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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

CENTRO DE EDUCAÇÃO

CURSO DE PEDAGOGIA

ANY CRISTINA FELIX

DÉBORA LÉTÍCIA DA SILVA SANTOS

JANINE FIDELIS DA SILVA

PATRÍCIA SANTOS DA COSTA

YASMIN MAYARA GOMES CAVALCANTE

FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA

Maceió
2018
ANY CRISTINA FELIX

DÉBORA LÉTÍCIA DA SILVA SANTOS

JANINE FIDELIS DA SILVA

PATRÍCIA SANTOS DA COSTA

YASMIN MAYARA GOMES CAVALCANTE

FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA

Trabalho apresentado à disciplina Política


e Organização da Educação Básica no
Brasil, ministrada pelo professor José
Marcio de Oliveira no curso de Licenciatura
Plena em Pedagogia da Universidade
Federal de Alagoas.

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Maceió
2018
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ................................................................................................................. 4
FUNDEB................................................................................................................................ 5
O QUE DIZ A LBD 9394/96 ................................................................................................... 8
PROBLEMÁTICA E DISCUSSÃO ....................................................................................... 10
FORMAS DE SUPERAÇÃO ................................................................................................ 11
CONCLUSÃO...................................................................................................................... 12
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 13

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APRESENTAÇÃO

O presente trabalho trata sobre o Financiamento da Educação Básica no


Brasil partindo do disposto a respeito dos recursos financeiros para a
educação dentro da Lei nº 9394/1996, Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB), bem como, discorre acerca do Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação (Fundeb). Propõe discussão sobre o uso dos recursos financeiros
destinados à educação básica de modo que também discorre possível forma de
superação dos problemas enfrentados a partir da atuação do Conselho de
Acompanhamento e Controle Social do Fundeb. O trabalho tem embasamento
teórico na Lei nº 9394/1996 (LDB) e na Constituição Federal/1988.

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FUNDEB

O FUNDEB é um fundo formado por recursos de impostos, de Estados e


Municípios, 20% do que é arrecado através de transferência de diferentes
impostos como IPI, ICMS, IPVA, entre outros, não entram no caixa da Prefeitura
ou do Estado, essa verba é depositada diretamente em um fundo contábil
estadual, cada uma das 27 unidades da Federação tem em fundo próprio e que
funciona praticamente numa conta bancária, é para lá que vão os recursos que
são então redistribuídos entre as contas do FUNDEB das prefeituras e do
governo do Estado.
O fundo tem como objetivo fazer com que haja menos desigualdade de
recursos entre as redes de ensino. E é muito importante, pois faz com que a
diferença entre a rede que mais investe por aluno e a que menos investe caia
consideravelmente. De acordo com o Estudo Técnico 24/2017 da Câmara dos
Deputados, sem a política de fundo, a desigualdade seria de 10.000%, com as
atuais regras, a distância é de 564%, além disso, o FUNDEB atual ajudou os
sistemas de ensino a se organizarem melhor no que diz respeito ao atendimento
escolar de toda Educação Básica, o fundo dá segurança financeira aos
municípios e estados para expandirem seu número de matrícula e os orienta no
cumprimento de suas responsabilidades com a Educação. Dessa maneira,
municípios são incentivados a se concentrarem na Educação infantil e nos anos
iniciais do ensino fundamental, e os estados, nos anos finais do ensino
fundamental e no ensino médio.
O valor que cada Município irá receber depende do número de alunos
matriculados na Educação Básica Pública, esse número é determinado pelo
Censo Escolar realizado no ano anterior, o total de matricula de cada rede de
ensino é então multiplicado por um fator de ponderação para se chegar ao valor
deve ser enviado as contas de cada Estado e Municípios, esse fator de
ponderação representa quanto vale cada matrícula, a 19 fatores de ponderação,
sendo a matrícula no ensino fundamental urbano, nas séries iniciais, a base de
cálculo, por exemplo: uma matrícula em um curso integral ou em escola no
campo, precisa de mais recursos então ela vale mais que uma matrícula em
tempo parcial.

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Mas para tudo isso acontecer precisamos de uma ferramenta muito
importante o Censo Escolar, o Gestor tem que informar exatamente quantos
alunos estão matriculados nas redes de ensino em cada etapa e modalidade, a
partir desses dados uma comissão Inter governamental formada pelo Ministro da
Educação, 5 representantes do Consed (Conselho Nacional de Secretários da
Educação) e 5 da Undime (União Nacional das Dirigentes Municipais da
Educação) definem um valor para cada tipo de matrícula nos Estados onde os
recursos arrecadados não são suficientes para tingir o valor mínimo nacional, o
governo Federal faz uma complementação para esse fundo contábil estadual,
agora é importante saber que existem regras para o uso dos recursos FUNDEB,
de toda verba recebida o gestor deve destinar no mínimo 60% para o pagamento
de profissionais do Magistério em efetivo exercício, os outros 40% ficam para
manutenção e o desenvolvimento de ensino determinadas pelo artigo 70 da LDB.
Nesse artigo a LDB específica as ações nas quais os recursos podem ser
gastos, esse dinheiro deve ir para as despesas de manutenção e
desenvolvimento do ensino, então pode capacitar o pessoal do Magistério e
outros profissionais da Educação, construir, ampliar, reformar e equipar uma
escola, aplicar em material didático, investir em transporte escolar.
Já o Artigo 71 determina onde os recursos não podem ser usados: ações
de assistência social, odontológicas, médica, farmacêutica e de alimentação não
podem ser consideradas despesas custeadas com recursos do FUNDEB por não
serem ações educativas, para realizar a tarefa de acompanhar e controlar a
distribuição transferência e aplicação dos recursos o FUNDEB conta com o
Conselho de acompanhamento e controle social, esse conselho é formado por
representante do poder local: professores, diretores, pais, alunos e servidores.
E o que faz esse Conselho? O Conselho é o olho do cidadão naquilo que
o poder público faz com o dinheiro da educação, é ele que vai examinar todos
os aspectos relacionados ao FUNDEB, quanto dinheiro entrou no fundo e quanto
em que foi aplicado.
Para realizar a tarefa de acompanhar e controlar a distribuição
transferência e aplicação dos recursos, o FUNDEB conta com o Conselho de
acompanhamento e controle social, esse conselho é formado por representantes
do poder local, professores, diretores, pais, alunos e servidores.

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A formação desse conselho é condição necessária para repasse desse
recurso, ou seja, se o município não tiver conselho não recebe a verba, o mais
importante de tudo é entender que a secretaria de Educação é a responsável por
administrar os recursos que vem do FUNDEB isto está no artigo 69 da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação.
Terá a duração de 14 anos (2007-2020) com o intuito de atender os alunos
da educação infantil, do ensino fundamental e médio e da educação de Jovens
e Adultos.
De acordo com a Lei, o FUNDEB se estenderá apenas até 2020. Diante
da proximidade do prazo, tramita no Congresso Nacional a Proposta de Emenda
Constitucional (PEC) 15/2015, que pretende tomar o FUNDEB permanente e
pode alterar a lógica de distribuição desses recursos. No momento, o projeto
está em debate na Comissão Especial destinada a analisar a PEC, já tendo
ocorrido mais de 30 audiências públicas a respeito.

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O QUE DIZ A LBD 9394/96

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB 9394/96) é a


legislação que regulamenta o sistema educacional (público ou privado) do Brasil
(da educação básica ao ensino superior). A LDB 9394/96 reafirma o direito à
educação, garantido pela Constituição Federal. Estabelece os princípios da
educação e os deveres do Estado em relação à educação escolar pública,
definindo as responsabilidades, em regime de colaboração, entre a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
A educação escolar compõe-se de educação básica, formada pela
educação infantil, ensino fundamental e ensino médio (art. 21, inciso I). A
educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a
formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe
meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores (art. 22). Serão
recursos públicos destinados à educação os originários de receita de impostos
próprios da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, receita de
transferências constitucionais e outras transferências, receita do salário-
educação e de outras contribuições sociais, receita de incentivos fiscais e outros
recursos previstos em lei (art. 68, incisos I, II, III, IV e V).
Especificamente, iremos expor alguns dos artigos da Lei que fazem
referência aos recursos destinados à Educação Básica.
É dever da União prestar assistência técnica e financeira aos estados, ao
Distrito Federal e aos municípios para o desenvolvimento de seus sistemas de
ensino e o atendimento prioritário à escolaridade obrigatória, exercendo sua
função redistributiva e supletiva (art. 9, inciso III).
Aos Estados incumbir-se-ão de definir, com os municípios, formas de
colaboração na oferta do ensino fundamental, as quais devem assegurar a
distribuição proporcional das responsabilidades, de acordo com a população a
ser atendida e os recursos financeiros disponíveis em cada uma dessas esferas
do Poder Público (art. 10, inciso II).
Os Municípios incumbir-se-ão de oferecer a educação infantil em creches
e pré-escolas, e, com prioridade, o ensino fundamental, permitida a atuação em
outros níveis de ensino somente quando estiverem atendidas plenamente as
necessidades de sua área de competência e com recursos acima dos

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percentuais mínimos vinculados pela Constituição Federal à manutenção e
desenvolvimento do ensino (art. 11, inciso V).
A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios, vinte e cinco por cento, ou o que consta nas
respectivas Constituições ou Leis Orgânicas, da receita resultante de impostos,
compreendidas as transferências constitucionais, na manutenção e
desenvolvimento do ensino público (art. 69)
Considerar-se-ão como de manutenção e desenvolvimento do ensino as
despesas realizadas com vistas à consecução dos objetivos básicos das
instituições educacionais de todos os níveis (art. 70).
Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser
dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas. Os recursos de
que trata este artigo poderão ser destinados a bolsas de estudo para a educação
básica, na forma da lei, para os que demonstrarem insuficiência de recursos,
quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública de domicílio do
educando, ficando o Poder Público o0brigado a investir prioritariamente na
expansão da sua rede local (art. 77, parágrafo 1º).

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PROBLEMÁTICA E DISCUSSÃO

Ter apenas uma política de manutenção e desenvolvimento da educação


básica (Fundeb, que se tornou o principal meio de auxiliar os estados e
municípios financeiramente), não assegura que a educação irá melhorar e vai
resolver todos os problemas da educação pública brasileira. Pois existe grandes
problemas de desvios de recurso financeiros, falta de planejamento e mal
aplicação.

Mas a lei que criou o Fundeb não previu um sistema de controle


sobre o modo como esses recursos são aplicados pelos Estados
e municípios. Sem um órgão específico para acompanhar o uso
de verbas federais, a fiscalização - quando existe - fica a cargo
de conselhos locais, que sofrem todo tipo de pressão política
(ESTADÃO, 2011).

O que ocasiona a abertura para esquemas de fraudes, desfalque e


extravio de dinheiro para outros fins que não priorizam a educação básica.
Porque falta fiscalização desse subsidio da trajetória dele desde o repasse até
como ele será administrado e empregado. Desse modo chegasse a problemática
da questão de que o financiamento complementar através do Fundeb é
garantindo, é repassado para os estados e respectivamente aos municípios,
chega até as prefeituras, mas a educação não melhora, continua decaindo, com
baixa qualidade de ensino, evasão, infraestrutura precária, e não consegue
atingir as metas prevista.

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FORMAS DE SUPERAÇÃO

Umas das formas para superar a problemática quanto a falta de


fiscalização, fraudes e extravio de dinheiro quanto aos recursos do FUNDEB que
chega aos municípios e estados, e que deveriam ser investidos na educação
básica é a criação do Conselho de Acompanhamento e Controle Social do
Fundeb, que tem por função acompanhar o controle social da distribuição,
transferência e a aplicação dos recursos do fundo nos municípios e estado, o
conselho não é unidade administrativa, é independente mas deve agir de forma
harmoniosa com os órgãos da administração pública.
Cabe ao poder executivo oferecer apoio material e logístico necessário ao
conselho para o seu funcionamento adequado, assim como também local para
reuniões, meios de transporte, materiais e equipamentos para que a equipe do
conselho tenha condições de desempenhar suas atividades e exercer
efetivamente suas funções. Em Maceió esse conselho é o COMED – Conselho
Municipal de Educação, eleito em 2017 para o biênio 2017/2019, e tem por
presidente a professora Elizângela Leal de Oliveira Mercado e é formado por
dezenove titulares e seus suplentes, criado por meio da Lei Municipal N° 4.401
de 30 de dezembro de 1994, revisada em 24 de julho de 2007, o COMED tem
por objetivo acompanhar, controlar e avaliar as políticas educacionais e
aplicação dos recursos destinados à educação do município de Maceió.

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CONCLUSÃO

Concluindo, refletimos sobre a íntima relação da garantia da educação


como um direito com o financiamento por parte do poder público, que acontece
por meio da arrecadação de impostos. Entender o financiamento, bem como as
fases que a educação básica formal passou no Brasil, revela as conquistas e as
defasagens do nosso sistema educacional brasileiro. Podemos dizer que o maior
problema na educação está no investimento financeiro, pois, para promover
qualidade é necessária a injeção de recursos, embora saibamos que há uma
grande quantidade de impostos e a arrecadação corresponde a uma das maiores
economias do mundo. No entanto, sugerimos que um dos problemas esteja na
má distribuição dos recursos e, cabe à população, através de uma participação
ativa, reivindicar seus direitos para um futuro melhor, participando das
discussões e fiscalizando os gastos com a educação, ao contrário de aceitar
passivamente ordenações quer não promovam melhorias. Sugerimos, também,
que a valorização dos profissionais da educação seja tida como umas das
prioridades na aplicação dos fundos, pois eles são os principais responsáveis
pelo desenvolvimento educacional de cidadãos brasileiros, preparando-os para
um mundo globalizado. Essa valorização deveria abarcar recursos didáticos e
pedagógicos, infraestrutura física e tecnológica, salários justos, formação
continuada, entre outros quesitos importantes no desenvolvimento da educação
pública formal no país.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei Federal nº 9394/96, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as


Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm>. Acesso em: 27 set.
2018.

FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO. Sobre o


Fundeb, 2017. Disponível em:
<http://www.fnde.gov.br/financiamento/fundeb/sobre-o-plano-ou-
programa/sobre-o-fundeb>. Acesso em: 27 set. 2018.

O ESTADÃO DE S. PAULO. O controle das verbas do Fundeb, 2011.


Disponível em: <https://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,o-controle-das-
verbas-do-fundeb-imp-,705039>. Acesso em: 27 set. 2018.

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