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DIREITO CONSTITUCIONAL II
EULLER SANTIAGO
ANANINDEUA
2023
EULLER FABRICIO BITTENCOURT SANTIAGO
ANANINDEUA
2023
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL DA CONSTITUIÇÃO DE 1988
CONCEITO DE TRIBUTO
A legislação brasileira traz duas definições (legais) de tributo. Uma delas está no art.
3º da Lei n. 5.172/1996, o Código Tributário Nacional (CTN) e a outra no art. 9º da
Lei n. 4.320/64, a chamada “Lei Geral de Orçamentos”.
No Brasil, os tributos podem ser instituídos e cobrados por qualquer dos três níveis
de governo: União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Todos os entes políticos
têm o que se chamada de “competência tributária”: a aptidão de instituir leis que
determinam pagamentos compulsórios ao Poder Público a título de tributo. É a
própria Constituição Federal que dá esse “poder” aos entes políticos e estabelece os
limites que devem ser respeitados para o exercício dessa competência, sobretudo
os previstos no art. 150 da Constituição.
Mas quem cobra o quê? Por que os Estados não cobram imposto sobre a renda
para custear suas despesas? Por que só os Municípios podem instituir IPTU? Há, no
texto constitucional, regras voltadas à divisão da competência tributária e definição
dos fatos que podem ser tributos por cada um dos entes políticos. São elas que
definem, afinal, quem tributa o quê. Essas regras estão previstas em diversos
dispositivos constitucionais – Tabela 1.
ESPECIÉS TRBUTARIAS
Observa-se, sob a ótica de Coelho (2020), que o tributo é categoria genérica que se
reparte em espécies: impostos, taxas e contribuições de melhoria.
IMPOSTOS
Enfatiza-se, no estudo do jurista Coelho (2020), a Lei Maior, em seu artigo 145,
parágrafo 1º, o efeito do marco da imposição tributária a respeito à capacidade
econômica do contribuinte, no parágrafo 1º da Constituição Federal é consagrado o
caráter do imposto pessoal e será graduado segundo a capacidade econômica do
contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir
efetividade a esses objetivos, identificar o patrimônio, os rendimentos e as atividades
econômicas do contribuinte, respeitando os direitos individuais e nos termos da lei.
TAXAS
Depreende-se, sobre a letra da lei do Código Tributário Nacional (CTN), no artigo 77,
que descreve a norma referente a taxa da seguinte forma: “As taxas cobradas pela
União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas
respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de
polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível,
prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
“Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos
que correspondam a imposto, nem ser calculada em função do capital das
empresas.”
Desse modo, considerando o estudo de Coelho (2020), a taxa é a cobrança de
serviços públicos prestados ou posto à disposição do contribuinte, baseado no poder
de polícia ou fundado em outra atividade do Estado (fornecimento de esgoto
sanitário ou de água), traduzido em unidades de medida e atribuído ao sujeito
passivo.
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO
Considerando ainda que o empréstimo obtido pela União em dinheiro, deve ser pago
também em dinheiro, corrigido e acrescido de juros.
Uma vez que, deve-se dividir em dois momentos distintos essa operação de
empréstimo, como é feito como qualquer outro: a débito e a crédito. E na instituição
do empréstimo, ocorre o débito sobre os contribuintes, sendo que surge ao mesmo
tempo um crédito para estes, aguardando sua devolução/pagamento.
IMPOSTOS
UNIÃO
Haja vista, que só a União tem competência para tal, pois os demais entes políticos
só podem cobrar os impostos que são taxativamente na Lei Maior.
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE:
Dessa forma, o tributo que for criado ou majorado sem lei será flagrantemente
inconstitucional. Dirimindo eventuais dúvidas que possam surgir quanto a redução
dos tributos, podemos recorrer ao art. 97, II, do Código Tributário Nacional. Ele
prevê expressamente que somente a lei poderá estabelecer majoração ou redução
de tributos, ressalvadas algumas hipóteses.
Cabe mencionar que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, hoje, é
pacífica quanto à possibilidade de Medida Provisória criar, aumentar ou reduzir
tributos, por ter força de lei, devendo obedecer aos procedimentos previstos na
Constituição. É importante atentar que é vedado à Medida Provisória tratar de
matéria reservada à disciplina de lei complementar.
PRINCÍPIO DA ISONOMIA
O trecho versa sobre a vedação de uma nova lei (que houver instituído ou majorado
tributos) retroagir a fim de alcançar fatos geradores ocorridos antes do início de sua
vigência. Ou seja, a nova lei se aplicará aos fatos geradores ocorridos no futuro
apenas, jamais para aqueles ocorridos antes de sua edição.
O princípio da irretroatividade se caracteriza como um dos pilares da segurança
jurídica, entendida como a previsibilidade, estabilidade e compreensão do Direito.
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE
Outro pilar da segurança jurídica, o princípio da anterioridade impede que uma lei
nova venha a ser aplicada de imediato.
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou;”
E a anterioridade nonagesimal (ou noventena) com previsão no art. 150, III, ‘c’, do
mesmo Diploma:
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os
instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b;”
Nossa Constituição Federal prevê, no art. 145, §1º, que, sempre que possível, os
impostos terão caráter pessoal e serão graduados de acordo com a capacidade
econômica do contribuinte.
ORDEM ECONÔMICA
LIVRE INICIATIVA
A liberdade para criar e explorar uma dada atividade econômica não deve, assim,
ser admitida de forma absoluta, mas relativizada em função de seu valor social, de
forma a assegurar a todos existências dignas, conforme os ditames da justiça social
(CF, art. 170, caput).
LIVRE CONCORRÊNCIA
DEFESA DO CONSUMIDOR
ORDEM SOCIAL
SEGURIDADE SOCIAL
SAÚDE
O Sistema Único de Saúde (SUS) é o meio pelo qual o Poder Público busca
atender esse direito. O programa é financiado com recursos do orçamento da
seguridade social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
além de outras fontes.
PREVIDÊNCIA SOCIAL
Segundo a Constituição Federal, a previdência social será organizada sob a forma
de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, e compreende
prestações de benefícios e serviços.
ASSISTÊNCIA SOCIAL
Os benefícios e serviços assistenciários são prestados a todos indivíduos que
deles necessitarem, e não dependem de qualquer tipo de contribuição ao Estado.
A assistência social abrange as hipóteses de: proteção à família, maternidade, à
velhice, à infância e à adolescência aos carentes; promoção da integração ao
trabalho; habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiências; e
garantia de um salário-mínimo à pessoa deficiente e ao idoso que comprovem não
possuir meios de prover a própria manutenção. Também é dever da União instituir
um programa de renda mínima destinado a assegurar a subsistência das pessoas
e famílias de baixa renda.
REFERÊNCIAS