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PÚBLICA
Composição do Patrimônio Público
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CONTABILIDADE PÚBLICA
Composição do Patrimônio Público
Sumário
Composição do Patrimônio Público............................................................................................. 4
1. Ingressos e Dispêndios............................................................................................................... 4
1.1. Ingressos..................................................................................................................................... 4
1.2. Dispêndios.................................................................................................................................. 5
2. Elementos Patrimoniais............................................................................................................. 6
2.1. Ativo............................................................................................................................................. 7
2.2. Passivo.......................................................................................................................................16
2.3. Situação Patrimonial Líquida............................................................................................... 23
2.3. Receitas e Despesas.............................................................................................................. 24
Resumo............................................................................................................................................. 27
Mapas Mentais................................................................................................................................31
Questões de Concurso.................................................................................................................. 33
Gabarito............................................................................................................................................ 65
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Composição do Patrimônio Público
Querido(a) imparável!
Como foi o estudo da primeira aula? Espero que tenha saído tudo bem, pois ela possui
pontos muito importantes para o bem transcorrer de nosso curso. Este é um certame que veio
para reforçar o que o Gran vem pregando desde o início dessa pandemia: “não para de estudar,
mantenha, pois, oportunidades aparecerão”. Pois bem, temos agora uma excelente oportunida-
de, então vamos estudar muito, para garantir nosso lugar ao sol. Sempre que aparecer alguma
dúvida a respeito da aula, não fique com ela, mande mensagem por meio de nosso fórum e
todas as dúvidas serão esclarecidas. Não deixe acumular, combinado?
Muitas vezes o estudo da CASP vai convergir com a disciplina Orçamento Público (recei-
tas, despesas, empenho, liquidação, pagamento etc.) e isso pode nos remeter ao pensamento
de que estamos perdendo tempo com uma possível duplicação de estudos, certo? Errado! A
duplicação de estudos chama-se revisão no nosso mundo dos concursos públicos; uma etapa
essencial na nossa caminhada. A revisão é indispensável, não vamos ignorá-la. Quando deter-
minado item do seu edital apresentar uma replicação na aula de CASP ou de Orçamento Públi-
co, aproveite, estude novamente, revisando os conceitos e nessa etapa dos estudos trabalha-
remos com 6 (seis) mãos. Por que seis mãos, maluco? Uai, simples demais. As principais, as
suas, as minhas e as do professor de Orçamento Público. Show, né? Seguimos...
Nessa aula vamos dar uma leve pincelada nos aspectos orçamentários mais relevantes
para a continuidade dos nossos estudos, então falaremos sobre ingressos de recursos públi-
cos, assim como sobre os dispêndios, daremos o enfoque necessário às receitas e às des-
pesas (posteriormente teremos uma aula específica para receitas e despesas). Vamos dar
entrada nas conceituações iniciais dos elementos patrimoniais e por fim, vamos exercitar tudo
aquilo que estudamos na teoria. Combinado? Vamos nessa!
Em tempo, não se esqueça de avaliar essa aula. Peço por favor que o faça, pois seu fe-
edback é absolutamente importante para que possamos evoluir como professor e pessoa.
Ninguém sabe o suficiente que não possa aprender e saber mais. Conto com sua ajuda porque
nessa iteração o professor aprende tanto – ou mais – que o próprio aluno.
Abs.
Prof. Rodrigo Machado
@contabilidade_total
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Composição do Patrimônio Público
Mas, professor, como é que pode um dinheiro entrar no caixa do Estado e não ser incor-
porado ao patrimônio público?
Excelente observação e isso abre uma ótima oportunidade para os primeiros conceitos.
Os ingressos de recursos podem ser orçamentários ou extraorçamentários. Os ingressos de
recursos nos cofres do Estado são denominados Receitas Públicas e essas receitas serão or-
çamentárias quando representarem disponibilidades de recursos financeiros que poderão ser
utilizados para financiar as políticas públicas. Quando as receitas públicas representarem dis-
ponibilidade financeiras, mas não puderem ser utilizadas para financiar as políticas públicas,
serão chamadas de receitas extraorçamentárias.
Os ingressos de recursos orçamentários ou receita pública em sentido estrito possui algu-
mas características peculiares, pois são:
• Entradas de recursos que aumentam o saldo do patrimônio financeiro;
• Representam elemento novo para o patrimônio público;
• É o instrumento pelo qual se viabiliza a execução das políticas públicas, porque a recei-
ta orçamentária é a fonte de recursos que são utilizados pelo Estado em programas e
ações cujas finalidades é atender às demandas da sociedade; e
• São recursos que pertencem ao Estado e transitam pelo patrimônio do Poder Público e,
regra geral, são previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA), por força do princípio orça-
mentário da universalidade.
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• Possuem caráter temporário, com o Estado assumindo a figura de depositário dos valo-
res que a ele é confiado; e
• Quando há o ingresso dos recursos há aumento no Ativo (pelo reconhecimento contábil
do ingresso de dinheiro no caixa) e correspondente aumento no Passivo (reconhecimen-
to contábil da obrigação de devolver os recursos futuramente).
1.2. Dispêndios
A despesa pública é o conjunto de dispêndios que são realizados pelo Estado para que
ela possa dar funcionamento e manutenção aos serviços públicos que são prestados à socie-
dade. Os dispêndios, assim como os ingressos, são tipificados em orçamentários e extraor-
çamentários.
Assim como fizemos com os ingressos, vamos trabalhar com as peculiaridades dos dis-
pêndios públicos, beleza? Vamos lá:
Os dispêndios ou despesas orçamentárias possuem algumas características peculiares e
as principais delas são:
• Representam saídas ou despesas financeiras que diminuem o saldo do patrimônio fi-
nanceiro do Ente público; e
• É o fluxo que deriva da utilização de crédito apresentado no orçamento da Entidade que
reporta a informação, podendo ou não diminuir a situação líquida patrimonial.
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Devemos ficar atentos com as peculiaridades e diferenças que existem entre a CASP e a Con-
tabilidade Societária, pois após o processo de convergência e as respectivas Estruturas Con-
ceituais podemos perceber que existem muitas similaridades nos conceitos. O que impediria,
por exemplo, que a banca colocasse um conceito da CASP como sendo da Contabilidade So-
cietária ou vice e versa. Fiquemos atentos!
2. Elementos Patrimoniais
O Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP) afirma que ao avaliar se um
item se enquadra na definição de ativo, passivo ou patrimônio líquido, deve-se atentar para a
sua essência e realidade econômica e não apenas sua forma legal.
A Estrutura Conceitual especifica os elementos das demonstrações contábeis aplicadas
ao setor público e os define como sendo:
a. Ativo;
b. Passivo;
c. Receita (Variação Patrimonial Aumentativa)
d. Despesa (Variação Patrimonial Diminutiva)
e. Contribuição dos proprietários; e
f. Distribuição aos proprietários.
Veja que interessante, parceiro(a), temos uma diferenciação entre a nossa CASP e contabi-
lidade societária, percebeu? Vamos esquematizar tudão?
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Viu que interessante? De acordo com a estrutura conceitual (NBC TSP) o patrimônio líquido
não faz parte dos elementos das demonstrações contábeis. Fiquemos atentos!
2.1. Ativo
Ativo é um recurso controlado pela Entidade, resultado de um evento passado. Nessa pri-
meira frase já aparece uma novidade resultante do processo de convergência das normas
contábeis brasileiras às normas internacionais.
Ok, vamos lá! Antes do processo de convergência, o conceito de ativo era voltado exclusi-
vamente para a propriedade, mas isso mudou. Atualmente o conceito de Ativo está ligado ao
controle e a Entidade detém o controle do Ativo quando ela assume os riscos e benefícios de
controlar determinado Ativo.
Um exemplo dessa situação e que no passado recebia muitas críticas de especialistas é o
caso do leasing financeiro. Antes do processo de convergência um veículo adquirido através
de leasing não era registrado no Ativo das Entidades, os pagamentos mensais eram contabi-
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lizados como despesas. A premissa era que, pelo fato de o veículo não pertencer à Entidade,
mas à Instituição Financeira, não o reconhecia.
A crítica dos especialistas era no sentido de que esse tratamento contábil permitia às Enti-
dades financiar suas atividades sem que isso ficasse demonstrado satisfatoriamente no Pas-
sivo (havia uma subavaliação). Após o processo de convergência, caiu por terra o conceito de
propriedade para determinação de um Ativo, passou-se a adotar o conceito de controle e, no
caso tratado, não temos mais subavaliação do Passivo. O resultado dessa operação de leasing
é reconhecido no Ativo (Imobilizado) e, também, no Passivo (como obrigação). E agora os es-
pecialistas estão loucos por não poder mais criticar.
O ativo é um dos 06 (seis) elementos dos Relatórios Contábeis de Propósitos Gerais
(RCPGs) tratados pela Estrutura Conceitual. Atualmente existem dois tipos de classificação
de ativos:
• Classificação de Ativos de acordo com o MCASP 8ª Edição; e
• Classificação de Ativos de acordo com a Lei n. 4.320/1964.
De acordo com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, os ativos devem ser
classificados como circulante quando satisfizerem a um dos seguintes critérios:
• Estiverem disponíveis para realização imediata; ou
• Tiverem a expectativa de realização em até doze meses após a data das demonstrações
contábeis.
Os demais ativos devem ser classificados como não circulantes. Dessa forma, podemos
concluir que o critério adotado pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) é a conversibilidade.
Vou deixar isso tudo justo e perfeito. Seguinte, quando a ciência da contabilidade fala em
critério de conversibilidade ela se refere ao tempo em que determinado ativo leva para se tor-
nar dinheiro. Isso mesmo! Simples, né? Quando você estudou a Contabilidade Societária viu
que isso seja grau de liquidez, que é a medida adotada para classificação dos itens do Ativo.
Os itens do ativo que apresentam maior conversibilidade ou grau de liquidez, por ordem,
são: o caixa (que já é dinheiro), os equivalentes de caixa (aplicações financeiras de resgate
automático), os créditos a receber, estoques, ativo realizável a longo prazo, investimentos, imo-
bilizado e intangível.
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De acordo com o artigo 105, § 1º, da Lei n. 4.320/1964, o ativo é segregado em financeiro
e permanente. A classificação do ativo nos termos legais tem ligação com a necessidade ou
não de uma autorização legislativa. Vamos ver como é essa classificação?
Componente Conceito
A entidade deve ter o controle do recurso. O controle do recurso envolve a capacidade da entidade
em utilizar o recurso (ou controlar terceiros na sua utilização) de modo que haja a geração do poten-
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cial de serviços ou dos benefícios econômicos originados do recurso para o cumprimento dos seus
objetivos de prestação de serviços, entre outros.
Para avaliar se a entidade controla o recurso no presente, deve ser observada a existência dos
seguintes indicadores de controle:
a. propriedade legal;
b. acesso ao recurso ou a capacidade de negar ou restringir o acesso a esses;
c. meios que assegurem que o recurso seja utilizado para alcançar os seus objetivos; ou
d. a existência de direito legítimo ao potencial de serviços ou à capacidade para gerar os benefícios
econômicos advindos do recurso.
Embora esses indicadores não sejam determinantes conclusivos acerca da existência do controle,
sua identificação e análise podem subsidiar essa decisão.
Ótimo questionamento. De acordo com nossa norma, o recurso é um item com potencial de
serviços ou com a capacidade de gerar benefícios econômicos. Ainda de acordo com a Estru-
tura Conceitual, a forma física não é uma condição necessária para que se tenha um recurso.
Claro! Um exemplo de recursos que não tem forma física e tem potencial de serviços são
os softwares. Apesar de prescindirem da forma física, apresentam potencial de serviços, tais
como aqueles que são instalados nos computadores de um posto de saúde, que permite o
agendamento de consultas médicas.
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• Utilizar os recursos de terceiros para prestar serviços como, por exemplo, arrendamento
mercantil;
• Converter o recurso em caixa por meio da sua alienação;
• Beneficiar-se da valorização do recurso; ou
• Receber fluxos de caixa.
O potencial de serviços possui uma importância essencial para a Entidade, pois é ele que
contribuirá para que essa Entidade alcance seus objetivos e, no setor público, esse alcance
pode ser atingido sem que se tenha, necessariamente, entradas de caixa.
A Estrutura Conceitual cuidou de trazer alguns exemplos de ativos e fazer sua correlação
com potencial de serviços, tais como:
5.9. Os ativos do setor público que ensejam potencial de serviços podem ser representados pelos
ativos de recreação, do patrimônio cultural, comunitários, de defesa nacional e outros que sejam
mantidos pelos governos e outras entidades do setor público e que sejam utilizados para a pres-
tação de serviços a terceiros. Tais serviços podem ser para consumo coletivo ou individual. Vários
serviços podem ser fornecidos em áreas onde não haja concorrência de mercado ou concorrência
limitada de mercado. A utilização e a alienação de tais ativos podem ser restritas, já que muitos
ativos que ensejam potencial de serviços são especializados por natureza.
Professor, como é que um benefício econômico pode ser percebido quando tivermos uma
redução de saídas de caixa?
Você perceberá um benefício econômico por redução de saídas de caixas quando iden-
tificar que determinado item gerou redução de custos de operação. Quer um exemplo? Atu-
almente nós temos processos administrativos eletrônicos, certo? É o chamado e-Gov e esse
recurso possui implícito um benefício econômico pela redução de saídas de caixa. Quando os
governos possuíam apenas os processos físicos eles tinham custos com protocolos, transpor-
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tes, armazenagem, arquivamento etc. Muitos desses custos operacionais deixaram de existir a
partir do momento que adotaram os processos eletrônicos. Então nós podemos ver na prática
um benefício econômico gerado pela redução de saídas de caixa.
Quando a Estrutura Conceitual fala em benefício econômico pela “utilização do ativo para
produção e na venda de serviços” ela se refere a, por exemplo, quando a estrutura administra-
tiva do Estado para melhoria das condições de saúde ou segurança da sociedade. É o caso,
por exemplo, quando a Marinha utiliza seus ativos para transportar equipes médicas para vaci-
nação de pessoas em locais ermos; ou ainda, quando a própria Marinha realiza operações nas
divisas do País para coibir atividades indevidas.
Por outro lado, ao afirmar que o benefício econômico será observado pela troca direta do
ativo por caixa ou por outros recursos, nada mais é do que receber dinheiro pela venda de
determinado item que pertença ao patrimônio público ou ainda pela simples troca de um item
por outro.
A Estrutura Conceitual define ativo como um recurso controlado e essa abordagem nós já
trouxemos nas linhas anteriores quando citamos o exemplo do leasing, lembra? Se não lembra,
volta lá. Contudo, existem mais detalhes nos itens 5.11 e 5.12 da norma, veja:
5.11. A entidade deve ter o controle do recurso. O controle do recurso envolve a capacidade da enti-
dade em utilizar o recurso (ou controlar terceiros na sua utilização) de modo que haja a geração do
potencial de serviços ou dos benefícios econômicos originados do recurso para o cumprimento dos
seus objetivos de prestação de serviços, entre outros.
5.12. Para avaliar se a entidade controla o recurso no presente, deve ser observada a existência dos
seguintes indicadores de controle:
a. propriedade legal;
b. acesso ao recurso ou a capacidade de negar ou restringir o acesso a esses;
c. meios que assegurem que o recurso seja utilizado para alcançar os seus objetivos; ou
d. a existência de direito legítimo ao potencial de serviços ou à capacidade para gerar os benefícios
econômicos advindos do recurso.
Embora esses indicadores não sejam determinantes conclusivos acerca da existência do controle,
sua identificação e análise podem subsidiar essa decisão.
Quando a Estrutura Conceitual enfatiza o controle do recurso ela não diminui ou elimina a
importância da propriedade, pois:
5.12A. A propriedade legal do recurso, tal como terreno ou equipamento, é um dos métodos para se
verificar o potencial de serviços ou os benefícios econômicos de um ativo. No entanto, os direitos
ao potencial de serviços ou à capacidade de gerar benefícios econômicos podem existir sem que se
verifique a propriedade legal do recurso. Por exemplo, os direitos ao potencial de serviços ou à ca-
pacidade de gerar benefícios econômicos por meio da manutenção e utilização de item patrimonial
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arrendado são verificados sem que haja a propriedade legal do próprio item arrendado. Portanto, a
propriedade legal do recurso não é uma característica essencial de um ativo. No entanto, a proprie-
dade legal é um indicador de controle.
Essa foto eu tirei durante trabalho de auditoria de operações portuárias que estamos rea-
lizando. Nos aspectos legais essa área pertence à União, mas ela foi cedida ao Estado do Rio
Grande do Sul. Viu que interessante? Embora a propriedade seja da União, quem detém o po-
tencial de serviços pelo controle, quem explora, é o Estado. É disso que a Estrutura Conceitual
está falando.
Um dos principais critérios do Ativo é que ele tenha surgido como resultado de evento
passado. Antes de entrarmos nos aspectos da norma, imagine uma situação. A Entidade re-
aliza uma pesquisa de mercado para definir, por exemplo, um preço-base para seu processo
licitatório para aquisição de um veículo. O veículo é um ativo e a Entidade declarou interesse
em adquirir um. Nesse caso, podemos considerar esse interesse no veículo como ativo? Sem
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sombras de dúvidas, não! Apenas o interesse em adquirir um bem no futuro não dará origem a
um ativo. Ele somente será reconhecido após a sua aquisição; por isso usa-se o termo evento
passado, pois a compra já terá ocorrido quando o veículo for reconhecido contabilmente. Ago-
ra vamos ao conceito de evento passado de acordo com a Estrutura Conceitual:
A definição de ativo exige que o recurso controlado pela entidade no presente tenha surgido de
transação ou outro evento passado. Podem existir diversas transações passadas ou outros eventos
que resultem no ganho do controle do recurso pela entidade e, por conseguinte, o caracterize como
ativo. As entidades podem obter ativos por intermédio da sua compra em transação com contra-
prestação, bem como pelo seu desenvolvimento. Os ativos também podem surgir de transações
sem contraprestação, inclusive por meio do exercício dos direitos soberanos. O poder de tributar ou
emitir licenças, acessar, restringir ou negar acesso aos benefícios oriundos de recursos intangíveis
como, por exemplo, o espectro eletromagnético (bandas de frequência de transmissões de teleco-
municações), são exemplos dos poderes específicos do setor público e dos direitos que podem dar
origem a ativos. Ao se avaliar o surgimento do direito de controle de recursos, os seguintes eventos
devem ser considerados:
(a) a capacidade geral para exercer o poder;
(b) a constituição de poder por meio de lei, estatuto ou instrumento congênere;
(c) o exercício do poder de criar um direito; e
(d) o evento que dá origem ao direito de receber recursos de terceiros. O ativo surge quando o poder
for exercido e os direitos de receber recursos existirem.
Pronto, passamos o rodo nos conceitos do Ativo e agora vamos fazer aqueles esquemas
gráficos maneiros que serão usados por você para a hora da revisão pré prova, combinado?
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Agora podemos ver como é essa conceituação pela Estrutura Conceitual, certo? Mas an-
tes, vamos abordar um aspecto interessante. Você já reparou em como os conceitos de conta-
bilidade aplicada ao setor público e os de contabilidade societária estão parecidos? Eu sempre
imaginei os examinadores de bancas de concursos como aqueles caras ranzinzas que andam
pela rua chutando pombos, estourando balões de crianças e criando as questões mais maldo-
sas que se possa imaginar. Com esses conceitos próximos na aparência entre nossa CASP e a
nossa Contabilidade Societária eles terão um campo fértil para maldades, né?
Deixo aqui um mapa mental sobre o assunto, para facilitar o otimizar a revisão:
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Muito bem, com base no que nós estudamos até podemos afirmar com segurança que o enun-
ciado está incorreto, afinal de contas A entidade pode ser capaz de acessar o potencial de
serviços ou a capacidade de gerar benefícios econômicos associados ao recurso independen-
temente da obtenção de direitos jurídicos. Assim sendo, o gabarito dado pela banca foi errado.
Errado.
2.2. Passivo
O passivo é uma obrigação presente, derivada de evento passado, cuja extinção deva re-
sultar na saída de recursos da entidade. O passivo é um dos 06 (seis) elementos patrimoniais
presentes nos RCPGs e definidos pela Estrutura Conceitual. Assim como o ativo, passivo pos-
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sui critérios de segregação pelo MCASP e, também pela Lei n. 4.320/1964. A NBC TSP não
apresenta nenhum tipo de segregação para o passivo.
De acordo com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público o passivo deve ser
reconhecido como circulante quando a obrigação dele decorrente for exigível até doze meses
após a data das demonstrações contábeis. Todos os demais passivos devem ser considera-
dos como não circulantes. Logo:
Publicação Limite
31/12/2019
31/12/2018
Do esquema gráfico acima podemos visualizar a linha do tempo que vai segregar o passivo
circulante e o não circulante, pois quando tivermos demonstrações contábeis publicadas em
31/12/2018, todos as obrigações vencíveis até 31/12/2019 serão classificadas no circulante.
Todas as demais constarão no passivo não circulante.
Conclui-se, portanto, que o passivo é segregado pela STN de acordo com o seu grau de
exigibilidade. Fiquemos ligados nisso!
Componente Conceito
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Quando se trata da Lei n. 4.320 nós temos no Balanço Patrimonial as dívidas passivas do
Poder Público e elas possuem uma classificação apropriada de acordo com suas origens. As
dívidas do governo são segregadas entre dívida flutuante e dívida fundada e compõem o pas-
sivo público, cujas origens podem ser:
• oriundas de execução de despesas orçamentárias, tais como os restos a pagar proces-
sados, pessoal a pagar, encargos sociais a recolher etc.;
• oriundas da execução da receita orçamentária, tais como as decorrentes de obrigações
a pagar por receita de operações de créditos, que são os empréstimos a pagar, os finan-
ciamentos a pagar etc.; e
• oriundas de operações extraorçamentárias, como são os depósitos, os débitos de te-
souraria e as dívidas decorrentes de passivos contingentes, além de outras.
Professor, percebi que existem dívidas fundadas que podem ficar tanto no curto prazo
como longo prazo, você vai detalhar esse trem todo ai, né?
Claro que sim, então vamos falar especificamente sobre a dívida fundada para não resta-
rem dúvidas, combinado?
A dívida fundada tem sua previsão no art. 98 da Lei n. 4.320/1964 e nesse artigo encontra-
mos o seu conceito:
Art. 98. A divida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a doze meses,
contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou a financeiro de obras e serviços públicos.
(Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)
Parágrafo único. A dívida fundada será escriturada com individuação e especificações que permi-
tam verificar, a qualquer momento, a posição dos empréstimos, bem como os respectivos serviços
de amortização e juros.
Por esse conceito nós temos exigibilidades superiores a doze meses e assim vencemos
metade do conceito. Agora vamos ver o restante, que também possui previsão em lei. Quem
dita as normas agora é a Lei de Responsabilidade Fiscal e por ela, a conceituação é mais
abrangente, pois seu artigo 29 fixa os seguintes termos:
Art. 29. Para os efeitos desta Lei Complementar, são adotadas as seguintes definições:
I – dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações
financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e
da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses;
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Professor até agora todas as leis definem a dívida fundada como sendo obrigação com
pagamento superior a 12 meses, não estou entendo nada, não. É isso mesmo?
Calma! Agora nós vamos chegar onde você deseja, veja. No mesmo artigo 29 da Lei de
Responsabilidade Fiscal nós temos no inciso V, § 3º a seguinte regra: “também integram a dívi-
da pública consolidada as operações de crédito de prazo inferior a doze meses cujas receitas
tenham constado do orçamento”. Viu só!? Vamos esquematizar isso:
Professor, agora entendi como funciona a dívida fundada. Gostei, mas você citou que
também temos outro tipo de dívida pública, você vai explicar a dívida flutuante, certo?
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internacionais e o documento base para isso é a NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL – Estru-
tura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Informação Contábil de Propósito Geral pelas
Entidades do Setor Público.
Como a Estrutura Conceitual tem sido matéria presente em editais de concursos, temos que
estudá-la e assim como fizemos com o Ativo, faremos com o Passivo, então vamos trabalhar.
A Estrutura Conceitual define “Passivo” como uma obrigação presente, derivada de evento
passado, cuja extinção deva resultar na saída de recursos da entidade.
Quando a estrutura conceitual especifica a obrigação presente ela se refere a uma obriga-
ção que ocorre por força de lei (obrigação legal ou obrigação legalmente vinculada) ou uma
obrigação que não ocorre por força de lei (obrigação não legalmente vinculada), as quais não
possam ser evitadas pela entidade.
Um fator relevante acerca do conceito diz respeito ao momento em que a obrigação do
poder público será considerada como passivo. O desejo em licitar algo, a pesquisa de mercado
dá origem a passivo? A resposta é não. Porque isso não caracteriza uma obrigação – legal ou
legalmente vinculada. Logo, o passivo, a obrigação, somente terá início quando configurar, de
fato, a obrigação legal ou legalmente vinculada.
Professor, sabe aqueles esquemas gráficos malucos que faz, não cabe um aqui?
Para ser bem franco contigo, não estava pensando nisso, não. Mas já que deu a ideia, segue:
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Para que um passivo exista ele tem que atender a uma série de critérios, conforme já ve-
rificamos nas linhas acima, contudo, é necessário o atendimento de mais um critério, pois o
passivo/obrigação deve ser decorrente de um evento passado. A estrutura conceitual define
evento passado como fator indispensável para que se tenha uma obrigação pelo poder público
ao definir que:
Para satisfazer a definição de passivo, é necessário que a obrigação presente surja como resul-
tado de transação ou de outro evento passado e necessite da saída de recursos da entidade para
ser extinta. A complexidade inerente ao setor público faz com que eventos diversos referentes ao
desenvolvimento, implantação e execução de determinado programa ou atividade possam gerar
obrigações. Para fins de elaboração e divulgação da informação contábil, é necessário determinar
se tais compromissos e obrigações, inclusive aqueles que não possam ser evitados pela entidade,
mas que não ocorrem por força de lei (obrigações não legalmente vinculadas), são obrigações pre-
sentes e satisfazem a definição de passivo. Quando a transação tem forma jurídica e é vinculada, tal
como um contrato, o evento passado pode ser identificado de forma inequívoca. Em outros casos,
pode ser mais difícil identificar o evento passado e é necessário fazer uma avaliação de quando a
entidade tem pouca ou nenhuma alternativa realista de evitar a saída de recursos. Ao se fazer tal
avaliação, fatores jurisdicionais devem ser levados em consideração pela entidade.
Entendi professor, então quer dizer que em todo caso, devemos saber a identidade de
terceiros para que possamos ter um passivo?
Nem sempre, viu! Não é essencial saber a identidade dos terceiros antes da época da ex-
tinção do passivo para que a obrigação presente exista. Logo, podemos ter um passivo sem
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Agora, um detalhe realmente importante é que precisamos ter uma indicação que determi-
nada obrigação demandará a saída de recursos para sua liquidação. Muitas obrigações pos-
suem data de vencimento, logo, possuem um prazo para liquidação e isso é considerado pelas
normas brasileiras de contabilidade aplicada ao setor público como um indicativo para a exis-
tência de um passivo, mas atenção!
Muitas transações que dão origem à obrigação preveem prazos de liquidação. A existência de pra-
zo de liquidação pode fornecer uma indicação de que a obrigação envolve a saída de recursos e
origina um passivo. Entretanto, existem muitos contratos ou acordos que não preveem prazos para
a liquidação. A ausência de data de liquidação não impede que a obrigação origine um passivo
(Grifamos).
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Claro, vamos ver como ficará? Cabe lembrar que situação líquida é sinônimo de patrimônio
líquido, beleza?
Integram o patrimônio líquido: patrimônio ou capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação
patrimonial, reservas de lucros, demais reservas, ações em tesouraria, resultados acumulados e
outros desdobramentos.
No patrimônio líquido, deve ser evidenciado o resultado do período segregado dos resultados acu-
mulados de períodos anteriores. O resultado patrimonial do período é a diferença entre as variações
patrimoniais aumentativas e diminutivas, apurada na Demonstração das Variações Patrimoniais,
que evidencia o desempenho das entidades do setor público.
Em recente concurso público a banca examinadora IBADE seguiu a mesma linha de defini-
ção adotada pelo MCASP, mas acrescentou que se existir saldo de passivo superior ao saldo
de ativo teremos:
O patrimônio líquido representa o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos
seus passivos. Integram o patrimônio líquido: patrimônio/capital social, reservas de capital, ajustes
de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria, resultados acumulados e outros
desdobramentos do saldo patrimonial. Quando o valor do passivo for maior que o valor do ativo, o
resultado é denominado deficit orçamentário.
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Mesmo quando um recurso ou uma obrigação não satisfizer a definição de elemento, eles
precisarão ser reconhecidos nas demonstrações contábeis. Nesses casos, as normas do setor
público podem exigir ou permitir que esses recursos ou obrigações sejam reconhecidos como
outros recursos ou outras obrigações, os quais são itens adicionais aos seis elementos defi-
nidos na estrutura conceitual.
Estruturados estes conceitos, vamos trabalhar com um novo mapa mental:
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Estrutura
MCASP
Conceitual
Variação
Receita pelo
Patrimonial
Receitas enfoque
Aumentativa
patrimonial
(VPA)
Despesa Variação
Despesas pelo enfoque Patrimonial
patrimonial Diminutiva (VPD)
Dá, sim. Na verdade, quem conceitua os termos é o próprio MCASP, olha só:
Ao tratar das variações patrimoniais diminutivas o MCASP afirma que elas são realiza-
das quando:
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Nesse caso nós uma similaridade entre os dois ramos da ciência da contabilidade porque
ambas não consideram esse ingresso de recursos como receita, mas sim, como contribuição
para o aumento de capital.
Distribuição aos proprietários corresponde a saída de recursos da entidade a título de dis-
tribuição a partes externas, que representa retorno sobre a participação ou a redução dessa
participação no patrimônio líquido da entidade.
Esse é outro caso de similaridade entre os dois ramos da ciência da contabilidade (socie-
tária e aplicada ao setor público), porque as distribuições aos proprietários não correspondem
despesas para nenhum dos dois ramos. A distribuição de recursos aos proprietários pode ser
entendida como o pagamento de dividendos que poderá ocorrer. Um termo bastante utilizado
pela contabilidade societária é remuneração de capital investido, que você estudou. Aqui é o
mesmo caso!
A contribuição dos proprietários pode surgir em duas oportunidades: (i) quando da criação
de uma entidade; ou (ii) quando do aporte de capital. Já a distribuição aos proprietários apre-
senta surgimento em situações de maior número. Podemos tê-la nas seguintes situações:
• Retorno sobre os investimentos;
• Retorno total ou parcial de investimentos; ou
• No caso de extinção ou reestruturação da entidade, o retorno de qualquer recurso resi-
dual.
Ufa! Chegamos ao final da nossa parte conceitual dessa primeira aula do curso de Conta-
bilidade Aplicada ao Setor Público. Agora vamos partir para o nosso resumo e depois vamos
exercitar tudo aquilo que vimos, com muitas questões!
Abraços,
Prof. Rodrigo Machado
@contabilidade_total
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RESUMO
Os ingressos de recursos públicos são todas as entradas de recursos nos caixas, recursos
estes que o Estado usará para financiar suas atividades. Estes recursos poderão ser incorpo-
rados ao seu patrimônio ou não.
A despesa pública é o conjunto de dispêndios que são realizados pelo Estado para que
ela possa dar funcionamento e manutenção aos serviços públicos que são prestados à socie-
dade. Os dispêndios, assim como os ingressos, são tipificados em orçamentários e extraor-
çamentários.
Ativo é um recurso controlado pela Entidade, resultado de um evento passado. De acordo
com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, os ativos devem ser classificados
como circulante quando satisfizerem a um dos seguintes critérios:
• Estiverem disponíveis para realização imediata; ou
• Tiverem a expectativa de realização em até doze meses após a data das demonstrações
contábeis.
Os demais ativos devem ser classificados como não circulantes. Dessa forma, podemos
concluir que o critério adotado pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) é a conversibilidade.
De acordo com o artigo 105, § 1º, da Lei n. 4.320/1964, o ativo é segregado em financeiro e
permanente. A classificação do ativo nos termos legais tem ligação com a necessidade ou não
de uma autorização legislativa. Vamos ver como é essa classificação?
Componente Conceito
A Estrutura Conceitual define ativo como é um recurso controlado no presente pela enti-
dade como resultado de evento passado. A NBC TSP afirma que a Entidade deve ter o controle
do Ativo e assim especifica as características:
A entidade deve ter o controle do recurso. O controle do recurso envolve a capacidade da entidade
em utilizar o recurso (ou controlar terceiros na sua utilização) de modo que haja a geração do poten-
cial de serviços ou dos benefícios econômicos originados do recurso para o cumprimento dos seus
objetivos de prestação de serviços, entre outros.
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Composição do Patrimônio Público
Para avaliar se a entidade controla o recurso no presente, deve ser observada a existência dos
seguintes indicadores de controle:
a. propriedade legal;
b. acesso ao recurso ou a capacidade de negar ou restringir o acesso a esses;
c. meios que assegurem que o recurso seja utilizado para alcançar os seus objetivos; ou
d. a existência de direito legítimo ao potencial de serviços ou à capacidade para gerar os benefícios
econômicos advindos do recurso.
Embora esses indicadores não sejam determinantes conclusivos acerca da existência do controle,
sua identificação e análise podem subsidiar essa decisão.
O passivo é uma obrigação presente, derivada de evento passado, cuja extinção deva re-
sultar na saída de recursos da entidade. O passivo é um dos 06 (seis) elementos patrimoniais
presentes nos RCPGs e definidos pela Estrutura Conceitual.
De acordo com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público o passivo deve ser
reconhecido como circulante quando a obrigação dele decorrente for exigível até doze meses
após a data das demonstrações contábeis. Todos os demais passivos devem ser considera-
dos como não circulantes. Logo:
Publicação Limite
31/12/2019
31/12/2018
Componente Conceito
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Composição do Patrimônio Público
A Estrutura Conceitual define Passivo como uma obrigação presente, derivada de evento
passado, cuja extinção deva resultar na saída de recursos da entidade. Quando a estrutura
conceitual especifica a obrigação presente ela se refere a uma obrigação que ocorre por força
de lei (obrigação legal ou obrigação legalmente vinculada) ou uma obrigação que não ocor-
re por força de lei (obrigação não legalmente vinculada), as quais não possam ser evitadas
pela entidade.
As normas brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público definem que um passivo
deve envolver uma saída de recursos da entidade para ser liquidado ou extinto. Esse critério é
condição indispensável para a existência de um passivo no setor público, porque a obrigação
que pode ser liquidada ou extinta sem a saída de recursos da entidade não é um passivo. A
estrutura conceitual define evento passado como fator indispensável para que se tenha uma
obrigação pelo poder público.
A situação patrimonial líquida é a diferença entre os ativos e os passivos após a inclusão
de outros recursos e a dedução de outras obrigações para que se possa evidenciar nas de-
monstrações contábeis o patrimônio líquido.
De acordo com a Estrutura Conceitual as receitas correspondem a aumentos na situação
líquida patrimonial da entidade e não são oriundas de contribuições dos proprietários. Por
sua vez, as despesas representam diminuições na situação líquida patrimonial da entidade e
não são oriundas de distribuição aos proprietários.
O importante frisar que existem diferenças nas abordagens utilizadas pelo MCASP e pelas
normas brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público e devemos ficar atentos às pe-
culiaridades, vejamos:
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Estrutura
MCASP
Conceitual
Variação
Receita pelo
Patrimonial
Receitas enfoque
Aumentativa
patrimonial
(VPA)
Despesa Variação
Despesas pelo enfoque Patrimonial
patrimonial Diminutiva (VPD)
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MAPAS MENTAIS
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Composição do Patrimônio Público
QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CESPE/ABIN/AGENTE TÉC. INTELIGÊNCIA/2010/ADAPTADA) Julgue o item a seguir:
são elementos das Demonstrações Contábeis de Propósito Geral: ativo e passivo.
Certo.
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Composição do Patrimônio Público
De acordo com nossa norma, o recurso é um item com potencial de serviços ou com a capa-
cidade de gerar benefícios econômicos. No processo de convergência das normas contábeis
brasileiras às normas internacionais nós tivemos uma série de evoluções conceituais e práti-
cas e, uma delas diz respeito ao conceito de ativo e seu respectivo potencial de serviços e a
sua respectiva propriedade. Antes do processo de convergência era muito forte o atributo de
propriedade para que um ativo fosse reconhecido ou não pelas entidades, somente os ativos
de propriedade das entidades eram reconhecidos, mas isso mudou e atualmente o atributo é
o controle. Então mesmo quando um ativo não pertença à Entidade, se ela obtiver o seu con-
trole, ele será tratado como ativo; e deter o controle significa transferir à Entidade os riscos e
benefícios atribuídos ao determinado ativo. Atenção, viu! Isso é muito cobrado em provas. Por
esse motivo, gabarito incorreto.
Errado.
De acordo com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, os ativos devem ser clas-
sificados como circulante quando satisfizerem a um dos seguintes critérios:
• Estiverem disponíveis para realização imediata; ou
• Tiverem a expectativa de realização em até doze meses após a data das demonstrações
contábeis.
Os demais ativos devem ser classificados como não circulantes. Dessa forma, podemos con-
cluir que o critério adotado pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) é a conversibilidade.
Certo.
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Composição do Patrimônio Público
Como nós vimos, a segregação dos elementos das demonstrações é realizada em circulante
e não circulante. Temos Ativo Circulante e, também, Ativo Não Circulante. Assim como temos
Passivo Circulante e Não Circulante. Os atributos utilizados para a separação entre circulante
e não circulante é detalhada a seguir na tabela:
ATIVO PASSIVO
Ativo Passivo
Atributo Atributo
Circulante Circulante
Estiverem
o passivo deve
disponíveis
ser reconhecido
para realização
como circulante
imediata;
quando a
ou
obrigação dele
Tiverem a
decorrente
expectativa de
for exigível até
realização em
doze meses
GRAU DE até doze meses GRAU DE
após a data das
CONVERSIBILIDADE após a data das EXIGIBILIDADE
demonstrações
demonstrações
contábeis
contábeis.
Ativo Passivo
Não Atributo Não Atributo
Circulante Circulante
Todos os
Todos os
demais passivos
demais ativos
devem ser
que não se
considerados
enquadrem no
como não
Circulante
circulantes.
Nas laterais desse Balanço Patrimonial ilustrativo nós temos os graus aplicados ao Ativo e
ao Passivo.
O grau de conversibilidade do Ativo significa dizer que nele, as contas com menor tempo de
conversão em recursos financeiros/dinheiro, serão classificadas na parte superior da demons-
tração contábil – normalmente, caixa, por já ser dinheiro em si.
Já em relação ao Passivo, o grau de exigibilidade é dizer que as contas que constarão na parte
superior do Balanço serão aquelas que apresentarão menor prazo de vencimento.
Letra b.
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Este enunciado tem uma série de erros. Esse é daqueles que a banca não queria que ninguém
errasse. Os elementos patrimoniais são segregados em circulante e não circulante. No Ativo
nós temos os atributos de conversibilidade e no Passivo, exigibilidade. Gabarito é errado.
Errado.
Essa foi para pegar quem estava apressado e formou opinião antes mesmo de concluir a leitu-
ra. O enunciado caminhava bem até a última palavra, pois os atributos são conversibilidade e
exigibilidade e não rentabilidade.
Errado.
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pela entidade como resultado de evento passado.
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Errado.
É exatamente o contrário, os passivos que corresponderem a valores exigíveis após doze me-
ses da data das demonstrações contábeis deverão ser classificados no passivo não circulante.
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Errado.
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ATIVO PASSIVO
Ativo
Atributo Passivo Atributo
Circulante
Estiverem
o passivo deve
disponíveis
ser reconhecido
para realização
como circulante
imediata;
quando a
ou
obrigação dele
Tiverem a
decorrente
expectativa de
for exigível até
realização em
GRAU DE doze meses GRAU DE
até doze meses
CONVERSIBILIDADE após a data das EXIGIBILIDADE
após a data das
demonstrações
demonstrações
contábeis
contábeis.
Ativo
Passivo
Não Atributo Atributo
Não
Circulante
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Componente Conceito
Logo, se são valores que independem de autorização orçamentária para pagamento, deverão
ser classificados no Passivo Financeiro.
Letra b.
A questão tenta ludibriar o candidato com as opções de resposta. Vamos a cada uma delas,
mas antes vamos entender a operação. O referido Estado obteve um empréstimo para paga-
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mento no longo prazo, portanto, ela tem uma obrigação e isso nos remete ao entendimento
que essa operação será registrada no Passivo.
A opção “a” fala em dívida ativa de longo prazo e isso não é conta do Passivo, mas sim, do
Ativo, a dívida ativa é um valor a receber pelo Estado, portanto, esse registro não satisfaz aos
critérios para a contabilização de uma operação de empréstimo.
A opção “b” fala em registro contábil como Dívida Flutuante, ou seja, de acordo indica que, se-
gundo a Lei n. 4.320/1964 esse contrato de empréstimo deve ser contabilizado no curto prazo,
mas isso está errado, por o enunciado afirma que ele é de pagamento no longo prazo.
A opção “c” fala em registro como “obras e instalações” e essa rubrica pertence ao Ativo,
logo, não satisfaz às necessidades de contabilização de uma operação de empréstimo de
longo prazo.
A opção “d” cita que essa obrigação será contabilizada como receita de capital. Embora os
empréstimos sejam caracterizados como receita de capital – estudamos isso em orçamento
público -, não é o registro adequado para a operação de empréstimo, mas sim, sua contrapar-
tida. Fiquemos ligados!
Por fim, nós temos o nosso gabarito na letra E, pois uma operação de empréstimos de longo
prazo criará para o Estado uma obrigação e seu reconhecimento contábil será realizado no
passivo não circulante
Letra e.
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c) Os passivos mantidos essencialmente para fins de negociação são classificados como não
circulante circulante.
d) A classificação dos elementos patrimoniais em circulante ou não circulante é feita com
base nos atributos de confiabilidade e relevância desses elementos conversibilidade e exi-
gibilidade.
e) Ativos são recursos dos quais se espera que resultem benefícios econômicos futuros ou
potenciais de serviços para a entidade.
Letra e.
Vamos analisar item por item, ok? Deveremos adotar ora a visão do MCASP, ora a visão da Lei
n. 4.320/1964.
I – Prêmios de seguros a apropriar em 2017 = Ativo Circulante ou Ativo Financeiro
II – Créditos inscritos de dívida ativa que serão realizados em 2018 = Ativo não circulante ou
Ativo Permanente
III – Obrigações com fornecedores decorrentes de despesa processada com material de con-
sumo que serão pagas em 2017 = Passivo circulante ou Passivo Financeiro
IV – Empréstimos e financiamentos a longo prazo = Passivo não circulante ou Passivo
permanente
Letra a.
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Componente Conceito
Para esta questão nós podemos utilizar o esquema gráfico para chegar ao gabarito. Inicial-
mente podemos verificar que ele se refere a Ativo, concorda? Agora resta saber se é de longo
ou curto prazo. Vejamos:
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Publicação Limite
31/12/2019
31/12/2018
Letra c.
As alternativas III e IV estão incorretas. Primeiro, porque a forma física não é uma condição
necessária para a existência de um recurso. Segundo o potencial de serviços ou a capacidade
de gerar benefícios econômicos surgem diretamente ou indiretamente do próprio recurso.
Letra c.
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a) gerar benefícios econômicos diretamente do próprio recurso e não do seu direito de uso.
b) gerar entradas líquidas de caixa.
c) ser de propriedade legal da entidade.
d) ter a possibilidade de trocar o recurso por outro ativo.
e) ter potencial de serviços ou capacidade de gerar benefícios econômicos
Esta ficou fácil, para ser considerado um recurso um item deve ter potencial de serviços ou
capacidade de gerar benefícios econômicos. Esse foi o trecho na parte teórica da nossa aula:
“Outro aspecto relevante é que o potencial de serviços ou a capacidade de gerar benefícios
econômicos podem surgir diretamente do próprio recurso ou dos direitos de sua utilização.
Um potencial de serviços surge diretamente do próprio recurso quando ele detém resultados
por si só, tal como foi o exemplo do software”.
Letra e.
Este enunciado está incorreto, porque os ingressos de recursos públicos são todas as entra-
das de dinheiro nos seus caixas, mas nem todos os recursos que ingressarem poderão ser
utilizados para financiar suas atividades. Veja bem!
Os ingressos de recursos podem ser orçamentários ou extraorçamentários. Os ingressos de
recursos nos cofres do Estado são denominados Receitas Públicas e essas receitas serão or-
çamentárias quando representarem disponibilidades de recursos financeiros que poderão ser
utilizados para financiar as políticas públicas. Quando as receitas públicas representarem dis-
ponibilidade financeiras, mas não puderem ser utilizadas para financiar as políticas públicas,
serão chamadas de receitas extraorçamentárias.
Errado.
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021. (CESPE/TRT 17ª/ANALISTA/2009) Julgue o item a seguir: “No conceito de receita orça-
mentária, estão incluídas as operações de crédito por antecipação de receita, mas excluídas as
emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias no ativo e no passivo financeiro”.
Na letra “a” nós temos os exemplos de receita extraorçamentária, que é a obtenção de crédito
por antecipação da receita orçamentária; considerada extraorçamentária exatamente porque
antecipa uma receita que é orçamentária, se não houvesse essa diferenciação e seu reco-
nhecimento como extraorçamentária teríamos dupla contagem. Temos também uma despesa
extraorçamentária, que é a quitação de consignações em folha de pagamento. Esse é o nosso
gabarito e as demais opções não satisfazem.
Letra a.
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As operações de crédito por antecipação de receita são registradas como receitas extraor-
çamentárias.
Errado.
Na letra “e” nós temos um exemplo de despesa extraorçamentária, que é a restituição de cau-
ções – valores nos quais o Estado consta como mero depositário, logo, havendo registros no
Ativo e Passivo. Ao ponto que as operações de crédito por antecipação de receita orçamentá-
ria são registradas como receitas extraorçamentárias.
Letra e.
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Na letra “d” nós temos exemplos de recursos extraorçamentários que não poderão ser fonte de
recursos para os objetivos buscados pelo município; esses recursos não pertencem ao Estado
e não poderão ser utilizados para tal finalidade.
Letra d.
Os valores recebidos a título de caução não são receitas públicas no sentido amplo, são ingres-
sos públicos, portanto ficam fora do orçamento.
Errado.
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Dívida Flutuante e Dívida Fundada representam obrigações do poder público e são sinônimos
de Dívida Passiva. Dívida Ativa é sinônimo de valores a receber pelo Estado, portanto, são con-
ceitos distintos.
Errado.
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Nesta questão nós temos a visão de Ativo e Passivo de acordo com a Lei n. 4.320/1964, então
vamos analisar sob esse prisma:
Segundo a Lei n. 4.320/1964 o passivo é classificado em financeiro e permanente, pois:
Componente Conceito
De acordo com o artigo 105, § 1º, da Lei n. 4.320/1964, o ativo é segregado em financeiro e
permanente. A classificação do ativo nos termos legais tem ligação com a necessidade ou não
de uma autorização legislativa. Vamos ver como é essa classificação?
Componente Conceito
Portanto, ativo e passivo financeiro independem de autorização orçamentária para sua execução.
Letra e.
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A banca trabalhou na literalidade a cobrança do conceito, porque ao tratar das variações patri-
moniais diminutivas o MCASP afirma que elas são realizadas quando:
Integram o patrimônio líquido: patrimônio ou capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação
patrimonial, reservas de lucros, demais reservas, ações em tesouraria, resultados acumulados e
outros desdobramentos.
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No patrimônio líquido, deve ser evidenciado o resultado do período segregado dos resultados acu-
mulados de períodos anteriores. O resultado patrimonial do período é a diferença entre as variações
patrimoniais aumentativas e diminutivas, apurada na Demonstração das Variações Patrimoniais,
que evidencia o desempenho das entidades do setor público.
A IBADE acrescentou que a existência de passivo superior ao ativo teremos origem ao deficit
orçamentário, embora possa ser objeto de críticas, vamos apenas destacar esse entendimento
da banca e seguir adianta. Por analogia, seria o passivo a descoberto conforme trabalhamos
na contabilidade societária.
Letra d.
Embora seja matéria de orçamento público, cabe aqui uma revisão, né? Vamos ver qual o con-
ceito de créditos extraordinários? Eles representam uma modalidade de crédito adicional des-
tinado ao atendimento de despesas urgentes e imprevisíveis, como em caso de guerra, como-
ção interna ou calamidade pública. É autorizado e aberto por medida provisória, podendo ser
reaberto no exercício seguinte, nos limites do seu saldo, se o ato que o autorizou tiver sido
promulgado nos últimos quatro meses do exercício financeiro. Pronto, demos uma mordidi-
nha em AFO.
Letra c.
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Mais uma questão com a exigência de conhecimentos da Lei n. 4.320/1964 e, de acordo com
o artigo 105, § 1º o ativo é segregado em financeiro e permanente. A classificação do ativo nos
termos legais tem ligação com a necessidade ou não de uma autorização legislativa. Vamos
ver como é essa classificação?
Componente Conceito
Vimos anteriormente que as contas do ativo e do passivo são classificadas de acordo com o
grau decrescente de conversibilidade e exigibilidade, respectivamente. A questão peca ao afir-
mar que as contas do passivo são organizadas em crescente do grau de exigibilidade. O grau
é decrescente.
Errado.
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Uma bela questão! Tivemos muitas críticas e recursos, mas a banca manteve-se firme no seu
entendimento. Vamos analisar com calma. Para começar, vamos ver como fica o registro con-
tábil dessa operação? A gente já sabe que suprimento de fundos são adiantamentos de nume-
rários para servidores públicos, para que eles realizem despesas que não possam subordinar-
-se ao processo normal de aplicação.
Quando o Estado realiza o adiantamento de valores a um servidor ele cria uma situação jurí-
dica que dá ao poder público o direito de cobrar desse servidor uma prestação de contas dos
valores gastos. Logo, nós já temos o primeiro indicativo de contabilização, pois se nasce um
direito para o Estado, teremos uma conta de Ativo! Vamos ver o registro completo que é orien-
tado pelo MCASP para essa operação?
b) Momento da liquidação e reconhecimento do direito:
Natureza da informação: patrimonial
D 1.1.3.1.x.xx.xx Adiantamentos Concedidos a Pessoal e a Terceiros (P)
C 2.1.8.9.x.xx.xx Outras Obrigações de Curto Prazo – Suprimento de Fundos (F)
Tivemos o registro contábil do direito adquirido pelo Estado na conta 1.1.3.1.x.xx.xx Adianta-
mentos Concedidos a Pessoal e a Terceiros (P). Essa conta tem ao seu final o código (P), que
está relacionado ao atributo legal da conta contábil. De acordo com o MCASP:
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O controle da mudança do atributo permanente (P) para o atributo financeiro (F) pode ser feito por
meio da informação complementar da conta contábil ou por meio da duplicação das contas, sendo
uma permanente e outra financeira.
O PCASP e este Manual utilizam as letras (F) ou (P) para indicar se são contas de ativo ou passivo
financeiro ou permanente, respectivamente. Algumas contas podem ter parte do seu saldo com
atributo financeiro e outra parte com atributo permanente. Nestes casos, constará no PCASP o atri-
buto “F/P”(Grifamos).
Então é isso, o atributo legal da conta D 1.1.3.1.x.xx.xx Adiantamentos Concedidos a Pessoal
e a Terceiros (P), nos remete ao gabarito da questão. Muito boa!
Letra a.
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A entidade deve ter o controle do recurso. O controle do recurso envolve a capacidade da entidade
em utilizar o recurso (ou controlar terceiros na sua utilização) de modo que haja a geração do poten-
cial de serviços ou dos benefícios econômicos originados do recurso para o cumprimento dos seus
objetivos de prestação de serviços, entre outros.
Para avaliar se a entidade controla o recurso no presente, deve ser observada a existência dos se-
guintes indicadores de controle:
a. propriedade legal;
b. acesso ao recurso ou a capacidade de negar ou restringir o acesso a esses;
c. meios que assegurem que o recurso seja utilizado para alcançar os seus objetivos; ou
d. a existência de direito legítimo ao potencial de serviços ou à capacidade para gerar os benefícios
econômicos advindos do recurso.
Embora esses indicadores não sejam determinantes conclusivos acerca da existência do controle,
sua identificação e análise podem subsidiar essa decisão.
Quando a Estrutura Conceitual enfatiza o controle do recurso ela não diminui ou elimina a im-
portância da propriedade, pois:
5.12A. A propriedade legal do recurso, tal como terreno ou equipamento, é um dos métodos para se
verificar o potencial de serviços ou os benefícios econômicos de um ativo. No entanto, os direitos
ao potencial de serviços ou à capacidade de gerar benefícios econômicos podem existir sem que se
verifique a propriedade legal do recurso. Por exemplo, os direitos ao potencial de serviços ou à ca-
pacidade de gerar benefícios econômicos por meio da manutenção e utilização de item patrimonial
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arrendado são verificados sem que haja a propriedade legal do próprio item arrendado. Portanto, a
propriedade legal do recurso não é uma característica essencial de um ativo. No entanto, a proprie-
dade legal é um indicador de controle.
Certo.
A Estrutura Conceitual define ativo como é um recurso controlado no presente pela entidade
como resultado de evento passado. A NBC TSP afirma que a Entidade deve ter o controle do
Ativo e assim especifica as características:
A entidade deve ter o controle do recurso. O controle do recurso envolve a capacidade da entidade
em utilizar o recurso (ou controlar terceiros na sua utilização) de modo que haja a geração do poten-
cial de serviços ou dos benefícios econômicos originados do recurso para o cumprimento dos seus
objetivos de prestação de serviços, entre outros.
Para avaliar se a entidade controla o recurso no presente, deve ser observada a existência dos
seguintes indicadores de controle:
a. propriedade legal;
b. acesso ao recurso ou a capacidade de negar ou restringir o acesso a esses;
c. meios que assegurem que o recurso seja utilizado para alcançar os seus objetivos; ou
d. a existência de direito legítimo ao potencial de serviços ou à capacidade para gerar os benefícios
econômicos advindos do recurso.
Embora esses indicadores não sejam determinantes conclusivos acerca da existência do controle,
sua identificação e análise podem subsidiar essa decisão.
Letra d.
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De acordo com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, os ativos devem ser clas-
sificados como circulante quando satisfizerem a um dos seguintes critérios:
• Estiverem disponíveis para realização imediata; ou
• Tiverem a expectativa de realização em até doze meses após a data das demonstrações
contábeis.
Os demais ativos devem ser classificados como não circulantes.
Pela tabela temos as seguintes contas que são possíveis de serem atribuídas ao Ativo Circu-
lante: Caixa e Equivalentes de Caixa (120), Créditos de Curto Prazo (60) e Clientes (80), que
após somadas nos dá o total de 260, gabarito B. Temos também uma conta de provisão de
curto prazo, no entanto, a questão não nos dá informações suficientes para saber se é referen-
te a saldo do ativo ou passivo.
Letra b.
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O recebimento de um veículo vai aumentar o patrimônio público caso a doação seja realizada
por um particular ou Ente de esfera de governo diferente. Caso a doação seja realizada por Ente
da mesma esfera de governo teremos uma transferência de patrimônio, sem alterar o patrimô-
nio público do Ente como um todo, mas alterando o patrimônio de quem doa e de quem recebe.
Em todo caso teremos um registro contábil de Ativo no Ente recebedor e a contrapartida desse
lançamento de débito será um lançamento de crédito em Variação Patrimonial Aumentativa.
Letra b.
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Após a retenção dos valores de contribuição para a previdência social o Estado assume a
função de mero depositário, o contribuinte de fato é o servidor. Logo, o Estado assume uma
obrigação de repassar os valores que foram retidos e reconhece um Passivo.
No momento em que efetua o repasse dos valores retidos ao Ente receber, o poder público que
assumiu a função de mero depositário deverá realizar o seguinte registro contábil:
Natureza da informação: patrimonial (Reconhecimento da obrigação de transferir os recursos
retidos ao RPPS)
D 2.1.1.1.x.xx.xx Pessoal a Pagar (F) 110
C 1.1.1.1.1.xx.xx Caixa e Equivalentes de Caixa 110
Há um débito em conta do Passivo (dígito 2) e um crédito em conta do Ativo (dígito 1).
Excelente questão!
Letra a.
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Vamos ver o que o MCASP nos diz: “para fins deste Manual, a receita sob o enfoque patrimo-
nial será denominada de variação patrimonial aumentativa (VPA) e a despesa sob o enfoque
patrimonial será denominada de variação patrimonial diminutiva (VPD).”. Com o detalhe que
ambas não devem ser confundidas com a receita e a despesa orçamentária, que são aborda-
das na Parte I do Manual. Com esse trecho do MCASP podemos afirmar que a letra “a” está
incorreta, pois a receita sob o enfoque patrimonial constituirá VPA.
Em relação à letra “b” nós vimos que quando tivermos a extinção de um ativo ocorrerá uma
variação patrimonial diminutiva e não uma qualitativa como afirmou a banca examinadora.
Na letra “c” teremos uma alteração qualitativa e não híbrida como afirmou a banca.
Na letra “e” o erro está em afirmar que sob o enfoque orçamentário teremos uma VPD no mo-
mento do empenho da despesa. Sob o enfoque patrimonial teremos VPD no momento em que
houver o reconhecimento do direito, ou seja, na liquidação.
Letra d.
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ATIVO PASSIVO
Ativo Passivo
Atributo Atributo
Circulante Circulante
Estiverem
o passivo deve
disponíveis
ser reconhecido
para realização
como circulante
imediata;
quando a
ou
obrigação dele
Tiverem a
decorrente
expectativa de
for exigível até
realização em
doze meses
GRAU DE até doze meses GRAU DE
após a data das
CONVERSIBILIDADE após a data das EXIGIBILIDADE
demonstrações
demonstrações
contábeis
contábeis.
Ativo Passivo
Não Atributo Não Atributo
Circulante Circulante
Todos os
Todos os
demais passivos
demais ativos
devem ser
que não se
considerados
enquadrem no
como não
Circulante
circulantes.
Letra c.
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Integram o patrimônio líquido: patrimônio ou capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação
patrimonial, reservas de lucros, demais reservas, ações em tesouraria, resultados acumulados e
outros desdobramentos.
No patrimônio líquido, deve ser evidenciado o resultado do período segregado dos resultados acu-
mulados de períodos anteriores. O resultado patrimonial do período é a diferença entre as variações
patrimoniais aumentativas e diminutivas, apurada na Demonstração das Variações Patrimoniais,
que evidencia o desempenho das entidades do setor público.
Assim, situação líquida positiva é sinônimo de que o total do ativo (bens e direitos) da entidade
do setor público supera o total do passivo (exigível – obrigações). Por outro lado, quando o
total do passivo exigível superar o total do passivo, estaremos diante de uma situação líquida
negativa – ou conceitualmente chamado de passivo a descoberto.
Letra d.
Fechamos mais uma parte da sua trajetória. Mantenha! Em casos de dúvidas, fale comigo
e vamos descer o machado nelas.
Abs.
Prof. Rodrigo Machado
@contabilidade_total
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Composição do Patrimônio Público
GABARITO
1. c 18. e 35. d
2. e 19. E 36. c
3. C 20. E 37. c
4. b 21. E 38. E
5. E 22. E 39. a
6. E 23. a 40. c
7. E 24. E 41. C
8. E 25. E 42. C
9. C 26. e 43. d
10. b 27. b 44. b
11. b 28. d 45. b
12. e 29. E 46. b
13. e 30. E 47. a
14. a 31. E 48. d
15. e 32. c 49. d
16. c 33. e 50. c
17. c 34. e 51. d
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