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ALICE ISABELLY MORAES FERREIRA


BRUNA TAYLINE COIMBRA FEQUES
JARLIENE CABRAL FONSECA
SAMIRA OLIVEIRA ALMEIDA
VICTOR FREIRE LOPES
AMARILDO SILVA PEREIRA

SEGURANÇA PÚBLICA NA ÓTICA NORMATIVA


INSTITUCIONAL BRASILEIRA: ÍNDICES DE VIOLÊNCIA
CONTRA A MULHER NA CIDADE DE ROSÁRIO-MA

BACABEIRA
2

2023

ALICE ISABELLY MORAES FERREIRA


BRUNA TAYLINE COIMBRA FEQUES
JARLIENE CABRAL FONSECA
SAMIRA OLIVEIRA ALMEIDA
VICTOR FREIRE LOPES
AMARILDO SILVA PEREIRA

SEGURANÇA PÚBLICA NA ÓTICA NORMATIVA


INSTITUCIONAL BRASILEIRA :ÍNDICES DE VIOLÊNCIA
CONTRA A MULHER NA CIDADE DE ROSÁRIO-MA

Trabalho apresentado à disciplina


de Temas Jurídicos do Curso de
Bacharel em Direito do Centro de
Ensino Superior de Bacabeira -
CESBA.

Professor/Orientador: Silas
Branco
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BACABEIRA
2023

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.............................................................................................. 5
2. SEGURANÇA PÚBLICA.............................................................................. 6

2.1 PERSPECTIVA HISTÓRICA DA SEGURANÇA PÚBLICA NO


BRASIL..7
2.2 SEUS DESAFIOS E CONTIGÊNCIAS PARA MANTER A ORDEM NA
SOCIEDADE.........................................................................................................9

3. SEGURANÇA PÚBLICA NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA


FEDERATIVA DO BRASIL: LEIS E DIRETRIZES
..............................................................................................................................11

3.1 SEGURANÇA PÚBLICA NO ÂMBITO DA VIOLÊNCIA CONTRA


A
MULHER .........................................................................................................13

4. ÍNDICES DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NA CIDADE DE


ROSÁRIO-MA ................................................................................................. 15

5. CONCLUSÃO .............................................................................................. 18

6. REFERÊNCIAS ........................................................................................... 18
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RESUMO
O tema em pauta, nestes últimos tempos, tem sido motivo de discussão referente a
segurança pública no Brasil que se delimita na forma de exercício do estado que tem
como objetivo e responsabilidade proporcionar a efetiva incolumidade pública e a
segurança (proteção) do cidadão e do patrimônio, exercendo assim a preservação da
ordem na sociedade. Nesse ensaio buscamos desenvolver uma reflexão jurídica dando
ênfase para sua perspectiva histórica e seus desafios na qual tem como objetivo
considerar o papel do Estado na garantia da segurança pública como um direito
fundamental do povo, deste modo expor demasiadamente a sua concepção, de como a
segurança pública é apresentada na legislação e em seu fundamento legal, vinculando
deste modo a necessária coibição da violência e criminalidade existente em face da
ampla responsabilidade social e jurídica da SUSP (Sistema Único de Segurança
Pública), vinculado deste modo o assunto pertinente sobre a violência da mulher na
cidade de Rosário – MA que vem crescendo cada vez mais dando insuficiência para o
desenvolvimento da segurança pública. Portanto, o presente artigo pretende não
somente debater o sistema de segurança e suas políticas públicas, mas também
apresentar lugares as legitimidades do regime criminal e controle social, afim de que
possa restringir as lesividades que acarretam ao gênero feminino.
PALAVRAS-CHAVE: ESTADO. POLÍTICA PÚBLICA. SEGURANÇA PÚBLICA.
BRASIL.

ABSTRACT
The topic at hand, in recent times, has been a reason for discussion regarding public
security in Brazil, which is defined as the form of exercise of the state whose objective
and responsibility is to provide effective public safety and security (protection) of
citizens and property. , thus exercising the preservation of order in society. In this essay
we seek to develop a legal reflection emphasizing its historical perspective and its
challenges in which the objective is to consider the role of the State in guaranteeing
public security as a fundamental right of the people, thus exposing too much its
5

conception, of how security public is presented in the legislation and in its legal basis,
thus linking the necessary restraint of existing violence and crime in the face of the
broad social and legal responsibility of the SUSP (Unified Public Security System), thus
linking the pertinent issue on violence in woman in the city of Rosário – MA which has
been growing increasingly giving insufficient support for the development of public
security. Therefore, this article intends not only to debate the security system and its
public policies but also to present the legitimacy of the criminal regime and social
control, so that it can restrict the harm caused to the female gender.
KEYWORDS: STATE. PUBLIC POLICY. PUBLIC SECURITY. BRAZIL.

1. INTRODUÇÃO

Hodiernamente, a questão da “segurança pública” já não é uma preocupação


apenas da polícia, dos militares e do governo, mas tornar-se uma preocupação também
entre os investigadores e pesquisadores. Pode-se dizer que ampliou o seu âmbito e hoje
faz parte da academia de ciências, especialmente das ciências sociais, bem como da
academia policial e militar. A partir das seguintes análises, a Segurança Pública é
considerada um tema de constante debate em sua definição neste âmbito intelectual e
nas relações sociais mais amplas que envolvem as ações dos governos em vários
departamentos, como executivo, legislativo e judiciário, e nos níveis locais, estadual,
municipal e federal, de ONGS, movimentos sociais e outras formas de associação. Por
este motivo, tais garantias devem ser tratadas com profundidade, desenvolvendo assim
uma proteção digna para todos os indivíduos.

Ademais, podemos observar que a desordem e criminalidade organizada está no


seio de um processo histórico brasileiro, deixando marcas visíveis e deploráveis,
instigando a concentração de condutas delituosas e concupiscentes. Um exemplo para
esta afirmação é quando analisamos as grandes porcentagens ou números de violência
contra mulheres tanto em grandes cidades quanto pequenas, no qual infelizmente,
mesmo com as leis em vigor hoje e depois da luta de Maria da Penha pela liberdade e
dignidade, mulheres em todo o Brasil e de todas as classes sociais continuam a ser
vítimas de abusos todos os dias tanto físicos quanto verbais na qual está presente no
processo estruturante da sociedade. A partir desta análise foi feita uma pesquisa geral
com o objetivo principal de apresentar a notória ocorrência e acontecimentos de
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violência contra mulheres na cidade de Rosário – MA e a sua proporção percentual dos


indícios verificados, com o intuito de combater todas as formas de violência para uma
sociedade justa e igualitária entre mulheres e homens.

O estudo tem por objetivo específicos entender a respeito da segurança pública


no Brasil, vinculando a mesma como um direito fundamental de todos além de lançar
luz sobre seus desafios e contingências, afim da promoção da ordem pública e a
legitimação de políticas de segurança organizadas e implementadas a partir do estado.

Nesse contexto, a problemática se delimitou no seguinte questionamento: A


segurança pública e seus sistemas funcionam de forma eficiente na cidade de Rosário-
MA ? Existe um combate de violência contra a mulher no município?

A escolha do tema se justifica em razão da relevância social envolvida nesse tipo


de temática, bem como, os direitos que protegem as pessoas, abordando em destaque o
conceito da segurança pública, sua perspectiva histórica, seus problemas e políticas
públicas, bem como a exposição de leis que amparam o direito a segurança.

E por fim a metodologia se deu através de revisão bibliográfica que consistiu na


exposição de vários autores que escreveram sobre o tema. A pesquisa a ser realizada
neste trabalho pode ser classificada quanto à natureza como pesquisa básica, pois o
objetivo é gerar conhecimentos novos úteis para o avanço da sociedade, envolvendo
verdades e interesses universais. Quanto a abordagem a pesquisa se classificará como
quantitativa por utilizar ferramentas estatísticas para a análise do problema, quanto aos
objetivos será uma pesquisa exploratória porque envolve levantamento bibliográfico,
análise de exemplos que estimulem a compreensão e explicativa porque visa a
identificação de fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência do problema,
levando deste modo a construção da razão e da reflexão para o ser humano.

2. SEGURANÇA PÚBLICA

Nos últimos anos a questão da segurança pública passou a ser considerado um


problema importante e principal desafio ao estado de direito no Brasil, pois a partir da
convivência humana são encontrados e realizados delitos e crimes contra o ser humano,
7

viabilizando a criminalidade e a violência no qual são visto como fenómenos


sociopolíticos, históricos e culturais que nunca foram completamente excluídos do
ambiente social.

Em primeira análise é imprescindível salientar que a segurança pública pode ser


definida como um conjunto de dispositivos e de medidas de precaução que asseguram a
população de está livre do perigo, de danos e riscos eventuais a vida e o patrimônio.
Tem outras palavras a segura pública se delimita como exercício da proteção da ordem
pública ou seja é o dever do estado garantir este direito fundamental que pode ser
considerado como um processo composto de elementos seja de prevenção, repreensão,
judicial, saúde, social e de preservação.

De acordo com o pesquisadores Plácido e Silva (2009, p. 1.258) a segurança


pública se conceitua como:

o afastamento, por meio de organizações próprias, de todo perigo, ou


de todo mal, que possa afetar a ordem pública, em prejuízo da vida, da
liberdade, ou dos direitos de propriedade do cidadão. A segurança
pública, assim, limita às liberdades individuais, estabelecendo que a
liberdade de cada cidadão, mesmo em fazer aquilo que a lei não lhe
veda, não pode ir além da liberdade assegurada aos demais,
ofendendoa plenamente.

Já para José Afonso da Silva (2005, p. 777) a segurança pública se liga em


completude com a ordem pública:

consiste numa situação de preservação ou restabelecimento dessa


convivência social que permite que todos gozem de seus direitos e
exerçam suas atividades sem perturbação de outros, salvo nos limites
de gozo e reinvindicação de seus próprios direitos e defesa de seus
legítimos interesses.

Portanto percebemos ao analisar pensamentos opostos mais com o mesmo


propósito: a compressão deste instituto e órgão que vem atuando no Brasil mesmo de
forma pouco eficaz quando observamos o processo histórico da violência contra
mulheres.
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2.1 PERSPECTIVA HISTÓRICA DA SEGURANÇA PÚBLICA NO BRASIL

A história da segurança pública no Brasil apareceu no século XVI, ainda no


Brasil Colônia, quando a partir da criação das capitanias hereditárias, novos centros
comerciais começaram a surgir. O mercado consumidor interno cresce, assim como a
formação de produtos básicos. Aparece o poder econômico através de comerciantes,
pequenos produtores rurais e até mesmo os escravos livres.
Com o surgimento de novas estradas, ao longo do território, em que transcorriam
a produção. Contudo, trouxe com esse desenvolvimento a criminalidade e todos os
tipos de infrações ganham força.
Primeiramente, a preocupação maior dos colonizadores portugueses era
defender o território, estabelecido na Carta dos Governadores Gerais, uma espécie de
Constituição da Colônia outorgada pelo rei, aferindo amplos poderes aos dirigentes para
que fosse organizada a administração pública. O propósito era de armar a população
para que ela mesmo pudesse defender e proteger a localidade, como acontecia em outras
colônias de Portugal.
Depois de três séculos de vida colonial, vivendo à sombra das instituições e da
legislação portuguesa, o Brasil passou a ter uma Constituição, em 1824, um Código
Criminal, em 1830, o Código de Processo Criminal, em 1832, nesse período chegou à
tropa de primeira linha, assim chamada a força terrestre portuguesa, formada por
centenas de homens, as quais passaram a ser tituladas como Exército.
Deste modo, na época colonial até o final do século XIX, a violência era
intrínseca a sociedade brasileira, a administração da ordem pública era de
responsabilidades das camadas socioeconômicas mais abundante, o que continha
medidas mais vantajosas, o que diferencia das classes mais pobres, pois resolviam
violência com mais violência. A legislação penal passou a entender o crime como
infração à regra penal, para a qual penalidades específicas foram prescritas. O
sofrimento físico começou a ceder espaço às punições tecnicamente frias, como degredo
ou privação de liberdade. As punições passaram a está relacionado da retribuição a
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recomposição de infração de uma lei anterior e o criminoso passou a ser visto como
aquele que rompeu o pacto social.
No século XX, as prisões no Brasil, começaram a ficar sobrecarregadas, os
condenados cumpriram pena juntamente com os presos que aguardavam julgamento. O
Código Penal de 1890, logo após a Proclamação da República, tentava solucionar os
problemas, o que era ineficiente. Ao lado do desenvolvimento econômico, os direitos e
garantias dos cidadãos foram deixados para trás. Nessa época, a polícia civil se
transformou em Departamento Federal de Segurança Pública, na tentativa de criar uma
Polícia Federal. Desde então, a segurança pública abandonou a ideia de medida
regressiva e de castigo, aproximando-se cada vez mais das dificuldades sócio-
econômicas culturais de uma sociedade carente.
Logo, passa a ser uma questão lógica, já que em lugares onde não existem a
exclusão social, miséria, desemprego, falta de educação, os índices de criminalidade
passam a ser mínimos e a segurança pública mantém a ordem de forma simples e sem
transtornos.

2.2 SEUS DESAFIOS E CONTIGÊNCIAS PARA MANTER A ORDEM NA


SOCIEDADE

A Constituição Federal de 1988 garante que é dever do Estado garantir a


segurança pública aos cidadãos. No entanto, na sociedade brasileira esse é um dos
assuntos pertinentes para ser debatido.
Os desafios da segurança pública incluem lidar com o aumento da criminalidade,
a evolução das táticas criminosas e a utilização de tecnologia para cometer crimes. A
implementação de estratégias de policiamento comunitário, investimentos em
inteligência e colaboração entre agências são formas de enfrentar esses desafios e
manter a ordem na sociedade. Essa segurança é de responsabilidade dos seguintes
órgãos: polícia federal, polícia rodoviária federal, policiais civis e militares e corpo de
bombeiros.
Cabe ainda a essa Secretaria incentivar os órgãos estaduais e municipais a
elaborarem planos integrados de segurança, além de fortalecer e integrar os órgãos
responsáveis pela segurança dos territórios nacionais. Como diz Oliveira (2022):
10

Na discussão das possíveis soluções para o problema da segurança


pública, apesar de já cristalizada a ideia de que o problema é de todos,
é bastante comum a armadilha do efeito gangorra entre o “discurso
social” e o “discurso repressivo”. As duas posturas são, via de regra,
vistas como excludentes. Se uma está em foco, a outra fica de lado
[…] O equívoco, causado pelo “feito gangorra” é grave,
contraproducente (OLIVEIRA, 2002).

Assim, a segurança pública que é uma incumbência pública deve ser propagada
de maneira igual. Além disso, resulta nos princípios de direitos fundamentais, na
compreensão extraída do art. 144 da CF, afirmando que a segurança pública é “dever do
estado” e “direito de todos”.
Sendo importante destacar a importância da segurança pública para todos. Onde
as leis precisam acontecer na realidade, no que tange o contexto em pauta, é ela que
permite que cidadãos e entidades consigam desenvolver suas atividades com liberdade e
sem opressão. Além disso, proporciona maior qualidade de vida, bem- estar,
independente do tipo de ambiente. Isso porque indivíduos que permanecem em um
ambiente seguro e protegido ficam mais motivados e satisfeitos. Consequentemente há
um aumento na produtividade.
Para cidades e estados essa proteção deixou de ser importante para se tornar
fundamental. Os índices de crimes contra cidadãos e patrimônios vem aumentando de
forma significativa ao longo dos anos e, com isso, o medo e o receio dos indivíduos.
Nesse ponto, além da integridade física, uma segurança de qualidade promove também
um bem estar psicológico; que auxilia em todos os aspectos da vida. Diante de todo o
exposto, faz-se necessário que o art. 144 da constituição federal de 1988, possa
acontecer na prática.
Os principais desafios da segurança pública no Brasil: Dados atualmente
divulgados demonstrados principalmente em jornais e telejornais, mostram cada dia
mais o aumento de estupros e violência contra a mulher no país. Dados grotescos como
esses precisam ser combatidos. Um dos destaques negativos no décimo sétimo anuário
brasileiro de segurança pública, foi o fato do Brasil ter registrado o ano passado o maior
número de estupros de sua história com quase 74 m vítimas, mais de 80% menores de
idade e seis em cada dez vítimas tinham menos de 13 anos e existe ainda um estudo do
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IPEA , de março desse ano , segundo o qual apenas 8,5% dos crimes de estupro são
reportados a polícia. No que tange o exposto esse fenômeno se dá principalmente com
mulheres , com meninas e muitas vezes acontece no meio familiar.
Para tais condutas negativas , esse fenômeno violento precisa ser combatido e a
escola é uma grande aliada nesse combate. Através de palestras, diálogo e informação. A
violência contra a mulher é nítida e em contextos diversos e vem crescendo bastante nos
últimos anos, sendo que estamos no patamar de mais ou menos 1500 mulheres sendo
assassinadas por ano no Brasil, por motivo de gênero. O total na verdade, é de quatro
mil e poucas mulheres, mas além do feminicídio existem outras 3 mil mulheres sendo
assassinadas por situações relacionadas ao tráfico de drogas.
A mudança nesse caso, não é simples, é algo cultural que tem que vim de uma
educação, de uma nova moralidade de meninos e meninas. Já na escola e na família,
temos a lei Maria da Penha que precisa ser mais eficaz e efetiva nas medidas protetivas,
sendo que na maioria das vezes o juiz determina o afastamento do agressor mas
ninguém monitora e esse agressor por conta dessa brecha vai voltar e encontrar uma
oportunidade para feri ou até matar essa mulher. Só a polícia, a justiça, a lei Maria da
Penha, não vai resolver esse fenômeno que encontra-se enraizado hoje em nossa
sociedade. Esse assunto tem que ir para as escolas, precisa ser discutido e formar uma
nova noção de masculinidade e feminilidade. Essa questão tem que ser fundamento já na
educação básica.
Por tanto, esses desafios necessitam ser sanados para dessa forma a ordem na
sociedade a qual estamos inseridos possa realmente ser mantida. Sendo importante uma
nova e urgente reeducação social, princesa no que tange às questões de violência contra
a mulher em qualquer âmbito e aspecto. Pois o gênero masculina precisa ter consciência
e aceitar que as mulheres de hoje estão a todo instante buscando sua autonomia, elas
trabalham, estudam , lutam por seus ideais e estão paulatinamente conquistando seus
espaços na sociedade contemporânea. Então, faz-se necessária a conscientização a
respeito da igualdade de gênero. O fortalecimento das leis e punições mais severas
contra os agressores, além de se oferecer apoio às vítimas.
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3. SEGURANÇA PÚBLICA NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA


BRASILEIRA: LEI E DIRETRIZES

A Constituição Federal de 1988, caracteriza a segurança pública como um direito


fundamental, com a finalidade de preservar a ordem social e a segurança das pessoas e
dos seus patrimônios, por meio de um sistema atuante SUSP ( Sistema Único de
Segurança Pública), integrada deste modo como uma atuação conjunta e coordenada do
estado, em articulação com a sociedade brasileira. Partindo desta prerrogativa pode-se
abordar que a legalidade das normas e leis serve como dispositivo que detém o
monopólio da violência e condutas consideradas ilícitas, logo do ponto de vista das
garantias constitucionais o estado deve sempre se responsabilizar com a prevenção ao
direito do indivíduo velando pelo cumprimento de um regime democrático e justo
possibilitando a população possuir igualdade, segurança, saúde e o acesso à justiça
dentre outras categorias para uma vida mais estável, por meio de atuação integrada dos
órgãos de segurança pública e defesa social da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios, em articulação com a sociedade.

Vale ressaltar, que perante esta analogia foi estabelecido o artigo 144 da
Constituição Federal de 1988 expondo claramente que o problema da ordem pública não
é apenas da polícia, é também o dever do Estado e responsabilidade de todos.

Capítulo III - DA SEGURANÇA PÚBLICA


Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e
responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem
pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos
seguintes órgãos:
I– polícia federal;
II– polícia rodoviária federal;
III– polícia ferroviária federal;
IV– polícias civis;
V- polícias militares e corpos de bombeiros militares.
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Convém aqui expressar que a partir desses órgãos específicos e elencados no


artigo são realizados funções organizadas e sistematizadas para imediata e repressiva
ação após a ocorrência de infração penal contra a ordem pública e social que
infelizmente afeta o cotidiano dos cidadãos,

Essas funções de segurança páblica estão todas referidas no art. 144, $ 1.°,
incisos, I, II, Ill e IV, § 2:°, § 3., § 4.°, S 5.° e § 8.° Já os órgãos de segurança pública são
os instituídos, em números, nos cinco incisos do caput do art. 144, a saber: políicia
federal, polícia rodoviária federal, polícia ferroviária federal, polícias civis, polícias
militares e corpos de bombeiros militares.

Como muito bem discorrido a responsabilidade de todos pela segurança pública


decorre não só apenas do Estado mais também das pessoas, incluindo deste modo ações
necessárias a serem feitas quando observamos a injustiça prevalecer. Esta colaboração
pode ser uma das seguintes: Os indivíduos cooperam quando as reclamações
(denúncias) são feitas por cidadãos, incluindo estranhos (anônimas). Através não só da
investigação criminal, mas também da investigação coletiva, no intuito de diminuir os
índices de criminalidade, infrações, que ocorrem com bastante frequência,
principalmente os crimes de violências contra mulheres, cometida tanto no âmbito da
vida privada em ações individuais: assédio, violência doméstica, estrupo, feminicídio,
como também pode ser praticado de forma coletiva envolvendo assim vários
participantes no ato.

3.1 SEGURANÇA PÚBLICA NO ÂMBITO DA VIOLÊNCIA CONTRA A


MULHER

A mulher e a segurança são contextos que ainda gera múltiplos problemas e


desafios para a sociedade, quando observamos o aumento da discriminação e a violência
do gênero feminino no qual se torna um realidade comum que afeta todas as fases da
vida em diversas situações onde impede o plano desenvolvimento digno tanto pessoal
moral e profissional da mulher.
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Ressalta-se destacar que o crime de violência contra as mulheres é uma


consequência inerente da histórica desigualdade de gênero da sociedade e estrutura de
poder. Está enraizado em normas culturais, religiões, práticas, éticas ou costumes
tradicionais. Logo pode-se se caracterizar no âmbito das condutas os crimes de assédio,
exploração sexual, estupro, tortura, violência psicológica, agressões por parceiros ou
familiares, perseguição, feminicídio, na qual são diversas formas e intensidades, de
violência contra as mulheres. A insistência desta discriminação realça a necessidade
imediata de investigar mais profundamente as raízes de um maior compromisso com a
restrição de normas que conferem às mulheres e aos homens posições rígidas na
sociedade e criam grandes obstáculos à realização dos seus direitos, é necessário
juntamente a realização de uma melhor efetivação de normas que impede a mulher
viver com dignidade e igualdade.

A lei Maria da Penha sancionada em 7 de agosto tem um objetivo de prevenir,


coibir a violência doméstica e familiar contra as mulheres buscando assim uma proteção
adequadamente justa pois historicamente as medidas para homens que praticavam
violência doméstica eram brandas e escassas. No entanto com o advento da lei Maria da
Penha buscou-se formas de garantir a segurança com efetividade perante convívio na
sociedade. Descreve pois nos Art. 1º, Art. 2º e Art. 3º os dispositivos preliminares e seus
mecanismos, justamente com seus direitos:

Art. 1º Esta Lei cria mecanismos para coibir e prevenir a violência


doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da
Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as
Formas de Violência contra a Mulher, da Convenção Interamericana
para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher e de
outros tratados internacionais ratificados pela República Federativa do
Brasil; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e
Familiar contra a Mulher; e estabelece medidas de assistência e
proteção às mulheres em situação de violência doméstica e familiar.
Art. 2º Toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia,
orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião,
goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo-lhe
asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência,
preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral,
intelectual e social. Art. 3º Serão asseguradas às mulheres as condições
para o exercício efetivo dos direitos à vida, à segurança, à saúde, à
alimentação, à educação, à cultura, à moradia, ao acesso à justiça, ao
15

esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao


respeito e à convivência familiar e comunitária.

Em destaque a lei ainda expõe de forma concreta e objetiva a configuração da


violência contra a mulher e os seus âmbitos no qual podem ocorrer:

Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e


familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero
que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e
dano moral ou patrimonial: (Vide Lei complementar nº 150, de
2015) I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o
espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo
familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;

II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade


formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos
por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa;

III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor


conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de
coabitação.

Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo


independem de orientação sexual.

Art. 6º A violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma


das formas de violação dos direitos humanos.

E já no artigo 7 da lei Maria da Penha são validadas formas de violência


doméstica e familiar contra a mulher que podem ser resumidas da seguinte forma:
Violência Física - Entendida como qualquer conduta que ofenda a integridade ou saúde
corporal da Mulher Atos de agressão que utilizam o uso da força e que deixam marcas
no corpo. Violência Psicológica - Qualquer conduta que: cause dano emocional e
diminuição da autoestima; prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento da mulher ou
vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões. Violência
Moral - Considerada qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.
Caracteriza-se como: acusar a mulher de traição. Violência patrimonial - Qualquer
conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos,
instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens de valores, direitos ou recursos
econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades. Violência Sexual -
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Trata-se de qualquer conduta que constranja a mulher em presenciar, manter ou


participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso
da força.

É inegável que a Constituição de 1988 tornou o sistema mais claro. Deixando em


evidência que foram feitas tentativas para defini-lo com mais precisão a segurança
pública nacional. Além de representar funções e estruturas policiais, Neste caso, trata-se
de uma política com funções e estruturas operacionais especiais. A ação policial é a
seguinte: A manutenção e renovação ocorrem a nosso exclusivo critério.Para manter a
ordem pública, ela deve ser implementada imediatamente, em qualquer lugar, a qualquer
hora. Se houver ameaças ou violações frequentes causadas por infratores, requer o
exercício pessoal da segurança pública, especialmente da polocia. Considerando esta
análise, viemos para a concretização de um estudo completo em campo, delimitando
deste modo os índices de ocorrência e casos de violência contra as mulheres
especialmente, a violência doméstica, que vem acontecendo na cidade de Rosário – MA,
compartilhando algumas proporções e atividades relacionadas com as ameaças ou
violações que enfrenta

4. ÍNDICES DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NA CIDADE DE


ROSÁRIO-MA

Retratada a fase teórica do estudo exposto, é notório abordar as pesquisas e


dados quantitativos referentes às violências contra as mulheres ocorridas no município
de Rosário – MA, verificando assim os índices do crime e estatísticas( gráficos) da
região que se ocorre. Antes de analisar este contexto e abordagem é muito relevante em
primeira instância conhecer de modo geral e sucinto um pouco sobre a cidade de
Rosário na qual leva esse nome em homenagem a nossa senhora do Rosário, padroeira
da cidade, com 107 anos de existência a região foi construída as margens do rio
Itapecuru de modo que se estabelece como um dos maiores rios do Estado e abastece
60% dos lares maranhenses. De acordo com o IBGE, censo de 2007, o município
apresenta 37.920 habitantes sendo 24.515 (64,65%) habitantes na zona urbana e 13.405
(35,35%) na zona rural. Ocupa uma área 685km2 com densidade demográfica de 55,35
habitantes por quilometro quadrado. Sua origem tem como marco o ano de 1620, na
17

povoação de Nossa Senhora do Rosário com a construção do Forte de Vera Cruz, por
Bento Maciel Parente, para conter a reação dos indígenas frente ao avanço dos
colonizadores.

Mediante o exposto é compreendido que essa cidade que aglomera o número


relevante de indivíduos está sujeita também a criminalidade acarretando inúmeras
violências e mortes de mulheres por questões do gênero na qual vem a ser um ponto
máximo da letalidade causada pelo machismo e a misoginia.

Ressalte-se que as Políticas Públicas de enfrentando deste crime, sobretudo a


atuação articulada entre as instituições/ serviços governamentais, não-governamentais
destinadas a essas comunidades, são em geral eficientes para atender a suas
necessidades. No entanto, faz-se necessária uma atuação mais fortalecida do Estado para
atendimento mais desenvolvimento e eficaz não só no eixo da assistência (a rede de
atendimento às mulheres em situação de violência), mais também nos Centros de
Referência que consistem em serviço de acolhimento e de articulação e
encaminhamento da mulher à atendimento jurídico e demais serviços. Casas-Abrigo que
consiste em uma moradia protegida temporária. Delegacias Especializadas de
Atendimento à Mulher (DEAMs) que são unidades da Polícia Civil especializada no
atendimento de situações de violência contra a mulher. Dentre outros servidores que
efetue determinados funções semelhantes, para que deste modo venha fortalecer a
inclusão das mulheres em uma vida digna e com seus direitos fundamentais intactos,
pois dadas as diferenças entre os grupos de gêneros, sabemos que historicamente as
políticas sociais não têm efeitos iguais. Isto é comprovado através da análise do número
de casos de feminicídio, violência doméstica, violência doméstica e misoginia
(degradação ou discriminação contra as mulheres).

É importante destacar que, ao serem analisadas as lutas e resistências das


mulheres, nos foi permitido alcançar relevantes serviços prestados pela Polícia Militar,
em que equipes policiais militares especializadas atuam perante ao crime de violência
que ferem a dignidade humana das mulheres. Acerca deste efeito realizamos uma
pesquisa de campo com a participação da patrulha da Maria da Penha, da cidade de
Rosário – MA, onde se foi estabelecida e criada pelo Decreto Estadual nº 31.763, a
Patrulha Maria da Penha realiza trabalhos humanitários para mulheres em situação de
18

vulnerabilidade, além de fiscalizar o cumprimento das medidas emergenciais de


proteção impostas pelas autoridades judiciárias.

O encontro contou com a presença de diversos policiais militares especialmente


treinados/qualificados para atender ocorrências rotineiras e a implementação de um
trabalho conjunto efetivo. A partir deste contexto foram produzidas entrevistas com os
profissionais da região, adequando assim respostas moralmente satisfatória para o
entendimento tanto jurídico quanto social da população.

Foi apontado a dúvida a respeito de como funciona e ocorre esse procedimento


da patrulha Maria da Penha e seus desafios rotineiros. Sobre este aspecto o entrevistado
(1); afirma que:

“O programa da patrulha Maria da Penha foi desenvolvida pouco mais


de 3 anos na qual vem primado pela defesa especificamente da
violência contra a mulher e trabalhando em especial com mulheres que
tenham medidas protetivas, neste caso de forma efetiva é feito a partir
do recebimento da demanda de uma mulher com medida protetiva, e
que nós como patrulheiros acompanhamos a mulher durante no
mínimo 6 meses com objetivo de acolher a vítima e conduzir todos
feitos necessários com atendimento específico, ou seja a mulher irá
poder acionar a patrulha, para não haver assim uma quebra da medida
protetiva. Essas é uma das entre muitas diretrizes que nós realizamos,
e um dos desafios a qual mais enfrentamos é a falta do desinteresse ou
até mesmo recusa da vítima perante o caso.

Outro questionamento foi a respeito de quais serviços de saúde de apoio social


estão disponíveis na rede para pessoas envolvidas em situações de violência doméstica.
O entrevistado (2); afirma que:

“Um dos mais conhecidos são os Hospitais, UPAs (unidades de pronto


atendimento), unidades básicas de saúde (postos de saúde), CAPS,
CRAS, CREAS, dentre outros. Nas cidades do interior, as partes
devem comparecer no Juizado (Vara) para serem informadas sobre os
serviços disponíveis”.
19

Seguindo em diante foi analisado também do que se deve fazer se mesmo depois
de deferir as medidas apropriadas o agressor continuar agredindo ou ameaçando a
mulher em questão de violência doméstica. A partir do interesse o policial, entrevistado
(3); aponta:

“Se a conduta do agressor persistir a vítima deve comparecer na


Delegacia de Polícia para informar as novas agressões/ameaças e, se
possível, levar documento que comprove que as medidas protetivas
foram deferidas anteriormente, para que a Autoridade Policial possa
pedir a prisão preventiva do agressor”.

Faz-se necessário ainda destacar que à patrulha Maria da Penha, que se


consolida como uma das mais importantes ferramentas para o combate, prevenção e
controle a crimes contra a mulher, foi implantada na cidade de Rosário, já no ano de
2023, trazendo muitos resultados satisfatórios de proteção às mulheres daquela
população. Por conta destas evidências e competências profissionais que as ponderações
citadas na entrevista foram de extrema importância tanto no meio estudantil como
social, na qual essas atividades em campo trouxeram diversas aprendizagens a cerca do
tema proposto.

A fim de um estudo mais desenvolvimento e específico foi efetuado um encontro


na Delegacia da Mulher de Rosário Maranhão também conhecida como Delegacia
Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM), que vem prestando serviços
exclusivamente para as mulheres em situação de violência, seja ela doméstica,
intrafamiliar sexual ou outras.

Segundo a Escrivã de polícia civil, da Delegacia Especializada da mulher- DEM,


A s.r Lisandra Reis, nos ressaltou com muita ênfase e propriedade a cerca dos fatos que
diminuiu significativamente naquela cidade atos de violência contra a mulher e tal
afirmação dá-se pela diminuição de medidas protetivas naquela cidade.

Vale destacar, que as mulheres fazem parte do público de pessoas vulneráveis,


diante disso, necessitam de total apoio e proteção. Segundo a SR.Lisandra, o MP
representado pela doutora Fabíola, é muito atuante e da total apoio a essas mulheres em
situação de vulnerabilidade. A doutora Fabíola é um exemplo naquela região, buscando
20

averiguar os fatos para resolvê-los com eficácia, eficiência e celeridade. Em suma,


diante do diálogo da representante da delegacia da mulher , a rede de apoio é muito boa
naquela cidade. Porém, destaca-se a importância de um efetivo específico para fazer
esse trabalho tão delicado e prioritário. Ao passo que, a mulher que não é atendida por
outra mulher se sente constrangida ,envergonhada e insegura. Vale destacar a
importação de denunciar atos de violação contra a mulher para que esses dados
realmente se consolidem na prática.

Diante disso, coletamos dados e índices quantitativos dos procedimentos


instaurados e relatados do ano, porém para fins mais didáticos fizemos um comparativo
do mês de Janeiro, Abril e Outubro, e observamos que a porcentagem do crime caiu, A
apresentação gráfica constitui complemento importante da representação de dados
estatísticos por meio de tabelas. Esse recurso permite ter uma visualização imediata da
distribuição dos índices observados. Como por exemplo no mês de janeiro os resultados
foram estes:

Chart Title
Atendimentos/Audiências 27

N° de Oitivas 20

Intimações cumpridas 10

Intimações expedidas 10

Medidas Protetivas 7

0 5 10 15 20 25 30

Os meses restantes foram estes resultados:


21

Índices de Abril
N° de Oitivas

Intimações Expedidas

N° AIAI Relatados

N° TCO Remetido

Abril
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

Coluna2 Coluna3

ABRIL
N° TCO Instaurado 1
N° TCO Remetido 1
N° AIAI Instaurados 1
N° AIAI Relatados 1
Medidas Protetivas 7
Intimações Expedidas 15
Intimações Cumpridas 15
N° de Oitivas 25
Atendimentos/ Audiências 43
22

Outubro
Atendimentos/Audiências

N° de Oitivas

Intimações Cumpridas

Intimações Expedidas

Medidas de Seguranças

0 5 10 15 20 25 30

Series2 Series1

Contudo, ficamos muito esperançosos ao coletarmos evidências na cidade de


Rosário- MA, onde os índices de violência contra a mulher diminuíram
significativamente.

Segundo a Escrivã de polícia civil, da Delegacia Especializada da mulher-


DEM, A s.r Lisandra Reis, nos ressaltou com muita ênfase e propriedade a cerca dos
fatos que diminuiu significativamente naquela cidade atos de violência contra a mulher
e tal afirmação dá-se pela diminuição de medidas protetivas naquela cidade. Sendo
importante destacar à patrulha Maria da Penha, que se consolida como uma das mais
importantes ferramentas para o combate, prevenção e controle a crimes contra a mulher.
23

5. CONCLUSÃO

A partir deste estudo, concluímos que a violência contra a mulher é uma


consequência da desigualdade de género identificada em papéis atribuídos em uma
sociedade para homens e mulheres. E a partir dos fatos e índices coletados podemos
afirmar que o problema deste crime ainda é bem frequente no mundo e no Brasil e se
manifesta de forma mais grave contra alguns seguimentos, em ênfase neste artigo
relacionado ao sexo feminino.

Sendo assim, esses atos constituem uma violação ao Estado democrático e aos
direitos fundamentais do indivíduo, e não se concilia com a construção de uma
sociedade livre, justa e solidária. Para amenizar a situação é preciso conhecer mais sobre
a historicidade da mulher e seus desafios a qual enfrentam e também respeita-la, além de
considerar que a mulher não é um ser inferior e assim suprir o preconceito e as
ideologias de imposição. E isso pode ser feito com a educação e o incentivo a tolerância
nas escolas, em locais públicos, bem como também será de extrema importância que o
Estado promova a proteção integral dos direitos humanos, no intuito de desenvolver
novos métodos dentro do âmbito da lei e revisar as práticas sociais que venham ferir a
dignidade da pessoa humana, principalmente da mulher. É preciso portanto que haja
principalmente investimentos em políticas públicas, em Educação, criar leis que
protejam as mulheres e que realmente sejam cumpridas na prática, outro caminho de
grande valia é o âmbito familiar, onde os mesmos precisam mudar a sua forma de
relação aos seus relacionamentos, a sua linguagem com as crianças e entre os casais, os
pais precisam educar os seus filhos e demonstrar a eles que em mulheres precisam ser
tratadas com respeito e sem qualquer ato de violência. Afinal, quem educa realmente os
filhos são pais e mães. Faz-se importante destacar que diante do exposto a violência
contra a mulher precisa ser combatida e erradicada. As ações precisam ser mais eficazes,
pois devido a ineficiência do estado a cada dia que passa mais mulheres são agredidas,
humilhadas e mortas. Conquanto o meio familiar é um lugar bastante privilegiado para
se combater e erradicar a violência contra as mulheres. E por fim, cabe a toda a
24

sociedade renovar as convicções sobre a distinção de sexo e ter um bom convívio para
obter a paz social. Diga não a violência, ao desrespeito contra as mulheres desde já.

6. REFERÊNCIAS

Portal do Ministério Público Federal /Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão


(PFDC). Cartilha Maria da Penha e Direitos da Mulher. Brasília,2011
DISPONÍVEL EM: <http://www.tjse.jus.br/portaldamulher/index.php/definicao-de-
violencia-contra-a-mulher>

Portal do Tribunal de Justiça de Sergipe, Definição de Violência Contra a Mulher:


Disponível em: <http://www.tjse.jus.br/portaldamulher/index.php/definicao-de-
violencia-contra-a-mulher> .

FERRAZ, Taís Schilling. Segurança pública: os desafios de comunicação e


integração. In: FREITAS, Vladimir Passos de; GARCIA, Fernando Murilo Costa
(Coord.). Segurança pública. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2016.
OLIVEIRA, A. S. S. Políticas de segurança e políticas de segurança pública: da
teoria à prática, In: GABINETE DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL. Das
políticas de segurança pública às políticas públicas de segurança, São Paulo, ILANUD:
p. 43-62, 2002.
SAPORI, L. F. Segurança pública no Brasil: desafios e perspectivas. Rio de Janeiro:
Editora FGV, 2007.
CRUZ, Gleice Bello da. A historicidade da Segurança Pública no Brasil e os
desafios da participação popular. Cadernos de Segurança Pública, Rio de Janeiro, ano
5, n. 4, mar. 2013. Disponível em: www.isp.rj.gov.br/revista. Acesso em: 30 maio 2014.
OLIVEIRA, Luciano. Segurança: um direito humano para ser levado a sério. In:
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO. Anuário dos Cursos de Pós-
Graduação em Direito n. 11.recife: Editora da UFPE, 2000
SANTIN, valter Foleto. Controle judicial da segurança pública: eficiência do serviço
na prevenção e repressão ao crime. 2. ed. São Paulo: verbatim, 2013.
REZENDE, Milka de Oliveira. VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/violencia-contra-a-mulher.htm .
VIEGAS, Cláudia Mara de Almeida Rabelo. Violência contra a mulher: violência de
gênero e os mecanismos de proteção da mulher. Disponível em:
https://claudiamaraviegas.jusbrasil.com.br/artigos/682247660/violencia-contra-a-mulher

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