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Socialização – Seminário Módulo III

Francisco Israel Bezerra

Fernanda Marion Ribeiro


A CONTABILIDADE NOS NEGÓCIOS
EMPRESARIAIS
A MATEMÁTICA FINANCEIRA E A EDUCAÇÃO
FINANCEIRA: IMPACTOS NO ENSINO DENTRO DAS
ESCOLAS
INTRODUÇÃO
A matemática é uma poderosa ferramenta para todo indivíduo inserido na nossa sociedade. Todo e qualquer
cidadão necessitam de boas decisões financeiras e administrativas ao longo da vida.

Os alunos assim como a sociedade em geral não têm o hábito de fazer análises de valores por serem
desinformados, principalmente por desconhecer os conceitos básicos da matemática financeira.

Portanto, como utilizar os conceitos da matemática financeira no cotidiano de um aluno para que ele possa ter
uma educação financeira de qualidade?

Para responder está questão, entre outras, serão abordados temas relacionados ao ensino nas escolas, a visão
do aluno e os benefícios à longo prazo.
PALAVRAS-CHAVE
MATEMÁTICA FINANCEIRA; EDUCAÇÃO FINANCEIRA.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

GOLBERT (2007, p.90) explica que a matemática é uma das matérias mais complexas e difíceis de ensinar e
aprender, e que muitas das técnicas que são utilizadas para o ensino dificultam ainda mais este aprendizado.

Cerca de metade dos estudantes brasileiros possuí um nível de aprendizado em matemática muito abaixo do que é
considerado “básico”.

Nos gráficos a seguir possuem dados da edição publicada em 2018 pelo PISA – sigla em inglês para: Programa
Internacional de Avaliação de Estudantes.
A matemática financeira é uma área de aplicação prática da matemática, que consiste em cálculos direcionados a
melhor organização e ao maior controle do dinheiro.

Segundo SUEN, (2007, p. 8-9) a matemática financeira está presente no cotidiano da população desde a
antiguidade até os dias atuais. As antigas civilizações já utilizavam da matemática financeira para as atividades comerciais da
época. As informações financeiras eram escritas em tábuas com dados sobre promissórias, empréstimos e escrituras.

De acordo com a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), há princípios no Financial


Education Project (OCDE, 2004 apud Kern, 2009, p.21) com recomendações de que a educação financeira seja iniciada dentro
das escolas, para que assim as pessoas sejam inseridas neste processo precocemente.
O planejamento tributário tornou-se uma ferramenta de grande importância para todas as empresas
devido a legislação tributária brasileira, adotar um número muito extenso de leis com constantes alterações. Este
modelo de planejamento passou a ser uma questão de sobrevivência das empresas, deixando de ser somente algo
irrelevante.

Sobre planejamento tributário Latorraca, orienta que:


Costuma-se denominar de Planejamento Tributário a atividade empresarial que, desenvolvendo-se de forma
estritamente preventiva, projeta os atos e fatos administrativos com o objetivo de informa quais os ônus tributários
em cada uma das opções legais disponíveis. O objetivo do planejamento tributário é, em última análise, a economia
tributária. Cotejando as várias opções legais, o administrador obviamente procura orientar os seus passos de forma a
evitar, sempre, que possível, o procedimento mais oneroso do ponto de vista fiscal. (LATORRACA, 2000, p.37)
Quando Kivosaki e Lechter (2000, p.22) abordaram a questão do ensino a respeito da educação financeira,
afirmam:

O dinheiro não é ensinado nas escolas. As escolas se concentram nas habilidades acadêmicas e profissionais, mas não nas
habilidades financeiras. Isso explica por que médicos, gerentes de banco e contadores inteligentes que tiveram ótimas notas quando
estudantes terão problemas financeiros durante toda a sua vida.

Não podemos generalizar, mas de certa forma está afirmação não está errada. As escolas buscam ensinar seus
alunos sobre questões relacionadas as suas habilidades acadêmicas, deixam de lado um assunto tão importante hoje na
nossa sociedade.
Atualmente os jovens estão cada vez mais endividados no Brasil, com restrições no CPF desde cedo. É evidente que eles
precisam cada vez mais aprender a controlar seus gastos. De acordo com a reportagem publicada pelo Ibracon:

Segundo o SCPC Brasil, aproximadamente 6,3 milhões de jovens entre 18 e 24 anos estão com restrições no CPF, em razão de
atrasos financeiros. Este número representa 26% (pouco mais de um quarto) da população brasileira compreendida nesta faixa. Esse
alto índice de nomes com impedimento ao crédito tem sua razão de ser. “A falta de experiência e uma abundante oferta de produtos e
serviços próprios a esses clientes, ávidos por curtir a vida por meio do consumo, se transforma em uma mistura explosiva”, argumenta
Wilson Justo, diretor de Marketing, Relacionamento e RH da Sorocred. Segundo ele os jovens estão com acesso mais amplo ao
crédito. A falta de educação financeira é um fator que provoca esse endividamento. Destaca-se que o comportamento dos pais pode
vir a se refletir no dos filhos, de acordo com Justo. “O mimetismo social, de forma geral, também conduz os jovens ao consumo. Eles
seguem uma onda de “ostentação” que os leva ao consumismo em busca de um status nem sempre compatível com suas rendas”
(D’URSO,2015.
O presente trabalho abordou a tema relacionado a matemática financeira e educação financeira, de forma a
analisar como a escola pode contribuir na formação de jovens cidadãos.

Este trabalho proporciona maiores informações na tomada de decisões futuras sobre finanças e investimentos.

O desenvolvimento deste trabalho foi cheio de desafios, pois este é um tema pouco discutido tanto nas escolas
como em nossa sociedade. A partir das pesquisas foi observado que a escola é o melhor local para iniciar nosso
desenvolvimento no meio das finanças.

Ainda é necessário um longo caminho para este tema ser inserido dentro das escolas, mas acredito que com
muita insistência e persistência estes obstáculos serão ultrapassados e os estudantes ganharam mais conhecimento sobre
este assunto.
REFERÊNCIAS
CLEAR CORRETORA - Educação financeira: saiba o que é e como começar a sua. Disponível em: <
https://master.clear.com.br/educacao-financeira/?gclid
=CjwKCAjwxZqSBhAHEiwASr9n9C-Z52srX4MCI1lB7jfyw_eA5Wg0pvLYc9777GcoGNyj858W4Vl1qRoCM1YQAvD_BwE>
Acesso em 01 Mar. 2022.

Direcional – Princípios de educação financeira que você precisa saber agora mesmo. Publicado em 26 fev. 2021.
Disponível em: https://direcional.com.br/blog/financas/educacao-financeira/. Acesso em 03 Mar 2022.

D’URSO,M.L. Endividamento atinge população jovem do Brasil. Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (IBRACON).
São Paulo. 26fev.2015. Disponível em: http://www.ibracon.com. br/ibracon/Portugues/detNoticia.php?cod=2575. Acesso em: 17
mar. 2022.
REFERÊNCIAS

FIA: Fundação Instituto de Administração: Matemática financeira: o que é, principais fórmulas e dicas, publicado em 28 out.
2020. Disponível em: < https://fia.com.br/blog/matematica-financeira/ >. Acesso em 24 mar. 2022.

G1 – Pisa 2018 – dois terços dos brasileiros de 15 anos sabem menos que o básico de matemática. Publicado em 3 dez.
2019. Disponível em: < https://g1.globo.com/educacao
/noticia/2019/12/03/pisa-2018-dois-tercos-dos-brasileiros-de-15-anos-sabem-menos-que-o-basico-de-matematica.ghtml>
Acesso em 19 mar. 2022.

Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira | Inep – Programa Internacional de avaliação de
Estudantes (PISA) – Disponível em < https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/avaliacao-e-exames-educacionais/pisa
> Acesso em 19 mar. 2022.
REFERÊNCIAS

KIYOSAKI, Robert; LECHTER, Sharon L. Pai Rico Pai Pobre: o que os ricos ensinam a seus filhos sobre dinheiro. 50 ed.
São Paulo, Campus, 2000.

LORENZATO.S.;VILA,M.C. Século XXI: qual matemática é recomendável? Revista Zetetiké: Revista da Educação
Matemática. Campinas, p.41.1993. Disponível em: http://ojs.fe.unicamp.br/ged /zetetike/article/view/2613/2355 >. Acesso em 25
mar. 2022.

Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. OCDE. Recomendação sobre os Princípios e as Boas
Práticas de Educação e Conscientização Financeira. Publicado em jul. 2015. Disponível em: < https://www.oecd.org/daf/fin
/financial-education/[PT]%20Recomendação%20Princípios%20de%20Educação%2Financeira%202005%20.pdf > Acesso em
24 mar. 2022.
REFERÊNCIAS
RIBEIRO, S. P,; RIZZO, M. R.; SCARAUSI, V. G. S.. Educação financeira sob a ética da análise bibliométrica embasada no
portal SPELL. Revista Brasileira de Administração Científica, v.11, n.3, p.34-44, 2020. DOI:
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SILVA, A. M.; POWELL, A. B. Um Programa de Educação Financeira para a Matemática Escolas da Educação Básica. In:
XI Encontro Nacional de Educação Matemática: Retrospectiva e Perspectiva. Curitiba, Paraná. 18 a 21 jul. 2013. 17p.
Disponível em: <
https://docplayer.com.br/5940248-Um-programa-de-educação-financeira-para-a-matematica-escolar-da-educacao-basica.html >
Acesso em 19 mar.2022.

SOARES, P. R.,LEBOUTTE,C.: Educação financeira para família. São Paulo: All Print Editora, 2007.

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