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DIREITO TRIBUTÁRIO II

 Marcelo Altoé – marceloaltoeadv@gmail.com


 Telefone: 99942-0548 / 3026-0508
 PROVA 1- 23/04
 PROVA 2 – 18/06
 Matéria da segunda prova – IR (pessoa física e jurídica), IPI, ICMS, ISS

 OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA (Critério Pessoal)

A obrigação tributária nada mais é do que um componente de uma relação jurídica, e a relação
jurídica tributária é igual a outras relações jurídicas, porém, em outros ramos do direito. Há a
figura do credor, a figura do devedor; o direito que o credor tem de exigir o cumprimento e o dever
que o sujeito passivo tem de entregar o objeto prestacional. O objeto prestacional será aquele
que tem as características de uma relação de natureza tributária, tendo duas características muito
próprias:

A. Obrigação indisponível:
Não está no âmbito da disponibilidade do credor tributário; ele tem a obrigatoriedade de exigir o
objeto prestacional sob pena de responsabilidade funcional. O objeto não é em favor do sujeito
ativo (ex. A união quando ingressa com execução fiscal para cobrar PIS e COFINS de uma
empresa, ela está exigindo esses tributos para reverter em favor de toda sociedade);

B. Obrigação ex lege:
Nasce de uma previsão legal, ou seja, é uma obrigação que tem como fundamento de validade
uma lei. Além disso, as obrigações tributárias são ex lege, pois é prescindível a manifestação de
vontade dos sujeitos daquela obrigação tributária, ou seja, essa manifestação de vontade é
dispensada; pois, independente de querer ou não produzir o resultado, que é um negócio jurídico
que vai causar tributação, por exemplo, independe para surgir à obrigação do pagamento do
tributo.

Art. 113: A obrigação tributária é principal ou acessória.


A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto
o pagamento do tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente
com o crédito decorrente.
A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as
prestações positivas ou negativas, nela previstas no interesse da
arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se
em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.

A. Obrigação tributária principal:


Tem previsão no artigo 113, parágrafo 1º, CTN. A obrigação tributária principal nasce com a
ocorrência do fato gerador, ou seja, o dever que o sujeito tem de recolher o tributo.

Crítica! O CTN confunde a obrigação principal com a obrigação do tipo


“dar”, que a obrigação de dar pecúnia, ou dar dinheiro, ou até mesmo a
dação em pagamento. Porém, não se pode considerar pagamento de
penalidade pecuniária como obrigação tributária principal. O
descumprimento da norma que gera uma penalidade pecuniária, logo, não
se pode dizer que a penalidade pecuniária é uma obrigação principal. Quem
dá causa a penalidade pecuniária não é o contribuinte e sim o infrator da lei.
E, essa sanção terá natureza pecuniária.

B. Obrigação tributária acessória:


O parágrafo segundo do artigo 113, diz que a obrigação acessória decorre da legislação
tributária, ou seja, nesse caso, lê-se lei em sentido estrito. Entretanto, a jurisprudência diz que a
maioria desses deveres instrumentais nascem de instrumentos outros que não a lei, tais como
decretos e instruções normativas, e o entendimento da jurisprudência é que, nos casos de
obrigação acessória o entendimento é amplo, não sendo somente a lei.
Cuidado com o termo! O termo obrigação acessória se encontra
equivocado, pois elas não dependem da obrigação principal tal como
acontece no direito civil. Não se pode chamar de obrigação acessória aquilo
que não segue o principal, logo, Paulo de Barros substituiu o termo
“obrigação acessória” por “dever instrumental”.

Prestações negativas: são situações em que a lei exige uma conduta negativa por parte do
contribuinte, por exemplo, não poder receber mercadoria sem comprovante fiscal; é dever do
contribuinte não realizar embaraços a procedimentos fiscalizatórios.

A. Sujeito ativo da obrigação tributária (Art. 119, CTN):


- União, estados, DF, territórios, municípios, autarquias, fundações; se for interpretado pela
literalidade da lei, os sujeitos ativos serão somente “União, estados e municípios”, de acordo com
a Constituição Federal. Interpretando literalmente, só poderiam ser sujeitos ativos a União,
estados, DF e municípios.

O artigo 119, CTN se aplica bem em relação aos sujeitos ativos união, estados, DF e municípios
quando se pensa em: taxas, contribuições de melhoria, entre outras espécies tributárias.

Porém, hoje, a maioria das espécies tributárias são as contribuições, o que faz com que o sujeito
ativo não seja somente a “União, estados, DF, territórios e municípios”, ou seja, para além disso,
existem outros órgãos que irão fazer cobrança, ou seja, atuando como sujeito ativo da obrigação
tributária.
Artigo 120  Caso de Pedra Azul que queria se emancipar e se tornar um município próprio.
Esse dispositivo diz que vc pode cobrar os tributos com base no município que vc se
desmembrou. Isso serve para o desmembramento de estados.

11/02/18

B. Sujeito passivo da obrigação tributária:

- pessoa que terá que cumprir a obrigação tributária. Seja a principal (pagar o tributo) ou cumprir
algumas obrigações acessórias segundo o 122.

- O 121 pode recair sobre a figura do contribuinte ou sobre a figura do responsável. Quem
define o sujeito passivo e quem vai pagar o tributo é o sujeito ativo no momento que ele exerce a
sua competência tributária (por meio da lei). Logo, quando o município vai criar a lei que institui o
tributo ele irá escolher quem será o sujeito passivo. O mesmo vale para os estados e União.

B.1- CONTRIBUINTE- O CTN aproximou a figura do contribuinte ao critério material, ou seja, ao


fato gerador. Isso foi bom pq a MI começa com a HI que é um signo presuntivo de riqueza que foi
considerado para efeitos de tributação. Logo, um fato gerador é quando esse signo abstrato
ocorre no mundo dos fatos. O fato gerador é a expressão da capacidade econômica do
contribuinte.
Essa relação é tão direta que é possível identificar quem é o contribuinte sem conhecer a lei do
tributo; somente conhecendo o fato gerador.

X faz um contrato de doação para Y. Vigora, portanto, o ITCMD. A cobrança do imposto tem
relação direta com o fato gerador, quem demonstra a capacidade econômica nada mais justo que
suporte o encargo econômico. Logo, quem paga é o doador.

Todo o tributo tem a repercussão jurídica, ou seja, a previsão de que alguém vai pagar o tributo
caso realize o fato gerador. Mas, além disso, existe a repercussão econômica. Todo tributo é
um custo, pois alguém entrega parte do seu patrimônio. O ideal é que quem sofe a repercussão
jurídica seja igual a quem sofre a repercussão econômica, ou seja, a pessoa que a lei escolheu
para pagar o tributo seja quem bota a mão no bolso e o paga. Isso seria lógico pq a lei que
escolheu.

Quando há uma coincidência entre ambas as repercussões diremos que haverá um tributo
direto (ex.: IPVA incide sobre o proprietário do carro, e é ele quem vai pagar).

Já os tributos indiretos é possível que a repercussão jurídica recaia para um e a


econômica recai para outra pessoa. Diante dessa falta de coincidência nasce o que a doutrina
chamou de contribuinte de fato.

Esses tributos indiretos são mais injusto pois colocam em situação de igualdade contribuintes de
capacidade tributária diferentes. Lembrar do caso da Igreja no estágio. Outro caso é quando o
vendedor de cerveja transfere para o consumidor o pagamento do ICMS.

Alguns tributos que são diretos na lei (IPTU, por exemplo) na realidade são repassados em
inúmeras situações. Por exmeplo, quando vc vai alugar o imóvel vc pode repassar esse pagaento
(a prática é diferente do que está na lei).

B.2- RESPONSÁVEL: Sujeito passivo indireto. – a lei escolheu para ser o sujeito passivo. Está
no artigo 121, II CTN.

 modificação subjetiva da Obrigação Tributária

 Conveniência e eficiência – para pagar o tributo a lei considera como mais conveniente
e eficiente a figura do responsável. Seria mais razoável cobrar daquele indivíduo que tem
maior demonstrativo de riqueza.

O sujeito ativo diminui e muito o risco de haver inadimplemento. Há um risco eventual e


remoto desse contribuinte não pagar. Logo, ele transmite essa responsabildade para o
responsável. É, por exemplo, o que acontecia com a contribuição sindical que o
empregador (responsável) tinha que fazer os repasses para o sindicato. É o que acontece
com o IR tbm, por exemplo, o empregador faz os descontos do salário do empregador e
faz os repasses.
 O responsável vai pagar só pq a lei escolheu que ele pagasse. Esse encargo não agrada
aos responsáveis, mas a lei define assim.
 Quando o sujeito ativo faz essa escolha pelo responsável, a gente deleta a figura do
contribuinte. Não existe a figura do contribuinte quando tem a figura do responsável. Essa
regra possui poucas exceções. Trata-se da figura da responsabilidade supletiva (art.
128). Neste caso, a responsabilidade recai sobre o responsável, mas se ele não pagar, vai
caber ao contribuinte, que tbm é responsável.
 Questionamento para a dupla: O prêmio da CEF é cinco milhões. 30% é imposto que
deve ser pago pela CEF. Ela entrega 70% do prêmio.

1- A CEF por um equívoco não faz a retenção e o vencedor do prêmio tbm não
recolhe o imposto de renda. De quem a Receita Federal vai poder exigir esse
valor? – a Receita Federal vai procurar o ganhador do prêmio para que ele pague
e irá punir a CEF (multa+ juros sobre o valor). O ganhador de qq forma deve
declarar esse prêmio.
A jurisprudência do STJ nos induz ao erro. Uma premissa não pode se perder: a
sujeição passiva é uma escolha do sujeito ativo quando ele cria a competência
tributária- ele vai escolher quem for mais conveniente. Se a lei diz que é a CEF a
responsável por pagar a gente deveria esperar que a lei previsse uma
responsabilidade supletiva (para o ganhador), mas ela não prevê.

Todo mundo que aufere renda deve pagar IR. Se eu recebo o prêmio, qual o meu
dever? – tenho até 30 de abril para fazer a declaração do IR e o próprio sistema da
Receita faz o cálculo do quanto tenho que pagar. Logo, se eu como contribuinte
tenho um imposto para pagar eu tenho um dever instrumental e não uma
responsabilidade supletiva. Logo, a premissa não está quebrada (apesar de
aparentemente parecer). A CEF tinha que pagar, mas no caso do IR nasce uma
outra responsabilidade para o contribuinte, que deve pagar o IR – são obrigações
tributárias autônomas.
A União adotou o seguinte critério então: quando esse caso acontece, a Receita
tem entendido que quando o contribuinte faz a declaração de ajuste o tributo fica
por conta dele. Mas os deveres instrumentais e suas multas ficam com a CEF.

2- A CEF retém o valor, mas não recolhe. Por sua vez o ganhador não recolhe.
Será crime da lei 8.137/90 por parte da CEF. Haverá multa de ofício e juros de
mora.

 Substituição tributária (substituição tributária para frente) – (é um caso de


responsável) (art. 150, §7º, CF) – Uma forma de responsabilidade tributária em que a lei
escolhe o responsável para recolher o tributo sobre fatos geradores futuros, ou seja, que
ainda n aconteceram. Isto é para facilitar a fiscalização. O pagamento não começa pela
HI, mas a partir da própria contribuição tributária.

Ex. Carro – É um produto submetido a sistemática da ST. Como é o clico econômico de um


carro? Na fiat, por exemplo, ela industrializa seu produto, encaminhando para as concessionárias,
que por sua vez vendem para o consumidor final. Quando a fiat vende para a concessionária, ela
realiza dentre outros fatos geradores o ICMS, e quando a concessionária vende para o
consumidor final também realiza o fato gerador do ICMS; Quando a fiat realiza a venda do
produto para concessionária, realiza como contribuinte; e a fiat é obrigada a recolher o ICMS
dessa operação, antes do fato gerador acontecer, que é a venda do carro; nesse caso, a fiat
também é obrigada a recolher o ICMS sobre o fato gerador futuro, que é a venda do carro ao
consumidor final; a razão dessa substituição tributária é a facilitação da fiscalização. E se o
produto se perder, por alguma situação na concessionária, antes da sua venda? Haverá a
devolução à Fiat, do valor recolhido. É por isso que os carros são tabelados, ou seja, a FIAT
deduz um preço de ICMS em relação a concessionária  consumidor final.

Ex.2- Picolé. O valor que vc paga é um valor presumido, que aparece na tabela. A industria chuta
um valor correspondente ao ICMS que seria cobrado da padaria  comprador final.

Obs.: Há ainda o diferimento (substituição tributária para trás) – vc relaiza o fato gerador e
outro, lá na frente, paga o imposto. Um exemplo, é o café.

PRODUTOR  COOPERATIVA  INDÚSTRIA  ATACADISTA  VAREJISTA 


CONSUMIDOR FINAL

Ex- Existe o produtor rural que vende para as cooperativas. Elas vendem para a indústria que
vende para os atacadistas (supermercados). Os atacadistas vendem para os varejistas que
vendem para o consumidor final. Todas as transações há incidência do ICMS. A indústria tem que
fazer 3 operações. Quando a indústria dá para o atacadistas ele paga o ICMS (1). Mas quanto ao
primeiro ao segundo é difícil de vc cobrar. Na cooperativa tbm é difícil. Logo, a lei cobra o ICMS
da Indústria de acordo com o ICMS das transações antigas (2) (produtor  cooperativa /
cooperativa  indústria). A indústria recolhe o ICMS das transações antigas pelo
diferimento, e depois vai recolher o ICMS como contribuinte (em relação a sua venda com
o atacadista) e depois ele recolhe o ICMS pela substituição tributária em relação aos
varejistas e consumidor (3).

 Oposição à Fazenda (art. 123 CTN) – no âmbito cível eu posso prever que vou transferir
uma obrigação tributária para outra pessoa. Mas esse contrato firmado no âmbito cível
não pode ser oposto contra a Fazenda. Veja, esses contratos são válidos e,inclusive, eu
posso propor uma ação de despejo se o locatário não pagar o IPTU (conforme a gente
tinha combinado em contrato). Se eu pagar o IPTU que era do meu locatário eu posso
propor ação cível depois.

 Responsabilidade solidária  (interesse comum, não há benefício de ordem, efeitos) no


direito tributário n há de se falar em solidariedade ativa. Isso acontece pq cada ente tem
sua competência tributária repartida na CF. se existir, um será o credor e o outro será um
credor putativo. No entanto, o artigo 124 traz possibilidade da responsabilidade solidária
passiva. No inciso I traz o termo “interesse comum”. Mas o que é isso? – Há muita
divergência doutrinária. Um exmplo é o do ITBI, eu vendo uma casa e vc compra. Seria
um interesse comum para que ambos pagassem? Alguns livros dizem que sim, outros
dizem que não.

Pessoa que faz loteamento para vender, o proprietário que vende para promitentes
compradores (possuidores), e esses possuidores que compraram o loteamento não
pagam o IPTU. A prefeitura inscreve todos na dívida ativa e cobra o IPTU do proprietário
das terras. Há interesse em comum para resp. solidária? Para o professor sim.

Estudar o leasing!! – é mais fácil para vc ter o bem de volta pq vc já tem a propriedade.
Apesar de vc n ser a proprietária do imóvel, o carnê de IPVA vai para os consumidores e
não para a agência.

18/02/19

Artigo 124, PU- IMPOSSIBILIDADE DO BENEFÍCIO DE ORDEM.

Benefício de ordem tem o sentido de fiança. O devedor vai cobrar de uma pessoa e ela pode se
valer desse benefício de ordem (“O locatário tem bens e eu posso arrolar). Essa ideia de
benefício de ordem não ocorre no âmbito tributário.

EFEITOS DA SOLIDARIEDADE- Artigo 125.

- O pagamento por um dos devedores beneficia os demais (inciso I).

- “remissão”- perdão da dívida tributária. Ou seja, o inciso II diz o seguinte: imagine que existem
três irmãos que são proprietários de um imóvel que tem IPTU de 1.200,00. Daí vem uma lei
municipal e diz que os imóveis situados no centro de vitória serão isentos de IPTU em 2019.
Como é uma isenção relativa ao bem ela vai beneficiar todos os obrigados.

Vai que coloca na verdade uma isenção por renda, por exemplo, que quem recebe menos de 2
salários mínimos n paga o IPTU. Se só C não tem essa renda, vai reduzir 400 reais e daí A e B
ficam responsáveis por 800,0.

- Inciso III- A interrupção da prescrição em favor ou contra um dos obrigados favorece ou


prejudica os demais. Ex. se tem 4 pessoas morando num prédio informal no Centro de Vitória e
eles não pagam o IPTU. Daí o morador B vai até a prefeitura e faz um parcelamento da sua
dívida (interrompe a prescrição). Daí o B pagava alguns débitos prescritos e deixava de pagar
outros. Essa atitude de B prejudica os outros moradores. Se o B, por outro lado, não pagava os
prescritos ele beneficiaria os demais.

RESPONSABILIDADE DOS SUCESSORES- Artigo 129/133.

São os casos em que uma pessoa desaparece e deixa dívidas. O artigo 129 é confuso, mas é
simples  ocorrência do fato gerador  nasce obrigação tributária  nasce o direito do SA
cobrar e do SP pagar  lançamento. Esse dispositivo diz que quando ocorre o Fato gerador já é
possível ocorrer a responsabilidade por sucessão.

Por exemplo, se vc compra um carro e tem que pagar o IPVA. No mesmo dia da compra vc
morre. Esse tributo será cobrado dos herdeiros.

O artigo 130 estabelece que toda pessoa que adquire bem imóvel que tenha débito tributário
(imposto, taxa...), será transferido para quem adquirir essa propriedade. Esse contribuinte irá
desaparecer com transmissão da propriedade ficando a responsabilidade para quem comprar.
Logo, o que vc pega para ver o imóvel – certidão negativa de ônus (cartório)/ certidão dos
cartórios distribuidores/ Certidão negativa de débito (município, estadual, federal)/ Certidão
Negativa de Débitos Trabalhistas/ certidão do SPU.

Há duas exceções que essa responsabildiade n é transmitida- quando o documento de


transferência do bem imóvel há prova de que não há débito/quando a aquisição é feita em hasta
pública (arrematação).

19/02/19

Responsabilidade sucessória- continuação

 Bens móveis (art. 131, I)- A pessoa que adquire bem móvel que tem dívidas tributárias
assume essas dívidas.

DÚVIDA I- Nos bens imóveis existe a excludente de responsabilidade se vc adquirir


em hasta público. Mas e se essa pessoa adquire bens móveis em hasta pública, vai
haver a mesma excludente?

Hasta publica- leilão para vender algum bem de alguma pessoa que está sendo executado.
Artigo 130 (bens imóveis), subrrogação dos débitos tributários dentro do bem que está sendo
comprado. O 131 não faz nenhuma menção ao assunto. O STJ entende que o mesmo raciocínio
aos bens imóveis é igual aos bens móveis. Trata-se de uma forma de aquisição originária,
 Sucessão
adquire empresarial-
por um ato de poder público. Se n fosse assim, haveria sepre o risco do bem que a
pessoa adquiriu ser tomado pelo poder publico. Isso n atrairia as pessoas.

Alguns doutrinadores entendem de forma diversa, teria sim a responsabilidade por sucessão.
Trata-se de uma aquisição originária e os débitos tributários não vão junto.

DÚVIDA II- Pessoa que compra um bem imóvel em hasta pública ele responde pelo
débito condominial?

Débitos condominiais é propter rem. O arrematante não responderia pelos débitos condominiais.
Haveria um abatimento do valor leiloado e se faltar mais valor, vai ser para o vendedor.

Explicação do Professor: O principal alrgumento para justificar que a aquisição de bem móvel vc
usa analogia do 131 é o fato de ser uma aquisição originária, n há vinculo jurídico anterior.
Quando o STJ vai discutir isso no débito condominial ele acaba transferindo a responsabildade
de definir ao edital. “Não tendo previsão no edital de hasta pública não há atração da
responsabilidade pelo debito condominial do arrematante”. – Essa previsão do STJ é muito
arriscado pois o sujeito dependeria do edital.

Alem disso, a hasta pública é feita por pessoas leigas e, portanto, há o risco de o edital n ter
previsão de tal valor. Não tendo essa informação, o bem é arrematado, e quem será o
responsável por esse débito? Para o professor deve haver aquisição originária para tudo e,
portanto, o entendimento do STJ que leva para o edital a responsabilidade de prever tal valor
seria uma grande incongruência.
 Artigo 131,II e III. Ambos os incisos tratam do evento morte. Um recai sobre a figura do
espólio e o outro inciso recai sobre a figura dos sucessores. Ex. Existe um contribuinte
que tem dívidas tributárias. Ele vem a óbito. o que vai acontecer com essas dívidas?
Quando a pessoa falece, há a sucessão na figura do espólio e, posteriormente, para os
sucessores.  O que diferencia ambas as responsabilidades é a partilha de bens.
Quanto ao inciso II deve-se observar que a divida tributária do contribuinte tem um limite-
o que cada um se beneficia da sucessão. Logo, se o morto tem uma dívida de 2 milhões,
mas tem 4 filhos e ele deixa para os 4 uma casa no valor de 1 milhão de reais. Cada filho
vai receber 250 mil reais. Se dividir a divida do falecido vai dar 500 mil para cada filho.
Como essa divida supera o patrimônio deixado, cada um dos filhos vai se responsabilizar
no máximo do que ele recebeu, ou seja, eles não vão receber os 250 mil.

 Sucessão empresarial (3 casos) – Corresponde caso de extinção de PJ. O


art. 132 trata das hipóteses de sucessão tributária nas hipóteses de reorganização
societária. Quais são as hipóteses? – fusão, cisão, incorporação ou transformação
(detalhes no 10º período).
Obs.: due dilligence – para apurar a situação financeira da empresa antes de alguém
adquirir uma nova organização societária. Trata-se de uma auditoria.

Ex.: empresa A (farmácia) possui divida tributária. Ela está sofrendo um prejuízo. Já B é
uma rede de farmácias e não possui nenhuma dívida tributária passando por um momento
de alto lucro. Se B incorpora a empresa A é pq para a empresa B, do ponto de vista
financeiro, quanto maior o lucro no ambiente tributário pior para a empresa – empresa
lucrativa paga mais tributo. Trata-se de um mecanismo para que o prejuízo da empresa A
seja utilizado como mio de reduzir ou zerar o lucro da empresa B.

Eleva-se, portanto, a ideia de quais dessas situações são casos de: evasão (evasão fiscal
é o planejamento que vc quer reduzir a carga tributária, mas vc vai violando as regras
tributárias para isso. Uso de mecanismos anti-jurídicos.), elusão (é um planejamento
tributário em que o contribuinte escolhe a forma menos onerosa de sofrer os impactos da
tributação e se vale de mecanismos previstos na lei. O que a caracteriza é a
ATIPICIDADE, ou, AUSÊNCIA DO PROPÓSITO NEGOCIAL- é irregular), elisão fiscal
(qundo vc faz um planejamento se utilizando da interpretação da lei tributária e vc adota
uma escolha tributária mais econômica- é lícito).

Logo, no caso da farmácia trata-se de uma discussão de elusão. A empresa B incorpora A e paga
pelo prejuízo. Mas, pergunta-se: B vc incorporaria A se vc n tivesse abatimento de tributo? Se foi
uma incorporação justamente para reduzir a tributação trata-se de um negócio atípico, ou seja,
não tinha intenção negocial (era só para reduzir tributos mesmo). Trata-se de uma operação
elusiva e, portanto, irregular e daí, consequentemente, será desconsiderado para efeito
tributário, ou seja, desconsidera o lucro que foi adquirido com a fusão.
Artigo 132, PU- caso que a PJ é extinta.

Cuidado – se tem uma empresa XYP ltda e ela é devedora. Um dos sócios abre outra empresa
chamada YXP ltda que exerce a mesma atividade. Essa nova PJ irá assumir os débitos da PJ
anterior com a mesma atividade da nova se o sócio era o mesmo. Por isso, se vc vai fazer
sociedade com outra pessoa e essa pessoa diz que tinha uma sociedade e que quer desfazer
essa sociedade 1 e vc não se informa sobre a hipótese de dívida tributária vc pode assumir essa
dívida.

Mas tem que ser um negócio idêntico?- fecha bar e abre bar. / fecha loja de biquíni e abre de
lingerie tbm é?  isso é uma discussão na doutrina. Mas o fato é que quanto mais próximo do
negócio antigo vc abrir, maior a sua responsabilidade.

Artigo 133- trata-se de situação em que há compra do estabelecimento e ou do fundo de


comércio (é uma palavra aberta. Marca é fundo de comercio, maquina é fundo de comércio).
Acontece muito na prática. Trata da compra do estabelecimento ou do fundo do comércio. Se eu
monto um bar na rua da lama no lugar onde antes tinha um bar que fechou, se eu adquiri o
estabelecimento, as mesas, cadeiras, os funcionários – isso é adquiir fundo de comércio. – vc
será responsável pelo débito tributário. Se eu adquirir só o estabelecimento tributário eu já me
responsabilizo.  TRta-ase da continuação da respectiva exploração da atividade o que cai no
problema/divergência do artigo anterior.

Quando uma PJ adquire um fundo de comércio ou comercial ele irá assumir a responsabilidade
tributário dessa PJ e PF alienante.

Essa responsabilidade do adquirente será total será a PJ PF vende o estabelecimento e fundo de


comercio e para de exercer qq atividade econômica. Mas essa responsabilidade do alienante
pode ser subsidiária quando o estabelecimento vendedor continuar exercendo alguma atividade
econômica. Isso pq, se vc deve tributo, e vc ta vendendo seu estabelecimento, o Estado
pressupõe que vc tem como arcar com o débito tributário que vc mesmo gerou. Mas se o cara
vende tudo, inclusive o fundo de comércio, aí n tem como ele pagar para n tem mais riqueza.

Mesmo que as partes convencionem que o vendedor do estabelecimento é que será o


responsável pelo pagamento da dívida tributária. As convenções particulares n podem ser
opostas contra débitos tributários.

Excludente de responsabilidade  em processo de recuperação judicial ou em processo de


falência. Se o cara está tendo seu patrimônio todo revertido por uma recuperação judicial 1há uma
chance gigantesca desse cara ter débitos fiscais. Daí a hasta pública seria frustrada.

Situações em que n há essa excludente de responsabilidade: §§1º e 2º - quando há indícios de


fraude, por exemplo.

1
O cara n ta conseguindo tocar a empresa por conta de tantas dividas. As empresas podem entrar com uma recuperação judicial
(ação) em que ele vai apresentar o plano de recuperação: informa todos os credores que ele possui, todos os débitos e todos os
bens disponíveis para sanar a dívida. Boa parte do levantamento dos recursos vem de alienações judiciais, hastas públicas. Logo,
quem adquire esses bens em hastas públicas não tem responsabilidade tributária.
25/02/18

Responsabilidade de terceiros (artigo 134, 135):

Existe um contribuinte, ele fica inadimplente do tributo, e a lei elege alguem para fazer a
responsabilidade tributária no caso de inadimplemento dessa contribuinte. Logo, o devedor existe,
ele n desapareceu, mas a lei determina que em caso de inadimplemento deve esse terceiro
pagar.

Artigo 134 – Pais (pelos tributos devidos por filhos menores. É o caso, por exemplo, do pai que
compra uma casa no nome do filho menor. O tributo pode ser exigido do pai)/ sindico/
tabeliães/escrivães/sócios no caso de liquidação da sociedade de pessoas.

As multas de mora que se aplica esse dispositivo. As multas punitivas não.

Artigo 135 – (incide em praticamente todas execuções fiscais). Quando o sócio irá responder pelo
débito da PJ. Se levar em consideração apenas esse dispositivo será: excesso de poderes,
infração a lei, contrato social ou estatuto.

Dúvida 1- imagine a situação de PJ atravessando por uma situação difícil e fica um tempo sem
recolher tributo. O inadimplemento da PJ é suficiente para atribuir a responsabilidade a PF? – Ela
está infringindo a lei, mas será suficiente? O STJ deficiu essa resposta pela Súmula 430 do STJ
– O Mero inadimplemento da ob tributária n gera por si só a responsabilidade do sócio.

Trata-se de uma análise subjetiva (FATO – DANO (inadimplemento) – CONDUTA), ou seja,


qual a participação de cada sócio para aquele inadimplemento. Por exemplo, PJ n paga o ICMS.
O fiscal vai na loja e pede os livros, a pessoa mostra que teve lucros. Demonstrou-se aí uma
responsabildiade subjetiva, pois comprovou-se que mesmo tendo lucros o cara n pagou.

Mas e na prática? – Ação de execução fiscal  citação do executado para pagar ou nomear
bens para o êxito da execução fiscal.

Se o cara n faz nem um nem outro, o oficial vai rodar a empresa e ver que n tem bens passíveis
de serem penhorados. O juiz vai ver a certidão do oficial e informa o credor tributário. O credor
tributário pedem bacenjud, renajud, infojud... diante de resultados negativos, o Estado/União pode
pleitear o redirecionamento dessa execução em direção ao sócio. Pode isso?

Bom, para responder isso, deve-se ter ciência que o que é anterior à execução fiscal é a
expedição de CDA. Os procuradores em regra colocam o nome da empresa e dos sócios. A
decisão do STJ entende que se o nome do sócio está na CDA aí pode se executar ele. Mas se a
CDA não tem o nome do sócio, cabe ao fisco comprovar que o sócio agiu com excesso de
poderes.

Então, teoricamente, a procuradoria enfiaria todo mundo na CDA. Mas aí vc colocaria o nome do
sócio com base me que? Logo, antes, todos os entes colocavam o nome de todo mundo na CDA.

Exceção de pré-executividade  o sócio se defenderia com base na ilegitimidade. Essas


exceções durante muito tempo foram negadas. Daí uma dessas subjeções chegou ao STF. E o
supremo elevou o entendimento que violava o devido processo legal a União passou a adotar o
entendimento do Supremo. Logo, a União autua a PJ e autua cada sócio para que ele tenha a
possibilidade de se defender. Somente depois dessa fiscalização dos sócios e de suas defesas é
possível executar os sócios.

Nos estados e municípios ainda se coloca o nome dos sujeitos na CDA.

26/02/19 ?????

Duvida 1- A conduta da Receita federal tem uma portaria (nº 2123/18). O que o fiscal deve fiscalizar. Além disso, tem a portaria
948/17 que diz ao Procurador quando vc vai fazer a CDA e incluir o nome do Sócio vc te que fazer isso, isso.

O que deve ser observado para a responsabilização dos sócios de acordo com a portaria 2123?- Ela revogou Portaria RFB nº 2.284, de 29
de dezembro de 2010 por uma lacuna jurídica observada. Passou a vigorar a instrução normativa 1862/2018.

Portaria 948/17 - Regula o procedimento de responsabilização de terceiros. Reconhecimento de responsabilidade, deve conter a
identificação da PJ e do terceiro o qual o procedimento foi instaurado, valor consolidado dos débitos. Começa por meio de uma notificação
do terceiro por meio de AR e ele poderá impugnar. Se rejeitada a impugnação ele será executado.

Explicação do professor: Especificar a conduta do fiscal da RF caso ele verifique que o sócio agiu com excessos. Quem vai verificar esse
subjetivismo? O fiscal da receita e ocorre no momento de fiscalização da empresa. Ele irá autuar a empresa e irá fazer uma au tuação em
desfavor do sócio. Todos são intimados para se defender dessa infração. A Portaria de 1862/2018 criou outras hipóteses de
responsabilidade tributária. Essa portaria pressupõe algumas situações em que o fiscal irá autuar a PF e os sócios de forma s ubsidiária.

Quando o credito está constituído vai para a procuradoria. O processo adm. entregue ao procurador dará para ele a responsabilidade de
verificar se o sócio teve a possibilidade de se defender durante a primeira fase. Se ver que o sócio agiu com deslealdade, pode se colocar o
nome dele na CDA e a responsabilidade será solidária.

Ou seja, a portaria 2123/18 especifica a conduta que o fiscal deve ter para verificar se os sócios agiram com culpa, verifica isso ao
fiscalizar. Nesse caso faz o lançamento de ofício e autua em separado a PJ e os sócios.

Duvida 2- o entendimento do STJ, TJ, TRF-2 sobre o tema.

O STJ entende que constando na CDA o nome do sócio como responsável fica redirecionado a execução e fica com ônus do sócio pr ovar
que n agiu contra a lei. O mero inadimplemento das PJ n é automático a responsabilização dos sócios.

O TRF2 concorda com o entendimento do STJ apenas quando está presente o nome da CDA sendo o ônus do sócio comprovar que n
atuou dessa forma.

O TJES tbm concorda com o STJ. Entendeu que n houve o procedimento adm em relação aos sócios sendo descabida a manutenção dos
sócios no polo passivo.

Dúvida 3- desconsideração da pessoa jurídica. Tem como haver essa aplicação nas execuções fiscais?

Para vc redirecionar a execução fiscal vc terá que necessariamente se utilizar do insidente da desocnsideração da personalidade jurídica.
O TRF entende que deve haver uma interpretação sistêmica, ou seja, por todo o OJ aplicando-se os artigos 133 a 137 do CPC...

As divergencias ocorrem pq deve estar comproado na execução alguns requisitos previstos no artigo 50. Entende que deve haver a
instauramento antes do redirecionamento.

Com o NCPC a intervenção do terceiro na desconsideração seria um instrumento processual em que o terceiro pode ter seu contraditório e
ampla defesa para ele n responder com seu patimonio pessoal. Sumula 435 STJ.

Tinha o redirecionamento sem a instauração do incidente e por consequencia sem respeitar o contraditório. Pode alegar uma dis solução
irregular.

Atual decisão do STJ diz que n cabe a instauração do incidente nas hipóteses de redirecionamento prevista no CTN ou quando os terceiros
constam na CDA ao final de um processo adm fiscal que tenha apreciado a responsabilidade.

Risco de dilapidação do patrimônio  quando se instaura o incidente os terceiros podem dilapidar esse patrimônio e evitar a penhora ou o
bloqueio. A decisão do STJ.

A decisão do STJ diz sobre a possibilidade do incidente quando o nome do sócio n está na CDA. O artigo 1 da LEF diz que a
desconsideração é regida por essa lei e subsidiáriamente pelo CPC. Inviabildade da desconsideração quando o nome n estiver na CDA. A
União quer o redirecionamento, o STJ diz que n pode redirecionar pq se o nome do sócio está equivocadamente na CDA a gente po de
dizer que essa CDA é nula.

CADERNO DA SORAYA
11/03/18

LANÇAMENTO:
Quando o devedor tem uma obrigação nasce para o credor o direito de exigir tal obrigação. Mas
no campo tributário não é assim. O fato de vc ter um débito, não dá o direito do Estado cobrar
imediatamente. É necessário um ato administrativo chamado lançamento.  Para que o sujeito
ativo possa exigir o crédito tributário é necessário o ato adm chamado LANÇAMENTO.

Primeiramente, é previsto em lei. O Lançamento consiste numa série de investigações que devem
ser feitas pela autoridade adm e que tem por objetivo uma correção do crédito tributário que será
exigido. Essa investigação vai perpassar por todas as regras da regra matriz de incidência que
corresponde a análise dos seguintes critérios: pessoal, quantitativo, material, temporal e
espacial. Essas investigações precedem o ato administrativo do lançamento.

Tem natureza jurídica DUPLA  Declaratória (pressupõe a existência de um fato gerador e sua
natureza jurídica constitutiva) e Constitutiva (de acordo com o 142 não há crédito tributário sem
prévio lançamento).

O sindicato e o sistema S podem fazer um lançamento, por não ser autoridade


administrativa?SÓ AUTORIDADE ADM PODE REALIZAR O LANÇAMENTO.

Artigo 142 CTN- Lançamento é um ato, ou seja, é um resultado de um procedimento (sucessão


concatenada de atos para chegar num determinado objetivo).

Esse ato tbm pode se transformar num processo. Por ex. autoridade adm materializa o
lançamento; o contribuinte é notificado (fase oficiosa). Em regra, essa fase tem um prazo de 30
dias, ou seja, vc tem 30 dias para decidir o que vc vai fazer com esse ato adm que vc recebeu.

A expectativa do contribuinte é que vc aceite esse valor e que vc pague. Outra postura do
contribuinte é ele ficar inerte e o crédito tributário se torna definitivo (pode inscrever a pessoa em
dívida ativa  lavrar a CDA  Proposta a execução fiscal).

No entanto, pode ainda, numa terceira hipótese, o contribuinte se insurgir contra o valor exigido.
Por ex. vc n é proprietária do imóvel, apenas usufrutuária. E vc discorda de uma das
investigações feitas já que vc n acha que vc seja o sujeito passivo (critério pessoal). Nesse caso,
vc entra com uma impugnação.

A impugnação inaugura a fase contenciosa já que inaugura o processo administrativo tributário.

MODALIDADES DE LANÇAMENTO: quem define é o sujeito ativo no momento que ele cria o
tributo. Ele escolhe a modalidade de lançamento que seja mais adequado. Trata-se de
competência legislativa.

A- De ofício (art. 149)- tem como principal característica o fato da autoridade legislativa ter
todas as informações necessárias para fazer o lançamento. Aqui a autoridade adm faz o
ato de lançamento sozinho e o sujeito passivo não participa já que a autoridade já sabe
tudo o que ela precisa (sabe quem é o proprietário do imóvel, sabe a base de calculo e
alíquota do tributo, sabe o critério material... etc). Muito usado quando o tributo incide
sobre o patrimônio (ex. IPTU, IPVA).
É um lançamento SUBSTITUTO, ou seja, sempre que um tributo é submetido a um dos
outros dois lançamentos e não dá certo, a autoridade se vale do lançamento de ofício.
Por exemplo, eu tenho que apresentar o meu IR, trata-se de lançamento por homologação.
Se eu não faço essa declaração eu n dou essa informação para a Receita Federal. Daí a
entidade pública terá que fazer esse lançamento de ofício.
Imagine que vc fez a declaração do IR. Existem despesas dedutivas (que vc pode receber
de volta). Em alguns casos vc diz que teve uma despesa X e aí a Receita te chama para vc
esclarecer como gastou esse dinheiro.
B- Declaração (art. 147)- o ato administrativo é feito de quatro mãos, ou seja, o contribuinte
presta algumas informações e, com base nelas, a autoridade administrativa pratica esse
ato administrativo de lançamento.
C- Por homologação (art. 150)- representa quase a totalidade dos tributos que incidem sobre
a Pessoa Jurídica. Ele distorce tudo o que foi estudado, pois, todas as investigações qye
compõe o ato adm de lançamento e que são um cargo da autoridade adm, essas
investigações recaem sobre o próprio contribuinte. Alem disso, o contribuinte, além das
investigações necessárias, ele antecipa o pagamento do tributo. Mas, onde que ocorre o
lançamento nesse caso? O ato adm da autoridade adm nada mais é que uma
VERIFICAÇÃO POSTERIOR do que foi prestado pelo contribuinte. Se as investigações
do contribuinte estiverem corretas irá ocorrer a homologação. Se estiver errado, o Estado
irá fazer um lançamento de ofício. É o caso do IR.

Ex. de lançamento por homologação: Cofins (art. 195, I, b, CF) – A base de cálculo é de 3% que
incide sobre a receita obtida. A empresa tem o dever de antecipar o pagamento desse tributo. O
contribuinte faz as investigações e antecipa o pagamento do tributo. O lançamento será a
verificação pela autoridade administrativa se o valor apresentado está ou não certo.

O lançamento por homologação colocam em xeque as duas premissas apresentadas: o


lançamento é ato privativo da autoridade administrativa / não existe crédito tributário sem o
lançamento.

Quando vc antecipa o pagamento a autoridade adm tem um prazo para fazer o lançamento
– 5 anos de prazo decadencial. Se estiver tudo certo a autoridade adm não vai te ligar para
te informar, ela vai deixar o tempo correr.

4 OPÇÕES PODE O CONTRIBUINTE FAZER QUANDO ELE NÃO TEM O DINHEIRO:

A- Declara a Divida e não paga  Autoridade iria fazer o lançamento de ofício.


B- Não declara e não paga  Autoridade iria fazer o lançamento de ofício.
C- Declaração de parte da dívida e paga parte  Autoridade iria fazer o lançamento de ofício.
D- Declara tudo e paga parte.  Autoridade iria fazer o lançamento de ofício.

12/02/18 ???
18/03/18

 Súmula STJ 436 (hipótese de constituição do crédito tributário sem lançamento- a


confissão do contribuinte constitui o crédito tributário) – sempre que o contribuinte declarar
o débito tributário, não há necessidade de a autoridade adminitrativa fazer o lançamento.
Seriam os casos das letras A e D.
Logo, em ambos os casos vai haver a inscrição em Dívida Ativa  CDA  Execução
Fiscal.
Nos casos B e C deve haver o lançamento de ofício - neste caso a adm deve demonstrar
onde encontrou esse valor a ser cobrado. Logo, vai haver esse lançamento de ofício e
poderá ocorrer uma impugnação pelo PAT.
Declara e não paga – conduta mais honesta.
HC 399109  Manchete - “De acordo com o STJ, declarar tributo e não pagar é
crime.”
Mas essas reportagens foram mal redigidas – a dupla deve analisar o julgamento

 Lei – ocorrência do Fato gerador:

(art. 144) A maioria dos lançamentos é por homologação. É muito comum que a lei do
lançamento do fato gerador seja diferente da lei do fato gerador. No entanto, deve se observar a
lei de quando vigorava. Por exemplo, o fato gerador foi em março de 2019 e era regida pela lei Z.
5 anos de lançamento depois, em fevereiro de 2024, passou a vigorar a Lei X. No entanto, a
autoridade deverá fazer o lançamento pela lei Z que vigorava na época do fato gerador.
- Exceções (art. 144, §1º): sempre que uma lei nova criar novos critérios de fiscalização,
outorgar maiores garantias ao crédito tributário, maiores poderes de investigação. Nesses
casos será aplicada a nova lei.

CPMF  Sempre que vc tinha saída de recursos da sua conta incidia o ICMS. Se vc
sacava 10 mil da sua conta, a alíquota era de 0,38%. Logo, se vc sacou 10 mil vc iria
recolher 38 reais de CPMF. Na prática as instituições financeiras foram eleitas como
sujeitos passivos. Toda sexta calculava a movimentação financeira de todos e o banco
retirava da conta do sujeito o valor e mandava para a União. No entanto, quando há a
informação do quanto eu recolhi do CPMF há uma inforção do meu quantum no banco –
viola o sigilo bancário.
Diante disso, instituiu-se que essa informaçõa somente poderia ser usada para a
conferencia se as pessoas estão de fato pagando o CPMF. No entanto, era fácil saber se
o cara declarasse isenção de IR era fácil saber se ele estava mentindo.
Ou seja, mudou a lei. Iria se aplicar o §1º do 144, ou não? O STF entendeu que o uso do
CPMF para investigar se houve o pagamento do IR seria uma forma de criar novos
critérios de apuração e fiscalização. Logo: ampliava os poderes de investigação  usar lei
nova para fato gerador antigo. Daí muita gente foi autuada por anos atrás em que mentiu
no IR.

 Modificação do lançamento: Inalterabilidade do lançamento. Trata-se da impossibilidade


de mudar um lançamento autorizado. Parte disso está no PU do art. 142. Ou seja, a
autoridade adm quando realiza as investigações ela se baseia na lei, logo, quando o
lançamento é formalizado, não há motivo para que ele seja alterado sob pena de vc n
fomentar a segurança jurídica.

Essa regra comporta 2 exceções:

a- PAT – a impugnação é justamente a tentativa de extinguir o lançamento.

b- Art. 149, VII, VIII e IX – casos em que envolvem um ato ilícito, corrupção, praticado pela
autoridade administrativa. São casos em que o lançamento pode ser revisto. Nessas três
situações é possível que o lançamento seja alterado.

Critério Jurídico: erro de direito

 Crédito Tributário

- Objeto da prestação

- CT Definitivo

- art. 139/140
 Suspensão da exigibilidade do CT.

19/03/19

22/03/19

Parcelamento permite o posterior questionamento do crédito tributário?

Quando vc assina vc não pode mudar o que foi acordado. O parcelamento deve ser previsto
em lei. REFIS para microempresas.

Mesmo que vc assumiu vc pode questionar o parcelamento com base na legalidade. Discute a
aplicabilidade daquela lei que aplicou o parcelamento.

Quando o parcelamento é superveniente à penhora, ela pode ser desfeita?

O parcelamento suspende a exigibilidade do crédito tributário- essa suspensão é ex nunc e,


portanto, não pode desfazer a penhora. Se vc já tiver feito o parcelamento o Estado não pode
fazer uma penhora. Mas se a penhora foi anterior ao parcelamento não tem o que fazer.

26/03/19

Tutela de urgência

O CTN previu as hipóteses de suspensão do crédito tributário antes do código prever a


antecipação de tutela. Daí, quando o CPC criou as liminares o CTN já previa liminares em
Mandado de Segurança. Houve discussão e o CTN previu liminares em antecipação de tutela.

O que suspende a exigibilidade não é a liminar, mas a decisão judicial que pode ser concedida
liminarmente, ou não. Se eu proponho Mandado de segurança que discute que a autoridade que
fez o crédito tributário é incompetente. O juiz indefere a liminar, ou seja, n tenho nenhuma causa
de suspensão. Se ele concede a segurança no mérito daí suspende a exigibilidade.

Ação anulatória e pede liminar- o juiz pode suspender a exigibilidade do crédito.

QUESTÃO IMPORTANTE:

LANÇAMENTO  Processo Administrativo Tributário ou Ação judicial. Posso me valer de um ou


outro em razão do principio da inafastabilidade.

Mas eu posso pleitear MS no âmbito judicial? – artigo 5º da lei MS. Não cabe MS de decisão
judicial transitado em julgado, nem se tiver recurso de efeito suspensivo. – a lei quer dizer que a
partir do momento que vc interpõe um recurso, não cabe mais MS. Como o recurso tem efeito
suspensivo esse efeito mantei o estado de ineficácia do ato que vc chamou de ilegal e levou para
o MS. Logo, há uma imposssibilidade de vc se valer simultaneamente do recurso e do MS o que
não me impede de impetrar MS de uma vez para questionar o lançamento.
Exemplo concreto – Licitação. Empresa A é inabilitada. Cabe recurso com efeito suspensivo de
acordo com a lei 9666. O dono da empresa A te procura e pergunta se pode fazer MS? Ou
melhor, e se foi ela te procurou antes do recurso do artigo 109, II. O que fazer? – Pode entrar com
MS desde que n entre com recurso com efetio suspensivo ao mesmo tempo.

Extinção do Crédito Tributário (artigo 156 CTN)

Com a extinção do crédito ou desaparece o objeto, o


Crédito Direito do credor ao objeto prestacional
devedor, ou o credor, ou o dever de esse devedor
Débito Dever de entregar o objeto prestacional entregar, etc. logo, as hipóteses do 156 não extinguem
só o crédito, podem extinguir a obrigação tributária.
- desaparece um dos elementos

- Crédito ou obrigação?

1- Pagamento:

O fato de vc pagar uma penalidade não vai afastar a sua obrigação de pagar o tributo (artigo
157). O 158 diz que se vc pega o lançamento de IPTU o pagamento do mês de fevereiro n
presume o pagamento de janeiro. Além disso, o pagamento do IPTU não presume que vc paga a
taxa de lixo.

1.1- Local – OT é portável. Artigo 159. Não é necessário ir na Receita para fazer o pagamento
do tributo. O devedor se dirige ao domicilio do credo para efetuar o pagamento- se a lei
não deixar livre. Isso é pagamento portável.
1.2- Prazo – 30 dias para vc escolher a modalidade após o lançamento.
1.3- Imputação – artigo 163. O contribuinte deve mais de um tributo para o mesmo sujeito
ativo. A autoridade adm competente para receber o pagamento determinará a respectiva
imputação para receber o pagamento primeiramente dos débitos por obrigação própria e
depois os decorrentes da responsabilidade tributária. Outro caso, é quando vc deve
contribuições de melhoria, depois às taxas e por fim aos impostos (segue essa ordem). Na
ordem crescente dos prazos de prescrição e, por fim, na ordem decrescente dos
montantes.
1.4- Do pagamento indevido- Paga o que não era para pagar / paga além do que deveria
pagar. Ele pode reaver esse tributo recolhido. O indébito tributário é diferente do indébito
civil, pois o primeiro é sempre direito do contribuinte reaver o que ele pagou errado. Em
civil pode acontecer o famoso “pagou mal, pagou duas vezes”. Isso n tem em tributário.
1.5- Da restituição total – sempre será restituição total. Pode ser que parte do que vc pagou
seja devido e outra parte seja indevido. Vc pode pleitear tudo que foi indevido. – ART. 165
CTN.
1.6- Não é necessário provar erro subjetivo – para pleitear a indenização vc n precisa
justificar as razões que te levaram a fazer o pagamento equivocado. Vc tem que mostrar
documentalmente o erro, mas n tem que provar o pq errou.
As ações de repetição de indébito são simples. Vc tem que justificar pouco. É a queridinha
da OAB.
1.7- Hipóteses – Estão no 165. Tratam-se de hipóteses EXEMPLIFICATIVAS, ou seja, ainda
que vc tenha pago errado e não esteja neste dispositivo vc pode pedir a restituição do
indébito. Por exemplo, no caso da consignação em pagamento a lei é exaustiva e,
portanto, é diferente daqui.
Inciso I – critério pessoal/ inciso II- Critério quantitativo

Dois ambientes diferentes: pedido de restituição (esfera administrativa). NO âmbito


municipal e estadual a restituição n funciona tão bem pq não é eletrônico como no âmbito
federal. Ação de Restituição do Indébito Tributário (esfera jurídica). Na esfera federal é
tudo online, programa de computador.

1.8- Restituição de tributos indiretos – Todos os tributos tem repercussão jurídica (quem vai
pagar o tributo), além disso, tem a repercussão econômica (todo tributo é uma
contraprestação). Nos tributos DIRETOS o sujeito passivo escolhido pela lei será aquele
que irá por a mão no bolso e pagar o tributo (há uma coincidência entre ambas as
repercussões).
No caso dos tributos indiretos, porem, a pessoa que a lei escolhe para ser o Sujeito
passivo PODE não ser quem vai enfiar a mão no bolso e pagar. Logo, a repercussão
jurídica não recai necessariamente a repercussão econômica. Nos tributos indiretos há
uma possibilidade de que a repercussão econômica seja transferida para alguém que n
seja a pessoa que sofre a repercussão jurídica.
Nos tributos diretos fica fácil discutir quem tem direito a ser restituído, pois é quem pagou.
O problema fica com os tributos indiretos. Quem tem a repercussão jurídica ou econômica?
Essa pergunta deveria ser respondida pelo 166 do CTN. Por esse dispositivo o legislador
diz que quem pleiteia é quem sofreu o encargos (quem provar a que sofreu a repercussão
econômica), ou ainda, pode ser quem tem a repercussão jurídica e transferiu para terceiro
(iria solicitar por autorização de quem pagou e depois devolveria esse dinheiro).

No entanto, o STJ diz que esse dispositivo diz que a relação jurídica-tributária se dá entre
suejito ativo e passivo e, portanto, n há relação jurídica entre sujeito ativo e contribuinte de
fato. O contribuinte de fato é um sujeito estranho na relação tributária e, portanto, ele não
tem legitimidade para pleitear a restituição do indébito.
Caso concreto- Associação Nacional distribuidora de bebidas. Tem as distribuidoras que
compram da indústria e vendem para os varejistas. A discussão era que a lei do IPI prevê
que quando existe descontos condicionados (“distribuidora se vc comprar 100 engradados
eu te dou desconto de 10%). Pela Lei a base de calculo não vai abater o desconto. Mas
esse dispositivo é ilegal.
As distribuidoras então entraram com ação no STJ pedindo a repetição do indébito pq
eram contribuintes de fato. A estimativa era de 1 bilhão de reais. O STJ entendeu que a
distribuidora é contribuinte de fato (de direito é a indústria). Logo, trata-se de um estranho
à relação jurídica entre União e contribuinte de direito e, portanto, consideraram as
distribuidoras ilegítimas.
O STJ diz que o artigo 166 dá duas opções para que o contribuinte de DIREITO
proponha ação de restituição: quando ele prova ter assumido o encargo, ou, se
quem pagou for terceiro, o contribuinte de direito deve contar com a autorização do
terceiro para que ele pleiteie.

1.9- Sumula STF 546 – Reproduz o artigo 166.


1.10- Prazo:
a- 5 anos do pg- faço pagamento indevido. Tenho prazo de 5 anos para pleitear. Se eu
pago dia 01/04/19 eu posso pedir até 31/03/2024. Mas e no lançamento por
homologação? Quando começa a contar o prazo? – paga por homologação em
01/04/19. O Fisco tem até 31/03/2024 para conferir esse valor. Mas em 01/04/2023 o
fisco homologou e confirmou o pagamento. Os 5 anos começam a contar da data do
pagamento INCLUSIVE NO CASO DE LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO, ou
seja, para o sujeito passivo pleitear a restituição começa a contar em 01/04/19 e não da
homologação.

b- 2 anos da decadência administrativa denegatória – processo administrativo – resultado


negando o seu pedido. Vc entra com ação anulatória dessa negativa administrativa.
Logo, se a negativa foi em 01/04/19 vc tem até 31/03/2021 para a ação anulatória (são
2 anos).

Inciso VI – Conversão do depósito em renda

Inciso VII – Pagamento antecipado e a homologação do lançamento.

Inciso VIII – consignação em pagamento

a- Desobrigar
b- Hipóteses
c- Valor
d- Competência
QUESTÃO - QUANDO A RELAÇÃO JURIDICA ENVOLVER UMA CONCESSÃO DE
SERVIÇOS PÚBLICOS (NET/ESCELSA/VIVO) O CONTRIBUINTE TEM
LEGITIMIDADE. PERGUNTA (RESP. 1.299.203). QUAIS AS RAZÕES QUE O STJ
USA PARA ENTENDER QUE O CONTRIBUINTE DE FATO TEM LEGITIMIDADE NAS
HIPÓTESES EM QUE O IMPOSTO É COBRADO QUANDO ENVOLVE CONCESSÃO
DE SERVIÇO PÚBLICO?

Repercussão jurídica – a pessoa prevista em lei como sendo SP. Repercussão


econômica é quem desembolsa o valor. Podem ser diretos (tem identidade de ambos) e
indiretos (não há identidade).

Quem pagou indevidamente o tributo – STJ o contribuinte de fato não é parte legitima
para propor nenhuma ação, ounseja, somente o contribuinte de direito pode fazer o
pedido pela restituição. Cabe ele combrovar o encargo ou ter utorização do terceiro que
pagou.

Fabricante de bebidas(SP) x distribuidora (REPERCUSSÃO ECONOMICA). A


distribuidora queria o encargo de volta. Mas o STJ entendeu que não.

Concessão de serviço público – o consumidor tem legitimidade para propor ação


declaratória cumulada com repetição de indébito. Tanto o titular do tributo quanto o que
repassa o tributo tem interesse. A concessionária assume o papel de contribuinte de
direito apenas indiretamente. Não é como a distribuidora de serviços que é privado e que
vc acha abusivo o valor. Trata-se de um serviço público essencial.

Não seria interesse da concessionária pleitear na justiça essa restituição no lugar no


cliente.

02/04/19

Inciso VI – Conversão do depósito em renda

Uma das hipóteses da suspensão da exigibilidade é o depósito. Num primeiro momento o


depósito é hipótese de suspensão. Mas esse depósito é no bojo administrativo ou judicial. Se, por
alguma razão ele fez o depósito, se ele perde esse depósito será convertido em renda para o
Estado, União ou município.

Inciso VII – Pagamento antecipado e a homologação do lançamento. – O lançamento será uma


homologação do pagamento antecipado. O lançamento por homologação é o que extingue o
crédito tributário.

Inciso VIII (IMPORTANTE) – consignação em pagamento – o objetivo é vc se livrar de uma


obrigação e evitar os efeitos da mora. O contribuinte quer cumprir a obrigação tributária, mas por
algum motivo não consegue. Para evitar de multa punitiva ele se vale da consignação. Mas aqui
NÃO há possibilidade de se fazer uma consignação extrajudicial.

As hipóteses do 164 são EXAUSTIVAS e colocam quando ocorrerá a consignação em


pagamento.
Obs.: Você não pode levar a discussão do tributo para dentro da consignação em pagamento. Se
vc quer discutir tribute entre com MS, por exemplo.

Inciso I – Por exemplo, vc tem um cliente que tem uma área objeto de tombamento, limitou o
direito de propriedade. Tem direito de isenção, mas ele não tem essa isenção. No carnê do IPTU,
vem a taxa de recolhimento de lixo. Se eu discordo com o IPTU pq n teve isenção, e eu n quero
ficar inadimplente com a taxa de lixo o que fazer? O IPTU eu posso impugnar pq eu quero
discutir. A taxa, porém eu terei que consignar.

Inciso II – Professor nunca viu

Inciso III – a hipótese mais comum. É quando há exigência de mais de uma PJ cobrando o
mesmo tributo. A “identidade” NÃO é do tributo, mas do fato gerador. Três situações:

1- Vc é proprietário de imóvel. O município entende que está em área urbana e cobra IPTU. A
União entende que está na zona rural e cobra o ITR. Onde eu proponho essa ação de
consignação em pagamento? – competência da Justiça Federal (art. 109, CP). Vc propõe a
ação em face do Município e da União. A consignação só pode versar sobre o crédtio que
o consignante se propõe a pagar (§1º), logo, se vc achou que o certo era o imposto menor,
mas ganhou o imposto maior vc vai ter que completar.
2- ICMS. Polêmica envolvendo quem é o credor. O ES e o RJ te exigem o ICMS, onde propor
essa ação? Questão polêmica no STF- Importação de mercadoria: incide ICMS onde a
mercadoria chegou (Porte de Vitória, por exemplo), ou o Estado onde vai ficar o produto?
O valor a ser recolhido será o mesmo no BR todo, mas a pergunta é onde será proposta a
ação.
Artigo 547 e 548, III CPC. – o devedor entra com a ação e coloca no pólo passivo o ES e o
RJ (ICMS é o mesmo valor). Daí o juiz manda consignar e retira o devedor da lide. A ação
vai tramitar entre réus, entre Estados. O STF julga conflitos federativos que envolvam
perigo ao pacto federativo (atenção à Sumula 503 STF). Logo, não é o STF. Portanto será
esta a regra - Autor irá escolher em qual estado propor - 46, §4º CPC.

3- Cobrança de ISS. Discussão de sujeição ativa. Recolhido pelo município onde o serviço é
prestado ou o ISS é recolhido onde há o estabelecimento do prestador. Por exemplo, vc
tem escritório em Vitória, mas vai fazer uma sustentação oral no RJ. Onde será cobrado
ISS? O ISS pode variar o valor entre estados. Logo, o cliente vai depositar o valor que ele
acha certo e irá esperar o juiz decidir qual o certo.

a- Desobrigar
b- Hipóteses
c- Valor
d- Competência

08/04/19

1- COMPENSAÇÃO
Pessoas são credoras e devedoras umas das outras. Irei pensar na figura de um SP que tbm é
credor do SA. Por exemplo, quando o SP faz um pagamento indevido ou quando ele pagou a
mais do que era devido.

 Mistura entre credor e devedor.


 Crédito líquido (vc sabe o valor) e certo (não há duvidas do crédito)

Importância: qual a outra possibilidade quando ele faz quando o sujeito é credor do Fisco?–
repetição do indébito (é um pouco mais moroso).

A compensação é mais eficaz. Quem tem credito tributário raramente faz o pedido adm pq é mais
rápido fazer a compensação. No ambiente tributáro vc pode fazer compensação de parcelas
vincendas e vencidas.

 Artigo 170 – no âmbito federal é regulado pela Lei 9430/96 em seu artigo 74.
 Débitos vencidos ou vincendos  devia IPI e não pagou. Agora tem crédito de 100 mil
em IRPI. Pode compensar o IPI que venceu. Ou ainda eu posso compensar uma dívida de
IRPI futuro.

Sistema do Perdecomp – identifica o contribuinte / débito que vc possui / origem do crédito. 


REF vai analisar a compensação que vc se propõe a fazer. Se estiver tudo certo a REF
homologa.

Prazo  igual o prazo de Repetição de Indébito. 5 anos depois decai o seu direito de compensar.

Artigo 170-A – Empresa entra com MS questonando a Ilegalidade de Tributo  fazia liminar 
indeferida  juiz concede a segurança. Quando o juiz concede a segurança, o impetrante tinha
decisão judicial que reconhecia que nunca deveria ter pago o tributo e eles pegavam o que
pagaram a maior e daí começavam a pedir as compensações.

Mas daí o TRF diz que a sentença do magistrado está errada – denegação da segurança. Os
contribuintes perderam a segurança. Mas até sair o acórdão demorava 12 anos. A Receita na
maioria dos casos ficava chupando dedo pq eram muitas ações. Logo, esse dispositivo fala: até o
transito em julgado vc NÃO PODERÁ COMPENSAR. Vc pode parar de pagar a partir da
sentença, mas n terá a compensação para evitar o prejuízo da receita.

SÚMULAS 212, 213, 460 e 461 que aparentemente são contraditórias. Mas não são. Explique
as 4 súmulas.

O MS pode ser usado por direito liquido e certo que foi declarado judicialmente. Não pode ser cautelar para
pedir isso pq é para satisfazer o crédito o que n é ideal para uma cautelar graças a possibilidade de
reversibilidade.

O 213 e o 460 não são divergentes. Na primeira acontece quando a autoridade adm cria ato adm que restringe
o direito tributário e vc pode entrar com ação para reverter isso. Ex. Instrução normativa que cria restrição de
direito. Vc impetra MS sob a alegação que a Instrução não se presta a restringir direito previsto em norma
superior. A instrução é ato ilegal.

Vc n pode entrar com MS para convalidar uma compensação que vc fez pq vc estaria dando para a autoridade
judicial poder para decidir o que cabe ao executivo.

O 461- Contribuinte entra com ação pedindo a declaração de isenção tributária. Ele fala que pagou a mais. A
fazenda entendia que vc obrigatoriamente tinha que executar. Mas o STF entendeu que o contribuinte pode
escolher qual medida tomar.
Não existe a possibilidade de compensação antes do Transito. É possível excepcionar essa
regra nas hipóteses em que já há julgamento no STF e STJ em regime de efeito vinculante? Ou
seja – sistema de recurso repetitivo do STJ / Decisão em repercução geral no STF. Qual o
sentido de eu esperar o trânsito se eu já sei a decisão?

Artigo 170-A CTN- especialmente quanto ao transito em julgado isso é vedado. Mas ele precisa entrar
com a ação só pra conseguir o transito em julgado? Isso implicaria em maior abalo econômico para o
Fisco.

As demandas repetitivas são decididas pelos tribunais. Vincula a esfera administrativa? O CARF diz
que é possível fazer essa compensação antes do transito em julgado – trata-se da única manifestação
do CARF (n quer dizer que ele pensa assim). O professor disse que muitos escritórios entram com ação
pedindo compensação e usa esse posicionamento do CARF.

Fundamentos- 489, §1º, III, CPC / Art. 925 CPC/ Tutela de evidência.

O STJ entendeu que n é possível afastar o artigo 170-A CTN.

Logo, em síntese, entende-se n ser possível. Não há argumentos suficientes para sustentar esse
posicionamento.

É possível fazer compensação tributária cujo crédito é precatório. O precatório n tem


natureza tributária. Eu posso compensar?

O precatório é a forma como o Estado pode pagar as suas dívidas. O único ente que paga em
dia é a União devido aos estados e município há possibilidade de comprar precatórios. Se vc já
tem um debito vencido vc consegue usar o precatório para pagar. E quanto as parcelas que
estão para vencer? – os estados devem muito dinheiro, logo, a compensação iria falir os
estados. O STJ entende que vc pode realizar a compensação dos débitos que estão para
vencer.

Mas muitos estados resistem judicialmente dizendo que pode pagar com precatório.

A CF prevê expressamente a possibilidade de compensar o crédito em precatório. Trata-se de


um exemplo federal, mas que se aplica aos estados e municípios. Ou o estado tem 180 dias
para regulamentar em precatório ou poderá compensar.
3 - TRANSAÇÃO
Trata-se de um acordo. As partes estão abrindo mão de alguma coisa para finalizar uma
determinada demanda. Mas abrir mão do crédito tributário? Ele não é indisponível?

 Requisitos:
1- Concessões mútuas
2- Terminar litígio – administrativo ou judicial.

Risco – se exige o litígio as vezes o cara pode querer litigar só para querer transacionar

Negócio Jurídico processual no ambiente tributário? – Portaria 742/18 PGFN  vê-se a


necessidade de outras formas de solucionar o litígio.

4- REMISSÃO
Perdão da dívida. O sujeito ativo libera o contribuinte de pagar o crédito tributário principal. A lei
que cria a remissão libera o contribuinte de pagar o tributo.

Obs.: Anistia – hipótese de EXCLUSÃO do crédito tributário. Perdão relativo à sanção (multa).

Como dar remissão de credito tributário que n é seu. Artigo 172- ler.

5- PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
 Em comum – elementos tempo e inércia do credor

Extinguem as ações por respeito à segurança jurídica. Se se dá para o Estado o poder de cobrar
o tributo ele n pode cobrar ad eternum.

 O que diferencia – o ato de lançamento- ponto determinante.

Decadência- extinção da OBRIGAÇÃO tributária pela perda do sujeito ativo de constituir o


crédito tributário pelo lançamento. É a perda da obrigação por ter passado o prazo de 5 anos para
que o crédito seja constituído. NÃO É A EXTINÇÃO DO CRÉDITO. É A EXTIÇÃO DA
OBRIGAÇÃO.

A forma de contagem varia de acordo com o lançamento:

1- Lançamento de ofício ou declaração: art. 173, I CTN

Comprei um carro hoje, 09/04/19, realizei o fato gerador do IPVA (Lançamento de ofício).
Autoridade adm faz todos os dados e te notifica do lançamento. O marco iicial é o primeiro dia do
ano seguinte: 01/01/2020. O ultimo dia do lançamento será 31/12/2024. No dia 01/01/2025 haverá
a decadência. Logo, o prazo será maior (pq não serão só 5 dias).
2- Lançamento por homologação: 150, §4º CTN.

A compra foi em 09/04/19, foi fato gerador do ICMS. Começa a contar o prazo em 10/04/19. 5
anos depois o ultimo dia para o lançamento 09/04/24. A decadência ocorrerá em 10/04/24. O
prazo é menor que no primeiro caso.

ATENÇÃO- No lançamento de ofício o encargo investigativo cabe ao Fisco. Logo, como demanda
maior trabalho o prazo de decadência acaba indiretamente sendo maior.

Os 4 casos de lançamento por homologação:

Declara e não paga – o crédito tributário já está constituído. Logo, o STJ entende que n
precisa lançar, basta constituir o crédito tributário e entrar com a execução. Logo, se vc
não precisa lançar n se fala em prazo decadencial.

Não declara e não paga- lançamento de ofício – Aqui a receita nem sabe que o
contribuinte fez o fato gerador. Ela n tem nenhuma informação. Logo, aqui se aplica
o artigo 173, I CTN.

Declara parte e paga parte- lançamento de ofício. – é mais fácil para a autoridade
administrativa pq ela sabe que o contribuinte fez um fato gerador. Ele realizou o
dever instrumental – artigo 150, §4º CTN.

Atenção à súmula do STJ 555.

Atenção à SM nº 8- a contribuição previdenciária é regulada por duas leis ordinárias: 8212, 8213.
Previa que o prazo para a autoridade adm lançar era de 10 anos. Os contribuintes questionaram
que são leis ordinárias e a CF prevê que o prazo decadencial deve ser feito por lei complementar.
Logo, essas leis foram declaradas inconstitucionais.

PRESCRIÇÃO – Perda do direito de propor a ação. Ou seja, de PROPOR A EXECUÇÃO


FISCAL. O prazo é de 5 anos.

Lançamento por homologação - Em abril de 2019 vc realiza o fato gerador. A autoridade


administrativa tem 5 anos para o lançamento. Ele foi feito em Março de 2024. Uma vez notificado
o contribuinte tem prazo de 30 dias para pagar ou não. Em 04/2024 o credito passa a ser
definitivo e, a partir daí, inicia-se o prazo de prescrição. Logo, o despacho do juiz recebendo a
execução fiscal deve ser até 03/2029. Com esse despacho mandando citar o executado.

Artigo 174 CTN, PU  O despacho do juiz que ordenar a citação em Execução irá interromper a
prescrição.

Prescrição intercorrente (artigo 40 CTN)- ocorre dentro do processo. Execução fiscal. O sujeito
é citado para pagar ou nomear bens.

Possibilidade: o cara não é encontrado. Não localizaram bens.  juiz suspenderá o curso da
execução. Durante esse prazo não correrá a prescrição. O processo ficará suspenso por um ano.
Após a suspensão e um ano o juiz manda o processo para o arquivo provisório. Se depois de 5
anos n encontrarem o cara e nem bens aí ocorrerá a prescrição intercorrente.

Atenção – súmula 314 do STJ. – N PRECISA

Contribuinte foi notificado do lançamento e ele entra com PAT. O contribuinte perdeu o
PAT, surge o crédito tributário administrativo. O contribuinte pode propor ação
anulatória para discutir isso. Mas se for tributo federal, teve PAT e o contribuinte
ganhou. O lançamento será desfeito. A União poderia propor ação para discutir esse
lançamento? – caso Zelote. É possível o sujeito ativo entrar com recurso para mudar
Decisão administrativa irreformável que foi contra ele.

A maioria da doutrina entende que o Fisco n pode entrar no judiciário contra a decisão. Desacreditar
das próprias decisões da adm pública. Iria contra o principio da boa-fé das decisões adm.

Pode propor ação anultória

Não faz Coisa julgada adm no âmbito judicial.

Inafastabilidade do Judiciário

Isonomia para todos

Não pode propor ação anultória

Faz coisa julgada adm, ou seja, a adm não pode entrar com ação nem em ambito judicil pq para
ela já se esgotou qq recurso.

Não se aplica a inafastabilidade do Judiciário

Isonomia é para defesa do cidadão. No âmbito adm a isonomia deve ser flexibilizada.

Coisa julgada adm só se vota ao administrador por segurança jurídica (para a corrente majoritária). Ou
seja, a parte passiva pode sempre se valer da decisão do Poder Judiciário, já adm não.

Se o Poder Judiciário rever a decisão da adm, terá que respeitar o prazo de 5 anos (em âmbito adm).
Logo, com a coisa julgada adm só sobra ao fisco entrar com a ação em âmbito judicial. Os tribunais
antigamente entendiam que isso n era possível. Mas vêm flexibilizando esse entendimento. Vale
ressaltar, porém que eles se valem dos mesmos argumentos que usavam antes, mas encaram os 3
príncípios de forma diferente.

15/04/19

6- DAÇÃO EM PAGAMENTO.

Exclusão do crédito tributário


Artigo 175, I e II CTN
Sempre que for hipótese de isenção ou anistia o crédito o contribuinte continua obrigado a
cumprir as obrigações acessórias. O contribuinte está isendo do IR por doença. Isso n retira a
obrigação de ele fazer o seu dever instrumental, qual seja, apresentar anualmente os documentos
dos seus rendimentos.

ISENÇÕES TRIBUTÁRIAS:

Conceitos:

1- Predominante pelo STF- Dispensa legal do pagamento de tributo. – ou seja, a doutrina


entende que nesse conceito vc vai pressupor que o contribuinte saiba que realizou o fato
gerador, sabe que deve fazer o pagamento do tributo, mas vem uma lei e fala que ele está
dispensado.

Por exemplo, tem isenção do IR quando vc recebe um valor em doação. Mas a pessoa que
recebe 4 milhões em doação, será que n realizou o fato gerador do IR? Ele pode até saber que
dele deve pagar, mas ele n precisa pagar.

2- Paulo de Barros- limitação do âmbito de abrangência de critério do antecedente ou


conseqüente na norma tributária – a isenção é um fenômeno normativo, ou seja, existem
normas tributárias que percorrem a norma matriz. A isenção é quando vem outra norma
que vai paralisar os efeitos da tributação. Em outras palavras, tem uma norma de
tributação e vem uma limitação no critério pessoal, por exemplo (ex. a isenção do IR para
pessoas doentes). Outros critérios: material, temporal, espacial, quantitativo, pessoal.

Toda isenção e anistia deve ter previsão legal (artigo 97, CTN).

Isenções autonômicas – para que o ente isente, ele tem que ter a compencia tributária.
Logo, só a União cria isenção de tributos federais e assim sucessivamente. É o caso do BR
(Artigo 151, III CTN).

Isenção heteronômica- n se aplica no BR. Mas há uma exceção. Envolve o art. 156, §3º
CF- Caso que envolve o ISS. Quando vc vende produto ao exterior ou serviço vc n paga
alguns impostos. Isso pq há interesse da nação para que vc amplie as possibilidades de
exportação. Mas em relação ao IPI e ICMS foi criado uma imunidade tributária tanto aos
estados quanto para a União. Mas quanto ao ISS dos municípios a CF diz que a União tem
qu editar LC em que deve deixar expresso que n pode haver cobrança de ISS sobre
serviços exportados. Pq tem uma LC federal para editar tributo federal? Pq daria poder ao
município para que ele legisle ou não e daí pode ser que município X isente e o município
Y ao lado não.

Para muitos trata-se de isenção heteronômica. Já para o prof não é heteronomica pq em


constituição exitem leis federais e leis nacionais. A lei federal tem aplicação para a União.
Já as leis nacionais tem amplitude em todo o território. Trata-se de âmbito nacional e,
portanto, para alguns n é lei federal e, portanto, n é heteronômica.

FORMAS DE CRIAÇÃO DA ISENÇÃO:

1- Lei ordinária – Maioria dos tributos são criados por lei ordinária, logo a isenção dessas
deve ser por lei ordinária.
2- Lei complementar- tributo deve ser criado por lei complementar. Logo, a isenção deve
ser por lei complementar.

Cofins pode ser criado por lei ordinária, mas pode ser revogada por lei complementar, pois o
quorum da complementar é maior e, portanto, acabaria abarcando o numero do quorum ordinário.

Vale ressaltar ainda que, se a lei for formalmente complementar, mas seu conteúdo é por
lei ordinária, n tem problema ela ser revogada por lei ordinária.

16/04/19

3- Concedidas em Tratado Internacional- É para evitar a bi-tributação. Artigo 98 CTN.

Se o Tratado versar sobre DH e for submetido ao quorum especial será considerado no mesmo
nível que emendas constitucional.

O STF entendeu que quando o BR celebra o Tratado internacional ele não está como chefe de
governo, mas como chefe de Esatdo. É a República Federativa do BR que está fazendo o
trabalho. Logo, n se considera isenção heterônoma.

MODALIDADES DE ISENÇÃO:

1- Condicionadas: (onerosas) – A lei que estabelece a isenção exige uma contraprestação


para o sujeito se valer da isenção. Por exemplo. O Gov ta querendo atrair uma empresa
que produz alumínio- o governo dá isenção de IPVA, por exemplo, desde que a empresa
contrate 5 mil capixabas.
2- Incondicionadas: (gratuitas) – não há exigência de contraprestação nenhuma. VocÊ pode
receber um milhão doação e vc estará isento de tudo.

a- Prazo certo: vc ficará isento do IPVA por 25 anos no estado do ES.


b- Prazo indeterminado:Na doação não há prazo para vc deixar de ser isento.

REVOGAÇÃO DAS ISENÇÕES:

Artigo 178 CTN.- salvo quando as isenções forem por prazo certo e condicionada a Adm pode
revogar a qq tempo. É o caso das doações, se o governo federal mandar acabar com essa
isenção, ela irá acabar e ponto final.

E se a isenção for condicionada e por prazo certo: Você pode revogar em alguma situação? A
ideia do artigo 178 é diferente. Toda e qq isenção pode ser revogada a qq tempo mas quando for
por prazo certo e condicionada é obrigatório o respeito à isenção daqueles que já estão isentos.
Se a sua intenção era ser isento no futuro, vc n mais irá conseguir. Vale ressaltar que SÓ TEM
DIREITO ADQUIRIDO SE FOR ISENÇÃO CONDICIONADA E POR PRAZO CERTO (JÁ
ATENDERAM AS CONDIÇÕES, SE ELAS FOREM REVOGADAS DAÍ N VAI MUDAR NADA.
ISSO É DIFERENTE DE UMA ESPECTATIVA DE DIREITO).
Anterioridade- existe uma isenção. Ela é revogada por uma lei. Precisa respeitar a
anterioridade? Pessoa tem aposentadoria isenta de imposto por conta de moléstia grave. Vem
uma lei hj e revoga essa isenção. Tem que respeitar a anterioridade e só retirar a isenção ano
que vem?  quando beneficia o contribuinte não respeita anterioridade. Logo, em tese, o
contribuinte doente só será SP no ano que vem.

Polêmica: Conceituação da isenção: boa parte do STF entende que isenção é dispensa ao
pagamento do tributo. Logo, se o tributo está na lei e vem uma lei que me dispensa de pagar, eu
n posso dizer que a revogação me causa surpresa pq a lei sempre existiu. Mas tem uma corrente
minoritária no STF que diz que isenção é segundo o conceito de Paulo de Barros que a trata
como um fenômeno normativo e, portanto, para criar uma lei que revoga uma lei que dá uma
isenção vê-se que há sim uma surpresa ao contribuinte.

Logo, o segundo entendimento diz o contrário, pois pressupõe a isenção como questão
normativa, uma vez que existe uma lei que limita a norma de tributação, e para que essa lei que
limite a norma de tributação caia, é necessário outra norma, não havendo como o contribuinte
prever.

Regrinha: Os princípios como a anterioridade são limites constitucionais ao poder de tributar, são
regras impeditivas para que o SA imponha a tributação. Como não é para impor regras, logo, não
precisa limitar o poder de limitar se essa limitação não for prejudicial ao SP. (é o caso dos
prédios do centro de Vitória).

IMUNIDADE – Limitação da competência tributária. É prevista na CF. A CF diz qual ente pode
tributar o que. Ela outorga a competência tributária para algumas situações e retira a competência
tributária para outras situações.

ISENÇÃO: Já acontece no plano do exercício da competência tributária, ou seja, o ente, no


exercício da sua competência tributária, pode criar situações de isenção.

NÃO INCIDÊNCIA- fatos fora do campo da tributação.O cara que tem um imóvel alugado no Airb
and b. Ele presta serviço? Mas ele não é igual um Hotel? – ainda está se discutindo a aplicação
ou não do ISS para essas casas ou não. Mas atualmente essas casas estão fora da incidência.

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