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Universidade Federal Fluminense

Instituto do Noroeste Fluminense de Educação Superior

Departamento de Ciências Exatas Biológicas e da Terra

Curso: Licenciatura em Matemática

Projeto de TCCI

Aluno(a): Lauane de Souza Lessa


Orientador(a):

Título do Projeto:
Educação financeira: sua importância e relevância no último ano do ensino médio das
escolas públicas de Itaocara-RJ.

1- TEMA: Educação Financeira


Enquanto universitária e futura professora de matemática, preciso estar atentas as
mudanças, às novas demandas e aos enfrentamentos que surgem na sociedade mundial, mas
também no cenário brasileiro e em minha localidade. A pesquisa e o debate devem contribuir
com o descortínio de novas possibilidades históricas e consequentemente de novas alternativas à
temática no âmbito da “Educação Financeira”.
Nota-se, a deficiência do ensino da educação financeira na disciplina de matemática no
último ano do ensino médio, que contribuiria na formação dos jovens como futuros cidadãos
conscientes de suas condições financeiras, e para além disso, muitas vezes os pais não
conseguem passar para os filhos a prática da economia, planejar e organizar seu dinheiro.

2- Justificativa:
Tem se observado nos noticiários e na convivência com as pessoas na área do comércio na
localidade que habito que as famílias têm enfrentado dificuldades de fechar as contas do mês,
principalmente após a crise que o país enfrenta desde a pandemia do Coronavírus (COVID-19)
em que muitos cidadãos ficaram desempregados com o fechamento de comércios, lojas e
empresas.

O endividamento tem aumentado a cada dia e está relacionado com o condicionamento


social, os hábitos familiares, que perpassa desde a desordem financeiras, as compras por
impulso, o que caracteriza o consumismo desenfreados.
Pessoas que vivem e/ou viveram na infância num ambiente familiar, com dificuldades
financeiras, provavelmente, podem passar por situações semelhantes ao longo da vida e assim
histórias vão se repetindo. Em que a educação financeira poderia contribuir?

Acredita-se que o trabalho com crianças e adolescentes no ensino fundamental e no


Ensino Médio é o primeiro passo para mudar esse cenário. A Educação Financeira nada mais é
do que um processo de aprendizagem ligado às finanças pessoais, com a oportunidade de
adquirir uma visão crítica sobre o uso do dinheiro.

A atual Constituição Brasileira de 1988, na sua parte dogmática, vincula a educação ao


pleno de desenvolvimento da pessoa e a seu preparo para o exercício da cidadania. Desta forma,
a Educação Financeiras entra com a participação cidadã, uma vez, está viabilizará o
entendimento da sociedade sobre as finanças pessoais, por possibilitar a independência para a
estruturação da vida pessoal e profissional do ser humano.

Educação Financeira é um processo educativo que, por meio de aplicação de métodos


próprios, desenvolve atividades para auxiliar os consumidores a orçar e gerir a
sua renda, a poupar e a investir; são informações e formações significativas para que
um cidadão exerça uma atividade, trabalho, profissão e lazer, evitando tornarem-se
vulneráveis às armadilhas impostas pelo capitalismo (NEGRI, 2010, p.19).
Por esses motivos, incentivar a aprendizagem sobre finanças e economia nas escolas é
essencial, principalmente no final do ensino médio, em que o jovem está completando sua
maioridade e se tornando independente. Além de garantir uma redução de endividamento desde
cedo, pode ser um grande fator de combate à desigualdade social.

3- Delimitação do tema e do problema:


Dentro do cenário político econômico e social mundial, nota-se o consumismo atrelado
aos acontecimentos constituídos nos séculos XVI e XVII, com a nova materialização das
riquezas, a utilização das letras de câmbio e as balanças comerciais, bem como a ampliação do
comércio com outros países.
Como consequência, a Primeira e Segunda Revolução Industrial, possibilitou a
construção de grandes fortunas, título de ações, créditos. De contrapartida, o Capitalismo
ganhou espaço em meados do século XX, impulsionou novos comportamentos e relações
sociais, novas estratégias foram criadas para incentivar e movimentar o consumo no mundo,
as moedas virtuais foram instauradas para fortalecer essas relações social.
No cenário brasileiro, nos deparamos com as heranças históricas, envolvidos em um
sistema capitalista, com incentivos as compras e créditos, assim nota-se o crescente
endividamento, pela ausência do planejamento financeiros. Apenas 25% dos jovens de 18 a 30
anos fazem controle financeiro, conforme pesquisa feita pelo SPC Brasil em agosto de 2019.
Assim, recai-se sobre a temática: Educação Financeira, e assim, como problemática:
Que contribuições a inclusão da educação financeira na disciplina de matemática pode
trazer aos alunos do 3º ano do ensino médio?

4- Objetivos:
4.1- Geral
Promover e orientar a alunos do 3º ano do ensino médio a analisar se a inclusão da educação
financeira no ensino médio contribuiu para ampliar a compreensão dos alunos nos conteúdos
matemáticos e para que se tornem adultos com autoconhecimento, organização e inteligência
financeira.
4.2- Específicos

• Conhecer a historicidade da Educação Financeira no Brasil;

• Identificar a forma como se apresenta o ensino da Educação Financeira para o 3º ano do


ensino médio na BNCC (Base Nacional Comum Curricular);

• Identificar a contribuição da Educação Financeira para o 3º ano do ensino médio, na


transmissão do aprendizado para a idade adulta;

• Estimular alunos do 3º ano do ensino médio a se prepararem para se tornarem cidadãos


mais consciência financeira.

5- Explicitação do quadro teórico:


Entende-se que educar financeiramente uma pessoa deve ir além da formação do
indivíduo-consumidor. Essas características vão de encontro com o que os autores Silva e
Powell (2013) definem como Educação Financeira Escolar.
A Educação Financeira Escolar constitui-se de um conjunto de informações através do
qual os estudantes são introduzidos no universo do dinheiro e estimulados a produzir
uma compreensão sobre finanças e economia, através de um processo de ensino, que
os torne aptos a analisar, fazer julgamentos fundamentados, tomar decisões e ter posições
críticas sobre questões financeiras que envolvam sua vida pessoal, familiar e da
sociedade em que vivem (SILVA; POWELL, 2013, p. 13).

Quando há o destaque para a introdução dos alunos no universo do dinheiro há uma


atenção voltada a compreender os espaços que ele ocupa em nossa sociedade, considerando não
apenas a preocupação com a obtenção e administração do dinheiro, mas também com as outras
engrenagens que movimentam o sistema, como as relações entre dinheiro e trabalho e as
questões ambientais, fiscais, políticas e culturais, por exemplo.
Considera-se que esse modo de compreender a Educação Financeira deve orientar as
práticas em sala de aula na Educação Básica, contemplando suas diferentes vertentes:
econômica, instrumental, comportamental, entre outras. Assim sendo, destaca-se que a
Educação Financeira não é sinônimo da Matemática Financeira, isto é, educar financeiramente
uma pessoa não significa apenas ensinar os conceitos relacionados à Matemática Financeira, é
antes de tudo promover um espaço de diálogo que instigue os alunos a desenvolverem uma
postura crítica, sustentável e responsável na sociedade.

6- Metodologia (Indicação dos procedimentos metodológicos e técnicos):


A metodologia que será adota neste projeto será reunir informações válidas sobre as
dificuldades enfrentadas pela população brasileira, pela ausência de práticas da Educação
Financeira no Currículo Mínimo, baseando-se na análise e observação da realidade, mediante
análise de referencial teórico, indicadores e pesquisas, e legislações vigentes que possam
efetivar o Ensino Financeiro, bem como políticas públicas, para efetivar essa prática.
Assim, para alcançar os objetivos apresentados, será realizada uma pesquisa qualitativa e
quantitativa, pautada em uma metodologia bibliográfica.
A pesquisa quantitativa almeja retratar a historicidade da Educação Financeira e seus
principais aspectos no contexto econômico, político e social da população Brasileira, análise
dos documentos oficiais e da Base Nacional Comum Curricular, para identificar a forma como
apresenta o ensino da educação financeiras para o 3º ano do ensino médio. O seu caráter
bibliográfico revela um estudo sistematizado desenvolvido com base em uma revisão
documental do tema da análise da legislação nacional que versem sobre a temática em pauta.
O questionário técnico, possibilitará a interrogação e o levantamento de informações,
sobre a pesquisa. O questionário constará de questões abertas e será aplicado a alunos do 3º ano
do ensino médio, as informações coletadas possibilitarão identificar o conhecimento prévio dos
estudantes, sobre a contribuição desse tema para o seu dia a dia.

7- Cronograma de desenvolvimento:

Ano 2022/Ano de 2023


Descrição Jul Ago Set Ou Nov Dez Ja Fe Mar Abril Maio
de t n v
atividades
/Mês
1. Definição do X
projeto
2. Revisão da X X
literatura
3. Pesquisa X X X X X X
bibliográfica
4. Coleta iniciais de X X X
dados
5. Desenvolvimento X X X X
da pesquisa
6. Aplicação de X X
questionário
7. Observação direta X X X
8. Análise dos dados X X X

9. Escrita X X X
conclusiva

6- Referências
ABDALA, Vitor. AGÊNCIA BRASIL. Endividamento de famílias crescem em janeiro.
Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2021-02/endividamento-de-
familias-cresce-em-janeiro-e-chega-665#:~:text=Percentual%20de%20inadimplentes
%20atinge%2024%2C8%25&text=O%20percentual%20de%20fam%C3%ADlias
%20endividadas,passado%20(65%2C3%25) Acesso em: 09 de julho de 2022.

NEGRI, A. L. L. Educação Financeira para o Ensino Médio da Rede Pública: uma


proposta inovadora. 73 f. Dissertação (Mestrado em educação). Centro Universitário
Salesiano de São Paulo: UNISAL, Americana, 2010.

SILVA, A. M.; POWELL, A. B. Um programa de Educação Financeira para a Matemática


Escolar da Educação Básica. In: ENCONTRO NACIONAL DE EDUCAÇÃO
MATEMÁTICA, 11. 2013, Curitiba. Anais... Disponível em:
http://sbem.iuri0094.hospedagemdesites.ws/anais/XIENEM/pdf/2675_2166_ID.pdf Acesso em:
09 de julho de 2022.

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