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DIREITO TRIBUTÁRIO CONSTITUCIONAL

Aula 2 – 02.03.2021

ÚLTIMA AULA – 23.02.21

- O que é Tributo? O conceito está previsto no artigo 3º do Código Tributário Nacional (CTN):
“Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor
nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e
cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”
* prestação pecuniária em moeda... – seria uma autorização para instituir tributos in natura (em
bens) ou in labore (em trabalho)/serviço), uma vez que podem ser transformados em moeda?
Outra situação: o contribuinte não tem recursos para quitar o IPTU...poderia oferecer seus
serviços para pintar praça pública, por ex., em troca do pagamento do tributo? CLARO QUE NÃO,
PARA TODAS AS SITUAÇÕES. Não há possibilidade de pagamento in natura ou in labore. Situação
prevista no artigo 156, XI do CTN: dação em pagamento de bens Imóveis como forma de extinção
do tributo (crédito tributário). Esta parte do artigo 3º tem que ser combinada com o artigo 156
do CTN.

> 02.03.21

* Prestação compulsória: a principal característica é a ausência do elemento volitivo, o que quer


dizer que não há manifestação de vontade por parte do contribuinte. É, portanto, uma obrigação
ex lege, ou seja, decorre da lei a obrigação de pagar o respectivo tributo. É uma relação
verticalizada.

* Que não constitua sanção de ato ilícito: tributo e multa não são considerados a mesma coisa,
embora ambos sejam receita derivada do poder público (multa é aquilo que o tributo, por
definição, está proibido de ser, ou seja, este não pode ser utilizado como forma de penalizar o
contribuinte).

* Instituída em lei: tributo somente pode ser instituído por meio de lei (decorre, inclusive, da
sua característica de ser compulsório). Lei ordinária ou lei complementar? Vai depender do que
determina o texto constitucional. Onde está previsto/expresso somente a palavra “lei”,
entenda-se que é lei ordinária. No entanto, se houver, a expressão “lei complementar” somente
esta modalidade poderá ser utilizada. A obrigatoriedade do uso de lei complementar elimina,
absolutamente, o uso de qualquer outro instrumento normativo. Já nas situações que
demandam somente o uso de lei ordinária, permite-se, de igual forma, o uso de medida
provisória. CUIDADO: O USO DE MEDIDA PROVISÓRIA SÓ É ADMITIDO EM MATÉRIA RELATIVA
A LEI ORDINÁRIA. É VEDADO, PORTANTO, O USO DE MEDIDA PROVISÓRIA EM MATÉRIA
REALTIVA A LEI COMPLEMENTAR – ARTIGO 62, PARÁG. 1º, INC. III, DA CR. No que tange à criação
do tributo, não se admite qualquer exceção. O que se admite é o uso de decreto do executivo
para alterar alíquotas de determinados tributos. Os tributos que demandam o uso de lei
ordinária ou complementar, bem como as exceções à legalidade (para alterar alíquotas) serão
estudados no tópico “Princípio da legalidade” nas cenas posteriores.

* cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada: não cabe ao administrador


público (AFRFB) fazer juízo de oportunidade ou conveniência em relação ao tributo devido por
determinado contribuinte. A lei vai dispor sobre as formas/exigências do respectivo tributo. Log,
não poderá o agente público dispor do valor correspondente ao tributo de acordo com suas
convicções. A atividade administrativa do agente público é ABSOLUTAMENTE VINCULADA!!!!

- Tributos em espécie

* adota-se a corrente que sustenta que nós temos 05 espécies tributárias, inclusive já decidido
pelo STF. Esta classificação denomina-se de: pentapartite/quinquipartida ou pentapartida.

* Quais são estas espécies tributárias? Estão previstas nos artigos 145, 148 e 149 da CR, ou seja,
são os IMPOSTOS, TAXAS, CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA, EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO E AS
CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS.

* Art. 145, CR: União, Estados, DF e os Municípios podem instituir os IMPOSTOS, TAXAS e as
CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA. Por qual razão os Empréstimos Compulsórios e as Contribuições
Especiais não estão previstas nele (art. 145, CR)? O fato destes tributos não estarem previstos
no artigo 145/CR se deve ao fato de que eles são de competência exclusiva da União. O art.
145/CR traz uma competência simultânea, ou seja, os 4 entes da administração pública direta
podem instituí-los, de acordo com o que dispõe o texto constitucional.

* Logo, o que diferencia uma espécie tributária da outra? A sua natureza jurídica vai ser
determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação tributária.

* O que é fato gerador? (Diferença de tipo penal e fato típico) – no Direito Penal. No Direito
Tributário o tipo penal é o que se chama de Hipótese de incidência.

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