Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Pode-se ver também que a proibição é a imposição de impostos que incidem sobre
“patrimônio, renda ou serviços”. Uma interpretação restritiva desta disposição nos
levaria a concluir que os impostos, cuja relevância não incide sobre bens, rendimentos
ou serviços, não estariam abrangidos por esta imunidade. Por exemplo, o IOF é um
imposto cobrado sobre transações financeiras. Portanto, não se enquadraria em nenhum
dos três tipos de “renda, bens ou serviços”. De fato, essa não nos parece a melhor
interpretação, pois o objetivo era evitar a interferência de uma figura política em outra
por meio de tributação, independentemente da significância.
De acordo com o §2º do Art. De acordo com o Art. 150 da Constituição Federal, a
imunidade mútua "aplica-se aos municípios e fundações constituídos e mantidos pelo
poder público em relação aos bens, rendas e serviços relacionados ou decorrentes de
suas finalidades básicas". Observe que, como no art. 150, VI, a, da Constituição
Federal, a imunidade se aplica às pessoas envolvidas em relação jurídica tributária. Em
outras palavras, a concessão de imunidade é baseada no tipo de pessoa jurídica
envolvida na relação jurídica, e não em determinadas operações ou bens. São pessoas
jurídicas que possuem regime jurídico próprio e não se confundem com outras entidades
que também possuem personalidade jurídica, mas com elas não se confundem, como as
fundações constituídas e mantidas por pessoas físicas. A imunidade aqui prevista aplica-
se apenas à imunidade criada e mantida pela autoridade pública. A imunidade foi
alargada às pessoas de direito público cujo regime jurídico não é permutável com o
privado. As pessoas jurídicas qualificadas de empresas públicas e sociedades de
economia mista não se enquadram no conceito de autarquias ou fundações mantidas
pelo poder público. São, sem dúvida, pessoas jurídicas de natureza diversa. Portanto,
não se enquadram na imunidade prevista no art. 150, § 2º, da Constituição Federal.
Independentemente disso, o Supremo Tribunal Federal tem, em alguns casos, garantido
a essas pessoas jurídicas o direito à imunidade com base na referida regulamentação.
4.1.5. Análise da cláusula restritiva “no que se refere ao patrimônio, à renda e aos
serviços, vinculados às suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.
De acordo com o art. 150, VI, b, da Constituição Federal, a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios não incidirão impostos sobre "templos de qualquer culto". A
Constituição Federal estabelece no artigo 5º, VI que “é inviolável a liberdade de
consciência e de crença, assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida a
proteção dos locais de culto e suas liturgias na forma da lei” e no artigo 5º, VIII que
"ninguém terá seus direitos restringidos em razão de crença religiosa ou opinião
filosófica ou política, a menos que sejam invocados para isentá-lo da obrigação legal
imposta a todos e se recusarem a prestar serviço substitutivo previsto em lei". Esta
imunidade nada mais é, portanto, do que um desenvolvimento do princípio
constitucional que assegura a liberdade de religião e o livre exercício do culto em
matéria fiscal, na medida em que impede a criação de obstáculos ao exercício da
atividade religiosa através da tributação. Ressalte-se que a imunidade visa assegurar que
a tributação pela tributação não constitua obstáculo ao livre exercício da atividade
religiosa e ameace a efetividade de tal garantia constitucional. Os cultos de adoração
podem ser realizados formal ou informalmente. Em ambos os casos, é claro que seu
desempenho exigirá mais do que apenas o local destinado à implementação. Dessa
forma, se a finalidade é assegurar o livre exercício da expressão religiosa, a proteção se
estende a todos os meios necessários para alcançá-la. Isso nos leva a pensar que o termo
“templo” não foi utilizado no regulamento discutido como sinônimo de local físico onde
ocorre um evento religioso, mas no sentido de entidade religiosa.
De acordo com o disposto no artigo 150, VI, c, da Constituição Federal, é vedado aos
políticos tributar bens, renda ou serviços de partidos políticos, inclusive suas fundações,
organizações sindicais, instituições de ensino e assistência social, sem fins lucrativos,
atendendo aos requisitos da lei.
4.4. A imunidade dos livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão
É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, nos termos do art.
150, VI, d, da Constituição, o imposto sobre livros, jornais, periódicos e o papel
destinado à sua impressão. A proibição visa retirar a carga tributária que pode incidir
sobre tais itens, limitando a disseminação de ideais ou até mesmo dificultando a
educação e a formação das pessoas. A proteção constitucional visa assegurar a não
tributação dos veículos destinados à difusão de ideias, informações e conhecimentos. A
imunidade não se destina a empresas que vendem livros, jornais ou periódicos, mas a
objetos. Em última análise, trata-se de uma redução no custo de livros, jornais ou
periódicos, e não nos custos operacionais das empresas que vendem esses itens.
Trata-se de uma hipótese de imunidade que foi inserida pela Emenda Constitucional 75
de 15/10/2013, que acrescentou a alínea “e” ao artigo 150, VI da Constituição Federal.
Com essa inserção, os políticos foram proibidos de cobrar impostos sobre gravações
sonoras musicais e videofonogramas produzidos no Brasil que contenham obras
musicais ou literário-musicais de autores brasileiros e/ou obras geralmente executadas
por artistas brasileiros, bem como suportes materiais ou arquivos digitais que contêm
armazenados no estágio de mídia óptica legível a laser de replicação industrial.