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Capítulo 1 - TRIBUTOS E ESPÉCIES

Definição Tributo é toda prestação pecuniária compulsória,


de tributo em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que
CTN Art. 9º não constitua sanção de ato ilícito, instituída em
lei e cobrada mediante atividade administrativa
plenamente vinculada.

Lei 4.320 Art. 9º Tributo é a receita derivada instituída pelas


entidades de direito público, compreendendo os
impostos, as taxas e contribuições nos termos
da constituição e das leis vigentes em matéria
financeira, destinando-se seu produto ao custeio de
atividades gerais ou específicas exercidas por essas
entidades.

Prestação Vedada a cobrança de tributo


pecuniária, y in labore (em trabalho)
em moeda y in natura (em bens)
ou cujo valor
nela se possa Mas o próprio CTN autoriza a dação de bens imóveis
exprimir como forma de extinção do crédito tributário,
quando disciplinada em lei do ente. (art. 156 XI)
Normas gerais sobre crédito tributário é reserva
de LC (CF art. 146) e o CTN afirma que o crédito
regularmente constituído só se modifica, extingue
ou tem a exigibilidade suspensa nos casos previstos
no próprio código (poderia outra LC).
Apesar disso, em 2019, o STF passou a aceitar que,
não havendo agressão ao princípio da licitação,
a lei estadual (ordinária) pode prever a extinção
mediante dação em bens móveis, pois pode conceder
remissão, e quem pode o mais pode o menos.
Prestação Receita derivada:
compulsória y origem no patrimônio do particular
y fundada em lei (poder de império)
y sujeita a regime de direito público

Instituída Sem exceção! Para instituir ou extinguir tributo,


em lei sempre precisa de lei!

Que não CF Art. 5º XLVI - A lei regulará a individualização


constitua da pena e adotará, entre outras, as seguintes:
sanção de b) perda de bens
ato ilícito Confisco, no Brasil, é punição.

CRIAÇÃO DE Em regra, pode ser instituído por lei ordinária (ou


TRIBUTOS medida provisória, que tem força de lei).
Em se tratando de impostos, está condicio-
nada à lei complementar de normas gerais
definindo FG, BC e contribuintes.
Alguns tributos são criados por lei complementar:
y IGF
y Empréstimos compulsórios
y Novos impostos
y Novas contribuições

FINALIDADE y Fiscal: arrecadar.


ex: IR, IGF, IEG, Empréstimos compulsórios
IPVA, ITCMD, ICMS, ITBI, IPTU*, ISS
y Extrafiscal: intervir na economia.
ex: II, IE, IPI, IOF, ITR, CIDEs, IPTU*
y Parafiscal: arrecadar destinando recursos a
outra pessoa, que exerça atividade típica ou
de interesse do Estado (ex: INSS, Senac)
FGTS STJ Súmula 353: As disposições do CTN não se
aplicam às contribuições para o FGTS.
O STJ entende que não é tributo, pois não se destina
ao erário, sendo carreada às contas vinculadas
dos empregados, que poderão sacar seus saldos em
caso de despedida sem justa causa.
Por isso, a prescrição da ação para sua cobrança
não se fundamenta no CTN (5 anos), tampouco
no regulamento do FGTS (30 anos), que o STF
julgou inconstitucional.
O STF aplicou, com efeito prospectivo, o prazo previsto
na CF (5 anos) para a prescrição da ação sobre
créditos resultantes das relações de trabalho (até 2
anos após o fim do contrato).

ESPÉCIES de Teoria tripartida (adotada pelo CTN):


tributos 1. Impostos Adeptos da teoria bipartida
dividem tributos em duas classes:
2. Taxas vinculados (taxas e cont.mel) e
não vinculados (impostos).
3. Contribuições de melhoria
Teoria pentapartida (adotada pelo STF):
4. Empréstimos compulsórios
5.Contribuições especiais

NATUREZA Segundo o CTN, a natureza do tributo é determinada


JURÍDICA dos pelo FG, sendo irrelevantes a denominação, demais
tributos características formais e destinação legal do
produto.
A CF estabelece que “as taxas não poderão ter BC
própria de impostos” (art. 145 §2º). Pode-se afirmar,
então, que a natureza jurídica de um tributo é
dada pelo cotejo entre FG e BC.
Porém, a teoria tripartida não se amolda
perfeitamente à CF, que prevê, por exemplo, a COSIP
(tributo vinculado que não é taxa) e a CIDE sobre
operações relativas a combustíveis (tributo não
vinculado que não é imposto).
Além disso, as contribuições para seguridade social
já criadas têm, por vezes, mesmo FG de imposto
(ex: IRPJ e CSLL), com diferença apenas no nome e
destinação do produto.

IMPOSTOS FG é um fato do contribuinte. “Imposto é o tributo


cuja obrigação tem por FG uma situação
independente de qualquer atividade estatal
específica, relativa ao contribuinte.” (CTN art. 16)
É tributo não vinculado: não goza de referibilidade
(especificidade e divisibilidade).
Tem caráter contributivo.

COMPETÊNCIA y Ordinária: II, IE, IPI, IOF, IR, ITR, IGF


Privativa y Residual: novos impostos
da União y Extraordinária: IEG

Residual y Por lei complementar


(novos y FG e BC diferentes dos impostos previstos na CF
impostos) y Não cumulativos

Extraordi- y Hipótese: Guerra ou sua iminência


nária (IEG) y Qualquer FG (competência privativa absoluta)
y Temporário: suprimidos gradativamente
quando cessadas as causas de sua criação (CF).
Totalmente suprimidos em no máximo 5 anos
da celebração de paz (CTN).
Privativa
y Ordinária: ITCMD, ICMS, IPVA
dos estados

Privativa dos
y Ordinária: ITBI, ISS, IPTU
municípios

Cumulativa
y ITCMD, ICMS, IPVA, ITBI, ISS, IPTU
do DF

Capacidade Princípio que busca isonomia (acepção vertical).


contributiva A CF prevê expressamente para impostos: sempre que
possível, terão caráter pessoal e serão graduados
segundo a capacidade econômica do contribuinte.
Além disso, impõe a progressividade ao ITR e faculta
ao IPTU.
Hoje, o STF entende que a progressividade (técnica de
graduação) pode ser aplicada a:
y impostos reais (ex: ITCMD com base no quinhão)
y todas as espécies tributárias.

TAXAS FG é um fato do Estado:


y Exercício do poder de polícia
y Utilização de serviço público

Base de cálculo A CF veda que a taxa tenha BC própria de impostos.


O CTN veda que tenha BC ou FG idêntico ao de imposto
ou que seja calculada em função do capital.

Súmula É constitucional a adoção no cálculo do valor de


vinculante 29: taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo
própria de determinado imposto, desde que não
haja integral identidade entre uma base e outra.
TAXAS DE FG: Exercício regular do poder de polícia
POLÍCIA

Poder de polícia Atividade da administração pública que,


limitando ou disciplinando direito, interesse ou
liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de
fato em razão de interesse público.

Regular y Desempenhado pelo órgão competente,


y nos limites da lei aplicável
y com observância do devido processo legal e
y tratando-se de atividade discricionária, sem
abuso ou desvio de poder.

Taxa de É constitucional. Presume-se efetivo o exercício se


renovação de existir o órgão e estrutura com a competência
funcionamento fiscalizatória.

Taxa da CVM É constitucional a taxa de fiscalização dos mercados


de títulos e valores mobiliários.
O PL não é a BC, mas apenas um fator de referência
para definir faixas de valores com base na
capacidade contributiva.

Contribuição É inconstitucional pois vinculada ao exercício do


para o Fundaf poder de polícia, não sendo preço público e, sim,
taxa. Por isso não pode ser instituída em instrução
normativa, mas apenas por lei.
FUNDAF: Fundo de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades
de Fiscalização

TAXAS DE FG: Utilização efetiva ou potencial de serviço público


SERVIÇO específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto
à sua disposição.
Serviço y Específico: pode ser destacado em unidades
Específico e autônomas de intervenção, utilidade ou
divisível necessidade. (Serviço é identificável)
y Divisível: suscetível de utilização,
separadamente, por parte de cada um de seus
usuários. (Usuário é identificável)

Utilização y Efetiva: usufruídos a qualquer título


efetiva e y Potencial: quando, sendo de utilização
potencial compulsória, sejam postos à disposição
mediante atividade administrativa em efetivo
funcionamento.

Taxa de Súmula vinculante 41: O serviço de iluminação


iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa.
pública

Taxa de O STF entende que a limpeza de logradouros públicos


limpeza é indivisível. Não pode ser remunerada por taxa.

Taxa de lixo Súmula vinculante 19: A taxa cobrada exclusiva-


mente em razão dos serviços de coleta, remoção e
tratamento ou destinação de lixos ou resíduos pro-
venientes dos imóveis não viola o artigo 145, II da CF.

BC da taxa O STF entende que a taxa de lixo calculada em


de lixo função da área construída não implica identidade
com a BC do IPTU, que a considera apenas como um
de seus elementos. Além disso é forma de realização
da isonomia tributária e capacidade contributiva.

Taxa de O STF entende que é constitucional o uso do valor


transferência do imóvel apurado para fins de IPTU no cálculo da
de imóveis taxa cobrada pelos cartórios pois não é a sua BC,
mas apenas fator de referência.
Custas O STF entende que as custas judiciais são taxas.
judiciais Remuneram o serviço público de jurisdição. Podem
ter como BC o valor da causa ou condenação,
respeitado um teto máximo.
STF Súmula 667: Viola a garantia constitucional
de acesso à jurisdição a taxa judiciária calculada
sem limite sobre o valor da causa.
Arrecadação vinculada. CF Art. 98 §2º As custas e
emolumentos serão destinados exclusivamente ao
custeio dos serviços afetos às atividades específicas da
Justiça.

TAXA PREÇO PÚBLICO / TARIFA


Serviço público específico e divisível
y propriamente estatal, y não essencial (não causa
indelegável (ex: emissão de dano à coletividade quando
passaporte, custas judiciais) não utilizado), em regra
y essencial ao interesse público, delegável (ex: luz, gás, água,
de uso compulsório (ex: taxa telefone)
de lixo, de sepultamento)
Receita derivada Receita originária
Compulsória Facultativa
Utilização efetiva ou potencial Utilização efetiva
Sujeito ativo: Sujeito ativo:
PJ de direito público PJ de direito público ou privado
Sujeição à legalidade Não se sujeita aos
e não surpresa princípios tributários

Ação de STJ Súmula 412:: A ação de repetição de indébito


repetição de de tarifas de água e esgoto sujeita-se ao prazo
indébito prescricional estabelecido no Código Civil.
10 anos quando a lei não fixe prazo menor
CONTRIBUIÇÃO FG: Valorização imobiliária efetivamente obtida
DE MELHORIA (critério da mais valia).
Vedação ao enriquecimento sem causa.
Competência do ente que realizar a obra pública.

Limite y Total: despesa realizada


y Individual: acréscimo de valor

Base de cálculo Parcela do custo da obra a ser financiada, rateada


Garante o cumpri- em função dos fatores individuais de valorização.
mento do limite Vind
total, mas não do C.Melh = FIV × PCO FIV = V
individual. PCO total
deve ser diminuída
se a valorização Obs: É de costume a jurisprudência afirmar que a
total for menor
BC é a diferença Valor final (-) Valor inicial

Notificação Por ocasião do lançamento, cada contribuinte


será notificado do montante, forma e prazo de
pagamentos e elementos que integram o cálculo.

Requisitos y Publicação prévia:*em edital, não na própria lei


mínimos que memorial descritivo do projeto
a lei observará: orçamento do custo da obra
A lei instituidora parcela do custo a ser financiada (PCO)
tem que ser
antes da obra
zona beneficiada
(irretroatividade). fator de absorção do benefício
STF e STJ entendem
que a publicação y Fixação de prazo mínimo de 30 dias para
do edital deve impugnação dos elementos publicados.
ser prévio ao
lançamento, não y Regulamentação do processo administrativo
necessariamente
à obra.
de instrução e julgamento da impugnação.
EDITAL EDITAL
Lei ins-
titui-
dora
Taxa para O STF não admite a instituição de taxa quando for
realização de cabível a criação de contribuição de melhoria, pois
obra pública os tributos têm FGs distintos.

Valorização O STJ entende que é legítima a utilização de


presumida montantes presumidos de valorização na BC, desde
que facultada a apresentação de prova em sentido
contrário (já é uma garantia imposta pelo CTN).

Pavimentação O STF entende que pavimentação nova pode justificar


a cobrança de contribuição de melhoria, mas não
o mero recapeamento de via já asfaltada, que é
serviço de manutenção.

EMPRÉSTIMO FG: Definido na lei instituidora, podendo ser


COMPULSÓRIO vinculado ou não vinculado, pois nem a CF nem
o CTN definiram.
Competência privativa da União, mediante LC
(não pode medida provisória, mesmo se urgente).

Arrecadação y Despesas extraordinárias, decorrentes de:


vinculada calamidade pública (impossível de atender
Não recepcionado: com os recursos orçamentários)
conjuntura que
exige absorção
guerra externa ou sua iminência
temporária de y Investimento público de caráter urgente e
poder aquisitivo.
relevante interesse nacional (CF)

Exceção às Empréstimos compulsórios para atender despesas


anterioridades extraordinárias não devem obediência à
anterioridade do exercício nem à noventena.

Restituição A lei fixará o prazo do empréstimo e condições de


resgate. O STF entende que deve ser na mesma espécie
do recolhimento (moeda).
CONTRIBUIÇÕES Competência exclusiva* da União:
ESPECIAIS 1. CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS
CF Art. 149 para a seguridade social
Classificação
outras contribuições sociais do STF
contribuições sociais gerais
2. CIDEs
3. CONTRIBUIÇÕES DE INTERESSE DAS CATEGORIAS
4. COSIP

*Contribuições Art. 149 § 1º A União, os Estados, o DF e os Municípios


para o RPPS instituirão, por meio de lei, contribuições para
(seguridade custeio de RPPS, cobradas dos servidores ativos, dos
social) aposentados e dos pensionistas, que poderão ter
EC 103/2019 alíquotas progressivas de acordo com o valor da base
incluiu aposentados de contribuição ou dos proventos de aposentadoria e
e pensionistas e
a possibilidade de pensões.
de alíquotas
progressivas

1. CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS
2. CIDEs

Não incidem y sobre receitas de exportação.


STF: A imunidade não alcança a CSLL, dada
a distinção ontológica entre lucro e receita).

Incidem y sobre importação. (PIS/COFINS importação)

Poderão ter y Ad valorem Faturamento


alíquotas Receita bruta
Valor da operação
Valor aduaneiro

y Específicas Unidade de medida adotada


1. CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS

CONTRIBUIÇÕES 1. Empregador, empresa, entidade equiparada.


DE SEGURIDADE Folha de salários, Rendimentos Poderão ter
SOCIAL de PF que lhe preste serviço, mesmo alíquitas
diferenciadas
Aplica-se a sem vínculo (INSS patronal)
Poderão
noventena Receita, Faturamento (PIS/COFINS) ter BC
mas não a Lucro (CSLL) diferenciadas
anterioridade
2. Trabalhador, demais segurados, podendo ser
do exercício.
adotadas alíquotas progressivas. Proventos
STF dispensa Salário contribuição (INSS) (aposentadoria
e pensão)
a noventena pelo INSS são
3. Concurso de prognósticos
quando não imunes.
for alteração
Receita
substancial. 4. Importador, equiparado
Valor aduaneiro (PIS/COFINS importação)

Art. 149 §`1º 5. Servidores ativos, aposentados e pensionistas,


A União, os Estados, podendo ter alíquotas progressivas (Cont. para o RPPS)
o DF e os municípios
instituirão... Base de contribuição mesma
Proventos alíquota

Contribuição BC: Parcela dos proventos que supere:


ordinária y o benefício máximo do RGPS
para o RPPS y o salário mínimo, em caso de déficit atuarial*
O STF entende que a ausência de estudo prévio à lei
que aumente a contribuição é mera irregularida-
de, sanável pela demonstração do déficit.

Contribuição Demonstrada a insuficiência da ampliação da BC,


extraordi- a União pode cobrar contribuição extraordinária,
nária por tempo determinado, simultânea a outras
medidas.
OUTRAS Art. 195 § 4º A lei poderá instituir outras fontes
CONTRIBUIÇÕES destinadas a garantir a manutenção ou
SOCIAIS (para expansão da seguridade social, obedecido o disposto
a seguridade no art. 154, I.
social) A União poderá instituir
Mediante lei complementar
Não cumulativas
Não tenham FG ou BC próprios das
contribuições previstas na CF.

CONTRIBUIÇÕES y Instituídas por lei ordinária


SOCIAIS GERAIS y Obedecem anterioridade e noventena

Salário- y Fonte adicional de financiamento da


educação educação básica
Art. 212 §5º a 7º y Contribuinte: Empresas
y BC: Rendimentos pagos aos empregados
y Cotas distribuídas aos estados e municípios
proporcionalmente ao nº de alunos
matriculados em suas redes.
y Vedado o uso para pagamento de
aposentadorias e pensões
§ 5º A educação básica pública terá como fonte adicional de
financiamento a contribuição social do salário-educação,
recolhida das empresas, na forma da lei.

Programas Art. 212 § 4º Os programas suplementares de


suplementares alimentação e assistência à saúde previstos no
de alimenta- art. 208, VII, serão financiados com recursos
ção e assistên- provenientes de contribuições sociais e outros
cia à saúde recursos orçamentários.
Art. 212 §4º VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação
básica, por meio de programas suplementares de material
didáticoescolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.
Contribuição y Contribuinte: Empresas
para o y BC: Folha de salários (normalmente cobrada
sistema S em conjunto com o INSS patronal). Bis in idem
Art. 240 y Finalidade parafiscal: arrecadação destinada
a entidade diversa.
O STF entende que incidem as contribuições ao SESC
e ao SENAC, ainda que a atividade se submeta a
outra confederação, na falta de entidade específica.
Art. 240 Ficam ressalvadas do disposto no art. 195 as atuais con-
tribuições compulsórias dos empregadores sobre a folha de salários,
destinadas às entidades privadas de serviço social e de formação
profissional vinculadas ao sistema sindical.

Contribuições O STF reconheceu a possibilidade de serem criadas


sociais gerais contribuições gerais atípicas, sem previsão expressa
atípicas na CF, com destino da arrecadação definido na lei
instituidora.

2. CIDES FG: Qualquer*


*Só a CIDE- y Não incide sobre receita de exportação
Combustíveis tem
FG e destinação y Incide sobre importação
definidos na CF.
y Pode incidir sobre operações de energia
elétrica, telecomunicações, petróleo/derivados,
combustíveis, minerais (além do II, IE e ICMS).

Extrafis- Diferentemente dos impostos, a intervenção ocorre


calidade pela destinação à atividade incentivada.

ATP O STF entende que o ATP é uma CIDE com arrecadação


Adicional de Tarifa destinada a financiar obras de infraestrutura
Portuária portuária.

Sebrae O STF entente que a contribuição para o Sebrae é


CIDE, destinada ao incentivo às ME/EPP, exigível
cumulativamente às do sistema S.
CIDE-Royalties Instituída pela lei que criou o Programa de Estímulo
CIDE-Remessas à Interação Universidade-Empresa para Apoio à
CIDE Tecnologia Inovação.
Contribuinte: PJ que importa tecnologia.
Arrecadação destinada ao FNDCT (Fundo Nacional
de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).

CIDE-Combustíveis

FG Importação ou comercialização de:


CIDE-Combustíveis y Petróleo e derivados
y Gás natural e derivados
y Álcool combustível

Destinação y Subsídios a preços ou transporte desses produtos


CIDE-Combustíveis y Infraestrutura de transportes
y Projetos ambientais relacionados com a
indústria de petróleo e gás.

Alíquota Além de poder ser ad valorem ou específica...


CIDE-Combustíveis y Poderá ser diferenciada por produto ou uso
y Poderá ser reduzida e restabelecida por ato
do Poder Executivo (decreto), sem obediência à
anterioridade do exercício (obedece a noventena).

3. CONTRIBUIÇÕES CORPORATIVAS

Competência Exclusiva da União.


Compete à União organizar, manter e executar a
inspeção do trabalho. (CF Art. 21 XXIV)

Finalidade Parafiscal. Destinada às autarquias corporativas,


que podem fiscalizar, tributar e punir (polícia).
Anuidade O TCU desde 2018, e o STF desde 2020 consideram que
da OAB a anuidade da OAB é tributo.
“É inconstitucional a suspensão realizada por
conselho de fiscalização profissional do exercício
laboral de seus inscritos por inadimplência de
anuidades, pois a medida consiste em sanção
política em matéria tributária”. É desproporcional
e viola a liberdade profissional.
Em julgados anteriores, o STF considerava como
“exação sui generis”.

Contribuição O art. 8º IV da CF prevê 2 contribuições sindicais:


sindical não y a fixada pela assembleia geral e descontada em
é tributo folha para custeio do sistema confederativo da
representação sindical, que nunca teve natureza
tributária.
Súmula vinculante 40: A contribuição
confederativa de que trata o art. 8º, IV da CF,
só é exigível dos filiados ao sindicato respectivo.
y A prevista em lei
Deixou de ser tributo quando a Reforma
Trabalhista de 2017 passou a condicionar
a cobrança à prévia e expressa autorização.
Com isso, deixou também de estar sujeita a
fiscalização pelo TCU.

COSIP y Competência: Municípios e DF.


ART. 149-A y Liberdade do ente para definir FG, BC e
contribuintes, visto que a CF não determinou.
y Arrecadação vinculada ao custeio do serviço de
iluminação pública.
y Observa anterioridade e noventena.
Instalação Embora a CF refira-se ao custeio dos serviço, o que
e expansão pressupõe, em tese, sua existência prévia, o STF
da rede admite a aplicação na instalação, expansão
e aprimoramento da rede, pois o serviço é
indispensável à segurança e bem-estar.

Contribuintes O STF entende que é constitucional a lei que defina


como contribuintes as PF e PJ consumidoras de
energia elétrica, por ser impossível identificar
os beneficiários e porque a própria CF deixou isso
implícito, ao facultar a cobrança na fatura de
consumo de energia (§ único).

Progressividade O STF entende que a alíquota progressiva em função


do consumo não afronta a isonomia, sendo lícito
supor que quem tem um consumo maior pode
pagar mais.

PPPs Recentemente o serviço de iluminação pública tem


sido objeto de várias PPPs, inclusive no município do
Rio (2020).

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