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BANCA: CESPE
CARGO: Técnico do Seguro Social
Ética
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IV – A remuneração do servidor público é reta ou indiretamente significa causar-lhe
custeada pelos tributos pagos direta ou in- dano moral. Da mesma forma, causar dano
diretamente por todos, até por ele próprio, a qualquer bem pertencente ao patrimô-
e por isso se exige, como contrapartida, que nio público, deteriorando-o, por descuido
a moralidade administrativa se integre no ou má vontade, não constitui apenas uma
Direito, como elemento indissociável de sua ofensa ao equipamento e às instalações ou
aplicação e de sua finalidade, erigindo-se, ao Estado, mas a todos os homens de boa
como conseqüência, em fator de legalidade. vontade que dedicaram sua inteligência,
seu tempo, suas esperanças e seus esforços
V – O trabalho desenvolvido pelo servidor para construí-los.
público perante a comunidade deve ser
entendido como acréscimo ao seu próprio X – Deixar o servidor público qualquer pes-
bem-estar, já que, como cidadão, integrante soa à espera de solução que compete ao se-
da sociedade, o êxito desse trabalho pode tor em que exerça suas funções, permitindo
ser considerado como seu maior patrimô- a formação de longas filas, ou qualquer ou-
nio. tra espécie de atraso na prestação do ser-
viço, não caracteriza apenas atitude contra
VI – A função pública deve ser tida como a ética ou ato de desumanidade, mas prin-
exercício profissional e, portanto, se integra cipalmente grave dano moral aos usuários
na vida particular de cada servidor público. dos serviços públicos.
Assim, os fatos e atos verificados na condu-
ta do dia-a-dia em sua vida privada poderão XI – O servidor deve prestar toda a sua aten-
acrescer ou diminuir o seu bom conceito na ção às ordens legais de seus superiores, ve-
vida funcional. lando atentamente por seu cumprimento,
e, assim, evitando a conduta negligente. Os
VII – Salvo os casos de segurança nacional, repetidos erros, o descaso e o acúmulo de
investigações policiais ou interesse superior desvios tornam-se, às vezes, difíceis de cor-
do Estado e da Administração Pública, a se- rigir e caracterizam até mesmo imprudência
rem preservados em processo previamente no desempenho da função pública.
declarado sigiloso, nos termos da lei, a pu-
blicidade de qualquer ato administrativo XII – Toda ausência injustificada do servidor
constitui requisito de eficácia e moralidade, de seu local de trabalho é fator de desmorali-
ensejando sua omissão comprometimen- zação do serviço público, o que quase sempre
to ético contra o bem comum, imputável a conduz à desordem nas relações humanas.
quem a negar.
XIII – O servidor que trabalha em harmonia
VIII – Toda pessoa tem direito à verdade. O com a estrutura organizacional, respeitando
servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ain- seus colegas e cada concidadão, colabora
da que contrária aos interesses da própria e de todos pode receber colaboração, pois
pessoa interessada ou da Administração sua atividade pública é a grande oportuni-
Pública. Nenhum Estado pode crescer ou dade para o crescimento e o engrandeci-
estabilizar-se sobre o poder corruptivo do mento da Nação.
hábito do erro, da opressão ou da mentira,
que sempre aniquilam até mesmo a digni- Seção II
dade humana quanto mais a de uma Nação. DOS PRINCIPAIS DEVERES DO
IX – A cortesia, a boa vontade, o cuidado e SERVIDOR PÚBLICO
o tempo dedicados ao serviço público ca-
XIV – São deveres fundamentais do servidor
racterizam o esforço pela disciplina. Tratar
público:
mal uma pessoa que paga seus tributos di-
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v) divulgar e informar a todos os integrantes i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que
da sua classe sobre a existência deste Códi- necessite do atendimento em serviços pú-
go de Ética, estimulando o seu integral cum- blicos;
primento.
j) desviar servidor público para atendimen-
Seção III to a interesse particular;
DAS VEDAÇÕES AO l) retirar da repartição pública, sem estar le-
SERVIDOR PÚBLICO galmente autorizado, qualquer documento,
livro ou bem pertencente ao patrimônio pú-
XV – E vedado ao servidor público; blico;
a) o uso do cargo ou função, facilidades, m) fazer uso de informações privilegiadas
amizades, tempo, posição e influências, obtidas no âmbito interno de seu serviço,
para obter qualquer favorecimento, para si em benefício próprio, de parentes, de ami-
ou para outrem; gos ou de terceiros;
b) prejudicar deliberadamente a reputação n) apresentar-se embriagado no serviço ou
de outros servidores ou de cidadãos que fora dele habitualmente;
deles dependam;
o) dar o seu concurso a qualquer instituição
c) ser, em função de seu espírito de solida- que atente contra a moral, a honestidade
riedade, conivente com erro ou infração a ou a dignidade da pessoa humana;
este Código de Ética ou ao Código de Ética
de sua profissão; p) exercer atividade profissional aética ou
ligar o seu nome a empreendimentos de
d) usar de artifícios para procrastinar ou cunho duvidoso.
dificultar o exercício regular de direito por
qualquer pessoa, causando-lhe dano moral
ou material;
CAPÍTULO II
e) deixar de utilizar os avanços técnicos e
científicos ao seu alcance ou do seu conhe- DAS COMISSÕES DE ÉTICA
cimento para atendimento do seu mister; XVI – Em todos os órgãos e entidades da
f) permitir que perseguições, simpatias, an- Administração Pública Federal direta, indi-
tipatias, caprichos, paixões ou interesses reta autárquica e fundacional, ou em qual-
de ordem pessoal interfiram no trato com quer órgão ou entidade que exerça atribui-
o público, com os jurisdicionados adminis- ções delegadas pelo poder público, deverá
trativos ou com colegas hierarquicamente ser criada uma Comissão de Ética, encarre-
superiores ou inferiores; gada de orientar e aconselhar sobre a éti-
ca profissional do servidor, no tratamento
g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou com as pessoas e com o patrimônio público,
receber qualquer tipo de ajuda financeira, competindo-lhe conhecer concretamente
gratificação, prêmio, comissão, doação ou de imputação ou de procedimento suscep-
vantagem de qualquer espécie, para si, fa- tível de censura.
miliares ou qualquer pessoa, para o cum-
primento da sua missão ou para influenciar XVIII – À Comissão de Ética incumbe forne-
outro servidor para o mesmo fim; cer, aos organismos encarregados da execu-
ção do quadro de carreira dos servidores,
h) alterar ou deturpar o teor de documen- os registros sobre sua conduta ética, para o
tos que deva encaminhar para providências; efeito de instruir e fundamentar promoções
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DECRETO Nº 6.029, DE 1º DE FEVEREIRO DE 2007
Vide Resolução nº 10, de 29 de setembro de Art. 3º A CEP será integrada por sete brasilei-
2008 ros que preencham os requisitos de idoneidade
moral, reputação ilibada e notória experiên-
Institui Sistema de Gestão da Ética do Poder cia em administração pública, designados pelo
Executivo Federal, e dá outras providências. Presidente da República, para mandatos de três
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atri- anos, não coincidentes, permitida uma única re-
buição que lhe confere o art. 84, inciso VI, alínea condução.
“a”, da Constituição, § 1º A atuação no âmbito da CEP não enseja
DECRETA: qualquer remuneração para seus membros
e os trabalhos nela desenvolvidos são con-
Art. 1º Fica instituído o Sistema de Gestão da siderados prestação de relevante serviço
Ética do Poder Executivo Federal com a finalida- público.
de de promover atividades que dispõem sobre
a conduta ética no âmbito do Executivo Federal, § 2º O Presidente terá o voto de qualidade
competindo-lhe: nas deliberações da Comissão.
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IV – atender com prioridade às solicitações Código de Ética Profissional do Servidor Público
da CEP. Civil do Poder Executivo Federal será instaura-
do, de ofício ou em razão de denúncia funda-
Art. 9º Fica constituída a Rede de Ética do Poder mentada, respeitando-se, sempre, as garantias
Executivo Federal, integrada pelos representan- do contraditório e da ampla defesa, pela Comis-
tes das Comissões de Ética de que tratam os in- são de Ética Pública ou Comissões de Ética de
cisos I, II e III do art. 2º, com o objetivo de pro- que tratam o incisos II e III do art. 2º, conforme
mover a cooperação técnica e a avaliação em o caso, que notificará o investigado para mani-
gestão da ética. festar-se, por escrito, no prazo de dez dias.
Parágrafo único. Os integrantes da Rede § 1º O investigado poderá produzir prova
de Ética se reunirão sob a coordenação da documental necessária à sua defesa.
Comissão de Ética Pública, pelo menos uma
vez por ano, em fórum específico, para ava- § 2º As Comissões de Ética poderão requi-
liar o programa e as ações para a promoção sitar os documentos que entenderem ne-
da ética na administração pública. cessários à instrução probatória e, também,
promover diligências e solicitar parecer de
Art. 10. Os trabalhos da CEP e das demais Co- especialista.
missões de Ética devem ser desenvolvidos com
celeridade e observância dos seguintes princí- § 3º Na hipótese de serem juntados aos au-
pios: tos da investigação, após a manifestação re-
ferida no caput deste artigo, novos elemen-
I – proteção à honra e à imagem da pessoa tos de prova, o investigado será notificado
investigada; para nova manifestação, no prazo de dez
II – proteção à identidade do denunciante, dias.
que deverá ser mantida sob reserva, se este § 4º Concluída a instrução processual, as
assim o desejar; e Comissões de Ética proferirão decisão con-
III – independência e imparcialidade dos clusiva e fundamentada.
seus membros na apuração dos fatos, com § 5º Se a conclusão for pela existência de
as garantias asseguradas neste Decreto. falta ética, além das providências previstas
Art. 11. Qualquer cidadão, agente público, pes- no Código de Conduta da Alta Administra-
soa jurídica de direito privado, associação ou ção Federal e no Código de Ética Profissional
entidade de classe poderá provocar a atuação do Servidor Público Civil do Poder Executivo
da CEP ou de Comissão de Ética, visando à apu- Federal, as Comissões de Ética tomarão as
ração de infração ética imputada a agente pú- seguintes providências, no que couber:
blico, órgão ou setor específico de ente estatal. I – encaminhamento de sugestão de exo-
Parágrafo único. Entende-se por agente neração de cargo ou função de confiança à
público, para os fins deste Decreto, todo autoridade hierarquicamente superior ou
aquele que, por força de lei, contrato ou devolução ao órgão de origem, conforme o
qualquer ato jurídico, preste serviços de na- caso;
tureza permanente, temporária, excepcio- II – encaminhamento, conforme o caso,
nal ou eventual, ainda que sem retribuição para a Controladoria-Geral da União ou uni-
financeira, a órgão ou entidade da adminis- dade específica do Sistema de Correição
tração pública federal, direta e indireta. do Poder Executivo Federal de que trata o
Art. 12. O processo de apuração de prática de Decreto n o 5.480, de 30 de junho de 2005,
ato em desrespeito ao preceituado no Código para exame de eventuais transgressões dis-
de Conduta da Alta Administração Federal e no ciplinares; e
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Art. 19. Os trabalhos nas Comissões de Ética de Profissional do Servidor Público Civil do Poder
que tratam os incisos II e III do art. 2º são con- Executivo Federal e do Código de Ética do órgão
siderados relevantes e têm prioridade sobre as ou entidade aplicam-se, no que couber, às auto-
atribuições próprias dos cargos dos seus mem- ridades e agentes públicos neles referidos, mes-
bros, quando estes não atuarem com exclusivi- mo quando em gozo de licença.
dade na Comissão.
Art. 25. Ficam revogados os incisos XVII, XIX, XX,
Art. 20. Os órgãos e entidades da Administração XXI, XXIII e XXV do Código de Ética Profissional
Pública Federal darão tratamento prioritário às do Servidor Público Civil do Poder Executivo Fe-
solicitações de documentos necessários à ins- deral, aprovado pelo Decreto nº 1.171, de 22 de
trução dos procedimentos de investigação ins- junho de 1994, os arts. 2º e 3º do Decreto de 26
taurados pelas Comissões de Ética . de maio de 1999, que cria a Comissão de Ética
Pública, e os Decretos de 30 de agosto de 2000
§ 1º Na hipótese de haver inobservância do e de 18 de maio de 2001, que dispõem sobre a
dever funcional previsto no caput, a Comis- Comissão de Ética Pública.
são de Ética adotará as providências previs-
tas no inciso III do § 5º do art. 12. Art. 26. Este Decreto entra em vigor na data da
sua publicação.
§ 2º As autoridades competentes não pode-
rão alegar sigilo para deixar de prestar infor- Brasília, 1º de fevereiro de 2007; 186o da Indepen-
mação solicitada pelas Comissões de Ética. dência e 119o da República.
Art. 21. A infração de natureza ética cometida LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
por membro de Comissão de Ética de que tra-
Dilma Rousseff
tam os incisos II e III do art. 2º será apurada pela
Comissão de Ética Pública. Este texto não substitui o publicado no DOU
de 2.2.2007
Art. 22. A Comissão de Ética Pública manterá
banco de dados de sanções aplicadas pelas Co-
missões de Ética de que tratam os incisos II e III
do art. 2º e de suas próprias sanções, para fins
de consulta pelos órgãos ou entidades da admi-
nistração pública federal, em casos de nomea-
ção para cargo em comissão ou de alta relevân-
cia pública.
Parágrafo único. O banco de dados referido
neste artigo engloba as sanções aplicadas
a qualquer dos agentes públicos mencio-
nados no parágrafo único do art. 11 deste
Decreto.
Art. 23. Os representantes das Comissões de
Ética de que tratam os incisos II e III do art. 2º
atuarão como elementos de ligação com a CEP,
que disporá em Resolução própria sobre as ati-
vidades que deverão desenvolver para o cum-
primento desse mister.
Art. 24. As normas do Código de Conduta da
Alta Administração Federal, do Código de Ética
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