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SOCIOLOGIA TURMAS 2001/2002

– Prof.ª CLÁUDIA MARIA DOS SANTOS FALCO

1. (Uem 2013) Os arranjos familiares têm sido considerados pelo pensamento social moderno como agências
primárias de socialização dos indivíduos. A partir das contribuições sociológicas sobre o assunto, assinale o que
for correto.
01) Para Gilberto Freyre, a lógica patriarcal, que regulou as relações familiares no Brasil colônia, também ajudou
a estruturar as relações políticas e econômicas da época a partir da figura do “patriarca”.
02) A “família nuclear” burguesa pode ser compreendida como um modelo idealizado de organização familiar
que representou valores e relações sociais dominantes no imaginário ocidental contemporâneo.
04) Os novos papéis sociais assumidos pelas mulheres vêm produzindo mudanças nas relações familiares
contemporâneas, pois alteram os sentidos tradicionais atribuídos ao casamento e à maternidade.
08) No Brasil, o reconhecimento jurídico da união estável de pessoas do mesmo sexo significou uma conquista
recente dos grupos envolvidos nas lutas pela legitimação de arranjos familiares alternativos.
16) O aumento expressivo no número de divórcios ocorridos nas últimas décadas está diretamente relacionado à
crise moral e social por que passa a sociedade brasileira.

2. (Upe 2013) Apesar de existirem estudos sociológicos no Brasil, antes de 1930, pode-se afirmar que a
Sociologia brasileira se desenvolveu com a fundação da Escola Livre de Sociologia e Política, em 1933, da
Universidade de São Paulo, em 1934, e a do Rio de Janeiro, em 1935. Sobre a consolidação da Sociologia
brasileira como ciência acadêmica, NÃO se pode afirmar que
a) o objetivo da Sociologia brasileira, nesse contexto, era formar técnicos e especialistas para compreender os
problemas sociais e produzir “soluções racionais” para questões nacionais.
b) a Sociologia no Brasil passou a ser reconhecida com base em estudos sobre relações raciais, mobilidade social
de grupos étnicos e das relações sociais existentes no meio rural brasileiro.
c) os estudos das teorias pelos intelectuais brasileiros em pesquisas sobre os problemas nacionais foi o caminho
encontrado pelos primeiros sociólogos para suprir a ausência de uma “escola sociológica no Brasil” e para
consolidar a Sociologia brasileira como disciplina.
d) a Sociologia se tornou uma “tradição” teórica importante nas universidades brasileiras com os estudos de
Florestan Fernandes.
e) a ordem social brasileira nesse período era compreendida pela Sociologia, em consolidação no Brasil, como
uma prática intelectual e política, que permitia transformar a sociedade, com o objetivo de romper ou manter a
ordem capitalista vigente.

3. (Unimontes 2013) Entre as décadas de 1920 e 1940, foram publicados alguns dos mais instigantes estudos
sobre a formação da sociedade brasileira, que permanecem sendo objeto de leituras críticas e de debate até hoje
pelos cientistas sociais. Esses estudos podem ser caracterizados como ensaios de interpretação do Brasil, pois
apresentam discussões sobre as instituições políticas, as classes sociais, a produção econômica, o passado, o
espaço rural e o espaço urbano, as tensões entre o tradicional e o moderno, e, finalmente, sugeriram uma série de
impasses e possibilidades para o presente e o futuro da sociedade brasileira. Sobre esses estudos, relacione as
colunas, fazendo a correspondência entre autor e respectiva obra.

1. Mário de Andrade ( ) Raízes do Brasil


2. Sérgio Buarque de Holanda ( ) Casa-grande & senzala
3. Caio Prado Jr. ( ) Macunaíma
4. Gilberto Freyre ( ) Evolução política do Brasil

A sequência CORRETA é
a) 3, 1, 2, 4.
b) 2, 1, 3, 4.
c) 2, 4, 1, 3.
d) 1, 3, 4, 2.

4. (Uel 2012) No debate sobre as cotas para o ingresso dos negros nas universidades públicas, reapareceram, de
forma recorrente, argumentos favoráveis e contrários à adoção dessa política afirmativa. Os trechos reproduzidos
a seguir constituem exemplos desses argumentos.

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Em um país onde a maioria do povo se vê misturada, como combater as desigualdades com base em uma
interpretação do Brasil dividido em “negros” e “brancos”? Depois de divididos, poderão então lutar entre si por
cotas, não pelos direitos universais, mas por migalhas que sobraram do banquete que continuará sendo servido à
elite. Assim sendo, o foco na renda parece atender mais à questão racial e não introduzir injustiça horizontal, ou
seja, tratamento diferenciado de iguais.

(Adaptado de: Yvonne Maggie (Antropologa da UFRJ). O Estado de São Paulo. 7 mar. 2010. Este artigo de
Yvonne Maggie serviu de base para o seu pronunciamento lido por George Zarur na audiência pública sobre
ações afirmativas convocada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em março de 2010.)

Desde 1996 me posicionei a favor de ações afirmativas para negros na sociedade brasileira. Vieram as cotas e as
apoiei, como continuo fazendo, porque acho que vão na direção certa – incluir socialmente os setores menos
competitivos – embora saiba que o problema é muito maior e mais amplo. Tenho apoiado todas as medidas que
diminuam a pobreza ou favoreçam a mobilidade social e todas as que combatam diretamente as discriminações
raciais e a propagação dos preconceitos raciais. Em curto prazo, funcionam as políticas de ação afirmativa; em
longo prazo, funcionam políticas que efetivamente universalizem o acesso a bens e serviços.

(Antônio Sérgio Guimarães (Sociólogo da USP) Entrevista concedida à Ação Educativa. Disponível em:
<http://www.acaoeducativa.org.br/portal/index.php?option=com_content&task=view&id=633>. Acesso em: 30
jun. 2011.)

A divergência dessas duas posições reproduz, atualmente, o antagonismo existente no debate sobre a questão
racial na sociologia brasileira, exemplificado pela oposição entre os pensamentos de Gilberto Freyre e Florestan
Fernandes.
Identifique e explique, nos trechos reproduzidos, os argumentos favoráveis e desfavoráveis à política de cotas
para negros em universidades, comparando-os com as visões teóricas de Gilberto Freyre e Florestan Fernandes.

5. (Interbits 2012) Com efeito, já nos anos 1930, a noção elaborada pelo antropologo Gilberto Freyre (1930), de
que esse era um país racial e culturalmente miscigenado, passava a vigorar como uma espécie de ideologia não
oficial do Estado, mantida acima das clivagens de raça e classe e dos conflitos sociais que se precipitam na
época. Nesse contexto, conceitos são reavaliados, imagens assentadas perdem sua mais antiga conotação. Esse é
o caso exemplar de Jeca Tatu, conhecida personagem de Monteiro Lobato, que enquanto mestiço, pobre e
ignorante, de certa forma representava a condição vivenciada pela maioria da população brasileira. Em 1919,
porém, em O problema vital, Lobato parece ter mudado de posição, quando, desviando a atenção para o
problema racial, apresentava Jeca Tatu não como o resultado de uma formação híbrida, mas como o fruto de
doenças epidêmicas.

SCHWARCZ, L. M. O espetáculo das raças. São Paulo: Companhia das Letras, 1993, p. 248-249.

Assinale a alternativa incorreta a respeito da formação do pensamento brasileiro.


a) A obra de Gilberto Freyre, na década de 1930, contribuiu para que a miscigenação fosse percebida de forma
positiva.
b) O texto apresenta um período de mudança de visão sobre o país, expressa pela transformação do significado
da personagem Jeca Tatu, de Monteiro Lobato.
c) O Brasil herdou muito dessa visão da miscigenação. Com isso, a ideia de uma democracia racial continua
presente até hoje.
d) Atualmente, o Brasil não é mais visto como uma nação miscigenada, e sim maculada pela guerra racial.
e) O início do século XX representou um período histórico em que houve uma maior preocupação com a saúde
pública da população.

6. (Ufu 2012) Dentre as várias interpretações sobre a brasilidade, destaca-se aquela que atribui a nós, brasileiros,
os recursos do jeitinho, da cordialidade e da malandragem.
De acordo com as leituras weberianas aplicadas à realidade brasileira (por autores tais como: Sérgio Buarque de
Hollanda, Gilberto Freyre, Roberto Damatta), a malandragem significaria

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a) a manifestação prática do processo de miscigenação que combinou elementos genéticos pouco inclinados ao
trabalho.
b) a consagração do fracasso nacional representado pela incapacidade de desenvolver formas capitalistas de
relações sociais.
c) a inovação de um estilo especial de se resolver os próprios problemas, que tem sua origem nas tradições
ibéricas.
d) a materialização da oposição popular ao trabalho e ao imperialismo europeu, como característica de
resistência de classe.

7. (Unioeste 2011) “Na segunda metade do século XX, a tendência à superação das ideias racistas permitiu que
diferentes povos e culturas fossem percebidos a partir de suas especificidades. Grupos de negros pressionaram
pela adoção de medidas legais que garantissem a eles igualdade de condições e combatessem a segregação racial.
Chegamos então ao ponto em que nos encontramos, tendo que tirar o atraso de décadas de descaso por assuntos
referentes à África”.

Marina de Mello e Souza. A descoberta da África. RHBN, ano 4, n. 38, novembro de 2008, p.72-75.

A partir deste texto e do conhecimento da sociologia a respeito da questão racial em nosso país, é possível afirma
que
a) autores como Gilberto Freyre, Florestan Fernandes, Fernando Henrique Cardoso, Darcy Ribeiro, entre outros
tantos autores, são importantes por chamarem a atenção do país para o papel dos negros na construção do
Brasil e da brasilidade, e as formas de exclusão explícitas e implícitas que sofreram.
b) apesar de relevante a luta contra o preconceito racial, o estudo da África só diria respeito ao conhecimento do
passado, do período do Descobrimento do Brasil até a abolição da escravidão entre nós.
c) estudar a África só nos indicaria a captura e a escravidão de diferentes povos africanos, tendo em vista que
raça e o racismo são categorias ideológicas as quais servem para encobrir as fortes tensões sociais existentes
entre a imensa classe de pobres e o seu oposto a dos ricos.
d) a autora quer dizer que devemos hoje operar cada vez mais com categorias tais como a especificidade da raça
negra, da raça branca, da raça amarela e outras mais.
e) nenhuma das alternativas está correta.

8. (Unicentro 2011) No Brasil, o pensamento sociológico se desenvolve a partir da década 30, do século
passado, com a fundação da Universidade de São Paulo e o crescimento da produção científica.
Sobre o desenvolvimento dessa ciência no Brasil, no século XX, é correto afirmar:
a) Os sociólogos desse período buscavam descrever o país por meio de estudos naturalistas.
b) Os grandes nomes desse período foram Euclides da Cunha, Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Holanda.
c) As duas preocupações dos sociólogos eram a aculturação indígena e a modernização do sistema político
brasileiro.
d) A orientação das análises sociológicas estava voltada para as discussões mundiais ditadas por países, como
França e Inglaterra.
e) O interesse dos intelectuais desse período estava voltado para o conhecimento do Brasil real, do povo, em
oposição às análises etnocêntricas anteriores.

9. (Unicentro 2011) Autor brasileiro que entendia a construção do Brasil como a fusão de raças, regiões,
culturas e grupos sociais decorrentes da formação colonial, em que os negros e mestiços teriam papel
fundamental na formação da identidade cultural do povo. Essa referência identifica
a) Gilberto Freyre.
b) Caio Prado Júnior.
c) Florestan Fernandes.
d) Fernando de Azevedo.
e) Sérgio Buarque de Holanda.

10. (Unicentro 2011) No Brasil, as primeiras análises sociológicas, nas primeiras décadas do século XX,
buscavam equacionar duas problemáticas centrais: a formação do Estado nacional brasileiro e a questão da
identidade nacional. Sobre essas análises sociológicas no Brasil e seus representantes, é correto afirmar:
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a) Plínio Salgado, na sua obra Nosso Brasil, retoma a tese de uma unidade nacional baseada em diferenças
regionais, culturais e éticas.
b) Euclides da Cunha, em Os Sertões, afirmou que o brasileiro tem como fundamento social a cordialidade.
c) Caio Prado Júnior, em Formação do Brasil Contemporâneo, construiu um perfil psicológico do brasileiro
baseado na força dos sertanejos.
d) Sergio Buarque de Holanda, em sua obra Raízes do Brasil, de 1936, analisou a formação do Estado brasileiro.
e) Gilberto Freyre, em Casa Grande e Senzala, enfatizou a miscigenação, novidade cultural da colonização
portuguesa.

11. (Uenp 2010) Do ponto de vista sociológico, no Brasil se constituiu sobre o mito da democracia racial
principalmente depois da publicação de Casa grande e senzala de Gilberto Freyre (2003). De acordo com
Florestan Fernandes (1965) o ideal de miscigenação fora difundido como mecanismo de absorção do mestiço
não para a ascensão social do negro, mas para a hegemonia da classe dominante. O mito da democracia racial
assentou-se sobre dois fundamentos: 1) o mito do bom senhor; 2) o mito do escravo submisso.
Analise as afirmações:

I. A crença no bom senhor exalta a vulgaridade das elites modernas, como diria Contardo Calligaris, e
juntamente com uma espécie de pseudocordialidade seriam responsáveis pela manutenção e o aprofundamento
das diferenças sociais.
II. O mito do escravo submisso fez com que a sociedade de um modo geral não encarasse de frente a violência
da escravidão, fez com que os ouvidos se ensurdecessem aos clamores do movimento negro, por direitos e por
justiça.
III. As proposições legislativas sobre a inclusão de negros vão desde o Projeto de Lei que reserva aos negros um
percentual fixo de cargos da administração publica, aos que instituem cotas para negros nas universidades
publicas e nos meios de comunicação.

Assinale a alternativa correta:


a) todas as afirmações são verdadeiras.
b) apenas a afirmação II e verdadeira.
c) as afirmações I e III são verdadeiras.
d) as afirmações I e II são falsas.
e) todas as afirmações são falsas.

12. (Unioeste 2010) Observando o parágrafo abaixo e as afirmações que se seguem, seria correto dizer que

Em Casa Grande & Senzala Gilberto Freyre refuta as teses que atribuem o “atraso” da sociedade brasileira à
miscigenação, o que é por muitos considerado um ponto de vista inovador.

I. Suas concepções podem assim mesmo ser consideradas conservadoras por enfatizar a harmonia das relações
entre as etnias constitutivas da sociedade brasileiras, sobretudo entre brancos e negros.
II.Freyre faz, no livro citado acima, um elogio à colonização portuguesa no Brasil. Decorrem desse fato as
críticas que recebe por parte daqueles que vêm justamente no tipo de colonização que tivemos a origem do
atraso nacional.
III. Adotando pontos de vista e procedimentos muito distintos em relação aos de Freyre, Florestan Fernandes foi
um dos autores que, na busca de explicações para aspectos da sociedade brasileira, enfatizou muito mais as
mudanças sociais do que equilíbrio.
IV. O principal ponto de convergência entre Freyre e Florestan é que com a progressiva industrialização da
sociedade brasileira os negros não ocupam, necessariamente, um lugar marginal.
a) Todas as afirmativas estão corretas.
b) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
c) Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
d) Apenas as afirmativas III e IV estão corretas.
e) Apenas a afirmativa I está correta.

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13. (Unioeste 2009) Desde o surgimento das Ciências Sociais (antropologia, política e sociologia) no Brasil,
autores como: Gilberto Freyre (Casa Grande & Senzala), Sérgio Buarque de Holanda (Raízes do Brasil),
Florestan Fernandes (A organização social dos Tupinambá), Darcy Ribeiro (O povo brasileiro), e vários outros,
pensaram e estudaram o Brasil e o ser brasileiro. Os principais temas abordados até os anos 1960 nestes estudos
foram:

I. Mundo rural brasileiro e transformação do rural para urbano


II. Povos indígenas; população negra
III. Movimentos sociais e partidos políticos
IV. Migração; identidade nacional e religião
V. Participação popular e organizações não governamentais.

Assinale a alternativa que contém todas as alternativas corretas.


a) I, II e III.
b) IV e V.
c) I, II e IV.
d) I, II, III e IV.
e) III e V.

14. (Unioeste 2009) Em Casa Grande & Senzala, primeira obra da trilogia em que Gilberto Freyre analisa a
formação da família patriarcal brasileira, não é possível observar
a) o elogio da colonização portuguesa no Brasil.
b) a defesa da ideia de que a interação entre os grupos étnicos teria ocorrido em relativa harmonia, a despeito das
relações de poder.
c) a presença da influência culturalista de uma perspectiva que valoriza traços e práticas culturais dos diferentes
grupos que constituem o povo brasileiro.
d) a noção de que a origem do “atraso” da sociedade brasileira seria a mestiçagem.
e) a ideia de que os altos “índices” de miscigenação observados na sociedade brasileira estariam associados à
capacidade de adaptação do empreendedor português, quando comparado a outros povos colonizadores.

15. (Uel 2008) Analise a tabela a seguir:

Número e Percentual de Pobres + Indigentes por cor, 1992 e 1999

Número Percentual

1992 1999 Variação % 1992 1999

Total 84.459.000 75.195.000 -11,00 100,0 100,0

Brancos 31.075.000 25.869.000 -16,75 37,0 34,4

Afrodescentes 53.191.000 49.012.000 -7,85 63,0 65,6

(IPEA, 2001. OLIVEIRA, L. F.; COSTA, R. R. Sociologia para jovens do século XXI. Rio de Janeiro: Imperial
Novo Milênio, 2007. p. 144.)

Os dados sobre a pobreza e a indigência segundo a cor ilustram os argumentos dos estudos
a) de Gilberto Freyre sobre a natural integração dos negros na sociedade brasileira, que desenvolveu a
democracia racial.
b) de Caio Prado Junior sobre a formação igualitária da sociedade brasileira, que desenvolveu o liberalismo
racial.
c) de Sérgio Buarque de Holanda sobre a cordialidade entre as raças que formam a nação brasileira: os negros, os
índios e os brancos.
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d) de Euclides da Cunha sobre a passividade do povo brasileiro, ordeiro e disciplinado, que desenvolveu a
igualdade de oportunidades para todas as raças.
e) de Florestan Fernandes sobre a não integração dos negros no mercado de trabalho cem anos após a abolição da
escravidão.

16. (Uel 2007) Em relação ao processo de formação social no Brasil, o sociólogo Florestan Fernandes escreveu:
“Lembremo-nos de que da vinda da Família Real, em 1808, da abertura dos portos e da Independência, à
Abolição em 1888, à Proclamação da República e à “revolução liberal”, em 1930, decorrem 122 anos, um
processo de longa duração, que atesta claramente como as coisas se passaram. Esse quadro sugere, desde logo, a
resposta à pergunta: a quem beneficia a mudança social?”

Fonte: FERNANDES, F. As Mudanças Sociais no Brasil. In IANNI, Octavio (org) Florestan Fernandes:
coleção grandes cientistas sociais. São Paulo: Ática, 1986, p. 155-156.

De acordo com o texto e os conhecimentos sobre o tema, em relação à indagação feita pelo autor, é correto
afirmar que a mudança social beneficiou:
a) Fundamentalmente os trabalhadores, uma vez que as liberdades políticas e as novas formas de trabalho
aumentaram a renda.
b) Os grupos sociais que dispunham de capacidade econômica e poder político para absorver os efeitos
construtivos das alterações ocorridas na estrutura social.
c) A elite monárquica, pois ao monopolizar o poder político impediu que outros grupos sociais pudessem surgir e
ter acesso aos efeitos construtivos das alterações na estrutura social.
d) Os grupos sociais marginalizados ou excluídos, pois, em decorrência deste processo, passaram a fazer parte do
processo produtivo.
e) A população negra, uma vez que a alteração na estrutura da sociedade criou novas oportunidades de inserção
social.

17. (Uel 2005) “A falta de coesão em nossa vida social não representa, assim, um fenômeno moderno. E é por
isso que erram profundamente aqueles que imaginam na volta à tradição, a certa tradição, a única defesa possível
contra nossa desordem. Os mandamentos e as ordenações que elaboraram esses eruditos são, em verdade,
criações engenhosas de espírito, destacadas do mundo e contrárias a ele. Nossa anarquia, nossa incapacidade de
organização sólida não representam, a seu ver, mais do que uma ausência da única ordem que lhes parece
necessária e eficaz. Se a considerarmos bem, a hierarquia que exaltam é que precisa de tal anarquia para se
justificar e ganhar prestígio”.

(HOLANDA, Sergio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 33.)

Caio Prado Junior, Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Holanda são intelectuais da chamada “Geração de 30”,
primeiro momento da sociologia no Brasil como atividade autônoma, voltada para o conhecimento sistemático e
metódico da sociedade. Sobre as preocupações características dessa geração, considere as afirmativas a seguir.

I. Critica o processo de modernização e defende a preservação das raízes rurais como o caminho mais desejável
para a ordem e o progresso da sociedade brasileira.
II. Promove a desmistificação da retórica liberal vigente e a denúncia da visão hierárquica e autoritária das elites
brasileiras.
III. Exalta a produção intelectual erudita e escolástica dos bacharéis como instrumento de transformação social.
IV. Faz a defesa do cientificismo como instrumento de compreensão e explicação da sociedade brasileira.

Estão corretas apenas as afirmativas:


a) I e III.
b) I e IV.
c) II e IV.
d) I, II e III.
e) II, III e IV.

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