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ESTRATÉGIA NACIONAL DE EDUCAÇÃO FINANCEIRA COMO POLÍTICA


PÚBLICA: principais ações realizadas por Instituições do Ensino Superior no
período de 2017 a 2019.

RESUMO

Esta pesquisa visa descrever as ações realizadas por Instituições do Ensino


Superior que promovam políticas públicas em Educação Financeira apoiado pela
ENEF (Estratégia Nacional), pois há a necessidade de se investigar o engajamento
das IES, dada a relevância social e de formação que essas instituições têm perante
a sociedade, no processo de disseminação e práticas relacionada a Educação
Financeira. Ademais, é preciso discutir o conceito da educação financeira, o cenário
legislativo e o papel das IES no fortalecimento dessa como política pública. A
metodologia bibliográfica e documental usada nesta pesquisa de abordagem
descritiva foi feito a partir de levantamentos em livros, artigos científicos e
publicações equivalentes a temática Educação Financeira. Então, depreende-se que
a ENEF foi criada como uma missão comunitária educativa, mas constatou-se que
as ações realizadas pelas IES, são voltadas para capacitação e formação de
profissionais da área da educação (docentes) e técnicos buscando o
aperfeiçoamento em educação financeira, não tendo um formato padrão.

Palavras-chave: Educação Financeira; ENEF; IES; Políticas Públicas

1. INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, o tema educação financeira tem se tornado cada vez mais
recorrente e isso tem acontecido por diversos fatores, podendo destacar a crise
econômica e financeira do país como fator importante. Segundo a Pesquisa
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Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e


Estatística (IBGE) de 2020, cerca de 14,1 milhões de pessoas estão
desempregadas, exigindo maior racionalidade no uso da moeda e escassez de
recursos para sobrevivência.
O tema de finanças abordado no processo educacional tem grande
importância por refletir no desenvolvimento social e econômico de um país.
Cotidianamente, as pessoas tomam decisões e essas decisões relação direta com a
educação financeira do indivíduo. Para Lima e Costa (2015, p 3) a ausência de
conhecimentos financeiro básico pode comprometer, por vezes, a decisões
equivocadas e nocivas a de suas finanças, podendo afetar de forma negativa os
planos pessoais, ambientais, social e econômico.
Conforme Araújo et. al. (2014), alguns fatores foram importantes para que
houvesse a necessidade da educação financeira no Brasil como o controle da
inflação, o aumento de pessoas com conta bancaria e acesso a serviços financeiro,
pois convivíamos com altos índices de inflação que tornavam a situação econômica
do país mais instável, pois assim era impossível planejar a longo prazo.
Assim, tem-se se buscado por práticas ligadas à educação financeira, mas é
necessário que as pessoas compreendam sobre os aspectos que abordam a
educação financeira. Segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento
Econômico – OCDE (2005), educação financeira é o processo que permite melhorar
a compreensão em relação aos produtos e serviços financeiros, se tornando capaz
de fazer escolhas de forma bem informada.
Segundo dados do Relatório do Pisa 2015 (INEP, 2016), comparando os
estudantes de diversos países com a mesma escolaridade, os estudantes brasileiros
apresentam desempenho abaixo da média em termos de conhecimentos
relacionados a Ciências, Leitura e Matemática. Em se tratando do teste de
conhecimento, a avaliação dos estudantes sob esse aspecto do conhecimento de
produtos financeiros e no domínio de conceitos matemáticos, está inserido no
conhecimento de Matemática.
Para alguns autores essa avaliação apresenta superficialidade. Campos e
Coutinho (2019), destacam a necessidade de aprofundamento crítico em relação ao
conhecimento financeiro, logo defendem valorar a conscientização social e política
presente nos conhecimentos matemáticos adquiridos pelos indivíduos, em especial
aos conhecimentos de matemática financeira já interessa à educação financeira
3

(CAMPOS; COUTINHO, 2019, p. 71). Para Sena (2017) a educação brasileira ainda
não utiliza todo seu potencial sobre a temática e faz um alerta de possíveis indícios
de que a abordagem que vem sendo tratada sobre educação financeira ainda é de
forma superficial.
A Educação Financeira como Política Pública, não se trata somente em
aprender a economizar, cortar gastos, poupar e acumular dinheiro. É bem mais que
isso. Ter educação financeira é buscar melhoria na qualidade de vida no presente e
no futuro, visando a segurança material necessária para o cotidiano e, ao mesmo
tempo, obter uma garantia para eventuais imprevistos.
A Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF) passa por quase todas
as etapas do ciclo de políticas públicas, uma vez que, para ela se iniciar foi
necessário identificar o problema da escassez da educação financeira e, a partir da
seleção desse problema como prioridade na agenda governamental iniciaram-se a
elaboração de ações a fim de resolver o problema.
Uma das alternativas que para sanar a questão da falta de educação
financeira é levar a educação financeira para o maior número de pessoas possível e
ajudá-las a gerenciar melhor as dificuldades financeiras, bem como permitir que
planejem melhor suas vidas. Dessa forma, as instituições de ensino nos diferentes
níveis podem contribuir de forma significativa ao educar os alunos sob a perspectiva
financeira, por se um canal que levariam esse conhecimento para suas famílias. No
entanto, não basta transferir a ela esta função sem que haja uma formação dos
professores para desempenharem mais esta tarefa.
Considerando a importância da educação financeira, inclusão nas diretrizes
bases da educação, e a existência de pesquisas internacional e nacionais validam a
importância do tema e se questiona: quais ações a IES têm realizado de forma a
fortalecer o tema Educação Financeira como Política Pública? Como objetivo
principal o presente artigo se propõe descrever as ações realizadas por Instituições
do Ensino Superior que promovam políticas públicas em Educação Financeira
apoiado pela ENEF (ESTRATÉGIA NACIONAL DE EDUCAÇÃO FINANCEIRA)
Deste modo, a escolha do tema a ser tratado se justifica pela necessidade de
se investigar o engajamento das IES, dada a relevância social e de formação que
essas instituições tem perante a sociedade, no processo de disseminação e práticas
relacionada a Educação Financeira. Desse modo, considerando que a ENEF
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promove políticas públicas em Educação Financeira em parcerias com IES, buscou-


se identificar quais IES e ações foram desenvolvidas dentro desse programa.
Sob o aspecto social, verifica-se que trata de uma abordagem realizada com
a finalidade de fomentar práticas sociais ainda ausentes que trariam grande
relevância. No que diz respeito a importância acadêmica, o presente estudo
possibilitará continuar com discussão no âmbito científico, uma vez que poderá gerar
implementação do instituto como política pública educativa.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

Nessa seção será discutido sobre o conceito da educação financeira, o


cenário legislativo e o papel das IES no fortalecimento da Educação Financeira
como política pública.

2.1 Aspectos Conceituais

Assim como diversos temas para serem bem entendidos necessita de uma
explanação, ainda que breve contexto histórico, o presente estudo chama atenção
para tal aspecto. Primeiramente, cumpre destacar que os primeiros países a investir
na Educação Financeira foram Noruega, Dinamarca, Suécia, Israel e Canadá.
Entretanto, já no Brasil a educação financeira iniciou seus primeiros debates em
tempos recentes. (ARAÚJO et. al. 2014).
Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico-
OCDE (2005) a Educação Financeira pode ser entendida como sendo a
transformação de bons hábitos, comportamentos, organização e valores na vida das
pessoas, levando-se em consideração atos corriqueiros da vida comum, como
ganhar, economizar, planejar e investir. Sob esse prisma, a educação financeira
permite que existam condições para as pessoas decidirem melhor o que fazer com
seu dinheiro, orientando de forma adequada o quanto poupar, onde investir, onde ter
maior rentabilidade, por exemplo.
A Estratégia Nacional de Educação Financeira define o termo educação
financeira como o processo no qual os indivíduos melhoram a sua compreensão em
relação ao dinheiro e produtos com informação, formação e orientação (ENEF,
2010).
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Nesse sentido, o objetivo precípuo de se implementar a educação financeira


como ponte do conhecimento na vida das pessoas é de justamente integrar valores
e competências necessárias para que haja maior conscientização das oportunidades
e riscos envolvidos para que as escolhas estejam de fato bem informadas, visando
construir patrimônios, ter boas condições no futuro, honrar os compromissos e evitar
problemas financeiros tanto no presente quanto no futuro. (ENEF, 2010)
Segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico
(OCDE) a educação financeira é o processo onde os indivíduos e as sociedades
aperfeiçoam o entendimento sobre os conceitos e produtos financeiros, de modo
que possam tomar decisões mais assertivas dada as oportunidades e riscos; ou
seja, fazer escolhas bem informadas, saber onde procurar ajuda e adotar outras
ações que melhorem o seu bem-estar (OCDE, 2005).
Portanto, o indivíduo conhecendo as possiblidades e aproveitando as
oportunidades financeiras, entende melhor seus riscos; fazendo um bom uso dos
recursos passa a tomar decisões conscientes e sustentáveis financeiramente
(SCOPEL, SANTOS, 2020).
Segundo Pereira et al (2019) o principal argumento em defesa da educação
financeira é de que essa política impulsiona a capacitação financeira das famílias,
por meio da transferência de conhecimentos e informações sobre o correto
gerenciamento das finanças pessoais, e também sobre o uso da variedade de oferta
de produtos e serviços financeiros disponíveis no mercado.

2.2 O papel das IES no fortalecimento da Educação Financeira como política


pública

O campo das políticas públicas se conjectura em diversas abordagens, no


entanto, a sua essência se destaca nas ações voltada à resolução de um problema
público, independente de quem a execute, podendo ser organizações não-
governamentais, organismos multilaterais, agentes ou instituições públicas, entre
outros.
Quando se menciona a identificação de um problema, qualquer ator social
pode ser protagonista no âmbito das políticas públicas, desde que o problema a ser
enfrentado seja um problema público, normalmente, coletivo. “Um problema público
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geralmente está relacionado a um excesso, uma escassez ou um risco” (SECCHI,


2016, p. 50).
Para desenvolver ações voltado a educação financeira ou alfabetização
financeira, a ENEF destaca que é de fundamental importância estabelecer parcerias
com diversas entidades, seja pública e ou privadas, que desenvolvam ou tenham
condições de desenvolver ações. Destaca ainda, que alguns segmentos são
potenciais parceiros, a exemplo das Organizações não-governamentais, Forças
Armadas, Servidores Públicos, Grupos religiosos, Universidade, dentre outros.
Apesar de não ser foco de discussão da presente pesquisa, importante
destacar que o termo Educação Financeira e Alfabetização Financeira muitas vezes
são considerados sinônimos. Pesquisa realizada por Huston (2010), aponta que
47% dos estudos analisados usam os termos educação financeira e alfabetização
como conceitos sinônimos.
A OECD (2011) destaca que o termo alfabetização financeiro é bem mais
amplo a combinar três variáveis, quais sejam: conhecimento financeiro, atitude
financeira e comportamento financeiro. Enquanto que a o termo educação financeira
está mais relacionada com o conhecimento financeiro que o indivíduo possui. Logo,
a alfabetização seria um conceito mais amplo que a educação financeira (HUSTON,
2010).
Alguns estudos nacionais e internacionais relacionados ao campo da
alfabetização e educação financeira apresentam algumas variáveis importantes a
ser observada para o fortalecimento dessa temática. O estudo de Cude (2010)
afirma que os indivíduos com maior alfabetização financeira têm mais chances de
sucesso em seus vida profissional e pessoal, pois tem menos preocupações
financeiras e mais investimentos a longo prazo. (tradução nossa).
Lusardi et al (2010) investigaram os fatores associados à alfabetização
financeira entre os jovens americanos com uma a amostra de 7.417 indivíduos; os
resultados apontaram que fatores sociais, familiares, situação financeira e
escolaridade dos pais influenciou a educação financeira dos indivíduos; com
destaque para os pais com escolaridade de nível superior apresentaram níveis mais
elevados. (tradução nossa).
Estudo realizado pelo o Banco Central entre os anos de 2010 e 2011 com 25
mil estudantes de 892 escolas públicas, um projeto piloto de ensino de educação
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financeira voltado para alunos do ensino médio apresentou alguns resultados a


destacar no gráfico 01.
Gráfico 01- Índice de educação financeira por estado

Fonte: Banco Central (2016)


Para Tamimi e Culli (2009) os resultados sobre o impacto da educação
financeira nas decisões financeiras demonstram que o campo de atuação
profissional influencia sua alfabetização financeira e aqueles que investem em ações
câmbio ou investimentos em bancos teve um nível de alfabetização financeira mais
alto. A pesquisa também mostrou os indivíduos com mais idade e nível de
escolaridade, resultam em nível maior de alfabetização financeira.
A pesquisa de Nayebzadeh, Taft, Sadrabadi (2013) investigou o nível de
alfabetização financeira de professores universitários. Os resultados demostraram
que os professores universitários precisam de informações financeiras essenciais
para lidar com seus problemas financeiros diários, no entanto, outras variáveis foram
analisadas, a exemplo das características demográficas: idade, gênero, estado civil,
nível de escolaridade e situação profissional; dentre essas destacaram que existe
uma relação significativa entre o estado civil e o nível de alfabetização.

2.3 Cenário legislativo

Considerando um cenário recente sob aspectos legislativo acerca do tema


Educação Financeira, a primeira medida legislativa no Brasil foi o Decreto Federal
nº. 7.397 de 22 de dezembro de 2010 que versa sobre ações específicas ao
combate a ausência de educação financeira, com a finalidade de fomentar cidadãos
a tomar decisões com os próprios recursos financeiros.
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Porém, esse decreto foi revogado recentemente, pelo Decreto Federal n.º
10.393 de 09 de junho de 2020, o qual institui nova Estratégia Nacional de Educação
Financeira – ENEF e o Fórum Brasileiro de Educação Financeira - FBEF. A nova
ENEF tem como finalidade promover a educação financeira, securitária,
previdenciária e fiscal no País. (BRASIL, 2020)
Nesse interim, foram apresentados à Câmara dos Deputados diversas
propostas de Projeto de Lei com o objetivo de integrar a educação financeira ao
currículo do ensino infantil, fundamental e médio. Todos os projetos apresentados
para discussão e encaminhamentos tinha como justificativa o entendimento do
parlamentar federal de que a educação financeira pode potencializar e consolidar o
próprio desenvolvimento econômico e financeiro nacional, haja vista que em outros
países como Estados Unidos, Japão, Austrália, Nova Zelândia adotam no currículo
educacional e tem se destacado a qualidade tanto educacional como financeira dos
sujeitos envolvidos.
A Comissão de Educação, em seu relatório (PRL n. 3, 2021) sobre o tema
educação financeira, relata que o projeto de Lei nº 2.107, de 2011, de autoria do
Deputado Audifax, que objetiva incluir “Noções de Economia Financeira” como
disciplina obrigatória no ensino médio, recebeu ao longo de sua tramitação, a
apensação de 11(onze) outras proposições:

Quadro 01 -Projetos de Lei apensado ao projeto de Lei nº 2.107, de 2011


Projeto Autoria Determina
PL nº 3.421, de Deputado Eduardo da Fonte que a educação financeira seja incluída como disciplina
2012 obrigatória no currículo do ensino médio
PL nº 7.155, de Deputado Arnaldo Faria de Sá integrar a educação financeira ao currículo da disciplina
2014 matemática
PL nº 3.590, de Deputado Rafael Motta obrigatoriedade do estudo da educação financeira nos
2015 currículos dos ensinos fundamental e médio
fPL nº 3.691, de Deputado Arthur Oliveira Maia inclusão o ensino da Educação Financeira e Finanças
2015 Pessoais entre os componentes obrigatórios nos
currículos dos ensinos fundamental e médio.
- PL nº 4.215, Deputado Marcelo Belinati inclui a Educação Financeira na grade curricular das
de 2015 escolas das redes públicas estaduais de ensino

PL nº 4.915, de Deputada Leandre inclui consumo e educação financeira entre os


2016 componentes curriculares nos diversos níveis da
educação básica
PL nº 7.318, de Deputado Pr. Marco Feliciano altera os artigos 26, 32 e 36 da Lei nº 9.394, de 20 de
2017 dezembro de 1996, para incluir a disciplina "Educação
Financeira" na matriz curricular nacional no ensino
fundamental e médio
- PL nº 239, de Deputado Júnior Ferrari altera o art. 36 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de
2019 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação
nacional, para incluir "Noções de Economia Financeira"
como disciplina obrigatória no ensino médio
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PL nº 3.114, de Deputado Guiga Peixoto altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que
2019 estabelece as diretrizes e bases da educação nacional,
para incluir o estudo da educação financeira nos
currículos da educação básica

PL nº 3.145, de Deputado Loester Trutis que “Altera a Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996,
2020 que estabelece as diretrizes e bases da educação
nacional, para incluir educação financeira no rol dos
temas transversais obrigatórios da educação básica.”

PL nº 4.882, de Deputado Coronel Tadeu altera a Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que
2020 estabelece as diretrizes e bases da educação nacional,
para incluir educação financeira no rol dos temas
transversais obrigatórios da educação básica.

Fonte: Relatório da Comissão de Educação (2021)

Considerando o que determina as proposições apresentadas e descritas


suscintamente no quadro 01, percebe-se que visa assegurar o ingresso de
disciplinas no contexto educacional como forma de garantir o acesso a informações
que remetem a educação financeira pessoal dos alunos e consequentemente da
sociedade envolvida.
Todavia, a Comissão de Educação por meio de relatório (PRL n. 3, 2021),
reconhece as iniciativas da intenção dos Deputados ao formular as propostas, mas
rejeita a proposta do Projeto de Lei nº 2.107, de 2011 e todos os apensados, com
base na tese de que o conteúdo curricular já se encontra abrangido pela Base
Nacional Curricular Comum (BNCC), a qual apresenta lista de competências gerais
que os alunos devem desenvolver ao longo de todas as etapas da educação, e que
a educação financeira e a matemática financeira constam como conteúdo a ser
desenvolvido tanto no ensino fundamental quanto no ensino médio.
Dentre as discussões da Câmara dos Deputados, considerando os termos do
art. 113, inciso I e § 1o, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, foi
requerido em 2019 – através da proposição INC nº 638/2019 relatado pela Deputada
Dulce Miranda, que trata da Indicação ao Poder Executivo desenvolver, por meio do
seu órgão ministerial, estudos com vistas à inserção do estudo de Educação
Financeira no currículo do ensino médio.

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A pesquisa cientifica visa contribuir para o avanço social, no qual faz uso de
informações de forma sistemática e detalhada. Conforme as lições apreendidas de
Andrade (2003, p. 121) a pesquisa pode ser entendida como o “conjunto de
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procedimentos sistemáticos, baseado no raciocínio lógico, que tem por objetivo


encontrar soluções para problemas propostos, mediante a utilização de métodos
científicos”. Desta forma, a pesquisa científica precisa ser um objeto de investigação
planejada, desenvolvida e redigida conforme normas metodológicas estabelecidas
pela ciência, portanto o método deve ser respeitado.
O objetivo desta pesquisa foi descrever as ações realizadas por Instituições
do Ensino Superior que promovam políticas públicas em Educação Financeira
apoiado pela ENEF (ESTRATÉGIA NACIONAL DE EDUCAÇÃO FINANCEIRA).
Para isso, utilizou-se a fonte de dados secundários extraídos do ENEF referente aos
anos de 2017 a 2019, período esse que foram realizadas ações registradas pela
rede de educação financeira. A descrição das ações fora extraída dos planos de
ações/curso apresentado pelas IES participantes.
No que diz respeito ao método, pode ser entendido como o caminho a ser
realizado, para que a finalidade da pesquisa seja alcançada. Segundo Parra e
Santos (1998, p. 95) o método “É o caminho a ser trilhado pelos pesquisadores na
busca do conhecimento”. Contudo, o procedimento metodológico de um trabalho
cientifico decorre da caracterização da pesquisa, que pode ser classificada de
diversas formas.
Quanto a natureza da pesquisa, caracteriza-se quanto qualitativa, segundo Gil
(2008), o uso dessa abordagem propicia o aprofundamento da investigação das
questões relacionadas ao fenômeno em estudo e das suas relações, mediante a
máxima valorização do contato direto com a situação estudada, buscando-se o que
era comum, mas permanecendo, entretanto, aberta para perceber a individualidade
e os significados múltiplos.
O presente trabalho foi desenvolvido com base em uma pesquisa
bibliográfica, no qual foi realizado levantamento em livros, artigos científicos e
publicações equivalentes sobre a temática Educação Financeira. Quanto ao método
de abordagem, trata-se de uma pesquisa descritiva, visto que buscou-se descrever a
contribuição das ações realizadas pelas IES no tocante ao fortalecimento do tema
Educação Financeira como política pública.
Com base nos dados do ENEF, 04 (quatro) Universidades atuaram no
período de 2017 a 2019 com projetos voltado a educação financeira, a destacar:
Universidade Federal do Tocantins, Universidade Federal de Itajubá – UNIFEI,
Universidade Federal da Paraíba – UFPB, Universidade Federal da Fronteira do Sul.
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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Caracterização das Instituições de Ensino Superior


As Instituições de Ensino Superior (IES) são entidades autônomas que
oferece serviços de educação superior, por meio de ofertas de cursos de graduação,
pós-graduação, pesquisas, extensão e tem grande importância para a sociedade,
porque formam profissionais de diferentes segmentos, além de cidadãos mais
instruídos.
Segundo dados da base oficial dos cursos e IES cadastrados no e-MEC,
atualmente, soma-se no Brasil o total de 3154 Instituições de Ensino Superior (IES),
caracterizadas por categoria administrativa, organização acadêmica e tipos de
credenciamento.

Quadro 02 – Características Instituições de Ensino Superior (IES) conforme e-MEC


Categoria Administrativa Organização Acadêmica Tipo de credenciamento
Publica Municipal Faculdade Presencial
Publica Federal Centro Universitário EAD
Publica Estadual Instituições Federais Escola de Governo EAD
Privada sem fins lucrativos Universidade Escola de Governo Presencial
Privada com fins lucrativos Escola de Governo

Especial

Fonte: e-MEC (2021)

Com enfoque nas IES da categoria administrativa e acadêmica, a


Universidade Pública Federal é uma instituição representativa da sociedade com
histórico de participação nas transformações sociais que reúne um arcabouço de
conhecimento técnico e científico à disposição da sociedade, por meio de registro de
pesquisas e capital humano.
Com base nos dados cadastrados no e-MEC, atualmente, tem-se registrado
69 Universidades Pública Federais distribuídas nas principais regiões do Brasil. O
quadro 03.
Quadro 03 –Instituições de Ensino Superior (IES) conforme e-MEC
Região Frequência % %acumulado

NORTE 11 16 16
12

NORDESTE 20 29 45

SUL 11 16 61

SUDESTE 19 27,5 88,5

CENTROESTE 8 11,5 100

Fonte: e-MEC (2021)


Alguns autores, a exemplo de Tartaruga (2010) destaca como papel principal
das universidades a formação profissional em diversos segmentos, através do
ensino e pesquisa e extensão, exaltando a importância das atividades de extensão a
serviços da comunidade, como forma de externalização do conhecimento gerado e
contribuição à sociedade em que está inserida.

4.2 Caracterização das ações realizadas pelo ENAF – Educação Financeira

Nos dias atuais, de acordo com as determinações da Base Nacional Comum


Curricular - BNCC (BRASIL, 2018), o ensino da educação financeira é obrigatório no
ensino infantil e fundamental, sendo um tema transversal, devendo ser abordado em
diversas disciplinas e atividades de forma contextualizada.
Por ser tema transversal, essas ações podem e devem ser trabalhadas ao
longo de todo o ano letivo. Sendo assim, essa competência pode ser desenvolvida
de acordo com o plano de cada instituição ou professor, mas estando sempre
alinhada ao que traz a BNCC. Por sua vez, isso traz uma série de desafios que vão
desde a formação de professores, a oferta de material didático adequado e até
mesmo a garantia de tempo para que os professores se dediquem ao preparo
dessas aulas. Mas antes mesmo da BNCC instituir como obrigatória a educação
financeira nas escolas, esse tema já era tratado como importante para a educação,
sendo que, em 2010, foi instituída a Estratégia Nacional de Educação Financeira
(ENEF), com o objetivo de promover ações de educação financeira no Brasil.
A ENEF é uma ação política de Estado, permanente, que mobiliza diversos
setores para promover a educação financeira no Brasil e fortalecer a cidadania. O
objetivo final da ENEF é subsidiar a população com conhecimentos e habilidades
para lidar com assuntos ligados às finanças e orçamentos pessoais de forma que
possam gerir melhor seu dinheiro e tomar melhores decisões com seus gastos e
investimentos.
Nos anos de 2013 e 2018 a ENEF realizou o 1º e 2º mapeamento da
Educação Financeira no Brasil com o objetivo de fazer uma análise das iniciativas
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existentes e as oportunidades para disseminar o tema em todo o País. A partir dos


dados extraídos dos relatórios sobre os mapeamentos, pode-se identificar:
Quadro 04 – Resumo das iniciativas mapeadas pelo ENEF
Descrição 1º mapeamento 2º mapeamento
Nº de inciativas 803 1.300
Instituições envolvidas Órgãos e empresas públicas (77% Escolas do ensino médio e
pertencem à esfera federal (Banco universidades, públicas e privadas,
Central do Brasil, Comissão de associações, cooperativas e órgãos
Valores Mobiliários, da iniciativa privada.
Superintendência Nacional de
Previdência Complementar,
Superintendência de Seguros
Privados e os Ministérios da Fazenda
e da Previdência)
Fonte: ENEF (2021)

No ano de 2009, foi realizado um levantamento preliminar de iniciativas de


educação financeira no país e no momento havia sido identificado 64 iniciativas.
Esses dados foram obtidos através do cadastramento voluntário das instituições por
meio do autopreenchimento de um formulário existente no site da ENEF
(www.vidaedinheiro.gov.br).
Sob esse aspecto, a ENEF considerou que há um alinhamento informal das
ações realizadas quanto aos objetivos do programa, pois esse busca estimular
iniciativas e participação de empresas, órgãos governamentais e da sociedade civil
em ações que democratizem o acesso gratuito à informação, formação e orientação
financeira. Todos os mapeamentos referentes as iniciativas de educação financeira,
especialmente nas ações de formação, são muito importantes, porque as
informações e conclusões desses mapeamentos contribuem para a definição de
futuras ações da ENEF.
A diversidade de instituições e iniciativas ligadas à educação financeira
aponta para a importância de uma coordenação nacional que incentive novos
projetos e apoie iniciativas existentes, estimulando a convergência das ações no
sentido de ampliar o acesso da população à educação financeira. Um ponto
importante relatado no 2º mapeamento é que os idosos, crianças e moradores de
regiões menos assistidas por órgãos de defesa do consumidor, são os públicos mais
vulneráveis a conflitos de consumo e que carecem de ações específicas de
educação financeira.

4.3 Caracterização das ações realizadas pelas Instituições de Ensino Superior –


atuantes
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Com base nos dados do ENEF, as Instituições de Ensino Superior foram


convidadas, em cada estado do país, a servir como Polo de Educação Financeira.
Em parcerias formalizadas com as Secretarias de Educação, cursos de pós-
graduação foram desenvolvidos e oferecidos para os professores e técnicos da rede
pública. No entanto, apenas 04(quatro) Universidades atuaram no período de 2017 a
2019, sendo: Universidade Federal do Tocantins, Universidade Federal de Itajubá –
UNIFEI, Universidade Federal da Paraíba – UFPB, Universidade Federal da
Fronteira do Sul.
Cada Instituição apresentou um plano de curso com detalhamento da
execução, cronograma e recursos financeiros. Essas informações estão
apresentadas de forma resumida no quadro 05.

Quadro 05 – Resumo das ações realizadas pelas IES


Polo/IES Ação Público alvo Período CH Investimen
Instituto de Ensino Curso de 50 Professores e 40 Maio 194 h to
127.500,00
Superior: Universidade Aperfeiçoamento Multiplicadores da 2017 –
Federal do Tocantins - em Educação Rede Estadual de fevereiro
Apoio Secretaria de Financeira com Educação do 2018
Educação acompanhamento Tocantins na
de projeto de modalidade EAD
intervenção por
meio de pesquisa-
ação.
Universidade Federal de Curso de 150 vagas Março 258h Não
Itajubá – UNIFEI - Apoio Capacitação em distribuídas entre 2018 a apresentou
Secretaria de Estado de Educação escolas das 47 novembr
Educação de Minas Gerais Financeira para Superintendências o 2018
Professores da Regionais de Ensino
Educação Básica (SRE), sendo que 38
SREs serão
contempladas com 3
vagas cada e as nove
restantes
(Metropolitana A,
Metropolitana B,
Metropolitana C,
Diamantina,
Universidade Federal da Curso de Governador
50 professores da Jul de Não 131.620,00
Paraíba – UFPB - Apoio Especialização rede estadual de 2018 a const
Secretaria de Estado de em Educação ensino da Paraíba agosto a
Educação da Paraíba Financeira, Curso de 2019
de Pós-
Graduação Lato
Sensu
15

Universidade Federal da Curso De 120 participantes Jun de 180 h 165.000,00


Fronteira do Sul - Apoio Aperfeiçoamento (professores da rede 2018 a
Secretaria de Estado de em Educação pública e técnicos da Março de
Educação do Rio Grande Financeira para Secretaria de 2019
do Sul Servidores da Educação) na
Rede Pública modalidade EAD.
Estadual de
Ensino do Rio
Grande do Sul
Fonte: ENEF (2021) – Planos de Curso

Com base no Quadro 05 as ações realizadas pelas IES, são voltadas para
capacitação e formação de profissionais da área da educação (docentes) e técnicos
buscando o aperfeiçoamento em educação financeira. Observa-se que formadas
410 pessoas diretamente.
As ações realizadas se caracterizam pela disseminação do conhecimento em
Educação Financeira em diferentes formatos, observou-se a realização por meio
curso de aperfeiçoamento, capacitação e Pós-Graduação Lato Sensu
(especialização). Todas as ações utilizaram de recursos públicos para sua
execução, totalizando o valor de R$ 424.120,00 (não incluso o valor da ação
realizada pela UFPB, por não constar nos documentos).
Apesar da convocação para formar parceria realizada pela ENEF junto as IES
públicas para desenvolver ações voltado a educação financeira ou alfabetização
financeira, observa-se que no período proposto apenas, 5,8% das IES realizaram
ações. Diante do universo de IES públicas federais no Brasil, é importante destacar
a baixa participação nesse processo.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo teve como objetivo descrever as ações realizadas por


Instituições do Ensino Superior que promovam políticas públicas em Educação
Financeira apoiado pela ENEF (ESTRATÉGIA NACIONAL DE EDUCAÇÃO
FINANCEIRA).
Em geral, constatou-se que as ações realizadas pelas IES, são voltadas para
capacitação e formação de profissionais da área da educação (docentes) e técnicos
buscando o aperfeiçoamento em educação financeira, não tendo um formato
padrão, ou seja, cada IES desenvolveu suas ações considerando a necessidade
regional. Apesar dos esforços, é importante destacar que a falta de padronização
pode também gerar formações diferentes.
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Outro ponto importante, é destacar a baixa participação das IES em


desenvolver ações propostas pela Estratégia Nacional de Educação Financeira. É
preciso identificar os motivos dessa baixa adesão, pois as IES são importantes
instituições de canal de disseminação do conhecimento.
A principal limitação desta pesquisa diz respeito ao acesso restrito de
documentos disponível no site do ENEF e questões mais detalhadas sobre a
formação das parcerias, divulgação das ações, informações sobre a origem dos
recursos investidos nos planos de cursos não identificadas nos documentos.
Possivelmente, essa lacuna poderia ter sido preenchida com aplicação de entrevista
junto a gestão do ENEF e IES.
Consequentemente, considera-se que a transparência disseminação do
conhecimento sobre Educação Financeira é um dos instrumentos que possibilita
melhorar a qualidade dos indivíduos. Para Lucci et. al. (2006) uma educação
financeira de qualidade pode proporcionar diversos benefícios, desde a assertiva
nas tomadas de decisões e proporcionar melhor qualidade de vida.
No entanto, existe ainda muitos desafios, dentre eles fortalecer a rede de
parcerias e colaborativas entre as instituições para que o conhecimento seja
difundido em todas as classes sociais de indivíduos, principalmente aos que mais
precisam de controle financeiro, dada a escassez econômica de muitos indivíduos.

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