Você está na página 1de 46

TARSO FERNANDO HERZ GENRO

MINISTRO DE ESTADO DA JUSTIÇA

LUÍS PAULO TELES FERREIRA BARRETO


SECRETÁRIO-EXECUTIVO DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

RONALDO TEIXEIRA
SECRETÁRIO-EXECUTIVO DO PRONASCI

EQUIPE DE ELABORAÇÃO
ALDEMIRA ALMEIDA PONTES (DEPEN)
EDUARDO MACHADO DIAS (SRJ)
EMI KIUCHI (SENASP)
JOÃO FRANCISCO GOULART DOS SANTOS (SENASP)
JUAREZ PINHEIRO (SRJ)
NELSON CAMPOS (SDE)
POLLYANNA MARIA LIMA (SENASP)

COLABORAÇÃO
CONSULTORIA JURÍDICA
CONTROLE INTERNO
PROGRAMA DE TRANSPARÊNCIA

ELABORAÇÃO DA CAPA
BRUNO KIUCHI MENDES
VALÉRIA CRISTINA MACHADO PAES

REVISÃO DE TEXTO
JEANETE MARIA DE OLIVEIRA FARIAS (DEPEN)

2° Edição
(Atualizado até 07 de maio de 2008)

Ministério da Justiça
2008
APRESENTAÇÃO

Este manual, elaborado de forma didática, tem o objetivo de auxiliar os parceiros do


Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania – PRONASCI, do Ministério da Justiça.
O presente trabalho engloba aspectos relacionados ao processo de descentralização de
recursos federais, conceitos, definições e informações sobre o plano de trabalho, sobre o processo
de formalização de convênios, além dos procedimentos necessários à execução e prestação de
contas de convênios e, por fim, a tomada de contas especial.
As recentes alterações normativas, introduzidas pelo Decreto n°. 6.170, de 25 de julho de
2007 e pelo Decreto n°. 6.428, de 14 de abril de 2008, já estão contempladas neste material.
Ao disponibilizar esta publicação, o Ministério da Justiça espera facilitar e aperfeiçoar o
processo de celebração de convênios.

ii
PRONASCI

Francisco Rodrigues1

A Segurança Pública em nosso país tem sido uma preocupação constante de governantes,
juristas, políticos, estudiosos e também da sociedade civil como um todo. Esse tema ocupa na
mídia nacional e internacional um enorme espaço, que denuncia cotidianamente fatos que
chocam pela brutalidade.
Muitas das pessoas envolvidas são vítimas de um sistema que não consegue responder
adequadamente às demandas sociais que crescem numa velocidade muito superior a oferta de
políticas públicas e sociais por parte do Estado, geração de postos de trabalho e a uma
distribuição adequada de renda. Embora no atual Governo essa questão tenha avançado
significativamente.
Essa violência que em grande parte é gerada por fatores sociais entre eles: Famílias em
estado de pobreza e miséria e sem assistência de políticas sociais, violência familiar, exploração
de trabalho infantil, violência sexual, consumo de drogas lícitas e ilícitas, gravidez na
adolescência, desemprego dos pais, equipamentos públicos inadequados ou inexistentes, ausência
de espaços de cultura, esporte e lazer e crianças fora da escola. Os atingidos com mais
intensidade são as populações mais empobrecidas, que não dispõe de segurança privada e ou
proteção, dependendo exclusivamente do Estado.
Historicamente o Estado tem enfrentado esse problema, em todas as suas formas, com
ações repressivas que vão desde a intensidade das ações policiais, passando pela construção de
presídios e endurecimento das penas. Todavia, essas iniciativas não têm apresentado os
resultados esperados. O documento intitulado “Diagnóstico da incidência de homicídios nas
regiões metropolitanas”, demonstra isso com clareza, tanto no que diz respeito às regiões onde
ocorre essa incidência. Como exemplo marcante, podemos citar que entre os anos 1998 e 2002
foram registrados 152.624 homicídios nas regiões metropolitanas brasileiras. Somente esses
números já exigem providências do poder público.
O Programa de Governo para o segundo mandato, incorporando a experiência adquirida
no anterior e também com base em Projetos de segurança pública internacionais e locais, tem
discutido a questão da violência com prioridade e se propõe a enfrentá-la de maneira mais
qualificada e humanista. Considerando que mesmo com a execução de projetos e ações e ainda
aplicação de investimentos, em algumas regiões os índices de criminalidade continuam
aumentando, o que sugere uma nova forma de enfrentamento a essa questão.
Nesse sentido o Ministério da Justiça, órgão responsável para a implementação das
políticas de segurança nacional, instalou um grupo de trabalho que elaborou um conjunto de
diretrizes para nortear o debate interno e com outros especialistas. Desse debate e de outras
contribuições, surge o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania – PRONASCI.
Que segundo o Ministro Tarso Genro:

“É um programa de segurança pública em seu sentido mais amplo,


constituindo a base através da qual o sujeito se mobiliza em defesa da
saúde, da educação, da igualdade, da promoção da juventude para a
consolidação de um novo modo de vida”

1
Francisco Rodrigues fez parte da equipe que elaborou o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania

iii
Esse Programa deverá buscar soluções para a violência que envolve principalmente os
jovens que estão localizados na faixa etária entre 15 e 29 anos que se encontram com penas
restritivas de liberdade, em risco imediato ou presumível e ainda aqueles jovens infratores que
cumprem medidas sócio-educativas.

O programa nasce com três premissas básicas:

a) Respeito aos projetos e ações em execução nos Ministérios e Secretarias. Isso significa dizer
que o Programa articulará os Projetos e ações sociais do Governo Federal, Estaduais e
Municipais, implementando os coordenada e consensualmente;

b) Intensa participação de Estados e Municípios, o êxito do Programa dependerá em grande parte


da atuação de Estados e Municípios, tanto no que diz respeito à mobilização social quanto no
compartilhamento dos seus projetos e ações.

c) Ações policiais que mais qualificadas e integradas, que respeitem os direitos humanos. É
importante registrar que no Programa estão previstas muitas ações que apontam transformações
nas instituições de Segurança Pública, no sistema prisional e na carreira dos profissionais de
Segurança Pública e Agentes Penitenciários o que deverá ter reflexos positivos na busca de um
novo modelo de Segurança Pública.

Objetivo Geral

Enfrentar a criminalidade e a violência, nas suas raízes sociais e culturais e reduzir de


forma significativa seus altos índices em territórios de descoesão social.

Objetivos específicos

 Modernizar o sistema de segurança pública e prisional, bem como valorizar os seus


profissionais.

 Ressocializar as pessoas com penas restritivas de liberdade e egressos por meio da


implementação de projetos educativos e profissionalizantes.

 Promover o acesso aos adolescentes e jovens adultos em situação de risco e conflito com
a lei às políticas sociais governamentais em territórios de descoesão social.

 Garantir o acesso à justiça a população dos territórios de descoesão social.

 Intensificar e ampliar as medidas de enfrentamento ao crime organizado e a corrupção


policial.

• Promover os direitos humanos, considerando as questões de gênero, étnicas, raciais,


orientação sexual e diversidade cultural.

Territórios de abrangência

iv
Dentre as regiões que apresentam alto índice de homicídios e delitos de origem social
(outros crimes violentos), conforme o documento “Diagnostico da incidência de homicídios nas
regiões metropolitanas”, produzido pela Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério
da Justiça, foram selecionadas doze regiões metropolitanas, onde o Programa será implementado
na sua plenitude como uma política de segurança pública e mais cinco Estados que integrarão o
Programa de maneira diferenciada.
Os Estados e Municípios que assinaram o Acordo de Cooperação Federativa para
execução do PRONASCI, até a data de publicação deste Manual, são os seguintes:

- Estado do Rio Grande do Sul: Porto Alegre, Esteio, Novo Hamburgo, Canoas,
Cachoeirinha, São Leopoldo, Alvorada, Gravataí, Sapucaia do Sul, Viamão e Guaíba.

- Estado do Rio de Janeiro: Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, São
Gonçalo, Belford Roxo, São João do Meriti, Niterói, Itaboraí, Magé, Mesquita, Nilópolis,
Queimados, Macaé e Itaguaí.

- Estado da Bahia: Salvador, Camaçari, Simões Filho e Lauro de Freitas.

- Estado de Minas Gerais: Belo Horizonte, Contagem, Betim, Ribeirão das Neves, Santa
Luzia e Ibireté.

- Estado de São Paulo: São Paulo, Guarulhos, Osasco, Campinas, Diadema, São
Bernardo do Campo, Santo André, Taboão da Serra, Cotia, Embu das Artes, Embu Guaçu,
Itapevi, Jandira, Pirapora de Bom Jesus, Santana de Parnaíba e Vargem Grande Paulista.

- Estado de Pernambuco: Recife, Jabotão dos Guararapes, Olinda, Cabo de Santo


Agostinho e Paulista.

- Estado do Pará: Belém e Ananindeua.

- Estado do Espírito Santo: Vitória, Cariacica, Viana, Serra e Vila Velha.

- Estado de Alagoas: Maceió.

- Distrito Federal e Estado de Goiás: Luziânia, Águas Lindas de Goiás, Novo Gama,
Planaltina, Valparaíso de Goiás, Formosa e Cidade Ocidental.

- Estado do Paraná: São José dos Pinhais, Curitiba, Araucária, Almirante Tamandaré e
Piraquara.

- Estado do Ceará: Fortaleza.

Foco

O PRONASCI desenvolverá políticas específicas de prevenção á violência para os adolescentes


em conflito com a lei, jovens presos, egressos do sistema prisional, oriundos do serviço militar e
em situação de vulnerabilidade.

v
Sumário
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................. ii
1 PROPOSIÇÃO E CELEBRAÇÃO DE CONVÊNIOS................................................................ 7
1.1 Conceitos ............................................................................................................................... 7
1.2 Alterações Normativas recentes sobre Convênios ................................................................ 8
1.2 Projeto básico ........................................................................................................................ 9
1.3 Plano de Trabalho.................................................................................................................. 9
1.4 Contrapartida ....................................................................................................................... 10
1.5 Envio da proposta ................................................................................................................ 11
1.6 Termo de convênio .............................................................................................................. 11
1.7 Termo aditivo ...................................................................................................................... 12
1.8 Reformulação do Plano de Trabalho ................................................................................... 12
1.9 O Sistema de Informação do SIMAP como instrumento de apoio ao processo de elaboração
e aprovação da Proposta de Projeto........................................................................................... 12
2 EXECUÇÃO .............................................................................................................................. 14
2.1 Procedimentos a serem adotados pelo convenente.............................................................. 14
2.2 Licitação .............................................................................................................................. 15
2.3 Acompanhamento, monitoramento e avaliação................................................................... 26
3 PRESTAÇÃO DE CONTAS ..................................................................................................... 29
3.1 Disposições gerais ............................................................................................................... 29
3.2 Prestação de Contas Parcial................................................................................................. 29
3.3 Prestação de Contas Final.................................................................................................... 30
3.4 Tomada de Contas Especial................................................................................................. 31
ANEXO I............................................................................................................................... 32
PROJETO BÁSICO .............................................................................................................. 32
ANEXO II ............................................................................................................................. 33
PLANO DE TRABALHO 1/3............................................................................................... 33
Aprovado ................................................................................................................................... 35
ANEXO III ............................................................................................................................ 37
DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA À CELEBRAÇÃO DE CONVÊNIOS ..................... 37
Documentação necessária às entidades privadas sem fins lucrativos.................................... 38
ANEXO IV ............................................................................................................................ 39
PRESTAÇÃO DE CONTAS ................................................................................................ 39
ANEXO V ............................................................................................................................. 45
LEGISLAÇÃO ...................................................................................................................... 45

vi
1 PROPOSIÇÃO E CELEBRAÇÃO DE CONVÊNIOS

1.1 Conceitos
A Instrução Normativa (IN) n.° 1, da Secretaria do Tesouro Nacional/Ministério da
Fazenda (STN/MF), de 15 de janeiro de 1997, que disciplina a celebração de convênios de
natureza financeira que tenham por objeto a execução de projetos ou realização de eventos, e o
Decreto 6.170, de 25 de julho de 2007, que dispõe sobre normas relativas às transferências de
recursos da União mediante convênios e contratos de repasse e dá outras providências, trazem os
seguintes conceitos:
a) Convênio – acordo, ajuste ou qualquer outro instrumento que discipline a transferência
de recursos financeiros de dotações consignadas nos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social
da União e tenha como partícipe, de um lado, órgão ou entidade da administração pública federal,
direta ou indireta, e, de outro lado, órgão ou entidade da administração pública estadual, distrital
ou municipal, direta ou indireta, ou ainda, entidades privadas sem fins lucrativos, visando a
execução de programa de governo, envolvendo a realização de projeto, atividade, serviço,
aquisição de bens ou evento de interesse recíproco, em regime de mútua cooperação;
b) Contrato de Repasse - instrumento administrativo por meio do qual a transferência
dos recursos financeiros se processa por intermédio de instituição ou agente financeiro público
federal, atuando como mandatário da União;
c) Termo de Cooperação - modalidade de descentralização de crédito entre órgãos e
entidades da administração pública federal, direta e indireta, para executar programa de governo,
envolvendo projeto, atividade, aquisição de bens ou evento, mediante portaria ministerial e sem a
necessidade de exigência de contrapartida;

d) Concedente – órgão da administração pública federal direta ou indireta, responsável


pela transferência dos recursos financeiros ou pela descentralização dos créditos orçamentários
destinados à execução do objeto do convênio;

e) Contratante - a instituição financeira mandatária, representando a União e respectivo


Ministério ou órgão/entidade federal, e que se responsabilizará, mediante remuneração, pela
transferência dos recursos financeiros destinados à execução do objeto do contrato de repasse;

f) Convenente – órgão ou entidade da administração pública direta e indireta, de qualquer


esfera de governo, bem como entidade privada sem fins lucrativos, com o qual a administração
federal pactua a execução de programa, projeto/atividade ou evento mediante a celebração de
convênio;
g) Contratado - órgão ou entidade da administração pública direta e indireta, de qualquer
esfera de governo com a qual a administração federal pactua a execução de contrato de repasse;
h) Interveniente – órgão da administração pública direta e indireta de qualquer esfera de
governo, ou entidade privada que participa do convênio para manifestar consentimento ou
assumir obrigações em nome próprio
i) Executor – órgão da administração pública federal direta, autárquica ou fundacional,
empresa pública ou sociedade de economia mista, de qualquer esfera de governo, ou organização
particular, responsável direta pela execução do objeto do convênio;
j) Contribuição – transferência corrente ou de capital concedida em virtude de lei,
destinada a pessoas de direito público ou privado sem finalidade lucrativa e sem exigência de
contraprestação direta em bens ou serviços;
k) Auxílio – transferência de capital derivada da lei orçamentária, que se destina a atender
a ônus ou encargo assumido pela União e somente será concedida a entidade sem finalidade
lucrativa;
l) Subvenção social – transferência que independe de lei específica, destinada a
instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa, com
o objetivo de cobrir despesas de custeio;
m) Nota de movimentação de crédito – instrumento destinado aos registros contábeis
efetuados por meio de eventos vinculados à descentralização de créditos orçamentários. Será
utilizado quando o concedente e o convenente integrarem o Orçamento Fiscal e a Seguridade
Social;
n) Termo aditivo – instrumento que tenha por objetivo a modificação do convênio já
celebrado, vedada a alteração do objeto aprovado;
o) Objeto – produto do convênio ou contrato de repasse, observados o programa de
trabalho e as suas finalidades;
p) Meta – parcela quantificável do objeto;
q) Etapa ou Fase – ações em que se pode dividir a execução de uma meta.

1.2 Alterações Normativas recentes sobre Convênios


O Decreto 6.170, de 25 de julho de 2007, que dispõe sobre normas relativas às
transferências de recursos da União mediante convênios e contratos de repasses, e dá outras
providências, foi alterado pelo Decreto 6.428, de 14 de abril de 2008.
Os artigos 1°, 3°, 10, 13, 18 e 19 do Decreto 6.170/2007 foram alterados. Além disso, os
artigos 1° a 8°, 10, 12, 14 e 15 e 18 a 20 tiveram sua vigência antecipada, tendo aplicabilidade a
partir de 15 de abril de 2008.
Dentre as inúmeras modificações merecem destaque, tendo em vista o público alvo deste
Manual, as seguintes:
• Contrapartida (item 1.4 deste Manual);
• Limite mínimo no valor dos convênios. (art. 2°, inciso I do Decreto 6.170/2007)

Cabe destacar que fica vedada a celebração de convênios e contratos de repasse com
órgãos e entidades da administração pública direta e indireta dos Estados, Distrito Federal e
Municípios, cujo valor seja inferior a R$ 100.000,00 (cem mil reais).
Para fins de alcance do limite de R$ 100.000,00 (cem mil reais) é permitido:
I – consorciamento entre os órgão e entidades da administração pública direta e indireta
dos Estados, Distrito Federal e Municípios; e

8
II – celebração de convênios ou contratos de repasse com objeto que englobe vários
programas e ações federais a serem executados de forma descentralizada , devendo o objeto
conter a descrição pormenorizada e objetiva de todas as atividades a serem realizadas com
recursos federais. (art. 2°, Parágrafo Único do Decreto 6.170/2007)

1.2 Projeto básico


Os projetos deverão conter informações que permitam avaliar sua adequação aos
objetivos do PRONASCI, a partir das diretrizes abaixo:
• Definir com clareza os objetivos a alcançar, os métodos e técnicas a serem
empregados e os resultados mensuráveis que levarão ao alcance desses objetivos.
• Especificar as atividades a serem desenvolvidas para a obtenção de cada resultado,
com foco nos seguintes pontos: a) alcance do resultado; b) elaboração de orçamento
detalhado, conforme planilha das memórias de cálculos constante do formulário para
apresentação dos projetos (Anexo II).
• Demonstrar a relevância da questão a ser abordada e sua abrangência, justificando as
ações propostas.
• Especificar os benefícios decorrentes da execução do projeto em curto e médio prazos,
bem como seus beneficiários diretos e indiretos.
• Demonstrar as condições técnicas da instituição (administrativas, de recursos
humanos e de infra-estrutura), que devem estar adequadas à execução do projeto.
• Indicar a estratégia a ser adotada para dar continuidade às ações realizadas ao final da
execução e difundir os resultados a outros possíveis usuários.

1.3 Plano de Trabalho


O Plano de Trabalho é o instrumento que integra a solicitação de convênio, contendo todo
o detalhamento das responsabilidades assumidas pelos participantes. É a peça-chave na obtenção
de recursos, pois neste documento são inseridas todas as informações relativas aos procedimentos
que devem ser adotados com vistas ao atingimento do objeto.
Conforme preconiza o art. 116 da Lei n.º 8.666, de 21 de junho de 1993 (Lei das
Licitações), a celebração de convênio por órgãos ou entidades públicas depende da aprovação
prévia do Plano de Trabalho, que deve conter as seguintes informações:
• Título do projeto;
• Identificação do objeto;
• Justificativa da proposição;
• Cronograma de Execução com a descrição das metas, etapas ou fases e a informação
quanto à duração de cada uma e o respectivo indicador físico;
• Plano de Aplicação com especificação da natureza da despesa pertinente aos gastos a
serem efetuados tanto de responsabilidade do concedente quanto do proponente;

9
• Cronograma de Desembolso com indicação do período a serem desembolsados os
recursos do concedente e do convenente;
• Declaração firmada pelo proponente ou seu representante legal quanto à adimplência
com órgãos e entidades da administração pública federal;
• Aprovação do Plano de Trabalho pelo concedente.

* Modelos com instruções detalhadas para o preenchimento do Plano de Trabalho


constituem o Anexo II do presente manual.
** Visando evitar valores superdimensionados nos Planos de Trabalho, o convenente
deverá apresentar mais de uma cotação de preço, correspondente ao bem a ser adquirido. O
referido documento não deverá conter as marcas dos bens e sim os seus nomes técnicos.
Esclarecemos que a finalidade da cotação de preço é dar parâmetro de estimativa de preços ao
Plano de Trabalho e preservar o gestor público de práticas relacionadas ao superfaturamento, em
observância as recomendações recentes do Tribunal de Contas da União (Acórdão nº 1.084/2006
TCU-Plenário)

1.4 Contrapartida
Contrapartida é a parcela de recursos financeiros próprios, de bens ou serviços, desde que
economicamente mensuráveis, que os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, bem como as
entidades privadas, devem aplicar na execução do objeto do convênio.
Quando atendida por meio de bens e serviços, constará do convênio cláusula que indique
a forma de aferição da contrapartida. (art. 7°, § 2° do Decreto 6.170/2007)
Os limites mínimo e máximo de contrapartida são estabelecidos pela Lei de Diretrizes
Orçamentárias vigente.
Para o ano de 2008, o art. 43, § 1.º, da Lei n.º 11.514, de 13 de agosto de 2007, estabelece:
I - no caso dos Municípios:
a) 3% (três por cento) e 5% (cinco por cento), para Municípios com até 50.000
(cinqüenta mil) habitantes;
b) 5% (cinco por cento) e 10% (dez por cento), para Municípios acima de 50.000
(cinqüenta mil) habitantes localizados nas áreas prioritárias definidas no âmbito
da Política Nacional de Desenvolvimento Regional – PNDR, nas áreas da
Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste – SUDENE e da
Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia – SUDAM e na Região
Centro-Oeste; e
c) 10% (dez por cento) e 40% (quarenta por cento), para os demais; e
II - no caso dos Estados e do Distrito Federal:
a) 10% (dez por cento) e 20% (vinte por cento), se localizados nas áreas
prioritárias definidas no âmbito da Política Nacional de Desenvolvimento
Regional – PNDR, nas áreas da SUDENE e da SUDAM e na Região Centro-
Oeste; e
b) 20% (vinte por cento) e 40% (quarenta por cento), para os demais.

Conforme dispõe a Portaria do Ministério da Justiça n.º 725, de 8 de abril de 2008,


publicada no Diário Oficial da União (DOU) de 9 de abril de 2008, que trata das transferências

10
voluntárias para o desenvolvimento das ações do Programa Nacional de Segurança Pública
com Cidadania, ficam estabelecidos os seguintes limites mínimos de contrapartida:
a) 1% (um por cento) para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste; e
b) 2% (dois por cento) para as regiões Sudeste e Sul.

1.5 Envio da proposta


A seguinte documentação deverá ser encaminhada via postal diretamente ao Protocolo-
Geral do Ministério da Justiça, no endereço: Ministério da Justiça/Secretaria Executiva do
PRONASCI, Esplanada dos Ministérios, Bloco T, Edifício-Sede, CEP: 70.064-900 – Brasília –
DF:
• Ofício;
• Projeto Básico;
• Plano de Trabalho;
• Declaração de Contrapartida;
• Pesquisa de preços dos itens a serem adquiridos com recursos do convenio (junto a no
mínimo duas empresas);
• Documentação constante do Anexo III.

1.6 Termo de convênio


Termo de Convênio é o documento obrigatório na celebração, no qual estão especificadas
as cláusulas necessárias de responsabilidades das partes, conforme art. 7.º da IN/STN n.º 1/97.
Os elementos básicos do Termo de Convênio são o preâmbulo, as cláusulas, as assinaturas
e os anexos.
O preâmbulo do convênio deve conter: numeração seqüencial; número do Cadastro Geral
de Contribuintes (CGC) e nome do órgão concedente e do solicitante; nome, endereço, número e
órgão expedidor da carteira de identidade e número do Cadastro de Pessoa Física (CPF) do titular
do órgão concedente e do responsável pelo ente solicitante. Também deve conter a finalidade, a
sujeição do convênio e sua execução às normas da Lei n.º 8.666/93, no que couber, bem como do
Decreto n.º 93.872/86 e da IN STN/MF n.° 1/97, conforme o caso (art. 6.º da IN/STN n.º 1/97).
Para que o convênio tenha validade, além dos requisitos até aqui relacionados, é
necessário que sejam cumpridas as seguintes condições:
• Assinatura do Termo de Convênio pelos participantes, por duas testemunhas
devidamente qualificadas e pelo interveniente, se houver (art. 10 da IN/STN n.º 1/97);
• Publicação do extrato do convênio no DOU. A eficácia dos convênios e de seus
aditivos, qualquer que seja o seu valor, ficará condicionada à publicação do respectivo
extrato no DOU. Essa publicação será providenciada pela administração até o quinto
dia útil do mês seguinte ao da assinatura do convênio, devendo ocorrer no prazo de 20
(vinte) dias a contar daquela data (art. 61, parágrafo único, da Lei n.º 8.666/93 e art.
17 da IN/STN n.º 1/97).

Observações:

11
* Nenhuma liberação de recursos poderá ser efetuada sem o prévio registro no Subsistema
de Convênio do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal – SIAFI.
(Lei n.º 11.514, de 13 de agosto de 2007, art. 45).
* A execução de convênio subordinar-se-á ao prévio cadastramento do Plano de Trabalho
apresentado pelo convenente no SIAFI, independentemente do seu valor ou do instrumento
utilizado para sua formalização (art. 13 da IN/STN n.º 1/97).

1.7 Termo aditivo


Termo Aditivo é o instrumento utilizado para as modificações das cláusulas conveniadas,
no qual é vedada a alteração do objeto e da meta estabelecidos.
A solicitação de termo aditivo deverá ser efetuada por meio de ofício específico para cada
convênio endereçado ao concedente, com justificativa consistente, na qual apresente
explicitamente o objetivo da alteração.
O convenente deverá enviar o pedido ao concedente no prazo mínimo de 30 (trinta) dias
antes do término da vigência do convênio, levando em conta o tempo necessário para análise e
decisão (art. 15 da IN/STN n.º 1/97).

1.8 Reformulação do Plano de Trabalho


É a solicitação que se faz quando houver modificações no Plano de Trabalho, como
mudança de quantitativos, alteração de etapas/fases e valores.
Caso haja necessidade de alteração do Plano de Trabalho, o convenente deverá apresentar
proposta de repactuação por meio de ofício, com justificativa consistente, na qual apresente
explicitamente o objetivo da alteração para cada item a ser modificado, levando em conta o
tempo necessário para análise e decisão (art. 15 da IN/STN n.º 1/97).
As exigências para a reformulação do Plano de Trabalho consistem em:
• Ofício de solicitação;
• Plano de Trabalho com as devidas alterações, datado e assinado pelo proponente;
• Relação de bens de consumo, permanente e serviços a serem adquiridos.
Vale esclarecer que as alterações no Plano de Trabalho são procedimentos excepcionais,
só devendo ser adotadas em casos estritamente necessários, ressalvando-se que não se pode
modificar o objeto do convênio/Plano de Trabalho.

1.9 O Sistema de Informação do SIMAP como instrumento de apoio ao


processo de elaboração e aprovação da Proposta de Projeto
O Ministério da Justiça com o apoio da Fundação Getúlio Vargas (FGV) está trabalhando
na elaboração e implantação do Sistema de Monitoramento, Avaliação e Desenvolvimento
Institucional do Programa Nacional de Nacional de Segurança Pública com Cidadania – SIMAP.
No âmbito deste sistema serão implementados indicadores que permitirão aos atores envolvidos
no PRONASCI o monitoramento de suas ações e a avaliação do Programa.
Neste contexto, a Proposta de Projeto e o estabelecimento do Convênio são fundamentais
para se estabelecer as bases para o monitoramento. Os Entes Federativos terão acesso ao Sistema

12
de Informação do SIMAP para ajudá-los no processo de preenchimento dos documentos
relacionados nos Anexos deste Manual de Convênios, na submissão da documentação da
Proposta para o Ministério da Justiça e no Acompanhamento do Processo de Aprovação da
Proposta de Projeto.
O coordenador local do PRONASCI é o responsável pela identificação dos servidores
públicos estaduais e municipais que poderão ter acesso ao Sistema de Informação do SIMAP. O
MJ autorizará, dentre os servidores identificados, aqueles que serão efetivamente cadastrados
para terem acesso ao mesmo. Após o cadastramento a coordenação local providenciará a
capacitação destes servidores e proverá a assistência necessária para a elaboração da Proposta de
Projeto via o Sistema.

13
2 EXECUÇÃO

2.1 Procedimentos a serem adotados pelo convenente


Depois de receber os recursos do convênio, o convenente deverá proceder da seguinte
forma:
• Manter os recursos em conta bancária específica, juntamente com os recursos da
contrapartida;
• Comunicar o recebimento aos partidos políticos, sindicatos de trabalhadores e
entidades empresariais com sede no município em até dois dias úteis a contar da data
do recebimento dos recursos, conforme o art. 2.º da Lei n.º 9.452, de 20 de março de
1997 (exclusivamente para prefeituras);
• Aplicar os recursos em caderneta de poupança, caso estes não sejam imediatamente
aplicados na finalidade a que se destinam e a previsão de seu uso seja em período
igual ou superior a um mês. Em caso contrário, devem ser aplicados em fundo de
aplicação financeira de curto prazo ou em operações de mercado aberto lastreadas em
títulos da dívida pública federal (art. 20, § 1.º, inciso I, da IN/STN n.º 1/97);
• Realizar os procedimentos para licitação e contrato previstos na Lei n.º 8.666/93 (art.
27 da IN/STN n.º 1/97);
• Aplicar os rendimentos das aplicações exclusivamente no objeto do convênio (art. 20,
§ 2.º, da IN/STN n.º 1/97);
• Não considerar tais rendimentos como contrapartida (art. 20, § 3.º, da IN/STN n.º
1/97);
• Não aplicar os recursos nem possíveis rendimentos destes em finalidade diferente
daquela do objeto do convênio (arts. 20, § 2.º, e 21, § 4.º, II, da IN/STN n.º 1/97);
• Encaminhar ao concedente o relatório trimestral sobre a execução físico-financeira do
convênio.

Observações importantes:

É obrigatório ao convenente:
• Cumprir fielmente as cláusulas ou condições estabelecidas no convênio (art. 22 da
IN/STN n.º 1/97);
• Em caso de denúncia, conclusão, rescisão ou extinção do instrumento, devolver ao
concedente os saldos em no máximo 30 (trinta) dias, sob pena de instauração de
Tomada de Contas Especial – TCE (art. 116, § 6.º, da Lei n.º 8.666/93 e art. 21, § 6.º,
da IN/STN n.º 1/97);
• Apresentar a prestação de contas parcial, quando a liberação de recursos ocorrer em 3
(três) ou mais parcelas, sob pena de suspensão das parcelas subseqüentes e até de
rescisão do convênio (arts. 21, § 2.º, e 36, III, da IN/STN n.º 1/97);

14
• Constar, nas notas fiscais de comprovação das despesas, o número do convênio
firmado com o concedente.
É vedado ao convenente:
• Desviar-se da finalidade original do convênio;
• Incorrer em atraso não justificado no cumprimento de etapas ou fases programadas;
• Admitir práticas atentatórias aos princípios fundamentais da administração pública
(art. 37, caput e inc. XXI, da Constituição Federal – CF) nas contratações e demais
atos praticados, sob pena de suspensão das parcelas (art. 21, § 4.º, inc. II, da IN/STN
n.º 1/97);
• Utilizar recurso em desacordo com o Plano de Trabalho, sob pena de rescisão do
convênio e de instauração de TCE (arts. 36, inc. I, e 37 da IN/STN n.º 1/97);
• Realizar despesas fora do período de vigência do convênio, ressaltando-se que deve
ser observado o período estabelecido na cláusula de vigência do Termo de Convênio;
* As despesas devem ser pagas com cheques nominativos ou ordem bancária, não sendo
permitido efetuar saques para efetivar os pagamentos (art. 20 da IN/STN n.º 1/97);
* O convenente, ainda que entidade privada, está sujeito, quando da execução de despesas
com recursos transferidos mediante convênio, às disposições da Lei n.º 8.666/93, especialmente
em relação à licitação e ao contrato, admitida a modalidade de licitação prevista na Lei n.º
10.520, de 17 de junho de 2002,2 no que couber.

2.2 Licitação
2.2.1 Obrigatoriedade de licitação
A licitação é obrigatória para todas as entidades que se enquadrarem no parágrafo único
do artigo 1.° da Lei n.º 8.666/93.

2.2.2 Modalidades de licitação


A Lei Federal n.° 8.666/93, no art. 22, prevê cinco modalidades de licitação, as quais são
identificadas pelo valor estimado da contratação em função dos limites estabelecidos pelo art. 23
da referida lei. São elas:
Concorrência – é a modalidade de licitação para grandes contratações e possui duas
características principais: a publicidade dos atos, desde o aviso da licitação até o seu resultado, e
a universalidade, que significa a participação de qualquer interessado desde que atenda aos
requisitos exigidos no edital.
Tomada de Preço – é a modalidade de licitação intermediária entre a concorrência e o
convite, em termos de valores envolvidos e as exigências de documentação para participar do
certame.
Convite – é a modalidade utilizada para aquisições de baixo valor e simplificada
exigência quanto à apresentação de documentos por parte do interessado.

2
Institui, no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, nos termos do art. 37, inciso XXI, da
Constituição Federal, modalidade de licitação denominada pregão, para aquisição de bens e serviços comuns, e
dá outras providências. (sem grifo no original)

15
Nesta modalidade de licitação, o interessado deve ser do ramo da atividade a ser
contratada, o que parece bastante óbvio. No entanto o abuso, com convite a qualquer pessoa, só
para obtenção do número mínimo, levou o legislador a incluir este requisito para dificultar os
conluios e resguardar o interesse público.
Outra característica é o mínimo de três interessados, observado o número mínimo também
de três propostas válidas para o prosseguimento de licitações na modalidade Convite. Quando
não comparecer este mínimo de interessados, e no universo do mercado houver outros que
possam fornecer o objeto da licitação, o procedimento deverá ser repetido para que possa
realmente selecionar a proposta mais vantajosa.
A cada nova carta-convite, deve ser convidado no mínimo mais um licitante que não
tenha participado do último certame, desde que o universo do mercado permita.
Concurso – é a modalidade de licitação pouco utilizada, servindo para selecionar trabalho
técnico ou artístico, com a finalidade de incentivar o desenvolvimento cultural ou a obtenção de
resultado prático imediato.
Leilão – é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens
móveis inservíveis para a administração, ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados,
ou para a alienação de bens imóveis, prevista no art. 19 da Lei n.° 8.666/93, a quem oferecer o
maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação.

2.2.2.1 Modalidade pregão


O pregão é a modalidade de licitação instituída pela Lei n.º 10.520/2002, regulamentada
pelo Decreto n.º 3.555, de 8 de agosto de 2000, para aquisição de bens e serviços comuns. A
disputa é realizada em sessão pública, por meio de propostas e lances, para a classificação do
licitante que apresente proposta de menor preço. Após a classificação, procede-se à habilitação,
ao contrário do que ocorre nas demais modalidades.
O pregão amplia a competitividade, além de permitir que a Administração obtenha a
proposta mais vantajosa de forma mais eficiente que as demais modalidades.
Os procedimentos são simplificados, porém eficientes. As normas disciplinadoras da
licitação serão sempre interpretadas em favor da ampliação da disputa entre os interessados,
desde que não comprometam o interesse da Administração, a finalidade e a segurança da
contratação.
A licitação na modalidade Pregão não se aplica às contratações de obras e serviços de
Engenharia, bem como às locações imobiliárias e alienações em geral, que são regidas pela
legislação geral da Administração. Também não poderá ser utilizada a modalidade Pregão se o
tipo de licitação a ser utilizado for “técnica e preço ou melhor técnica”.
A idéia simples e inovadora de estabelecer uma competição mais acirrada pelo menor
preço em licitações favorece a administração pública, os fornecedores e a sociedade, que tem
como exercer maior controle sobre as contratações realizadas. É o máximo por menos.

Obrigatoriedade de pregão
O Decreto n.º 5.504, de 5 de agosto de 2005, estabeleceu a exigência de utilização do
Pregão, preferencialmente na forma eletrônica, para entes públicos ou privados, nas contratações
de bens e serviços comuns realizadas em decorrência de transferências voluntárias de recursos
públicos da União derivados de convênios ou instrumentos congêneres, ou consórcios públicos.

16
O órgão que não utilizar Pregão na forma eletrônica terá de formalizar justificativa que
comprove a inviabilidade de sua utilização. O objetivo do Governo Federal com a medida é
aumentar a transparência das compras governamentais, agilizar o processo e, principalmente,
reduzir os custos dos bens e serviços comuns adquiridos pelos órgãos públicos federais. Além
disso, a utilização da Internet nas compras amplia a competição e o número de fornecedores,
fomentando a participação de micro e pequenas empresas nas licitações

2.2.3 Sistema de Registro de Preço


O Sistema de Registro de Preços (SRP), regulamentado pelo Decreto n.º 3.931, de 19 de
setembro de 2001, é um conjunto de procedimentos que tem por objetivo registrar preços de
contratações realizadas pela administração pública e, dessa forma, facilitar as aquisições ou
contratações futuras. É adotado, preferencialmente, quando:
a) houver necessidade de contratações freqüentes;
b) for mais conveniente a aquisição de bens com previsão de entregas parceladas ou
contratação de serviços necessários à Administração para o desenvolvimento de suas atribuições;
c) não for possível à Administração definir o quantitativo necessário; e
d) houver conveniência de contratar objeto para suprir mais de um órgão ou entidade, ou
programa de governo.
A partir do registro dos preços as contratações se realizarão de forma simplificada, tendo
em vista que o procedimento licitatório já ocorreu e selecionou a melhor proposta para a
Administração. Não se deve esquecer por óbvio que todos os requisitos para tal procedimento
devem ser observados.
No SRP, os preços e condições dos contratantes ficam registrados na Ata de Registro de
Preços, que terá validade de no máximo um ano. Poderá ser prorrogado por até 12 (doze) meses,
em caráter excepcional, devendo a Administração realizar a justificativa e obter autorização da
autoridade superior, caso a proposta vencedora continue sendo a mais vantajosa.
Os preços constantes do SRP serão divulgados em órgão oficial da Administração,
constando a ata e a indicação dos respectivos fornecedores. Esses preços ficarão à disposição dos
órgãos e entidades participantes do registro ou de qualquer outro órgão ou entidade da
Administração, mesmo que não tenham participado do certame.
Há possibilidade de o CONVENENTE utilizar pregões presenciais de Registro de Preços
feitos pelo CONCEDENTE, para aplicação dos recursos repassados para aquisição de bens e
serviços. Deve-se deixar claro que o citado decreto disciplina o SRP no âmbito federal,
observando-se nos estados e municípios a legislação específica que permita a utilização do SRP
da esfera federal.

Vantagens
• Otimização dos níveis de estoque;
• Racionalização das compras;
• Redução do volume de licitações;
• Parâmetro na análise de propostas entre os preços cotados e os praticados pela
administração pública;

17
• Facilidades nas aquisições emergenciais;
• Redução nas faltas de materiais.

2.2.4 Tipos de licitação


Os tipos de licitações, exceto o da modalidade concurso, estão previstos no art. 45, § 1.º,
do Estatuto das Licitações, são eles:
a) Menor preço;
b) Melhor técnica;
c) Técnica e preço;
d) Maior lance ou oferta.
Na realidade, a expressão correta não deveria ser tipos de licitação, mas, sim, critérios
de julgamento, uma vez que estes dão o norte de como serão classificadas as propostas
apresentadas pelos licitantes.
A regra é a licitação do tipo menor preço, em que a administração pública busca a
vantagem financeira.
Será considerado vencedor do certame aquele que ofertar o menor preço. No entanto, nos
casos de serviços de natureza predominantemente intelectual e de contratação de bens e serviços
de informática, poderão ser utilizados os tipos de licitação melhor técnica e menor preço. Neste
último também interessará a técnica apresentada pelo proponente.

2.2.5 Documentos e certidões a serem exigidos


Quando da prova da regularidade fiscal com a Fazenda Nacional, devem ser exigidas dos
participantes de processos licitatórios a Certidão de Quitação de Tributos e Contribuições
Federais e a Certidão de Quitação da Dívida Ativa da União, fornecidas pela Procuradoria da
Fazenda Nacional, em conformidade com o que dispõem o art. 29, inciso III, da Lei n.° 8.666/93
e o art. 62 do Decreto-Lei n.° 147, de 3 de fevereiro de 1967 (Decisão n.º 841/1999 – Plenário).
O Tribunal de Contas da União (TCU) firmou entendimento no sentido de que é
obrigatória a exigência da Certidão Negativa de Débito (CND) da Seguridade Social e do Fundo
de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) nos seguintes casos:
• nas licitações públicas, de qualquer modalidade, incluindo dispensa e inexigibilidade,
para contratar obras, serviços ou fornecimento, ainda que para pronta-entrega;
• na assinatura de contratos;
• a cada pagamento efetivado pela administração contratante, inclusive nos contratos de
execução continuada ou parcelada (Decisão n.º 705/1994 – Plenário).
Deverá ser evitada a inabilitação de participantes de processos licitatórios em razão
somente de diferenças entre números de registro de CGC das respectivas matriz e filial, nos
comprovantes pertinentes à CND, ao FGTS, ao INSS e à relação de empregados, quando a
empresa interessada comprovar a centralização do recolhimento de contribuições, tendo em vista
a legalidade desse procedimento (Decisão n.º 679/1997 – Plenário).

18
2.2.6 Empresas estrangeiras
Nas licitações internacionais, deve ser solicitado, tanto quanto possível, das empresas
estrangeiras que não funcionem no país, mas tenham representação legal no Brasil, o que
determina o § 4.º do art. 32 da Lei n.º 8.666/93, ou seja, apresentação de documentos
equivalentes, autenticados pelos consulados e traduzidos por tradutor juramentado. Essas
empresas devem ter representação legal no Brasil com poderes expressos para receber citação e
responder administrativa ou judicialmente.
Conforme dispõe o § 6.° do art. 32, o § 4.º não se aplica às licitações internacionais para
aquisição de bens e serviços nos seguintes casos:
• Aquisição de bens e serviços cujo pagamento seja feito com produto de financiamento
concedido por organismo financeiro internacional de que o Brasil faça parte, ou por
agência estrangeira de cooperação;
• Contratação com empresa estrangeira para a compra de equipamentos fabricados e
entregues no exterior, desde que para este caso tenha havido prévia autorização do
Chefe do Poder Executivo;
• Aquisição de bens e serviços realizada por unidades administrativas com sede no
exterior.

2.2.7 Elementos formais do processo licitatório


Os processos administrativos deverão ser autuados, protocolados, numerados e
rubricados, contendo os documentos relacionados no art. 38 da Lei n.º 8.666/93.

2.2.8 Fracionamento de despesa na licitação


O art. 24, caput e inciso II, da Lei n.º 8.666/93 estabelece que a licitação é dispensável
para compras de pequeno valor, desde que não se refiram a parcelas de uma mesma compra de
maior vulto que possa ser realizada de uma só vez.
Se os bens adquiridos estiverem previstos no Plano de Trabalho do convênio, e os
recursos para sua aquisição liberados pelo concedente, não se justificam compras fracionadas em
detrimento do processo licitatório.
O gestor deve atentar para o fato de que, atingido o limite legalmente fixado para dispensa
de licitação, as demais contratações para serviços da mesma natureza deverão observar a
obrigatoriedade da realização de certame licitatório, evitando a ocorrência de fracionamento de
despesa. Ao adotar o sistemático planejamento de suas compras, ele impedirá o desnecessário
fracionamento na aquisição de produtos de uma mesma natureza, possibilitando a utilização da
correta modalidade de licitação, nos termos do art. 15, § 7.°, II, da Lei n.° 8.666/93 (Acórdão n.º
79/2000 – Plenário).

2.2.9 Inexigibilidade de licitação


Nos casos de inexigibilidade de licitação, é necessária justificativa sólida a respeito da
singularidade do objeto, da escolha do fornecedor ou prestador de serviços, além da
demonstração de compatibilidade do preço contratual com aquele praticado no mercado,
conforme disposto no art. 26, inciso III, da Lei n.º 8.666/93 e no entendimento consolidado pelo
TCU no Acórdão 452/2001.

19
2.2.10 Representante comercial exclusivo
No caso de representante comercial exclusivo, é necessária a comprovação de
exclusividade a ser feita por meio de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio local
em que se realizará a licitação ou a obra ou serviço, pelo sindicato, pela federação ou
confederação patronal, ou ainda pelas entidades equivalentes, conforme disposto no art. 25 da Lei
n.º 8.666/93.
Nas contratações, deve constar nos processos a razão da escolha do fornecedor ou
executante, em cumprimento ao estabelecido no art. 26, parágrafo único, inciso II, da Lei de
Licitações, atentando-se para o fato de que a simples declaração de inviabilidade de competição,
sem a indicação das razões que a geraram, é insuficiente para amparar tais contratações (Decisão
n.º 745/2002, Plenário).

2.2.11 Dispensa de licitação


A legislação prevê alguns casos em que fica facultado à Administração licitar ou não. São
os casos de dispensa de licitação. As situações em que é possível dispensar a realização de um
certame licitatório previamente ao contrato estão relacionadas no artigo 24 da Lei n.º 8.666/93,
sendo que a essa lista não pode ser acrescentada nenhuma outra hipótese.
*** É importante ler atentamente o artigo 24 da citada lei para evitar a contratação direta
ilegal.

2.2.11.1 Dispensa de Licitação com base em situação emergencial


A contratação com dispensa de licitação com base no art. 24, inc. IV, da Lei n.º 8.666/93,
conforme leciona Marçal Justen Filho3 (1994, p. 135 e 136), deve ser precedida da demonstração
concreta e efetiva da potencialidade de dano: a urgência deve ser concreta e efetiva. Devem-se
indicar danos que a evidenciem.

2.2.12 Parecer jurídico nas licitações, dispensas e inexigibilidades


Segundo dispõe o art. 38 da Lei n.º 8.666/93, os processos deverão ser instruídos com
pareceres técnicos e jurídicos.

2.2.13 Edital
O edital é o instrumento de divulgação do processo licitatório. Ele é considerado a lei
interna da licitação, porque vincula a Administração e os participantes às suas cláusulas. Não se
pode exigir nada que não esteja previsto no edital.
É considerado nulo o edital omisso ou errôneo em pontos essenciais, ou que contenha
condições discriminatórias ou preferenciais que afastem determinados interessados e favoreçam
outros.
Na forma do art. 38 da Lei n.º 8.666/93, as minutas de editais de licitação, bem como as
dos contratos, acordos, convênios ou ajustes, devem ser previamente examinadas e aprovadas
pela Assessoria Jurídica da Administração.
Qualquer cidadão pode impugnar edital viciado ou defeituoso administrativamente até
cinco dias úteis, antes da data fixada para a abertura dos envelopes de habilitação, e o licitante até

3
Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos, 2. ed., RJ, Aide, 1994.

20
dois dias úteis. Cabe à Administração julgar e responder à impugnação em até três dias úteis (art.
41, §§ 1.° a 4.°). Poderá também qualquer licitante, contratado ou pessoa física ou jurídica,
representar ao Tribunal de Contas ou aos órgãos do sistema de controle interno contra
irregularidades na aplicação da citada lei (art. 113, §§ 1.° e 2.°).

2.2.13.1 Orçamento em planilha de preços


O descumprimento do art. 40, § 2.º, II da Lei n.º 8.666/93, ou seja, a inexistência de
demonstrativo do orçamento estimado em planilhas de quantitativos e custos unitários como
anexo do edital da licitação foi objeto de questionamento por parte do TCU (Decisões n.ºs
300/2002 e 1.060/2003).
Deve constar como anexo dos instrumentos convocatórios de licitação, em qualquer
modalidade, o demonstrativo do orçamento estimado em planilhas de quantitativos e preços
unitários.

2.2.14 Adjudicação e homologação


Lei n.º 8.666/93, art. 38, inciso VII, e art. 43, inciso VI; e Lei n.º 10.520/2002, art. 4.º,
incisos XXI e XXII.

2.2.14.1 Adjudicação
Adjudicação é o ato exclusivo da comissão de licitação (Lei n.º 8.666/93) ou do pregoeiro
(Lei n.º 10.520/2002) pelo qual se atribui ao vencedor o objeto do certame para subseqüente
efetivação do contrato administrativo, caso seja confirmado pela autoridade superior.
De quem é a competência para a adjudicação tem sido tema de discórdia entre os
estudiosos da área. Muitos têm atribuído essa função à autoridade competente para a
homologação e considerado que ela ocorre somente depois de ter sido homologado o resultado.
Tal entendimento provém da interpretação do texto do art. 43, inciso VI, da Lei de Licitações,
que apresenta o termo adjudicação após a palavra homologação, dando a impressão de que a
adjudicação ocorreria posteriormente à homologação.
Essa redação legal citada não atribui à autoridade superior a competência pela
adjudicação, mas, sim, à autoridade competente, de tal forma que, apesar de estar no singular,
pode ser entendido que será empregada uma autoridade competente para cada ato. O mais
importante, e que não está determinado naquele dispositivo, é que esses atos deverão seguir a
ordem ali colocada.
O fato de um licitante ser adjudicado em determinada licitação não implica,
necessariamente, que ele será contratado. A decisão da comissão deve ser ratificada pela
autoridade superior, e isso às vezes não acontece, assim como, em alguns casos, simplesmente
não há continuidade do procedimento, visto que na legislação não existe definição de prazos para
a Administração concluir o certame, nem prazos entre as etapas de julgamento, adjudicação e
homologação.
São efeitos jurídicos da adjudicação confirmada: o direito de contratar com a
Administração nos termos em que o adjudicatário venceu a licitação; a vinculação do
adjudicatário a todos os encargos estabelecidos no edital e aos prometidos na sua proposta; a
sujeição do adjudicatário às penalidades previstas no edital se não assinar o contrato no prazo e
nas condições estabelecidas. Além disso, a Administração fica impedida de contratar o objeto
licitado com qualquer outra que não seja o adjudicatário.

21
2.2.14.2 Homologação
É o ato da autoridade superior que confirma o julgamento das propostas e,
conseqüentemente, a classificação e a adjudicação, chamando para si a responsabilidade do
processo licitatório. Muito se discute sobre a ordem desses dois atos administrativos. A polêmica
doutrinária existente no que se refere a que autoridade tem competência para adjudicar o objeto
da licitação não ocorre quanto à homologação. A homologação é, indiscutivelmente, um ato da
autoridade superior à comissão.
A homologação só deve ser feita depois de completado totalmente o trâmite recursal
contra o resultado da licitação, que tem efeito suspensivo e impede, portanto, a realização dos
atos seguintes (Lei n.º 8.666/93). Na hipótese de pregão, o recurso não possui efeito suspensivo,
como determina o inciso XVIII do art.11 do Decreto n.º 3.555/2000.
Algumas administrações divulgam o resultado de julgamento juntamente com a
adjudicação, iniciando-se, com a divulgação desse ato, o prazo de recurso contra o julgamento.
Outras publicam apenas o resultado do julgamento, sem adjudicar, abrindo prazo para recurso
dessa decisão. Depois de decorrido o prazo legalmente determinado, sem a apresentação de
contestações, ou depois de julgados os recursos que foram interpostos, e realizada a adjudicação,
não caberá mais recurso, sendo possível, portanto, a imediata homologação.
Caso haja recurso contra o julgamento, a autoridade incumbida da homologação terá
quatro alternativas para sua decisão:
a) Confirmar o julgamento, homologando-o;
b) Ordenar a retificação da classificação total ou parcial, se verificar irregularidade
corrigível no julgamento;
c) Anular o julgamento ou todo o processo licitatório, caso haja ilegalidade insanável e
prejudicial à licitação em qualquer fase desta; e
d) Revogar o processo se o contrato não for conveniente para a Administração,
obedecidas as condições legais para tal.

2.2.15 Anulação e revogação da licitação


A Administração poderá revogar ou anular a licitação em qualquer de suas fases, desde
que devidamente justificada.

2.2.15.1 Anulação
 É a invalidação da licitação por motivo de ilegalidade.
 A decisão deve ser justificada para demonstrar a ocorrência do motivo e a lisura do
poder público, sem o que o ato será inoperante.
 Não sujeita a administração a qualquer indenização.
 Despacho anulatório sem justa causa é nulo.
* O administrador responsável poderá anular a licitação por ilegalidade de ofício ou por
provocação de terceiros.

22
2.2.15.2 Revogação
 É a invalidação da licitação por interesse público. Revoga-se o que é legítimo, mas
inoportuno e inconveniente para a Administração.
 A decisão deverá ser justificada, senão o ato revocatório será inoperante.
 A revogação é privativa da Administração.
 Somente podem ser revogados atos eficazes e válidos.
 Resulta para o poder público a obrigação de indenizar o adjudicatário prejudicado.
 A revogação é total, ao contrário da anulação, que pode ser parcial.
 O licitante não pode impedir a revogação da licitação, mas pode exigir a indicação dos
motivos apontados pela Administração.
 O juízo de conveniência para a revogação deve basear-se em fato superveniente
devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar aquele ato (art. 49,
caput, da Lei n.º 8.666/93).
* O gestor poderá revogar a licitação por razões de interesse público decorrente de fato
superveniente devidamente comprovado (ex.: corte no orçamento e preço acima do mercado).
Contudo deve ser observado o disposto no art. 59, parágrafo único, da Lei n.º 8.666/93.

2.2.16 Contrato
Contrato Administrativo é todo acordo de vontades do qual o Estado participa, cujas
cláusulas são reguladas pelos preceitos de direito público firmados pelas partes para criar
obrigações e direitos recíprocos. É um ato jurídico, bilateral e comunicativo, em que as partes se
obrigam a prestações mútuas e equivalentes de cargos e vantagens.
Os contratos devem ser elaborados de acordo com o Capítulo III, Dos Contratos, da Lei
n.º 8.666/93.
O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de tomada de preços,
bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites
destas duas modalidades de licitação. É facultativo nos demais casos em que a Administração
puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de
despesas, autorização de compra ou ordem de execução de serviço, conforme o art. 62 da Lei n.º
8.666/93.
Em carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra, ordem de
execução de serviço ou outros instrumentos hábeis aplica-se, no que couber, o disposto no art. 55
da lei supramencionada:
Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam:
I - o objeto e seus elementos característicos;
II - o regime de execução ou a forma de fornecimento;
III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, a data-base e
periodicidade do reajustamento de preços, os critérios de atualização monetária
entre a data do adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento;
IV - os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de entrega, de
observação e de recebimento definitivo, conforme o caso;
V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação
funcional programática e da categoria econômica;
VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas;
23
VII - os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os
valores das multas;
VIII - os casos de rescisão;
IX - o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de rescisão
administrativa prevista no art. 77 desta Lei;
X - as condições de importação, a data e a taxa de câmbio para conversão,
quando for o caso;
XI - a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a
inexigiu, ao convite e à proposta do licitante vencedor;
XII - a legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos casos
omissos;
XIII - a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato,
em compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas as condições de
habilitação e qualificação exigidas na licitação.

Não é devido efetuar pagamento de despesas sem a correspondente cobertura contratual,


por caracterizar contrato verbal, procedimento vedado pelo parágrafo único do art. 60 da Lei n.º
8.666/93 (Acórdão n.º 260/2002 – Plenário).
Devem ser observadas, com rigor, as disposições da Lei n.º 8.666/93, notadamente o art.
38, autuando um único processo para cada procedimento licitatório, ao qual serão juntados o
contrato e os respectivos termos aditivos, assim como os demais documentos relativos à licitação
(Acórdão n.º 1300/2003, 1.ª Câmara).
Devem ser registradas, por meio de termo aditivo, alterações que eventualmente sejam
necessárias no decorrer da execução do contrato, exceto aquelas especificadas no § 8.º do art. 65
da Lei n.º 8.666/93 (Decisão n.º 820/1997 – Plenário), esclarecendo as hipóteses, os tipos, os
limites e as vedações para eventuais alterações contratuais.
Deve ser cumprido o disposto no § 1.º do art. 54 da Lei n.º 8.666/93, no que tange à
conformidade entre os contratos assinados com os termos das respectivas licitações e propostas a
que se vinculam (Decisão n.º 168/1995 – Plenário).
Serão observados na elaboração dos contratos os termos da licitação e da proposta a que
se vinculam, bem como do ato que autorizou a dispensa ou inexigibilidade e a respectiva
proposta, conforme disposto no art. 54 da Lei n.º 8.666/93 (Decisão n.º 107/1995, 2.ª Câmara).

2.2.16.1 Execução do contrato


A Administração deve acompanhar e fiscalizar a execução do contrato e seus aditivos, de
acordo com o artigo 67 da Lei n.º 8.666/93, atentando também para a qualidade, as medições e
os pagamentos das obras (Decisão n.º 1069/2001 – Plenário). Deve prever igualmente, quando da
realização de futuros contratos, a inclusão de cláusula no sentido de que a fiscalização seja
exercida durante toda a execução dos serviços, observando a efetividade da participação dos
profissionais especializados e a sua real vinculação à empresa executora do serviço (Decisão n.º
767/1998 – Plenário).

2.2.16.1.1 Valores contratuais


A execução dos contratos deve ser restringida aos valores efetivamente pactuados, em
atendimento ao art. 54, § 1.º, da Lei n.º 8.666/93, observando-se que qualquer alteração
contratual deve obedecer ao disposto nos artigos 60 e 65 da referida lei (Decisão n.º 300/2002 –
Plenário).

24
2.2.16.1.2 Prorrogação de contrato
Não deve ser celebrado termo aditivo de contrato cujo prazo de vigência tenha expirado,
por ausência de previsão legal, em observância ao disposto no art. 65 da Lei n.º 8.666/93
(Acórdão n.º 1247/2003 – Plenário).
A Administração deve observar atentamente o inciso II do art. 57 da Lei n.º 8.666/93 ao
firmar e prorrogar contratos, de forma a somente enquadrar como serviços contínuos aqueles
cujos objetos correspondam a obrigações de fazer e a necessidades permanentes (Decisão n.º
1136/2002 – Plenário). A prorrogação de contrato deve ser justificada por escrito e devidamente
aprovada pela autoridade competente.

2.2.17 Pagamento antecipado


Não será permitido pagamento antecipado de fornecimento de materiais, execução de
obra, ou prestação de serviço, inclusive de utilidade pública. Admite-se, em caráter excepcional,
mediante as indispensáveis cautelas ou garantias, o pagamento de parcela na vigência do
respectivo contrato, segundo a forma de pagamento previamente estabelecida, devidamente
prevista no edital de licitação.
Conforme o art. 62 da Lei n.º 4.320, de 17 de março de 1964, o pagamento da despesa só
será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação. A liquidação da despesa é que
permite à Administração reconhecer a dívida como líquida e certa. Portanto, a partir dela há
obrigação de pagamento, desde que as cláusulas contratadas tenham sido cumpridas.
O art. 63 da referida lei informa que a liquidação da despesa consiste na verificação do
direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do
respectivo crédito. Trata-se de constatar o direito do credor ao pagamento, isto é, verificar se o
implemento de condição foi cumprido.
A fase de liquidação deve comportar a verificação in loco do cumprimento da obrigação
por parte do contratante. Foi a obra construída dentro das especificações contratadas? Foi o
material entregue dentro das especificações estabelecidas no edital de concorrência ou de outra
forma de licitação? Foi o serviço executado dentro das especificações? O móvel entregue
corresponde ao pedido? E assim por diante. O documento de liquidação, portanto, deve refletir
uma realidade objetiva.

2.2.18 Notas fiscais


As notas fiscais apresentadas deverão estar de acordo com a Relação de Bens/Consumo/
Serviços e em conformidade com o art. 30 da IN/STN n.º 1/97 e com cláusula do Termo de
Convênio, ou seja, devidamente identificadas com o número de convênio, como determina o
TCU no Acórdão n.º 757/2004 – Plenário.
As notas fiscais deverão ser apresentadas com as especificações detalhadas dos materiais
adquiridos e serviços prestados e com o devido atesto de recebimento dos materiais/serviços
realizados.
Não serão aceitas notas fiscais:
 Rasuradas;
 Sem número do convênio;
 Sem atesto de recebimento;

25
 Sem detalhamento dos materiais adquiridos e serviços prestados.

2.3 Acompanhamento, monitoramento e avaliação


A IN STN/MF n.º 1/97, em seu artigo 23, dispõe que a função gerencial fiscalizadora será
exercida pelo concedente, dentro do prazo regulamentar de execução/prestação de contas do
convênio, ficando assegurado a seus agentes qualificados o poder discricionário de reorientar
ações e de acatar ou não justificativas com relação às disfunções porventura havidas na execução.

2.3.1 Monitoramento

2.3.1.1 Os tipos de Indicadores

2.3.1.1.1 Indicadores Primários


Os Indicadores Primários são os de Gestão e estão implementados em três tipos: Controle,
Eficiência e Eficácia.
Os Indicadores de Controle serão comuns a todas as Ações PRONASCI que são custeadas
pelo Orçamento Geral da União. Eles têm o objetivo da medição durante os ciclos do Orçamento:
Elaboração Orçamentária e Execução Orçamentária e Financeira.
Já os Indicadores de Eficiência também serão comuns a todas as Ações PRONASCI e tem
como objetivo a medição dos tempos relacionados aos prazos de entrega e de pagamento.
Os Indicadores de Eficácia são específicos para cada Ação PRONASCI e tem como
objetivo a medição das metas a serem alcançadas durante a execução da Ação até o seu término.

2.3.1.1.2 Indicadores secundários


Os Indicadores Secundários estão relacionados aos efeitos colaterais que uma Ação
PRONASCI pode interferir no resultado de outra Ação PRONASCI. As Ações PRONASCI serão
mapeadas de acordo com o foco principal a que elas terão eficácia: o Agente Policial, a
Instituição e o Território. O inter-relacionamento que poderá existir entre as Ações mapeadas
para um determinado foco será medido por um Indicador Secundário, denominado
transbordamento.

2.3.1.1.3 Indicadores terciários


Os Indicadores Terciários estão relacionados à externalidade derivada da ação do
PRONASCI, num determinado território. Sua medição visa avaliar o impacto agregado do
PRONASCI neste Território.

2.3.1.2 Classificação Orçamentária


Os créditos determinados no Convênio devem ser classificados na Dotação Orçamentária
do Orçamento do Convenente de forma clara e transparente, sendo vedada a utilização de
classificadores orçamentários genéricos (por exemplo: demais Subfunções, Outras Despesas).
Esta mesma transparência deve ser utilizada durante todas as fases da despesa, desde o empenho
até o pagamento.
O Classificador Orçamentário de Plano Interno é obrigatório desde a dotação até a
liquidação da despesa e deve ser padronizado de acordo com o Plano de Trabalho aprovado no

26
Convênio. Isto se faz necessário por que todos os pontos de controle onde há a medição dos
Indicadores de Gestão estão vinculados ao detalhamento do Plano de Trabalho aprovado.

2.3.1.3 A obrigação do Convenente de fornecer os dados da execução orçamentária e


financeira ao Concedente
A execução orçamentária e financeira, contabilizada utilizando o Plano de Contas
padronizado pela STN, deve ser obrigatoriamente disponibilizada pelos Estados e Municípios
Convenentes no SIMAP para permitir a medição dos Indicadores de Gestão, devendo esta
determinação constar como obrigação do Convenente no Termo de Convênio.
A razão das contas contabilísticas abaixo relacionadas, incluindo a conta-corrente contábil
e a data e hora do lançamento contábil, devem ser carregadas no SIMAP pelo Convenente de
acordo com as normas estabelecidas no item 2.3.1.4.1 deste Manual:

Subgrupo de Contas Descrição do Subgrupo


Contabilísticas de Contas Contabilísticas
(3º nível da estrutura do Plano de Contas)

1.9.2.x.x.xx.xx Ativo Compensado

Execução Orçamentária da Despesa

1.9.3.x.x.xx.xx Ativo Compensado

Execução da Programação Financeira

2.9.2.x.x.xx.xx Passivo Compensado

Execução Orçamentária da Despesa

2.9.3.x.x.xx.xx Passivo Compensado

Execução da Programação Financeira

2.3.1.4 O Sistema de Informação do SIMAP como instrumento de apoio ao


monitoramento e a avaliação do PRONASCI

Os responsáveis pelas Ações e Projetos do PRONASCI terão acesso, dentro dos termos
abaixo expressos, ao Sistema de Informação do SIMAP para verificar as medições, realizar o seu
monitoramento e elaborar suas avaliações, visando o pleno e correto ajuste necessário para o
alcance do resultado esperado.

2.3.1.4.1 A carga de dados contabilísticos dos entes federativos Convenentes

27
O Convenente, através de seu respectivo órgão responsável pela contabilização da
execução orçamentária e financeira, em relação aos Convênios estabelecidos no âmbito do
PRONASCI, deve todo o primeiro dia útil da semana fazer o “upload” no SIMAP dos
lançamentos realizados no mês corrente até o último dia útil da semana anterior. O mesmo
procedimento deverá ser realizado para o mês fechado no Sistema de Contabilidade, no primeiro
dia útil após o fechamento do mês no Sistema de Contabilidade.

2.3.1.4.2 Os demais dados sócio-econômicos e de segurança dos entes federativos


convenentes

O Convenente fica comprometido, conforme será consignado no Termo de Convênio, a


disponibilizar periodicamente (mensal, bimestral ou semestral), a partir de solicitação do MJ,
informações sociais, econômicas, financeiras e de segurança, dentro de seu escopo de atuação e
competência, de forma a prover dados necessários aos indicadores e avaliações que serão
produzidos pelo MJ. Visa-se assim, inferir impactos nas resultantes de segurança e inserção
cidadã a partir do início do PRONASCI, estendendo-se esse comprometimento por um período
de cinco anos após a conclusão do programa e suas respectivas ações.

2.3.1.4.3 O Acesso aos Indicadores e Avaliações sobre o PRONASCI pelos Entes


Federativos Convenentes

Os Responsáveis por Ação ou Projeto PRONASCI terão acesso, em níveis diferenciados,


sobre medições dos Indicadores Primários e Secundários, que sejam pertinentes às ações sob sua
responsabilidade.

2.3.1.4.4 O Acesso pela Sociedade as Informações sobre o PRONASCI

Informações de interesse público sobre as Ações e Projetos PRONASCI serão


disponibilizadas na página web do setor de transparência do MJ, para que a Sociedade Civil
acompanhe as ações do PRONASCI em seus respectivos níveis.

28
3 PRESTAÇÃO DE CONTAS

3.1 Disposições gerais


Todo gestor público é obrigado a prestar contas dos recursos recebidos, sob pena de sofrer
as sanções previstas em lei e de comprometer o fluxo de recursos, mediante suspensão de
transferências. Assim, ao término da vigência do instrumento que efetuou a transferência de
recursos, deve o responsável pela aplicação desses recursos adotar as medidas cabíveis com
vistas à apresentação das contas. Fundamentalmente, deve observar o que se segue (IN/STN n.º
1/97, art. 7.º):
• Restituir ao concedente os valores transferidos, atualizados monetariamente a partir da
data do recebimento, acrescidos dos juros legais, na forma da legislação aplicável aos
débitos para com a Fazenda Nacional, quando não for executado o objeto, quando não
for apresentada devidamente a prestação de contas, ou quando os recursos forem
utilizados em finalidade diversa daquela prevista no instrumento;
• Restituir eventual saldo de recursos, incluindo os rendimentos de aplicação financeira,
ao concedente ou ao Tesouro Nacional, conforme o caso, quando da conclusão,
denúncia, rescisão ou extinção do instrumento (Lei n.º 8.666/1993, art. 116);
• Recolher à conta do concedente o valor correspondente aos rendimentos de aplicação
no mercado financeiro, referente ao período compreendido entre a liberação do
recurso e a sua utilização, quando não comprovado o seu emprego na consecução do
objeto, ainda que não tenha sido feita a aplicação.
O órgão concedente tem, a partir da data do recebimento da prestação de contas, 90
(noventa) dias para se pronunciar sobre sua aprovação ou não (Decreto 6.170/2007, art. 10, § 7°).
A falta de apresentação da prestação de contas no prazo regulamentar implicará a
instauração da Tomada de Contas Especial, conforme a IN/STN n.º 1, de 14 de janeiro de 2004,
publicada no DOU de 16 de janeiro de 2004, fl. 19.
Convém destacar que, em relação aos municípios, compete ao prefeito sucessor apresentar
as contas referentes aos recursos federais recebidos por seu antecessor, quando este não o tiver
feito ou, na impossibilidade de fazê-lo, adotar as medidas legais visando ao resguardo do
patrimônio público, com a instauração da competente Tomada de Contas Especial, sob pena de
co-responsabilidade (Súmula TCU n.º 230).
Em caso de denúncia, conclusão, rescisão ou extinção do instrumento, os saldos devem
ser devolvidos à entidade ou órgão repassador dos recursos, em no máximo 30 (trinta) dias, sob
pena de instauração de Tomada de Contas Especial (Lei n.º 8.666/1993, art. 116, § 6.º).

3.2 Prestação de Contas Parcial


A Prestação de Contas Parcial consiste na documentação a ser apresentada para
comprovar a execução de uma parcela recebida ou sobre a execução dos recursos recebidos ao
longo do ano, a qual deverá ser composta segundo o disposto no art. 32 da IN STN/MF n.° 1/97.
Quando a liberação dos recursos ocorrer em três ou mais parcelas, a Prestação de Contas
Parcial referente à primeira parcela é condição para a liberação da terceira; a prestação referente à
segunda, para a liberação da quarta, e assim sucessivamente (IN STN/MF n.° 1/97, art. 21, § 2.º).

29
De acordo com o art. 32 da IN STN/MF n.º 1/97, a Prestação de Contas Parcial deverá
conter:
• Relatório de Execução Físico-Financeira (inc. III do art. 28 da IN/STN n.° 1/97. Vide
Anexo III);
• Demonstrativo da Execução da Receita e Despesa evidenciando os recursos recebidos
em transferência, a contrapartida, os rendimentos auferidos da aplicação dos recursos
no mercado financeiro, quando for o caso, e os saldos de recursos não aplicados (inc.
IV do art. 28 da IN/STN n.º 1/97. Vide Anexo IV);
• Relação de pagamentos (inc. V do art. 28 da IN/STN n.° 1/97. Vide Anexo IV);
• Relação dos bens adquiridos, produzidos ou construídos com recursos da União (inc.
VI do art. 28 da IN/STN n.º 1/97. Vide Anexo IV);
• Extrato da conta bancária específica do período que se estende do recebimento da
primeira parcela até o último pagamento e, se for o caso, a conciliação bancária (inc.
VII do art. 28 da IN/STN n.º 1/97. Vide Anexo IV);
• Cópia do termo de aceitação definitiva da obra, quando o objeto do convênio for a
realização de obras ou serviços de Engenharia (inc. VIII do art. 28 da IN/STN n.º
1/97. Vide Anexo IV);
• Cópia dos despachos adjudicatório e homologatório das licitações realizadas ou
justificativa para a sua dispensa ou inexigibilidade, conforme o caso, com o respectivo
embasamento legal (inc. X do art. 28 da IN/STN n.º 1/97. Vide Anexo IV).

3.3 Prestação de Contas Final


A Prestação de Contas Final constitui-se na documentação comprobatória da despesa
apresentada à unidade concedente ao final da vigência do instrumento.
Deverá ser composta dos seguintes documentos:
• Plano de Trabalho (Anexo II);
• Cópia do Termo de Convênio com indicação da data de sua publicação;
• Relatório de Execução Físico-Financeira (Anexo IV);
• Demonstrativo da Execução da Receita e Despesa evidenciando os recursos recebidos
em transferência, a contrapartida, os rendimentos auferidos na aplicação dos recursos
no mercado financeiro, quando for o caso, e os saldos (Anexo IV);
• Relação de pagamentos (Anexo IV);
• Relação dos bens adquiridos, produzidos ou construídos com recursos da União
(Anexo IV);
• Extrato da conta bancária específica do período que se estende do recebimento da
primeira parcela até o último pagamento e, se for o caso, a conciliação bancária
(Anexo IV);
• Extrato da aplicação financeira, quando realizada, bem como eventuais resgates;

30
• Cópia do termo de aceitação definitiva da obra ou serviço, quando o objeto do
convênio visar à realização de obra ou serviço de Engenharia (Anexo IV);
• Comprovante de recolhimento do saldo de recursos à conta indicada pelo concedente,
ou Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF), quando recolhido ao
Tesouro Nacional;
• Cópia dos despachos adjudicatório e homologatório das licitações realizadas ou
justificativa para a sua dispensa ou inexigibilidade, com o respectivo embasamento
legal (inc. X do art. 28 da IN/STN n.º 1/97. Vide Anexo IV).

3.4 Tomada de Contas Especial


Tomada de Contas Especial é o procedimento administrativo realizado pelo Governo
Federal, que tem por finalidade a apuração dos fatos, a identificação dos responsáveis e a
quantificação do débito.
Será instaurada Tomada de Contas Especial quando:
• não apresentada a prestação de contas no prazo regulamentar, conforme IN/STN n.º
1/97;
• não aprovada a prestação de contas em decorrência de não execução total do objeto,
de atingimento parcial dos objetivos, de desvio de finalidade, de impugnação de
despesas, de não-cumprimento dos recursos da contrapartida e/ou de não aplicação
dos rendimentos decorrentes de aplicações financeiras no objeto do convênio (art. 38,
inc. II, da IN/STN n.º 1/97);
• verificado qualquer fato que resulte em dano ao erário (art. 38, inc. III, da IN/STN n.º
1/97);
• houver determinação do TCU a respeito, ao entender que o fato motivador possui
relevância para ensejar a instauração de Tomada de Contas Especial (art. 5.º da
IN/TCU n.º 35, de 23/8/2000).

31
ANEXO I
PROJETO BÁSICO
1. IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO
Título
Início (mês/ano): Término (mês/ano):

2. IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO PROPONENTE


Proponente: CNPJ:

Endereço: CEP: DDD:

Tel.: Fax:

Município: UF: E-mail:

Home page:

Regime jurídico e esfera administrativa: População do município:


 Direito Público  Federal  Estadual  Municipal
 Direito Privado
Representante legal: CPF:

Cargo: Função: CI/Órgão expedidor:

Endereço residencial: CEP: DDD:


Telefone:
Data: Assinatura:

3. COORDENAÇÃO DO PROJETO/ INDICAÇÃO FORMAL DO RESPONSÁVEL PELA


EXECUÇÃO DO PROJETO
Nome do coordenador(a): CPF:

DDD: Telefone: Fax:

E-mail: Assinatura:

4. OBJETO DO PROJETO

5. JUSTIFICATIVA

6. METAS E RESULTADOS ESPERADOS

7. DETALHAMENTO DE CUSTOS

32
ANEXO II
PLANO DE TRABALHO 1/3
1 - DADOS CADASTRAIS - PROPONENTE

Órgão/Entidade Proponente CNPJ


Indicar o nome da instituição interessada na execução do programa, N.º da inscrição da instituição proponente no
projeto ou evento Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica do Ministério
da Fazenda

Endereço
Indicar o endereço completo do proponente (pessoa jurídica)
Cidade UF CEP DDD/Telefone EA
Mencionar o nome da cidade em Unidade da Código de Endereçamento N.º do telefone da Esfera administrativa a
que esteja situada a instituição Federação Postal da instituição instituição que pertence

Conta Corrente Banco Agência Praça de Pagamento


N.º da conta bancária para N.º do N.º e nome a agência Local de pagamento
movimentação dos recursos do Banco bancária
convênio.
Nome do Responsável CPF
Nome completo da autoridade proponente do convênio N.º no Cadastro de Contribuinte Pessoa Física da
autoridade proponente do convênio

CI/Órgão Expedidor Cargo Função Matrícula


N.º da carteira de identidade e órgão Nome do cargo do Nome da função do N.º da matrícula do responsável,
emissor da autoridade responsável proponente responsável proponente quando for o caso
proponente
Endereço CEP
Indicar o endereço completo (residencial) do proponente Código de Endereçamento Postal da residência do
proponente

2 - DADOS CADASTRAIS - EXECUTOR


CNPJ/CPF EA
Nome N.º de inscrição no Ministério da Esfera Administrativa
Fazenda
Instituição que participará no convênio como interveniente
ou executor, se for o caso
CEP
Endereço N.º do Código de Endereçamento Postal
Endereço do interveniente ou executor
CPF
Nome do Responsável N.º no Cadastro de Contribuinte Pessoa Física da
autoridade interveniente ou executora do convênio
Nome completo da autoridade interveniente ou executora do convênio

CI/Órgão Expedidor Cargo Função Matrícula


N.º da carteira de identidade e órgão Nome do cargo do Nome da função do N.º da matrícula do
emissor da autoridade interveniente ou responsável interveniente responsável responsável, quando for o
executora ou executor caso
CEP
Endereço Código de Endereçamento Postal da residência do
interveniente ou executor
Indicar o endereço completo (residencial) do interveniente ou executor

33
3 - DESCRIÇÃO DO PROJETO
Período de Execução*
Título do Projeto
Indicar o título do projeto, programa ou evento a ser executado
Início Término
Data prevista para início Data prevista para o
da execução término da execução

Identificação do Objeto
Descrever o produto final a ser obtido na execução do projeto, programa ou evento

Justificativa da Proposição

Descrever as razões que levaram à proposição, evidenciando os benefícios sociais e à segurança da comunidade, a localização
geográfica e os resultados a serem obtidos após a execução do objeto do convênio.

4 - CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO (META, ETAPA OU FASE)


Etapa Indicador Físico Duração
Meta Especificação Unidade Quantidade Início Término
Fase
São os São as ações Elementos característicos da meta, etapa ou fase. Unidade de Quantidade Data prevista Data prevista
elementos em que se Descrição das ações para se atingir a meta medida que prevista para cada para início para término
que pode dividir melhor unidade de medida da execução da execução
compõem a execução caracterize o de cada de cada meta,
o objeto de uma meta produto de meta, etapa etapa ou fase
cada meta, ou fase
etapa ou fase

5 - PLANO DE APLICAÇÃO (R$ 1,00)


Natureza da despesa
Código Especificação Total Concedente Proponente
Código dos valores do Descrição do elemento de despesa Registra valor, em unidade Valor do recurso Valor do recurso
elemento de despesa de milhar, por elemento de orçamentário a ser orçamentário a ser
correspondente à utilização despesa transferido pelo aplicado pelo
dos recursos orçamentários órgão ou entidade proponente
concedente (contrapartida)

TOTAL GERAL
Somatório dos valores atribuídos aos elementos de despesa

34
6 - CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO (R$ 1,00)

CONCEDENTE
Registrar o valor mensal a ser transferido pelo órgão/entidade responsável pelo programa
(concedente).
Meta Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho
N.º seqüencial da
meta, conforme
cronograma de
execução

Meta Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro


N.º seqüencial da
meta, conforme
cronograma de
execução

PROPONENTE (Contrapartida)
Registrar o valor mensal a ser desembolsado pelo proponente (Convenente).
Meta Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho
N.º seqüencial da
meta, conforme
cronograma de
execução

Meta Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro


N.º seqüencial da
meta, conforme
cronograma de
execução

7 - DECLARAÇÃO
Na qualidade de representante legal do proponente, declaro, para fins de prova no Ministério da Justiça / Secretaria
Executiva do PRONASCI, para efeitos e sob as penas da Lei, que inexistem débitos em mora ou situação de
inadimplência com o Tesouro Nacional ou com qualquer órgão ou entidade da Administração Pública Federal que
impeçam a transferência de recursos oriundos de dotações consignadas nos orçamentos da União, na forma deste plano
de trabalho.

Pede deferimento,

____________________________ _____________________________________
Local e Data Proponente
(Representante legal do órgão ou entidade proponente)
8 - APROVAÇÃO PELO CONCEDENTE

Aprovado

_______________________________ ____________________________________
Local e Data Concedente
(Representante da unidade/Órgão concedente)

35
RELAÇÃO DE BENS PERMANENTES A SEREM ADQUIRIDOS

VALOR
ESPECIFICAÇÃO DO BEM UNIDADE QUANTIDADE
UNITÁRIO TOTAL

TOTAL GERAL

RELAÇÃO DE BENS DE CONSUMO A SEREM ADQUIRIDOS


VALOR
ESPECIFICAÇÃO DO BEM UNIDADE QUANTIDADE
UNITÁRIO TOTAL

TOTAL GERAL

RELAÇÃO DE SERVIÇOS A SEREM ADQUIRIDOS


VALOR
ESPECIFICAÇÃO DO SERVIÇO UNIDADE QUANTIDADE
UNITÁRIO TOTAL

TOTAL GERAL

36
ANEXO III
DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA À CELEBRAÇÃO DE CONVÊNIOS

DOCUMENTOS EXIGIDOS LEGISLAÇÃO APLICÁVEL


Comprovante de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – • Art. 17, inciso II, da IN/STN n.º 1, de 15/1/1997; art. 29, inciso I, da
CNPJ, ou cadastro do órgão/entidade e do dirigente. Lei 8.666/93.
Cópia autenticada do termo de posse do dirigente do órgão ou ato de
nomeação ou designação, quando for o caso. • Art. 4.º, inciso II, da IN/STN n.º 1, de 15/1/1997.

Cópia da cédula de identidade • Art. 4.º, inciso II, da IN/STN n.º 1, de 15/1/1997.
Cópia do Cadastro da Pessoa Física – CPF • Art. 4.º, inciso II, da IN/STN n.º 1, de 15/1/1997.
Comprovante de abertura de conta específica para cada convênio, para • Art. 20, IN/STN n.º 1, de 15/1/1997.
receber os recursos, contendo n.º da conta e a agência – • Art. 18, inciso IV e § 1.º, da IN/STN n.º 1, de 15/1/97.
exclusivamente em instituição financeira controlada pela União • Art. 10 do Decreto 6.170/2007.
(Anexo III).
Comprovação do exercício pleno da propriedade do imóvel, mediante • Art 2.º, inciso VII, IN STN n.º 1/97
certidão de registro no cartório de imóvel, quando o convênio tiver
por objeto a execução de obras ou benfeitorias (Anexo VI).
Declaração expressa do proponente, sob as penas do art. 299 do
Código Penal (Anexo IV):
⇒ Que se acha em dia quanto ao pagamento de tributos, empréstimos • Art. 25, inciso IV, letra a, da Lei Complementar n.º 101/2000 – Lei
e financiamentos devidos ao ente transferidor; de Responsabilidade Fiscal (LRF).
• Art. 2º, inciso VII e art. 3º, inciso VII, da IN/STN n.º 1, de
⇒ Que instituiu, regulamentou e arrecadou todos os tributos previstos 15/1/1997.
nos arts. 155 e 156 da Constituição Federal, ressalvado o imposto
previsto no art. 156, com redação dada pela Emenda Constitucional
n.º 3, de 1993, quando comprovada a ausência do fato gerador; • Art. 11 e parágrafo único da Lei Complementar n.º 101/2000 (LRF).
⇒ Que os recursos não serão destinados ao pagamento de despesas
com pessoal ativo, inativo e pensionista, do Estado, Distrito Federal
ou Município;
⇒ Que se acha em dia quanto à prestação de contas de recursos
• Constituição Federal, art. 167, X, incluído pela Emenda
anteriormente recebidos do ente transferidor;
Constitucional n.º 19/1998; e
⇒ Que cumpre os limites constitucionais relativos à educação e à • Art. 25, § 1º, III, da Lei Complementar n.º 101/2000 (LRF).
saúde;
⇒ Que existe dotação específica e previsão orçamentária de
contrapartida;
⇒ Que os recursos a serem transferidos pelo Governo Federal à conta
do convênio serão incluídos no respectivo orçamento (citar o nome do
ente/entidade recebedor); • Art. 25, § 1º, IV, “a”, da Lei Complementar n.º 101/2000 (LRF).
• Art. 25, § 1º, IV, “b”, da Lei Complementar n.º 101/2000 (LRF).
⇒ Que encaminhou suas contas à Secretaria do Tesouro Nacional ou
• Art. 25, § 1º, IV, “d”, Lei Complementar n.º 101/2000 (LRF).
entidade preposta nos prazos estabelecidos (A STN efetuará o registro
no Cadastro Único de Convênio – CAUC daqueles entes que • Art. 42 da Lei de Diretrizes Orçamentárias do exercício.
atenderam à determinação do art. 51 da LRF). • Art. 3º, inciso II, letra f, da IN/STN n.º 1, de 4/5/2001.
• Art. 35 da Lei 10.180/2001; art. 43, I da Lei de Diretrizes
Orçamentárias do Exercício.

• Art. 51, § 1º, incisos I e II, da Lei Complementar n.º 101/2000


(LRF).
• Art. 3º, inciso II, letra g, da IN/STN n.º 1, de 4/5/2001.

37
Documentação necessária às entidades privadas sem fins lucrativos

DOCUMENTOS EXIGIDOS LEGISLAÇÃO APLICÁVEL


Estatuto • Art. 17, inciso II, da IN/STN n.º 1, de 15/1/1997;
• Art. 29, inciso I, da Lei 8.666/93.
Declaração de Regular Funcionamento • Inciso IV do art. 39 da Lei n.º 11.514, de 13/8/2007.
Registro no Conselho Nacional de Assistência Social –
CNAS ou qualificação como OSCIP, quando couber. • Art. 35 da Lei n.º 11.514, de 13/8/2007.

38
ANEXO IV
PRESTAÇÃO DE CONTAS
RELATÓRIO DE CUMPRIMENTO DO OBJETO

1. NOME DO ÓRGÃO ENTIDADE BENEFICIADA 2. CNPJ


Indicar o nome completo da unidade executora. Indicar o número de inscrição do
órgão/entidade executora no Cadastro
Nacional de Pessoa Jurídica.
3. UF EXERCÍCIO
Pôr a sigla da unidade Registrar o ano de
da Federação onde celebração do
esteja situado o órgão convênio.
executor.

4. VALOR TRANSFERIDO 5. VALOR DA 6. VALOR DO


Registrar o valor do recurso transferido pelo concedente. CONTRAPARTIDA RENDIMENTO DA
Registrar o valor correspondente à APLICAÇÃO FINANCEIRA
contrapartida pactuada. Registrar o valor do recurso oriundo da
aplicação financeira dos recursos.
7. PROCESSO DE CONCESSÃO 8. N.º DO CONVÊNIO 9. VIGÊNCIA
Identificar o número do processo que original o processo de Identificar o número do respectivo convênio. Inserir o período total da vigência do
concessão, registrado no termo de convênio. convênio.
10. OBJETO REALIZADO
Identificar o objeto a que se refere o convênio executado.
11. MODALIDADE DE LICITAÇÃO ( )
1. CONVITE 2. TOMADA DE PREÇOS 3. CONCORRÊNCIA 4. DISPENSA 5.INEXIGÍVEL

6. PREGÃO

Identificar a modalidade licitatória utilizada para consecução do objeto.

OBSERVAÇÕES:
Colocar alguma observação pertinente ao processo licitatório, se for o caso.

12. RELATÓRIO CONSUBSTANCIADO

12.1. AÇÕES PROGRAMADAS

Registrar todas as ações previstas no plano de trabalho aprovado, que deveriam ter sido executadas ao longo do período de vigência do convênio.

12.2. AÇÕES EXECUTADAS

Comparativamente, registrar todas as ações efetivamente realizadas durante a execução do convênio.

12.3. BENEFÍCIOS ALCANÇADOS

Identificar todos os benefícios alcançados com a execução do projeto e como o projeto interferiu positivamente no meio trabalhado.

12.4. DIFICULDADES ENCONTRADAS

Identificar todas as situações que dificultaram ou impediram a realização de alguma meta prevista, se for o caso.

EXECUTOR: RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO:


Constar data, nome, cargo e assinatura do responsável pela instituição Constar data, nome, cargo e assinatura do responsável pela execução do
convenente. projeto.

39
RELATÓRIO DE EXECUÇÃO FÍSICO-FINANCEIRA
Unidade Executora Convênio n.º
Indicar o nome completo da unidade executora. Identificar o número do respectivo convênio.
Período de ____/____/_____ a ____/_____/_____
Inserir o período total da vigência do convênio.

Físico
Etapa
Meta Descrição No período Até o período
/Fase Unid.
Prog. Exec. Prog. Exec.
Transcrever Transcrever Transcrever os elementos Transcrever as Registrar a Registrar o Registrar a Registrar o
as metas as etapas / característicos da meta, etapa unidades de quantidade produto quantidade produto
previstas no fases ou fase previstas no plano de medida do programada para efetivamente programada efetivamente
plano de previstas no trabalho aprovado. produto de cada o período a que obtido após a para o período obtido após a
trabalho plano de meta, etapa, ou se refere o execução física a que se refere execução física
aprovado. trabalho fase previstas no relatório, de do objeto. o relatório, do objeto.
aprovado. plano de trabalho acordo com o conforme o
aprovado. plano de trabalho plano de
aprovado. trabalho
aprovado.

Total

Financeiro (R$)
Etapa Realizado no período Realizado até o período
Meta
/Fase Conc. Conv. Outros Total Conc. Conv. Outros Total
Mencionar Mencionar Indicar o Indicar o Indicar o Registrar o Indicar o Indicar o Indicar o Registrar o
o número o número valor valor valor somatório dos valor valor valor somatório
de ordem de ordem efetivamente efetivamente efetivamente valores acumulado, acumulado, acumulado, dos valores
da meta da etapa ou gasto dos gasto dos gasto dos realizados no efetivamente efetivamente efetivamente realizados
conforme fase recursos recursos recursos que período, gasto dos gasto dos gasto dos no período,
execução conforme financeiros da financeiros da tiveram atribuídos às recursos recursos recursos que atribuídos
no período. execução unidade contrapartida origem colunas financeiros da financeiros da tiveram às colunas
no período. concedente no pactuada no diferente das concedente, unidade contrapartida origem concedente,
período a que período a que anteriores convenente e concedente no pactuada no diferente das convenente
se refere o se refere o (aplicação outros. período a que período a que anteriores e outros.
relatório. relatório. financeira se refere o se refere o (aplicação
e/ou relatório. relatório. financeira
contrapartida e/ou
adicional não contrapartida
pactuada). adicional não
pactuada).
Total Geral
EXECUTOR: RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO:
Constar data, nome, cargo e assinatura do responsável pela instituição Constar data, nome, cargo e assinatura do responsável pela execução do
convenente. projeto.

Reservado à Unidade Concedente


Parecer Técnico: Parecer Financeiro:

Aprovação do Ordenador da Despesa Assinatura


Local e Data:

40
EXECUÇÃO DA RECEITA E DESPESA

Unidade Executora: Indicar o nome completo da unidade executora (convenente). Convênio: Indicar o número original do
convênio.

Receita Despesa

Concedente: Registrar o valor total dos recursos recebidos. Concedente: Registrar o valor total das despesas realizadas com
os recursos recebidos.

Convenente: Registrar o total dos recursos pactuados da


contrapartida. Convenente: Registrar o valor total das despesas realizadas com
recursos da contrapartida pactuada.

Rendimentos: Registrar o total de recursos auferidos da


aplicação financeira. Rendimentos: Registrar o valor total das despesas realizadas
com os recursos auferidos da aplicação financeira.

Outros: Registrar o total de recursos da contrapartida adicional


não pactuada. Outros: Registrar o valor total das despesas realizadas com
recursos da contrapartida adicional não pactuada.

SALDOS

Concedente: Registrar o valor do saldo recolhido ou a recolher,


apurado pela diferença entre a receita e despesa do recurso do
concedente.

Convenente: Registrar o valor do saldo recolhido ou a recolher,


apurado pela diferença entre a receita e despesa do recurso do
convenente.

Rendimentos: Registrar o valor do saldo recolhido ou a


recolher, apurado pela diferença entre a receita e despesa do recurso
da aplicação financeira.

Total: Registrar o somatório das receitas arrecadadas para Total: Registrar o somatório das despesas realizadas para
consecução do objeto. consecução do objeto e o saldo do convênio.

Executor: Responsável pela execução:


Constar data, nome, cargo e assinatura do responsável pela Constar data, nome, cargo e assinatura do responsável pela execução do
instituição convenente. projeto.

41
RELAÇÃO DE PAGAMENTOS

RECURSOS 1. EXECUTOR: Indicar o nome completo da unidade executora. 2. CONVÊNIO:


1- Concedente Indicar o número
original do convênio.
2- Executor
3- Outros

3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13.


REC ITEM CREDOR CNPJ/CPF NAT. DA MOD. CH/OB DATA TIT. DATA VALOR
Indicar a Enumerar Indicar o nome Indicar o DESPESA LICIT. Identificar o Registrar a CRED. Registrar Registrar o valor
fonte da cada um dos do credor número do Registrar o Indicar a número do data de Identificar o a data de pago pela aquisição
receita pagamentos (fornecedor ou CNPJ ou CPF código do modalidade cheque, emissão do número do emissão do bem ou
conforme os efetuados. prestador de do credor, elemento de de licitação ordem documento título do título contratação do
códigos a serviço) que foi conforme o despesa utilizada bancária ou de comprovante da de crédito serviço.
seguir: pago com caso. correspondente para outra pagamento despesa (p.ex.: referido
1.concedente recursos do ao pagamento aquisição do modalidade referido na nota fiscal, na coluna
2. executor convênio, efetuado. bem ou de coluna 9. recibo). 11.
3. outros conforme título contratação pagamento
(inclusive de crédito. do serviço. prevista na
aplicações IN.
no mercado
financeiro).

14. T O T A L: Registrar o valor total da coluna 13.

15. EXECUTOR: 16. RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO:


Constar data, nome, cargo e assinatura do responsável pela instituição convenente. Constar data, nome, cargo e assinatura do responsável pela execução do projeto.

42
RELAÇÃO DE BENS
1. EXECUTOR: Indicar o nome completo da unidade executora. 2. CONVÊNIO: Indicar o número original do convênio.

3. DOC. 4.DATA 5.ESPECIFICAÇÃO 6. QTDE. 7.VALOR UNITÁRIO 8. TOTAL


Indicar o tipo Indicar a Especificar detalhadamente o bem adquirido. Registrar a Registrar o valor unitário de cada Registrar o valor gasto com o
e o número data da quantidade adquirida item. item especificado, obtido
do emissão do do item especificado. com a multiplicação do valor
documento documento. unitário do item pela sua
que quantidade.
comprova a
despesa com
aquisição,
produção ou
construção
do bem.

9.TOTAL: Registrar o somatório das parcelas constantes da coluna 8 (total).

10. EXECUTOR: 11. RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO:


Constar data, nome, cargo e assinatura do responsável pela instituição convenente. Constar data, nome, cargo e assinatura do responsável pela execução do projeto.

43
CONCILIAÇÃO BANCÁRIA

1. UNIDADE EXECUTORA: Indicar o nome 2. CONVÊNIO: Indicar o número original do


completo da entidade responsável pela execução convênio firmado.
do convênio.

3. PROJETO: Indicar o nome completo do projeto pactuado no termo de convênio.


4. BANCO: Indicar o número do banco onde foi aberta a conta específica para recebimento dos recursos
relativos ao convênio em questão.
5. AGÊNCIA: Indicar o número da agência bancária onde foi aberta a conta específica para recebimento
dos recursos relativos ao convênio em questão.
6. CONTA-CORRENTE: Indicar o número da conta-corrente específica para recebimento dos recursos
relativos ao convênio.

7. SALDO ANTERIOR: Indicar o saldo zero constante no R$


momento da abertura da conta específica para recebimento dos
recursos relativos ao convênio.
R$
8. CRÉDITO: Indicar o valor do crédito total, que será obtido
somando os valores dos itens 8.1, 8.2 e 8.3.
8.1 Ordens Bancárias: Indicar o valor do somatório dos
recursos repassados por meio de ordens bancárias.
8.2 Rendimentos: Indicar o valor dos recursos auferidos em
aplicação financeira.
8.3 Outros: Indicar o valor dos recursos oriundos da R$
contrapartida.

9. DÉBITO: Indicar o somatório dos débitos existentes na conta, R$


referentes a cheques emitidos e compensados.

10. SALDO ATUAL: Indicar o resultado obtido do somatório do


saldo anterior com o crédito, e deste subtraindo-se o débito, da
seguinte forma: (item 7 + item 8 – item 9 = item 10).
11. CHEQUES PENDENTES: Indicar os números e respectivos R$
valores dos cheques emitidos e ainda não compensados, ou
seja, cheques pendentes de compensação.

12. VALORES PENDENTES: Indicar o total do somatório de todos os cheques relacionados no item 11.
13. SALDO APÓS COMPENSAÇÃO DOS VALORES PENDENTES: Indicar o saldo zero final da conta,
ou o saldo a recolher.
14. EXECUTOR: 15. RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO:
Constar data, nome, cargo e assinatura do Constar data, nome, cargo e assinatura do responsável
responsável pela instituição convenente. pela execução do projeto.

44
ANEXO V
LEGISLAÇÃO
• Constituição Federal de 1988, artigo 167, inciso X – Dispõe sobre termo de
convênios;
• Lei n.º 8.666, de 21 de junho de 1993 (Lei de Licitações e Contratos) –
Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal e institui normas
para licitações e contratos da administração pública;
• Lei n°. 10.520, de 17 de julho de 2002 – Institui modalidade de licitação
denominada pregão;
• Instrução Normativa STN n.º 1, de 15 de janeiro de 1997 – Disciplina a
celebração de convênios de natureza financeira que tenham por objeto a
execução de projetos ou realização de eventos;
• Instrução Normativa STN n.º 4, de 17 de maio de 2007 – Altera dispositivos da
Instrução Normativa n.º 1/97, disciplinadora da celebração de convênios de
natureza financeira;
• Instrução Normativa TCU n.º 56, de 5 de dezembro de 2007 – Dispõe sobre a
instauração e organização de processos de tomada de contas especial e dá outras
providências;
• Instrução Normativa TCU n.º 35, de 23 de agosto de 2000 – Dá nova redação à
IN TCU n.º 13/96;
• Lei Complementar n.º 101, de 4 de maio de 2000 – Lei de Responsabilidade
Fiscal;
• Lei de Diretrizes Orçamentárias para o exercício a que se referir;
• Lei Orçamentária Anual para o exercício a que se referir;
• Decreto n.º 6.170, de 25 de julho de 2007 – Dispõe sobre normas relativas às
transferências de recursos da União mediante convênios e contratos de repasse;
• Decreto n°. 6.428, de 14 de abril de 2008 – Altera o Decreto 6.170, de 25 de
julho de 2007.
Informações e consultas poderão ser obtidas nos sites:

http://www.planalto.gov.br/legislacao
http://www.tcu.gov.br
http://www.pgfn.fazenda.gov.br
http://www.stn.fazenda.gov.br
http://www.mj.gov.br
http://www.cgu.gov.br

45

Você também pode gostar