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As leis ordinárias, por outro lado, têm um campo material residual: tudo o que não for
regulado por lei complementar, decreto legislativo ou por resoluções deverá ser regulado
por lei ordinária.
Formal > a diferença entre lei ordinária e lei complementar está no quórum de aprovação
do projeto de lei. Enquanto a lei complementar é aprovada pela maioria absoluta dos
membros de cada casa, a lei ordinária é aprovada pela maioria simples.
O Município X instituiu, por uma mesma lei ordinária municipal datada de junho de 2017,
ISS sobre a locação de automóveis realizada em seu território, bem como ISS sobre serviços
de execução de tatuagens, piercings e congêneres. Em razão dessa lei, em junho de 2018,
uma locadora de veículos foi autuada pelo fisco municipal por não estar declarando nem
efetuando o recolhimento do referido tributo. Por sua vez, também em junho de 2018, uma
loja que faz tatuagens foi autuada pelo não recolhimento do tributo, mas judicializou a
questão e alegou que somente por lei complementar municipal poderia o ISS incidir sobre
esse serviço.
RESPOSTAS:
A) A autuação não é correta, pois é inconstitucional a incidência de ISS sobre a locação de
bens móveis, já que a locação não configura prestação de serviço (Súmula Vinculante nº 31 -
É inconstitucional a incidência do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS sobre
operações de locação de bens móveis).
B) Sim. O Município pode utilizar a espécie normativa de uma lei ordinária municipal para
instituir fatos geradores de ISS em seu território, desde que tais fatos geradores estejam
devidamente previstos na LC 116/03 (Lei Complementar de caráter nacional exigida pelo
Art. 156, inciso III, da CRFB/88). Os serviços de aplicação de tatuagens, piercings e
congêneres foram inseridos na Lista de Serviços Anexa à LC 116/2003 (item 6.06) por força
da LC 157, de 29/12/2016. Portanto, é legal a cobrança referida no enunciado.
D) Apresenta inconstitucionalidade formal subjetiva, eis que cabe aos Estados e ao Distrito
Federal, privativamente, criar regiões administrativas visando ao seu desenvolvimento e à
redução das desigualdades.
Diferenciação de tributos e impostos:
TRIBUTO:
Art. 3º CTN > tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela
se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito.
IMPOSTO:
Art. 16 CTN > é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente
de qualquer atividade estatal específica.
DAS TAXAS:
CF > Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os
seguintes tributos:
CTN > Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício
regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público
específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que
correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas.
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou
disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato,
em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à
disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de
concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à
propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
STF, SV 12 > a cobrança de taxa de matrícula nas Univ. Públicas viola o disposto no art. 206,
IV, CF/88.
Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e
suficiente à sua ocorrência.
Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da
legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configura obrigação
principal.
Fato Gerador
Quid => Aspecto material => o quê?
Ubi => Aspecto espacial => Onde?
Quando => Aspecto temporal => Quando?
Quis => Aspecto pessoal => Sujeitos?
Quanti => aspecto quantitativo => Quanto?
Art. 116. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e
existentes os seus efeitos:
Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo
ou penalidade pecuniária.
I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o
respectivo fato gerador; => é o sujeito passivo direto.