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ELEMENTOS ESSENCIAIS DA RELAÇÃO JURÍDICO FISCAL

Os elementos das relações jurídicas fiscais são:

 Os Sujeitos
 O Objecto
 O Facto jurídico
 A Garantia

I. OS SUJEITOS

Na relação jurídico fiscal encontramos o sujeito activo ou credor do imposto que é o


estadorepresentado pelo Ministério das Finanças e o sujeito passivo ou devedor do imposto,
as pesoassingulares ou colectivas, por vezes a lei obriga ao pagamento do imposto pessoas
diferentesdaquelas em relação as quais se verificam os pressupostos da tributação.

Exemplo:

No caso de substituição tributária fiscal, vide os artigos 11 e 12 da Lei n°15/2002 de 26de


Junho, que passo a citar: Artigo 11 (Substituição Tributária)1. A substituição tributária verifica-
se quando, por imposição desta Lei ou deoutras normastributárias, a prestação tributária for
exigida à pessoa diferente do
contribuinte.2. O substituto tributário é a pessoa responsável pela liquidação e pagamento do
tributo, emconsonância com esta Lei ou outras normas
tributárias.3. O substituto tributário está obrigado a:a. liquidar, proceder à retenção na fonte
e efectuar o pagamento do tributo de um modocorrecto e tempestivo;b. manter registos dos
rendimentos pagos ao contribuinte e dos respectivos tributos retidos epagos, estando ainda
obrigado a possuir registos sparados por contribuinte;
ec. cumprir outras obrigações estabelecidas em normas tributárias.4. Em caso de violação ou c
umprimentodefeituoso das obrigações, o substituto tributário éresponsável, nos
termosaplicavéis ao contribuinte, conforme estabelecido nesta Lei ounoutras normas
tributárias.5. A substituição tributária é efectivada através do mecanismo de retenção na fonte
doimposto devido.

Artigo 12 (Retenção na Fonte)

Constituem retenção na fonte as deduções de valores pecuniários efectuados aosrendimentos


pagos ou postos à disposição do titular pelo substituto tributário, que devemser entregues por
este aos cofres do Estado, nos prazos determinados por lei.II.

O OBJECTO

O objecto da relação

jurídico fiscal é a prestação a que o devedor do imposto est’a

obrigado para com o sujeito activo ou seja a prestação do pagamento do imposto.III.


O FACTO JURÍDICO

É a ocorrência de elementos ou situações (obtenção de rendimento ou aquisição de bens)que


poteticamente previstas na lei fazem nascer a obrigação do imposto.IV.

A GARANTIA

É o conjunto dos meios legais de protecção do sujeito activo da relação com vista
aocumprimento da obrigação pelo sujeito passivo, a garantia geral das obrigações fiscais é
opatrimônio do devedor. Também existem garantias especiais.

Exemplo : O previlégio creditório, a hipotéca, a caução,etc.

20. PREVILÉGIO CREDITÓRIO

É a responsabilidade que a lei em atenção a causa de crédito concede a certos credores de


serempagos com preferência a outros.

Artigo n°736 do Código Cívil.21. HIPOTÉCA

Consiste na apreensão legal de certos bens imóveis pertecentes ao devedor, para com o valor
dasua venda ser pago o credor do sujeito activo da relação jurídico fiscal.

Artigo n°686 e seguintesdo Código Cívil,

a hipotéca carece de registo.

PRESTAÇÃO DE CAUÇÃO

É uma garantia especial que se destina a assegurar o cumprimento da obrigação fiscal através
dodeposito do dinheiro tido da dívida pública ou outros títulos com a cotação na bolsa.

Exemplo:Obrigações do
Tesouro23. MOMENTOS DA CONSTITUIÇÃO DA RELAÇÃO JURÍDICO FISCAL

A obrigação de pagamento do imposto desenvolve-se em 3 fases fundamentais:I.

No Lançamento

II.

Na Liquidação

III.

Na Cobrança
I. NO LANÇAMENTO

É a fase em que se identificam os sujeitos passvos do imposto e a matéria colectável.A


determinação do contribuinte (sujeito passivo) pode ser de várias formas:a.

Por declaração do contribuinte

b.

Por declaração de terceiro

c.

Por simples actividade do fisco

d.

Por indicação de certos serviços públicos.

A fixação da matéria colectável (rendimento) pode ser feito pelos seguintes processos:1.

Com base na declaração de contribuinte, p.e., IRPS

2.

Pela própria administração fiscal, p.e., IRPC.

II.

NA LIQUIDAÇÃO

Em que consiste na determinação do montante do imposto a pagar obtido pela aplicação


dataxa a matéria colectável.Em regra,

a liquidação

é feito nos impostos directos pela administração fiscal, chamadotambém por

Liquidação Oficiosa

e nos impostos indiretos pelo contribuinte designado por

Auto Liquidaçao.

III.

NA COBRANÇA

É o processo administrativo que leva ao pagamento volunt’ario ou coersi

vo do imposto na direcçãoda área fiscal competente, normalmente no domicílio do


contribuinte ou na sede contribuinte.
24. MODOS DE EXTINÇÃO DA RELAÇÃO JURÍDICO FISCALI. O PAGAMENTO

É a forma normal de extinção da obrigação do imposto. Pode ser voluntário ou coersivo.

Artigo 43 da Lei n°2/2002 de 22 de Março

DAÇÃO EM CUMPRIMENTO

Consiste na prestação do imposto através de coisas adversas do dinheiro, por acordo entre as
partes.

Artigo 45 da Lei n°2/2002 de 22 de MarçoIII. PRESCRIÇÃO

É a extinção de um direito pelo seu não exercício durante um lapso de tempo fixado na
lei,normalmente o prazo de prescrição dos impostos é de 10 anos.

Artigo 48 da Lei n°2/2002 de 22 de MarçoIV. COMPENSAÇÃO

O contribuinte se se tiver constituido noutra obrigação do mesmo imposto poderá compensa-


lo com ocrédito que tiver com o Estado.

Artigo 44 da Lei n°2/2002 de 22 de MarçoV. CONFUSÃO

Acontece quando o sujeito activo é simultaneamente o sujeito passivo do imposto, p.e.,


quando aherança é diferida ao Estado por falta de todos os parentes sucessivos de uma pessoa
falecida.

Artigo 46 da Lei n° 2/2002 de 22 de Março25. TERMO GERAL DO IMPOSTOCONCEITO DE


IMPOSTO (DOUTRINA)

O imposto é uma prestação pecuniária coactiva, definitiva unilateral, sem contrapartida e


semcarácter de sansão exigida pelo estado com vista a satisfação de fins públicos.

26. CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS DO IMPOSTOI. PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA

É a susceptibilidade de avaliação em dinheiro.

Artigo 4 da Lei n°15/2002 de 26 de Junho

, quepasso a citar:1.

“O imposto é um pagamento para o Orçamento do Estado com natureza unilateral e


obrigatória,

incluindo encargos legais e juros previstos em normas


tributárias.2. Os impostos são calculados sob forma monetária e pagos na moeda nacional da R
epública de

Moçambique.”
II. PRESTAÇÃO COACTIVA

A obrigação do imposto surge unicamente por força da lei e não por qualquer contrato
ouconvenção entre o estado e os particulares.

III. PRESTAÇÃO DEFINITIVA

A prestação feita pelo sujeito passivo do imposto, não dá direito a um reembolso, substituição
ouindenimização, salvo se o valor por aquele prestado for superior ao que devia ter
efectivamentecobrado.

IV. UNILATERAL E SEM CONTRAPARTIDA

A prestação do imposto é unilateral pois não comporta nenhuma contraprestação directa


eimediata por parte do Estado, e isto é que

distingue da taxa.V. SEM CARÁCTER DE SANSÃO

O imposto não tem carácter de sansão porque não se destina a punir actos ilícitos, é isto que

distingue da multa

exigida pelo Estado ou outras entidades públicas, p.e., os Municípios.

VI. FINS PÚBLICOS

Fins que satisfaçam as necessidades da população ou da comunidade. Da definição do


impostopodemos destacar alguns elementos caracterizadores, nomeadamente:

a. O ELEMENTO OBJECTIVO

O imposto é uma prestação ou um acto real exigível a todo o sujeito passivo do imposto afavor
do sujeito activo, o Estado.

b. O ELEMENTO SUBJECTIVO

A prestação realizada a favor do Estado na posição do sujeito activo do imposto.

c. O ELEMENTO TELELÓGICO

O imposto é uma forma dos contribuintes fazerem entrar dinheiro nos cofres do estadopara
este prosseguir com os fins públicos.

27. OBJECTIVOS DO IMPOSTO1. OBJECTIVOS FISCAIS

Os impostos visam a obtenção de receitas para o financiamneto das despesas ou seja para
opagamento dos gastos públicos do Estado.

2. OBJECTIVOS SOCIAIS
Os impostos visam a repartição justa da riqueza e dos rendimentos ou seja a diminuição
dasdesigualidades, p.e., no cambate a pobreza.Por outro lado os impostos podem visar a
regulação do consumo, honerando os consumos deluxo.3.

OBJECTIVOS ECONÓMICOS

Os impostos podem combater a inflação, reduzindo o rendimento disponível


econsequentemente o consumo. Podem ser elementos de selecção do consumo tributando
maispesadamente os consumos nocivos e superfluos, como por exemplo,

o tabaco e as bebidas

alc’olicas e alguns jogos.

Os impostos podem também proteger a indústria nacional criando direitos


aduaneirosprotectoriais durante um certo período.

Os impostos podem incentivar a poupança e


oinvestimento.28. DISTINÇÃO DO IMPOSTO E OUTRAS FIGURAS AFINS

1-

Fronteira entre imposto e taxa

esta distinção tem uma aplicação prática (ao contrário do que sucedecom a distinção entre
taxa e preços); Os impostos carecem de aprovação parlamentar;

Principais questões:

As autarquias prestam um elevado número de bens divisíveis aos seus cidadãos, o que as leva
acriar taxas sistematicamente (exemplo: as taxas dos anúncios e dos reclames luminosos); isto
gerauma licença (passível do pagamento de uma taxa);

Primeira ideia:

- ao pagamento de uma taxa contrapõe-se sempre a prestação de um serviço ou acesso a


esseserviço; sem haver a possibilidade de existência desse serviço, então estaremos na
presença deum imposto;por outro lado, há também a ideia tradicional da proporcionalidade
entre o serviço e a taxa cobrada(pelo menos não deve haver desproporcionalidade entre o
serviço e a taxa cobrada); na medida dopossível, a Taxa deve corresponder ao custo do serviço.
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A taxa tem uma contrapartida directa (bilateral). Quem mais cria taxas são os entespúblicos
menores, nomeadamente as autarquias (não podem criar impostos). São tambémos maiores
criadores e prestadores de serviços (nomeadamente na área imobiliária).

Na taxa há uma contrapartida específica; no imposto não há

Taxas são no fundo preços que se pagam para serviços genuinamente públicos. Acontrapartida
não tem que ser algo que se procurou mas a pessoa deu causa ao serviço.Ex: alguém que é
julgado por bater num polícia sofrerá a sanção aplicável nomeadamente o paga-mento de uma
taxa; ter um BI; licença de construção de uma casa.O montante da taxa não temque ser
correspondente ao custo do serviço ou à sua utilidade.A taxa pode ter como objectivo
restringir o consumo do serviço em questão

taxa moderadora.Mas deve haver uma regra.

Há 3 áreas que não temos dúvidas que são taxas:

1. Utilização privada do domínio público;2. Licenças e autorizações (permissivas do exercício


de um direito)3. Serviços (comissão de Bis, passaportes,...)

Contribuições especiais
Aparecem em 2 situações e só pontualmente.Em situações em que existem obras públicas
quebeneficiam particularmente uma região, os proprietários de prédios rústicos pagam uma
contri-buição especial.Este mecanismo serve para evitar a especulação imobiliária e para
equilibrar os mecanismos demercado (oferta/ procura)pois por vezes os proprietários não têm
possibilidades de pagar o impos-to e colocam osprédios à venda. Esta figura é híbrida pois não
há uma contrapartida específicamas há um benefício indirecto.

Trata-se de um imposto até porque a capacidade contributiva


aumenta.29. ELEMENTOS ESSENCIAIS DO IMPOSTO

São 3 os elementos que devem existir para a existência do imposto, que quase coinciddem
com oselementos da relação jurídica que são:

Incidência, Isenção e Taxa.30. FASES OU MOMENTOS ESSENCIAIS DA VIDA DO IMPOSTO

O lançamento define a incidência e a taxa a aplicar ao sujeito passivo. Para proceder à


liquidaçãoé necessário calcular a colecta:

colecta = matéria colectável * taxa.

Esta tarefa é feita maioritariamente pelos contribuintes. Só no caso da contribuição Autárquica


háuma administra-ção activa e um contribuinte passivo.A liquidação é importante porque é
um acto definitivo e executório (mesmo quando operado pelopróprio).A pessoa só pode reagir
depois desse acto, só aqui acontece o efeito externo (salvo as excepçõesprevistas na
lei).Primeiro define-se se e quanto do imposto: determinar o que dá origem ao imposto,
sujeitos activose passivos, montante e eventuais benefícios ficais (não há imposto ou há
menos imposto. Depoishá a aplicação, efectivação, administração ou gestão.

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I. A INCIDÊNCIAa. Pessoal ou Subjectiva

Sujeito passivo da obrigação do imposto é aquele que tem de entregar opagamento na


tesouraria;contribuinte é aquele que a lei pretende que o imposto atinja.

b. Real ou Objectiva.

Manifestação de riqueza que se quer tributar, varia de imposto para imposto


(consumo,património,...). Temos que saber quais são as componentes das manifestações de
riqueza.Nota: quem está sujeito a imposto é o sujeito passivo.

II. O LANÇAMENTO

(identificam-se os contribuintes (lançamento subjectivo) e determina-seamatéria colectável ou


tributável e a taxa (lançamento objectivo).

III. A LIQUIDAÇÃO
Determina-se a colecta aplicando a taxa à matéria colectável;a colecta virá a coincidir com o
imposto a pagar a menos que haja lugar a deduções à colecta,caso em que a liquidação
também abarca esta operação.

IV. A COBRANÇA

(pagamento).

31. O SISTEMA FISCAL MOÇAMBICANO

O sistema tributário moçambicano integra impostos directos e impostos indirectos, actuando


adiversos níveis, designadamente:a) Tributação directa dos rendimentos e da riqueza;b)
Tributação indirecta, incidindo sobre os níveis de despesa dos cidadãos.A

tributação directa

dos rendimentos na República de Moçambique faz-se através dos


seguintesimpostos:1. Contribuição Industrial2. Imposto sobre os rendimentos do Trabalho (IRT
)3. Imposto ComplementarO sistema de impostos sobre a despesa compreende o Imposto
sobre o Valor Acrescentado e oImposto sobre Consumos Específicos. O sistema tributário inclui
ainda

outros impostos e taxasespecíficas

nomeadamente:1. Contribuição Predial2. Contribuição de Registo3. Imposto de Turismo4. Imp


osto sobre os Combustíveis5. Impostos específicos sobre a produção de petróleo e prospecção
e exploraçãomineira

1. CONTRIBUIÇÃO INDUSTRIALIncidência

Lucros resultantes de uma actividade de natureza comercial ou industrial e de actividades


porconta própria não sujeitas ao Imposto Sobre os Rendimentos do Trabalho.

Taxas

Agricultura e Pecuária - 10% nos exercícios fiscais de 1998 a 2007, passando para 35% apartir
do exercício de 2008;Outras actividades - 35%Obrigatoriedade de apresentação de contas
auditadas:

Contribuintes do Grupo A da Contribuição Industrial quando notificados pela administração


fiscal,investimento directo estrangeiro, empresas estrangeiras e empresas em regime especial.

1.1 IMPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO

Incidência

Transmissões de bens e prestações de serviços efectuadas no território nacional, bem


comoimportações de bens.
Taxas

A taxa aplicável é única, de 17%.

1.2 IMPOSTO SOBRE CONSUMOS ESPECÍFICOS

Este imposto foi introduzido paralelamente com o Imposto Sobre o Valor Acrescentado.

Incidência

O Imposto Sobre Consumos Específicos incide sobre determinados bens, produzidos ou


importa-dos. De entre os bens sujeitos a este imposto destacam-se as bebidas alcoólicas,
tabaco e veícu-los automóveis.

Taxas

As taxas variam de 20% a 75%.

1.3 IMPOSTO COMPLEMENTAR

O Imposto Complementar incide sobre:

As mais-valias ou ganhos obtidos por alienação onerosa de partes sociais,incluindo


amortização;

Rendimentos da aplicação de capitais, desde que produzidos no país;

Rendimento global das pessoas singulares, com exclusão dos rendimentos abrangidospelo
Imposto Sobre os Rendimentos do Trabalho - Secção A, desde que os seus titularessejam
residentes no país.As taxas de Imposto Complementar aplicáveis ao rendimento global das
pessoas singulares variamde 8% a 40% de acordo com o valor do rendimento.

Rendimento Colectável (Valor em contos)Taxas %Parcela a abater (A) (B) (C)

Até 10 000 8 -De 10 000 até 40 000 15 700 000,00De 40 000 até 80 000 27 5 500 000,00Além d
e 80 000 40 15 900 000,00Para o caso dos restantes rendimentos aplicar-se-á a taxa de 18%.

1.4 IMPOSTO SOBRE OS RENDIMENTOS DO TRABALHOImposto sobre os Rendimentos do


Trabalho - Secção A

São sujeitos ao IRT-A:

Aqueles que prestem serviços profissionais por conta de outrém


Os que prestem serviços remunerados a título independente ou em regime de avença.

Taxas

1. Trabalhadores nacionais e estrangeiros residentes de 10% a 20%;2. As remunerações


acidentais e de trabalho independente são tributadas em 15% at´9 milhões demeticais e 20%
sobre o excedente (ex: trabalho em regime de avença);3. Os rendimentos auferidos por
trabalhadores não residentes ficam sujeitos à taxa liberatória de20%.

SEGURANÇA SOCIAL

São abrangidos pelo Sistema de Segurança Social:

Os trabalhadores assalariados nacionais e estrangeiros residentes;

Os familiares a cargo dos trabalhadores previstos no ponto anterior;

Outras categorias de trabalhadores.A inscrição no sistema de segurança social dos


trabalhadores e respectivas entidadesempregadoras é obrigatória.

Taxas

7%, sendo 4% pagos pela entidade empregadora e 3% pelo trabalhador.

1.6 IMPOSTO DE RECONSTRUÇÃO NACIONAL

Os nacionais e estrangeiros estão sujeitos a este imposto, cujas taxas são fixadas anualmente
peloMinistério do Plano e Finanças. O mesmo é devido a partir do ano seguinte àquele em que
fixaremresidência no território nacional. Este imposto é pago uma só vez através de descontos
nossalários do mês de Fevereiro de cada ano. Nas zonas onde haja Autarquias Locais, este
imposto ésubstituído pelo Imposto Pessoal Autárquico, sendo as taxas fixadas anualmente
pelas Assem-bleias Autárquicas.

1.7 IMPOSTO DE SELO

O Imposto de Selo recai sobre os documentos, livros, papeis e actos identificados numa
tabelaespecífica ou em leis especiais. As taxas do Imposto de Selo variam em função dos
valores dosrecibos de quitação ou da natureza do documento que se pretende selar.

1.8 DIREITOS ADUANEIROS

Os seguintes direitos são aplicados sobre o valor CIF de bens


importados:Bens essenciais 0%Matéria Prima 2,5%Bens de capitais (equipamentos e maquinar
ia) 5%Bens Intermediários 7,5%Bens de Consumo 35%A lei obriga à inspecção pré-embarque a
todos os bens importados cujo valor seja superior a USD2.500.
1.9 SISA (Contribuição de Registo)

A transferência de propriedade imobiliária está sujeita a um imposto denominado Sisa, cuja


taxa éde 5% na primeira transmissão e de 10% nas transmissões subsequentes, incidente
sobre o valorda transmissão e adicionais.

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CONTRIBUIÇÃO PREDIAL

A Contribuição Predial incide sobre as rendas de prédios urbanos à taxa de 10%.


(Videadicionalmente Imposto Predial Autárquico).

IMPOSTO SOBRE DOAÇÕES E SUCESSÕES

As taxas variam entre 1% a 30% de acordo com o valor da herança e a relação entre o doador e
obeneficiário.

IMPOSTO DE TURISMOIncidência

O Imposto de Turismo é de 3% para a indústria hoteleira e similares e de 2% para os


serviçosprestados pelas agências de viagem, agentes de turismo e operadores turísticos.

IMPOSTOS AUTÁRQUICOS

Sobre o valor patrimonial dos prédios urbanos situados nas Autarquias Locais incide o Imposto
Predial Autárquico cujas taxas são fixadas pela Assembleia Municipal, variando entre 0,2% e
1%do valor patrimonial.
TAXA POR ACTIVIDADE ECONÓMICA

É devida pelo exercício de qualquer actividade de natureza comercial ou industrial, incluindo


aprestação de serviços na área da respectiva autarquia, desde que tal actividade seja exercida
num estabelecimento. A taxa é fixada anualmente pelas assembleias autárquicas

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