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de Jovens e
Adultos
Jaqueline Ventura
Faculdade de Educação/ UFF
Educação de Jovens e Adultos (EJA): espaços de possibilidades pedagógicas e
garantia de direito à educação de qualidade socialmente referenciada.
A EJA ENFRENTA DESAFIOS HISTÓRICOS SIGNIFICATIVOS
NÚMEROS ALARMANTES
10 milhões de analfabetos (15 anos ou mais)
70 milhões que não concluíram a educação básica (25 anos ou mais)
O avanço das ações de fechamento de turmas e de escolas com EJA e, por consequência, de
contínua redução de vagas da modalidade, associadas à adesão aos mecanismos de certificação,
constroem um ambiente adequado à desescolarização da EJA. Além de potencializar o
desenvolvimento de um mercado voltado a atender às demandas por certificação.
O CENÁRIO NACIONAL
Na ótica da “reforma empresarial da educação” (FREITAS, 2018), fundações e institutos privados atuam para interferir na
educação nacional, repercutindo em uma certa privatização da educação por dentro, por meio da defesa da padronização e da
testagem do conteúdo, do currículo por competências, da otimização dos recursos financeiros da educação, das parcerias
público-privadas etc.
Tal processo de intervenção privatista na educação pública em curso restringe, ainda mais, o acesso da classe trabalhadora à
ciência e à formação escolar crítica.
Nesse cenário de reformismo e aprofundamento das políticas neoliberais, a ampliação da precarização na EJA se deu
também com a implementação do Parecer CNE/CEB nº 6/2020 e da Resolução CNE/CEB nº 1/2021, no governo Bolsonaro.
A política pública para a EJA, sob o argumento da flexibilização da oferta, contribui para a ampliação da educação não formal
e da EaD, ambas de tipo mercadológico, em substituição à EJA presencial.
LIÇÕES DO PASSADO E PERSPECTIVAS PARA O FUTURO
Constituir um corpo de profissionais da educação, nas redes públicas, que tenham formação adequada e permanente
para atuar na EJA. É necessário ter formação docente para a EJA, tanto inicial quanto continuada.
Considerar a intersetorialidade como condição de êxito na política de EJA. Consolidar espaços de diálogo entre áreas
como educação, trabalho, saúde, assistência social, cultura, ciência e tecnologia, os quais, sob condução do
MEC/Secadi, construam uma frente intersetorial articulada para a EJA.
CONTRIBUIÇÕES FINAIS
Os estudos apontam que é preciso encarar a EJA como uma política educacional nacional que
dialoga com os contextos locais e considera múltiplos currículos e formas de ofertas, de acordo com
possibilidades e interesses dos estudantes.
Por fim, manifestamo-nos a favor da revogação da Resolução nº 1/2021 e do Novo Ensino Médio!
Ambos negligenciam a educação dos trabalhadores e ampliam a fragmentação e a
precarização de uma modalidade historicamente secundarizada na educação brasileira.
LIÇÕES DO PASSADO E PERSPECTIVAS PARA O FUTURO
BOMFIM, Maria Inês, BAYERL, Claudia. Roteiro para um balanço crítico da escola de EJA. Adaptado de: Formação docente em educação profissional técnica na área da saúde: a organização
pedagógica do trabalho docente em saúde. / Maria Inês do Rego Monteiro Bomfim (Coord.) [et al.]. – Rio de Janeiro, RJ: Fundação Oswaldo Cruz; Escola Nacional de Saúde Pública Sergio
Arouca, 2009.
REFERÊNCIAS
BOMFIM, Maria Inês, BAYERL, Claudia. Roteiro para um balanço crítico da escola de EJA. Adaptado de: Formação docente em educação profissional técnica na área da saúde: a organização
pedagógica do trabalho docente em saúde. / Maria Inês do Rego Monteiro Bomfim (Coord.) [et al.]. – Rio de Janeiro, RJ: Fundação Oswaldo Cruz; Escola Nacional de Saúde Pública Sergio
Arouca, 2009.
É preciso ter esperança, mas esperança do verbo esperançar; (...)
Esperançar é se levantar, esperançar é ir atrás, esperançar é
construir, esperançar é não desistir! Esperançar é levar adiante,
esperançar é juntar-se com outros para fazer de outro modo.