Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
RESUMO
1. INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, o tema educação financeira tem se tornado cada vez mais
recorrente e isso tem acontecido por diversos fatores, podendo destacar a crise
econômica e financeira do país como fator importante. Segundo a Pesquisa
2
(CAMPOS; COUTINHO, 2019, p. 71). Para Sena (2017) a educação brasileira ainda
não utiliza todo seu potencial sobre a temática e faz um alerta de possíveis indícios
de que a abordagem que vem sendo tratada sobre educação financeira ainda é de
forma superficial.
A Educação Financeira como Política Pública, não se trata somente em
aprender a economizar, cortar gastos, poupar e acumular dinheiro. É bem mais que
isso. Ter educação financeira é buscar melhoria na qualidade de vida no presente e
no futuro, visando a segurança material necessária para o cotidiano e, ao mesmo
tempo, obter uma garantia para eventuais imprevistos.
A Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF) passa por quase todas
as etapas do ciclo de políticas públicas, uma vez que, para ela se iniciar foi
necessário identificar o problema da escassez da educação financeira e, a partir da
seleção desse problema como prioridade na agenda governamental iniciaram-se a
elaboração de ações a fim de resolver o problema.
Uma das alternativas que para sanar a questão da falta de educação
financeira é levar a educação financeira para o maior número de pessoas possível e
ajudá-las a gerenciar melhor as dificuldades financeiras, bem como permitir que
planejem melhor suas vidas. Dessa forma, as instituições de ensino nos diferentes
níveis podem contribuir de forma significativa ao educar os alunos sob a perspectiva
financeira, por se um canal que levariam esse conhecimento para suas famílias. No
entanto, não basta transferir a ela esta função sem que haja uma formação dos
professores para desempenharem mais esta tarefa.
Considerando a importância da educação financeira, inclusão nas diretrizes
bases da educação, e a existência de pesquisas internacional e nacionais validam a
importância do tema e se questiona: quais ações a IES têm realizado de forma a
fortalecer o tema Educação Financeira como Política Pública? Como objetivo
principal o presente artigo se propõe descrever as ações realizadas por Instituições
do Ensino Superior que promovam políticas públicas em Educação Financeira
apoiado pela ENEF (ESTRATÉGIA NACIONAL DE EDUCAÇÃO FINANCEIRA)
Deste modo, a escolha do tema a ser tratado se justifica pela necessidade de
se investigar o engajamento das IES, dada a relevância social e de formação que
essas instituições tem perante a sociedade, no processo de disseminação e práticas
relacionada a Educação Financeira. Desse modo, considerando que a ENEF
4
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Assim como diversos temas para serem bem entendidos necessita de uma
explanação, ainda que breve contexto histórico, o presente estudo chama atenção
para tal aspecto. Primeiramente, cumpre destacar que os primeiros países a investir
na Educação Financeira foram Noruega, Dinamarca, Suécia, Israel e Canadá.
Entretanto, já no Brasil a educação financeira iniciou seus primeiros debates em
tempos recentes. (ARAÚJO et. al. 2014).
Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico-
OCDE (2005) a Educação Financeira pode ser entendida como sendo a
transformação de bons hábitos, comportamentos, organização e valores na vida das
pessoas, levando-se em consideração atos corriqueiros da vida comum, como
ganhar, economizar, planejar e investir. Sob esse prisma, a educação financeira
permite que existam condições para as pessoas decidirem melhor o que fazer com
seu dinheiro, orientando de forma adequada o quanto poupar, onde investir, onde ter
maior rentabilidade, por exemplo.
A Estratégia Nacional de Educação Financeira define o termo educação
financeira como o processo no qual os indivíduos melhoram a sua compreensão em
relação ao dinheiro e produtos com informação, formação e orientação (ENEF,
2010).
5
Porém, esse decreto foi revogado recentemente, pelo Decreto Federal n.º
10.393 de 09 de junho de 2020, o qual institui nova Estratégia Nacional de Educação
Financeira – ENEF e o Fórum Brasileiro de Educação Financeira - FBEF. A nova
ENEF tem como finalidade promover a educação financeira, securitária,
previdenciária e fiscal no País. (BRASIL, 2020)
Nesse interim, foram apresentados à Câmara dos Deputados diversas
propostas de Projeto de Lei com o objetivo de integrar a educação financeira ao
currículo do ensino infantil, fundamental e médio. Todos os projetos apresentados
para discussão e encaminhamentos tinha como justificativa o entendimento do
parlamentar federal de que a educação financeira pode potencializar e consolidar o
próprio desenvolvimento econômico e financeiro nacional, haja vista que em outros
países como Estados Unidos, Japão, Austrália, Nova Zelândia adotam no currículo
educacional e tem se destacado a qualidade tanto educacional como financeira dos
sujeitos envolvidos.
A Comissão de Educação, em seu relatório (PRL n. 3, 2021) sobre o tema
educação financeira, relata que o projeto de Lei nº 2.107, de 2011, de autoria do
Deputado Audifax, que objetiva incluir “Noções de Economia Financeira” como
disciplina obrigatória no ensino médio, recebeu ao longo de sua tramitação, a
apensação de 11(onze) outras proposições:
PL nº 3.114, de Deputado Guiga Peixoto altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que
2019 estabelece as diretrizes e bases da educação nacional,
para incluir o estudo da educação financeira nos
currículos da educação básica
PL nº 3.145, de Deputado Loester Trutis que “Altera a Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996,
2020 que estabelece as diretrizes e bases da educação
nacional, para incluir educação financeira no rol dos
temas transversais obrigatórios da educação básica.”
PL nº 4.882, de Deputado Coronel Tadeu altera a Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que
2020 estabelece as diretrizes e bases da educação nacional,
para incluir educação financeira no rol dos temas
transversais obrigatórios da educação básica.
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A pesquisa cientifica visa contribuir para o avanço social, no qual faz uso de
informações de forma sistemática e detalhada. Conforme as lições apreendidas de
Andrade (2003, p. 121) a pesquisa pode ser entendida como o “conjunto de
10
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Especial
NORTE 11 16 16
12
NORDESTE 20 29 45
SUL 11 16 61
Com base no Quadro 05 as ações realizadas pelas IES, são voltadas para
capacitação e formação de profissionais da área da educação (docentes) e técnicos
buscando o aperfeiçoamento em educação financeira. Observa-se que formadas
410 pessoas diretamente.
As ações realizadas se caracterizam pela disseminação do conhecimento em
Educação Financeira em diferentes formatos, observou-se a realização por meio
curso de aperfeiçoamento, capacitação e Pós-Graduação Lato Sensu
(especialização). Todas as ações utilizaram de recursos públicos para sua
execução, totalizando o valor de R$ 424.120,00 (não incluso o valor da ação
realizada pela UFPB, por não constar nos documentos).
Apesar da convocação para formar parceria realizada pela ENEF junto as IES
públicas para desenvolver ações voltado a educação financeira ou alfabetização
financeira, observa-se que no período proposto apenas, 5,8% das IES realizaram
ações. Diante do universo de IES públicas federais no Brasil, é importante destacar
a baixa participação nesse processo.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
http://sistema.semead.com.br/9semead/resultado_semead/trabalhosPDF/266.pdf> Acesso
em 02 dez. 2021.
ORGANIZAÇÃO PARA A COOPERAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO.
Trabalhando com o Brasil. Políticas melhores para uma vida melhor. Jul. 2005.
Disponível em: < http://www.oecd.org/brazil/Active-with-Brazil-Port.pdf Acesso em: 02
dez.2021.
SALEH, Abdala Mohamed; SALEH, Pascoalina Bailon de Oliveira. O elemento
financeiro e a Educação para o Consumo Responsável. Educ. rev., Belo Horizonte,
v. 29, n. 4, p. 189-214, dez. 2013. Disponível em: . Acesso em 01 dez. 2021.
SPERANDIO, Luan. Por que o Brasil é um país de analfabetos financeiros – e como
isso atrapalha a nossa vida. Entrevistado: Gerson Caner. Gazeta do Povo, Curitiba,
8 fev. 2020. Disponível em: Acesso em: 01 dez. 2021.