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DIREITO TRIBUTÁRIO – aula 01

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA (NORMAS GERAIS)

 Leis
 Tratados e Convenções internacionais
 Decretos
 Normas complementares

SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL

 Constituições
 Leis complementares
 Resoluções do Senado Federal
 Leis federais
 Leis estaduais
 Leis municipais

Fontes do Direito Tributário

Materiais (ou reais)


Representam os fatos que justificam a tributação.
Exemplos: o patrimônio, os serviços, a importação, a exportação, etc.

Formais
Responsáveis por estabelecer a relação jurídico-tributária entre o sujeito ativo e o contribuinte

São FONTES FORMAIS principais do Direito Tributário


 Constituição Federal
 Emendas à Constituição
 Leis Complementares e Ordinárias
 Leis Delegadas, Medidas Provisórias, Decretos Legislativos e Resoluções

FONTES FORMAIS secundárias


Decretos e as normas complementares

Atos Normativos
São dotados de generalidade e abstração

ATOS CONCRETOS
São de caráter individual

ATOS PRIMÁRIOS
Buscam fundamento diretamente na Constituição Federal (inovam no ordenamento jurídico)

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ATOS SECUNDÁRIOS
Buscam fundamento de validade nas normas infraconstitucionais (não inovam no ordenamento
jurídico)

Os tratados e as convenções internacionais


Revogam ou modificam a legislação tributária interna e serão observados pela que lhes
sobrevenha

CONSTITUIÇÃO FEDERAL E EMENDAS À CONSTITUIÇÃO

Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre DIREITO
TRIBUTÁRIO – MUNICÍPIOS NÃO ENTRAM NESSA LISTA

Princípios e Imunidades Tributárias


São limitações ao poder de tributar

As LEIS COMPLEMENTARES, em matéria tributária, podem (TEORIA TRICOTÔMICA):

a) emitir normas gerais de direito tributário


b) dispor sobre conflitos de competência tributária entre a União, Estados, DF e Municípios
c) regular as limitações constitucionais ao poder de tributar

Portanto, de um lado temos a lei complementar que disciplina os fatos que podem ser tributados
pelos impostos; de outro, os fatos geradores definidos na lei instituidora

É vedado à União, Estados, DF e Municípios cobrar tributos:

a) antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado – INSTITUIÇÃO


b) no mesmo exercício financeiro – EXERCÍCIO FINANCEIRO
c) antes de decorridos 90 dias – ANTERIORIDADE NONAGESIMAL

Lei Complementar

Ato normativo cujo processo de aprovação é mais dificultoso


Maior grau de estabilidade.

Estão submetidos à Lei Complementar:

1. Empréstimo Compulsório (EC)


2. Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF)
3. Impostos Residuais (IR)
4. Contribuições Sociais Residuais (CSR)
5. Imposto seletivo (IS)
6. Imposto sobre bens e serviços (IBS)
7. Contribuição sobre bens e serviços (CBS)

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Leis Ordinárias
É a regra quando o assunto é instituição de tributos

É vedado aos Estados, Distrito Federal e Municípios


Estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua
procedência ou destino

Diferentemente do DECRETO REGULAMENTAR, o DECRETO AUTÔNOMO é editado na


ausência de previsão legal, o que faz com que inovem no ordenamento jurídico. Seu uso é muito
restrito, não sendo possível disciplinar assuntos pertinentes à legislação tributária

Normas Complementares
 Atos normativos
 Decisões dos órgãos singulares ou coletivos
 Práticas reiteradamente
 Convênios

DIREITO TRIBUTÁRIO – aula 02

VIGÊNCIA DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Vigência temporal
Aplica-se a norma específica, do contrário, aplica-se a normal geral

A lei começa a vigorar em todo o país 45 dias depois de oficialmente publicada

Entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que ocorra a sua
publicação os dispositivos de lei, referentes a impostos sobre o patrimônio ou a renda:

I – que instituem ou majoram tais impostos


II – que definem novas hipóteses de incidência
III – que extinguem ou reduzem isenções

DIREITO TRIBUTÁRIO – aula 03

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INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre:


I – suspensão ou exclusão do crédito tributário
II – outorga de isenção
III – dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias

Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação


tributária utilizará sucessivamente, na ordem indicada:

I – a analogia
II – os princípios gerais de direito tributário
III – os princípios gerais de direito público
IV – a equidade

DIREITO TRIBUTÁRIO – aula 04

OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA

Obrigação é uma relação jurídica, de caráter transitório, estabelecida entre devedor e credor e
cujo objeto consiste numa prestação pessoal econômica, positiva ou negativa, devida pelo
primeiro ao segundo, garantindo-lhe o adimplemento através do seu patrimônio.

Relação jurídica existente entre o contribuinte ou responsável tributário e o Fisco, tendo sua
origem a partir do momento em que se concretiza o fato gerador

Desta forma, guarde que:

ASPECTO SUBJETIVO
Sujeito ativo (entes públicos)
Sujeito passivo (contribuinte ou responsável)

ASPECTO OBJETIVO
Obrigação de dar dinheiro (obrigação principal) - SURGE COM O FATO GERADOR (LEI)
Obrigação de fazer ou de deixar de fazer (acessória) – DECORRE DA LEG. TRIBUTÁRIA

As obrigações tributárias ACESSÓRIAS independem da existência de uma OBRIGAÇÃO


PRINCIPAL

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DIREITO TRIBUTÁRIO – aula 05

OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA

FATO GERADOR (ARTS. 114 A 118 DO CTN)

A relação jurídico-tributária entre o poder público e os contribuintes é o FATO GERADOR

Hipótese de Incidência: situação prevista abstratamente na Lei como geradora da relação


jurídico-tributária

Fato Gerador: ocorrência, no mundo real, daquela situação prevista em lei (aqui nasce a
obrigação tributária)

Fato Gerador Instantâneo: constituído por um único evento, pela prática de um simples ato.
Inicia-se e completa-se no mesmo instante.
Ex.: fato gerador do ITBI (o momento do registro da transmissão da propriedade é o instante em
que se considera ocorrido o fato gerador)

Fato Gerador Periódico: constituído por vários eventos, que ocorrem ao longo de um
determinado período. Lei define momento em que o fato gerador se completa.
Ex.: fato gerador do IR (o fato gerador ocorre ao longo de um exercício – ano civil)

Fato Gerador Continuado: constituído por um estado de direito ou de fato que permanece ao
longo do tempo. Não é evento ou conjunto de eventos.
Ex.: impostos sobre a propriedade, como o fato gerador do IPVA

Fato Gerador Vinculado: é aquele realizado pela própria Administração

Fato Gerador Não Vinculado: é aquele que não diz respeito à atividade da Administração

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DIREITO TRIBUTÁRIO – aula 06

OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA

SUJEITO: ATIVO E PASSIVO (ARTS. 119 A 123 DO CTN)

A competência tributária é indelegável, salvo a atribuição:


De arrecadar ou fiscalizar tributos
Executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária

Não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do


encargo ou da função de arrecadar tributos

A doutrina costuma classificar o contribuinte como sujeito passivo direto e o responsável como
sujeito passivo indireto

Contribuinte de direito: aquele que integra a relação jurídica com o fisco (Casas Bahia)

Contribuinte de fato: aquele que realmente arca com o ônus (consumidor)

Um contrato particular não é capaz de alterar o sujeito passivo da obrigação tributária

DIREITO TRIBUTÁRIO

OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA

SOLIDARIEDADE (ART. 124 E 125 DO CTN)

Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um


devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda

Solidariedade ativa: existe mais de um credor com direito a exigir (receber) a dívida toda no
polo ativo

Solidariedade passiva: existe mais de um devedor com a obrigação de pagar toda a dívida no
polo passivo

Não poderá existir solidariedade ativa (dois entes políticos sobre uma dívida), pois acarretaria a
indevida bitributação

No Direito Tributário, existe apenas a solidariedade passiva

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São solidariamente obrigadas:

I – as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da
obrigação principal (solidariedade de fato ou natural)
Ex: 03 irmãos que devem o IPTU de um imóvel

II – as pessoas expressamente designadas por lei (solidariedade de direito ou legal) - Ocorre em


qualquer caso em que a lei qualifique como coobrigadas solidárias pessoas que não possuam
interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação tributária
Ex: é o caso da responsabilidade do transportador pelo ICMS da mercadoria transportada

CAPACIDADE TRIBUTÁRIA (ART. 126 DO CTN)

A capacidade tributária passiva independe:

I – da capacidade civil das pessoas naturais


II – de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do
exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus
bens ou negócios
III – de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade
econômica ou profissional

DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO (ART. 127 DO CTN)

É o lugar onde o sujeito passivo é chamado a cumprir seus deveres de ordem tributária

A regra geral do domicílio tributário é a utilização do domicílio de eleição, ou seja, o contribuinte


elege o local de sua preferência

Caso o sujeito passivo seja omisso quanto à escolha do domicílio, entram em cena os incisos
do artigo 127 do CTN. Vejamos:

I – quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou
desconhecida, o centro habitual de sua atividade
II – quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmas individuais, o lugar da sua
sede, ou, em relação aos atos ou fatos que derem origem à obrigação, o de cada estabelecimento
III – quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer de suas repartições no território da
entidade tributante

Quando não couber a aplicação das regras fixadas em qualquer dos incisos deste artigo,
considerar-se-á como domicílio tributário do contribuinte ou responsável o lugar da situação dos
bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação

A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito, quando impossibilite ou dificulte a


arrecadação ou a fiscalização do tributo, aplicando-se então a regra do parágrafo anterior

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