Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Resumo...................................................................................................2
Introdução..............................................................................................3
Educação Básica e Educação Financeira...........................................3
Educação Financeira no Brasil............................................................5
Procedimentos metodológicos............................................................8
Uma prática de educação financeira no ensino fundamental..........8
Conclusão.............................................................................................15
Referências...........................................................................................17
LEGENDA
EDUCAÇÃO INFANTIL
EDUCAÇÃO FINANCEIRA
EDUCAÇÃO FINANCEIRA
INFANTIL
UMA REFLEXÃO SOBRE A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO
FINANCEIRA NA ESCOLA PÚBLICA NA VIDA DA CRIANÇA EM
IDADE ESCOLAR
Resumo
1
Aluna do curso de especialização
2
THE IMPORTANCE OF FINANCIAL EDUCATION IN THE LIFE OF
CHILDREN AT SCHOOL AGE
BERWIG, Gislene Arendt
Abstract
The article presents an intervention in financial education carried out in a municipal
school for early childhood education and elementary education by Francisco Beltrão
PR. The proposal was applied to students in the 3rd year of elementary school. The
approach to the theme is part of the curriculum for the series and includes the
recognition of the national currency, as well as the identification and use of Brazilian
banknotes and coins. Upon becoming aware of the practice as published in the local
media, we felt the need to know the proposal of the intervention and its possible
implications for the construction of financial autonomy up close. We chose the semi-
structured interview as a data collection instrument. We found that Financial Education
is still a growing area within the teaching themes, needing attention regarding the
training of educators and the dissemination of good practices to reference future
experiences in this area.
Introdução
3
independentes o mais rápido possível. Para tanto, as relações com o
dinheiro devem fazer parte do cotidiano das crianças, de modo a não
criar bloqueios que dificultem seu manuseio na vida adulta, e isso
pode ser feito a partir da utilização das ferramentas e conceitos
adequados quando da realização da abordagem financeira
(KASSARDJIAN, 2013. P. 34-35)
4
Ao menos indiretamente, o currículo escolar tem como objetivo
preparar cidadãos para a vida. Ou ao menos deveria ter. Mas nosso
currículo esqueceu-se de levar em consideração que o pobre
trabalhador que cresceu numa economia também pobre precisa saber
tanto sobre as armadilhas dos juros dos crediários quanto sobre os
métodos para extrair as raízes de uma equação de terceiro grau
(cerbasi, 2006, p. 34). Kern, 2009, p. 36
5
(...) estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios, competências e diretrizes para a educação infantil, o
ensino fundamental e o ensino médio, que nortearão os currículos e
seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação básica
comum (BRASIL, 1996)
6
NA IDADE MÉDIA AS CRIANÇAS ERAM VISTAS COMO HOMENS E
MULHERES DE TAMANHO REDUZIDO, NÃO HAVENDO ASSIM
DISTINÇÃO DA CRIANÇA E DO ADULTO. NO SÉCULO XVII HAVIA
COLÉGIOS DA IGREJA, QUE LECIONAVA A ADULTOS E
CRIANÇAS. TENDO DESTA FORMA A IGREJA IMPORTANTE
PAPEL NA ALFABETIZAÇÃO COM O INTUITO DE
PROPORCIONAR A LEITURA Á BÍBLIA E AOS ENSINAMENTOS
RELIGIOSOS (PEREIRA, ET AL, 2009).
ASSIM SENDO, O PERCURSO DA EDUCAÇÃO INFANTIL
COMEÇOU A PARTIR DO MOMENTO EM QUE A SOCIEDADE
PASSOU A PENSAR O QUE É SER CRIANÇA E A IMPORTÂNCIA
DO MOMENTO INFÂNCIA NA VIDA ADULTA, ENTRE OS SÉCULOS
XVI E XVII (PEREIRA, ET AL, 2009)
A REVOLUÇÃO BURGUESA INTRODUZIU A NECESSIDADE DE
ELABORAÇÃO DE NOVOS MÉTODOS EDUCACIONAIS,
ADEQUADOS À NOVA ORDEM SOCIAL, A BURGUESIA SE
ESFORÇOU POR EXPULSAR A IGREJA DOS SEUS ÚLTIMOS
REDUTOS (LIMA, 2009).
SURGE A PREOCUPAÇÃO COM A EDUCAÇÃO PARA CRIANÇAS
DE 0 A 6 ANOS. A EDUCAÇÃO PASSA A SER DE EMPÍRICA A
PEDAGÓGICA. COLÉGIOS ABREM ACESSO AOS FILHOS DE
BURGUESES E CLASSES BAIXAS SEPARADAMENTE. NESSE
CONTEXTO, A IGREJA CATÓLICA PERDE ESPAÇO NO QUE DIZ
RESPEITO A EDUCAÇÃO (PEREIRA, ET AL, 2009)
7
OBSERVA-SE QUE O IMPULSO PARA O NORTEAMENTO DA
EDUCAÇÃO INFANTIL, VISADO PELA BURGUESIA, ERA APENAS
DE PROPORCIONAR, POR MEIO DAS CRIANÇAS, A QUEDA DA
IGREJA, QUE ATÉ ENTÃO ERA SOBERANA, PROPORCIONANDO
A SUA CLASSE UM MAIOR CONHECIMENTO E
DESENVOLVIMENTO. AS CRIANÇAS ERAM VISTAS COMO O
FUTURO DESDE ENTÃO, DAÍ A LÓGICA ESTRATÉGICA.
CONTUDO, OS BENEFÍCIOS PARA AMBAS FORAM LOGO
VISADOS, CONSEGUINDO NÃO SÓ A SATISFAÇÃO DA CLASSE
COMO TAMBÉM UM DESENVOLVIMENTO INFANTIL A PRINCÍPIO
(PEREIRA ET AL., 2009). NO ENTANTO, A EDUCAÇÃO SE AFASTA
DO EMPIRISMO E EVOLUI PARA A PEDAGÓGICA, SE
PREOCUPANDO COM AS CRIANÇAS DA FAIXA ETÁRIA DO ZERO
AOS SEIS ANOS DE IDADE. COLÉGIOS ABREM ACESSO AOS
FILHOS DE BURGUESES E CLASSES BAIXAS SEPARADAMENTE.
NESSE CONTEXTO, A IGREJA CATÓLICA PERDE ESPAÇO NO
QUE DIZ RESPEITO À EDUCAÇÃO. E ASSIM INICIALMENTE
CRIARAM-SE TRÊS NÍVEIS DE ENSINO, A PRIORI PARA
ADEQUAR O NÍVEL DE CONHECIMENTO À ESTATURA FÍSICA E
MENTAL DA CRIANÇA, PROPORCIONANDO UM
DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL CORRESPONDENTE À FAIXA
ETÁRIA (LIMA, 2009).
ATUALMENTE NO BRASIL, AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SE
ADEQUARAM À FORMATAÇÃO DE NÍVEIS DE ESCOLARIDADE
QUE PERMEIA NOVE ANOS LETIVOS PARA O ENSINO
FUNDAMENTAL, TRÊS PARA O ENSINO MÉDIO E NA EDUCAÇÃO
SUPERIOR PODE VARIAR DEPENDENDO DO RAMO
PROFISSIONAL ESCOLHIDO. ENFATIZANDO O ENSINO INFANTIL,
ALÉM DOS CINCO PRIMEIROS NÍVEIS, HÁ A EXISTÊNCIA DO
MATERNAL, QUE SERIA UMA INICIAÇÃO OU INCENTIVO À
CRIANÇA A SE ADAPTAR AO MEIO ESCOLAR E DESPERTÁ-LO
PARA A APRENDIZAGEM. JÁ QUE SEGUNDO A LEI DE
DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO (LEI Nº 12.796, DE 2013), A
EDUCAÇÃO INFANTIL, PRIMEIRA ETAPA DA EDUCAÇÃO
BÁSICA, TEM COMO FINALIDADE O DESENVOLVIMENTO
INTEGRAL DA CRIANÇA DE ATÉ CINCO ANOS, EM SEUS
ASPECTOS FÍSICO, PSICOLÓGICO, INTELECTUAL E SOCIAL,
COMPLEMENTANDO A AÇÃO DA FAMÍLIA E DA COMUNIDADE,
POR MEIO DE CRECHES PARA CRIANÇAS ATÉ TRÊS ANOS E
PRÉ-ESCOLAS PARA CRIANÇAS DE QUATRO A CINCO ANOS.
2 A IMPORTANCIA DA EDUCAÇAO FINANCEIRA INFANTIL 76
Metodologia:
8
O ARTIGO APRESENTA UM ESTUDO DE CASO DE UMA
INTERVENÇÃO EM EDUCAÇÃO FINANCEIRA REALIZADA NO
ENSINO FUNDAMENTAL. A PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
OCORREU NUMA ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL
E ENSINO FUNDAMENTAL DE FRANCISCO BELTRÃO PR, FOI
APLICADA AOS ALUNOS DO 3º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL.
A ABORDAGEM DO TEMA FAZ PARTE DO CURRÍCULO PARA A
SÉRIE E ABARCA O RECONHECIMENTO DA MOEDA NACIONAL,
BEM COMO A IDENTIFICAÇÃO E USO DAS CÉDULAS E MOEDAS
BRASILEIRAS. AO TOMAR CONHECIMENTO DA PRÁTICA
CONFORME VEICULAÇÃO NA MÍDIA LOCAL, (INSERIR NOTA DE
RODAPÉ COM O LINK DA MATÉRIA JB) SENTIMOS A
NECESSIDADE DE CONHECER DE PERTO A PROPOSTA DA
INTERVENÇÃO E SUAS POSSÍVEIS IMPLICAÇÕES PARA A
CONSTRUÇÃO DA AUTONOMIA FINANCEIRA. PARA ISSO,
ELEGEMOS COMO INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS A
ENTREVISTA SEMI ESTRUTURADA, CONTANDO COM
ELEMENTOS DA ANÁLISE DO DISCURSO PARA
INTERPRETAÇÃO DOS DADOS.
Educação infantil
Educação financeira
Eeducação Ffinanceira no Bbrasil
9
Complementar (PREVIC) e pela Superintendência de Seguros Privados
(Susep). O objetivo do COREMEC é coordenar e aprimorarcomplementar as
atuações das entidades da administração pública federal, as quais são
responsáveistêm a incumbência de por regularordenar e fiscalizar as
atividades ligadas à captaçãoarrecadação púublica da poupança popular, em
em maio de 2007 o COREMEC constituiuinstituiu o Grupo de Trabalho (GT)
com a função o objetivo de proporapresentar a Estratégia Nacional de
Educação Financeira (EneENEFf).
A fim de promover práticas de Educação Financeira no território
nacional, A Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF) foi elaborada
através da articulação de nove órgãos e entidades governamentais e quatro
organizações da sociedade civil, que juntos integram o Comitê Nacional de
Educação Financeira – CONEF – criado através do Decreto Federal
7.397/2010. Instituída como política de Estado de caráter permanente, a ENEF
tem por características principais, a garantia de gratuidade das iniciativas que
desenvolve ou apoia e sua imparcialidade comercial. Esta estratégia, pretende
colaborar para o fortalecimento da cidadania ao ofertar e apoiar ações que
auxiliem a população quanto a tomada de decisões mais autônomas e
conscientes.
Os programas transversais e setoriais3 compõem as ações da ENEF.
{Programas setoriais são os programas e as ações desenvolvidas pelos
membros do CONEF e que estão alinhados às diretrizes propostas pela ENEF.
Esses programas são regidos pelos objetivos e papéis desempenhados por
cada instituição. } https://www.vidaedinheiro.gov.br/programas-setoriais/
{ Programas transversais são as ações de educação financeira da
ENEF que, pelo público beneficiário ou temática financeira priorizada, não são
de responsabilidade exclusiva de determinado órgão ou entidade. Seus
objetivos requerem a conjugação de diversos temas como proteção,
3
Programas setoriais são os programas e as ações desenvolvidas pelos membros
do CONEF e que estão alinhados às diretrizes propostas pela ENEF. Esses programas são
regidos pelos objetivos e papéis desempenhados por cada instituição. Programas
transversais são as ações de educação financeira da ENEF que, pelo público beneficiário ou
temática financeira priorizada, não são de responsabilidade exclusiva de determinado órgão ou
entidade. Seus objetivos requerem a conjugação de diversos temas como proteção,
planejamento financeiro, poupança, investimento, crédito e defesa do consumidor.
10
planejamento financeiro, poupança, investimento, crédito e defesa do
consumidor.
Os programas transversais estão sob a coordenação da Associação de
Educação Financeira do Brasil – AEF-Brasil. A AEF contribui com a ENEF por
meio do desenvolvimento de tecnologias sociais e educacionais que podem ser
reaplicadas por qualquer pessoa ou organização interessada, dando assim a
escala necessária ao tema educação financeira.
Estes programas podem ser patrocinados por qualquer instituição
interessada na promoção da educação financeira no Brasil. }
https://www.vidaedinheiro.gov.br/programas-transversais/
Em suma, a { A estrutura de governança da ENEF integraagrega
entidades públicas e privadas interessadas em promover a educação financeira
no Brasil. O formato preserva a independência dos órgãos supervisores do
sistema financeiro para desenvolver suas próprias ações de educação.
{ A Estratégia Nacional de Educação Financeira – ENEF, instituída pelo
Decreto nº 7.397, de 22 de dezembro de 2010, tem a finalidade de promover a
educação financeira e previdenciária e contribuir para o fortalecimento da
cidadania, a eficiência e solidez do sistema financeiro nacional e a tomada de
decisões conscientes por parte dos consumidores.
11
promover no brasileiro a capacidade de tomar decisões financeiras conscientes
para sua vida e para a economia do país. No entanto as escolas acabam
recorrendo às parcerias, principalmente com instituições financeiras como
cooperativas de crédito. Por um lado, essas parcerias auxiliam o trabalho
pedagógico uma vez que possibilitam o acesso a materiais e recursos didáticos
dos quais a escola nem sempre dispõe, por outro lado, a terceirização da ação
em educação financeira pode caracterizar como uma ação isolada, a parte do
processo pedagógico escolar.
É importante ressaltar que educação financeira não se trata apenas de
desenvolver habilidades matemáticas as quais são necessárias para realização
de cálculos e a comparação entre taxas de juros, prêmios, rentabilidades, taxas
de administração e outros que favorecem a tomada de decisões, também é
importante desenvolver habilidades psicológicas as quais irão influenciar as
escolhas quanto as finanças e estimular o desenvolvimento de um
comportamento que contribua para um bom planejamento financeiro e
consequentemente a emancipação financeira do indivíduo. Conforme observa
Cerbasi (2006)
Ao menos indiretamente, o currículo escolar tem como objetivo
preparar cidadãos para a vida. Ou ao menos deveria ter. Mas nosso
currículo esqueceu-se de levar em consideração que o pobre
trabalhador que cresceu numa economia também pobre precisa saber
tanto sobre as armadilhas dos juros dos crediários quanto sobre os
métodos para extrair as raízes de uma equação de terceiro grau
(CERBASI, 2006, p. 34).
12
deixados de lado para dar lugar a Educação Financeira, mas caminharam
juntos complementando-se entre si.
A ação foi divulgada pela mídia local e desta forma nos chamou a
atenção e nos questionamos quanto ao que levou a essa ação diferenciada por
parte da regente da turma? Que elementos fizeram a diferença para a
compreensão da Educação Financeira como parte do processo de ensino
fundamental? Nos propomos a entrevistar a professora regente e fomos
construindo um diálogo bastante produtivo quanto a temática.
Procedimentos metodológicos
} https://www.aefbrasil.org.br/index.php/educacao-financeira/
13
pela Superintendência de Seguros Privados (Susep). O objetivo do COREMEC
é coordenar e aprimorar as atuações das entidades da administração pública
federal, as quais são responsáveis por regular e fiscalizar as atividades ligadas
à captação publica da poupança popular, em maio de 2007 o COREMEC
constituiu o Grupo de Trabalho (GT) com o objetivo de propor Estratégia
Nacional de Educação Financeira (Enef)
{ A Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF) é uma
mobilização multissetorial em torno da promoção de ações de educação
financeira no Brasil. A estratégia foi instituída como política de Estado de
caráter permanente, e suas características principais são a garantia de
gratuidade das iniciativas que desenvolve ou apoia e sua imparcialidade
comercial. O objetivo da ENEF, criada através do Decreto Federal 7.397/2010,
é contribuir para o fortalecimento da cidadania ao fornecer e apoiar ações que
ajudem a população a tomar decisões financeiras mais autônomas e
conscientes. A estratégia foi criada através da articulação de nove órgãos e
entidades governamentais e quatro organizações da sociedade civil, que juntos
integram o Comitê Nacional de Educação Financeira – CONEF – criado através
do Decreto Federal 7.397/2010
Os programas da ENEF são guiados pelo Plano Diretor, sua
Deliberação e seus Anexos, documentos que consolidam a atuação da
Estratégia Nacional de Educação Financeira. As ações da ENEF são
compostas pelos programas transversais e setoriais, coordenados de forma
centralizada, mas executados de modo descentralizado.}
https://www.vidaedinheiro.gov.br/quemsomos/
{Programas setoriais são os programas e as ações desenvolvidas
pelos membros do CONEF e que estão alinhados às diretrizes propostas
pela ENEF. Esses programas são regidos pelos objetivos e papéis
desempenhados por cada instituição. }
https://www.vidaedinheiro.gov.br/programas-setoriais/
{ Programas transversais são as ações de educação financeira da
ENEF que, pelo público beneficiário ou temática financeira priorizada, não
são de responsabilidade exclusiva de determinado órgão ou entidade.
Seus objetivos requerem a conjugação de diversos temas como proteção,
14
planejamento financeiro, poupança, investimento, crédito e defesa do
consumidor.
Os programas transversais estão sob a coordenação da
Associação de Educação Financeira do Brasil – AEF-Brasil. A AEF
contribui com a ENEF por meio do desenvolvimento de tecnologias
sociais e educacionais que podem ser reaplicadas por qualquer pessoa
ou organização interessada, dando assim a escala necessária ao tema
educação financeira.
Estes programas podem ser patrocinados por qualquer instituição
interessada na promoção da educação financeira no Brasil. }
https://www.vidaedinheiro.gov.br/programas-transversais/
{ A estrutura de governança da ENEF integra entidades públicas e
privadas interessadas em promover a educação financeira no Brasil. O
formato preserva a independência dos órgãos supervisores do sistema
financeiro para desenvolver suas próprias ações de educação.
Como política nacional, a ENEF deve contemplar as seguintes
esferas de governança:
Estratégica: Comitê Nacional de Educação Financeira – CONEF:
instância responsável pela direção, supervisão e pelo fomento da ENEF.
Consultiva: Grupo de Apoio Pedagógico – GAP: instância de
assessoramento ao CONEF quanto aos aspectos pedagógicos
relacionados à educação financeira e previdenciária. Comissão
Permanente – CP: instância instituída para prover o CONEF do suporte
técnico necessário à Estratégia Nacional de Educação Financeira.
Integram a CP um representante e um suplente de cada entidade ou órgão
integrante do CONEF. Secretaria Executiva: presta o apoio administrativo
e fornece os meios necessários para o alcance dos objetivos do CONEF.
É exercida pelo Banco Central.}
https://www.vidaedinheiro.gov.br/governanca/
{ Coordenação: Associação de Educação Financeira do Brasil –
AEF-Brasil é uma Oscip, criada em 2011 a qual exerce o papel de
coordenadora dos programas transversais da ENEF. Neste papel, além da
coordenação dos projetos, a Associação é responsável pela mobilização
social e financeira necessária para executá-los.
15
Sua missão é tornar a educação financeira um tema relevante no
país, de modo a possibilitar transformações na vida das pessoas e
promover o desenvolvimento do Brasil. Com abrangência nacional,
cumpre sua missão por meio da criação de tecnologias sociais e
educacionais que são disponibilizadas de forma aberta e gratuita para a
população. Além disso, organizações públicas e privadas interessadas
em trabalhar com a educação financeira também têm amplo acesso a
essas tecnologias.
Quatro instituições representantes da sociedade civil mantêm a
AEF-Brasil:
• Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e
de Capitais (ANBIMA).
• Brasil, Bolsa e Balcão (B3)
• Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais,
Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNSeg)
• Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) }
https://www.vidaedinheiro.gov.br/coordenacao/
16
participantes foi dividido em dois grupos. Apenas metade das instituições
(101) recebeu o projeto, denominado grupo de tratamento. A outra metade
(100) foi parte do grupo de controle, ou seja, não recebeu material algum.
Assim foi possível comparar os conhecimentos financeiros e atitudes
relacionadas às decisões de consumo e poupança entre ambos os
grupos. A implementação do projeto foi realizada de forma a deixar as
escolas do grupo de tratamento livres para utilizarem o material didático
da maneira mais adequada a seus cronogramas pedagógicos. (Relatorio
Anual 2016 p. 11) }
Uma prática de educação financeira no ensino fundamentalO PAPEL DA
EDUCAÇÃO FINANCEIRA NA VIDA DA CRIANÇA
17
turma. Os alunos sugeriram a formação de um museu da turma com cédulas e
moedas antigas. Trouxeram moedas do Japão, Peru, Bolívia, EUA, Europa,
bem como cédulas e moedas brasileiras antigas. Segundo relato da professora,
uma das crianças trouxe uma moeda de 400 réis, utilizada no início do século
XIX.
Para angariar o valor necessário ao passeio, as crianças optaram por
realizar um banco da turma, após discutir com a coordenação da escola e
consultar os familiares das crianças, ficou decidido que cada criança teria o seu
cofrinho, confeccionado com reaproveitamento de embalagens. A atividade
teve por objetivo o controle de entradas e saídas de valores do cofrinho, o
planejamento de uma ação que requereu da turma economizar, poupar e
investir. Uma das preocupações era quanto a disparidade de valores
angariados entre as crianças, a alternativa encontrada foi realizar o controle via
uma ficha semanal para saber qual valor cada criança tinha conseguido até o
momento.
Foi trabalhado com a turma as questões de diferença de condições
entre as famílias o que evidenciou a desigualdade sócio econômica do grupo. A
atuação coletiva foi reforçada com a ênfase do objetivo final que era a
realização do passeio pela turma toda. O projeto total teve uma duração de
dois meses e o valor arrecadado conseguiu custear o lanche das crianças, a
entrada no Zoológico e a viagem foram viabilizadas pela administração
municipal e parceiros que se sensibilizaram com o engajamento dos alunos na
ação. Ao refletir sobre a prática, realizada, nos deparamos com a afirmação do
plano diretor da ENEF
O sistema educacional brasileiro, nos termos da Lei de Diretrizes e
Bases, confere autonomia aos estabelecimentos de ensino para
elaborar e executar propostas pedagógicas, e aos docentes para
elaborar e cumprir plano de trabalho de acordo com a proposta
pedagógica definida pela escola, sempre respeitando as normas
comuns e do seu sistema de ensino. (BRASIL, 2017a. p.96)
18
para realização de cálculos e a comparação entre taxas de juros, prêmios,
rentabilidades, taxas de administração e outros que favorecem a tomada
de decisões, também é importante desenvolver habilidades psicológicas
as quais irão influenciar as escolhas quanto as finanças e estimular o
desenvolvimento de um comportamento que contribua para um bom
planejamento financeiro e consequentemente a emancipação financeira
do indivíduo. Sendo assim um dos propósitos da Enef nas escolas é
justamente o de educar crianças e adolescentes para além de aprender a
lidar com o dinheiro, estar apto a planejar sua vida financeira de forma
segura, independentemente se possui pouco ou muito recurso financeiro.
“Saber o que é correto não é suficiente, é preciso desenvolver autodisciplina e
orientar o julgamento do senso de urgência em crianças e jovens, além de
levar até eles os conceitos de Educação Financeira”. (Pplano Ddiretor ENEF p.
15)
É cada vez mais comum nos depararmos com crianças que possuem telefones
celulares os quais mesmo sendo pré-pagos necessitam de controle e disciplina,
porem mesmo assim muitos gastam em excesso e sem necessidade, além
disso há cada vez mais jovens e adolescentes endividados por adquirirem
produtos financeiros sem terem uma base solida de como administra-los,
muitos desses produtos são oferecidos aos adolescentes assim que ingressam
no ensino superior, temos como exemplo as contas bancarias e cartões de
credito, para universitários, fazendo com que tais adolescentes necessitem
adquirir noções de fianças mais complexas do que as demandadas por
gerações anteriores.
19
As dificuldades financeiras dos indivíduos não afetam apenas sua família. Suas consequências
são negativas também para a sociedade, pela perda do potencial de desenvolvimento humano,
pela sobrecarga das redes de proteção social e pelos efeitos sistêmicos de natureza
econômica, que podem ter reflexos para a solidez e a eficiência do sistema financeiro. (Plano
Ddiretor ENEF p.11 )
O interesse do governo na educação financeira não se esgota no âmbito dos órgão reguladores
e supervisores do sistema financeiro. A formação de reservas para aposentadoria, no regime
de previdência privada, de caráter facultativo e complementar, é cada vez mais relevante,
contribuindo para elevação da taxa de poupança brasileira e por conseguinte, para expansão
do investimento. (Plano Diretor ENEF p. 17)
O sistema educacional brasileiro, nos termos da Lei de Diretrizes e Bases, confere autonomia
aos estabelecimentos de ensino para elaborar e executar propostas pedagógicas, e aos
docentes para elaborar e cumprir plano de trabalho de acordo com a proposta pedagógica
definida pela escola, sempre respeitando as normas comuns e do seu sistema de ensino.
(Pplano Ddiretor ENEF p.96)
O documento propõe que o assunto seja tratado como tema relevante inserido nas diversas
áreas de conhecimento. Além disso, essa abordagem permite que os conceitos de educação
financeira sejam priorizados e contextualizados de acordo com a realidade local e regional, o
que deve ser considerado, uma vez que se trata de um pais com dimensões continentais como
o Brasil, onde a pluralidade cultural é uma das principais características. (Plano Diretor p.96)
20
Como politica nacional, a Enef deve contemplar as seguintes esferas de governança:
Estratégica: formada pelo Comitê Nacional de Educação Financeira (Conef), responsável pela
direção, pelo fmento e pela supervisão da Enef.
Consultiva: formada, nicialmente por GAP, responsável por orientar pedagogicamente o
desenvolvimento de conteúdos.
De coordenação: a Enef será coordenada por entidade de proposito exclusivo, não integrada à
estrutura de nenhum dos ministérios, a fim de assegurar o equilíbrio da gestão entre os
mercados e segmentos interessados.
De execução: por meio dos órgão supervisores e fiscalizadores do sistema financeiro nacional
e de parceiros realizadores, privados e públicos, que desenvolvam programas ou ações de
Educação Financeira, qualificadas para integrar a Enef. (Plano Diretor Enef p. 117)
21
expressaram a prática de poupar dinheiro utilizando o cofrinho, enquanto
outros alegaram que não tinham cofrinho. Como já tinha experimentado
uma atividade de educação financeira no ano anterior, com outra turma,
percebi que o interesse dos alunos era o ponto de partida para a inserção
de um novo trabalho no ano corrente.
22
antigas, sugeriram então que aqueles que tivesses esses materiais
trouxessem para a contemplação da turma.
Essa proposta rendeu uma exposição em que pudemos ter contato
com uma moeda de 400 réis, usada por volta do ano de, 1901. Moedas de
cruzeiro, cruzado e cédulas desde o cruzado até o real. Uma aluna de
descendência japonesa trouxe duas moedas originárias do Japão,
enquanto outros alunos trouxeram moedas da Argentina, Peru, Paraguai,
Chile, EUA, Europa… Enquanto professora me senti realizada com esse
desfecho, haja visto a riqueza da diversidade que os alunos propiciaram e
o conteúdo histórico que deu vida ao livro didático.
23
do material, a construção de objetivos coletivos, e o controle financeiro
de entradas, saídas etc.
Tivemos relatos de famílias que descartaram os porquinhos
alegando que eram lixo, bem como famílias que se envolveram na
atividade e auxiliaram a criança na manutenção e no cumprimento das
atividades propostas. Nesse sentido, penso que exemplos como esse
reforçam a necessidade de um Educação Financeira para além da sala de
aula, embora tenhamos buscado a parceria familiar, é difícil o
envolvimento de 100% das famílias por questões sociais que extrapolam
o domínio pedagógico.
24
A escola enquanto instituição social muitas vezes culpabiliza a
família, esta, por sua vez responsabiliza ou delega à escola funções que
não lhe cabem. Nesse eterno jogo de empurra, ambas as instituições
sofrem. Seguimos enquanto educadores na busca da parceria entre esses
entes, e na reflexão contínua sobre as oportunidades de interação bem ou
mal sucedidas.
25
Ao concluir a entrevista, percebemos que a abrangência da Educação
Financeira aplicada a crianças em idade escolar, tem reflexos para além das
ciências exatas o que é validado por Mello na seguinte observação:
Conclusão
26
intervenção da Educação Financeira ainda na infância pode representar
uma vida adulta com responsabilidade e autonomia econômica.
A Educação Financeira preconiza estabelecer uma relação
saudável com a economia, contribuindo para a formação de indivíduos
aptos a administrar suas finanças com segurança.
Neste sentido é importante refletir a partir desta experiência como
os professores de ensino fundamental tem tido acesso a formação em
educação financeira. Posto que a professora entrevistada evidencia a
dificuldade de encontrar recursos didáticos abrangentes no que se refere
a Educação Financeira. Cabe ainda pensar sobre essa oferta de
materiais didáticos, quem os produz, como estão disponibilizados e
como os professores e instituições escolares tem utilizado ou não tais
recursos.
Estes questionamentos abrem precedente para outras
investigações que possam dialogar com este trabalho e contribuir para a
consolidação da Educação Financeira para crianças em idade escolar.
27
Referências
MELLO, Felipe da Cunha de. Henrique e robô Dim: Gamebook para apoiar
o processo de ensino aprendizagem de educação financeira infantil. 2016.
110 f. Dissertação (Mestrado). curso de Tecnologias Educacionais em
Rede, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, Rs, 2016.
28
:<http://www.artigonal.com/
educacao-infantil-artigos/a-educacao-infantil-no-mundo-942990.html>.
Acesso em: 25 de
Març. 2015.
CRAIDY, C. M. KAERCHER, G. E. P. S. da. Educação infantil: pra que te
quero? – Porto Alegre: Artmed, 2001.
Estratégia Nacional de Educação Financeira (Plano diretor ENEF)
disponível em:
https://www.vidaedinheiro.gov.br/wp-content/uploads/2017/08/Plano-
Diretor-ENEF-Estrategia-Nacional-de-Educacao-Financeira.pdf
https://www.vidaedinheiro.gov.br/relatorio-anual/
https://www.vidaedinheiro.gov.br/wp-content/uploads/2017/04/Relat
%C3%B3rio-Anual-2016.pdf
kern 2009 p. 26
PEREIRA, D. H. et al. A
educação fi nanceira infantil e
seu impacto no consumo
consciente. 2009. 75 f.
Monografi a ( Bacharel em
Administração) – Faculdades
Integradas
Campos Salles, São
Paulo, 2009.
CRAIDY, C. M.
KAERCHER, G. E. P. S. da.
Educação infantil: pra que te
quero? – Porto Alegre: Artmed,
2001.
29
:<http://www.artigonal.com/
educacao-infantil-artigos/
a-educacao-infantil-no-mundo-
942990.html>. Acesso em: 25 de
Març. 2015.
30