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UNIVERSIDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE ALAGOAS – UNCISAL

CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - CED


UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL – UAB
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PRÁTICAS PEDAGÓGICAS: PARA EAD E
ENSINO HÍBRIDO

EDUCAÇÃO FINANCEIRA NO ENSINO MÉDIO

Aluno: Edmêncio Pereira Feitosa


Aluno: Paulo Ricardo Tenório da Silva Rego
Orientadora: Profa. Dra. Jussara Gabriel

Abril de 2024
Aluno: Edmêncio Pereira Feitosa
Aluno: Paulo Ricardo Tenório da Silva Rego

Trabalho apresentado como requisito parcial para a


conclusão do Curso de Especialização em Práticas
Pedagógicas: Tecnologias para EAD e Ensino Híbrido
do Centro de Educação a Distância da Universidade
Estadual e Ciências da Saúde - UNCISAL E UAB,
orientado pela profa. Dra. Jussara Gabriel.

COMISSÃO EXAMINADORA
_____________________________
Professor (a):
Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas
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Professor (a):
Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas
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Professor (a):
Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas
Abril/2024
1. IDENTIFICAÇÃO
O presente RED será elaborado tendo como fundamento a Educação básica,
respectivamente jovens entre 14 e 15 anos que estejam cursando o 1° ano do Ensino
Médio em uma escola de natureza pública. Para que a atual proposta alcance seu
objetivo, o componente curricular a ser trabalhado corresponderá à Matemática
Financeira. Essa última traduzir-se-á numa ferramenta imprescindível a qual viabilizará,
através de seus instrumentos, a necessidade de se educar financeiramente
proporcionando uma vida mais confortável no que diz respeito às finanças pessoais do
público-alvo acima citado.
De acordo com (Kern, 2009, p.20), a fim de se interar e implementar programas
de educação financeira nos países membros, a OCDE (Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico) criou o Financial Education Project (Projeto de Educação
Financeira) em 2004, que também pode ser observado e operado por nações parceiras
como o Brasil, por exemplo. Uma das recomendações proposta pelo projeto aponta à
necessidade da inserção dos indivíduos à educação financeira a partir do âmbito escolar.
Indo na mesma direção de tal percurso educativo, o Governo Brasileiro, através do
Decreto 10.397, de 9 de julho de 2020, institui a nova ENEF (Estratégia Nacional de
Educação Financeira) e o FBEF (Fórum Brasileiro de Educação Financeira) sendo o
MEC um dos que compõe esse último. Isso mostra o foco dado pela esfera
governamental em atingir um nível considerável de equilíbrio financeiro ao promover a
racionalidade para o manuseio de receitas e despesas por parte dos cidadãos.
2. APRESENTAÇÃO DO RECURSO EDUCACIONAL DIGITAL
3. OBJETIVOS
3.1 Geral
3.2 Específicos
4) JUSTIFICATIVA
O contexto econômico mundial vem sendo fortemente transformado devido a
fatos que colaboraram à mudança de hábitos dos indivíduos com relação ao manuseio
de suas rendas. A pandemia de Covid-19, que atingiu de modo considerável o capital
financeiro das pessoas fazendo com que com que as empresas deixassem de operar
contribuindo assim para o incremento do desemprego numa escala mundial, em virtude
das medidas sanitárias como o lockdown, gerou vulnerabilidade não somente na área
econômica, mas também na esfera social. O acesso a bens e serviços sofreu grande
retração e o comércio de modo geral se concentrou e se qualificou nas vendas online
como forma de se manter operante. Porém, a facilidade proporcionada por essas
compras virtuais é passível de se construir gerações de pessoas que utilizarão seus
recursos financeiros de um modo imprudente, o que poderá ocasionar o surgimento de
milhares de inadimplentes. Portanto, urge nos dias atuais a importância de se
proporcionar à população uma via para que ela possa adquirir conhecimentos básicos
sobre educação financeira, desde a escola, colaborando assim à construção de uma
sociedade mais equitativa na repartição de seus bens e na relação com o consumo. De
acordo com uma publicação veiculada pelo (Jornal da USP, 23/11/2020), se torna
importante orientar crianças e jovens sobre o papel da consciência para com o uso
prudente de recursos financeiros, começando a partir de casa, através da economia
doméstica e orçamento familiar o que vem orientar a urgência em se universalizar o
acesso a tal conhecimento em toda a Educação Básica.
Segundo Souza (2015, p.21), foi elaborado um documento entitulado
“Recommendation Principles and Good Practices for Financial Education and
Awareness”, o qual foi adotado por países como Brasil e Espanha e que passou a ser
modelo à implementação de uma proposta que tivesse que tivesse a educação financeira
como objetivo. Segundo Savoia, Saito e Santana, (apud SOUZA, 2015, p.22), tal
documento traz uma série de recomendações, porém, a que pode ser jugada mais
importante no aspecto educativo diz respeito a necessidade de se inserir previamente os
indivíduos no conhecimento de conceitos financeiros a partir dos anos iniciais da escola.
Logo, se torna imprescindível ter ciência de determinados aspectos os quais envolvem a
instrução sobre educação financeira no nível básico, tendo como recorte o 1° ano do
Ensino Médio, pois nessa etapa se concentra, em sua grande maioria, jovens cuja faixa
etária beira aos 14 anos de idade. E nessa fase da vida há a possibilidade da compulsão
em adquirir produtos gerar adultos com perfis consumistas e imprudentes para com o
manuseio do dinheiro e do crédito.
5) CONTEXTUALIZAÇÃO
Os tempos atuais vêm mostrando cada vez mais desafios os quais necessitam
serem superados ou amenizados pelas pessoas, a fim de que tais possam adquirir
progresso em suas metas de vida. Um aspecto que se revela de forma objetiva para o
indivíduo, ou seja, aquilo que se é bastante perseguido por todos, consiste no desejo de
se possuir condições para se angariar mercadorias de bens que lhes satisfaçam. Essa
relação de troca, que se dá no cotidiano, encontra-se fundamentada nas atitudes e
habilidades dos personagens envolvidos para com o uso de recursos financeiros. As
transformações nas áreas da política e economia em escala mundial vêm influenciando
modo dos governantes operarem a máquina pública buscando formas para equacionar os
desafios concernentes à distribuição de renda às populações. A ascensão de governos de
ultradireita com posturas ditatoriais, o envelhecimento da população em diversos países,
incluindo o Brasil, que demanda reformulações no regime de previdência, a alta dos
preços dos alimentos e demais itens de primeira necessidade tornam imprescindível o
fato das famílias serem “coagidas” a realizarem readequações em seus orçamentos. Com
base nessas evidências surge a educação financeira como uma possibilidade de se
formar indivíduos mais propensos a lidarem com suas finanças de maneira mais
prudente e equilibrada. Para que seja possível tal instrução de caráter monetário é
necessário que se construa, a partir do âmbito escolar, uma cultura pela qual as pessoas
possam ter conhecimentos basilares no que se refere a receitas e despesas, à poupança,
ao uso hábil do crédito e, também, à perícia à prática de investimentos. Sendo assim, em
julho de 2021, o MEC, juntamente com a CVM (Comissão de Valores Monetário) e o
SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas) criaram o
Programa de Educação Financeira nas Escolas com o intuito de capacitar 500 mil
professores em educação financeira no intervalo de 3 anos. Esses docentes terão a
missão de instruir 25 milhões de alunos dos ensinos fundamental e médio sobre tal
temática fazendo valer a proposta da OCDE que recomenda a inserção do indivíduo à
educação financeira com bastante antecedência a fim de que seja suscetível a formação
de uma sociedade mais coadunada com a saúde das finanças pessoais a princípio.
Segunado (Worthy et. al., 2010 apud BAÚ DAL MAGRO et. al., 2017), “O
desenvolvimento de um comportamento financeiro positivo durante os anos de estudo
aumenta as chances de um indivíduo alcançar uma melhor qualidade de vida”. Robb,
2011 (apud idem, 2017), corrobora tal pensamento ao afirmar que “a educação
financeira pode melhorar o comportamento de uso consciente dos recursos financeiros,
principalmente para jovens que estão na idade certa para desenvolver habilidades que
levarão para toda a vida.” Neste aspecto é lícito afirmar a importância de se
implementar tal instrução de maneira complementar no Ensino Médio focando o 1° ano
como ponto de partida, visto que há uma incidência maior de adolescentes os quais
necessitam serem orientados a respeito do uso consciente de recursos finaceiros.

Bibliografia:

BAÚ DAL MAGRO, Cristian et al. Nível de Educação Financeira de Estudantes


do Ensino Médio e seus Reflexos Econômicos. Revista de Administração da
USP, São Paulo, v. 52, n. 3, p. 285-303, jul-set 2017. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rausp/a/DHTnpMWT6FzdBZRMxSXWcCz/?lang=en.
Acesso em: 18 maio 2023.

BRASIL. Decreto n. 10.397, de 9 de junho de 2020. Institui a nova Estratégia


Nacional de Educação Finaceira-ENEF e o Fórum Brasileiro de Educação
Finaceira-FBEF. Disponível em: planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-
2022/2020/decreto/d10393.htm. Acesso em: 28 maio 2023.

EDUCAÇÃO FINANCEIRA NA ESCOLA. Como está a Educação Financeira


dos Jovens Brasileiros? Disponível em:
https://www.edufinanceiranaescola.gov.br/como-esta-a-educacao-financeira-
dos-jovens-brasileiros. Acesso em: 16 maio 2023.

KERN, Denise. Uma Reflexão sobre a Importância de Inclusão de Educação


Financeira na Escola Pública. Lajeado, Junho de 2009. Dissertação (Mestrado
Profissionalizante em Ensino de Ciências Exatas) - Centro Universitário
Univates, Lageado, RS, 2009. Disponível em:
https://www.vidaedinheiro.gov.br/wp-content/uploads/2018/11/DeniseKern.pdf.
Acesso em: 28 maio 2023.

PIERRE, Vitória. Educação finaceira para crianças e jovens vira disciplina


escolar. Jornal da USP, São Paulo, 2020. Disponível em: https://jornal.usp.br/?
p=370197. Acesso em: 08 junho 2023.
SOUZA, Stambassi Andrea. Design e Desenvolvimento de um Curso de
Educação Continuada para Professores em Educação Financeira Escolar. Juiz
de Fora, Dezembro de 2015. Dissertação (Mestrado Profissional em Educação
Matemática) - UFJF, Juiz de Fora, MG, 2015. Disponível em:
https://www2.ufjf.br/mestradoedumat/wp-content/uploads/sites/134/2011/05/
Dissertação-Andrea-Stambassi.pdf Acesso em: 08 junho 2023.

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