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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL - UNIJUÍ

ATIVIDADES DE DIREITO TRIBUTÁRIO

PROFESSORA: GABRIELLE SCOLA DUTRA

NOMES: João da Rosa Cossetin e Brenda Aozane

1. Diferencie tributo vinculado e tributo não vinculado.


R.
TRIBUTO VINCULADO: os valores arrecadados com o tributo devem
obrigatoriamente ser empregados na área que ensejou a cobrança.
TRIBUTO NÃO-VINCULADO: os valores arrecadados vão para o orçamento
geral e não precisam ser empregados em área correlata à que gerou a
tributação.

2. Qual é o conceito e quais são as características dos tributos?


Explique e indique a base legal.
R. Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor
nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei
e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Artigo 3º do
CTN.

Privatividade: Competência tributária é privativa, no sentido de exclusiva. A


Constituição Federal, ao fazer a divisão das competências, atribui alguns
tributos para a União, alguns para os Estados e alguns para os Municípios. Ao
fazer esta divisão, a Constituição a faz de maneira inflexível, de maneira
definitiva, com exclusividade.
Somente o ente que recebe a competência tributária pode exercê-la. A
atribuição de competência para um dos entes implica na automática
incompetência dos demais.

Indelegável: De certa forma, consequência da primeira. Significa a


impossibilidade do ente competente autorizar outro a exercer sua competência.
A competência atribuída pela CF somente pode ser exercida pelo ente
originariamente definido.

Inalterável: competência tributária é de trato exclusivo da Constituição. Já que


somente a Constituição pode regular matéria de competência tributária,
estabelecendo a distribuição de competência, não há de se falar na
possibilidade da lei do ente competente alterar as regras de competência.
Como é exclusiva e indelegável, então a lei do ente competente não pode tratar
de competência. Portanto, nesse sentido ela é inalterável.

Incaducável: Por este atributo, se afastam os efeitos da decadência, ou seja, a


perda de um direito por seu não exercício por determinado lapso. Em outras
palavras, o não exercício da competência, por qualquer prazo, não implicará na
sua perda. Podem se passar 20, 30, 50 anos. Mesmo que o ente tributante não
exerça a competência, no momento em que achar conveniente, poderá exercê-
la. Vale lembrar como exemplo de competência ainda não exercida, a previsão
constitucional para a instituição de impostos sobre grandes fortunas (art. 153,
VII da CF).
Importante que se diga que esta regra de incaducabilidade não significa a
possibilidade de cobrar tributos incidentes sobre fatos geradores ocorridos
anteriormente a sua edição, já que temos a incidência do princípio da
irretroatividade, mas apenas a possibilidade de exercer o direito relacionado à
competência tributária a qualquer momento (a edição de lei, instituindo o
tributo).
Exercício facultativo: O ente tributante exerce a competência tributária
somente se desejar, caso tenha interesse político nisso. Não há como obrigar o
ente tributante a editar lei, criando tributo (basta lembrar do imposto sobre
grandes fortunas).
É importante lembrarmos, neste momento, da Lei Complementar 101, de 2000,
chamada Lei de Responsabilidade Fiscal. Este diploma estabelece uma sanção
para os entes tributantes estaduais e municipais que deixam de instituir os
tributos de sua competência (retenção de repasses de recursos para os entes
tributantes que não exerçam sua competência na plenitude). Diante disso,
apesar da discussão sobre a constitucionalidade ou não da medida, para fins
de provas, vale a redação do dispositivo, impondo o dever de instituição de
tributos para tais entes.

3. Quais são as cinco espécies tributárias e seus respectivos fatos


geradores? Explique e indique a base legal.
R.
São 5 - 1 - IMPOSTOS 2 - TAXAS 3 - CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA 4 -
CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL 5 - EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO

São espécies tributárias autônomas, decorrentes da teoria pentapartida do


sistema tributário nacional.

Art. 16 CTN: IMPOSTO é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma
situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao
contribuinte.

Art. 17 CTN: Os impostos componentes do sistema tributário nacional são


exclusivamente os que constam deste Título, com as competências e
limitações nele previstas.

Art. 145 CF: A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão


instituir os seguintes tributos:
I - impostos;
● A) Impostos diretos e indiretos
● B) Impostos pessoais e reais
● C) Impostos fiscais e extrafiscais
● D) Impostos divididos segundo a classificação imposta pelo CTN
● E) Impostos progressivos, proporcionais e seletivos

DIRETOS: Não repercute, a carga econômica é suportada pelo contribuinte,


por aquele que deu ensejo ao fato imponível. Ex: IR, IPTU, IPVA, ITBI, ITCMD

INDIRETOS: o ônus tributário repercute em terceira pessoa, não é assumido


pelo realizador do fato gerador Ex: ICMS, ISS, IPI

Contribuinte de Direito – pessoa designada pela lei para pagar o imposto


Contribuinte de Fato – pessoa que de fato suporta o ônus fiscal

PESSOAIS : Levam em conta as condições particulares do contribuinte (caráter


subjetivo, qualidades individuais do contribuinte) Ex : IR art. 145 § 1 o CF

REAIS : “Impostos de natureza real” são aqueles que têm a matéria tributária,
ao próprio bem ou coisa, sem levar em conta as condições pessoais do
contribuinte Ex: Todos, menos o IR

IMPOSTOS FISCAIS: Possuem intuito estritamente arrecadatório, devem


prover de recursos do Estado. Ex: IR, ITBI, ITCMD, ISS, …

EXTRAFISCAIS: Com finalidade reguladora de mercado ou da economia de


um país.
Supera a mera arrecadação. Ex: II, IE, IPI, IOF

4. O que é competência tributária e quais são as suas características?


R. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA: É o poder constitucionalmente atribuído de
editar leis que instituem tributos.
Características:

Privatividade: Competência tributária é privativa, no sentido de exclusiva. A


Constituição Federal, ao fazer a divisão das competências, atribui alguns
tributos para a União, alguns para os Estados e alguns para os Municípios. Ao
fazer esta divisão, a Constituição a faz de maneira inflexível, de maneira
definitiva, com exclusividade.
Somente o ente que recebe a competência tributária pode exercê-la. A
atribuição de competência para um dos entes implica na automática
incompetência dos demais.

Indelegável: De certa forma, consequência da primeira. Significa a


impossibilidade do ente competente autorizar outro a exercer sua competência.
A competência atribuída pela CF somente pode ser exercida pelo ente
originariamente definido.

Inalterável: competência tributária é de trato exclusivo da Constituição. Já que


somente a Constituição pode regular matéria de competência tributária,
estabelecendo a distribuição de competência, não há de se falar na
possibilidade da lei do ente competente alterar as regras de competência.
Como é exclusiva e indelegável, então a lei do ente competente não pode tratar
de competência. Portanto, nesse sentido ela é inalterável.

Incaducável: Por este atributo, se afastam os efeitos da decadência, ou seja, a


perda de um direito por seu não exercício por determinado lapso. Em outras
palavras, o não exercício da competência, por qualquer prazo, não implicará na
sua perda. Podem se passar 20, 30, 50 anos. Mesmo que o ente tributante não
exerça a competência, no momento em que achar conveniente, poderá exercê-
la. Vale lembrar como exemplo de competência ainda não exercida, a previsão
constitucional para a instituição de impostos sobre grandes fortunas (art. 153,
VII da CF).
Importante que se diga que esta regra de incaducabilidade não significa a
possibilidade de cobrar tributos incidentes sobre fatos geradores ocorridos
anteriormente a sua edição, já que temos a incidência do princípio da
irretroatividade, mas apenas a possibilidade de exercer o direito relacionado à
competência tributária a qualquer momento (a edição de lei, instituindo o
tributo).

Exercício facultativo: O ente tributante exerce a competência tributária


somente se desejar, caso tenha interesse político nisso. Não há como obrigar o
ente tributante a editar lei, criando tributo (basta lembrar do imposto sobre
grandes fortunas).
É importante lembrarmos, neste momento, da Lei Complementar 101, de 2000,
chamada Lei de Responsabilidade Fiscal. Este diploma estabelece uma sanção
para os entes tributantes estaduais e municipais que deixam de instituir os
tributos de sua competência (retenção de repasses de recursos para os entes
tributantes que não exerçam sua competência na plenitude). Diante disso,
apesar da discussão sobre a constitucionalidade ou não da medida, para fins
de provas, vale a redação do dispositivo, impondo o dever de instituição de
tributos para tais entes.

5. Quais são os princípios constitucionais do Direito Tributário? Cite e


explique cada um deles.
R.

6. O que são limitações constitucionais ao poder de tributar?


R. As Limitações ao Poder de Tributar são, em sentido lato, como obstáculos
estabelecidos pela própria Constituição Federal, para que o Ente Tributante
não exceda o exercício de suas atribuições, impondo, desta forma, ao
contribuinte, uma carga onerosa insuportável.

7. Diferencie imunidade e isenção tributária.


R. IMUNIDADE – Delimitação de Competência do Poder de Tributar = CF
ISENÇÃO – Exercício da competência = LEI ESPECÍFICA

8. Quanto à norma imunizante, explique sua classificação.


Imunidades subjetivas e objetivas:
R.

9. Explique quais são os elementos objetivos e subjetivos da


obrigação tributária.
R.

10. Explique as três modalidades de responsabilidade tributária a partir


do estabelecido no Código Tributário Nacional.
R.

11. Quais são as modalidades de lançamento do crédito tributário?


Explique cada uma delas.
R.

12. Quais são as formas de extinção do crédito tributário? Explique e


indique a base legal.
R. Extinção significa que deixará de existir, a extinção acarreta a inexistência.
Há previsão, não taxativas, no Código Tributário Nacional, das formas de
extinção do crédito tributário, artigo 156, qual só a lei poderia prever, porém “há
no direito privado causas extintivas que, embora não previstas no Código
Tributário Nacional, aplicam-se em matéria tributária” (Machado, 2015, pág.
203).

Art. 156. Extinguem o crédito tributário:

I - o pagamento;

II - a compensação;

III - a transação;

IV - a remissão;

V - a prescrição e a decadência;

VI - a conversão de depósito em renda;

VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do


disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º;

VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo


164;

IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita


administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;

X - a decisão judicial passada em julgado.

XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições


estabelecidas em lei. (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001)

13. Quais são as formas de suspensão do crédito tributário? Explique e


indique a base legal.
R. Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:
I – moratória;
II - o depósito do seu montante integral;
III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do
processo tributário administrativo;
IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.

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