$/0& !P (-)!$!" $&# #"26)/&#
e capacitação permanente e continuada dos socioassistenciais em todo o território nacional
trabalhadores. A título de ilustração apresentamos as L($-.& ' -&*"-1,$.(2$= 1&-."\!&= +$!20& !"
!"*$-!$# " !"#$%&# $.($)# !& M#.$!& !& D$2$-?0& L($,)!$!"= )-!)1$!&2"# !" 2"#(,.$!&# " )*+$1.&#=
e do município de São Luís – MA, na implementação estratégias de atendimento e medidas de prevenção,
do SUAS. L($-.& ' +2"#"-/$ "]&( $& $E2$6$*"-.& " #(+"2$/0&
de vitimizações, riscos e vulnerabilidades sociais.
2 O SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL Desse modo, estabelece uma matriz padronizada de
EM DEBATE serviços socioassistenciais, organizados conforme
o nível de complexidade: Proteção Social Básica
O Sistema Único de Assistência Social – (PSB) e Proteção Social Especial de Média e Alta
5835H $+2"#"-.$!& ' #&1)"!$!" "* UVVWH #" Complexidade. (BRASIL, 2009).
1&-%E(2&(H $ +$2.)2 !" "-.0&H -$ -&6$ F&2*$ !" G&-#)!"2$-!& $# #"E(2$-/$# $%$-/$!$#H
organização e gestão da Política Nacional de as ações do SUAS são organizadas em duas
Assistência Social, buscando romper com a falta de modalidades de proteção. As ações2 de Proteção
unidade na organização e gestão da política em nível Social Básica, de caráter preventivo, desenvolvidas
-$1)&-$,H >"* 1&*&H 1&* $ )-T(4-1)$ !$ ?"2$-/$ no interior do Centro de Referência da Assistência
cultural, marcadamente assistencialista e clientelista Social (CRAS) devem potencializar as condições de
sobre a concepção e a gestão dessa Política. vida da família na sua comunidade de referência,
Em seu desenho, se constitui em sistema promovendo as condições de segurança de
!"#1"-.2$,)<$!& " +$2.)1)+$.)6& L(" $2.)1(,$ sobrevivência ou de rendimento e autonomia e a
" !P (-)!$!" '# $/N"# !" $##)#.4-1)$ #&1)$, segurança de convívio familiar e comunitário.
e, sua operacionalização acontece de forma G&-F&2*" $ K)+)%1$/0& [$1)&-$, ^UVV_`H &#
descentralizada. A organização do SUAS tem a serviços são estruturados segundo ciclos de vida:
família como unidade de intervenção, ampliando crianças de até 6 anos; crianças e adolescentes de
o conceito de família, dando lugar aos “arranjos 6 a 15 anos; adolescentes e jovens de 15 a 17 anos;
F$*),)$2"#X9 3%2*$ L(" $ 1"-.2$,)!$!" -$ F$*A,)$ idosos, além de proteção social básica no domicílio
a situa como elemento central de socialização, +$2$ +"##&$# 1&* !"%1)4-1)$ " )!&#$#9 G&-F&2*" &

R. Pol. Públ., São Luís, Número Especial, p. 281-289, julho de 2014


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Relatório do MDS de dezembro de 2011, os Centros No entanto, os autores chamam a atenção
de Referência de Assistência Social já se encontram +$2$ $,E(-# ","*"-.&# L(" +2"1)#$* #"2 $-$,)#$!&#
)-#.$,$!&# "* _ab !&# W9Wcc *(-)1A+)&# >2$#),")2&#9 12).)1$*"-." +$2$ L(" & !)2").& -0& #" .2$-#F&2*"
50& a9daeH #"-!& L(" _Ub !","# #0& 1&%-$-1)$!&# "* *)#.)%1$/0&9 @ +2)*")2& !","# !)< 2"#+").& '
+",& E&6"2-& F"!"2$, " db 1&-.$* 1&* %-$-1)$*"-.& $#1"-#0& L(" $ 3##)#.4-1)$ 5&1)$, ."* 1&-#"E()!&
exclusivo dos municípios. nas últimas décadas, não apenas na agenda política
A Proteção Social Especial deve ser prestada e dos governos Lula e Dilma, mas também no volume
coordenada pelo Centro de Referência Especializado crescente de recursos federais nela aplicados no
!$ 3##)#.4-1)$ 5&1)$, ^GfM35`H ."-!& +&2 %-$,)!$!" campo da seguridade social e na sua utilização
o fortalecimento da família no desempenho de sua "#.2$.7E)1$ -& "-F2"-.$*"-.& !$ L("#.0& #&1)$,9
função protetiva; inclusão das famílias no sistema Conforme Mota (2011, p. 69), a centralidade
de proteção social e nos serviços públicos, conforme L(" $ 3##)#.4-1)$ 5&1)$, ."* &1(+$!& -&
as necessidades; restauração e preservação da enfrentamento das desigualdades sociais no Brasil
integridade e das condições de autonomia dos +&!" .2$-#F&2*PC,$ "* (* *).& ' *"!)!$ L("
usuários; rompimento dos padrões violadores de de “[...] originalmente uma política mediadora e
direitos no interior da família; reparação de danos e articuladora, parece assumir a condição de política
da incidência de violação de direitos e prevenção da estruturadora”. A autora chama a atenção para o fato
reincidência de violações de direitos. !" L(" $ 3##)#.4-1)$ 5&1)$, 6"* -"#." *&*"-.& #"
@# #"26)/&# !"%-)!&# -$ K)+)%1$/0& [$1)&-$, constituindo em mecanismo integrador da sociedade
para a Média Complexidade constam de Serviço de "* #(>#.).()/0& $& .2$>$,?& " L("#.)&-$ #&>2" &#
Proteção e Atendimento Especializado a Famílias impactos dessa integração, por fora do trabalho,
e Indivíduos (PAEFI); serviço especializado em para a organização e luta dos trabalhadores.
abordagem social; serviço de proteção social :"-.2& !$ *"#*$ ,)-?$ !" 2"T"i0&H
a adolescentes em cumprimento de Medida Rodrigues (2011), analisando a Política de
Socioeducativa de Liberdade Assistida (LA) e 3##)#.4-1)$ 5&1)$,H )!"-.)%1$ 2">$.)*"-.&# !&
!" S2"#.$/0& !" 5"26)/&# ' G&*(-)!$!" ^S5G`= processo de implementação do SUAS na Seguridade
serviço de proteção social especial para pessoas Social e no Serviço Social, resultando para a
1&* !"%1)4-1)$H )!&#&# ^$#` " #($# F$*A,)$# " #"26)/& primeira, na redução do conceito de seguridade a
especializado para pessoas em situação de rua. ações minimalistas e, por outro lado, reduzindo
Conforme o MDS (2011) o número de CREAS $# $.)6)!$!"# +2&%##)&-$)# !& 3##)#."-." 5&1)$, '
-& g2$#), 7 !" U9ZWWH .&!&# 1&%-$-1)$!&# +",& Assistência Social.
E&6"2-& F"!"2$,H !$-!& 1&>"2.(2$ $ $+"-$# hVb 5+&#$.) ^UVZZH +9 hV` )!"-.)%1$ -& !">$."
dos municípios (2.236). Considerando o tamanho $ "i)#.4-1)$ !" !)6"2#$# *)#.)%1$/N"#H #&>2" $
dos municípios, bem como o nível de urbanização, Assistência Social, tanto de cunho idealista, por
alguns serviços de média complexidade poderão ter $.2)>()2C,?" +&!"2"# L(" ",$ -0& +&##() &( -)),)#.$H
!"*$-!$ )-#(%1)"-." +$2$ $ )-#.$,$/0& !& #"26)/& atribuindo a ela conotação negativa dentro do
municipalizado. processo de universalização das políticas de
Os serviços de Alta Complexidade compõem seguridade social. Em função das concepções
o segundo nível da Proteção Social Especial. Em citadas, haveria no debate atual, conforme Sposati,
sua estrutura de organização encontra-se previsto .24# *)#.)%1$/N"#9 3 )!"-.)%1$/0& !& 5"26)/& 5&1)$,
a garantia de proteção integral para famílias e 1&*& 3##)#.4-1)$ 5&1)$,H #).($/0& L(" 2"!(<)2)$ $
indivíduos sem referência, em situação de ameaça +2&%##0& ' $.)6)!$!" !$ +&,A.)1$ #&1)$,= $ 1"-.2$,)!$!"
&( L(" +2"1)#$* #"2 2".)2$!&# !$ F$*A,)$ " !$ da pobreza e do pobre como objeto da Política de
comunidade para sua segurança, além das vítimas Assistência Social no sentido de sua erradicação, e a
de calamidades. O serviço deve ser organizado )!"-.)%1$/0& !$ 3##)#.4-1)$ 5&1)$, 1&* $ .&.$,)!$!"
a partir de três eixos. Serviços de Acolhimento da proteção social brasileira.
Institucional3, serviços de acolhimento em família O debate está posto, e cada autora traz
acolhedora e serviços de proteção em situações de "* #($# 2"T"iN"# ,").(2$# L(" #&> !"."2*)-$!&
calamidades públicas e de emergências. $#+"1.& "i+2"##$* $# L("#.N"# L(" "#.0& #"-!&
A Assistência Social no Brasil e sua ."*$.)<$!$# +",&# +"#L()#$!&2"# " +2&%##)&-$)#
realização através de um sistema único nacional L(" "#.0& )*+,"*"-.$-!& $ S&,A.)1$ !" 3##)#.4-1)$
.4* 1&,&1$!& L("#.N"# +$2$ 2"T"i0&9 S$2"1" ?$6"2 Social. A não realização do conceito de Seguridade
consenso entre os estudiosos da área temática de 5&1)$, 7 (* F$.& L(" $ ?)#.Y2)$ 2"1"-." *&#.2$= &
L(" $ "#.2(.(2$/0& " E"#.0& !& 5835 +&."-1)$,)<$ !)#1(2#& "L()6&1$!& !" 2"!(/0& !" (*$ +2&%##0&
o processo de institucionalização do direito social consolidada como o Serviço Social a uma política
assegurado na Constituição Federal. Mota (2011, p. pode ser fruto do processo de municipalização
c_` !"#.$1$ L(" jklm $ 1&-#)!"2$/0& !$ $##)#.4-1)$ da Política de Assistência Social e ao avanço nos
1&*& !)2").& 1&-#.).(1)&-$, L(" 2"E(,$ & $1"##& *(-)1A+)&# >2$#),")2&#H !$ F&2*$/0& +2&%##)&-$,
$&# L(" !",$ -"1"##).$* 7 (*$ 2"$,)!$!"H (* F$.& !" $##)#."-."# #&1)$)# -$ *&!$,)!$!" ' !)#.Q-1)$H
inconteste e um ganho civilizatório”. alavancada a partir dos anos 2000.

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284 Arlete de Brito Abreu, Carla Cecília Serrão Silva, Jercenilde Cunha Silva e Lília Penha Viana Silva

Por outro lado, no afã de implementar de competência para as esferas locais. Mudar,
a assistência social como direito, muitos ou tentar mudar essas estruturas de poder, gera
+2&%##)&-$)# .4* $.2)>(A!& $ "#.$ +&,A.)1$ #&1)$, resistências e defesas de prerrogativas antes
(*$ +&."-1)$,)!$!" L(" ",$ -0& +&##()H L($, #"O$ $!L()2)!$#H &1$#)&-$-!& #"*+2" 1&-T).& !"
o enfrentamento e erradicação da pobreza no país. interesses e tensões. Assim, os processos de
Essa concepção provoca, ainda na atualidade, descentralização têm sofrido constantes desvios,
,").(2$# "L()6&1$!$# " !"F"#$# )-.2$-#)E"-."# !$ sendo caracterizados como mero deslocamento
assistência social acima das políticas de Seguridade de responsabilidades. (RAICHELIS, 2010). A
Social e até mesmo das políticas estruturantes, implantação da gestão do trabalho também é
na obrigação de geração de trabalho e renda, por afetada com esse modelo atual de descentralização,
exemplo, ou de transformar efetivamente a situação atrelada a um contexto de trabalhos terceirizados,
!&# >"-"%1)P2)&# !&# +2&E2$*$# #&1)$)# "* F$*A,)$# subcontratados e temporários.
ou pessoas emancipadas. Resultando em relações não colaborativas
É preciso entender os limites da política social entre os entes federados, a descentralização da
na sociedade capitalista para poder cobrar dela o 3##)#.4-1)$ 5&1)$, ."* -& %-$-1)$*"-.& (* ,)*)."H
L(" #" "-1&-.2$ !"-.2& !" #($# +&##)>),)!$!"# " & (*$ 6"< L(" $# .24# "#F"2$# -0& .4* $##(*)!& #($#
L(" "-F2"-.$29 :"F"-!"*&# & +&#)1)&-$*"-.& !" competências de modo a assegurar a implantação
L(" 7 #&> "##" &,?$2 &2)"-.$!& +",$# %-$,)!$!"# !$ !& #)#."*$9 M*>&2$ $ "#F"2$ F"!"2$, #"O$ $ L("
política social, no caso a assistência social brasileira, *$)# %-$-1)$H & *$)&2 6&,(*" !" 2"1(2#&# #).($C#"
L(" 7 +&##A6", !"#6"-!PC,$H 2"6",$-!& $# #($# nos programas de transferência de renda. A esfera
contradições, e percebendo nessas contradições, municipal tem buscado assegurar a infraestrutura
!" L(" *&!& & +2&1"##& !" 1&-#.2(/0& !"##$ para o funcionamento precário do SUAS, limitando-
política está caminhando nestes anos 2000, se para #" -$ *$)&2)$ !&# *(-)1A+)&# ' )*+,"*"-.$/0& !&#
2"$%2*$2 $# 2(+.(2$# 1&-#.).(1)&-$)# &( +$2$ 2""!).$2 recursos federais.
as velhas marcas do conservadorismo. M* !"1&224-1)$ !$# !)%1(,!$!"# !$
!"#1"-.2$,)<$/0& " !& %-$-1)$*"-.&H $
?@A! +01BC41!>4!D=4E0114!>0!F3DG030HIBJK4!>4! implementação do SUAS vem acontecendo
SUAS +"2*"$!& +&2 (*$ #72)" !" !"#$%&#; $ ","6$!$
demanda por assistência social no país, caracterizada
@ 5835 "-F2"-.$ !)%1(,!$!"# !" pelos índices populacionais em situação de pobreza
)*+,"*"-.$/0& "* .&!& & +$A#9 S"#L()#$ 2"$,)<$!$ extrema; a universalização da execução direta
por Silva (2010)4 !"*&-#.2$ L(" & +2&1"##& !" pelas esferas governamentais estadual e municipal;
institucionalização da Assistência Social encontra- $ L("#.0& !& .2$>$,?& " !&# .2$>$,?$!&2"# -& 5835
#" $.2$6"##$!& +&2 !)%1(,!$!"# $!6)-!$#H e o cumprimento das atribuições do órgão gestor
principalmente, do modo como aconteceu a estadual.
descentralização das ações das esferas federal e M*>&2$ ?$O$ (*$ )-."-#)%1$/0& !" "#F&2/&#H
"#.$!($, +$2$ & *(-)1A+)& " !& %-$-1)$*"-.& L(" no Brasil, no sentido da implantação da gestão
deve ser tripartite. O art. 6º da Lei 8.742/93, alterada do trabalho a partir da NOB/RH/2006, através:
+",$ B") -n ZU9heW]ZZH " 2"$%2*$!& +",$ [@g] !& 2"1&-?"1)*"-.& !&# +2&%##)&-$)# !" -A6",
5835]UVZU $%2*$ L(" jk999m $ E"#.0& !$# $/N"# superior (Resolução nº17, CNAS); da autorização
!$ P2"$ !" $##)#.4-1)$ #&1)$, %1$ &2E$-)<$!$ #&> de pagamento de pessoal efetivo; na elaboração/
a forma de sistema descentralizado e participativo, implantação da Política Nacional de Educação
denominado SUAS”. Permanente e da constituição de uma Rede
3-$,)#$-!& $# !)%1(,!$!"# !& +2&1"##& !" Nacional de Instituições de Ensino Superior para
descentralização e municipalização das políticas desenvolver essa capacitação; no repasse de
públicas, levado a efeito na década de 1990, Abrúcio 2"1(2#&# $&# "#.$!&# " (-)%1$/0& !" S&,A.)1$
" G&#.$ ^Z___` $%2*$* L(" & +"2%, !$# +&,A.)1$# Estadual de Capacitação, dentre outros, no Estado
sociais desenvolvidas em âmbito local ou regional do Maranhão, a implementação dessa tendência
depende do padrão de relações intergovernamentais nacional tem efeitos inexpressivos.
do regime federativo, onde a constituição de um O órgão gestor estadual do Maranhão,
sistema cooperativo e coordenado entre as esferas atualmente a Secretaria de Estado dos Direitos
de governo torna-se imprescindível. Partem desse Humanos, Assistência Social e Cidadania (SEDIHC),
+2)-1A+)& +$2$ "i+,)1$2 $# !)%1(,!$!"# !& +2&1"##& $)-!$ #" "-1&-.2$ !)#.$-." !& L(" $ E"#.0& !&
de descentralização das políticas públicas no país, .2$>$,?& #(+N"H F(-!$*"-.$,*"-." -& L(" #" 2"F"2"
apontando as relações predatórias estabelecidas $ "#.2(.(2$ &2E$-)<$1)&-$,H "L()+" .71-)1$H 1&-!)/N"#
entre os entes federativos em substituição a relações éticas e técnicas de trabalho. Além do fato do órgão
cooperativas. gestor não ser exclusivo da Política de Assistência
A descentralização implica em mudança Social (PAS) e haver dentro do estado o comando
nas estruturas político-administrativas autoritárias, duplo, imposto com a Reforma Administrativa
1"-.2$,)<$!$# " ?)"2$2L()<$!$# +",$ .2$-#F"24-1)$ (Medida Provisória nº 120, de 17 de abril de 2012),

R. Pol. Públ., São Luís, Número Especial, p. 281-289, julho de 2014


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F"2)-!& & L(" +2"1&-)<$ & $2.9 WnH )-1)#& oo !$ [@g] Em relação ao modelo de gestão
SUAS/2012. %-$-1")2$ +2&+&#.& +",& 5835H L(" "#.$>","1"
A estrutura organizacional do órgão gestor & 1&%-$-1)$*"-.& +",$# .24# "#F"2$# !" E&6"2-&
estadual contempla três superintendências. A por piso de proteção social, com repasse regular e
Superintendência de Gestão do SUAS é composta automático fundo a fundo, a gestão estadual da PAS
+&2 L($.2& #".&2"#; 5(+"26)#0& !" R"#.0& !& 5)#."*$ no Maranhão, ainda não conseguiu aprimorar sua
de Informação do SUAS; Supervisão de Vigilância #)#."*P.)1$ !" 1&%-$-1)$*"-.&H "*>&2$ ?$O$ .&!$ $
Socioassistencial; Supervisão de Planejamento, regulamentação necessária. No período de 2009 e
Monitoramento e Avaliação das Ações da Política de UVZVH $+"-$# hV ^L($2"-.$` *(-)1A+)&# 2"1">"2$*
3##)#.4-1)$ 5&1)$, " 5"26)/& !" 3+&)& '# o-#.Q-1)$# 1&%-$-1)$*"-.& "#.$!($,9 M* UVZU ?&(6" $
do SUAS. pactuação para expansão do número de municípios
A Superintendência de Proteção Social 1&%-$-1)$!&# ^f"#&,(/0& -n Ve !" ZW !" O(-?& !"
Básica é integrada pela Supervisão de Serviços UVZU`H .&.$,)<$-!& ZZU *(-)1A+)&#H !&# L($)# $+"-$#
Socioassistenciais e Supervisão de Benefícios hW 2"1">"2$* 1&%-$-1)$*"-.&9
Assistenciais. A Superintendência de Proteção Em 2011, através da Resolução nº 07
Social Especial é organizada através da Supervisão de 16 de dezembro de 2011, a CIB pactuou
de Proteção Social Especial de Média Complexidade $,."2$/N"# !" 6$,&2"# %-$-1")2&# !" +$2.),?$ +$2$ &
e Supervisão de Proteção Social Especial de Alta 1&%-$-1)$*"-.& !"##"# >"-"FA1)&#H %1$-!& !"%-)!&
Complexidade. como menor valor, o destinado aos Municípios de
[& L(" .$-E" ' "L()+" .71-)1$ !$ P2"$ %* Porte I e II, a maioria dos municípios maranhenses,
da PAS, segundo o setor de Recursos Humanos da L(" F&) $,."2$!& !" fq W9VVVHVV +$2$ fq ZV9VVVHVV "
5M:opG]UVZeH $ )-#.).()/0& 1&-.$ 1&* (* L($!2& & *$)&2 & !"#.)-$!& ' D".2Y+&,"H 50& B(A#H L(" ."6"
1&*+&#.& +&2 eW ^.2)-.$ " 1)-1&` +2&%##)&-$)#H #"-!& o valor majorado de R$15.000,00 para R$20.000,00.
20 (vinte) de nível superior (10 comissionados e Apesar das deliberações da CIB, nesse ano
ZV "F".)6&#` " ZW ^L()-<"` !" -A6", *7!)& ^$+"-$# apenas 32 (trinta e dois) municípios receberam
1&%-$-1)$*"-.& "#.$!($,9
VZ 7 1&*)##)&-$!&`H L($!2& )-#(%1)"-." +$2$ $
Em 2012 não houve alterações nos valores
implantação do SUAS no estado, corroborando com
%-$-1")2&#H *$# -&6$ +$1.($/0& !" "i+$-#0& !&
os indicadores de avaliação do SUAS a nível nacional,
-\*"2& !" *(-)1A+)&# 1&%-$-1)$!&# ^f"#&,(/0&
L($-!& $+&-.$* $ -"1"##)!$!" !" $*+,)$/0& !$#
da CIB nº 03, de 15 de junho de 2012), totalizando
"L()+"# .71-)1$#H $.2$67# !" 1&-1(2#&# +\>,)1&# "
112 municípios, sendo mais uma vez descumprida,
das condições éticas e técnicas de trabalho.
(*$ 6"< L(" #Y hW *(-)1A+)&# 2"1">"2$*
[& L(" #" 2"F"2" ' L($,)%1$/0& +2&%##)&-$,H
1&%-$-1)$*"-.&9
destaca-se a elaboração do Plano de Capacitação
r($-.& $& 1&%-$-1)$*"-.& "#.$!($, !&
dos Trabalhadores da PAS no Estado do Maranhão
5"26)/& !" S2&."/0& " 3."-!)*"-.& o-."E2$, '
(2012-2015). De acordo com o Plano, no período
Família (PAIF), ofertados nos CRAS, o Relatório
de 2008 a 2011 foram executadas 28 (vinte e oito) de Informações Sociais da SAGI em 2013 destaca
capacitações, abrangendo um total de 12.928 L(" & D$2$-?0& +&##() eZZ Gf35H .&!&# 1&*
capacitados, dentre gestores e técnicos estaduais 1&>"2.(2$ !& 1&%-$-1)$*"-.& F"!"2$,9 M-L($-.&
e municipais, operadores do Programa Bolsa L("H 1&-F&2*" & f",$.Y2)& !" S2"#.$/0& !" 1&-.$#
Família - PBF, conselheiros estaduais e municipais, da Proteção Social Básica da SEDIHC em 2013, o
representantes do Sistema de Garantia de Direitos 1&%-$-1)$*"-.& "#.$!($, $.)-E)( $.7 & *&*"-.& $
(SGD). As capacitações ocorridas no exercício de eHUUb !&# *(-)1A+)&#= "##" +"21"-.($, 1&22"#+&-!"
UVZU F&2$* 1$+$1).$/N"# L(" %1$2$* "* 2"#.&# $ a 07 municípios, no total também de 07 CRAS.
pagar do exercício de 2011. No total foram realizadas O estado possui atualmente 122 CREAS,
04 capacitações, para 1.535 técnicos da PAS. O #"-!& L(" #&*"-." Ve *(-)1A+)&# +&##("* *$)# !"
Plano para o ano de 2012 não foi executado. 01 CREAS, incluindo a Metrópole. Destacam-se os
:"#.$1$C#"H $)-!$H L(" "* UVZU & M#.$!& 6$,&2"# )22)#Y2)&# !&# 2"+$##"# %-$-1")2&# *"-#$)#
assinou o Termo de Aceite do Programa Nacional de de acordo com o porte do município. Municípios de
Capacitação Permanente para os Trabalhadores do Porte I e II: R$ 2.500,00/mês; Municípios de Médio
SUAS (CAPACITASUAS), onde se compromete a Porte: R$ 3.000,00/mês e Metrópole, R$4.000,00/
capacitar 2.250 trabalhadores do SUAS. Para atingir *4#9 S&2 &(.2& ,$!&H (* -\*"2& )-#)E-)%1$-." !"
"##$ *".$ & "#.$!& 2"1">"( & 1&%-$-1)$*"-.& municípios é contemplado com os repasses.
do governo federal, através do MDS, na ordem M* 2",$/0& $& 1&%-$-1)$*"-.& !$ S2&."/0&
!" fqZ9WhV9UUUHWd ^?(* *),?0&H L()-?"-.&# " 5&1)$, M#+"1)$, !" D7!)$ G&*+,"i)!$!"H 2"F"2"-." '#
L($2"-.$ *),H !(<"-.&# " 6)-." " !&)# 2"$)#H " Medidas Socioeducativas em Meio Aberto, o estado
1)-L("-.$ " &).& 1"-.$6&#` 1&-F&2*" $ f"#&,(/0& -n 1&%-$-1)$ $+"-$# L($.2& *(-)1A+)&#; 3,.& 3,"E2"
8 de 16 de março de 2012, do CNAS. Entretanto, do Maranhão, Colinas, Tuntum e Viana. Quanto ao
até o momento (depois de um ano de adesão), as Serviço de Proteção e Atendimento Especializado
capacitações ainda não foram iniciadas. a Famílias e Indivíduos (PAEFI), desenvolvido nos

?@!A4:@!ABC:@D!">4!-6E1D!)B80F4!%190G72:D!9@!HIJKHILD!M6:N4!/0!HOJP
286 Arlete de Brito Abreu, Carla Cecília Serrão Silva, Jercenilde Cunha Silva e Lília Penha Viana Silva

CREAS, o repasse atinge cinco municípios: Caxias, Superintendência de Gestão do Sistema Único de
Estreito, Parnarama, Porto Franco e Vitória do Assistência Social, Superintendência de Proteção
Mearim. Social Básica, Superintendência de Proteção Social
Embora o Maranhão possua uma Lei Estadual Especial de Média Complexidade, Superintendência
L(" 2"E(,$*"-.$ $ .2$-#F"24-1)$ F(-!& $ F(-!&H B") de Proteção Social Especial de Alta Complexidade,
nº 8.775/08, e as Resoluções da CIB sejam claras Superintendência de Transferência de Renda,
L($-.& $ "##$ .2$-#F"24-1)$H & Y2E0& E"#.&2 "#.$!($, Superintendência de Inclusão Produtiva – e
ainda opera na lógica convencional, distante de 02 superintendências de atividades meio -
padrões técnicos e ao largo de mecanismos de Superintendência Administrativa e Superintendência
controle social, associado ao fato de não possuir um Financeira e Orçamentária.
Sistema Informatizado da Gestão Social, no âmbito Com esta estrutura executa um conjunto de
do SUAS. ações socioassistenciais desenvolvidas conforme
S$2$ L(" $ $##)#.4-1)$ #&1)$, +&##$ #"2 & L(" +2"1&-)<$ $ K)+)%1$/0& [$1)&-$, !" 5"26)/&#
implementada, segundo o SUAS, o Estado do Socioassistenciais e demais normativas emanadas
Maranhão necessita enfrentar uma série de no Ministério de Desenvolvimento Social e Combate
!"#$%&#H !"-.2" &# L($)# !"#.$1$*&#; $+2&+2)$/0& ' t&*"9
e incorporação dos novos pressupostos, matrizes Na Proteção Social Básica oferta o Serviço de
conceituais, nomenclaturas e modos de operação do S2&."/0& " 3."-!)*"-.& o-."E2$, ' t$*A,)$]S3ot s
SUAS, por todos os envolvidos – gestores, técnicos, nos 20 Centros de Referência de Assistência Social/
1&-#",?")2&#= !"%-)/0& !" +$!2N"# !" L($,)!$!" " CRAS distribuídos em diversos territórios da Capital,
cobertura para os serviços socioassistenciais, em incluindo a área rural e através da rede conveniada,
articulação com os benefícios, tanto de prestação L(" E$2$-." #"(# 2"#+"1.)6&# "#+$/&#H !" *&!&
continuada como os eventuais; ampliação de a atender os usuários o mais próximo possível da
2"1(2#&# +$2$ & 1&%-$-1)$*"-.& !&# >"-"FA1)&#H sua comunidade. Oferta o Serviço de Convivência e
programas, serviços e projetos; investimento na Fortalecimento de Vínculos/SCFV para crianças de 0
1$+$1).$/0& !" E"#.&2"# " !$ "L()+" .71-)1$H -$ a 06 anos; Serviço de Convivência e Fortalecimento
direção da educação permanente e continuada, bem de Vínculos (SCFV) para crianças/adolescentes de
como no estabelecimento de uma política de gestão 07 a 15 anos, o SCFV para adolescentes de 16 a 17
!& .2$>$,?& L(" $."-!$ '# "i)E4-1)$# !" L($,)%1$/0& anos e o SCFV para pessoas idosas.
permanente do SUAS. Na Proteção Social Especial de Média
Complexidade oferta o Serviço de Proteção e
?@?! ! "6'"! H4! &2HFELDF4! >0! "K4! -2L1! M! &'.! Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos
!"*$-!$# " !"#$%&# (PAEFI) oferecido em 05 Centros de Referência
Especializada de Assistência Social/CREAS,
A Política Municipal de Assistência Social voltados ao atendimento de famílias e indivíduos
até 2007 era executada pela Fundação Municipal L(" 6)6"2$* $,E(* .)+& !" 6)&,$/0& !" !)2").&#9
da Criança e Assistência Social/FUMCAS. Em Nos CREAS são ofertados, ainda, o Serviço
setembro de 2007 a FUMCAS foi transformada M#+"1)$,)<$!& "* 3>&2!$E"* 5&1)$, s L(" 6)#$
em Secretaria Municipal da Criança e Assistência realizar o trabalho social de abordagem e busca
5&1)$,H +",$ B") D(-)1)+$, -n h9dWeH L(" $ 1&-#.).()( $.)6$ -&# ."22).Y2)&# +$2$ )!"-.)%1$2 #).($/N"# !"
Y2E0& !$ S2"F").(2$ !" 50& B(A# L(" ."* 1&*& trabalho infantil, exploração sexual de crianças e
missão coordenar e executar a Política Pública adolescentes, situação de rua e outras. Constam,
de Assistência Social no município de São Luís, ainda, o Serviço de Proteção Social a Adolescentes
por meio de um conjunto integrado de ações para em cumprimento de Medidas Socioeducativas
E$2$-.)2 +2&."/0& " !)2").&# #&1)$)# '# F$*A,)$# " ^B)>"2!$!" 3##)#.)!$]B3 " S2"#.$/0& !" 5"26)/&# '
indivíduos em situação de vulnerabilidade e risco Comunidade/PSC); o Serviço de Proteção Social a
social. S"##&$# 1&* :"%1)4-1)$H o!&#$# " #($# t$*A,)$#9
Em conformidade com o Sistema Único de Em 2011 foi implantado o Serviço
Assistência Social/SUAS, a SEMCAS executa um Especializado para Pessoas em Situação de Rua,
conjunto de serviços, programas, projetos e benefícios atualmente ofertado em 02 Centros de Referência
&2E$-)<$!&# !" F&2*$ ?)"2$2L()<$!$ " "* -A6")# !" para População de Rua/Centro POP e em 2013 foi
complexidade (Proteção Social Básica e Proteção implantado o Serviço de Proteção Social Especial
Social Especial de Média e Alta Complexidade), +$2$ S"##&$# 1&* :"%1)4-1)$ " #($# F$*A,)$# "*
6&,.$!&# ' E$2$-.)$ !" !)2").&# !" F$*A,)$#H )-!)6A!(&# Centro Dia.
e grupos em situação de exclusão e desvantagem Na Proteção Social Especial de Alta
pessoal e social, considerando os ciclos etários e as Complexidade, oferta o Serviço de Acolhimento
situações decorrentes da fragilidade dos vínculos o-#.).(1)&-$, s !"#.)-$!& '# F$*A,)$# " )-!)6A!(&#
familiares e comunitários. com vínculos familiares rompidos ou fragilizados,
A SEMCAS está organizada em 06 em caráter temporário – e tem sob sua gestão um
#(+"2)-."-!4-1)$# !$ P2"$ %-$,A#.)1$ s abrigo para crianças e adolescentes (Abrigo Luz

R. Pol. Públ., São Luís, Número Especial, p. 281-289, julho de 2014


!"#"$%&'!()#* !+%!'""#"$,)*#'!" *#'-.!/012341!5!162!789:080;<2=>4 287
e Vida) e uma Casa de Acolhida para pessoas Ao lado disso, toda essa exigência colocada
$!(,.$#H )!&#$# " 1&* !"%1)4-1)$ "* #).($/0& !" $& 1&-O(-.& !&# .2$>$,?$!&2"# !& 5835 2"L("2
risco pessoal e social, além de uma rede de abrigos a melhoria das condições de trabalho, tanto de
conveniados com organizações da Sociedade Civil, "#.2(.(2$ FA#)1$ !&# "#+$/&# !" $.($/0&H L($-.&
Sociedade Voluntária de Assistência ao Menor !" 1&>"2.(2$ $&# 2)#1&# $ L(" &# +2&%##)&-$)# #0&
(SVAM), Educandário Santo Antônio e Casa Sonho submetidos.
de Criança. A realização de novo concurso público é
Além destes serviços nacionalmente (2E"-."H !$!& $ F&2*$/0& $.($, !& L($!2& !"
.)+)%1$!&#H $ 5MDG35 &F"2.$ &# g"-"FA1)&# trabalhadores do órgão gestor. A SEMCAS possui
Eventuais: Auxilio Natalidade, Auxilio Funeral e 1.186 (mil cento e oitenta e seis) trabalhadores;
Aluguel Social e coordena o Programa Bolsa !"#."#H edb "#.0& -$ 1&-!)/0& !" serviço prestado,
Família/PBF, o Programa Minha Casa Minha Vida e relação de trabalho sem nenhum tipo de garantia
as ações de inclusão produtiva, voltadas a famílias .2$>$,?)#.$= UdHcb #0& 1&-.2$.&# ."*+&2P2)&#= Z_Hab
>"-"%1)P2)$# !& Sgt9 "#.0& &1(+$-!& 1$2E&# "* 1&*)##0&H eb &1(+$* $
Neste percurso de estruturação do Sistema F(-/0& !" 1&-#",?")2&# .(.",$2"# " #&*"-." ZVHWb
Único de Assistência Social em nível local, destacam- #0& "F".)6&#9 M##" L($!2& !" 2",$/N"# 1&-.2$.($)#
#" $6$-/&# L(" +&##)>),).$2$* $ )*+,"*"-.$/0& !" precarizadas tem um impacto bastante negativo
$/N"# !" +2&."/0& #&1)$, '# F$*A,)$# " )-!)6A!(&# #&>2" &# #"26)/&# &F"2.$!&# ' +&+(,$/0&H !$!$ $ $,.$
!" 50& B()#H L($)# #"O$*; "#.2(.(2$/0& !& Y2E0& 2&.$.)6)!$!" !&# +2&%##)&-$)# " !"#1&-.)-()!$!" !$#
gestor com status de Secretaria; realização $/N"#H L($-!& !$ *(!$-/$ !" E"#.0&9
de concurso público para assistentes sociais 5&*$C#" $ "##"# !"#$%&# $ 2"$,)<$/0& !"
e psicólogos; regulamentação dos benefícios diagnóstico das demandas para estruturação da
#&1)&$##)#."-1)$)#H 1&* !"#.$L(" +$2$ &# >"-"FA1)&# E"#.0& !& .2$>$,?&H -& #"-.)!& !" L(" (* -&6&
eventuais; expansão da proteção básica e especial; concurso possa assegurar recursos humanos em
atualização do cadastro dos trabalhadores do L($,)!$!" " L($-.)!$!" -"1"##P2)$# ' "i"1(/0&
SUAS no CADSUAS e estruturação dos serviços dos serviços socioassistenciais. Outro aspecto
-&# *&,!"# !$ K)+)%1$/0& [$1)&-$, !" 5"26)/&# fundamental é a garantia de uma política de
Socioassistenciais/2019 e demais regulações do educação permanente conforme estabelece
SUAS. a Norma Operacional de Recursos Humanos
Operar o conjunto de serviços e benefícios (NOBRH-SUAS).
da política municipal de assistência social traz para :"#$%$!&2 .$*>7* #" 1&-#.).() $ 1&-#.2(/0&
$ E"#.0& *(-)1)+$, !"*$-!$# " !"#$%&#H !$!$ $ do plano de cargos, carreiras e salários para
expansão e dimensão atual dessa política pública. &# .2$>$,?$!&2"# !& 5835H L(" 1&-."*+," $#
S$##$ +",$ "i)E4-1)$ !" +2&%##)&-$)# !"6)!$*"-." "#+"1)%1)!$!"# 2"L("2)!$# +",&# !)F"2"-."# -A6")# !"
L($,)%1$!&# !& +&-.& !" 6)#.$ .71-)1& " +&,A.)1&H 1&*+,"i)!$!" !&# #"26)/&# " !$ $.($/0& +2&%##)&-$,9
capazes de decifrar e intervir na realidade. No bojo dessa construção, cria-se a expectativa de
Exige, desse modo, uma formação cada vez uma política salarial, cujos recursos transferidos pela
*$)# L($,)%1$!$ " 1&-.)-($!$H 1&*+2""-!"-!&C#" esfera nacional sejam complementares aos salários,
L(" )##& #" !"6" ' $1$!"*)$H ' )-#.).()/0& ^Y2E0&# e não principal recurso para pagamento de parte
E"#.&2"#` " $& 1&*+2&*)##& !& +2&%##)&-$,H !" !&# .2$>$,?$!&2"# L(" "#.0& -&# Gf35 " GfM35 "
F&2*$ L(" +&##)>),)." (*$ ,").(2$ 12A.)1$ !$ +&,A.)1$H demais serviços de proteção social.
.2$-#1"-!"-!& &# !&1(*"-.&# &%1)$)# " -&2*$.)6$# @(.2& E2$-!" !"#$%& !)< 2"#+").& $&
L(" &2)"-.$* $ )*+,"*"-.$/0& !$# $/N"# 1&%-$-1)$*"-.& *(-)1)+$, !$ +&,A.)1$ !" $##)#.4-1)$
socioassistenciais. social. Dados referentes ao exercício de 2013
Essa formação deve propiciar elementos 2"6",$* L(" $+"-$# ZHehb !& &2/$*"-.& E"2$, !&
+$2$ & "-F2"-.$*"-.& " 2(+.(2$ 1&* $# +2P.)1$# L(" *(-)1A+)& 7 !"#.)-$!& ' $##)#.4-1)$ #&1)$, "H !"#."
F$6&2"1"* & 1,)"-.",)#*& L(" $)-!$ +"2*")$* $# +"21"-.($,H #&*"-." VHhZ b !& &2/$*"-.& E"2$,
ações da política de assistência social e possibilite a !& *(-)1A+)& 7 !"#.)-$!& '# $/N"# %-$,A#.)1$# !$
1&*+2""-#0& !" L("H 1&*& &(.2$# +&,A.)1$# +\>,)1$#H assistência social, excluindo-se o gasto com pessoal
a Assistência Social também se coloca num espaço e com a manutenção do órgão gestor.
de lutas pela efetivação de interesses contraditórios. Essa situação se torna mais complexa
Nessa lógica, a implementação da política !)$-." !$ $(#4-1)$ !" 1&%-$-1)$*"-.& "#.$!($,
municipal de assistência social coloca para o sistemático. O governo estadual tem se limitado
1&-O(-.& !&# +2&%##)&-$)# !$ "i"1(/0& " !$ E"#.0&H a repasses pontuais com base em serviços
& !"#$%& !" #" $+2&+2)$2 !$# F"22$*"-.$# !" cujo Termo de Aceite junto ao Ministério de
gestão: planejamento, orçamento público, gestão da :"#"-6&,6)*"-.& 5&1)$, " G&*>$." ' t&*"
informação e maior investimento na sistematização "i)E"* & 1&%-$-1)$*"-.& "#.$!($,H $ "i"*+,&
!$# "i+"2)4-1)$# " -$ +"#L()#$ -& 1$*+& !$ do Centro Dia, implantado em 2013, para atender
$##)#.4-1)$ #&1)$,H #&>2".(!& &# +2&%##)&-$)# L(" +"##&$# 1&* !"%1)4-1)$ 1&* !"+"-!4-1)$ " #"(#
estão no nível da execução do Sistema. familiares/cuidadores.

?@!A4:@!ABC:@D!">4!-6E1D!)B80F4!%190G72:D!9@!HIJKHILD!M6:N4!/0!HOJP
288 Arlete de Brito Abreu, Carla Cecília Serrão Silva, Jercenilde Cunha Silva e Lília Penha Viana Silva

@(.2& !"#$%& 7 & F&2.$,"1)*"-.& !& 1&-.2&," Assegurada legalmente como direito de
social da política pelos conselhos vinculados ao 1)!$!$-)$ !" L("* !",$ -"1"##).$2H $ +&,A.)1$
órgão gestor, em particular o Conselho Municipal de pública de Assistência Social no Brasil tem
3##)#.4-1)$ 5&1)$, ^GD35`H L(" #" 1&,&1$ .$*>7* "-1&-.2$!& !)%1(,!$!"# !" )-#.).(1)&-$,)<$/0&H
como base estruturante e de fortalecimento do SUAS tendo em vista assegurar o direito social e romper
,&1$,H & L(" .$*>7* 2"L("2 (* +2&1"##& 1&-.)-(& com a histórica presença da benemerência nessa
e permanente de capacitação dos conselheiros P2"$9 :"#.$1$*C#" !"-.2& !& 2&, !" !)%1(,!$!"#H $
*(-)1)+$)# +$2$ "i"21"2 & 1&-.2&," L($,)%1$!& !$ regulamentação tardia, através da Lei Orgânica da
política de assistência social. Assistência Social (LOAS), em 1993, cinco anos
["##" #"-.)!& 7 .$*>7* !"#$%$!&2$ $ após a promulgação da Constituição, bem como, a
execução dos serviços e benefícios socioassistenciais ."-!4-1)$ !" 2"%,$-.2&+)<$/0& !$ 3##)#.4-1)$ 5&1)$,
&F"2.$!&# -&# ."22).Y2)&#H 1(O$# "L()+"# !"6"* -&# E&6"2-&# t"2-$-!& p"-2)L(" G$2!&#&H L($-!&
$!&.$2 *".&!&,&E)$# L(" "#.)*(,"* $ *&>),)<$/0&H sob o ideário neoliberal, a reforma do Estado
organização e participação dos usuários no controle impactou negativamente sobre a descentralização
#&1)$, !&# #"26)/&# " >"-"FA1)&# L(" ,?"# #0& das políticas públicas de corte social.
oferecidos. Para tanto, é imprescindivel a ampliação [&# $-&# UVVVH #" 6"2)%1&( -&6$ )-T"i0&
de espaços de discussão como fóruns, reuniões -& #"-.)!& !$ $%2*$/0& !& !"6"2 !& M#.$!& 1&*
$*+,)$!$#H &%1)-$#H #"*)-P2)&# " &(.2$# "#.2$.7E)$# a institucionalização da Assistência Social sob a
L(" +&##)>),)."* $ !)##"*)-$/0& !" )-F&2*$/N"# ' noção de direito, com a implantação do Sistema
população e a manifestação dos usuários, bem como Único de Assistência Social (SUAS), em 2005, e
$ #($ +"21"+/0& #&>2" $ L($,)!$!" !&# #"26)/&# " sua transformação em Lei do SUAS, em 2011. O
benefícios socioassistenciais. processo de institucionalização continua em curso,
t)-$,*"-."H L($,)%1$2 $ +&,A.)1$ +\>,)1$ atravessado por um lado, pelas demandas legítimas
de assistencia social no Município de São Luís !&# .2$>$,?$!&2"# L(" !",$ -"1"##).$*H $ "i)E)2 $
"i)E"H .$*>7*H $2.)1(,$2 $& .2$>$,?& +2&%##)&-$, )*+,"*"-.$/0& !&# #"26)/&# 1&* L($,)!$!" " "*
!$# "L()+"# "-6&,6)!$# -$ "i"1(/0& !$# $/N"#H & L($-.)!$!" L(" $."-!$ $# -"1"##)!$!"# #&1)$)#
+"-#$*"-.& 12).)1&H L(" +&##)>),)." !"#6"-!$2 +$2$ $
+&#.$#H "H +&2 &(.2&H +",$# !)%1(,!$!"# !& M#.$!& "
+&+(,$/0& & #)E-)%1$!& !"##$ +&,A.)1$ +$2$ $ 1,$##"
da Sociedade Civil em ofertar os serviços.
trabalhadora no mundo capitalista e globalizado,
onde prevalece o “não acesso ao trabalho” e o
fortalecimeto de estratégias de compensação
da ausência desse trabalho e superexploração
REFERÊNCIAS
!$L(","# L(" 1&-#"E("* &1(+$2 &# +&#.&# !"
.2$>$,?& "i)#."-."#H !" F&2*$ L(" $ *".&!&,&E)$
ABRUCIO, Fernando Luiz; COSTA, Valeriano
utilizada nos espaços de oferta dos serviços,
Mendes Ferreira. Reforma do Estado e o contexto
sobretudo nos CRAS, favoreça a organização dos
usuários – também trabalhadores(as) na luta por federativo brasileiro. São Paulo: Centro de Estudos
direitos sociais, inclusive direito ao trabalho. u&-2$!C3!"-$("2H Z___9 ^S"#L()#$#H ZU`9

N! * )*-6"O BRASIL. $FDFCEBJK4! )BEF4HBG! >41! "0=PFJ41!


"4EF4B11F1I0HEFBF1.!texto da Resolução nº 109, de
3 3##)#.4-1)$ 5&1)$, ."* 1&*& %-$,)!$!" 11 de novembro de 2009. Brasília, DF, 2009.
assegurar as condições básicas de sobrevivência
aos segmentos populacionais impedidos de BRASIL. Relatório de Informações Sociais da
assegurá-la dentro dos padrões vigentes, tendo SAGI/MDS, Brasília, DF, 2013.
& .2$>$,?& 1&*& *"!)$/0&9 M##" F&) & L($!2& L("
se concretizou nos países de capitalismo central MARANHÃO. Secretaria de Estado de Direitos
sob a vigência do pleno emprego. Mas no contexto Humanos e Cidadania. Relatório de Prestação de
dos países de capitalismo tardio, no conceito de Contas da Proteção Social Básica da SEDIHC.
“vulneráveis”, encontram-se incluídos não só os São Luís, 2013.
demandantes clássicos da assistência social:
doentes, idosos e órfãos, mas também grande parte MOTA, Ana Elizabete. Assistência social em Debate:
da população economicamente ativa, trabalhadores direito ou assistencialização? In: CONSELHO
L(" -0& 1&-#"E("* )-#"2/0& -& *"21$!& F&2*$, FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL. O trabalho do/a
!" .2$>$,?& " +&2 )##& "-1&-.2$* !)%1(,!$!"# !" ."2 B11F1I0HI0! 14EFBG! H4! "6'".! seminário nacional.
sua reprodução, assegurados apenas pelo trabalho Brasília, DF, 2011.
)-F&2*$, " +2"1$2)<$!& "* L(" #" "-1&-.2$*
incluídos. Nesse caso, a Assistência Social deve f3oGpMBo5H f9 o-."26"-/0& +2&%##)&-$, !&
ser extensiva a essa população apta ao trabalho, assistente social e as condições de trabalho no
1&*& F&2*$ !" $##"E(2$2 &# 2"1(2#&# >P#)1&# ' SUAS. Serviço Social & Sociedade, São Paulo, n.
reprodução humana. 104, 2010.

R. Pol. Públ., São Luís, Número Especial, p. 281-289, julho de 2014


!"#"$%&'!()#* !+%!'""#"$,)*#'!" *#'-.!/012341!5!162!789:080;<2=>4 289
RODRIGUES, Mavi Pacheco. Balanço Crítico do Lília Penha Viana Silva
SUAS e o Trabalho do/da Assistente Social. In: Assistente Social
CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL. Doutora em Políticas Públicas pela Universidade Federal
! I=BQBGR4! >4SB! B11F1I0HI0! 14EFBG! H4! "6'".! do Maranhão (UFMA)
Professora da Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
seminário nacional. Brasília,DF, 2011.
E-mail: liliapenha@hotmail.com
SPOSATI, Aldaíza de Oliveira. Assistência social Secretaria Estadual de Direitos Humanos, Assistência
03! >0QBI0.! Direito ou assistencialização? In: Social e Cidadania – SEDIHC
CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL. 369 v"2w-)*& !" 3,>(L("2L("H 5][H Un 3-!$2H g,&1& 3H
! I=BQBGR4! >4SB! B11F1I0HI0! 14EFBG! H4! "6'".! Edifício Clodomir Milet,Calhau
seminário nacional. Brasília, DF, 2011. 65051-000 São –Luís /MA.

SILVA, Maria Ozanira da Silva e. Implantação, Universidade Federal do Maranhão - UFMA


implementação e condições de funcionamento do Cidade Universitária do Bacanga
SUAS nos municípios. In: COUTO, Berenice Rojas Avenida dos Portugueses, 1966-Bacanga
et. al. O Sistema Único de Assistência Social no 85.085-580- São Luís-Ma
Brasil. São Paulo: Cortez, 2010.
Tribunal de Justiça do Estado - TJ/MA
Travessa Engenheiro Couto Fernandes Praça Pedro
NOTAS ooHL($!2$ We #]-nH G"-.2&
65.010-905 São Luís/MA,
1
Deliberação da VI Conferência Nacional de Assistência
Social (2005); Pactuação CIT (2009); Aprovação no Secretaria Municipal da Criança e Assistência Social
CNAS (2009); Adesão/Implantação (2010). de São Luís - SEMCAS/SL
Rua da Palma, 14 - Centro,
2
Ações socioeducativas com crianças e adolescentes; 65010-440- São Luís - MA,
capacitações de jovens e adultos para o mercado
!" .2$>$,?&= $.)6)!$!"# "#+"1A%1$# 1&* *(,?"2"#H
)!&#&#H !"%1)"-."#H ".19

3
Abrigo institucional; casa-lar; casa de passagem;
residência inclusiva e serviço de acolhimento
"* 2"+\>,)1$ ^K)+)%1$/0& [$1)&-$, !" 5"26)/&#
Socioassistenciais).

4
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junto aos gestores da Política de Assistência Social,
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Arlete de Brito Abreu


Assistente Social
Especialista em Administração e Planejamento de Projetos
Sociais pela Universidade do Grande Rio (Unigrario)
Técnica da Secretaria Estadual de Direitos Humanos,
Assistência Social e Cidadania (SEDIHC)
E-mail: arleteabreu1401@hotmail.com

Carla Cecília Serrão Silva


Assistente Social
Mestre em Políticas Públicas pela Universidade Federal
do Maranhão (UFMA)
Professora da Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
E-mail: ceciserrao@yahoo.com.br

Jercenilde Cunha Silva


Assistente Social
Especialista em Serviço Social e Política Social pela
Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
Assistente do Tribunal de Justiça do Estado (TJ/MA)
Assessora da Secretaria Municipal da Criança e
Assistência Social de São Luís (SEMCAS/SL)
E-mail: jercenildecs@ig.com.br

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