Você está na página 1de 23

CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE SÁ

CURSO DE SEGURANÇA PÚBLICA

A INTEGRAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA E DA SEGUNÇA PRIVADA


INTEGRADA FRENTE AO COMBATE A CRIMINALIDADE NO BRASIL

Autora: Carolina Nicacia dos Santos1

RESUMO

Uma das problemáticas em terras brasileiras que há décadas chamam a atenção de toda a
sociedade nacional é a criminalidade. A temática da segurança, que abrange a totalidade dos
atores incumbidos de ajudar o no controle social e o crescimento do sentimento de segurança
e bem estar social, vem dia após dia figurando nas agendas e plataformas políticas. A
violência está presente de maneira indistinta em todos os Estados brasileiros sendo esses mais
ou menos abastados, realizando a imposição para a população de desafios para a descoberta
de formas eficazes de lidar com a problemática de grande complexidade. Contudo, é tem tal
ponto que se verifica a nossa problemática: existem em terras brasileiras seguimentos
voltados para assegurar a segurança privada da sociedade, público e privado. Dessa forma,
quais as formas que a segurança privada em terras brasileiras pode corroborar, de maneira
sistematizada, com órgãos de segurança pública combate à violência em terras brasileiras? A
presente pesquisa tem característica qualitativa, com base em uma pesquisa bibliográfica
focada numa abordagem exploratória sobre a contextualização da aquisição de materiais, bem
como de descarte dos resíduos da construção civil. Contudo, foi possível verificar que o
sucesso de todo o processo seria possibilitado pela intensificação do uso no Brasil, de formas
de policiamento comunitário, o qual foca na aproximação entre o agente de segurança pública
e a comunidade. Tal transformação cultural dos órgãos de policiamento, representaria uma
instituição aberta para debates mais abrangentes acerca de resoluções eficazes e permanentes
para o combate e a prevenção tanto da violência como da criminalidade.

Palavras-Chave: Segurança Pública. Segurança Privada. Integração.

ABSTRACT

One of the problems in Brazilian lands that for decades has drawn the attention of the entire
national society is crime. The theme of security, which encompasses all the actors responsible
for helping in social control and the growth of the feeling of security and social well-being, is
appearing day after day on political agendas and platforms. Violence is present indistinctly in
all Brazilian states, which are more or less affluent, imposing challenges on the population to
discover effective ways to deal with the problem of great complexity. However, it is at such a
point that our problem is verified: there are segments in Brazilian lands aimed at ensuring the
private security of society, public and private. In this way, what are the ways that private

1
Graduanda em Segurança Pública pelo Centro Universitário Estácio de Sá. E-mail: carolinanicacia@gmail.com
1

security in Brazilian lands can corroborate, in a systematic way, with public security agencies
to combat violence in Brazilian lands? The present research has a qualitative characteristic,
based on a bibliographic research focused on an exploratory approach on the
contextualization of the acquisition of materials, as well as the disposal of civil construction
waste. However, it was possible to verify that the success of the whole process would be
made possible by the intensification of the use in Brazil of forms of community policing,
which focuses on the approximation between the public security agent and the community.
Such a cultural transformation of law enforcement agencies would represent an institution
open to broader debates on effective and permanent resolutions to combat and prevent both
violence and crime.

Keywords: Public Security. Private security. Integration.

1. INTRODUÇÃO

Uma das problemáticas em terras brasileiras que há décadas chamam a atenção de


toda a sociedade nacional é a criminalidade. A temática da segurança, que abrange a
totalidade dos atores incumbidos de ajudar o no controle social e o crescimento do sentimento
de segurança e bem estar social, vem dia após dia figurando nas agendas e plataformas
políticas. A violência está presente de maneira indistinta em todos os Estados brasileiros
sendo esses mais ou menos abastados, realizando a imposição para a população de desafios
para a descoberta de formas eficazes de lidar com a problemática de grande complexidade.
Os números da criminalidade em terras brasileiras vêm aumentando
desenfreadamente ano após ano. Pontos como o crescimento da desigualdade social, a imensa
concentração da população nas grandes cidades, em conjunto com a ausência de estrutura de
ajuda, o crescimento do tráfico de drogas e o desordenado crescimento da população,
corroboram para tal acontecimento. A violência vem se multiplicando, diversificando em suas
formas e se nos colocando mais diversos setores e camadas socais, desafiando todos os órgãos
de segurança pública.
Em terras brasileiras, para a garantia de sua segurança, a sociedade carece da ação
estatal, que tem a responsabilidade constitucional de estabelecer ações que viabilizem o
controle social de forma mais abrangente, concedendo estímulos positivos para que os
indivíduos possam viver em paz dentro de uma sociedade harmônica. O monopólio do
controle social é concedido apenas ao Estado. Somente esse pode se valer da força para
proteger a população por intermédio da prevenção e repressão de ações delituosas. Contudo,
os obstáculos que são postos aos órgãos de segurança pública em terras brasileiras são
variados e findam por provocar a não eficiência no controle da violência e criminalidade.
2

Consequência de tal contexto é percebida em terras brasileiras o dinâmico


crescimento de empresas de segurança privada, com a diversificação de organizações
empresariais voltadas para a proteção de pessoas, bens, patrimônios, dentre outros. Setores
públicos e parte crescente da sociedade, afetados pelo sentimento de medo e insegurança,
procuram tais organizações empresariais almejando assegurar sua incolumidade física e de
seus bens.
Contudo, a segurança particular ainda é vista com imenso preconceito, por causa de
acontecimentos como necessidade de modernização da normas legais, grande número de
empresas fora da legalidade e reduzido nível de escolaridade e qualificação do setor. Percebe-
se, contudo, que o número de agentes de segurança privada é consideravelmente maior a
todos os policiais pelo Brasil, ponto que da mesma forma faz, surgir um medo por parte do
Estado. Presente por todo o território nacional, as organizações empresariais de segurança
particular são controladas e fiscalizadas pelo poder estatal por intermédio da polícia federal, e
o setor é regulado pela União.
A complexidade e os números atuais da violência não deixam restar dúvidas acerca
da incapacidade estatal em fomentar a segurança total da sociedade nacional, e provoca o
crescimento da atuação das organizações privadas de segurança, seja tanto desejado como
imprescindível hoje em dia. Os pontos de vista são divergentes frente ao incentivo do setor
privado de segurança, contudo, é perceptível que não existe outra vida senão analisar a melhor
maneira de utilizar o mesmo, de forma que exerça eficazmente auxílio às atividades dos
órgãos de segurança pública.
Hoje em dia, as áreas e maneiras de atuação de cada setor estão bem conceituadas,
para a obstrução da sobreposição de incumbências e assegurar que os direitos elencados na
constituição a população não sejam feridos. Contudo, é tem tal ponto que se verifica a nossa
problemática: existem em terras brasileiras seguimentos voltados para assegurar a segurança
privada da sociedade, público e privado. Dessa forma, quais as formas que a segurança
privada em terras brasileiras pode corroborar, de maneira sistematizada, com órgãos de
segurança pública combate à violência em terras brasileiras?
Levando em conta o contexto atual do Brasil, a sistematização, regulamentação e o
uso dos organismos de segurança pública, bem como o constante crescimento das
organizações privadas de segurança, tal pesquisa tem o objetivo geral de mostrar possíveis
soluções para o estabelecimento da colaboração integrado entre os setores públicos e privado
de segurança, no combate a violência no Brasil.
3

A presente pesquisa tem característica qualitativa, com base em uma pesquisa


bibliográfica focada numa abordagem exploratória sobre a contextualização da aquisição de
materiais, bem como de descarte dos resíduos da construção civil.

2. REFERÊNICAL TEÓRICO

Uma das problemáticas que há tempos aflige não só terras brasileiras como também
diversas outras nações, é a questão da crescente violência e criminalidade. Tal acontecimento
é rapidamente explicado uma vez que a segurança é uma necessidade basilar das mais
relevantes dentro de qualquer sociedade. Desde tempos imemoriáveis da formação da
humanidade os seres humanos se valem de meios acessíveis dentro de sua época para se tiver
alimentos, e conservara sua saúde, bem como se proteger.
O ser humano é um ser fundamentalmente social e para sua conservação carece se
relacionar com outros a seu redor, assim sendo, tanto outros seres humanos como a natureza e
demais grupos sociais e outros. Contudo, é de conhecimento geral que nem sempre tal relação
acontece de maneira harmônica quando versamos acerca de sociedade e segurança. A briga
por espaço, dinheiro e condições de privilégio, ou pela mera procura de melhores condições
para subsistência, são pontos provocadores de brigas dentro de sociedades ao redor do mundo
moderno.

2.1. Criminalidade, Segurança e Estado.

A intitulada desigualdade social é colocada como uma das principais questões,


provocadoras de todo tipo de violência. A procura de condições melhores, um variado numero
de pessoas acabam por realizar o êxodo rural e virem se estabelecer nos grandes centros,
corroborando com a superlotação da mesma, que acabam por não ter infraestrutura para
auxiliar esses de maneira adequada.
A ausência de emprego, educação e quadro mínimo de salubridade e alimentação, faz
com que diversos indivíduos ao seu limite quando versados acerca da sobrevivência. Fazendo
com que uma grande parcela desses só tenha uma saída, que é a prática de atos criminosos. A
criminalidade hoje em dia é cada vez maior e mais complexa e inserida em qualquer área da
sociedade, tanto entre ricos como também entre pobres.
Sendo bastante variada pelo tráfico de drogas e de pessoas, corrupção generalizada,
chegando até as brigas violentas no trânsito, bem com também em comunidades carentes e
4

dentro das famílias. Em terras brasileiras, quando apreciamos uma pesquisa realizada por
Júlio (2020), sedimentado no mapa da violência do ano de 2019, revela que entre os anos de
2012 e 2018, o índice total de assassinatos observados pelo Ministério da Saúde deu um salto
de 49.695 para 56.337, revelando ser um índice mais elevado já visto no Brasil.
Revela da mesma maneira que não existiu no ano de 2012, uma capital com índices
de assassinatos inferiores ao índice epidêmico. Os valores mostrados em tal estudo efetuado
por Júlio deixam claro que a criminalidade é uma tendência que a muito vem se sedimentando
e seu alastramento é de fácil percepção em todas as cidades e regiões brasileiras.
Segundo Martins (2020), perante a insegurança há o crescimento intrínseco da
modernidade, a individualização. Uma pessoa com medo e insegura tem a tendência de acabar
olhando somente para se e seu bem-estar, apartando o corpo social em diversos indivíduos
que pensam e atuam em prol de se mesmo, realizando a exclusão outros que são vistos como
não similares. As desigualdades sociais e o crescimento da criminalidade faz crescer mais e
mais o sentimento de insegurança dentro de um corpo social de risco. A profusão de notícias
acerca da violência fez elevar tal sensação de insegurança na população.
É verificado dessa forma que existe um crescente comprometimento frente à paz
social em terras brasileiras, que acaba por influir no cotidiano das pessoas e provocando em
tais pessoas uma sensação de vulnerabilidade e de ausência de proteção. A temática da
segurança pública carece de estudos acadêmicos, que venham a corroborar para o encontro de
resolução de tal temática em terras brasileiras, se livrando de soluções imediatistas sem
fundamento ou fundamentadas de forma superficial para a resolução da problemática,
diversas vezes influenciadas através de políticas e ideologias e com a amostra de finalidade e
consequências totalmente questionáveis.
Disputas abrangendo resoluções radicais como a de tolerância zero e proposituras
humanistas provocam debates acirrados, que não contemplam estudos mais acurados e
fundamentados. Contudo com quem o povo brasileiro pode se proteger. Quem tem o dever de
zelar pela segurança pública dentro da nação.
Frente a tal contexto de medo crescente o individuo brasileiro tem a seu dispor a
força do Estado, que tem a tarefa constitucional de cuidar do controle social. Dentro de tal
cenário a Carta Política de 1988 versa logo em seu artigo 144º que: a segurança pública é de
responsabilidade do Estado, bem como um direito e uma responsabilidade de qualquer
cidadão, sendo exercida para conservar a ordem pública e da integralidade dos indivíduos e
dos bens, por intermédio de órgãos como: a polícia federal, rodoviária federal; ferroviária
federal; civil, militar e corpo de bombeiros (BRASIL, 1988).
5

Prosseguindo com a carta política de 1988 a polícia federal exerce a função de


polícia judiciária da União, ficando com a responsabilidade pela investigação de delitos
penais que firam tanto a ordem política como social ou em prejuízo de bens, serviços e/ou
interesses da União, e/ou autarquias empresas públicas, bem como demais delitos que a
execução tenha repercussão nacional ou internacional. Por sua vez, a polícia rodoviária
federal exerce o papel de patrulhamento ostensivo de rodovias federais e a polícia ferroviária
federal do patrulhamento das ferrovias. Polícia civil realiza a investigação de infrações que
não estejam na esfera de competência da polícia federal, agindo como polícia judiciária.
Polícia militar é a polícia administrativa, agindo com o policiamento ostensivo e na
conservação da ordem pública, por sua vez os bombeiros tem a função de defesa e salvamento
civil. Na esfera municipal podem ser elencadas, da mesma forma, guardas municipais, com a
responsabilidade de proteção de bens e serviços municipais.
Por sua vez, o Estado, tem um sistema de segurança organizado e teria a capacidade
de atender os requerimentos por segurança da população. Contudo, não é o que acontece ao
passo que a sociedade se mostra insatisfeita acercada temática. O governo federal busca
conservar um grande distanciamento da temática da segurança pública em terras brasileiras.
Pois, por estipulação constitucional, o comando das polícias tanto civis como militares fica
nas mãos dos entes federativos, podendo aventar de que não exista uma verdadeira
preocupação da União de ter mais responsabilidade acerca da temática, evocando para si a
reunião do estudo para o estabelecimento de medidas mais eficazes, que geralmente tem
resultados em longo prazo. Certamente, como se ocupa da temática de árdua e lenta solução, é
mais interessante para a União que os entes federativos permaneçam com tal mácula de
incapacidade.
Segundo Júlio Jacob Waiselfisz sendo o responsável pelo desenvolvimento do mapa
da violência em terras brasileiras, uma pesquisa pormenorizada acerca dos números da
criminalidade em todo o território nacional. Revela a necessidade da União em ajudar a
integrar municípios dentro do combate contra a violência ficando na vanguarda na função de
inteligência e fazendo o mapeamento das problemáticas regionais. A luta tem que ser voltada
para atender as particularidades de cara região. Sendo necessário haver um estudo minucioso.
Tendo como primeiro passo a mudança de pensamento, uma vez que foi incutido o
pensamento de que a violência é um acontecimento natural, o que vem a ser um erro. Uma
vez que a mesma é um acontecimento provocado por razões especiais que tem a capacidade
de serem removidas (WAISELFISZ apud MELLO, 2020).
6

Indo para além da ausência de integração verdadeira da União, são diversas as


questões enumeradas como razões contribuintes para a não eficiência do Sistema de
Segurança Pública em terras brasileiras. Tais como, é verificada a política da
hiperostensividade policial, assim sendo, a procura pelo crescimento, mais e mais, da
quantidade de agentes policiais nas ruas, especificamente nos Estados, baseado no
pensamento de que a saturação obstrui o acontecimento de delitos e diminui
consequentemente a criminalidade.
Contudo, pesquisas revelam que a diminuição da criminalidade fundamentada
essencialmente na presença policial não tem resultados verdadeiros na diminuição de maneira
verdadeira e perene. Tal verificação é fundamentada essencialmente no acontecimento de que
a presença policial ostensiva somente obstrui a realização do delito no momento, uma vez que
resulta somente no deslocamento da criminalidade, sem obstruir que o crime seja praticado.
Um outro ponte a levar em consideração é a carência de relação entre a polícia
judiciária, onde e dado start no ciclo, e o poder judiciário, onde o ciclo é finalidade com o
julgamento. Entende-se esta uma imensa resposta para diminuir a quantidade de delitos, uma
vez que somente o criminoso preso ou que tenha a certeza de que será se abstêm da realização
de novas infrações assim. Assim sendo, é essencial a existência de um sistema de justiça
criminal forte, harmônico e aparelhado. A ausência de sistematização e harmonia de
verdadeiros e responsabilidades provoca que policiais que teriam que estar trabalhando de
maneira ostensiva permaneça em trabalhos investigativos. É a consequência da falta de
eficiência na elaboração do ciclo com a sucessiva punição dos criminosos.
A diminuição da criminalidade necessita fundamentalmente de investigação,
apuração dos delitos e da autoria, com o objetivo de ser julgado pelo judiciário, requisito
fundamental para que sejam punidos. Contudo, como contraponto da importante e essencial
tarefa que exerce no contexto social e jurídico, a polícia judiciária está em claro declínio, às
portas de um colapso, provocando severas críticas de certos especialistas a forma de
investigação criminal praticada em terras brasileiras (COSTA, 2014).
Por isto, a falta de punição tem se convertido em uma patologia crônica, provocadora
de descrédito da população acerca de todo o poder judiciário brasileiro. Havendo imensa
carência da União em elaborar praticas, por intermédio do ministério da justiça, para as
transformações legais e nos aparatos da justiça e execução penal para diminuir as lacunas da
impunidade e garantir a punição ágil dos autores de delitos como ferramenta de dissuasão.
Revela-se perante o citado que a questão do provimento do grau de segurança
requerida pela sociedade é uma temática de imensa complexidade, ao passo em que são
7

precisas transformações de monta, que começam na reorganização estrutural e funcional


concernente aos órgãos de segurança pública, chegando da reformulação de todo o poder
judiciário. Somente assim, será viável ao Estado fazer valer o seu dever constitucional de
segurá-la a segurança de toda a sociedade.

2.2. Segurança Privada

A consequência de toda a questão que abrange a atuação da União no fomento da


segurança à população no Brasil, é a procura das pessoas e de instituições de maneira mais
eficazes para assegurar a sua proteção.
Conforme AUSEC (2019), com a finalidade de encontrar a resolução para a
problemática da segurança pública. Uma vez que há projetos de lei, que tem o intuito de
desenvolver e fazer a evolução do sistema, provocando com que a lentidão e a não eficiência
sejam mecanismos partes do passado. Contudo, até que seja alcançado tal momento almejado
por toda a população, em que a polícia deixe de ser reativa e passe a agir de maneira
verdadeiramente preventiva, necessitamos de praticas alternativas.
A resolução mais buscada, dessa forma, tem sido a contratação de empresas privadas
para a realização de proteção. Como maneira alternativa, certas empresas e instituições têm
escolhido a adoção do contexto organizacional, o seu setor particular de segurança,
intitulando de serviço orgânico de segurança. Contudo, isto cobra seu valor e não é todo
mundo que tem condições de arcar. O sentimento de falta de segurança tem sido o ponto
fomentador do constante crescimento da segurança pública, desenvolvendo o que diversos
estudiosos intitulam de indústria da segurança, sendo grande o desenvolvimento e a oferta
desse serviço.
Assim sendo, na falta de um serviço eficaz de segurança estatal, que o tem como
responsabilidade, quem tem condições, acaba por gastar mais para se proteger melhor, até por
ser sempre um alvo de maior interesse de agentes criminosos. De acordo com a portaria nº
387 do ano de 2006, oriunda do departamento da polícia federal, são vistos como atividades
de segurança privada, a vigilância patrimonial, transporte de valores, escolta armada,
segurança pessoal e cursos de formação.

 Vigilância Patrimonial – é realizada nos limites dos estabelecimentos, tanto nas


cidades como no meio rural, podendo ser em instituições públicas ou privadas, com o
objetivo de assegurar a conservação e proteção física dos indivíduos e do patrimônio
8

no local, ou de eventos sociais. As empresas de vigilância patrimonial não terão a


autorização elaborar ações econômicas de outra monta da que sejam devidamente
autorizadas e apenas terá a capacidade de ser realizada nos limites dos locais vigiados
e, em casos de exercício dentro e eventos socais, tais como show, carnaval, futebol,
tem de se limitar nos espaços particulares elencados no contrato.

 Transporte de Valores – consiste no transporte de moeda, bens ou outros valores, com


o uso de veículos, tanto comuns ou especiais.

 Escolta Armada – tem o objetivo de assegurar a locomoção de todo ripo de carga de


valor.

 Segurança Pessoal – sendo realizada com o objetivo de assegurar a proteção física de


indivíduos.

 Curso de Formação – tem por objetivo fazer a formação, especialização e reciclagem


de agentes de vigilância privada. Dessa forma, fica claro que os serviços a serem
exercidos por empresas privadas são especiais, limitados ao que esta previsto em lei.
No Brasil, marco de regulação da segurança privada é, hoje em dia, regulamentado
pela lei 7.102 do ano 1983, bem como os decretos 89.056 e 1.592, dos anos de 1983 e
1995 consequentemente, sendo completados por outros decretos e portarias especiais
que forneçam novos requerimentos à regulamentação.

Segundo tal ordenamento jurídico, a segurança privada é vista como subsidiária e


complemento à segurança pública, sendo que, a começar do ano de 1996, seus trabalhos são
regulamentados, controlados e fiscalizados pela polícia federal, por intermédio de portarias e
outros documentos emitidos pela própria policia federal (ZENATIC, 2009).
Tal legislação exposta e as leis que realizam sua complementação deixam evidente o
liame da atuação entre o público e o privado no que concerne à segurança. Ficando claro, da
mesma forma, que para se possa exercer sua prática no mercado, toda empresa tem que ser
devidamente autorizada para isto, e a obrigação de todo agente de vigilância particular esteja
associado a uma empresa devidamente legalizada.
9

Mesmo que tenha uma evidente diferenciação entre agentes de segurança públicos e
provados que realizam a segurança, ressaltado em termos tanto dos poderes dados aos
policiais, tais como o poder de prender, quanto das vocações das forças públicas e privadas
especificidades mais preventivas e voltadas ao combate e controle de acesso, com suas
finalidades estipuladas por quem contrata e seus interesses particulares, ao passo que os a
gente de segurança pública tem um perfil repressivo voltado à punição, existindo uma
relevante tensão voltada no alagamento do campo de atuação dos vigilantes privados voltado
ao campo da polícia, desenvolvendo zonas por vezes menos definidas de diferenciação entre
público e privado (ZENETIC, 2009).
A conceituação de limites versada por Zenetic é estipulada em normas sendo
essencial para que não exista sobreposição de responsabilidades de agentes em exercício para
as quais não são capacitados e futuros enrolos jurídicos. É verifica que, concernente a casas de
espetáculos e demais espaços privados, o exercício da empresa privada de segurança
patrimonial, apenas nos limites do ambiente.
Para a AUSEC (2018) o constante crescimento da área da segurança privada com o
forte alargamento da demanda e oferta desse serviço fez crescer a concorrência dentro do
setor. Organizações mais e mais procuram qualificação e modernização, viabilizando serviços
especiais, de maneira a suprir os anseios modernos, fugindo do dinâmico crescimento da
criminalidade. Contudo uma imensa problemática é o ponto de que mesmo assim, ainda já
dentro do mercado uma imensa quantidade de organizações funcionando sem estarem
devidamente regulamentadas, usando ferramentas não adequadas e, essencialmente,
profissionais não qualificados. Em verdade, são organizações que ofertam um imenso risco a
quem as contrata e se valem das fragilidades do sistema.
Conforme Cardoso (2011) diversas organizações ofertam profissionais sem
qualificação basilar, tudo para tentar atender a grande demanda e ganhar dinheiro dentro de
um mercado tão atraente. Como não é barato comprar a própria segurança, a clandestinidade e
os valores reduzidos crescem junto ao mercado legalizado. Dentro desse contexto, podemos
ver um ponto de motivação de muitos casos de abusos por parte dos agentes de segurança
privada, das ocorrências ilícitas oriundas por atitudes desmedidas e do montante de demandas
no judiciário que são movidas contra seguranças privados.
O setor de segurança pública tem uma demanda alastrada em vários âmbitos da
sociedade, sendo os essenciais contratantes dos serviços de segurança privada o âmbito
público, bancos e indústrias e o setor de serviços, sendo o âmbito público o maior contratante.
Na maioria das nações o número de agente de segurança privada é acima ao número de
10

policiais, constituindo assim um exército paralelo. Em terras brasileiras o contexto é ainda


mais agravante, uma vez que o policiamento muitas vezes sucateado faz o setor de segurança
provada ser mais e mais relevante junto à população. O sucateamento da polícia provoca outra
problemática para a sociedade nacional, que é do bico dos policiais, que frente a salários
baixos são obrigados a ter uma fenda adicional, exercendo trabalhos de segurança privado em
suas folgas.
No ano de 2018, foram gastos mais de R$ 10 bilhões em segurança particular e
eletrônica, acerca de mais de três vezes a mais do que em 2008. Organicamente o crescimento
das agências bancárias fez crescer exponencialmente para mais de 35 mil agências bancárias,
mas os ataques a essas não recuarem pularam de cerca de 442 no ano de 2011 para mais de
1.903. Podemos verificar que houve crescimento relevante nos arrombamentos dos terminais
eletrônicos por todo o Brasil, a Febraban reconhece, contudo sem a divulgação de índices de
ocorrências. Em um documento da Organização dos Estados Americanos, Segurança Cidadã
das Américas, revelou que o Brasil tem 4,9 agentes de segurança privada no ano de 2012 para
cada agente de segurança pública. Somente atrás da pequena Guatemala, com 6,7 agentes de
segurança privada para cada policial (AUSEC, 2019).
Tal efetivo de agentes de segurança privada que tem o Brasil, o qual supera, de
maneira considerável, a quantidade de policiais, é um dos aspectos que influenciam na falta
de confiança e no preconceito para com este setor, tenho em vista a necessidade de controle
eficaz sobre o setor.
Um outro ponto que corroborou com o crescimento do medo da população para com
a segurança privada é o reduzido nível de escolaridade necessário para os agentes de
segurança privada. Hoje em dia necessita ter somente o ensino fundamental. Tal ponto é visto
como essencial ao passo que é questionado se tal nível de escolaridade é realmente suficiente
para que um segurança atenda ao que é almejado do mesmo, em especial quanto ao nível de
discernimento para a atuação em ocorrências de grande complexidade que abranjam riscos
(COELHO, 2019).
Por causa disso, ficamos obrigados a estar em contato com agentes despreparados,
tais como, na entrada de um banco, ou então vemos na mídia a conduta irresponsável de
agentes de segurança privada, tais com, a morte de indivíduos que o mesmo considerava
como perigosos. Vários destes vigilantes agem pensando que são com a ideia que de são
policiais, uma vez que pensam estar fundamentados em um status de autoridade que o
exercício de vigilante vem ganhando.
11

Resultado da questão exposto por Cardoso é a imensa quantidade de acontecimentos,


envolvendo agentes de vigilância privada, fora da legalidade, acontecimentos que vão de
simples constrangimentos até infrações penais como assassinatos, e que provocam uma
quantidade alarmante de querelas judiciais tendo como parte o setor da segurança privada.
Assim sendo, é revelado que a constituição do vigilante é um ponto que necessita ser
revisitado, uma vez que influência em vários pontos da ação frente ao público como, a
postura, apresentação, educação, respeito e essencialmente o grau de resposta usado em
ocorrências de risco.
Porém, não é visto mais a chance da população de hoje permanecer sem segurança
privada. Mesmo sua existência necessite ainda de vários ajustes e permaneça causando
consequências negativas é impossível pensar que o Estado vá avocar a responsabilidade pela
segurança. Em um contexto de violência contemporânea a intervenção da iniciativa privada
passou se configurando como um acontecimento necessário perante ao sucateamento dos
serviços públicos de segurança.
Cardoso (2011) é bastante relevante que a segurança privada fique adstrita à
realização como força auxiliar da segurança pública. O Estado tem que admitir a relevância da
segurança privada e a existência das questões ligadas e ela, sendo mais eficaz em sua
regulamentação e fiscalização, para que a prestação de serviços de segurança privada não
finde por ter como consequência ainda mais danos à população.
A despeito dos índices expostos, os quais são referentes à segurança privada em um
nível de relevância considerável para objetivos de contribuição na conservação do controle
social, em terras brasileiras os debates acerca das maneiras de se ter parcerias entre os setores
públicos e privados andam de maneira morosa. Dentro desse contexto, iniciativas de certos
entes federativos já são vistas nos últimos anos como, por exemplo, o primeiro simpósio
acerca da segurança particular que aconteceu na cidade de Aracajú – Sergipe, onde teve como
temática “As Relações da Segurança Privada e Pública Após a Copa do Mundo”. (COELHO,
2011).
No ano de 2014, o acontecimento da Copa do Mundo de Futebol em terras
brasileiras, revelou que é possível andar em direção a uma maior aproximação entre o setor
público e provado de segurança pública. Sendo uma experiência que teve sucesso e que
verdadeiramente servirá como ensaio para a analise de viabilidades mais abrangentes e
permanentes de emprego conjunto. Em tal contexto, parece ser interessante de ser empregado
na área das informações. O setor da segurança privada tem suas organizações distribuídas por
12

todo o Brasil. Os agentes de segurança privada estão presentes em bancos, comércios, nos
equipamentos públicos, dentre outros.
Dessa forma, já estão colaborando de certo modo com vários órgãos de segurança
privada, uma vez que viabiliza que tais possam dedicar seu tempo em setores externos. Bem
como do fator presença, o agente de segurança particular tem todas as ferramentas
tecnológicas de segurança ofertadas hoje em dia, como os diversos meios tecnológicos.
Assim, esse número expressivo de agentes e tecnologia em todo território nacional, teriam a
capacidade de alimentar o sistema de inteligência de segurança pública, de maneira a
corroborar na prevenção de delitos criminosos, essencialmente corroborando na formação de
contextos estatísticos para serem usados em planejamento do setor público.
Contudo, uma problemática essencial, será que o modelo de polícia aderido em terras
brasileira hoje em dia corrobora a aproximação com a área privada de segurança. Tal aspecto
da mesma forma tem que ser considerado relevante, uma vez que parece fundamental a
quebra da forma clássica de polícia para que o campo passe a ser fértil à ajuda simultânea
entre instituições, policia e população.
Dentro do referido contexto, é possibilitado encontrar formas de policiamento foda
do Brasil que viabilizem a analise acerca e tal integração. Sendo o caso do policiamento
comunitário ou de proximidade visto em terras japonesas, que usa técnicas de aproximação,
ação de presença permanente, integração e comprometimento com o ambiente de atuação e
com a população na conservação da ordem pública, da vida e dos bens dos indivíduos.
Para Rolim (2006) uma forma, proativa, de policiamento tem que estar perto e
integrado à população quando viável, inclusive com a retomada de patrulhamento a pé. A
concepção central dentro desse contexto é substancialmente distinta daquela voltada para a
quantidade de prisões realizadas ou índices de resolução de crimes. Compartilhamento da
mesma maneira de pressupostos de que uma intervenção sobrea das forças policiais, em
conjunto com outras entidades da sociedade civil, pode mudar diversas condições que são
preventivas do crime. Medidas relevantes aderidas em terras brasileiras serão abordadas com
a criação das unidades de policia pacificadora, no estado do Rio de Janeiro. Medidas de uso
da forma de policiamento comunitário passaram a ser normais em países democráticos e o
interesse pela sua eficácia é maior.
Certos cuidados fundamentais a serem respeitados na possibilidade operacional de
uma medida de policiamento comunitário abrangem a criação de técnicas de impacto da
população que provoquem q participação e a definição de intenções gerais por quem ali
reside. Concomitantemente, o policial comunitário tem que exercer um papel basilar para o
13

sistema de inteligência policial, a coleta de dados precisos para a prevenção do crime


(ROLIM, 2006).
Não se teria em tal ponto, uma grande chance de corroboração dos agentes de
segurança privada. Sendo certo que muita coisa necessita ser modificada para que se tenha a
integração desejada entre os diversos órgãos de segurança pública e as organizações de
segurança privada. As carências de adaptação passam pela mentalidade de tanto de segurança
como de policiamento, passando pela qualificação dos profissionais públicos e privados.
Sendo uma longa caminhada a ser percorrida, com muito a ser analisado.

2.3. Sistema Normativo Legal

Ao passo em que a violência cresce, fica diversificada e enraizada em diversas áreas


e classes socais no Brasil, é necessária a reunião de forças com inteligência e, acima de tudo,
de maneira fundamentada. Sendo de imensa relevância a integração entre diversos órgãos de
segurança pública, essencialmente de abertura de vias de acesso ao ambiente privado. A
secretaria nacional de segurança pública, que faz parte da organização do ministério da
justiça, tem a responsabilidade de auxiliar o estabelecimento e observação da politica nacional
de segurança pública.
Assim sendo a lei nº 11.530 de 2007, em seu artigo 12º versa que é de competência
da secretaria nacional de segurança pública, a criação de medidas de legislação e regulamento
em temas de segurança pública, voltados ao setor público e privado; fomentar a integração
dos órgãos de segurança pública; fomentar a modernização de tais órgãos; proporcionar e
propor aos estados e municípios a criação de projetos de integração de segurança pública, com
a finalidade de controlar atuações de grupos criminosos ou causas da violência, e também
provocar medidas socais de prevenção à criminalidade; estabelecer e conservar, bem como
modernizar e guiar a rede de integração de informações públicas, justiça e fiscalização
(BRASIL, 2007).
Fica revelado que frente ao citado, com o advento da politica nacional de segurança
pública que é buscado a elaboração de possibilidades para maior integração dentre várias
instituições de segurança no Brasil, por intermédio da criação de projetos integrados. Como
resultado disso, no ano de 2007, por intermédio da lei nº 13.675, o sistema único de segurança
pública, com o objetivo geral de realizar a integração das atuações policiais dentro do setor da
União, dos Estados e municípios.
14

Elencado logo em seu artigo segundo, acerca de oito objetivos, que consistem no:
estabelecimento de condições apropriadas à integração sistêmica para proporcionar a
cooperação entre instituições e fortalecer, no âmbito nacional, as responsabilidades das
instituições tanto regionais como municipais das instituições de segurança pública;
desenvolvimento de um ciclo basilar comum, com currículo mínimo uniforme; sistematizar e
difundir informações policiais, tornando viável a troca de dados e a ação de cooperação entre
policiais no Brasil; estabelecer em todos os estados brasileiros e no distrito federal, um
gabinete de gestão integrada para debate das prioridades a serrem compartilhadas na provisão
de segurança pública e técnicas de cooperação (BRASIL, 2007).
A sistematização de tal sistema é realizada por intermédio da instalação dos
gabinetes de gestão integrada em cada Estado que participa do programa. Esses gabinetes são
espaços de debate formados por secretário estadual de segurança e representante de cada força
policial e corpo de bombeiros, bem como guardas municipais. Sendo relevado à imensa
relevância, que tais gabinetes têm, uma vez que é a ponta da lança do sistema para integração.
Tal transformação de parâmetros na forma de se pensar segurança em terras brasileiras é nova
e necessita de amadurecimento. Há ainda muita coisa de para ser evoluída e superar
obstruções que interferem na caminhada rumo à integração entre órgãos públicos, dentre eles
a história, cultura, estrutura e normatização.
O plano nacional de segurança pública da mesma forma mostra considerações e
obstruções no âmbito da segurança privada em terras brasileiras e, para tais, tem a propositura
soluções como o estabelecimento de ferramentas voltadas para integração dentre a segurança
pública e privada.
Para realizar o enfrentamento das questões vistas dentro da segurança privada, tais
medidas apresentadas a seguir, tem que ser aderidas: como a descentralização e simplificação
de processo de credenciamento e sustação de autorizações para organizações de segurança
privada; mudança de tal incumbência, bem como a responsabilidade imediata de fiscalização
e controle, tanto a estados como municípios, com expressa distribuição de responsabilidades
entre esses (BRASIL, 2007).
O ministério da justiça, por meio do departamento da policia federal, referente à sua
tarefa de regulamentação e controle da atividade em terras brasileiras, ficando responsáveis de
forma direta, contudo, somente pela fiscalização das ações particulares prestados a aparelhos
públicos federais e em âmbitos sob jurisdição do governo federal (BRASIL, 2007).
Calcula-se que seja provável que tal opção, de transferência do controle e
fiscalização para estados e municípios, bem como outros benefícios, viabilize mais integração
15

do setor provado, das medidas de integração já em vigor no âmbito público, com o


estabelecimento dos gabinetes de gestão integrada nos estados. Em nível estadual, o debate
acerca da maneira do setor de segurança privada ter a capacidade de corroborar com o sistema
único de segurança pública fica mais fácil, podendo até mesmo, ser analisada a participação
de representantes na formação de tais gabinetes.
Realizar o desenvolvimento de um banco de informações de âmbito nacional
integrado e inteiramente informatizado acerca de organizações de segurança privada, que
viabilize o cruzamento de dados do departamento de policia federal, das secretarias estaduais
de segurança pública, da receita federal, do INSS, cadastro geral de atividades econômicas,
pesquisa nacional por amostra de domicilio, dentre outros, a nível estadual, municipal e
nacional. Bem como reunir todas as informações disponíveis acerca das organizações e dos
servidores, o banco poderia incluir dados acerca de armas desviadas de empresas ou de
agentes de segurança particular (BRASIL, 2007).
Tal medida verdadeiramente faria crescer a eficácia no controle de organizações
privadas de segurança privada. Organicamente, a desconfiança acerca do setor viria a ser
reduzida realizando o incentivo de abertura de vias para integração. O plano nacional de
segurança pública passa a proposição de medidas que teriam a capacidade de serem
empregadas e estreitar a integração entre agentes de segurança tanto pública como privadas.
A elaboração de ferramentas normativas e claras de ajuda entre a vigilância
particular e a segurança pública, como parte de projetos de integrações de controle da
violência. Vias de comunicação e protocolos de cambio de dados entre agentes de segurança
tanto pública como privada terão a capacidade de fortalecer os recursos e fazer crescer a
eficiência dos dois setores de segurança (BRASIL, 2007).
É perceptível que medidas como estas, de mera sistematização, poderiam dar início a
elaboração de uma cultura de ação conjunta e ajuda mútua. O ganho seria imensamente
elevado para dos dois setores de segurança, os vigilantes poderiam corroborar com as
instituições de segurança pública servindo como acionadores e informantes treinados, em
contraponto, mais entrosamento entre setores teria a capacidade de viabilizar uma resposta
mais veloz aos alarmes dos agentes de segurança particular.
Levando em conta o imenso número de agentes de segurança privada por todo
território nacional pelos mais variados setores, utilizados na proteção de bens e pessoas teriam
uma ampla cobertura de vigilância oferecida por tais agentes privados.

2.4. Inteligência Frente à Criminalidade


16

A atividade de inteligência em terras brasileiras cresceu muito e permanece em


crescimento e passa por mudanças com a finalidade de reduzir a concepção preconceituosa
com a qual era vista, verdadeiramente advinda da maneira como era conceituada logo em sua
origem. Esta vem sendo entendida mais e mais como uma forma fundamental de auxilio aos
gestores de qualquer natureza, por intermédio do fornecimento de dados para auxilio á
procedimentos de decisão fundamentada em estudos criminais.
Dessa maneira também vem acontecendo no setor da segurança pública, como prova
a elaboração da norma nº 9.883 de 1999, que estabelece o subsistema de inteligência de
segurança pública. Esse tem o objetivo de realizar a coordenação e a integração de ações de
inteligência de segurança pública no Brasil. Outro ponto relevante é a evolução tecnológica
que, com a variedade e a modernização dos muitos de tecnologia da informação, tem
corroborado bastante para a aplicação ações de inteligência em corroboração de segurança,
bem como na integração de diversos órgãos de segurança.
A ação de inteligência da mesma forma está de expandindo no campo da segurança
privada, contudo ainda muito no âmbito da inteligência competitiva, hoje bastante usada no
mundo organizacional. Contudo, se trata de um relevante começo, ao passo em que a ideal
compreensão acerca dos dados. Ficando claro que a relação com a inteligência, dentro do
âmbito privado ainda é compreendida com muito reserva. Bastando que realize uma
observação acerca do acontecido nas últimas décadas nos Estados Unidos, onde grande parte
da alta cúpula da inteligência e investigação era ligada ao setor privado.
O vazamento de dados importantes para o governo provocou grandes problemas
diplomáticos aos Estados Unidos. Contudo, é versado no presente estudo o apoio da
segurança privada no seu grau primário, assim sendo, na ponta da lança, tendo o agente de
segurança privada como parte do mecanismo de inteligência. O mundial de futebol de 2014
em terras brasileiras acabou por ser um imenso teste para a comprovação da relevância da
relação mais próxima das organizações de segurança privada e os demais órgãos de segurança
pública. Por causa de tal evento, é revelado que as ações e os limites de cada setor ficaram
verdadeiramente definidos, contudo, a relação organizada entre os mesmos foi de essencial
importância para o sucesso da segurança de uma forma geral.
Organicamente, visto como especialidades e as motivações profissionais de cada
setor de segurança, tanto públicas como provado, não é possível realizar a separação que seja
realizada, dentro de um curto prazo, um imenso interesse por tal via de aproximação,
essencialmente ao se versar do âmbito da inteligência. Carecendo de compreensão a
17

relevância comercial das organizações privadas. Pois, tais existem por causa do ganho
financeiro que tem com os contratos firmados, contudo, ao passo que mais deles é sempre
melhor, sendo este o fundamental interesse.
Outra concepção importante é o acontecimento de que essas tiveram origem e vêm
ganhando espaço por causa da ineficiência do setor público de ofertar a segurança que a
sociedade carece. Então se converte em essencial, em um primeiro ponto, um exercício de
transformação de parâmetros nos setores públicos e privados, uma transformação cultural que
faça surgir à consciência acerca de como pode ser vantajoso para os dois setores o objetivo do
auxilio simultâneo que consiga proporcionar mais segurança para toda a sociedade. O agente
de segurança, sendo publico ou privado, carece refletir e atuar como tal e, ao mesmo tempo
como cidadão que protege quando está de serviço, se sentir seguro ao andar pelas ruas.

2.5. Vias para Integração

Percebe-se assim, a carência de um exercício de base a ser empregada dentro das


escolas e cursos de formação. Sendo necessário da mesma forma despertar dentro das
faculdades o interesse de aprofundamento em analises dentro de tais áreas. A iniciativa do
estabelecimento dos debates poderia começar nos estados, com a ajuda da União. Não
parecendo muito provável que o estímulo de analises nas instituições de órgãos de segurança
pública, no sentido de se perceber ações práticas e pontuais de auxílio simultâneo entre os
setores públicos e privados, poderia dar início a importantes ideias.
A administração no âmbito das comunicações seria uma área fértil. Tendo a
capacidade de ser analisada o emprego de redes rádio especiais por intermédio das quais os
agentes de segurança privada teriam acesso rápido à polícia militar de cada estado. Uma outra
possibilidade seria a organização da troca de dados, as organizações de segurança privada não
teriam a capacidade de acessar, ainda que limitado em certos acontecimentos, ao banco de
informações concernentes à criminalidade em certa região de interesse. Em contra ponto, as
mesmas organizações privadas não poderiam ajudar com informações dentro de tais bancos
de dados, com as observações e impressões cotidianas coletadas por agentes de segurança
privada. Organicamente, essas práticas resultariam em uma série de parâmetros e
sistematizações tanto de conhecimento como de processos no âmbito dos dois setores, público
e privado.
Tudo isto atenderia aos anseios da União elencados nos ano de 2000 no plano
nacional de segurança pública, com a essencial finalidade de corroborar com a integração de
18

políticas de segurança, sociais e atividades comunitárias, melhoramento de todo o sistema de


segurança pública nacional. O plano nacional de segurança pública tem o objetivo de focar na
relevância do debate integrado de resoluções para a violência com a participação de mais e
mais atores de segurança.
Dentro de tal contexto, a participação não é um vocábulo vago, um mero slogan
voltado para demagogia, um discurso populista, tão pouco uma fórmula mágica. Sendo pré-
requisito eficaz de desenvolvimento competente e da administração racional da totalidade da
política pública de segurança que se anseia. Esse novo prisma de adoção requer que as
propostas estejam em consonância com a complexidade do problema a ser enfrentado e, assim
sendo, se convertem em programas multidimensionais, que reúnem recursos multissetoriais,
que abranjam figuras públicas e privadas de diversos tipos e que tenham por inspiração
saberes interdisciplinares.
Sendo muito relevante que, a ação constante, sociedade civil seja da mesma forma
evocada para uma imensa mobilização nacional pela formação de uma sociedade de paz, em
que os organismos não-governamentais, associações, sindicatos, instituições religiosas, de
educação e outros representantes da iniciativa privada serão convocados para a participação
de um grande grupo, a ser elaborado em diversos graus, ao mesmo tempo, com objetivo de
integrar os excluídos.
É percebido dessa forma que existe ambiente para progredir rumo à integração, o que
pode da mesma forma versar é a total confiança de áreas públicas em cima do privado. O
medo deque tais possam se converter em uma ameaça em potencial ao Estado democrático de
direito, por ser frágil frente aos contextos políticos, parecendo árduo de ser superado.
Para Anderle (2007) essa força, não controlada, tem o risco de se perder de vista a
diferenciação entre público e privado na administração da segurança pública nacional,
também tendo a capacidade de aparecer milícias populares, para grupos que tenham outros
objetivos e interesses ou uns contra os outros, exércitos particulares, para garantir a segurança
de certos ambientes do crime, ou realizar o combate dessas.
Assim sendo, até mesmo dentro desse contexto, não seria mais interessante procurar
a integralidade de tais setores, não sendo tal maneira de acabar com a ameaça de se ter uma
força de segurança particular maior, não vinculada às forças de segurança pública. Outro fator
que necessita ser colocado como prioridade com certa urgência é o grau de escolaridade do
agente de segurança particular exigida dentro o setor privado. Hoje em dia ao individuo que
quer ser um agente de segurança no setor privado somente necessita ter a 4ª série do ensino
primário.
19

Mais e mais é esperado dos agentes de segurança particular, que possam


compreender a importância dos seus serviços com clareza e firmeza, porém com a adequada
educação e cordialidade; que possam saber agir de acordo com a legalidade e observando os
direitos de cada pessoa; que sejam qualificados para a utilização dos mecanismos modernos
que estejam a seu dispor; que tenham a capacidade de serem veículos de informação para o
sistema de inteligência; entre outros anseios.
Contudo, para Zenetic (2009) tal contexto vem sendo paulatinamente transformado,
esmo que ainda seja possível ver reduzida qualificação profissional dentro do setor de
segurança particular, essencialmente no que concerne o perfil dos agentes de segurança
privada, comum grau de escolaridade de treinamento bem inferior ao dos agentes de
segurança pública, tal contexto vem sendo transformado de forma significativa no decorrer
dos anos.
Por intermédio de estudos do instituto brasileiro de geografia e estatística, podemos
verificar que é possibilitado se ver relevantes transformações dentro do perfil socioeconômico
e profissional da sociedade empregada tanto no âmbito público como privado de segurança,
em todas as partes do Brasil. O grau de escolaridade dos agentes de segurança privada é,
ainda hoje, visivelmente menor frente aos policiais, contuso tal discrepância vem sendo
reduzida paulatinamente (ZENITIC, 2009).
Sendo bastante provável que o crescimento orgânico da escolaridade dentro dos
agentes de segurança particular seja advindo do crescimento da demanda por pessoal
qualificado. Sendo possível perceber, hoje em dia a relevante carência do agente de segurança
privada se qualificar para que possa atender os anseios de seus contratantes e saber utilizar as
tecnologias mais avançadas e que estão a seu dispor.
Uma vez que, é comum o uso de mecanismos tecnológicos para facilitar a realização
da segurança e com a viabilidade de integrar os mesmos dentro de distintas redes. O agente se
segurança privada está colocado em um sistema de segurança composto por vários meios que
acabam por se completar coma finalidade de ofertar ao contratante um serviço de melhor
qualidade e menos falhas. Organicamente, em tal sistema, o fator humano é visto como parte
fundamental, uma vez que tem a incumbência de saber usar com eficácia a totalidade dos
meios a seu dispor, sabendo tirar o melhor desses.
Frente ao exposto, é possível perceber, que o crescimento do nível de escolaridade
requerido para o profissional da segurança privada, necessita ser normatizado, para que o
agente de segurança particular seja reconhecido de forma adequada por todos, tantos clientes,
como empregadores e toda a comunidade atendida.
20

3. CONCLUSÃO

A analise da temática exposta durante essa pesquisa, com conjunto com a realidade
vista nos dias atuais, exterioriza que a integração de esforções entre os setores públicos e
privados de segurança é uma via muito fértil para a melhoria do contexto da segurança da
sociedade. Tal contexto da criminalidade hodierna por todo o Brasil, posto frente ao poder de
reação do Estado, expõe a clara incapacidade do poder público de realizar a resolução de tal
problemática por si só, questão de grande importância e complexidade.
O presente estudo deixa evidente, que o poder público necessita tornar viável a
utilização do imenso número de profissionais e meios à disposição das organizações de
segurança privada, que ainda tem um avançado mecanismo de tecnologia utilizados em
atividades de segurança.
Restou claro que o esforço de integração entre o setor privado e público em terras
brasileiras, tem um longo e árduo caminho a ser percorrido, cheio de entraves e de paradigmas
a serem superados. Havendo urgência na transformação das leis voltadas a regulamentação do
setor privado. Carecendo também transformar o perfil profissional do agente de segurança
particular e desenvolver ferramentas mais rigorosas de controle do setor, com a finalidade de
fazer crescer o crédito desse setor frente a população. Apenas assim será viável a adequação
da habilidade profissional dos agentes de segurança privada aos anseios da população e à
viabilidade de colocar os mesmos ativamente dentro do processo de integração com órgãos
privados.
Sendo verificado que existe um imenso ambiente para ser explorado frente a
integração do público com o privado, especialmente no nível que se intitula de ponta da lança,
assim sendo, o que abrange as atividades dos agentes públicos e privados de segurança. Foi
percebido, por exemplo, que espaços relacionados às comunidades e às atividades de
inteligência seriam adequados para um aprofundamento. Contudo, foi possível verificar que o
sucesso de todo o processo seria possibilitado pela intensificação do uso no Brasil, de formas
de policiamento comunitário, o qual foca na aproximação entre o agente de segurança pública
e a comunidade. Tal transformação cultural dos órgãos de policiamento, representaria uma
instituição aberta para debates mais abrangentes acerca de resoluções eficazes e permanentes
para o combate e a prevenção tanto da violência como da criminalidade.
21

REFERÊNCIAS

AUSEC AUTOMAÇÃO E SEGURANÇA. A insegurança no Brasil fomenta a segurança


privada. Disponível em:< http://www.ausec.com.br/novidades/a-inseguranca-no-brasil-
fomenta-a-seguranca-privada/163>. Acesso em: 02 jun. 2022.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília,


DF: Senado Federal, 1988.

BRASIL. Decreto Nº 6.061, de 15 de março de 2007. Aprova a Estrutura Regimenta e o


Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das Funções Gratificadas do Ministério da
Justiça, e dá outras providências. Disponível em
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/decreto/d6061.htm> Acesso em
22 jun. 2022.

CARDOSO, Cíntia Menezes. A atuação das empresas de segurança privada no Brasil:


investigação de casos encaminhados ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul . 2011. 142
f. Dissertação (Mestrado em Ciências Criminais) - Pontifícia Universidade Católica do Rio
Grande do Sul, Porto Alegre, 2011.

COELHO, Fernando da Cruz. Gestão e modelos legais de segurança privada: um estudo


em empresas orgânicas e especializadas. 2019. 107f. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de
Ciências Empresariais da Universidade Fumec, Belo Horizonte, 2019. Disponível em: <.>.
Acesso em 15 jun. 2022.

COSTA, Thiago Frederico de Souza. Qual o problema da segurança pública?. Jus Navigandi,
Teresina, ano 19, n. 3908, 14 mar. 2020. Disponível em: <http://jus.com.br/artigos/26882>.
Acesso em: 24 jun. 2022.

FERNANDES, Fernando do Carmo: Inteligência ou informações? Revista Brasileira de


Inteligência / Agência Brasileira de Inteligência, Brasília, v. 2, n. 3, p. 7-21, set. 2006.
LOPES, Cleber da Silva. Segurança Privada e Infraestrutura Crítica: os desafios para a
governança doméstica dos EUA, 6., 2011, São Paulo. Anais eletrônicos...Disponível em:
<http://www.opeu.org.br/wp-content/uploads/2011/10/OPEU_Estudos_06.pdf>. Acesso em: 2
jun. 2022.

MARTINS, Helena.Mapa mostra aumento e disseminação da violência no Brasil. EBC


Agência Brasil, Brasília, jul. 2020. Disponível
em:<http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2014-07/p-2brasil-viveu-aumento-e-
disseminacao-da-violencia-segundo-mapa-da-violencia>. Acesso em 21 jun. 2022.

MELLO, Fernando. Os gargalos da segurança pública. Revista VEJA, ago. 2010. Disponível
em: <http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/os-gargalos-da-seguranca-publica>. Acesso em 24
jun. 2022.

MULLER, Jorge. Ação Comunitária Chácara Santo Antônio. Fórum Brasileiro de


Segurança Pública, 2014. São Paulo: Urbania.

MUNIZ, Jaqueline. Polícia brasileira tem história de repressão social . Disponível em:<
http://www.comciencia.br/entrevistas/jacquelinemu niz.htm >. Acesso em: 24 jun. 2022.
22

ROLIM, Marcos. A síndrome da rainha vermelha: policiamento e segurança pública no


século XXI. 3. Ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2006.

VIGILANTES, Associação Brasileira dos Cursos de Formação e Aperfeiçoamento de.


Manual do Vigilante: curso de formação, v. 1, 2007.

WAISELFISZ, Julio Jacobo. Mapa da violência 2020. Disponível em:


<http://www.mapadaviolencia.org.br/index.php>. Acesso em 2 jun. 2022.

ZANETIC, André. A segurança privada no Brasil: disseminação, controle e regulação. In: IV


SIMPÓSIO DOS PÓS- GRADUANDOS EM CIÊNCIA POLÍTICA DA USP; 2006, São
Paulo. Anais eletrônicos... Disponível em: <http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/a-
Seguran%C3%A7a-Privada-No-Brasil-Dissemina%C3%A7%C3%A3o/52852325.html>.
Acesso em: 5 jun. 2022.

ZANETIC, André. Segurança privada: características do setor e impacto sobre o


policiamento. Revista BSP, 2009. Disponível em
<http://www.pm.al.gov.br/apm/downloads/bc_policial/pol_04.pdf> Acesso em 10 jun. 2022.

Você também pode gostar