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ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO

Motivo de se Estudar o Decreto n. 1.171/1994


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MOTIVO DE SE ESTUDAR O DECRETO N. 1.171/1994

Como o Decreto n. 1.171/94 foi a primeira norma sobre ética na Administração Pública
Federal, as bancas gostam de cobrar o seu conteúdo normativo.

DIRETO DO CONCURSO
(CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA VETERINÁRIA DE RORAIMA (CRMV-RR)/
ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS, 1.4.1: ÉTICA E
SIGILO PROFISSIONAL)

Obs.: note que o edital não se referiu expressamente ao Decreto n. 1.171/94.

1. (QUADRIX/CRMV-RR/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO) Sobre a ética no serviço pú-


blico, leia as afirmativas a seguir.

I – Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la, salvo os
casos em que a informação pretendida contrarie os interesses da Administração Pública.
II – O servidor público deve ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade
do seu caráter, escolhendo sempre, quando estiver diante de duas opções, a melhor e a
mais vantajosa para o seu bem-estar.
III – O servidor público não poderá desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim,
não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente
e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o
desonesto.

COMENTÁRIO
I – Consta no Decreto n. 1.171/94, inciso VIII da Seção I, que toda pessoa tem direito à
verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da
própria pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer ou
estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão ou da mentira, que
sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Nação.
ANOTAÇÕES

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II – O servidor público não deve escolher opção mais vantajosa para o seu bem-estar, mas
para o bem comum.
Consta no Decreto n. 1.171/94, na alínea “c” da Seção II, que ser probo, reto, leal e justo,
demonstrando toda a integridade do seu caráter, escolhendo sempre, quando estiver diante
de duas opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum.
III – A questão trouxe o princípio da moralidade.
Consta no Decreto n. 1.171/94, no inciso I e II da Seção I, que o servidor público não
poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir
somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o
oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as
regras contidas no art. 37, caput, e § 4º, da Constituição Federal.
5m

(SECRETARIA DA CRIANÇA DO DISTRITO FEDERAL/TÉCNICO SOCIOEDUCA-


TIVO/CONTABILIDADE. EDITAL: ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO)

Obs.: note que o edital não se referiu expressamente ao Decreto n. 1.171/94.

2. (FUNIVERSA/SECRETARIA DA CRIANÇA DO DISTRITO FEDERAL/TÉCNICO SO-


CIOEDUCATIVO/CONTABILIDADE) Com relação à ética no serviço público, assinale a
alternativa correta.

a. O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser enten-
dido como acréscimo ao seu próprio bem-estar.
b. A decisão entre o que é legal e o que é ilegal representa o elemento ético da conduta
do servidor público.
c. A moralidade impõe a escolha da legalidade, ainda que seja em detrimento da finali-
dade dos atos.
d. A função pública e a vida privada do servidor devem ser mantidas constantemente
afastadas.
e. O servidor não pode omitir a verdade, exceto quando ela for contrária aos interesses
da pessoa interessada ou da Administração Pública.
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COMENTÁRIO
Letra “a”: o trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser
entendido como acréscimo ao seu próprio bem-estar, pois o seu trabalho deve ser entendido
como o maior patrimônio que ele possui. Desse modo, ao prestar um serviço público de
qualidade, o servidor gera um bem-estar não só para si como também para a sociedade. O
amparo legal está no inciso V da Seção I do Decreto n. 1.171/94: o trabalho desenvolvido
pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendido como acréscimo ao seu
próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse trabalho
pode ser considerado como seu maior patrimônio.
Letra “b”: como o servidor público jamais pode desprezar o elemento ético de sua conduta,
ele precisa escolher entre o que é legal e o que é ilegal, mas principalmente entre o que
é honesto e o que é desonesto. O amparo legal está no inciso II da Seção I do Decreto n.
1.171/94: o servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta.
Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente
e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o
desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4º, da Constituição Federal.
Letra “c”: a moralidade precisa tanto da legalidade quanto da finalidade da ação. O amparo
legal está no inciso III da Seção I do Decreto n. 1.171/94: a moralidade da Administração
Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da ideia de
que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta
do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo.)
Letra “d”: a função pública e a vida privada do servidor estão estritamente ligadas entre si,
afinal os atos da sua vida privada podem acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida
funcional. O amparo legal está no inciso IV da Seção I do Decreto n. 1.171/94: a função
pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na vida particular
de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia a dia em sua
vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.
Letra “e”: o servidor não pode falsear nem omitir a verdade, mesmo que a verdade seja
contrária aos interesses da Administração Pública ou da pessoa interessada. Em outras
palavras, não há exceções. O amparo legal está no inciso VIII da Seção I do Decreto n.
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1.171/94: toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la,
ainda que contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração
Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito
do erro, da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana
quanto mais a de uma Nação.

(SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR (STM)/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÉTICA NO SER-


VIÇO PÚBLICO)

Obs.: note que o edital não se referiu expressamente ao Decreto n. 1.171/94.


10m

Julgue os itens a seguir, relativos à ética no serviço público.

3. O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura organizacional, respeitando seus


colegas e cada concidadão, colabora para o bem-estar de todos e de todos recebe
colaboração.

COMENTÁRIO
Consta no Decreto n. 1.171/94, no inciso XIII da Seção I, que o servidor que trabalha em
harmonia com a estrutura organizacional, respeitando seus colegas e cada concidadão,
colabora e de todos pode receber colaboração, pois sua atividade pública é a grande
oportunidade para o crescimento e o engrandecimento da Nação.

4. Para desempenhar suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, o servidor pú-
blico deve, de imediato, comunicar a seus superiores todo e qualquer ato ou fato de inte-
resse público.

COMENTÁRIO
Consta no Decreto n. 1.171/94, na alínea “m” da Seção II, que o servidor público deve
comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrário ao
interesse público, exigindo as providências cabíveis.
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5. É legalmente permitido que um servidor público atrase o seu trabalho quando estiver
participando de movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria do exercício de
suas funções, com o objetivo de realizar o bem comum.

COMENTÁRIO
De fato, consta no Decreto n. 1.171/94, na Seção II, que é dever do servidor público
participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria do exercício de
suas funções, tendo por escopo a realização do bem comum. O erro está na afirmação de
que o servidor pode atrasar o seu trabalho quando estiver participando desses estudos,
pois é dever do servidor público desempenhar suas funções com rapidez.

6. Um servidor público que atrase prestação de serviço por não possuir informações e ca-
pacitação adequadas para isso poderá ser responsabilizado por atitude antiética ou por
causar danos morais aos usuários dos serviços públicos.

COMENTÁRIO
Consta no Decreto n. 1.171/94, na alínea “q” da Seção II, que é dever do servidor público
manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço e a legislação pertinentes
ao órgão onde exerce suas funções.
Lembre-se de que o servidor público não deve deixar que se formem longas filas, pois esse
ato, além de ser desumano, configura grave dano moral.

7. O servidor público deve apresentar comportamentos e atitudes direcionados para a pre-


servação da honra e da tradição dos serviços públicos, tanto no exercício de seu cargo
ou função quanto fora dele.

COMENTÁRIO
De fato, como os atos da vida privada do servidor influenciam na vida funcional, ele deve
apresentar comportamentos adequados no exercício do cargo e fora dele.
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Consta no Decreto n. 1.171/94, no inciso I da Seção II, que a dignidade, o decoro, o zelo,
a eficácia e a consciência dos princípios morais são primados maiores que devem nortear
o servidor público, seja no exercício do cargo ou função, ou fora dele, já que refletirá
o exercício da vocação do próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos e atitudes
serão direcionados para a preservação da honra e da tradição dos serviços públicos.
15m

(FCC/AL-MS/ASSISTENTE LEGISLATIVO/NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO - ÉTICA


NO SETOR PÚBLICO).

Obs.: note que, embora o edital não tenha se referido expressamente ao Decreto n.
1.171/94, essa prova foi fundamental para compreendermos a necessidade do estu-
do do Decreto como um todo, inclusive da parte refere às comissões. Afinal, trata-se
de uma prova de um órgão do legislativo estadual.

8. Oscar, servidor público de órgão previdenciário federal, objetivando reduzir sua carga de
trabalho, prestou informações incorretas a cidadãos que procuraram atendimento junto
ao órgão, no sentido de que o pleito apresentado não encontraria respaldo na legislação
vigente. Oscar não recebeu punição disciplinar, tendo alegado que não agiu de má-fé,
mas que teria cometido equívoco por não estar atualizado acerca da mudança da legis-
lação sobre a matéria. Do ponto de vista ético, a conduta de Oscar:

a. Somente será considerada violação aos princípios éticos aplicáveis aos servidores se
identificada falta disciplinar.
b. É passível de pena de censura, por constituir violação aos deveres fundamentais do
servidor, independentemente da apuração sob o aspecto disciplinar.
c. Infringe os deveres éticos do servidor público, sendo passível de pena de advertên-
cia, independentemente de infração disciplinar
d. Está em desacordo com as regras deontológicas que devem nortear a atuação dos
servidores públicos, porém não configura violação a princípio ético específico.
e. Configura conduta antiética grave, passível de pena de suspensão, conversí-
vel em multa.

COMENTÁRIO
De acordo com o Decreto n. 1.171/94, a censura é a pena aplicável nas faltas éticas
cometidas pelos servidores públicos. A aplicação da pena de censura independe da
apuração disciplinar
Vejamos as outras alternativas:

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• Letra “a”: embora uma falta ética possa configurar também uma infração disciplinar
passível das sanções previstas no Regime Jurídico Único, ela não depende da falta
disciplinar.
• Letra “c”: a pena aplicável no âmbito da ética é a censura e não a advertência — pena
aplicada no âmbito disciplinar.
• Letra “d”: como o servidor público tem o dever de manter-se atualizado em relação às
normas e instruções do órgão onde atua, há violação a princípio ético
• Letra “e”: a pena aplicável no âmbito da ética é a censura e não a suspensão — pena
aplicada no âmbito disciplinar.

XXII – A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e sua
fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes,
com ciência do faltoso.
Portanto, estude o Decreto n. 1.171/94, ainda que o seu edital apenas trate de “ética no
serviço público”, “ética na Administração Pública”, “ética e sigilo profissional” ou de “ética
profissional”.

GABARITO
1. I – E; II – E; III – C
2. c
3. C
4. E
5. E
6. C
7. C
8. b

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Glauber Marinho.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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