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Educação Financeira

O Brasil está na 4ª pior posição na competência de educação financeira do PISA – Programa Internacional de
Avaliação de Estudantes – segundo o último resultado divulgado em 2018. Outras pesquisas também mostram
que o brasileiro precisa melhorar seus conhecimentos sobre finanças. Para isso, nada melhor do que começar na
escola! Vamos entender como a educação financeira está presente na BNCC?
O que é educação financeira?
Segundo a OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico – o conceito de educação
financeira é:
“[…] o processo pelo qual consumidores/investidores financeiros aprimoram sua compreensão sobre produtos,
conceitos e riscos financeiros e, por meio de informação, instrução e/ou aconselhamento objetivo, desenvolvem
as habilidades e a confiança para se tornarem mais conscientes de riscos e oportunidades financeiras, a fazer
escolhas informadas, a saber onde buscar ajuda, e a tomar outras medidas efetivas para melhorar seu bem-estar
financeiro”
Podemos entender, portanto, que o estudo da educação financeira segue um fluxo, passando primeiramente
pela consciência financeira, em seguida pelo desenvolvimento de habilidades e, por fim, pela tomada de
decisão baseada em conhecimento teórico e prático.
Mas será que, de fato, adultos sabem o mínimo sobre finanças para tomar decisões cotidianas ou fazer escolhas
sobre o que considerar num planejamento financeiro, por exemplo?
Não é o que mostra uma pesquisa feita pela fintech de educação financeira Leve, em 2021. Segundo a
empresa, metade dos brasileiros não sabe fazer um planejamento financeiro.
Assim, para tentar mudar esse cenário e ter adultos mais conscientes financeiramente, capazes de tomar decisões
financeiras com base em dados, a educação financeira precisa ser amplamente promovida nas escolas.
Confira o que a Base Nacional Comum Curricular diz sobre esse tema:
Educação financeira e BNCC: entendendo o que diz a base
A BNCC menciona a educação financeira em alguns trechos do documento. Um deles é citado logo nas primeiras
páginas, local em que a educação financeira é abordada como um tema contemporâneo, entre tantos outros, que
impactam as pessoas como um todo.
O documento orienta também o ensino de educação fiscal e para o consumo. Todos esses temas se
complementam, certo? Nesse caso, a BNCC sugere que as escolas desenvolvam essas temáticas de maneira
contextualizada.
Mais adiante, na Área de Conhecimento de Matemática para o Ensino Fundamental, o documento sugere o
estudo de alguns assuntos como:
 Taxas de juros;
 Inflação;
 Aplicações financeiras (rentabilidade e liquidez de um investimento);
 Impostos.
Como a ideia é trazer esses conceitos de forma contextualizada, nada melhor do que trabalhá-los
abrangendo exemplos do dia a dia ou com um estudo de caso.
A BNCC recomenda ainda “um estudo interdisciplinar envolvendo as dimensões culturais, sociais, políticas e
psicológicas, além da econômica, sobre as questões do consumo, trabalho e dinheiro. É possível, por exemplo,
desenvolver um projeto com a História, visando ao estudo do dinheiro e sua função na sociedade, da relação
entre dinheiro e tempo, dos impostos em sociedades diversas, do consumo em diferentes momentos históricos,
incluindo estratégias atuais de marketing.”
Já na etapa do Ensino Médio, na área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, a BNCC menciona a
mudança da sociedade em relação ao empreendedorismo, ou seja, o evidente aumento desse tipo de negócio,
desde microempreendedores até grandes empresários.
No Ensino Médio, os jovens estão a caminho da entrada no mercado de trabalho e, por isso, “cresce a
importância da educação financeira e da compreensão do sistema monetário contemporâneo nacional e
mundial, imprescindíveis para uma inserção crítica e consciente no mundo atual.”
Por último, a educação financeira na BNCC traz algumas habilidades a serem desenvolvidas em cada objeto de
conhecimento, de acordo com as unidades temáticas.
Na área de Matemática, na etapa do Ensino Fundamental Anos Finais, por exemplo, existem habilidades
previstas desde o sexto ao nono ano. Para ilustrar, seguem objetos do conhecimento e habilidades trabalhadas na
unidade temática números, para o sexto ano:
 Objeto de conhecimento: Cálculo de porcentagens por meio de estratégias diversas, sem fazer uso da
“regra de três”.
 Habilidades: (EF06MA13) Resolver e elaborar problemas que envolvam porcentagens, com base na
ideia de proporcionalidade, sem fazer uso da “regra de três”, utilizando estratégias pessoais, cálculo
mental e calculadora, em contextos de educação financeira, entre outros.

https://www.blogdoead.com.br/tag/mercado-de-trabalho/educacao-financeira
A importância da educação financeira nas escolas
Crise econômica, vulnerabilidade social e empregos precários. Estes são alguns fatores que empurram os
brasileiros ao endividamento. Não existe uma solução fácil para isso, mas uma ferramenta abre caminhos para
melhorar a qualidade de vida das pessoas: a educação financeira.
Para você ter uma ideia da dimensão do problema, o nível de endividamento médio das famílias brasileiras em
2023 foi o maior desde 2010, alcançando a marca de 78,5%.
Os números refletem o impacto econômico da pandemia na vida das pessoas, mas implicitamente carregam
outros fatores sociais, culturais e psicológicos que influenciam a forma como o indivíduo se relaciona com o
dinheiro.
Saber reagir em um cenário de incertezas é um dos objetivos da educação financeira, tema transversal da Base
Nacional Comum Curricular (BNCC).
Você vai aprender mais sobre o assunto a seguir, confira:
o O que é educação financeira

o A diferença entre matemática financeira e educação financeira


o O que a BNCC diz sobre educação financeira

o As habilidades da educação financeira


o Por que abordar a educação financeira nas escolas é tão importante
o O que ensinar sobre educação financeira nas escolas

O que é educação financeira


A educação financeira é um processo voltado para melhorar a compreensão de indivíduos e grupos sobre
conceitos e produtos do mundo das finanças. O objetivo é oferecer informação, formação e orientação para que
as pessoas desenvolvam as competências necessárias para lidarem com as oportunidades e riscos envolvidos no
sistema econômico atual.
Essa é a definição da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e adotada pelo
governo brasileiro no programa Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF), que desde 2010 realiza
cursos e pesquisas sobre o tema, além de elaborar material didático para o Ensino Fundamental e Médio.
A educação financeira só entrou de forma sistematizada na educação básica com a BNCC. Antes, ele era
abordado na ENEF, que ainda mantém programas de capacitação de professores da rede pública para abordar o
assunto em sala de aula a partir dos primeiros anos do Ensino Fundamental.

A diferença entre matemática financeira e educação financeira


Quando pensamos em educação financeira, a primeira disciplina escolar que nos vem à mente é a matemática,
certo?
Por isso é importante refletirmos sobre a distinção entre dois termos antes de prosseguirmos com o texto.
A matemática financeira abrange a aplicação de conhecimentos matemáticos à análise de questões relacionadas à
dinheiro. Já a educação financeira é bem mais ampla, ao tratar sobre a formação de comportamentos individuais
e coletivos relacionados às finanças.

O que a BNCC diz sobre educação financeira


A educação financeira é apresentada como um tema contemporâneo transversal e integrador na BNCC. O
trabalho do assunto em sala de aula está previsto no Parecer CNE/CEB nº 11/2010 e na Resolução CNE/CEB nº
7/2010.
Isso significa que o assunto pode e deve ser abordado em diferentes componentes curriculares, pois está
conectado a todas as competências gerais da Base. No entanto, ele não é obrigatório. A decisão de inserir a
educação financeira nas escolas fica a cargo dos secretários municipais e estaduais, que definem as prioridades
dos documentos direcionadores das redes de ensino.
Já em matemática o ensino de conceitos básicos de economia e finanças é obrigatório nos anos finais do Ensino
Fundamental. Eles estão previstos na unidade temática “Números”, que tem como principal objetivo desenvolver
o pensamento numérico, incluindo a interpretação de argumentos baseados em quantidades.
A Base sugere alguns conteúdos que podem ser trabalhados pelo professor:

 Taxas de juros;
 Inflação;
 Aplicações financeiras;
 Rentabilidade e liquidez de investimentos;
 Impostos.

No Ensino Médio, a abordagem é mais abrangente. A educação financeira é mencionada explicitamente na área
de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, como parte das categorias “Política e Trabalho”.
O foco é compreender o sistema monetário contemporâneo nacional e internacional, contribuindo assim para o
desenvolvimento de uma visão crítica e consciente sobre o mundo atual em cada estudante.
As habilidades da educação financeira
A BNCC de Matemática sugere a educação financeira como contexto para trabalhar o conteúdo de 4 habilidades:
EF05MA06

 A partir do 5º ano do Ensino Fundamental

Associar as representações 10%, 25%, 50%, 75% e 100% respectivamente à décima parte, quarta parte, metade,
três quartos e um inteiro, para calcular porcentagens, utilizando estratégias pessoais, cálculo mental e
calculadora, em contextos de educação financeira, entre outros.
EF06MA13

 A partir do 6º ano do Ensino Fundamental

Resolver e elaborar problemas que envolvam porcentagens, com base na ideia de proporcionalidade, sem fazer
uso da “regra de três”, utilizando estratégias pessoais, cálculo mental e calculadora, em contextos de educação
financeira, entre outros.
EF07MA02

 A partir do 7º ano do Ensino Fundamental

Resolver e elaborar problemas que envolvam porcentagens, como os que lidam com acréscimos e decréscimos
simples, utilizando estratégias pessoais, cálculo mental e calculadora, no contexto de educação financeira, entre
outros.
EF09MA05

 A partir do 9º ano do Ensino Fundamental

Resolver e elaborar problemas que envolvam porcentagens, com a ideia de aplicação de percentuais sucessivos e
a determinação das taxas percentuais, preferencialmente com o uso de tecnologias digitais, no contexto da
educação financeira.
Todas essas habilidades da BNCC podem ser incluídas no seu plano de aula de matemática.
Lembre-se de que abordar a educação financeira nas escolas não se restringe aos conteúdos acima. Ela pode ser
trabalhada nas habilidades de outras áreas do conhecimento, como nos exemplos abaixo:
Língua Portuguesa – Campo da vida cotidiana: EF04LP09

 3º ao 5º ano do Ensino Fundamental


Ler e compreender, com autonomia, boletos, faturas e carnês, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana,
de acordo com as convenções do gênero (campos, itens elencados, medidas de consumo, código de barras) e
considerando a situação comunicativa e a finalidade do texto.
Ciências – Matéria e energia: EF08CI04

 A partir do 8º ano do Ensino Fundamental

Calcular o consumo de eletrodomésticos a partir dos dados de potência (descritos no próprio equipamento) e
tempo médio de uso para avaliar o impacto de cada equipamento no consumo doméstico mensal.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias – Competência 1: EM13CNT106

 Ensino Médio

Avaliar, com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais, tecnologias e possíveis soluções para as
demandas que envolvem a geração, o transporte, a distribuição e o consumo de energia elétrica, considerando a
disponibilidade de recursos, a eficiência energética, a relação custo/benefício, as características geográficas e
ambientais, a produção de resíduos e os impactos socioambientais e culturais.

Por que abordar a educação financeira nas escolas é tão importante


Falar sobre dinheiro no Brasil é um tabu. Pense em exemplos do seu dia a dia: seus colegas de trabalham falam
abertamente o salário que recebem? Os pais revelam para os filhos o orçamento de casa?
Não tocar no assunto é um dos fatores que contribuem para o endividamento das famílias, além do cenário
econômico atual do país.
A educação financeira nas escolas entra no currículo para formar cidadãos conscientes financeiramente e,
indiretamente, levar o tema para a casa dos estudantes. O conhecimento, assim, tira as crianças de um lugar de
desfavorecimento e se torna uma ferramenta de mobilidade social.
Na prática, crianças e adolescentes vão ser capazes de tomar decisões financeiras que os ajudem a realizar seus
planos de vida, no curto, médio e longo prazo.
O assunto é tão relevante na contemporaneidade que é avaliado no Programme for International Student
Assessment (Pisa), realizado a cada 3 anos pela OCDE. A prova abrange conteúdos de letramento financeiro, que
são:

 Dinheiro e transações financeiras;


 Planejamento e manejo de finanças;
 Risco e recompensa;
 Aplicação e entendimento de conceitos.

No Pisa de 2018, o Brasil ficou em 17º lugar entre 20 países na avaliação de competências financeiras.
Ao serem indagados sobre onde aprendem sobre dinheiro, quase 90% dos estudantes brasileiros responderam que
é em casa. A internet aparece em segundo lugar, com 80,6%, seguida por televisão e rádio (61,2%), professores
(46,2%), amigos (43%) e revistas (32,1%). As escolas não aparecem na lista.
Sim, O caminho para implementação da educação financeira nas escolas brasileiras é longo, mas já demos os
primeiros passos. O número de programas sobre esta temática cresceu 73% entre 2013 e 2018, ano em que
metade deles passou a contemplar as instituições de ensino da rede pública. Os dados são da Associação de
Educação Financeira do Brasil (AEF).

O que ensinar sobre educação financeira nas escolas


Quer contribuir com a promoção da educação financeira nas escolas?
O primeiro passo é focar na sua formação. Afinal, é preciso primeiro aprimorar suas práticas pedagógicas de
ensino de matemática antes de explorar com a sua turma as operações envolvidas no mundo das finanças.
Para quem tem formação em Pedagogia, uma segunda licenciatura em Matemática é um caminho. Outra boa
opção é uma pós-graduação em ensino de Matemática.
Outro bom ponto de partida é consultar os livros produzidos pelo ENEF e verificar quais conteúdos podem ser
incluídos no seu plano de aula. Você pode consultá-los nos links abaixo:

 Livros sobre educação financeira para o Ensino Fundamental


 Livros sobre educação financeira para o Ensino Médio

Por ser um tema transversal, a educação financeira nas escolas pode ser trabalhada em diferentes áreas, não
somente na matemática. Confira algumas sugestões do portal Nova Escola:

 Matemática: contextualizar o conteúdo de juros simples e compostos com o dia a dia das finanças
pessoais;
 Filosofia: abordar a ética a partir dos impactos sociais do dinheiro;
 Ciências da Natureza: relação entre consumo e meio ambiente;
 História: mudanças de moeda e hiperinflação no Brasil;
 Linguagens: vocabulário relacionado a finanças e leitura de gráficos e boletos;
 Geografia: conceitos de macro e microeconomia, indicadores socioeconômicos;

É importante aproximar o conteúdo da realidade dos estudantes, considerando os contextos socioeconômicos da


comunidade da qual eles fazem parte. Essa estratégia vale não apenas para a educação financeira, mas para o
ensino da matemática e de outras disciplinas como um todo.
Mais uma fonte de inspiração para trabalhar a educação financeira é um projeto elaborado para o 4º ano do
Ensino Fundamental e disponibilizado pelo Ministério da Educação (MEC). Ele se chama “Empreender para
compreender: educação financeira na prática” e propõe que os estudantes criem um negócio no ramo do
comércio. A ideia é que eles vivenciam a dinâmica financeira do dia a dia.
O Banco Central também oferece conteúdo gratuito para ser trabalhado por professores no portal Aprender
Valor. O programa foi implementado em 2020, em caráter experimental, em escolas selecionadas do Ceará, Mato
Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará e Paraná, além do Distrito Federal. Escolas interessadas podem aderir ao
programa pelo site.

https://box.novaescola.org.br/etapa/3/educacao-fundamental-2/caixa/265/educacao-financeira-para-
alunos-da-bncc-ao-dia-a-dia/conteudo/20237

Como a Educação Financeira aparece na BNCC?

Tema transversal deve permear as diferentes áreas do conhecimento, trazendo protagonismo aos

estudantes para seus projetos de vida


Ilustração: Veridiana Scarpelli/NOVA ESCOLA

Por CLAUDIA RATTI


Publicado em: 01/04/2021

O impacto das Reformas Trabalhista e da Previdência, além da crise econômica agravada pela pandemia,
transformou a Educação Financeira em instrumento essencial para o planejamento dos gastos e dos investimentos
de brasileiros de todas as idades. “Há o desejo e a necessidade de as pessoas conhecerem mais sobre o tema”,
avalia a educadora financeira Veronica Maiko Odani, do C6 Bank.
Por sua importância e atualidade, a Educação Financeira deve começar na escola, como prevê a Base Nacional
Comum Curricular (BNCC). Em 2018, o documento a incluiu entre os temas contemporâneos que devem ser
contemplados pelos currículos de estados e municípios de todo o Brasil. Ruy César Pietropaolo, membro da
equipe que elaborou a BNCC de Matemática desde a primeira versão, explica que tema transversal é aquele que
não se esgota em uma única área, assim como Educação Ambiental e Educação das Relações Étnico-Raciais.
“A Educação Financeira pode ser tratada em componentes como História, quando se fala sobre moeda e consumo
em diferentes momentos históricos”, exemplifica. Ruy ressalta ainda a diferença entre Matemática Financeira e
Educação Financeira. Enquanto a primeira é focada nos cálculos matemáticos relacionados ao dinheiro, como
juros simples e compostos, a segunda diz respeito aos comportamentos dos indivíduos em relação às finanças.
Por essa razão, Cláudia Forte, superintendente da Associação de Educação Financeira do Brasil (AEF-Brasil),
que participou ativamente do processo de inclusão do tema na BNCC, defende que todos os componentes
curriculares têm espaço para abordá-lo e, assim, auxiliar os alunos a refletirem criticamente sobre suas escolhas
de consumo. “Devemos olhar para a Educação Financeira sob o prisma da tomada de decisão, não apenas da
Matemática”, reflete Cláudia.
Para Liao Yu Chieh, educador financeiro do C6 Bank e professor do Insper, abordar o tema na escola é maneira
de instruir os jovens sobre a importância de fazer escolhas levando em consideração o bem-estar financeiro. “Ela
prepara o estudante para gerir a mesada e os primeiros salários, por exemplo.”
Cláudia completa dizendo que o tema instiga nos estudantes questionamentos relacionados ao futuro: “A
Educação Financeira ajuda a construir o projeto de vida dos alunos. Com ela, formamos um cidadão, um adulto
mais responsável e consciente”.
Além disso, é importante ter em vista que a Educação Financeira não deve ser trabalhada apenas como uma
preocupação individual de cada aluno, mas como algo que também está relacionado à comunidade e à realidade
na qual ele está inserido. Nesse sentido, o tema está intimamente relacionado à competência
geral Responsabilidade e Cidadania: agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade,
flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos,
inclusivos, sustentáveis e solidários.

Educação Financeira na prática


Mas como levar esses conceitos de forma atrativa para os alunos? Na hora de abordar esse tema no ensino,
Veronica ressalta a importância de entender o repertório dos estudantes para contextualizá-lo ao seu universo. A
compra parcelada de um celular no cartão de crédito, por exemplo, pode ser uma situação vivenciada por alguns
jovens e que pode ilustrar questões envolvendo juros compostos e as armadilhas desse meio de pagamento.
No Colégio Estadual Nossa Senhora da Providência, em Lajeado (TO), a realidade local foi a premissa para a
elaboração das propostas pedagógicas envolvendo Educação Financeira. Como a cidade tem apenas 3 mil
habitantes e altas taxas de desemprego, Willas Sousa, professor de Matemática do 6º ao 9º ano do Ensino
Fundamental e do 1º ano do Ensino Médio, teve a ideia de abordar o tema transversal montando uma malharia e
uma serigrafia dentro da escola.
“Calculamos todos os gastos para chegar ao produto final: matéria-prima, maquinaria, impostos”, lembra. Os
alunos também fizeram os cálculos para chegar ao valor de venda e como administrar os lucros. “Minha ideia ao
trabalhar a Educação Financeira nesse projeto foi, além de ensinar cálculos e conceitos, prepará-los para o futuro
profissional”, conta o professor, que, no ano seguinte, encorajou os estudantes a buscarem uma área de interesse
para planejar a abertura de uma empresa.
Com a chegada da pandemia, a escola adaptou o conteúdo para as atividades remotas e promoveu uma roda de
conversa on-line sobre o tema, envolvendo docentes de diferentes componentes. “Por experiência própria,
recomendo que o professor faça um estudo sobre a realidade da sua comunidade para aplicar a Educação
Financeira no dia a dia do estudante”, orienta Willas. Assim, diz ele, os alunos identificam-se com o tema e
engajam-se nas atividades propostas.
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/implementacao/praticas/caderno-de-praticas/ensino-fundamental-
anos-iniciais/151-empreender-para-compreender-educacao-financeira-na-pratica
Empreender para compreender: educação financeira na prática
Área(s): Matemática.
O objetivo desta prática foi possibilitar aos alunos o desenvolvimento de atitudes conscientes e uma relação
saudável com o dinheiro no dia a dia e a disseminação desse conhecimento às famílias.

Ficha técnica
Componente(s) curricular(es) envolvido(s):
Matemática.

Quando:
Ao longo do ano letivo, com duração aproximada de um bimestre.

Materiais:

 materiais de uso cotidiano;


 recicláveis;
 dinheiro de mentirinha;
 sala de informática com acesso à internet (desejável).

Habilidades trabalhadas:
EF04MA03; EF04MA04; EF04MA06; EF04MA13; EF04MA25

O que é:

O presente projeto foi desenvolvido com uma turma do 4º ano do Ensino Fundamental, num total de 25 alunos,
com idades entre 8 e 12 anos.

Com base nos diálogos dos alunos sobre mudanças na situação financeira de suas famílias, vitimadas pelo
desemprego, e sobre o impacto dessa nova realidade na vida escolar da turma, surgiu o projeto “Empreender para
compreender: educação financeira na prática”.

Como fazer:

Foi a partir de 2017 que começamos a observar mudanças no perfil dos alunos matriculados na escola.
Gradativamente, ingressavam estudantes provenientes de instituições particulares de ensino, em virtude da
impossibilidade dos pais de manterem o pagamento das mensalidades.

Essa mudança no perfil das turmas gerou algumas disparidades nas salas de aula, com níveis de aprendizagem
diversos, participação e comprometimento das famílias de forma diferenciada e realidades sociais e culturais
distintas.

À medida que fui conhecendo a turma, consegui observar, por meio de avaliações diagnósticas, que uma parcela
significativa dos alunos apresentava dificuldades significativas em Matemática, principalmente sobre noções e
conceitos básicos, interpretação de problemas matemáticos e resolução de cálculos.
O que chamou bastante a atenção foi o fato de dificuldades permearem todas as realidades naquele espaço. Tanto
alunos oriundos da rede particular quanto os da rede pública se igualavam nas dificuldades com a Matemática.

O trabalho foi pensado para ser desenvolvido entre setembro e novembro de 2017. Alguns meses antes, eu havia
buscado apoio da representação de Sergipe do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
(Sebrae).

A instituição disponibilizou alguns materiais gráficos e didáticos para crianças sobre empreendedorismo. No
entanto, essa era apenas uma pequena parte do que eu precisava. Como não tinha muito conhecimento sobre a
temática, necessitava de meios para adequar o assunto à faixa etária e à realidade da turma.

O ponto de partida foi a aquisição de um cofrinho. Nele, guardaríamos o dinheiro arrecadado para a compra de
materiais para a culminância do projeto, no mês de novembro.

Em conversa com a turma, chegamos ao acordo de que todos colaborariam com a quantia de R$ 1,00 por
semana, e que essa quantia seria utilizada como investimento. Enviei pedido de autorização aos pais explicando o
intuito da arrecadação. Todos concordaram com a proposta.

Num segundo momento, após trabalharmos alguns conceitos norteadores como poupança, investimento e
rendimento, propus à turma que pensássemos em alternativas para fazer o dinheiro render.

Durante as discussões, surgiu a ideia de vender algo na escola. Era necessário que fosse algo simples e prático,
além de criado pelos próprios alunos.

Depois de várias propostas, definimos o “Geladinho Gourmet” como produto para comercialização no ambiente
escolar.

Tudo foi previamente acordado com a equipe diretiva e explicado aos outros professores e respectivos alunos.

A proposta visava estimular o empreendedorismo, com os alunos ampliando o relacionamento com a


comunidade escolar e desenvolvendo estratégias criativas para atrair "clientes".
Fazia parte desta etapa também aprender a calcular e a ter noções de custo, lucro e prejuízo. Isso era importante
porque, a cada dia de venda, fazíamos o somatório dos gastos com base em notas fiscais de compra. Também
contávamos o dinheiro arrecadado e finalizávamos com os cálculos para verificar se tínhamos alcançado lucro ou
prejuízo.

Esta foi uma das etapas de maior envolvimento e empolgação. A cada jornada de vendas, era uma euforia para
saber quem seriam os próximos sorteados para vender o produto. Foram formados pequenos grupos, que se
alternaram ao longo das semanas.

Nas equipes, havia função para todos: um realizava a venda, o segundo ajudava a conferir o dinheiro e a passar
troco e um terceiro auxiliava com a divulgação, atraindo os clientes.
Alguns alunos mais tímidos se recusaram nas primeiras tentativas, mas o envolvimento da escola foi tão grande
que os colegas das outras turmas começaram a vir todos os dias, bem cedo, à nossa porta para “reservar” os
geladinhos, que eram vendidos, sempre, no horário do recreio, e acabavam em poucos instantes.

Todos os dias de venda eram marcados por muita expectativa; os alunos disputavam para contar até as moedas
arrecadadas.

No entanto, em dias mais chuvosos, as vendas caíam, e a turma passou a visualizar a ocorrência de prejuízos.

Mas eram necessárias persistência e perseverança para empreender, mesmo diante de adversidades. Assim,
demos continuidade ao projeto.

Concomitante a essa etapa, outras atividades foram sendo realizadas. Com uma parte do dinheiro, comprei
cédulas de brinquedo para dar suporte às atividades em sala de aula (problemas, cálculos matemáticos etc.).

Foi possível verificar que o trabalho com base no "concreto" gerou uma experiência mais significativa e efetiva.
O uso do dinheiro tornava as atividades uma verdadeira brincadeira, e a aprendizagem começou a ocorrer de
forma gradativa e leve.

Jogos como “O Pequeno Empresário”, uma versão simplificada do "Banco Imobiliário", agregaram mais
significado às atividades matemáticas, estimulando noções de soma e subtração de valores e aguçando o
raciocínio, a concentração e desenvolvendo a tolerância à frustração.

Aliando o trabalho a outras disciplinas, fizemos ainda uma "viagem histórica" para compreender a origem do
dinheiro, sua evolução e produção no mundo e no Brasil. Falamos sobre escambo, processo de cunhagem e
evolução cronológica do dinheiro no Brasil. Para isso, utilizei vídeos como recurso para as atividades.

Assim, os alunos conheceram um pouco do trabalho desenvolvido na Casa da Moeda, além de um passo a passo
sobre como identificar cédulas falsas.

A história do dinheiro aguçou bastante a curiosidade das crianças, principalmente porque a maioria não conhecia
as cédulas de R$ 1,00.

Pedi que conversassem em casa com os familiares sobre o tema. Muitos alunos acabaram descobrindo que os
pais guardavam essas notas antigas, e as trouxeram para a escola para compartilhar o conhecimento com os
outros colegas.

Em outro momento, partimos do questionamento “Dinheiro Nasce em Árvore?” para uma reflexão na roda de
conversa sobre a importância do dinheiro em nossa vida e os sonhos que ele não compra. Temas como ética e
valores também foram englobados nas discussões.

Fé, saúde, paz e felicidade foram palavras apontadas pela turma.


Os alunos interagiram, discutiram, discordaram e, por fim, escolheram uma palavra que deveria ser colocada
numa nuvem representando os sonhos que o dinheiro não compra. Fé, saúde, paz e felicidade foram palavras
apontadas pela turma.

Trabalhamos ainda com as temáticas da economia doméstica e da economia sustentável, por meio das quais
abordamos questões sobre reciclagem, sustentabilidade etc.

A culminância do projeto foi pensada para ser realizada na "Mostra do Conhecimento" da escola, evento muito
esperado pelos alunos e pela comunidade escolar.

Por essa razão, demos início à organização e produção de materiais cerca de um mês antes do evento. Mesmo
com as produções voltadas para a culminância, a venda dos geladinhos continuou até o encerramento do projeto.

A proposta para a culminância foi elaborada para que os alunos pudessem transmitir tudo aquilo que haviam
aprendido e também para que mostrassem, na prática, como o empreendedorismo é possível e a educação
financeira é a chave para um futuro melhor.

Na "Mostra do Conhecimento", os visitantes passaram por uma primeira etapa de exposição e explanação teórica.
Em seguida, eram convidados a sacar dinheiro em nosso “caixa eletrônico”, para que pudessem interagir
comprando produtos dos grupos de empreendedores.

Cada grupo teve de pensar no seu negócio, respeitando gostos e interesses. Coube a eles elaborar todas as etapas
de criação, desde o nome até a forma de organização, distribuição das tarefas e execução. Os negócios ficaram
assim divididos:

 "Oficina Sustentável": produção de cofrinhos com garrafas PET.


 "Bazar da Economia": roupas, brinquedos e acessórios que as crianças não usavam mais.
 "Lanchonete Coma Mais e Pague Menos": alimentos preparados pelas crianças, e suas mães.
 "Supermercado Ki Barato: os alunos ficaram responsáveis por confeccionar toda a estrutura do
supermercado com material reciclado, além de fazerem estantes com caixas de papelão e construírem o
caixa eletrônico. Também juntaram embalagens, colocaram os preços.

Este foi o negócio que mais recebeu a participação dos pais, já que alguns trabalhavam em supermercados da
região e auxiliaram os filhos trazendo anúncios, placas de preço, folhetos e estantes.

O dia da culminância foi o momento em que os alunos visualizaram, de forma ampla e interligada, tudo o que
tinha sido abordado e trabalhado durante os dois meses.

Para muitos, era a primeira experiência de falar em público, o que gerou bastante ansiedade e nervosismo. Para
outros, o momento era de euforia.

À medida que relatavam as experiências vivenciadas e executavam as atividades de compra e venda, eram nítidos
o envolvimento, o comprometimento e a felicidade de todos.

No evento, tivemos participação significativa das famílias, que vieram contemplar e apoiar seus filhos. Em seus
relatos, pais e professores demonstraram admiração por verem as crianças explicando os conceitos com tanta
propriedade, destacando que os alunos estavam seguros de suas explicações. Nos relatos, diziam estar surpresos e
que aprenderam coisas que nunca imaginaram aprender com os alunos.

Esse apoio e incentivo foram de fundamental importância, tendo contribuído ainda mais para a autoestima dessas
crianças.

A avaliação esteve presente durante todo o processo de execução do projeto, pois entendo que ela precisa ocorrer
de forma processual e diagnóstica.
Sendo assim, a cada etapa desenvolvida, uma análise da aprendizagem dos alunos era feita. Usava como base a
observação dos relatos e o envolvimento da turma.

E, como avaliação final, a apresentação de todos os subtemas trabalhados e unificados na Mostra do


Conhecimento realizada na escola.

Foi possível verificar um grande engajamento da turma, principalmente no momento de venda dos geladinhos.
Essa iniciativa também despertou o interesse de alguns alunos, que começaram a pensar em vender algo para que
pudessem poupar dinheiro.

A iniciativa ganhou amplitude, e alguns alunos de outras turmas começaram a vender outros produtos na escola,
como palha italiana e brigadeiros.

O dinheiro sempre foi algo presente no cotidiano desses alunos. Muitos deles já auxiliavam os pais indo a
padarias, mercearias etc.

No entanto, o dinheiro até aquele momento não era visto como algo que lhes pertencesse, pois a maioria não
recebia mesada. Por isso, o processo de poupar e fazer render o dinheiro arrecadado gerou um sentimento de
pertencimento, cuidado e responsabilidade.

Eram visíveis nas atitudes da turma a alegria e a euforia nos momentos em que contávamos o dinheiro e víamos
aquela quantia inicial aumentar.
A partir de pequenas atitudes dos alunos, como reduzir o consumo de balas para poupar o dinheiro recebido dos
pais ou a atenção com a economia de energia e de água em casa, comprovou-se que os alunos passaram a
compreender a importância do dinheiro em suas vidas, mas, muito mais do que isso, passaram a perceber o
impacto de suas atitudes no futuro.

O projeto “Empreender para Compreender: educação financeira na prática” possibilitou não só aos alunos, mas
especialmente a mim, a vivência com uma temática pouco comum na rotina da sala de aula, embora imersa por
completo na vida pessoal.

Buscar alternativas para trabalhar este tema com as crianças foi um de meus maiores desafios. Tive de sair de
minha zona de conforto, da sala de aula e da frente do computador para ir além.

Foram necessários muitos momentos de pesquisa, reflexão e de adaptação de conteúdos à realidade da sala de
aula. Discutir e praticar o empreendedorismo entre crianças era algo que poucos acreditavam ser possível.

Dica!
O protagonismo dos alunos na decisão sobre quais produtos comercializar é fundamental nesta atividade, por
serem eles mesmos os potenciais consumidores.

A vivência do “negócio” implica aprendizagens significativas e contextualizadas que, de outra forma, poderiam
se perder com facilidade. Empreender, nesse contexto, significa “envolver-se” na aprendizagem necessária para o
sucesso do empreendimento.

Conceitos como lucro, prejuízo e investimento são difíceis até mesmo para alunos de séries mais avançadas, mas
podem ser compreendidos de forma concreta nesta prática.

O “dinheiro de mentirinha” pode ser facilmente produzido com um computador, acesso à internet e uma
impressora, não havendo a necessidade de comprar essas cédulas.

Muito sobre a história do dinheiro e o empreendedorismo na escola pode ser pesquisado e encontrado na internet.
Este projeto sobre educação financeira pode ser executado por qualquer professor em sua realidade de sala de
aula. Trata-se de um tema que pode ser adaptado a realidades diversas e que sempre será um assunto atual e
importante, pois está intrinsecamente ligado à vida de todos.

Sendo assim, é mais do que possível abordar este tema na Educação, inclusive nos Anos Iniciais do Ensino
Fundamental.

A proposta não requer altos custos. Ela deve ser feita de acordo com o que cada comunidade tem a oferecer. O
segredo é utilizar o potencial criativo de cada indivíduo e as peculiaridades de sua região para empreender. Com
certeza, esse é o ingrediente mais importante para o sucesso do projeto.

Aos professores que utilizarem esta proposta como inspiração para desenvolver o próprio projeto, tenham certeza
de que estarão proporcionando aos alunos uma ocasião para se tornarem protagonistas de sua aprendizagem,
além de cidadãos conscientes das próprias atitudes e disseminadores desses ideais dentro de casa e da
comunidade.

Atividades de educação financeira


Banco imobiliário
O pequeno empresário
Jogo da vida
Simular compras numa loja de roupas ou supermercado: vendedores e compradores, pgto, troco, parcelamento,
juros, pgto a vista, etc...
Estudo de caso
Criar um “negócio” – comércio ou prestação de serviços, vender e comprar produtos ou serviços, explicando
todos os investimentos: gastos, valores usados para que, onde foram conseguidos, nome da empresa, propaganda
do que está para vender, utilidade, análise de lucros (quantos colegas pagariam pelo produto ou serviço, etc...

Mais algumas atividades:


A seguir, separamos 7 propostas de atividades pensadas em âmbito acadêmico e aplicadas à realidade da escola
pública que podem inspirar professores de outras localidades. Confira!
1) Simular um orçamento familiar (5º ano do ensino fundamental)
Na dissertação “Possibilidades didáticas com Educação Financeira Escolar Crítica nos anos iniciais do ensino
fundamental” (2020) do programa de pós-graduação em ensino de ciência e matemática da Universidade Federal
de Uberlândia (UFU), Wilma Pereira Santos Faria propõe dividir a classe em grupos de cinco alunos que irão
compor uma família. O objetivo é que eles organizem e proponham um orçamento familiar a partir das
necessidades de um lar.
Inicialmente, a família deve refletir sobre suas próprias necessidades, considerando o número de pessoas e as
funções fictícias de cada membro da família. É esperado nos orçamentos despesas com moradia; transporte;
lazer; alimentação; educação; saúde; água e esgoto; energia; telefone, internet e tv.
Na sequência, os alunos receberam fichas de bens e serviços que poderiam compor o orçamento familiar
(presentes na página 65 da dissertação). Sugestões como: “comer fora” (R$ 500); “levar marmita” (R$ 300);
“prestação do apartamento” (R$ 600); “escola particular” (R$550); “plano de internet” (R$ 180) etc. Cada
família registrará suas escolhas e justificativas em um papel.
Além disso, são sorteados os salários de cada família, que recebeu cédulas sem valor real para visualizarem a
quantia do salário mensal e organizar suas despesas de acordo com os gastos do lar. O fechamento é realizado em
uma roda de conversa para os alunos exporem sentimentos e saberes adquiridos com a dinâmica.
2) O caso da papelaria (5º ano do ensino fundamental)
Em sua dissertação, Faria também aplicou com a turma um material gratuito elaborado pelo Comitê Nacional de
Educação Financeira (CONEF). Ele traz a história do aluno Chico e de sua família, que possui uma papelaria,
cujas despesas com água, luz e papel aumentaram. Além disso, metade das moedas que usavam para troco
sumiram. Chico decide, então, investigar para resolver o mistério
O caderno do professor, na página 32, traz o resumo da história e o fluxograma das diferentes possibilidades de
percurso. Para guiar os alunos, o professor pode conhecer antecipadamente a rota menos adequada e a mais
adequada e as tarefas propostas. Já o caderno do aluno, na página 84, traz um cartão no estilo RPG para os alunos
anotarem as habilidades e dificuldades de Chico.
A história tem comandos do tipo “escolha o número X se você acha que o personagem está certo e o número Y
se achar que ele está errado”, em que X e Y são números de trechos da continuação da trama contidos em
cartões. A história pode ter desfechos diferentes de acordo com cada decisão tomada pelo grupo. Os alunos
devem escolher por caminhos e apresentar suas escolhas e as consequências geradas.
3) Situação-problema: Black Friday (ensino médio)
No “Guia de Atividades de Educação Financeira e noções de Empreendedorismo na Educação de Jovens e
Adultos (EJA)”, Luiz Paulo Xisto e Marco Aurélio Kistemann Jr trazem uma situação-problema envolvendo a
Black Friday — campanha global de promoções — que pode ser adaptada ao ensino médio.
Para começar a atividade, apresente aos alunos o texto:
“A Black Friday tem origem nos EUA, na sexta feira depois do dia de ação de graças, quando lojas oferecem
grandes descontos. Na situação-problema, um smartphone que custa R$ 3.000,00, está sendo anunciado no Black
Friday à R$1800,00 à vista, ou em duas opções de pagamento: 3 prestações mensais de R$ 600,00 cada, ou em 5
prestações mensais de R$ 360,00 cada. Qual opção você escolheria, sabendo que você tem os R$ 2.000,00?
Justifique”.
Ao longo da dinâmica, o professor pode enfatizar as diferenças de compras à vista e a prazo; do dinheiro ao
longo do tempo quando poupado e aplicado; deixar os alunos compartilharem experiências de consumo; discutir
propaganda enganosa e descontos inexistentes; cálculo de porcentagem e opções de pagamento.
“Pode-se também discutir o que acontece na Black Friday quando os anúncios de ofertas transmitem uma
sensação de que tudo está mais barato e isso influencia as tomadas de decisão do indivíduo-consumidor,
incentivando o consumo não pela necessidade”, orientam os autores.
4) Situações familiares e situações surpresa (ensino médio)
No “Guia para aulas de educação financeira no ensino médio”, Aline Reysuuy de Moraes propõe uma dinâmica
em que grupos de alunos recebem um perfil de família e, depois, são sorteadas situações surpresas que podem
abalar o orçamento do lar.
Para isso, os alunos devem ser divididos em até oito grupos e escolherão uma família. Cada família possui um
cartão com o seu perfil, encontrados na página 26 do guia. Depois, cada grupo escolhe um número e nesse
número consta uma situação surpresa. A ideia é que os alunos sintam a necessidade de fazer um planejamento
financeiro para solucionar a situação ocorrida. Caso isso não ocorra, o professor irá induzir essa necessidade.
As situações envolvem diferentes temáticas: recebimento de herança, desemprego, falecimento da principal fonte
de renda da família, endividamento de cartão de crédito, viagem em família, compra de um carro, assalto e
elaborar uma festa.
5) Discutir relação entre dinheiro e felicidade (ensino fundamental 2 e ensino médio)
Proposta presente em “Tarefas para uma educação financeira: um estudo” de Daniela Harmuch, que sugere que
os alunos discutam a relação entre dinheiro e felicidade. As orientações da tarefa se encontram na página 39.
Dispostos em círculo, os estudantes são convidados a escrever em uma única frase, primeiro, “o que é felicidade
para você?” e, em seguida, “o que é dinheiro para você?”. Após as repostas, o professor pode trabalhar com as
seguintes perguntas norteadoras: Dinheiro traz felicidade? Em que medida felicidade depende de dinheiro? É
possível ser feliz sem dinheiro? É possível ter dinheiro e não ser feliz?
Na sequência, propõe-se um trecho do filme “À procura da felicidade”, no qual o personagem Chris Gardner
(Will Smith) é um pai de família que enfrenta sérios problemas financeiros. A cena destacada é a conquista de
um bom emprego após esforços para que isso aconteça.
Ao final, pode-se ainda debater as seguintes questões: quem tem muito dinheiro é competente? Quem tem muito
dinheiro é porque armou alguma? Tem que ser rico para ser feliz? Estar triste é ser infeliz? Ou é possível ser feliz
e ter momentos de tristezas? Os caminhos para ser feliz são simples e fáceis?
6) Produção de cartazes: como agir e poupar? (ensino fundamental 2 e ensino Médio)
Esta proposta também está presente em “Tarefas para uma educação financeira: um estudo”, de Daniela
Harmuch. As orientações da tarefa se encontram na página 42.
Cada grupo de alunos apresentará em cartolina dicas de como proceder nas cinco situações distintas. A autora
sugere como fundo musical as canções “Para que dinheiro” (Martinho da Vila) e “Beleza Pura” (Caetano
Veloso).
Situação 1
O grupo deve pensar em estratégias de como fazer um programa bem legal com os amigos com pouco ou
nenhum dinheiro. Escrever na cartolina a sugestão do grupo. Previsão de respostas: sair com colegas para um
filme na casa de alguém, com pipocas e sucos; um jogo em algum lugar; buscar socializar com diferentes
pessoas, etc.
Situação 2
Sua família resolve fazer um passeio. Que sugestões você poderia dar para que poupasse mais dinheiro? Previsão
de respostas: buscar fazer lista de compras; comparar quantidade e preço; ir sem fome; buscar fazer análise de
preços em outros mercados, etc.
Situação 3
Em sua casa, de que forma pode contribuir para poupar um pouco mais? Previsão de respostas: não
desperdiçando luz, água, alimentos
Situação 4
Ao ganhar ou conseguir poupar uma determinada quantia em dinheiro, por exemplo, mil reais, o que você faria
com ela? Previsão de respostas: aplicar o dinheiro, abrir uma poupança, reservar uma parcela para guardar, etc.
Situação 5
Que ações devem fazer diariamente para ter um bom emprego? Previsão de respostas: estudar, ler mais, ouvir os
pais, buscar cursos etc.
7) Teatro para discutir taxas de juros (ensino médio)
Na dissertação “Atividades visando à inclusão da educação financeira no currículo de matemática no ensino
básico”, apresentada na Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF), Jonatas Campos
Sarlo sugere a dramatização de uma situação de vida comum para falar sobre taxa de juros. As orientações se
encontram na página 91. A atividade foi inspirada no livro “Educação Financeira nas Escolas – Bloco 1”.
Após um círculo de discussões sobre taxa de juros, os alunos receberam um texto e se organizaram em 4 grupos.
Cada um foi convidado a interpretar uma narrativa.
Grupo 1 (7 integrantes)
A1 é mulher independente, trabalha nas maiores empresas do país, ganha muito bem e seu casamento é invejável,
porém seu único problema é o impulso na hora das compras. A1 está indo para o trabalho quando passa em frente
à loja de A2 e se encanta com o que vê.
Após essa narrativa, a dramatização conta a história de um casal que vê o seu relacionamento se desfazer por
conta de endividamentos originados das compras por impulso, por parte da esposa, que os motivaram a recorrer a
empréstimos com agiotas.
Grupo 2 (4 integrantes)
Contará a história de dois amigos de infância. Um identificado como o jovem que fica endividado e uma
estudante empresária. Por posturas diferentes na administração dos recursos financeiros, os dois veem suas vidas
tomarem rumos totalmente diferentes. Ele, um rapaz com muitas dívidas, tendo que recorrer a empréstimos
bancários com taxas de juros altas e ela, uma moça sem dívidas e bem-sucedida. Além dessas personagens, a
peça conta com o atendente do banco e um narrador.
Grupo 3 (4 alunos)
Mostrará a dinâmica dos repasses de aumentos ao consumidor. A dramatização conta com um narrador,
identificado como agricultor, revendedor, caixa de supermercado e consumidor. A história se passa em dois
cenários distintos: fazenda e supermercado. Os diálogos entre as personagens evidenciam inconformismo em
virtude da alta dos preços.
Grupo 4 (6 integrantes)
A interpretação contou com personagens identificadas como pai, mãe, filho, filha, vendedora e gerente do banco.
O enredo gira em torno de uma família em que todos os integrantes se deixam seduzir por promoções de lojas e
um critica o outro, embora pratique a mesma atitude. A família entra em um estágio de decadência financeira e se
vê obrigada a recorrer a empréstimos financeiros com juros altíssimos.
Metodologias Ativas
Mapa mental
Sala de aula invertida
Endereços eletrônicos com material e atividades online
Kahoot.com
Kahoot.it

Plickers;

Desenhos para descobrir???????????????????????

Caça ao tesouro??????

Coquinhos – Jogos educativos: https://www.coquinhos.com/


Site com atividade on-line e jogos educativos de 3 anos até adultos, de matemática, tabuada, digitação, inglês,
letras, ciências, globo, colorir, música, memória, quebra cabeças, tabuleiro, raciocínio, memória, cálculo digital,
palavras cruzadas, tetris, palavras, números, trivia, sudoku, entre vários outros;

Mancala - https://www.coquinhos.com/mancala/play/;
Jogo de raciocínio lógico, de origem africana;

Smartkids - https://smartkids.com.br/
Atividades para impressão, alinhadas à BNCC, identificando as habilidades, em cada disciplina e tema escolhido,
também tem gerador de caça palavras e de palavras cruzadas;

Só Matemática - https://www.somatematica.com.br/
Materiais, jogos, exercícios, softwares, desafios, provas, curiosidades, simulador, história da matemática, etc;

Atividades educativas - https://www.atividadeseducativas.com.br/


Atividades divididas nas mais diversas disciplinas, inclusive de religião, cidadania, raciocínio, histórias infantis,
educação especial, datas especiais, libras, música, tecnologia, línguas estrangeiras, saúde, educação no trânsito,
meio ambiente, vestibular, entre outras;

Escola Games - https://www.escolagames.com.br/


Diversas atividades, jogos, algumas separadas por nível de dificuldade: Fácil, Médio, Difícil, livros digitais
ilustrados (escolha de “leia para mim”, “eu mesmo leio”), várias atividades em inglês;

Racha cuca - https://rachacuca.com.br/


Jogos de lógica, palavras, raciocínio, passatempos, trivias, etc;
- https://rachacuca.com.br/jogos/batalha-naval/

Geniol - https://www.geniol.com.br/
Jogos de lógica, palavras, raciocínio, passatempos, testes, quizzes, criador de caça palavras, etc;
- Criar caça palavras com os números por extenso;
Estudamos - https://www.estudamos.com.br/
Material de apoio, atividades, passatempos e exercícios, das disciplinas de Matemática, Português, Geografia,
Inglês, Ciências, atividades on-line;

Ludo Educativo - https://www.ludoeducativo.com.br/pt/


Jogos, atividades para impressão, por disciplina e temas transversais;

Iguinho - https://iguinho.com.br/
Animações, jogos, diversão, arte e música, livros e tirinhas, Área voltada somente para Escolas: português,
matemática, ciência e cidadania, saúde e higiene, inglês, geografia, história, artes, música, diversos, oficina para
professores;

Google Earth – https://www.google.com.br/intl/pt-BR/earth/


Geografia, mapas, coordenadas geográficas, orientação, localização, turismo, etc;

Educolorir - https://www.educolorir.com/
Imagens e fotos para colorir;
Atividades de desafio em blocos, xadrez, damas,
Gerador de palavras cruzadas, caça palavras, cruzadas com palavras ocultas;

Wordwall – Recursos de ensino - https://wordwall.net/pt


Modelos: Diversas atividades on-line: pares correspondentes, palavras cruzadas, caça palavras, anagrama,
combinação, desembaralhar, vire as peças, palavra ausente, questionário, diagrama marcado, entre outros;
Dica: no google digite wordwall e o tema, sobre o qual, busca uma atividade on-line;
Exemplo:
Wordwall copa do mundo, o google vai trazer links direto das atividades, que quando acessados, mostrarão todas
as diferentes atividades on-line referentes a copa do mundo;

Educa Jogos – Jogos pedagógicos e educativos – https://educajogos.com.br/


Matemática, alfabetização, coordenação motora, prova Brasil,

Nova Escola - https://novaescola.org.br/


Planos de aula alinhados a BNCC, formação, material de apoio, reportagens, acervo de revistas, avaliação, jogos,
atividades, ideias, etc;

Revista Em Teia na prática - https://educacaoemteia.digital/


Artigos acadêmicos, sugestões de projetos, sequências didáticas, jogos, indicação de materiais, de diversos
temas, dentro de diversas disciplinas;

Toda Matéria - https://www.todamateria.com.br/


Material de apoio: biologia, filosofia, física, geografia, história, língua portuguesa, literatura, matemática,
química, inglês, ENEM, exercícios;

Info Escola – Navegando e aprendendo - https://www.infoescola.com/


Notícias, pesquisa, material de apoio: Ciências da natureza, Ciências humanas, Linguagens e Artes, Matemática,
exercícios, provas de vestibulares, ENEM, cursos on-line, curiosidades, etc;

Pinterest - https://br.pinterest.com/
900+ ideais de atividades escolares - https://br.pinterest.com/edilaine35/atividades-escolares/
Imagens, atividades, modelos para impressão;

Geogebra Materiais - https://www.geogebra.org/materials?lang=pt-PT


Simulações e Animações de Matemática, Física e Química Online com o Software Geogebra;

Nosso Clubinho - https://www.nossoclubinho.com.br/


Jogos e Brincadeiras para Ensino Fundamental 1
Atividades físicas

Bingo Matemático
Coloca-se no quadro 30 números
Pede para que cada aluno desenhe uma tabela de 5 linhas por 4 colunas (20 espaços)
Ou entrega a tabela impressa
Depois pede para que cada aluno escolha 20 números e preencha a tabela
Depois, pode sortear operações matemáticas e quem tiver o resultado na tabela, marca
Só vale cartela cheia

Jogo da memória
Pode utilizar operações matemáticas e resultados ou operações matemáticas e desenhos, frações...
Jogo de percurso
Dominó Humano
Batalha Naval com Desafio

MATERIAL: Tabuleiro e os seguintes navios que devem ser desenhados no tabuleiro:

— 10 submarimos:

— 3 cruzadores:

— 2 destroyers:

— 1 porta avião:

OBJETIVO: Acertar um navio e solucionar o desafio

COMO JOGAR: (Pode ser em equipe ou um jogador)


1. Entregar 20 cartões com desafios para cada equipe, e estas devem ser distribuídas como quiserem em suas
cartelas para a Batalha.
2. Tira-se par ou impar para decidir quem começa.
3. A primeira equipe dá o seu primeiro "tiro", dizendo uma letra e um número.
4. A equipe que recebeu o "tiro" examina em sua cartela se no quadradinho que o adversário falou há algum
navio. Se houver, ele diz qual é o desafio para que o jogador que deu o "tiro" possa solucioná-lo.
5. Se a equipe acertar o desafio, ela fica com o navio do adversário, somando o seu primeiro ponto. Se errar, o
dono do navio permanece com ele.
6. Em seguida, é a vez da outra equipe "atirar". O procedimento é o mesmo.
7. Se no local de intersecção da letra e o número escolhidos não houver navio algum, o adversário diz "água" e
continua o jogo.
8. O jogo termina quando uma das equipes conseguir atingir todos os navios e acertar os desafios da equipe
adversária primeiro.
Dominó da tabuada

Imprime 28 peças com 2 partes cada

...

Deixa o primeiro quadrinho em branco e inicia a confecção do dominó, com o primeiro cálculo a ser pensado, na
próxima peça, primeiro quadro, coloca o resultado, no segundo quadro coloca o próximo cálculo e assim por
diante, até completar todos os quadros, sendo que o último resultado deverá ser colocado no primeiro quadro,
aquele deixado em branco no início da confecção do jogo.

Para jogar, divide os alunos, em grupos de 2, 3 ou 4 integrantes, distribuindo 7 peças para cada;

Se estiverem em 4 alunos, quem não tem a peça que encaixa no jogo, passa a vez;

Se estiverem em menos alunos, pesca peças até acabar, depois tb passa a vez;

Ganha quem jogar todas as peças primeiro;


Roleta do Tangram

O tangram é um quebra-cabeça chinês composto de sete peças com formas geométricas distintas. Cabe ao
jogador combinar as peças e criar figuras.

O tangram é uma forma de exercitar o raciocínio lógico e a criatividade como forma de criar mais de 5000
figuras possíveis.

As peças que compõem o jogo de tangram são:

 2 triângulos grandes;
 1 triângulo médio;
 2 triângulos pequenos;
 1 quadrado;
 1 paralelogramo.

Tangram para imprimir

Segue um modelo fácil para imprimir, recortar e jogar.

Figuras do Tangram

Existem muitas combinações possíveis para compor figuras. Na Enciclopédia do Tangram escrita na China há
mais de cem anos, foram catalogadas mais de 1700 figuras.

Alguns exemplos de figuras possíveis de serem montadas com as peças do tangram


As figuras do tangram remetem a formas geométricas, animais, objetos e figuras humanas. Cabe ao jogador
exercitar a criatividade e o raciocínio lógico para a montagem de suas diversas possibilidades.
Exemplos de Gatos com Tangram
Um dos animais preferidos dos jogos de tangram é o gato. Existem dezenas de possibilidades de combinações
para a formação desse animal.

Os gatos são umas das figuras mais tradicionais do tangram por possibilitarem uma diversidade de posições e
combinações Exemplos de pessoas com Tangram
Caça palavras
Jogo da multiplicação
Corrida até 100
Com este jogo, as crianças aprendem a contar e a reconhecer os números até 100, a contar para a frente e para
trás usando uma tabela até 100, e a somar dois números até 6.

Número de jogadores: 2 a 4.

Material necessário: tabuleiro do jogo, 1 pino colorido para cada jogador, 2 dados. Imprima a folha com o
tabuleiro em um papel resistente (couchê 210g), ou imprima e mande plastificar.

Modo de jogar: Os jogadores começam no quadradinho com o número 1, revezando-se para jogar. Cada jogador,
na sua vez, lança os dois dados e avança com seu pino um número de casas equivalente à soma dos números de
pontos sorteados pelos dados. Se o pino parar em um quadradinho colorido, deve seguir as instruções conforme
indicado na legenda abaixo da tabela. Ganha quem chegar primeiro ao quadradinho com o número 100.

Variações: Usar o baralho da Batalha de Números para sortear os números. Em vez de lançar 2 dados, desvira-se
2 cartões do topo do monte e anda-se o equivalente à soma dos números dos 2 cartões. Assim, a criança também
aprende a somar 2 números até 10.
Educação finanar 2022

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