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CONTABILIDADE

PÚBLICA
Composição do Patrimônio Público

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
CONTABILIDADE PÚBLICA
Composição do Patrimônio Público

Sumário
Composição do Patrimônio Público............................................................................................. 4
1. Ingressos e Dispêndios............................................................................................................... 4
1.1. Ingressos..................................................................................................................................... 4
1.2. Dispêndios.................................................................................................................................. 5
2. Elementos Patrimoniais............................................................................................................. 6
2.1. Ativo............................................................................................................................................. 7
2.2. Passivo.......................................................................................................................................16
2.3. Situação Patrimonial Líquida............................................................................................... 23
2.3. Receitas e Despesas.............................................................................................................. 24
Resumo............................................................................................................................................. 27
Mapas Mentais................................................................................................................................31
Questões de Concurso.................................................................................................................. 33
Gabarito............................................................................................................................................ 65

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Querido(a) imparável!
Como foi o estudo da primeira aula? Espero que tenha saído tudo bem, pois ela possui
pontos muito importantes para o bem transcorrer de nosso curso. Este é um certame que veio
para reforçar o que o Gran vem pregando desde o início dessa pandemia: “não para de estudar,
mantenha, pois, oportunidades aparecerão”. Pois bem, temos agora uma excelente oportunida-
de, então vamos estudar muito, para garantir nosso lugar ao sol. Sempre que aparecer alguma
dúvida a respeito da aula, não fique com ela, mande mensagem por meio de nosso fórum e
todas as dúvidas serão esclarecidas. Não deixe acumular, combinado?
Muitas vezes o estudo da CASP vai convergir com a disciplina Orçamento Público (recei-
tas, despesas, empenho, liquidação, pagamento etc.) e isso pode nos remeter ao pensamento
de que estamos perdendo tempo com uma possível duplicação de estudos, certo? Errado! A
duplicação de estudos chama-se revisão no nosso mundo dos concursos públicos; uma etapa
essencial na nossa caminhada. A revisão é indispensável, não vamos ignorá-la. Quando deter-
minado item do seu edital apresentar uma replicação na aula de CASP ou de Orçamento Públi-
co, aproveite, estude novamente, revisando os conceitos e nessa etapa dos estudos trabalha-
remos com 6 (seis) mãos. Por que seis mãos, maluco? Uai, simples demais. As principais, as
suas, as minhas e as do professor de Orçamento Público. Show, né? Seguimos...
Nessa aula vamos dar uma leve pincelada nos aspectos orçamentários mais relevantes
para a continuidade dos nossos estudos, então falaremos sobre ingressos de recursos públi-
cos, assim como sobre os dispêndios, daremos o enfoque necessário às receitas e às des-
pesas (posteriormente teremos uma aula específica para receitas e despesas). Vamos dar
entrada nas conceituações iniciais dos elementos patrimoniais e por fim, vamos exercitar tudo
aquilo que estudamos na teoria. Combinado? Vamos nessa!
Em tempo, não se esqueça de avaliar essa aula. Peço por favor que o faça, pois seu fe-
edback é absolutamente importante para que possamos evoluir como professor e pessoa.
Ninguém sabe o suficiente que não possa aprender e saber mais. Conto com sua ajuda porque
nessa iteração o professor aprende tanto – ou mais – que o próprio aluno.
Abs.
Prof. Rodrigo Machado
@contabilidade_total

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COMPOSIÇÃO DO PATRIMÔNIO PÚBLICO


1. Ingressos e Dispêndios
1.1. Ingressos
Os ingressos de recursos públicos são todas as entradas de recursos nos caixas, recursos
estes que o Estado usará para financiar suas atividades. Estes recursos poderão ser incorpo-
rados ao seu patrimônio ou não.

Mas, professor, como é que pode um dinheiro entrar no caixa do Estado e não ser incor-
porado ao patrimônio público?

Excelente observação e isso abre uma ótima oportunidade para os primeiros conceitos.
Os ingressos de recursos podem ser orçamentários ou extraorçamentários. Os ingressos de
recursos nos cofres do Estado são denominados Receitas Públicas e essas receitas serão or-
çamentárias quando representarem disponibilidades de recursos financeiros que poderão ser
utilizados para financiar as políticas públicas. Quando as receitas públicas representarem dis-
ponibilidade financeiras, mas não puderem ser utilizadas para financiar as políticas públicas,
serão chamadas de receitas extraorçamentárias.
Os ingressos de recursos orçamentários ou receita pública em sentido estrito possui algu-
mas características peculiares, pois são:
• Entradas de recursos que aumentam o saldo do patrimônio financeiro;
• Representam elemento novo para o patrimônio público;
• É o instrumento pelo qual se viabiliza a execução das políticas públicas, porque a recei-
ta orçamentária é a fonte de recursos que são utilizados pelo Estado em programas e
ações cujas finalidades é atender às demandas da sociedade; e
• São recursos que pertencem ao Estado e transitam pelo patrimônio do Poder Público e,
regra geral, são previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA), por força do princípio orça-
mentário da universalidade.

São exemplos de ingressos orçamentários ou receitas orçamentárias os impostos, as ta-


xas, as contribuições, os aluguéis etc.
Os ingressos extraorçamentários também possuem suas peculiaridades, sendo elas:
• São entradas de recursos que provocam alteração no patrimônio financeiro, mas sem
modificar o seu saldo;
• Não fazem parte do orçamento público, logo, sua execução não está vinculada à execu-
ção orçamentária;

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• Possuem caráter temporário, com o Estado assumindo a figura de depositário dos valo-
res que a ele é confiado; e
• Quando há o ingresso dos recursos há aumento no Ativo (pelo reconhecimento contábil
do ingresso de dinheiro no caixa) e correspondente aumento no Passivo (reconhecimen-
to contábil da obrigação de devolver os recursos futuramente).

São exemplos de ingressos extraorçamentários ou receitas extraorçamentárias os depó-


sitos em caução, as fianças, as operações de crédito por antecipação de receita orçamentária
– ARO, a emissão de moeda, além de outras entradas compensatórias no ativo e no passivo
financeiro.
Pois bem, já que falamos dos ingressos, falamos abordar os dispêndios também? Vamos lá!

1.2. Dispêndios
A despesa pública é o conjunto de dispêndios que são realizados pelo Estado para que
ela possa dar funcionamento e manutenção aos serviços públicos que são prestados à socie-
dade. Os dispêndios, assim como os ingressos, são tipificados em orçamentários e extraor-
çamentários.
Assim como fizemos com os ingressos, vamos trabalhar com as peculiaridades dos dis-
pêndios públicos, beleza? Vamos lá:
Os dispêndios ou despesas orçamentárias possuem algumas características peculiares e
as principais delas são:
• Representam saídas ou despesas financeiras que diminuem o saldo do patrimônio fi-
nanceiro do Ente público; e
• É o fluxo que deriva da utilização de crédito apresentado no orçamento da Entidade que
reporta a informação, podendo ou não diminuir a situação líquida patrimonial.

São exemplos de despesas orçamentárias os salários, despesas com manutenção predial,


serviços terceirizados de limpeza e vigilância, publicidade, água, energia elétrica, materiais
educacionais, remédios custeados pelo poder público etc.
Assim como os dispêndios acima, os extraorçamentários também apresentam suas pecu-
liaridades, sendo as principais:
• São saídas financeiras ou despesas que provocam alterações no patrimônio financeiro,
contudo, sem gerar alteração no saldo patrimonial financeiro;
• São saídas financeiras que representam diminuição em mesmo valor no Ativo e no Pas-
sivo da Entidade; e
• Saídas de recursos que não constam no orçamento.

São exemplos de despesas extraorçamentárias os dispêndios decorrentes de depósitos,


pagamento de restos a pagar, o resgate (pagamento) de operações de crédito por antecipação

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de receitas, saídas de recursos transitórios (pagamento de pensões alimentícias) assim como


todas as demais saídas compensatórias no ativo e passivo da Entidade.
Na aula anterior afirmamos que a Contabilidade é uma Ciência e que tem seus ramos,
sendo os principais a contabilidade societária e a aplicada ao setor público. Esses ramos da
Ciência possuem algumas características que lhes são próprias e uma delas diz respeito ao
ingresso de recursos no caixa das Entidades. Outra é a saída de recursos, vamos esquematizar
esse trem todo? Bora!

Contabilidade Aplicada ao Setor


Contabilidade Societária
Público

Nem todo ingresso de recurso Todo ingresso de recurso faz parte


faz parte do patrimônio da do patrimônio da Entidade.
Entidade
Todo dispêndio representa Nem todo desembolso é uma
despesa pública – orçamentária despesa.
ou extraorçamentária.

Devemos ficar atentos com as peculiaridades e diferenças que existem entre a CASP e a Con-
tabilidade Societária, pois após o processo de convergência e as respectivas Estruturas Con-
ceituais podemos perceber que existem muitas similaridades nos conceitos. O que impediria,
por exemplo, que a banca colocasse um conceito da CASP como sendo da Contabilidade So-
cietária ou vice e versa. Fiquemos atentos!

2. Elementos Patrimoniais
O Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP) afirma que ao avaliar se um
item se enquadra na definição de ativo, passivo ou patrimônio líquido, deve-se atentar para a
sua essência e realidade econômica e não apenas sua forma legal.
A Estrutura Conceitual especifica os elementos das demonstrações contábeis aplicadas
ao setor público e os define como sendo:
a. Ativo;
b. Passivo;
c. Receita (Variação Patrimonial Aumentativa)
d. Despesa (Variação Patrimonial Diminutiva)
e. Contribuição dos proprietários; e
f. Distribuição aos proprietários.
Veja que interessante, parceiro(a), temos uma diferenciação entre a nossa CASP e contabi-
lidade societária, percebeu? Vamos esquematizar tudão?

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Viu que interessante? De acordo com a estrutura conceitual (NBC TSP) o patrimônio líquido
não faz parte dos elementos das demonstrações contábeis. Fiquemos atentos!

2.1. Ativo
Ativo é um recurso controlado pela Entidade, resultado de um evento passado. Nessa pri-
meira frase já aparece uma novidade resultante do processo de convergência das normas
contábeis brasileiras às normas internacionais.

Professor, pode eliminar o contabiliquês?

Ok, vamos lá! Antes do processo de convergência, o conceito de ativo era voltado exclusi-
vamente para a propriedade, mas isso mudou. Atualmente o conceito de Ativo está ligado ao
controle e a Entidade detém o controle do Ativo quando ela assume os riscos e benefícios de
controlar determinado Ativo.
Um exemplo dessa situação e que no passado recebia muitas críticas de especialistas é o
caso do leasing financeiro. Antes do processo de convergência um veículo adquirido através
de leasing não era registrado no Ativo das Entidades, os pagamentos mensais eram contabi-

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lizados como despesas. A premissa era que, pelo fato de o veículo não pertencer à Entidade,
mas à Instituição Financeira, não o reconhecia.
A crítica dos especialistas era no sentido de que esse tratamento contábil permitia às Enti-
dades financiar suas atividades sem que isso ficasse demonstrado satisfatoriamente no Pas-
sivo (havia uma subavaliação). Após o processo de convergência, caiu por terra o conceito de
propriedade para determinação de um Ativo, passou-se a adotar o conceito de controle e, no
caso tratado, não temos mais subavaliação do Passivo. O resultado dessa operação de leasing
é reconhecido no Ativo (Imobilizado) e, também, no Passivo (como obrigação). E agora os es-
pecialistas estão loucos por não poder mais criticar.
O ativo é um dos 06 (seis) elementos dos Relatórios Contábeis de Propósitos Gerais
(RCPGs) tratados pela Estrutura Conceitual. Atualmente existem dois tipos de classificação
de ativos:
• Classificação de Ativos de acordo com o MCASP 8ª Edição; e
• Classificação de Ativos de acordo com a Lei n. 4.320/1964.

2.1.1 Classificação de Ativo de acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional


(MCASP)

De acordo com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, os ativos devem ser
classificados como circulante quando satisfizerem a um dos seguintes critérios:
• Estiverem disponíveis para realização imediata; ou
• Tiverem a expectativa de realização em até doze meses após a data das demonstrações
contábeis.

Os demais ativos devem ser classificados como não circulantes. Dessa forma, podemos
concluir que o critério adotado pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) é a conversibilidade.

Ih, professor! O que significa critério de conversibilidade?

Vou deixar isso tudo justo e perfeito. Seguinte, quando a ciência da contabilidade fala em
critério de conversibilidade ela se refere ao tempo em que determinado ativo leva para se tor-
nar dinheiro. Isso mesmo! Simples, né? Quando você estudou a Contabilidade Societária viu
que isso seja grau de liquidez, que é a medida adotada para classificação dos itens do Ativo.
Os itens do ativo que apresentam maior conversibilidade ou grau de liquidez, por ordem,
são: o caixa (que já é dinheiro), os equivalentes de caixa (aplicações financeiras de resgate
automático), os créditos a receber, estoques, ativo realizável a longo prazo, investimentos, imo-
bilizado e intangível.

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2.1.2. Classificação de Ativo de acordo com a Lei n. 4.320/1964

De acordo com o artigo 105, § 1º, da Lei n. 4.320/1964, o ativo é segregado em financeiro
e permanente. A classificação do ativo nos termos legais tem ligação com a necessidade ou
não de uma autorização legislativa. Vamos ver como é essa classificação?

Componente Conceito

Compreende os créditos e valores realizáveis


Ativo independentemente de autorização orçamentária e os
Financeiro valores numerários.

Compreende os bens, créditos e valores, cuja


Ativo mobilização ou alienação dependa de autorização
Permanente legislativa.

O padrão de conversibilidade que é adotado pelo Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor


Público (MCASP) não é adotado pela Lei n. 4.320/1964, que considera o critério de autorização
legislativa.

2.1.3. Ativo de Acordo com a NBC TSP - Estrutura Conceitual

No processo de convergência das normas brasileiras às normas internacionais o Conselho


Federal de Contabilidade trabalhou no sentido de tornar as normas tupiniquins alinhadas às
internacionais e o documento base para isso é a NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL – Estru-
tura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Informação Contábil de Propósito Geral pelas
Entidades do Setor Público.
Essa norma cuidou de tratar diversos conceitos e ela é extremamente importante para o
nosso mundo. Por quê? Oras, ela tem sido item presente em todos os editais de concursos
que exijam conhecimentos de contabilidade aplicada ao setor público. Então, se ela é matéria
garantida, vamos estudá-la com força e vigor! De agora em diante, quando nos referirmos à
NBC TSP Estrutura Conceitual, falaremos somente Estrutura Conceitual, para evitar a repeti-
ção, combinado, querido (a) aluno (a)?
A Estrutura Conceitual define ativo como é um recurso controlado no presente pela enti-
dade como resultado de evento passado. A NBC TSP afirma que a Entidade deve ter o controle
do Ativo e assim especifica as características:

A entidade deve ter o controle do recurso. O controle do recurso envolve a capacidade da entidade
em utilizar o recurso (ou controlar terceiros na sua utilização) de modo que haja a geração do poten-

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cial de serviços ou dos benefícios econômicos originados do recurso para o cumprimento dos seus
objetivos de prestação de serviços, entre outros.
Para avaliar se a entidade controla o recurso no presente, deve ser observada a existência dos
seguintes indicadores de controle:
a. propriedade legal;
b. acesso ao recurso ou a capacidade de negar ou restringir o acesso a esses;
c. meios que assegurem que o recurso seja utilizado para alcançar os seus objetivos; ou
d. a existência de direito legítimo ao potencial de serviços ou à capacidade para gerar os benefícios
econômicos advindos do recurso.
Embora esses indicadores não sejam determinantes conclusivos acerca da existência do controle,
sua identificação e análise podem subsidiar essa decisão.

Esses indicadores de controle de recurso no presente já foram objeto de questionamento


de bancas de concursos, então estude!

Professor, o que vem a ser um recurso?

Ótimo questionamento. De acordo com nossa norma, o recurso é um item com potencial de
serviços ou com a capacidade de gerar benefícios econômicos. Ainda de acordo com a Estru-
tura Conceitual, a forma física não é uma condição necessária para que se tenha um recurso.

Ah, peraí, professor, pode explicar esse lance direito?

Claro! Um exemplo de recursos que não tem forma física e tem potencial de serviços são
os softwares. Apesar de prescindirem da forma física, apresentam potencial de serviços, tais
como aqueles que são instalados nos computadores de um posto de saúde, que permite o
agendamento de consultas médicas.

2.1.3.1. Potencial de Serviços

Outro aspecto relevante é que o potencial de serviços ou a capacidade de gerar benefícios


econômicos podem surgir diretamente do próprio recurso ou dos direitos de sua utilização. Um
potencial de serviços surge diretamente do próprio recurso quando ele detém resultados por si
só, tal como foi o exemplo do software.
O potencial de serviços decorrerá de direitos de sua utilização quando a Entidade detiver o
direito de explorar determinado ativo, tais como parques, jazidas ou patentes de pesquisas, em
que usuários deverão pagar para usar. Alguns recursos incluem os direitos da entidade a uma
série de benefícios, inclusive, por exemplo, o direito a:
• Utilizar o recurso para a prestação de serviços (inclusive bens);

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• Utilizar os recursos de terceiros para prestar serviços como, por exemplo, arrendamento
mercantil;
• Converter o recurso em caixa por meio da sua alienação;
• Beneficiar-se da valorização do recurso; ou
• Receber fluxos de caixa.

O potencial de serviços possui uma importância essencial para a Entidade, pois é ele que
contribuirá para que essa Entidade alcance seus objetivos e, no setor público, esse alcance
pode ser atingido sem que se tenha, necessariamente, entradas de caixa.
A Estrutura Conceitual cuidou de trazer alguns exemplos de ativos e fazer sua correlação
com potencial de serviços, tais como:

5.9. Os ativos do setor público que ensejam potencial de serviços podem ser representados pelos
ativos de recreação, do patrimônio cultural, comunitários, de defesa nacional e outros que sejam
mantidos pelos governos e outras entidades do setor público e que sejam utilizados para a pres-
tação de serviços a terceiros. Tais serviços podem ser para consumo coletivo ou individual. Vários
serviços podem ser fornecidos em áreas onde não haja concorrência de mercado ou concorrência
limitada de mercado. A utilização e a alienação de tais ativos podem ser restritas, já que muitos
ativos que ensejam potencial de serviços são especializados por natureza.

Perceba que a Estrutura Conceitual deu relativa importância ao conceito de potencial de


serviço e, se as próprias normas reforçam essa importância, é um indicador de que também
devemos nos manter atentos ao conceito e tê-lo sempre na ponta da língua para marcar cor-
retamente nossas questões.

2.1.3.2. Benefícios Econômicos

Benefícios econômicos correspondem a entradas de caixas ou reduções nas saídas de


caixa e ambas podem derivar, por exemplo da:
• da utilização do ativo na produção e na venda de serviços; ou
• da troca direta do ativo por caixa ou por outros recursos.

Professor, como é que um benefício econômico pode ser percebido quando tivermos uma
redução de saídas de caixa?

Você perceberá um benefício econômico por redução de saídas de caixas quando iden-
tificar que determinado item gerou redução de custos de operação. Quer um exemplo? Atu-
almente nós temos processos administrativos eletrônicos, certo? É o chamado e-Gov e esse
recurso possui implícito um benefício econômico pela redução de saídas de caixa. Quando os
governos possuíam apenas os processos físicos eles tinham custos com protocolos, transpor-

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tes, armazenagem, arquivamento etc. Muitos desses custos operacionais deixaram de existir a
partir do momento que adotaram os processos eletrônicos. Então nós podemos ver na prática
um benefício econômico gerado pela redução de saídas de caixa.
Quando a Estrutura Conceitual fala em benefício econômico pela “utilização do ativo para
produção e na venda de serviços” ela se refere a, por exemplo, quando a estrutura administra-
tiva do Estado para melhoria das condições de saúde ou segurança da sociedade. É o caso,
por exemplo, quando a Marinha utiliza seus ativos para transportar equipes médicas para vaci-
nação de pessoas em locais ermos; ou ainda, quando a própria Marinha realiza operações nas
divisas do País para coibir atividades indevidas.
Por outro lado, ao afirmar que o benefício econômico será observado pela troca direta do
ativo por caixa ou por outros recursos, nada mais é do que receber dinheiro pela venda de
determinado item que pertença ao patrimônio público ou ainda pela simples troca de um item
por outro.

2.1.3.3. Recurso Controlado

A Estrutura Conceitual define ativo como um recurso controlado e essa abordagem nós já
trouxemos nas linhas anteriores quando citamos o exemplo do leasing, lembra? Se não lembra,
volta lá. Contudo, existem mais detalhes nos itens 5.11 e 5.12 da norma, veja:

5.11. A entidade deve ter o controle do recurso. O controle do recurso envolve a capacidade da enti-
dade em utilizar o recurso (ou controlar terceiros na sua utilização) de modo que haja a geração do
potencial de serviços ou dos benefícios econômicos originados do recurso para o cumprimento dos
seus objetivos de prestação de serviços, entre outros.
5.12. Para avaliar se a entidade controla o recurso no presente, deve ser observada a existência dos
seguintes indicadores de controle:
a. propriedade legal;
b. acesso ao recurso ou a capacidade de negar ou restringir o acesso a esses;
c. meios que assegurem que o recurso seja utilizado para alcançar os seus objetivos; ou
d. a existência de direito legítimo ao potencial de serviços ou à capacidade para gerar os benefícios
econômicos advindos do recurso.
Embora esses indicadores não sejam determinantes conclusivos acerca da existência do controle,
sua identificação e análise podem subsidiar essa decisão.

Quando a Estrutura Conceitual enfatiza o controle do recurso ela não diminui ou elimina a
importância da propriedade, pois:

5.12A. A propriedade legal do recurso, tal como terreno ou equipamento, é um dos métodos para se
verificar o potencial de serviços ou os benefícios econômicos de um ativo. No entanto, os direitos
ao potencial de serviços ou à capacidade de gerar benefícios econômicos podem existir sem que se
verifique a propriedade legal do recurso. Por exemplo, os direitos ao potencial de serviços ou à ca-
pacidade de gerar benefícios econômicos por meio da manutenção e utilização de item patrimonial

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arrendado são verificados sem que haja a propriedade legal do próprio item arrendado. Portanto, a
propriedade legal do recurso não é uma característica essencial de um ativo. No entanto, a proprie-
dade legal é um indicador de controle.

A norma detalha que a propriedade é um indicador de controle de determinado ativo, afinal


de contas, quem é dono controla, certo? Mas isso não é tudo para que se fique caracterizado
um ativo, podemos não ser os efetivos donos e possuir a capacidade de potencial de serviços?
Quer um exemplo do que estou vendo agora?

Fonte: dispositivo móvel.

Essa foto eu tirei durante trabalho de auditoria de operações portuárias que estamos rea-
lizando. Nos aspectos legais essa área pertence à União, mas ela foi cedida ao Estado do Rio
Grande do Sul. Viu que interessante? Embora a propriedade seja da União, quem detém o po-
tencial de serviços pelo controle, quem explora, é o Estado. É disso que a Estrutura Conceitual
está falando.

2.1.3.4. Evento Passado

Um dos principais critérios do Ativo é que ele tenha surgido como resultado de evento
passado. Antes de entrarmos nos aspectos da norma, imagine uma situação. A Entidade re-
aliza uma pesquisa de mercado para definir, por exemplo, um preço-base para seu processo
licitatório para aquisição de um veículo. O veículo é um ativo e a Entidade declarou interesse
em adquirir um. Nesse caso, podemos considerar esse interesse no veículo como ativo? Sem

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sombras de dúvidas, não! Apenas o interesse em adquirir um bem no futuro não dará origem a
um ativo. Ele somente será reconhecido após a sua aquisição; por isso usa-se o termo evento
passado, pois a compra já terá ocorrido quando o veículo for reconhecido contabilmente. Ago-
ra vamos ao conceito de evento passado de acordo com a Estrutura Conceitual:

A definição de ativo exige que o recurso controlado pela entidade no presente tenha surgido de
transação ou outro evento passado. Podem existir diversas transações passadas ou outros eventos
que resultem no ganho do controle do recurso pela entidade e, por conseguinte, o caracterize como
ativo. As entidades podem obter ativos por intermédio da sua compra em transação com contra-
prestação, bem como pelo seu desenvolvimento. Os ativos também podem surgir de transações
sem contraprestação, inclusive por meio do exercício dos direitos soberanos. O poder de tributar ou
emitir licenças, acessar, restringir ou negar acesso aos benefícios oriundos de recursos intangíveis
como, por exemplo, o espectro eletromagnético (bandas de frequência de transmissões de teleco-
municações), são exemplos dos poderes específicos do setor público e dos direitos que podem dar
origem a ativos. Ao se avaliar o surgimento do direito de controle de recursos, os seguintes eventos
devem ser considerados:
(a) a capacidade geral para exercer o poder;
(b) a constituição de poder por meio de lei, estatuto ou instrumento congênere;
(c) o exercício do poder de criar um direito; e
(d) o evento que dá origem ao direito de receber recursos de terceiros. O ativo surge quando o poder
for exercido e os direitos de receber recursos existirem.

Pronto, passamos o rodo nos conceitos do Ativo e agora vamos fazer aqueles esquemas
gráficos maneiros que serão usados por você para a hora da revisão pré prova, combinado?

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Agora podemos ver como é essa conceituação pela Estrutura Conceitual, certo? Mas an-
tes, vamos abordar um aspecto interessante. Você já reparou em como os conceitos de conta-
bilidade aplicada ao setor público e os de contabilidade societária estão parecidos? Eu sempre
imaginei os examinadores de bancas de concursos como aqueles caras ranzinzas que andam
pela rua chutando pombos, estourando balões de crianças e criando as questões mais maldo-
sas que se possa imaginar. Com esses conceitos próximos na aparência entre nossa CASP e a
nossa Contabilidade Societária eles terão um campo fértil para maldades, né?
Deixo aqui um mapa mental sobre o assunto, para facilitar o otimizar a revisão:

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001. (CESPE/SECRETARIA DE FAZENDA DO DISTRITO FEDERAL - DF/AUDITOR-FISCAL DA


RECEITA DO DISTRITO FEDERAL/2020) Para que uma entidade do setor público seja capaz
de acessar o potencial de serviços associado a um recurso, é necessário que essa entidade
obtenha direitos jurídicos sobre ele.

Muito bem, com base no que nós estudamos até podemos afirmar com segurança que o enun-
ciado está incorreto, afinal de contas A entidade pode ser capaz de acessar o potencial de
serviços ou a capacidade de gerar benefícios econômicos associados ao recurso independen-
temente da obtenção de direitos jurídicos. Assim sendo, o gabarito dado pela banca foi errado.
Errado.

2.2. Passivo
O passivo é uma obrigação presente, derivada de evento passado, cuja extinção deva re-
sultar na saída de recursos da entidade. O passivo é um dos 06 (seis) elementos patrimoniais
presentes nos RCPGs e definidos pela Estrutura Conceitual. Assim como o ativo, passivo pos-

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sui critérios de segregação pelo MCASP e, também pela Lei n. 4.320/1964. A NBC TSP não
apresenta nenhum tipo de segregação para o passivo.

2.2.1. Classificação de Passivo de acordo com a Secretaria do Tesouro Na-


cional (MCASP)

De acordo com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público o passivo deve ser
reconhecido como circulante quando a obrigação dele decorrente for exigível até doze meses
após a data das demonstrações contábeis. Todos os demais passivos devem ser considera-
dos como não circulantes. Logo:
Publicação Limite
31/12/2019
31/12/2018

Passivo Circulante Passivo não Circulante

Do esquema gráfico acima podemos visualizar a linha do tempo que vai segregar o passivo
circulante e o não circulante, pois quando tivermos demonstrações contábeis publicadas em
31/12/2018, todos as obrigações vencíveis até 31/12/2019 serão classificadas no circulante.
Todas as demais constarão no passivo não circulante.
Conclui-se, portanto, que o passivo é segregado pela STN de acordo com o seu grau de
exigibilidade. Fiquemos ligados nisso!

2.2.2. Classificação do Passivo de acordo com a Lei n. 4.320/1964

Segundo a Lei n. 4.320/1964 o passivo é classificado em financeiro e permanente, pois:

Componente Conceito

Passivo Compreende as dívidas fundadas e outros pagamentos


Financeiro que independam de autorização orçamentária

Compreende as dívidas fundadas e outras que


Passivo dependam de autorização legislativa para amortização
Permanente ou resgate.

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2.2.3. Conceitos de dívida De Acordo com a Lei n. 4.320/1964

Quando se trata da Lei n. 4.320 nós temos no Balanço Patrimonial as dívidas passivas do
Poder Público e elas possuem uma classificação apropriada de acordo com suas origens. As
dívidas do governo são segregadas entre dívida flutuante e dívida fundada e compõem o pas-
sivo público, cujas origens podem ser:
• oriundas de execução de despesas orçamentárias, tais como os restos a pagar proces-
sados, pessoal a pagar, encargos sociais a recolher etc.;
• oriundas da execução da receita orçamentária, tais como as decorrentes de obrigações
a pagar por receita de operações de créditos, que são os empréstimos a pagar, os finan-
ciamentos a pagar etc.; e
• oriundas de operações extraorçamentárias, como são os depósitos, os débitos de te-
souraria e as dívidas decorrentes de passivos contingentes, além de outras.

Professor, percebi que existem dívidas fundadas que podem ficar tanto no curto prazo
como longo prazo, você vai detalhar esse trem todo ai, né?

Claro que sim, então vamos falar especificamente sobre a dívida fundada para não resta-
rem dúvidas, combinado?

2.2.3.1. Dívida Fundada

A dívida fundada tem sua previsão no art. 98 da Lei n. 4.320/1964 e nesse artigo encontra-
mos o seu conceito:

Art. 98. A divida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a doze meses,
contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou a financeiro de obras e serviços públicos.
(Veto rejeitado no D.O. 05/05/1964)
Parágrafo único. A dívida fundada será escriturada com individuação e especificações que permi-
tam verificar, a qualquer momento, a posição dos empréstimos, bem como os respectivos serviços
de amortização e juros.

Por esse conceito nós temos exigibilidades superiores a doze meses e assim vencemos
metade do conceito. Agora vamos ver o restante, que também possui previsão em lei. Quem
dita as normas agora é a Lei de Responsabilidade Fiscal e por ela, a conceituação é mais
abrangente, pois seu artigo 29 fixa os seguintes termos:

Art. 29. Para os efeitos desta Lei Complementar, são adotadas as seguintes definições:
I – dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações
financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e
da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses;

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Professor até agora todas as leis definem a dívida fundada como sendo obrigação com
pagamento superior a 12 meses, não estou entendo nada, não. É isso mesmo?

Calma! Agora nós vamos chegar onde você deseja, veja. No mesmo artigo 29 da Lei de
Responsabilidade Fiscal nós temos no inciso V, § 3º a seguinte regra: “também integram a dívi-
da pública consolidada as operações de crédito de prazo inferior a doze meses cujas receitas
tenham constado do orçamento”. Viu só!? Vamos esquematizar isso:

Professor, agora entendi como funciona a dívida fundada. Gostei, mas você citou que
também temos outro tipo de dívida pública, você vai explicar a dívida flutuante, certo?

Ôh, meu filho... Bora ou vamos?

2.2.3.2. Dívida Flutuante

A dívida flutuante encontra conceituação no artigo 92 da Lei n. 4.320/1964 e a ela integrar


as obrigações com:
• restos a pagar;
• serviços da dívida a pagar;
• depósitos; e
• débitos de tesouraria.

A dívida flutuante compreende os compromissos exigíveis, cujo pagamento independa de


autorização orçamentária. Além dos itens previstos na 4.320/1964, temos também as obriga-
ções com papel-moeda ou moeda-fiduciária. Show, né?

2.2.4. Passivo de Acordo com a NBC TSP – Estrutura Conceitual

No processo de convergência das normas brasileiras às normas internacionais o Conselho


Federal de Contabilidade trabalhou no sentido de tornar as normas tupiniquins alinhadas às

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internacionais e o documento base para isso é a NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL – Estru-
tura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Informação Contábil de Propósito Geral pelas
Entidades do Setor Público.
Como a Estrutura Conceitual tem sido matéria presente em editais de concursos, temos que
estudá-la e assim como fizemos com o Ativo, faremos com o Passivo, então vamos trabalhar.
A Estrutura Conceitual define “Passivo” como uma obrigação presente, derivada de evento
passado, cuja extinção deva resultar na saída de recursos da entidade.

2.2.4.1. Obrigação Presente

Quando a estrutura conceitual especifica a obrigação presente ela se refere a uma obriga-
ção que ocorre por força de lei (obrigação legal ou obrigação legalmente vinculada) ou uma
obrigação que não ocorre por força de lei (obrigação não legalmente vinculada), as quais não
possam ser evitadas pela entidade.
Um fator relevante acerca do conceito diz respeito ao momento em que a obrigação do
poder público será considerada como passivo. O desejo em licitar algo, a pesquisa de mercado
dá origem a passivo? A resposta é não. Porque isso não caracteriza uma obrigação – legal ou
legalmente vinculada. Logo, o passivo, a obrigação, somente terá início quando configurar, de
fato, a obrigação legal ou legalmente vinculada.

2.2.4.2. Saída de Recursos da Entidade

As normas brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público definem que um passivo


deve envolver uma saída de recursos da entidade para ser liquidado ou extinto. Esse critério é
condição indispensável para a existência de um passivo no setor público, porque a obrigação
que pode ser liquidada ou extinta sem a saída de recursos da entidade não é um passivo.
Para os fins da estrutura conceitual, os termos “liquidado” ou “liquidação” não se confun-
dem com os termos correspondentes utilizados na execução orçamentária, conforme legisla-
ção brasileira sobre orçamento. Você já estudou os estágios da execução da despesa pública
e viu que a liquidação é o segundo estágio de execução orçamentária.

Professor, sabe aqueles esquemas gráficos malucos que faz, não cabe um aqui?

Para ser bem franco contigo, não estava pensando nisso, não. Mas já que deu a ideia, segue:

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2.2.4.3. Evento Passado

Para que um passivo exista ele tem que atender a uma série de critérios, conforme já ve-
rificamos nas linhas acima, contudo, é necessário o atendimento de mais um critério, pois o
passivo/obrigação deve ser decorrente de um evento passado. A estrutura conceitual define
evento passado como fator indispensável para que se tenha uma obrigação pelo poder público
ao definir que:

Para satisfazer a definição de passivo, é necessário que a obrigação presente surja como resul-
tado de transação ou de outro evento passado e necessite da saída de recursos da entidade para
ser extinta. A complexidade inerente ao setor público faz com que eventos diversos referentes ao
desenvolvimento, implantação e execução de determinado programa ou atividade possam gerar
obrigações. Para fins de elaboração e divulgação da informação contábil, é necessário determinar
se tais compromissos e obrigações, inclusive aqueles que não possam ser evitados pela entidade,
mas que não ocorrem por força de lei (obrigações não legalmente vinculadas), são obrigações pre-
sentes e satisfazem a definição de passivo. Quando a transação tem forma jurídica e é vinculada, tal
como um contrato, o evento passado pode ser identificado de forma inequívoca. Em outros casos,
pode ser mais difícil identificar o evento passado e é necessário fazer uma avaliação de quando a
entidade tem pouca ou nenhuma alternativa realista de evitar a saída de recursos. Ao se fazer tal
avaliação, fatores jurisdicionais devem ser levados em consideração pela entidade.

A estrutura conceitual também trabalha com a necessidade de se identificar os terceiros


pelos quais a administração pública tenha obrigações, pois a obrigação deve estar relacionada
a um terceiro para poder gerar um passivo. Afinal de contas, a administração não pode obrigar
a si mesma, mesmo quando tenha divulgado publicamente a intenção de se comportar de de-
terminado modo.

Entendi professor, então quer dizer que em todo caso, devemos saber a identidade de
terceiros para que possamos ter um passivo?

Nem sempre, viu! Não é essencial saber a identidade dos terceiros antes da época da ex-
tinção do passivo para que a obrigação presente exista. Logo, podemos ter um passivo sem

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termos identificação de um terceiro, contudo, é indispensável que tenhamos a identificação


de terceiros para que possamos extinguir uma obrigação. Afinal de contas, não teremos como
pagar se não soubermos o favorecido, concorda?

002. (CESPE/SECRETARIA DE FAZENDA DO DISTRITO FEDERAL - DF/AUDITOR-FISCAL DA


RECEITA DO DISTRITO FEDERAL/2020) Para que uma obrigação presente exista, é essencial
conhecer a identidade dos terceiros antes da época da extinção do passivo.

Vimos que é dispensado o conhecimento da identidade de terceiros antes da época da extin-


ção do passivo, portanto, não é essencial saber a identidade dos terceiros antes da época da
extinção do passivo para que a obrigação presente exista. Por esse motivo, o gabarito foi dado
como errado pela banca examinadora.
Errado.

Agora, um detalhe realmente importante é que precisamos ter uma indicação que determi-
nada obrigação demandará a saída de recursos para sua liquidação. Muitas obrigações pos-
suem data de vencimento, logo, possuem um prazo para liquidação e isso é considerado pelas
normas brasileiras de contabilidade aplicada ao setor público como um indicativo para a exis-
tência de um passivo, mas atenção!

A falta de um prazo de liquidação não deixa de caracterizar um


passivo.

Ué, professor, o que diz a norma para você concluir isso?

Seguinte, a NBC TSP diz que:

Muitas transações que dão origem à obrigação preveem prazos de liquidação. A existência de pra-
zo de liquidação pode fornecer uma indicação de que a obrigação envolve a saída de recursos e
origina um passivo. Entretanto, existem muitos contratos ou acordos que não preveem prazos para
a liquidação. A ausência de data de liquidação não impede que a obrigação origine um passivo
(Grifamos).

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A parte grifada tem cara de enunciado, não tem?

2.3. Situação Patrimonial Líquida


A situação patrimonial líquida é a diferença entre os ativos e os passivos após a inclusão
de outros recursos e a dedução de outras obrigações para que se possa evidenciar nas de-
monstrações contábeis o patrimônio líquido.

Professor, podemos adaptar a equação fundamental do patrimônio que estudamos no


curso de contabilidade societária?

Claro, vamos ver como ficará? Cabe lembrar que situação líquida é sinônimo de patrimônio
líquido, beleza?

A situação patrimonial líquida ou simplesmente patrimônio líquido é tratado pelo MCASP


da seguinte maneira:

Integram o patrimônio líquido: patrimônio ou capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação
patrimonial, reservas de lucros, demais reservas, ações em tesouraria, resultados acumulados e
outros desdobramentos.
No patrimônio líquido, deve ser evidenciado o resultado do período segregado dos resultados acu-
mulados de períodos anteriores. O resultado patrimonial do período é a diferença entre as variações
patrimoniais aumentativas e diminutivas, apurada na Demonstração das Variações Patrimoniais,
que evidencia o desempenho das entidades do setor público.

Em recente concurso público a banca examinadora IBADE seguiu a mesma linha de defini-
ção adotada pelo MCASP, mas acrescentou que se existir saldo de passivo superior ao saldo
de ativo teremos:

O patrimônio líquido representa o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos
seus passivos. Integram o patrimônio líquido: patrimônio/capital social, reservas de capital, ajustes
de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria, resultados acumulados e outros
desdobramentos do saldo patrimonial. Quando o valor do passivo for maior que o valor do ativo, o
resultado é denominado deficit orçamentário.

O que chamamos de Passivo a descoberto na contabilidade societária, a sua banca exami-


nadora poderá chamar de deficit orçamentário. Atenção.

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Mesmo quando um recurso ou uma obrigação não satisfizer a definição de elemento, eles
precisarão ser reconhecidos nas demonstrações contábeis. Nesses casos, as normas do setor
público podem exigir ou permitir que esses recursos ou obrigações sejam reconhecidos como
outros recursos ou outras obrigações, os quais são itens adicionais aos seis elementos defi-
nidos na estrutura conceitual.
Estruturados estes conceitos, vamos trabalhar com um novo mapa mental:

2.3. Receitas e Despesas


De acordo com a Estrutura Conceitual as receitas correspondem a aumentos na situação
líquida patrimonial da entidade e não são oriundas de contribuições dos proprietários. Por sua
vez, as despesas representam diminuições na situação líquida patrimonial da entidade e não
são oriundas de distribuição aos proprietários.
O importante frisar que existem diferenças nas abordagens utilizadas pelo MCASP e pelas
normas brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público e devemos ficar atentos às pe-
culiaridades, vejamos:

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Estrutura
MCASP
Conceitual

Variação
Receita pelo
Patrimonial
Receitas enfoque
Aumentativa
patrimonial
(VPA)

Despesa Variação
Despesas pelo enfoque Patrimonial
patrimonial Diminutiva (VPD)

Professor dá para conceitual VPA e VPD? Fiquei curioso.

Dá, sim. Na verdade, quem conceitua os termos é o próprio MCASP, olha só:

Considera-se realizada a variação patrimonial aumentativa (VPA):


a. Nas transações com contribuintes e terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou assumi-
rem compromisso firme de efetivá-lo, quer pela ocorrência de um fato gerador de natureza tributária,
investidura na propriedade de bens anteriormente pertencentes à entidade, ou fruição de serviços
por esta prestados; b. Quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o
motivo, sem o desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior; c. Pela geração
natural de novos ativos independentemente da intervenção de terceiros; d. No recebimento efetivo
de doações e subvenções.

Ao tratar das variações patrimoniais diminutivas o MCASP afirma que elas são realiza-
das quando:

Considera-se realizada a variação patrimonial diminutiva (VPD):


a. Quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência de sua propriedade para
terceiro;
b. Diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo;
c. Pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo.

2.3.1. Contribuição dos Proprietários e Distribuição aos Proprietários

Contribuição dos proprietários corresponde a entrada de recursos para a entidade a título


de contribuição de partes externas, que estabelece ou aumenta a participação delas no pa-
trimônio líquido da entidade. Lembra quando você estudou os aumentos de capital social na
contabilidade societária, quando os sócios aportam recursos para aumentar o capital social?
Então, podemos fazer uma analogia com o caso. Aqui é a mesma situação.

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Nesse caso nós uma similaridade entre os dois ramos da ciência da contabilidade porque
ambas não consideram esse ingresso de recursos como receita, mas sim, como contribuição
para o aumento de capital.
Distribuição aos proprietários corresponde a saída de recursos da entidade a título de dis-
tribuição a partes externas, que representa retorno sobre a participação ou a redução dessa
participação no patrimônio líquido da entidade.
Esse é outro caso de similaridade entre os dois ramos da ciência da contabilidade (socie-
tária e aplicada ao setor público), porque as distribuições aos proprietários não correspondem
despesas para nenhum dos dois ramos. A distribuição de recursos aos proprietários pode ser
entendida como o pagamento de dividendos que poderá ocorrer. Um termo bastante utilizado
pela contabilidade societária é remuneração de capital investido, que você estudou. Aqui é o
mesmo caso!
A contribuição dos proprietários pode surgir em duas oportunidades: (i) quando da criação
de uma entidade; ou (ii) quando do aporte de capital. Já a distribuição aos proprietários apre-
senta surgimento em situações de maior número. Podemos tê-la nas seguintes situações:
• Retorno sobre os investimentos;
• Retorno total ou parcial de investimentos; ou
• No caso de extinção ou reestruturação da entidade, o retorno de qualquer recurso resi-
dual.

Ufa! Chegamos ao final da nossa parte conceitual dessa primeira aula do curso de Conta-
bilidade Aplicada ao Setor Público. Agora vamos partir para o nosso resumo e depois vamos
exercitar tudo aquilo que vimos, com muitas questões!
Abraços,
Prof. Rodrigo Machado
@contabilidade_total

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RESUMO
Os ingressos de recursos públicos são todas as entradas de recursos nos caixas, recursos
estes que o Estado usará para financiar suas atividades. Estes recursos poderão ser incorpo-
rados ao seu patrimônio ou não.
A despesa pública é o conjunto de dispêndios que são realizados pelo Estado para que
ela possa dar funcionamento e manutenção aos serviços públicos que são prestados à socie-
dade. Os dispêndios, assim como os ingressos, são tipificados em orçamentários e extraor-
çamentários.
Ativo é um recurso controlado pela Entidade, resultado de um evento passado. De acordo
com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, os ativos devem ser classificados
como circulante quando satisfizerem a um dos seguintes critérios:
• Estiverem disponíveis para realização imediata; ou
• Tiverem a expectativa de realização em até doze meses após a data das demonstrações
contábeis.

Os demais ativos devem ser classificados como não circulantes. Dessa forma, podemos
concluir que o critério adotado pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) é a conversibilidade.
De acordo com o artigo 105, § 1º, da Lei n. 4.320/1964, o ativo é segregado em financeiro e
permanente. A classificação do ativo nos termos legais tem ligação com a necessidade ou não
de uma autorização legislativa. Vamos ver como é essa classificação?

Componente Conceito

Compreende os créditos e valores realizáveis


Ativo independentemente de autorização orçamentária e os
Financeiro valores numerários.

Compreende os bens, créditos e valores, cuja


Ativo mobilização ou alienação dependa de autorização
Permanente legislativa.

A Estrutura Conceitual define ativo como é um recurso controlado no presente pela enti-
dade como resultado de evento passado. A NBC TSP afirma que a Entidade deve ter o controle
do Ativo e assim especifica as características:

A entidade deve ter o controle do recurso. O controle do recurso envolve a capacidade da entidade
em utilizar o recurso (ou controlar terceiros na sua utilização) de modo que haja a geração do poten-
cial de serviços ou dos benefícios econômicos originados do recurso para o cumprimento dos seus
objetivos de prestação de serviços, entre outros.

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Para avaliar se a entidade controla o recurso no presente, deve ser observada a existência dos
seguintes indicadores de controle:
a. propriedade legal;
b. acesso ao recurso ou a capacidade de negar ou restringir o acesso a esses;
c. meios que assegurem que o recurso seja utilizado para alcançar os seus objetivos; ou
d. a existência de direito legítimo ao potencial de serviços ou à capacidade para gerar os benefícios
econômicos advindos do recurso.
Embora esses indicadores não sejam determinantes conclusivos acerca da existência do controle,
sua identificação e análise podem subsidiar essa decisão.

O passivo é uma obrigação presente, derivada de evento passado, cuja extinção deva re-
sultar na saída de recursos da entidade. O passivo é um dos 06 (seis) elementos patrimoniais
presentes nos RCPGs e definidos pela Estrutura Conceitual.
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Passivo Circulante Passivo não Circulante

Segundo a Lei n. 4.320/1964 o passivo é classificado em financeiro e permanente, pois:

Componente Conceito

Passivo Compreende as dívidas fundadas e outros pagamentos


Financeiro que independam de autorização orçamentária

Compreende as dívidas fundadas e outras que


Passivo dependam de autorização legislativa para amortização
Permanente ou resgate.

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A dívida flutuante encontra conceituação no artigo 92 da Lei n. 4.320/1964 e a ela integrar


as obrigações com:
• restos a pagar;
• serviços da dívida a pagar;
• depósitos; e
• débitos de tesouraria.

A Estrutura Conceitual define Passivo como uma obrigação presente, derivada de evento
passado, cuja extinção deva resultar na saída de recursos da entidade. Quando a estrutura
conceitual especifica a obrigação presente ela se refere a uma obrigação que ocorre por força
de lei (obrigação legal ou obrigação legalmente vinculada) ou uma obrigação que não ocor-
re por força de lei (obrigação não legalmente vinculada), as quais não possam ser evitadas
pela entidade.
As normas brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público definem que um passivo
deve envolver uma saída de recursos da entidade para ser liquidado ou extinto. Esse critério é
condição indispensável para a existência de um passivo no setor público, porque a obrigação
que pode ser liquidada ou extinta sem a saída de recursos da entidade não é um passivo. A
estrutura conceitual define evento passado como fator indispensável para que se tenha uma
obrigação pelo poder público.
A situação patrimonial líquida é a diferença entre os ativos e os passivos após a inclusão
de outros recursos e a dedução de outras obrigações para que se possa evidenciar nas de-
monstrações contábeis o patrimônio líquido.
De acordo com a Estrutura Conceitual as receitas correspondem a aumentos na situação
líquida patrimonial da entidade e não são oriundas de contribuições dos proprietários. Por
sua vez, as despesas representam diminuições na situação líquida patrimonial da entidade e
não são oriundas de distribuição aos proprietários.
O importante frisar que existem diferenças nas abordagens utilizadas pelo MCASP e pelas
normas brasileiras de contabilidade aplicadas ao setor público e devemos ficar atentos às pe-
culiaridades, vejamos:

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Estrutura
MCASP
Conceitual

Variação
Receita pelo
Patrimonial
Receitas enfoque
Aumentativa
patrimonial
(VPA)

Despesa Variação
Despesas pelo enfoque Patrimonial
patrimonial Diminutiva (VPD)

Contribuição dos proprietários corresponde a entrada de recursos para a entidade a título


de contribuição de partes externas, que estabelece ou aumenta a participação delas no pa-
trimônio líquido da entidade. Lembra quando você estudou os aumentos de capital social na
contabilidade societária, quando os sócios aportam recursos para aumentar o capital social?
Então, podemos fazer uma analogia com o caso. Aqui é a mesma situação.
Distribuição aos proprietários corresponde a saída de recursos da entidade a título de dis-
tribuição a partes externas, que representa retorno sobre a participação ou a redução dessa
participação no patrimônio líquido da entidade.
São elementos das demonstrações contábeis aplicadas ao setor público o ativo, o passivo,
a receita, a despesa, a contribuição dos proprietários e a distribuição aos proprietários.
A classificação dos elementos patrimoniais considera a segregação em circulante e não
circulante, com base nos atributos relacionados a conversibilidade (ativos) e exigibilidade
(passivos).
Para que sejam reconhecidos como ativo no setor público os recursos precisam ser resul-
tado de eventos passados. Entende-se por recursos controlados os ativos em que a entidade
detém o controle, os riscos e os benefícios deles decorrentes, ainda que não tenha o direito
de propriedade. Ativos são recursos dos quais se espera que resultem benefícios econômicos
futuros ou potenciais de serviços para a entidade.
No setor público, o passivo permanente distingue-se do passivo financeiro por depender de
autorização orçamentária para amortização ou para pagamento.
O total de recursos controlados por uma entidade que sejam resultado de eventos passa-
dos, cujo prazo estimado para a realização ultrapasse o término do exercício seguinte, e dos
quais se espera que resultem benefícios econômicos futuros, é classificado como ativo não
circulante.

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Composição do Patrimônio Público

MAPAS MENTAIS

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Composição do Patrimônio Público

QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CESPE/ABIN/AGENTE TÉC. INTELIGÊNCIA/2010/ADAPTADA) Julgue o item a seguir:
são elementos das Demonstrações Contábeis de Propósito Geral: ativo e passivo.

A Estrutura Conceitual especifica os elementos das demonstrações contábeis aplicadas ao


setor público e os define como sendo:
a) Ativo;
b) Passivo;
c) Receita (Variação Patrimonial Aumentativa)
d) Despesa (Variação Patrimonial Diminutiva)
e) Contribuição dos proprietários; e
f. Distribuição aos proprietários.
É importante atentarmos para os conceitos que temos na CASP e na contabilidade societária,
porque estão cada vez mais próximos e isso pode ser campo fértil para os examinadores cria-
rem cascas de banana para confundir os candidatos, certo? Então ver através de um esquema
gráfico quais são os elementos das demonstrações contábeis nos dois ramos:

Certo.

002. (FCC/TRF 2ª/ANALISTA/2012/ADAPTADA) Consideram-se recursos controlados pelo


ente público somente os ativos de sua propriedade.

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De acordo com nossa norma, o recurso é um item com potencial de serviços ou com a capa-
cidade de gerar benefícios econômicos. No processo de convergência das normas contábeis
brasileiras às normas internacionais nós tivemos uma série de evoluções conceituais e práti-
cas e, uma delas diz respeito ao conceito de ativo e seu respectivo potencial de serviços e a
sua respectiva propriedade. Antes do processo de convergência era muito forte o atributo de
propriedade para que um ativo fosse reconhecido ou não pelas entidades, somente os ativos
de propriedade das entidades eram reconhecidos, mas isso mudou e atualmente o atributo é
o controle. Então mesmo quando um ativo não pertença à Entidade, se ela obtiver o seu con-
trole, ele será tratado como ativo; e deter o controle significa transferir à Entidade os riscos e
benefícios atribuídos ao determinado ativo. Atenção, viu! Isso é muito cobrado em provas. Por
esse motivo, gabarito incorreto.
Errado.

003. (ESAF/MDIC/ANALISTA/2012/ADAPTADA) Segundo o Manual de Contabilidade Apli-


cada ao Setor Público, a classificação de ativo deve observar a segregação em circulante e não
circulante com base nos atributos de conversibilidade.

De acordo com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, os ativos devem ser clas-
sificados como circulante quando satisfizerem a um dos seguintes critérios:
• Estiverem disponíveis para realização imediata; ou
• Tiverem a expectativa de realização em até doze meses após a data das demonstrações
contábeis.
Os demais ativos devem ser classificados como não circulantes. Dessa forma, podemos con-
cluir que o critério adotado pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) é a conversibilidade.
Certo.

004. (FGV/TJ-BA/ANALISTA/2015/ADAPTADA) A classificação dos elementos patrimoniais


considera a segregação em circulante e não circulante, com base nos atributos relacionados a:
a) Fase do ciclo operacional
b) Conversibilidade e exigibilidade
c) Dependência de autorização legislativa
d) Independência de autorização legislativa
e) Materialidade e tangibilidade

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Como nós vimos, a segregação dos elementos das demonstrações é realizada em circulante
e não circulante. Temos Ativo Circulante e, também, Ativo Não Circulante. Assim como temos
Passivo Circulante e Não Circulante. Os atributos utilizados para a separação entre circulante
e não circulante é detalhada a seguir na tabela:
ATIVO PASSIVO

Ativo Passivo
Atributo Atributo
Circulante Circulante

Estiverem
o passivo deve
disponíveis
ser reconhecido
para realização
como circulante
imediata;
quando a
ou
obrigação dele
Tiverem a
decorrente
expectativa de
for exigível até
realização em
doze meses
GRAU DE até doze meses GRAU DE
após a data das
CONVERSIBILIDADE após a data das EXIGIBILIDADE
demonstrações
demonstrações
contábeis
contábeis.

Ativo Passivo
Não Atributo Não Atributo
Circulante Circulante

Todos os
Todos os
demais passivos
demais ativos
devem ser
que não se
considerados
enquadrem no
como não
Circulante
circulantes.

Nas laterais desse Balanço Patrimonial ilustrativo nós temos os graus aplicados ao Ativo e
ao Passivo.
O grau de conversibilidade do Ativo significa dizer que nele, as contas com menor tempo de
conversão em recursos financeiros/dinheiro, serão classificadas na parte superior da demons-
tração contábil – normalmente, caixa, por já ser dinheiro em si.
Já em relação ao Passivo, o grau de exigibilidade é dizer que as contas que constarão na parte
superior do Balanço serão aquelas que apresentarão menor prazo de vencimento.
Letra b.

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005. (CESPE/MPU/CARGO 08/2013/ADAPTADA) Julgue o item a seguir:


De acordo com a estrutura conceitual aplicada à contabilidade aplicada ao setor público, os
elementos patrimoniais são segregados no grupos circulante, realizável a longo prazo, inves-
timentos, imobilizado e diferido, todos eles com base nos atributos de exigibilidade e conver-
sibilidade.

Este enunciado tem uma série de erros. Esse é daqueles que a banca não queria que ninguém
errasse. Os elementos patrimoniais são segregados em circulante e não circulante. No Ativo
nós temos os atributos de conversibilidade e no Passivo, exigibilidade. Gabarito é errado.
Errado.

006. (FCC/TCE-PI/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/2014/ADAPTADA) Julgue o


item a seguir:
De acordo com a estrutura conceitual aplicada ao setor público, a classificação dos elementos
patrimoniais considera a segregação em circulante e não circulante, com base nos atributos
da conversibilidade e rentabilidade.

Essa foi para pegar quem estava apressado e formou opinião antes mesmo de concluir a leitu-
ra. O enunciado caminhava bem até a última palavra, pois os atributos são conversibilidade e
exigibilidade e não rentabilidade.
Errado.

007. (CESPE/TRE-MT/ANALISTA JUDICIÁRIO/2015/ADAPTADA) Julgue o item a seguir:


“para que sejam reconhecidos como ativo no setor público os recursos não precisam ser resul-
tado de eventos passados”.

De acordo com a Estrutura Conceitual define ativo como é um recurso controlado no presente
pela entidade como resultado de evento passado.

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Errado.

008. (CESPE/TRE-MT/ANALISTA JUDICIÁRIO/2015/ADAPTADA) Julgue o item a seguir:


“os passivos quando correspondem a valores exigíveis em até doze meses após a data das
demonstrações contábeis, devem ser classificados no grupo não circulante”.

É exatamente o contrário, os passivos que corresponderem a valores exigíveis após doze me-
ses da data das demonstrações contábeis deverão ser classificados no passivo não circulante.

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Errado.

009. (CESPE/TRE-MT/ANALISTA JUDICIÁRIO/2015/ADAPTADA) Julgue o item a seguir:


“entende-se por recursos controlados os ativos em que a entidade detém o controle, os riscos
e os benefícios deles decorrentes, ainda que não tenha o direito de propriedade”.

Perfeito! Esse é o conceito de Ativo e com o detalhe acerca da característica propriedade,


pois apesar dela indicar o controle, não é indispensável para que o Ativo seja reconhecido
atualmente.
Certo.

010. (FCC/TRE-SP/ANALISTA JUDICIÁRIO/2016) No Balanço Patrimonial, do exercício de


2016, de determinada entidade do setor público, o ativo e passivo circulante somavam, respec-
tivamente, R$ 247.500.000 e 189.680.000. Segundo as Normas de Contabilidade Aplicada ao
Setor Público, classificam-se, respectivamente, como ativo e passivo circulante, quando satis-
fizerem um dos seguintes critérios:

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a) estiverem disponíveis para realização imediata; e corresponderem a valores exigíveis até


dezoito meses da data das demonstrações contábeis.
b) estiverem disponíveis para realização imediata; e corresponderem a valores exigíveis − até
doze meses da data de divulgação das demonstrações contábeis.
c) tiverem a expectativa de realização; e corresponderem a valores exigíveis − até dezoito me-
ses do encerramento do exercício.
d) tiverem a expectativa de realização; e corresponderem a valores exigíveis − até doze meses
da data das demonstrações contábeis.
e) tiverem a expectativa de realização; e corresponderem a valores exigíveis − até doze meses
do encerramento do exercício.

Vamos ver novamente nosso Balanço Patrimonial ilustrativo?

ATIVO PASSIVO

Ativo
Atributo Passivo Atributo
Circulante

Estiverem
o passivo deve
disponíveis
ser reconhecido
para realização
como circulante
imediata;
quando a
ou
obrigação dele
Tiverem a
decorrente
expectativa de
for exigível até
realização em
GRAU DE doze meses GRAU DE
até doze meses
CONVERSIBILIDADE após a data das EXIGIBILIDADE
após a data das
demonstrações
demonstrações
contábeis
contábeis.

Ativo
Passivo
Não Atributo Atributo
Não
Circulante

Todos os Todos os demais


demais ativos passivos devem
que não se ser considerados
enquadrem no como não
Circulante circulantes.
Letra b.

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011. (CONSULPLAN/TRF-2ª/ANALISTA JUDICIÁRIO/CONTADORIA/2017) “No momento de re-


conhecer suas dívidas nas demonstrações contábeis, a prefeitura de uma cidade do interior
ficou na dúvida de onde reconhecer as dívidas com pagamentos que independam de autoriza-
ção orçamentária”.
Segundo a Lei n. 4.320/1964, o gasto citado deverá ser reconhecido como:
a) Ativo financeiro.
b) Passivo financeiro.
c) Ativo permanente.
d) Passivo permanente.

Segundo a Lei n. 4.320/1964 o passivo é classificado em financeiro e permanente, pois:

Componente Conceito

Passivo Compreende as dívidas fundadas e outros pagamentos


Financeiro que independam de autorização orçamentária

Compreende as dívidas fundadas e outras que


Passivo dependam de autorização legislativa para amortização
Permanente ou resgate.

Logo, se são valores que independem de autorização orçamentária para pagamento, deverão
ser classificados no Passivo Financeiro.

Letra b.

012. (FCC/TRE-SP/ANALISTA JUDICIÁRIO-CONTABILIDADE/2017) O Estado de Alvorada


do Sul, com o fim de realizar obras de pavimentação de rodovias no interior do Estado obte-
ve empréstimos com vencimento a longo prazo, no valor de R$ 294.500.000. O empréstimo
obtido, segundo o Plano de Contas Aplicado ao Setor Público, no Balanço Patrimonial, será
classificado como
a) Dívida ativa de longo prazo
b) Dívida flutuante
c) Obras e instalações
d) Receita de capital
e) Passivo não circulante

A questão tenta ludibriar o candidato com as opções de resposta. Vamos a cada uma delas,
mas antes vamos entender a operação. O referido Estado obteve um empréstimo para paga-

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mento no longo prazo, portanto, ela tem uma obrigação e isso nos remete ao entendimento
que essa operação será registrada no Passivo.
A opção “a” fala em dívida ativa de longo prazo e isso não é conta do Passivo, mas sim, do
Ativo, a dívida ativa é um valor a receber pelo Estado, portanto, esse registro não satisfaz aos
critérios para a contabilização de uma operação de empréstimo.
A opção “b” fala em registro contábil como Dívida Flutuante, ou seja, de acordo indica que, se-
gundo a Lei n. 4.320/1964 esse contrato de empréstimo deve ser contabilizado no curto prazo,
mas isso está errado, por o enunciado afirma que ele é de pagamento no longo prazo.
A opção “c” fala em registro como “obras e instalações” e essa rubrica pertence ao Ativo,
logo, não satisfaz às necessidades de contabilização de uma operação de empréstimo de
longo prazo.
A opção “d” cita que essa obrigação será contabilizada como receita de capital. Embora os
empréstimos sejam caracterizados como receita de capital – estudamos isso em orçamento
público -, não é o registro adequado para a operação de empréstimo, mas sim, sua contrapar-
tida. Fiquemos ligados!
Por fim, nós temos o nosso gabarito na letra E, pois uma operação de empréstimos de longo
prazo criará para o Estado uma obrigação e seu reconhecimento contábil será realizado no
passivo não circulante
Letra e.

013. (CESPE/TRE-PE/ANALISTA JUDICIÁRIO-CONTABILIDADE/2017) Assinale a opção


correta acerca da estrutura e composição do patrimônio sob a perspectiva do setor público.
a) Os passivos decorrem de obrigações futuras derivadas de eventos presentes.
b) O patrimônio público é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos
seus passivos.
c) Os passivos mantidos essencialmente para fins de negociação são classificados como não
circulante.
d) A classificação dos elementos patrimoniais em circulante ou não circulante é feita com
base nos atributos de confiabilidade e relevância desses elementos.
e) Ativos são recursos dos quais se espera que resultem benefícios econômicos futuros ou
potenciais de serviços para a entidade.

Vamos analisar item por item, fazendo seus devidos ajustes.


a) Os passivos decorrem de obrigações futuras presentes derivadas de eventos presen-
tes passados.
b) O patrimônio público líquido é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos
todos seus passivos.

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c) Os passivos mantidos essencialmente para fins de negociação são classificados como não
circulante circulante.
d) A classificação dos elementos patrimoniais em circulante ou não circulante é feita com
base nos atributos de confiabilidade e relevância desses elementos conversibilidade e exi-
gibilidade.
e) Ativos são recursos dos quais se espera que resultem benefícios econômicos futuros ou
potenciais de serviços para a entidade.
Letra e.

014. (FCC/TRT-24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO-CONTABILIDADE/2017) Em 31/12/2016, uma


entidade pública governamental apresentou os seguintes itens patrimoniais:
I – Prêmios de seguros a apropriar em 2017.
II – Créditos inscritos de dívida ativa que serão realizados em 2018.
III – Obrigações com fornecedores decorrentes de despesa processada com material de
consumo que serão pagas em 2017.
IV – Empréstimos e financiamentos a longo prazo.

Em 31/12/2016, os itens I, II, III e IV foram classificados, respectivamente, como ativo


a) circulante, ativo não circulante, passivo financeiro e passivo permanente.
b) financeiro, ativo financeiro, passivo permanente e passivo não circulante.
c) circulante, passivo circulante, passivo circulante e passivo não circulante.
d) financeiro, ativo circulante, passivo financeiro e passivo permanente.
e) circulante, ativo não circulante, passivo financeiro e passivo financeiro.

Vamos analisar item por item, ok? Deveremos adotar ora a visão do MCASP, ora a visão da Lei
n. 4.320/1964.
I – Prêmios de seguros a apropriar em 2017 = Ativo Circulante ou Ativo Financeiro
II – Créditos inscritos de dívida ativa que serão realizados em 2018 = Ativo não circulante ou
Ativo Permanente
III – Obrigações com fornecedores decorrentes de despesa processada com material de con-
sumo que serão pagas em 2017 = Passivo circulante ou Passivo Financeiro
IV – Empréstimos e financiamentos a longo prazo = Passivo não circulante ou Passivo
permanente
Letra a.

015. (CESPE/TRE-BA/TÉCNICO JUDICIÁRIO-CONTABILIDADE/2017) No setor público, o


passivo permanente distingue-se do passivo financeiro por

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a) consistir em valor exigível até doze meses após as demonstrações contábeis.


b) corresponder a valor a ser exigido após o final do exercício financeiro seguinte.
c) demandar necessidade de caixa disponível para a sua liquidação.
d) estar sujeito a contrapartida em variação patrimonial diminutiva.
e) depender de autorização orçamentária para amortização ou para pagamento.

Segundo a Lei n. 4.320/1964 o passivo é classificado em financeiro e permanente, pois:

Componente Conceito

Passivo Compreende as dívidas fundadas e outros pagamentos


Financeiro que independam de autorização orçamentária

Compreende as dívidas fundadas e outras que


Passivo dependam de autorização legislativa para
Permanente amortização ou resgate.
Letra e.

016. (CESPE/TRE-BA/TÉCNICO JUDICIÁRIO-CONTABILIDADE/2017) O total de recursos


controlados por uma entidade que sejam resultado de eventos passados, cujo prazo estimado
para a realização ultrapasse o término do exercício seguinte, e dos quais se espera que resul-
tem benefícios econômicos futuros, é classificado como
a) capital social.
b) ativo circulante.
c) ativo não circulante.
d) patrimônio líquido.
e) passivo não circulante.

Para esta questão nós podemos utilizar o esquema gráfico para chegar ao gabarito. Inicial-
mente podemos verificar que ele se refere a Ativo, concorda? Agora resta saber se é de longo
ou curto prazo. Vejamos:

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Publicação Limite
31/12/2019
31/12/2018

Passivo Circulante Passivo não Circulante

Letra c.

017. (UFOP/CONTADOR/2017) Analise as afirmativas abaixo.


I – Ativo é um recurso controlado no presente pela entidade como resultado de evento
passado.
II – Recurso é um item com potencial de serviços ou com a capacidade de gerar benefícios
econômicos.
III – A forma física é uma condição necessária para um recurso.
IV – O potencial de serviços ou a capacidade de gerar benefícios econômicos surgem dire-
tamente do próprio recurso.

Marque a alternativa correta.


a) Apenas as afirmativas I e II são falsas.
b) Apenas as afirmativas II e III são falsas.
c) Apenas as afirmativas III e IV são falsas.
d) Nenhuma afirmativa é falsa.

As alternativas III e IV estão incorretas. Primeiro, porque a forma física não é uma condição
necessária para a existência de um recurso. Segundo o potencial de serviços ou a capacidade
de gerar benefícios econômicos surgem diretamente ou indiretamente do próprio recurso.
Letra c.

018. (FCC/TRT-24ª/ANALISTA JUDICIÁRIO-CONTABILIDADE/2017) De acordo com a NBC


TSP Estrutura Conceitual, o Ativo é um recurso controlado no presente pela entidade como re-
sultado de evento passado. Para ser considerado um recurso, um item de um Tribunal Regional
do Trabalho deve, necessariamente,

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a) gerar benefícios econômicos diretamente do próprio recurso e não do seu direito de uso.
b) gerar entradas líquidas de caixa.
c) ser de propriedade legal da entidade.
d) ter a possibilidade de trocar o recurso por outro ativo.
e) ter potencial de serviços ou capacidade de gerar benefícios econômicos

Esta ficou fácil, para ser considerado um recurso um item deve ter potencial de serviços ou
capacidade de gerar benefícios econômicos. Esse foi o trecho na parte teórica da nossa aula:
“Outro aspecto relevante é que o potencial de serviços ou a capacidade de gerar benefícios
econômicos podem surgir diretamente do próprio recurso ou dos direitos de sua utilização.
Um potencial de serviços surge diretamente do próprio recurso quando ele detém resultados
por si só, tal como foi o exemplo do software”.
Letra e.

019. (FGV/TCM-RJ/AUDITOR/2008/ADAPTADA) Julgue o item a seguir: “para a doutrina mo-


derna, ingresso e receita são sinônimos, pois em ambos o dinheiro recolhido entra nos cofres
públicos e em ambas as situações incorporam-se ao patrimônio do Estado”.

Este enunciado está incorreto, porque os ingressos de recursos públicos são todas as entra-
das de dinheiro nos seus caixas, mas nem todos os recursos que ingressarem poderão ser
utilizados para financiar suas atividades. Veja bem!
Os ingressos de recursos podem ser orçamentários ou extraorçamentários. Os ingressos de
recursos nos cofres do Estado são denominados Receitas Públicas e essas receitas serão or-
çamentárias quando representarem disponibilidades de recursos financeiros que poderão ser
utilizados para financiar as políticas públicas. Quando as receitas públicas representarem dis-
ponibilidade financeiras, mas não puderem ser utilizadas para financiar as políticas públicas,
serão chamadas de receitas extraorçamentárias.
Errado.

020. (CESPE/TJ-CE/ANALISTA/2008) A legislação classifica como receitas orçamentárias


as operações de crédito, ainda que não previstas no orçamento, inclusive as decorrentes de
antecipação de receita.

As receitas orçamentárias decorrentes de operação de antecipação de crédito (ARO) são clas-


sificadas como receitas extraorçamentárias.
Errado.

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021. (CESPE/TRT 17ª/ANALISTA/2009) Julgue o item a seguir: “No conceito de receita orça-
mentária, estão incluídas as operações de crédito por antecipação de receita, mas excluídas as
emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias no ativo e no passivo financeiro”.

As receitas orçamentárias decorrentes de operação de antecipação de crédito (ARO) são clas-


sificadas como receitas extraorçamentárias.
Errado.

022. (CESPE/MPU/CARGO 08/2013) Julgue o tem a seguir: “Constitui receita extraorçamen-


tária o pagamento de taxa ou contribuição efetuado por uma fundação a uma autarquia da
mesma esfera do governo”.

O pagamento de taxas ou contribuições são exemplos de receitas orçamentárias, pois inte-


gram o patrimônio da Entidade que as receber, sem correspondência no Passivo, logo, o gaba-
rito dessa questão é errado.
Errado.

023. (FCC/TCE-GO/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO/2014) Referem-se, respectivamente,


às receitas extraorçamentárias (ingressos) e às despesas extraorçamentárias (dispêndios):
a) obtenção de operações de crédito por antecipação da receita orçamentária, e a quitação de
consignações em folha de pagamento.
b) recebimento de receita de aluguel não prevista na Lei Orçamentária, e devolução de caução.
c) não alteram o patrimônio líquido, e aumentam o passivo não circulante.
d) aumentam as disponibilidades, e alteram o patrimônio líquido.
e) recebimento em doação de dois imóveis, e pagamento de indenizações a servidores públicos.

Na letra “a” nós temos os exemplos de receita extraorçamentária, que é a obtenção de crédito
por antecipação da receita orçamentária; considerada extraorçamentária exatamente porque
antecipa uma receita que é orçamentária, se não houvesse essa diferenciação e seu reco-
nhecimento como extraorçamentária teríamos dupla contagem. Temos também uma despesa
extraorçamentária, que é a quitação de consignações em folha de pagamento. Esse é o nosso
gabarito e as demais opções não satisfazem.
Letra a.

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Composição do Patrimônio Público

024. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/CONSULTOR/2014) Julgue o item a seguir: “as


emissões de papel-moeda estão entre as receitas comprometidas na lei de orçamento”.

A emissão de papel-moeda é receita extraorçamentária e cria correspondência no ativo e no


passivo do poder público.
Errado.

025. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/CONSULTOR/2014) Julgue o item a seguir: “entre


as receitas incluídas na lei orçamentária anual estão as operações de crédito por antecipação
de receita”.

As operações de crédito por antecipação de receita são registradas como receitas extraor-
çamentárias.
Errado.

026. (FCC/TRT-4ª/ANALISTA/2015) Constituem exemplos de despesa e receita extraorça-


mentária, respectivamente,
a) pagamento do serviço da dívida pública e rendimentos das disponibilidades de caixa
do Tesouro.
b) pagamento de precatórios e superavit financeiro de exercício anteriores.
c) execução de restos a pagar não processados e excesso de arrecadação.
d) inversões financeiras e receitas proveniente da alienação de ativos.
e) restituição de cauções e produto de operação de crédito por antecipação de receita or-
çamentária.

Na letra “e” nós temos um exemplo de despesa extraorçamentária, que é a restituição de cau-
ções – valores nos quais o Estado consta como mero depositário, logo, havendo registros no
Ativo e Passivo. Ao ponto que as operações de crédito por antecipação de receita orçamentá-
ria são registradas como receitas extraorçamentárias.
Letra e.

027. (FGV/PREF. DE CUIABÁ/AUDITOR-FISCAL/2016) Assinale a opção que indica a correta


contabilização das operações de crédito por antecipação da receita.
a) Receitas extraordinárias
b) Receitas extraorçamentárias

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Composição do Patrimônio Público

c) Ativo Não Circulante


d) Passivo Não Circulante
e) Patrimônio Líquido

As receitas decorrentes de operações de crédito são contabilizadas como receitas extraor-


çamentárias.
Letra b.

028. (CESPE/TCM-BA/AUDITOR/2018) Determinado município do estado da Bahia preten-


de utilizar os recursos e ingressos orçamentários para suprir despesas correntes do muni-
cípio e para realizar investimentos e converter os recursos em bens. Consultado, um auditor
do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado da Bahia alertou ser impossível realizar es-
sas operações de disponibilidade orçamentária com determinados tipos de recursos extraor-
çamentários.
Nessa situação, o auditor se referiu aos recursos extraorçamentários oriundos de
a) tributos e fiança.
b) consignações em pagamento e operações de crédito.
c) exploração do patrimônio do município e depósitos para garantia.
d) fiança e consignações em pagamento.
e) exploração do patrimônio do município e operações de crédito.

Na letra “d” nós temos exemplos de recursos extraorçamentários que não poderão ser fonte de
recursos para os objetivos buscados pelo município; esses recursos não pertencem ao Estado
e não poderão ser utilizados para tal finalidade.
Letra d.

029. (CESPE/ANS/TÉCNICO/2013) Julgue o item a seguir: “os valores recebidos a título de


caução devem integrar a receita pública do exercício em que esses valores ingressarem”.

Os valores recebidos a título de caução não são receitas públicas no sentido amplo, são ingres-
sos públicos, portanto ficam fora do orçamento.
Errado.

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Composição do Patrimônio Público

030. (CESPE/TJ-CE/ANALISTA/2018) Julgue o item a seguir: “a legislação classifica como


receitas orçamentárias as operações de crédito, ainda que não previstas no orçamento, inclu-
sive as decorrentes de antecipação de receitas”.

Operações de crédito são receitas extraorçamentárias.


Errado.

031. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) Julgue o item a seguir, relativo à implementação do


orçamento público no Brasil.
Os conceitos de dívida fundada e dívida flutuante aplicam-se indistintamente à dívida ativa e à
dívida passiva.

Dívida Flutuante e Dívida Fundada representam obrigações do poder público e são sinônimos
de Dívida Passiva. Dívida Ativa é sinônimo de valores a receber pelo Estado, portanto, são con-
ceitos distintos.
Errado.

032. (FCC/SECRETARIA DE PLAN. ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO DE PESSOAS - PE/ANA-


LISTA DE GESTÃO CONTÁBIL/2019) Um ente público municipal recebeu, em 31/07/2018, um
depósito caução no valor de R$ 68.000,00. Nesse ente público municipal e, nessa data, para a
contabilização de
a) um ingresso extraorçamentário foi debitada uma conta de ativo permanente.
b) uma variação patrimonial aumentativa independente da execução orçamentária foi debitada
uma conta de ativo financeiro.
c) um ingresso extraorçamentário foi creditada uma conta de passivo financeiro.
d) uma variação patrimonial aumentativa independente da execução orçamentária foi credita-
da uma conta de resultado patrimonial.
e) um ingresso decorrente da execução orçamentária foi debitada uma conta de ativo financeiro

O recebimento de caução representa uma receita extraorçamentária, com ingresso registrado


no Ativo e uma contrapartida no passivo financeiro da Entidade (visão da Lei n. 4.320) ou pas-
sivo circulante (visão MCASP).
Letra c.

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033. (IADES/AL-GO/ANALISTA LEGISLATIVO – ÁREA CONTADOR/2019) A estrutura do Ba-


lanço Patrimonial separa o ativo e o passivo em dois grupos, financeiro e permanente, em fun-
ção da dependência ou não de autorização para a realização dos itens que o compõem. Nesse
sentido, independem de autorização orçamentária os itens do
a) ativo financeiro, somente.
b) ativo permanente, somente.
c) passivo permanente, somente.
d) passivo financeiro e passivo permanente.
e) ativo financeiro e passivo financeiro.

Nesta questão nós temos a visão de Ativo e Passivo de acordo com a Lei n. 4.320/1964, então
vamos analisar sob esse prisma:
Segundo a Lei n. 4.320/1964 o passivo é classificado em financeiro e permanente, pois:

Componente Conceito

Passivo Compreende as dívidas fundadas e outros pagamentos


Financeiro que independam de autorização orçamentária

Compreende as dívidas fundadas e outras que


Passivo dependam de autorização legislativa para amortização
Permanente ou resgate.

De acordo com o artigo 105, § 1º, da Lei n. 4.320/1964, o ativo é segregado em financeiro e
permanente. A classificação do ativo nos termos legais tem ligação com a necessidade ou não
de uma autorização legislativa. Vamos ver como é essa classificação?

Componente Conceito

Compreende os créditos e valores realizáveis


Ativo independentemente de autorização orçamentária e os
Financeiro valores numerários.

Compreende os bens, créditos e valores, cuja


Ativo mobilização ou alienação dependa de autorização
Permanente legislativa.

Portanto, ativo e passivo financeiro independem de autorização orçamentária para sua execução.

Letra e.

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034. (FGV/DPE-RJ/TÉCNICO SUPERIOR ESPECIALIZADO – ÁREA CIÊNCIAS CONTÁ-


BEIS/2019) A transferência da propriedade de um ativo para terceiros, a redução ou extinção
do valor econômico de um ativo e o surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo,
são fatos que geram o reconhecimento contábil de um(a):
a) ajuste de avaliação patrimonial;
b) despesa orçamentária;
c) despesa extraorçamentária;
d) obrigação não exigível;
e) variação patrimonial diminutiva.

A banca trabalhou na literalidade a cobrança do conceito, porque ao tratar das variações patri-
moniais diminutivas o MCASP afirma que elas são realizadas quando:

Considera-se realizada a variação patrimonial diminutiva (VPD):


a. Quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência de sua propriedade para
terceiro;
b. Diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo;
c. Pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo.
Letra e.

035. (IBADE/PREF. ARACRUZ-ES/AUDITOR DE CONTROLE INTERNO –ÁREA CONTABILI-


DADE/2019) O patrimônio líquido representa o valor residual dos ativos da entidade depois
de deduzidos todos seus passivos. Integram o patrimônio líquido: patrimônio/capital social,
reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria,
resultados acumulados e outros desdobramentos do saldo patrimonial. Quando o valor do
passivo for maior que o valor do ativo, o resultado é denominado:
a) superavit financeiro.
b) deficit financeiro.
c) deficit orçamentário.
d) deficit orçamentário.
e) variação patrimonial permutativa.

A situação patrimonial líquida ou simplesmente patrimônio líquido é tratado pelo MCASP da


seguinte maneira:

Integram o patrimônio líquido: patrimônio ou capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação
patrimonial, reservas de lucros, demais reservas, ações em tesouraria, resultados acumulados e
outros desdobramentos.

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Composição do Patrimônio Público

No patrimônio líquido, deve ser evidenciado o resultado do período segregado dos resultados acu-
mulados de períodos anteriores. O resultado patrimonial do período é a diferença entre as variações
patrimoniais aumentativas e diminutivas, apurada na Demonstração das Variações Patrimoniais,
que evidencia o desempenho das entidades do setor público.
A IBADE acrescentou que a existência de passivo superior ao ativo teremos origem ao deficit
orçamentário, embora possa ser objeto de críticas, vamos apenas destacar esse entendimento
da banca e seguir adianta. Por analogia, seria o passivo a descoberto conforme trabalhamos
na contabilidade societária.
Letra d.

036. (VUNESP/IPSM DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS-SP/ANALISTA – ÁREA CONTABILIDA-


DE/2018) Do ponto de vista do orçamento público, créditos extraordinários
a) são receitas de capital, fruto da venda de um ativo imobilizado.
b) são receitas correntes, fruto de uma arrecadação maior do que o esperado.
c) correspondem aos destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, co-
moção intestina ou calamidade pública.
d) classificam-se em adicionais, suplementares e especiais.
e) definem-se como operações de crédito previamente autorizados por lei e abertos por decre-
to executivo, em forma que juridicamente possibilite ao Poder Executivo realizá-la.

Embora seja matéria de orçamento público, cabe aqui uma revisão, né? Vamos ver qual o con-
ceito de créditos extraordinários? Eles representam uma modalidade de crédito adicional des-
tinado ao atendimento de despesas urgentes e imprevisíveis, como em caso de guerra, como-
ção interna ou calamidade pública. É autorizado e aberto por medida provisória, podendo ser
reaberto no exercício seguinte, nos limites do seu saldo, se o ato que o autorizou tiver sido
promulgado nos últimos quatro meses do exercício financeiro. Pronto, demos uma mordidi-
nha em AFO.
Letra c.

037. (FGV/CÂMARA DE SALVADOR-BA/ANALISTA LEGISLATIVO/ÁREA FINANCEIRA/2018)


“Compreende os bens, créditos e valores, cuja mobilização ou alienação dependa de autoriza-
ção legislativa.”
Essa definição se refere ao seguinte item do Quadro dos ativos e passivos financeiros e perma-
nentes que compõe o Balanço Patrimonial:
a) Passivo Permanente;
b) Passivo Financeiro;
c) Ativo Permanente;

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d) Ativo não circulante;


e) Ativo Financeiro.

Mais uma questão com a exigência de conhecimentos da Lei n. 4.320/1964 e, de acordo com
o artigo 105, § 1º o ativo é segregado em financeiro e permanente. A classificação do ativo nos
termos legais tem ligação com a necessidade ou não de uma autorização legislativa. Vamos
ver como é essa classificação?

Componente Conceito

Compreende os créditos e valores realizáveis


Ativo independentemente de autorização orçamentária e os
Financeiro valores numerários.

Compreende os bens, créditos e valores, cuja


Ativo mobilização ou alienação dependa de autorização
Permanente legislativa.
Letra c.

038. (FGV/CÂMARA DE SALVADOR-BA/ANALISTA LEGISLATIVO/ÁREA FINANCEI-


RA/2018/ADAPTADA) Julgue o item a seguir: “as contas do ativo devem ser dispostas em
ordem decrescente de grau de conversibilidade e as contas do passivo, em ordem crescente
do grau de exigibilidade”.

Vimos anteriormente que as contas do ativo e do passivo são classificadas de acordo com o
grau decrescente de conversibilidade e exigibilidade, respectivamente. A questão peca ao afir-
mar que as contas do passivo são organizadas em crescente do grau de exigibilidade. O grau
é decrescente.
Errado.

039. (FCC/AL-SE/ANALISTA LEGISLATIVO – CONTABILIDADE/2018) De acordo com o Ma-


nual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, o registro contábil do reconhecimento do
direito da entidade pública quanto à concessão de suprimento de fundos altera o saldo do
a) Ativo Permanente.
b) Ativo não Circulante.
c) Passivo Permanente.
d) Passivo não Circulante.
e) Resultado Patrimonial.

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Composição do Patrimônio Público

Uma bela questão! Tivemos muitas críticas e recursos, mas a banca manteve-se firme no seu
entendimento. Vamos analisar com calma. Para começar, vamos ver como fica o registro con-
tábil dessa operação? A gente já sabe que suprimento de fundos são adiantamentos de nume-
rários para servidores públicos, para que eles realizem despesas que não possam subordinar-
-se ao processo normal de aplicação.
Quando o Estado realiza o adiantamento de valores a um servidor ele cria uma situação jurí-
dica que dá ao poder público o direito de cobrar desse servidor uma prestação de contas dos
valores gastos. Logo, nós já temos o primeiro indicativo de contabilização, pois se nasce um
direito para o Estado, teremos uma conta de Ativo! Vamos ver o registro completo que é orien-
tado pelo MCASP para essa operação?
b) Momento da liquidação e reconhecimento do direito:
Natureza da informação: patrimonial
D 1.1.3.1.x.xx.xx Adiantamentos Concedidos a Pessoal e a Terceiros (P)
C 2.1.8.9.x.xx.xx Outras Obrigações de Curto Prazo – Suprimento de Fundos (F)
Tivemos o registro contábil do direito adquirido pelo Estado na conta 1.1.3.1.x.xx.xx Adianta-
mentos Concedidos a Pessoal e a Terceiros (P). Essa conta tem ao seu final o código (P), que
está relacionado ao atributo legal da conta contábil. De acordo com o MCASP:

A classificação do ativo e do passivo em financeiro e permanente permite a apuração do superavit


financeiro no Balanço Patrimonial (BP) de acordo com a Lei n. 4.320/1964, que assim dispõe:
Art. 43 [...]
§ 2º Entende-se por superavit financeiro a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo
financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de
credito a eles vinculadas.
Art. 105 [...]
§ 1º O Ativo Financeiro compreenderá os créditos e valores realizáveis independentemente de auto-
rização orçamentária e os valores numerários.
§ 2º O Ativo Permanente compreenderá os bens, créditos e valores, cuja mobilização ou alienação
dependa de autorização legislativa.
§ 3º O Passivo Financeiro compreenderá as dívidas fundadas e outras cujo pagamento independa
de autorização orçamentária.
§ 4º O Passivo Permanente compreenderá as dívidas fundadas e outras que dependam de autoriza-
ção legislativa para amortização ou resgate.
Os passivos que dependam de autorização orçamentária para amortização ou resgate integram o
passivo permanente. Após o empenho11, considera-se efetivada a autorização orçamentária, e os
passivos passam a integrar o passivo financeiro. Também integram o passivo financeiro os passi-
vos que não são submetidos ao processo de execução orçamentária, a exemplo das cauções.

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Composição do Patrimônio Público

O controle da mudança do atributo permanente (P) para o atributo financeiro (F) pode ser feito por
meio da informação complementar da conta contábil ou por meio da duplicação das contas, sendo
uma permanente e outra financeira.
O PCASP e este Manual utilizam as letras (F) ou (P) para indicar se são contas de ativo ou passivo
financeiro ou permanente, respectivamente. Algumas contas podem ter parte do seu saldo com
atributo financeiro e outra parte com atributo permanente. Nestes casos, constará no PCASP o atri-
buto “F/P”(Grifamos).
Então é isso, o atributo legal da conta D 1.1.3.1.x.xx.xx Adiantamentos Concedidos a Pessoal
e a Terceiros (P), nos remete ao gabarito da questão. Muito boa!
Letra a.

040. (FGV/SEPG-RJ/AUDITOR MUNICIPAL DE CONTROLE INTERNO/2018) Cinco emprei-


teiras, interessadas em participar de uma licitação de obra pública promovida pela Prefeitura
do Município X, entregam o valor de R$ 200 mil em caução. Em relação a esse tipo de procedi-
mento, assinale a afirmativa correta.
a) O valor será classificado como uma taxa de participação, enquadrado nas receitas tributárias.
b) O valor será classificado como uma taxa de participação, enquadrado nas receitas tributárias.
c) O valor será classificado como receita extraorçamentária e acarretará um aumento de igual
valor no ativo financeiro e no passivo financeiro.
d) O valor constitui uma renda ordinária do Estado, derivada de seu poder de império.
e) O valor integrará o orçamento público e será utilizado como recurso para emendas parla-
mentares, desde que para correção de erros ou omissões.

O recebimento de caução é sinônimo de ingressos extraorçamentários de recursos e nesse


tipo de operação temos algumas peculiaridades, sendo elas:
• São entradas de recursos que provocam alteração no patrimônio financeiro, mas sem
modificar o seu saldo;
• Não fazem parte do orçamento público, logo, sua execução não está vinculada à execu-
ção orçamentária;
• Possuem caráter temporário, com o Estado assumindo a figura de depositário dos valo-
res que a ele é confiado; e
• Quando há o ingresso dos recursos há aumento no Ativo (pelo reconhecimento contábil
do ingresso de dinheiro no caixa) e correspondente aumento no Passivo (reconhecimen-
to contábil da obrigação de devolver os recursos futuramente).
São exemplos de ingressos extraorçamentários ou receitas extraorçamentárias os depósitos
em caução, as fianças, as operações de crédito por antecipação de receita orçamentária –
ARO, a emissão de moeda, além de outras entradas compensatórias no ativo e no passivo
financeiro.
Letra c.

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041. (CESPE/SLU-DF/ANALISTA DE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS-CONTABILIDA-


DE/2019) O patrimônio público é constituído de bens e direitos, onerados ou não, inerentes à
prestação de serviços públicos ou à exploração econômica por entidades públicas. Relativa-
mente à composição dos ativos e passivos públicos, julgue o seguinte item.
O potencial de serviços de um ativo pode surgir diretamente do direito de utilização desse ativo.

O potencial de serviços de um ativo por surgir direta ou indiretamente do direito de utilização


deste ativo, lembrando que, para o Cespe, o incompleto não é incorreto.
Certo.

042. (CESPE/SLU-DF/ANALISTA DE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS-CONTABILIDA-


DE/2019) O patrimônio público é constituído de bens e direitos, onerados ou não, inerentes à
prestação de serviços públicos ou à exploração econômica por entidades públicas. Relativa-
mente à composição dos ativos e passivos públicos, julgue o seguinte item.
A propriedade legal do recurso é um indicador de controle de um ativo, mas não é a caracterís-
tica essencial desse ativo.

Questão correta, de acordo com o MCASP, pois:

A entidade deve ter o controle do recurso. O controle do recurso envolve a capacidade da entidade
em utilizar o recurso (ou controlar terceiros na sua utilização) de modo que haja a geração do poten-
cial de serviços ou dos benefícios econômicos originados do recurso para o cumprimento dos seus
objetivos de prestação de serviços, entre outros.
Para avaliar se a entidade controla o recurso no presente, deve ser observada a existência dos se-
guintes indicadores de controle:
a. propriedade legal;
b. acesso ao recurso ou a capacidade de negar ou restringir o acesso a esses;
c. meios que assegurem que o recurso seja utilizado para alcançar os seus objetivos; ou
d. a existência de direito legítimo ao potencial de serviços ou à capacidade para gerar os benefícios
econômicos advindos do recurso.
Embora esses indicadores não sejam determinantes conclusivos acerca da existência do controle,
sua identificação e análise podem subsidiar essa decisão.
Quando a Estrutura Conceitual enfatiza o controle do recurso ela não diminui ou elimina a im-
portância da propriedade, pois:

5.12A. A propriedade legal do recurso, tal como terreno ou equipamento, é um dos métodos para se
verificar o potencial de serviços ou os benefícios econômicos de um ativo. No entanto, os direitos
ao potencial de serviços ou à capacidade de gerar benefícios econômicos podem existir sem que se
verifique a propriedade legal do recurso. Por exemplo, os direitos ao potencial de serviços ou à ca-
pacidade de gerar benefícios econômicos por meio da manutenção e utilização de item patrimonial

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arrendado são verificados sem que haja a propriedade legal do próprio item arrendado. Portanto, a
propriedade legal do recurso não é uma característica essencial de um ativo. No entanto, a proprie-
dade legal é um indicador de controle.
Certo.

043. (UFSB/AUDITOR/2017) A conta que, no Balanço Patrimonial, representa os recursos


com potencial de serviços ou com a capacidade de gerar benefícios econômicos controlados
no presente pela entidade como resultado de evento passado denomina-se:
a) Passivo.
b) Patrimônio Líquido.
c) Passivo Circulante.
d) Ativo.

A Estrutura Conceitual define ativo como é um recurso controlado no presente pela entidade
como resultado de evento passado. A NBC TSP afirma que a Entidade deve ter o controle do
Ativo e assim especifica as características:

A entidade deve ter o controle do recurso. O controle do recurso envolve a capacidade da entidade
em utilizar o recurso (ou controlar terceiros na sua utilização) de modo que haja a geração do poten-
cial de serviços ou dos benefícios econômicos originados do recurso para o cumprimento dos seus
objetivos de prestação de serviços, entre outros.
Para avaliar se a entidade controla o recurso no presente, deve ser observada a existência dos
seguintes indicadores de controle:
a. propriedade legal;
b. acesso ao recurso ou a capacidade de negar ou restringir o acesso a esses;
c. meios que assegurem que o recurso seja utilizado para alcançar os seus objetivos; ou
d. a existência de direito legítimo ao potencial de serviços ou à capacidade para gerar os benefícios
econômicos advindos do recurso.
Embora esses indicadores não sejam determinantes conclusivos acerca da existência do controle,
sua identificação e análise podem subsidiar essa decisão.
Letra d.

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044. (UFSB/AUDITOR/2017) Analise as contas do Balanço Patrimonial relacionadas abaixo:

Qual o valor da soma das contas do Ativo Circulante?


a) R$ 315,00
b) R$ 260,00
c) R$ 370,00
d) R$ 390,00

De acordo com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, os ativos devem ser clas-
sificados como circulante quando satisfizerem a um dos seguintes critérios:
• Estiverem disponíveis para realização imediata; ou
• Tiverem a expectativa de realização em até doze meses após a data das demonstrações
contábeis.
Os demais ativos devem ser classificados como não circulantes.
Pela tabela temos as seguintes contas que são possíveis de serem atribuídas ao Ativo Circu-
lante: Caixa e Equivalentes de Caixa (120), Créditos de Curto Prazo (60) e Clientes (80), que
após somadas nos dá o total de 260, gabarito B. Temos também uma conta de provisão de
curto prazo, no entanto, a questão não nos dá informações suficientes para saber se é referen-
te a saldo do ativo ou passivo.
Letra b.

045. (UFSB/CONTADOR/2017) Uma despesa extraorçamentária caracteriza-se por


a) provocar uma redução efetiva na situação líquida patrimonial.
b) não necessitar de autorização legislativa para a sua ocorrência.
c) modificar contas tanto do Ativo Circulante como do Ativo Não Circulante.
d) causar uma redução na Variação Patrimonial do Exercício.

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Composição do Patrimônio Público

Os dispêndios podem ser orçamentários e extraorçamentários, em relação a estes existem as


suas peculiaridades, sendo as principais:
• São saídas financeiras ou despesas que provocam alterações no patrimônio financeiro,
contudo, sem gerar alteração no saldo patrimonial financeiro;
• São saídas financeiras que representam diminuição em mesmo valor no Ativo e no Pas-
sivo da Entidade; e
• Saídas de recursos que não constam no orçamento.
São exemplos de despesas extraorçamentárias os dispêndios decorrentes de depósitos, pa-
gamento de restos a pagar, o resgate (pagamento) de operações de crédito por antecipação
de receitas, saídas de recursos transitórios (pagamento de pensões alimentícias) assim como
todas as demais saídas compensatórias no ativo e passivo da Entidade.
Letra b.

046. (UFSB/CONTADOR/2017) Determinada entidade pública recebe um automóvel em doa-


ção, irá registrá-lo por meio de um débito em uma conta do Ativo e um crédito numa conta de
a) Receita Orçamentária.
b) Variação Patrimonial Aumentativa.
c) Mutação Patrimonial Passiva.
d) Interferências Passivas Extraorçamentárias

O recebimento de um veículo vai aumentar o patrimônio público caso a doação seja realizada
por um particular ou Ente de esfera de governo diferente. Caso a doação seja realizada por Ente
da mesma esfera de governo teremos uma transferência de patrimônio, sem alterar o patrimô-
nio público do Ente como um todo, mas alterando o patrimônio de quem doa e de quem recebe.
Em todo caso teremos um registro contábil de Ativo no Ente recebedor e a contrapartida desse
lançamento de débito será um lançamento de crédito em Variação Patrimonial Aumentativa.
Letra b.

047. (FCC/TRT-11ª/ANALISTA JUDICIÁRIO-CONTABILIDADE/2017) Para uma entidade do


setor público realizar o lançamento contábil do recolhimento da contribuição para a previdên-
cia social, que foi retida nos pagamentos de serviços de terceiros − pessoa física, deve ser
a) debitada uma conta de passivo.
b) debitada uma conta de variação patrimonial diminutiva.
c) creditada uma conta de variação patrimonial aumentativa.
d) debitada uma conta de ativo.
e) creditada a conta Restos a Pagar Processados.

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Após a retenção dos valores de contribuição para a previdência social o Estado assume a
função de mero depositário, o contribuinte de fato é o servidor. Logo, o Estado assume uma
obrigação de repassar os valores que foram retidos e reconhece um Passivo.
No momento em que efetua o repasse dos valores retidos ao Ente receber, o poder público que
assumiu a função de mero depositário deverá realizar o seguinte registro contábil:
Natureza da informação: patrimonial (Reconhecimento da obrigação de transferir os recursos
retidos ao RPPS)
D 2.1.1.1.x.xx.xx Pessoal a Pagar (F) 110
C 1.1.1.1.1.xx.xx Caixa e Equivalentes de Caixa 110
Há um débito em conta do Passivo (dígito 2) e um crédito em conta do Ativo (dígito 1).
Excelente questão!
Letra a.

048. (CONSULPLAN/TRF-2ª/ANALISTA JUDICIÁRIO – CONTADORIA/2017) Segundo o Ma-


nual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, “as variações patrimoniais aumentativas e di-
minutivas são transações que promovem alterações nos elementos patrimoniais da entidade
do setor público e que afetam o resultado. Essas variações patrimoniais podem ser definidas
como: Variações Patrimoniais Aumentativas (VPA): correspondem a aumentos na situação
patrimonial líquida da entidade não oriundos de contribuições dos proprietários. Variações Pa-
trimoniais Diminutivas (VPD): correspondem a diminuições na situação patrimonial líquida da
entidade não oriundas de distribuições aos proprietários”. Considera-se realizada a Variação
Patrimonial Aumentativa (VPA):
I – Nas transações com contribuintes e terceiros, quando estes efetuarem o pagamento
ou assumirem compromisso firme de efetivá-lo, quer pela ocorrência de um fato gera-
dor de natureza tributária, investidura na propriedade de bens anteriormente pertencen-
tes à entidade, ou fruição de serviços por esta prestados.
II – Quando da extinção, exclusivamente total, de um passivo, qualquer que seja o motivo,
sem o desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior.
III – Pela extinção natural de novos ativos independentemente da intervenção de terceiros.

Sobre a Variação Patrimonial Aumentativa (VPA) estão INCORRETAS as afirmativas


a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.

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Vamos analisar cada uma?


I – Nas transações com contribuintes e terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou
assumirem compromisso firme de efetivá-lo, quer pela ocorrência de um fato gerador de natu-
reza tributária, investidura na propriedade de bens anteriormente pertencentes à entidade, ou
fruição de serviços por esta prestados.
Essa é uma característica muito presente na Variação Patrimonial Aumentativa, perceba que
a transação vai realizar um aumento do Patrimônio Público, pela agregação de algo novo
e positivo.
II – Quando da extinção, exclusivamente total, de um passivo, qualquer que seja o motivo, sem
o desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior.
Esse é o conceito parcial de Variação Patrimonial Aumentativa. Parcial, por quê? Porque o
enunciado tratou da extinção exclusivamente total de um passivo, qualquer que seja o motivo,
sem o desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior. Contudo, essa ex-
clusão poderá ser total ou parcial. Sutil...
III – Pela extinção natural de novos ativos independentemente da intervenção de terceiros.
Nós temos VPA pela geração natural de novos ativos, independentemente da intervenção de
terceiros. Mais uma vez, a banca foi sutil em trocar a palavra geração por extinção.
Letra d.

049. (CESPE/TRE-PE/ANALISTA JUDICIÁRIO-CONTABILIDADE/2017) A respeito das varia-


ções que promovem alterações nos elementos patrimoniais das entidades do setor público,
assinale a opção correta.
a) Uma receita sob o enfoque patrimonial — ou seja, uma receita patrimonial — não constitui
uma variação patrimonial aumentativa.
b) Quando o valor econômico de um ativo for extinto, ocorrerá uma variação patrimonial
qualitativa.
c) São denominadas híbridas as variações que alteram, simultaneamente, a composição qua-
litativa dos ativos e passivos.
d) As transações em caráter compensatório devem ser consideradas como variações pa-
trimoniais.
e) Uma despesa sob o enfoque orçamentário — ou seja, uma despesa orçamentária — constitui
uma variação patrimonial diminutiva.

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Vamos ver o que o MCASP nos diz: “para fins deste Manual, a receita sob o enfoque patrimo-
nial será denominada de variação patrimonial aumentativa (VPA) e a despesa sob o enfoque
patrimonial será denominada de variação patrimonial diminutiva (VPD).”. Com o detalhe que
ambas não devem ser confundidas com a receita e a despesa orçamentária, que são aborda-
das na Parte I do Manual. Com esse trecho do MCASP podemos afirmar que a letra “a” está
incorreta, pois a receita sob o enfoque patrimonial constituirá VPA.
Em relação à letra “b” nós vimos que quando tivermos a extinção de um ativo ocorrerá uma
variação patrimonial diminutiva e não uma qualitativa como afirmou a banca examinadora.
Na letra “c” teremos uma alteração qualitativa e não híbrida como afirmou a banca.
Na letra “e” o erro está em afirmar que sob o enfoque orçamentário teremos uma VPD no mo-
mento do empenho da despesa. Sob o enfoque patrimonial teremos VPD no momento em que
houver o reconhecimento do direito, ou seja, na liquidação.
Letra d.

050. (CESPE/TRE-BA/TÉCNICO JUDICIÁRIO-CONTABILIDADE/2017) O total de recursos


controlados por uma entidade que sejam resultado de eventos passados, cujo prazo estimado
para a realização ultrapasse o término do exercício seguinte, e dos quais se espera que resul-
tem benefícios econômicos futuros, é classificado como
a) capital social.
b) ativo circulante.
c) ativo não circulante.
d) patrimônio líquido.
e) passivo não circulante.

Vamos com aquele Balanço Patrimonial didático:

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ATIVO PASSIVO

Ativo Passivo
Atributo Atributo
Circulante Circulante

Estiverem
o passivo deve
disponíveis
ser reconhecido
para realização
como circulante
imediata;
quando a
ou
obrigação dele
Tiverem a
decorrente
expectativa de
for exigível até
realização em
doze meses
GRAU DE até doze meses GRAU DE
após a data das
CONVERSIBILIDADE após a data das EXIGIBILIDADE
demonstrações
demonstrações
contábeis
contábeis.

Ativo Passivo
Não Atributo Não Atributo
Circulante Circulante

Todos os
Todos os
demais passivos
demais ativos
devem ser
que não se
considerados
enquadrem no
como não
Circulante
circulantes.

Assim ficou fácil, não?

Letra c.

051. (IADES/AGÊNCIA DE REGULAÇÃO DE CONTROLE DE SERVIÇOS PÚBLICOS DO ESTA-


DO DO PARÁ-PA/AUXILIAR EM REGULAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS/2018) O patrimônio
de uma entidade, em determinado momento, é o conjunto de bens, direitos e obrigações de-
monstrados no balanço patrimonial. Se uma empresa apresenta situação patrimonial negativa,
então é correto afirmar que
a) a empresa não possui patrimônio.
b) o patrimônio líquido é igual a zero.
c) os ativos estão diminuindo.
d) o total de obrigações supera o total de ativos.
e) as obrigações estão aumentando.

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A situação patrimonial líquida é a diferença entre os ativos e os passivos após a inclusão de


outros recursos e a dedução de outras obrigações para que se possa evidenciar nas demons-
trações contábeis o patrimônio líquido. O patrimônio é demonstrado pela seguinte equação:

A situação patrimonial líquida ou simplesmente patrimônio líquido é tratado pelo MCASP da


seguinte maneira:

Integram o patrimônio líquido: patrimônio ou capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação
patrimonial, reservas de lucros, demais reservas, ações em tesouraria, resultados acumulados e
outros desdobramentos.
No patrimônio líquido, deve ser evidenciado o resultado do período segregado dos resultados acu-
mulados de períodos anteriores. O resultado patrimonial do período é a diferença entre as variações
patrimoniais aumentativas e diminutivas, apurada na Demonstração das Variações Patrimoniais,
que evidencia o desempenho das entidades do setor público.
Assim, situação líquida positiva é sinônimo de que o total do ativo (bens e direitos) da entidade
do setor público supera o total do passivo (exigível – obrigações). Por outro lado, quando o
total do passivo exigível superar o total do passivo, estaremos diante de uma situação líquida
negativa – ou conceitualmente chamado de passivo a descoberto.
Letra d.

Fechamos mais uma parte da sua trajetória. Mantenha! Em casos de dúvidas, fale comigo
e vamos descer o machado nelas.
Abs.
Prof. Rodrigo Machado
@contabilidade_total

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GABARITO
1. c 18. e 35. d
2. e 19. E 36. c
3. C 20. E 37. c
4. b 21. E 38. E
5. E 22. E 39. a
6. E 23. a 40. c
7. E 24. E 41. C
8. E 25. E 42. C
9. C 26. e 43. d
10. b 27. b 44. b
11. b 28. d 45. b
12. e 29. E 46. b
13. e 30. E 47. a
14. a 31. E 48. d
15. e 32. c 49. d
16. c 33. e 50. c
17. c 34. e 51. d

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