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MEGA REVISÃO – DIREITO TRIBUTÁRIO

Competência tributária (CF): É a competência para criação de tributos pelos entes federativos.

 União
 Estados
 Distrito Federal
 Municípios

Características - a competência tributária é:

 Indelegável - não pode delegar a outro ente


 Intransferível – não pode transferir a um terceiro
 Irrenunciável – não pode renunciar
 Imprescritível – a competência não prescreve

Capacidade Tributária: se divide em ativa e passiva.

 ATIVA: é a capacidade que os entes possuem de cobrar/arrecadar e fiscalizar. A regra é


que a capacidade ativa pertence a quem tem competência tributária. Por regra, quem
tem competência para criar o tributo é quem cobra e fiscaliza. Por que se trata da
regra? Porque a capacidade tributária é delegável e transferível (é possível transferir
inclusive para pessoa de direito privado).

 PASSIVA: é a capacidade de pagar. Essa capacidade independe da capacidade civil.


Nessa situação criam-se duas figuras conforme abaixo

o Contribuinte – aquele que pratica o fato gerador (ex.: criança herdeira)


o Responsável – aquele que a Lei atribui essa condição (ex.: responsável pelo
herdeiro).

05 espécies tributárias:

1. IMPOSTOS. Competência divida em três tipos.

Competência privativa/exclusiva

 DA UNIÃO: II, IE, IR, IPI, IOF, ITR, IGF (art. 153)
 DOS ESTADOS: ITCMD, ICMS, IPVA (art. 155)
 DO DISTRITO FEDERAL: tem a mesma competência dos Estados.
 DOS MUNICÍPIOS: IPTU, ITBI, ISS (art. 156)

ARTIGO 147, CF – IMPORTANTE

Vai dizer que o DF enquanto não for dividido em municípios poderá criar os impostos
municipais.
Competência tributária residual (ainda em impostos – art. 154, I, CF): é a competência para
criar um imposto novo (diferente daqueles citados acima). O único ente que possui essa
competência é a UNIÃO, devendo fazê-lo por meio de lei complementar.

Competência extraordinária (impostos – art. 154, II, CF): é a competência para criar um
imposto específico, sendo ele o Imposto Extraordinário de Guerra (IEG). O único ente que pode
criar esse imposto também a UNIÃO.

2. TAXAS: art. 145, II, §2°, art. 77 CTN, art. 79, CTN

Taxas são tributos vinculados, isso significa dizer que dependem de ação do Estado. Elas se
dividem em taxas de poder de polícia e taxa de serviço.

 Poder de polícia: provavelmente não cai.

 Serviço: para que seja cobrada essa taxa é necessário que exista uma prestação de
serviço público, específico e divisível.

 Público: serviço de competência da administração pública e


prestado por ela.
 Específico: aquele que pode ser identificado.
 Divisível: aquele que você consegue identificar todos os usuários e
identificar quanto cada um se beneficia.

Poderão cair na prova:

 TAXA DE ILUMINAÇÃO PUBLICA (TIP) – não decorre de um serviço divisível. Essa taxa é
inconstitucional. Foi criada CIP (ou COCIP) para substituir a TIP. Agora existe uma
contribuição especial para sanar o vício. A competência para criar a CIP é dos
MUNICIPIOS e do DF e pode vir na conta de luz.

 TAXA DE LIXO – era uma taxa que também foi declarada como inconstitucional. Era
cobrada pela limpeza de vias e logradouros públicos. Também foi desqualificado o
requisito divisível.

 TAXA DE COLETA DE LIXO – é uma taxa cobrada pela coleta residencial de lixo. Essa
taxa também chegou ao STF para discussão. Foi considerado pelo STF como divisível,
então nesse caso não se trata de inconstitucionalidade. Ficou entendido que o critério
de “quanto cada um se beneficia” é avaliado pelo tamanho do imóvel. É
CONSTITUCIONAL.
PRINCÍPIOS:

1. Princípio da legalidade (art. 150, I, CF): é complementado pelo art. 97, I, CTN. Os entes
federativos, quando forem criar, extinguir, reduzir ou aumentar precisam de LEI para
fazê-lo.

 Lei Ordinária – cujo quórum de aprovação é ordinário (maioria simples).


 Medida Provisória – é um ato do chefe do Executivo que primeiro produz efeito e
depois vai ser votado. Tem até 120 dias para ser votada (maioria simples).

Exceções: existem alguns impostos que a majoração ou redução de alíquotas não precisa de LEI
mas sim de DECRETO (ato do poder executivo – presidente- que produz efeitos imediatos)

 II
 IE
 IPI
 IOF
 ICMS
 CIDE

2. Princípio da anterioridade (aplica-se para criação e majoração).

 Prazo – Comum: 1° dia do ano seguinte.


 Prazo – Nonagesimal: 90 dias para fazer efeito.

EXCEÇÕES (art. 150, §1°, CF): são divididas em 3 tipos.

 Cobrança imediata – II, IE e IOF, EC (guerra) e IEG.


 90 dias – IPI, CONT. Social, CID ou ICMS combustível.
 Primeiro dia do próximo ano – IPTU e IPVA

OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA - é a obrigação da administração pública (sujeito ativo) e


nós/contribuintes (sujeito passivo). Vai se dividir em

 Principal: pagamento (principal função do sujeito passivo). Sempre vem por LEI.

 Acessória: auxilia a obrigação principal, ou seja, auxilia o pagamento. Apesar de ser


um auxílio se trata de obrigação autônoma. Será uma obrigação positiva (obrigação
de fazer) ou negativa (obrigação de não fazer). Vem por LEGISLAÇÃO (mais amplo
que a Lei, podendo ser decreto, portaria etc.)

As obrigações acessórias são lavradas por meio de multa (que deverá ser paga). Isto é, o
descumprimento da obrigação acessória a converte em obrigação principal.
CRÉDITO TRIBUÁRIO: sobre 03 efeitos, sendo eles suspenção, extinção e exclusão.

SUSPENSÃO  MODERACOPA

MO- MORATORIA

DE- DEPOSITO INTEGRAL

RA- RECURSO ADMINISTRATIVO

CO- CONCESÇÃO DE LIMINAR OU TUT. PROVISÓRIA

PA- PARCELAMENTO

EXCLUSÃO  ANIS

AN – ANISTIA

IS – ISENÇÃO

EXTINÇÃO  o resto é extinção.

Terminou com ÃO e não é isenção é extinção.

RESPONSABILIDADE - 02 que podem cair. São elas:

 Responsabilidade imobiliária (art. 130, CTN): vai existir na aquisição de imóveis. O


adquirente passa a ser responsável pelos seguintes tributos - Impostos, Contribuição
de Melhoria e taxas de serviço.

 Exceção: Prova de quitação. É um documento fornecido pelo cartório. Nesse caso,


se tiver prova de quitação fornecida pelo cartório, ainda que tenha tributo em
aberto você deixa de ser responsável. Quem responde é o Tabelião do cartório.

 Exceção absoluta: Hasta pública, ou seja, é um leilão público. Se você adquiriu


imóvel em um leilão público, ainda que tenha milhões em aberto você não é
responsável. Sua responsabilidade sub-roga-se no preço (lance).

 Responsabilidade do sócio: Em regra, o sócio não responde pelo débito da sociedade.

 Exceção (requisitos cumulativos – art. 135, III, CTN):

1. responderá quando o sócio tiver poder de gestão. É o sócio que manda em algo,
como sócio gerente, administrador, dono, etc.
2. Ação com excesso de poder ou violação de lei ou violação de estatuto social ou
violação de contrato.

Súmula 435, STJ – importante

Traz a chamada dissolução irregular. É quando a empresa fecha suas portas de fato, mas não
fecha formalmente (não da baixa nos órgãos fiscais). Quando isso acontece, o sócio com poder
de gestão responde pelo débito da empresa dissolvida irregularmente.

Expulsão de cargos vagos – assunto importante para concurso

Poder vinculado – limitação do poder de agir.

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