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Considerando os dados do quadro 1 – Contas Patrimoniais extraídas do Balancete, verifica-se

que existem impostos e encargos a recolher no valor de 20.000,00. Em matéria tributaria,


falamos que esse pagamento se constitui numa obrigação.

ATIVIDADE 4

Nesse contexto, pergunta-se

a) O que é uma obrigação tributaria?


A obrigação tributária nasce a partir da ocorrência do fato gerador e da consequente
imputação normativa, originando-se, então, a relação jurídica entre o sujeito passivo
tributário (contribuinte ou responsável) e o sujeito ativo tributário (Fisco).

Cumpre destacar que a hipótese de incidência e o fato gerador possuem conceitos


distintos, uma vez que a hipótese de incidência diz respeito à mera previsão legal,
enquanto o último representa a concretização desta hipótese na prática.

De acordo com o que dispõe o artigo 113 do Código Tributário Nacional, as obrigações
tributárias são divididas entre obrigações principais e obrigações acessórias.
b) O que caracteriza a obrigação principal e a obrigação acessória? Dé exemplos de
obrigações acessórias.
A obrigação principal corresponde ao pagamento de tributos e penalidades
pecuniárias (art. 113, § 1º CTN). A sua extinção ocorre no momento em que se
extingue o crédito tributário (art. 156 CTN).

São exemplos de obrigações principais o pagamento de:

IR;
IPTU;
ICMS;
ISS.
Por sua vez, a obrigação acessória decorre da legislação tributária e se refere a todas
obrigações que são diversas de pagamento e têm como finalidade facilitar a
arrecadação e a fiscalização dos tributos (art. 113, § 2º CTN).

Assim, a obrigação acessória possui o dever instrumental, visando garantir a


operacionalidade da instituição tributária.

Comparando com o Direito Civil, a obrigação principal seria a obrigação de dar,


diretamente vinculada ao pagamento e ao patrimônio. Já a obrigação acessória se
aproxima à obrigação de fazer e não fazer.

Um exemplo prático seria a necessidade de pagamento do ICMS quando a mercadoria


sai do fabricante (obrigação principal), sendo imprescindível também que esta
mercadoria circule com a nota fiscal (obrigação acessória).
Segundo o parágrafo único do mesmo artigo 113 do CTN, quando não observadas, as
obrigações acessórias são convertidas em obrigações principais, adquirindo a natureza
de penalidade pecuniária (multa).

Percebe-se, por exemplo, que não bastaria apenas o pagamento do Imposto de Renda
pelo contribuinte (obrigação principal), estando este obrigado também ao envio da sua
declaração ao Fisco (obrigação acessória), sob pena de incidência de multa.

Ou seja, tais obrigações são autônomas, o que implica concluir que mesmo quando o
contribuinte deixa de ser responsável pelo pagamento de um tributo, quando isento
ou imune à obrigação principal, isso não o libera do cumprimento da obrigação
acessória (art. 175, parágrafo único do CTN).
c) Suponhamos que do valor total a ser pago pela empresa ao fisco, R$ 18.000,00 são
relativos ao IRPJ e á CSLL e R$ 2.000,00 sejam a título de multa por atraso no
pagamento desses tributos: estamos falando de obrigação principal ou acessória em
relação às multas? Multa é tributo?

Según já vimos nos conceitos anteriores podemos dizer que estamos falando de uma
obrigação acessória, porque ela tem como objeto as prestações, positivas ou negativas nela
previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. A obrigação acessória
pelo simples fato da sua inobservância converte-se em obrigação principal relativamente à
penalidade pecuniária. (CTN, art. 113 paragrafo 3ro).

Multa é tributo?

Multa, ela visa coibir uma coisa ilícita, ou seja, uma sanção ou penalidade, para quem fez algo
que não era lícito que era ilegal.

Tributo, ele tem a finalidade de arrecadatória ou uma finalidade social e econômica.

Considerando que a empresa já apresenta certo grau de maturidade, tendo em vista que
desenvolve sua atividades por um significativo período, outro ponto que tem despertado
preocupação entre os gestores diz respeito ao planejamento tributário. Considerando que os
impostos, taxas e contribuições representam custos significativos para as empresas, é
fundamental que haja uma reflexão constante sobre a possibilidade de esse obter uma menor
carga tributaria para a organização.

Nesse contexto, há uma preocupação crescente na Comercial Belezura em analisar e


identificar qual é de fato o planejamento tributário mais adequado para a organização, pois na
legislação brasileira existem fundamentalmente três possibilidades de regimes tributários que
podem ser adotados pelas empresas: Lucro Real, Lucro Presumido e Simples Nacional.
Considerando isso é essencial comprometer os aspectos fundamentais da estrutura societária
da organização.

ATIVIDADES 5

Considerando a crescente preocupação dos sócios com a questão do planejamento tributário,


e visando sempre uma correta orientação a eles, responda as questões a seguir:
a) Quais os critérios utilizados para escolher entre o regime tributário do Lucro
Presumido ou do Lucro Real?

O regime de tributação é um sistema que estabelece a carga tributária relacionada a pessoas


jurídicas. Estamos falando de um conjunto de leis que regulamentam o recolhimento de
impostos das empresas brasileiras.

Atualmente, há no Brasil três tipos de regimes tributários: o Simples Nacional, o Lucro


Presumido e o Lucro Real. Cada negócio se enquadra em um desses modelos de acordo com
fatores como o porte da empresa, o tipo de atividade exercida e o faturamento.

Toda e qualquer empresa que possui um CNPJ deve optar por um desses regimes. É essa
escolha que vai determinar a carga tributária que seu negócio deverá pagar ao longo do ano
fiscal.

b) Como ocorre a incidência da Contribuição Previdenciária patronal (CPP) no regime


tributário do Simples Nacional?

O CPP do Simples Nacional é cobrado sobre o total de remuneração que são pagas por sua
empresa durante o mês. Esse imposto é sobre remuneração de segurados empregados,
funcionários avulsos e contribuintes individuais. A Contribuição Patronal Previdenciária é de
arrecadação federal e está ligado a manutenção da Previdência Social.

E dependendo de qual regime tributário a empresa estiver participando, as alíquotas podem


chegar até 20% dos salários. Mas, em relação ao Simples Nacional, as micro e pequenas
empresas participantes do regime tem o percentual da CPP vinculada às alíquotas de cada
anexo. Ou seja, o valor do imposto depende da atividade da sua empresa e da sua receita
bruta anual.

c) O que significa dizer que em uma sociedade limitada todos os sócios respondem
solidariamente pela integralização do capital social?

A Sociedade Limitada anteriormente ao advento do novo Código Civil/2002, era conhecida


como Sociedade por quotas de responsabilidade limitada e era regulada pelo Decreto
3.708/1919. Em relação a responsabilidade dos sócios nesta sociedade, o Código Civil
preceitua no art. 1.052, que a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas
quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social.

A obrigação fundamental e indispensável de cada sócio é a integralização da sua quota de


capital. Quando os sócios assinam o contrato social para constituição da sociedade, naquele
ato, subscrevem as quotas de capital com as quais passará a participar do negócio. Esta
subscrição é a manifestação formal na qual assumem a obrigação de integralizá-la, ou seja,
entrar com recursos na sociedade. Portanto, os sócios respondem pela integralização de suas
quotas de capital e estando o capital social totalmente integralizado, o patrimônio pessoal dos
sócios não responde por dívidas da sociedade.
Caso uma parte do capital não estiver devidamente integralizada os sócios respondem
solidariamente pela quantia que falta para a completa integralização, cabendo ação de
regresso contra o sócio que efetivamente não integralizou sua parte.

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