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05/03
FRANNA
IMPOSTO PESSOAL
IMPOSTO REAL
IMPOSTO INDIRETO
CASO CONCRETO
1) INFORMATIVO 275 STF
9min audio
O regime jurídico do contrato se estende a toda a relação.x
A potencialidade dessa prestação de serviços públicos já ensejaria o pagamento de
taxa.
Não tem natureza tributária, mas tem o constante serviço de manutenção.
2) Não seria possível a criação desse fundo pois o Estado não teria capacidade para
o instituir diretamente.
Art. 159-A da EC.
ADI 553 MIN CARMEN LUCIA
AULA 02
Por exemplo, quando uma produtora de café do interior do estado de São Paulo vende
sua produção para um dono de uma torradora de café na capital, ambos pagam ICMS
sobre essa movimentação. As cafeterias também pagam ICMS quando vendem
cafezinhos aos clientes. Em outras palavras, o ICMS está presente em todas as
etapas da cadeia: da produção à venda para o consumidor final.
3) Serviços de telecomunicação.
Por outro lado, algumas movimentações são isentas do ICMS, como operações com
livros, jornais, periódicos, papel destinado à impressão, operações e prestações
destinadas ao exterior, entre outras.
O ICMS é uma derivação do IVC (imposto de valor e consumo), esse imposto era
federal e foi desmembrado em três outros impostos: IPI, ICMS, E ISS.
O legislador atribuiu uma parcela desse imposto para cada ente: União, Estados e
Municípios.
Ao fazer esse desmembramento, gerou um nível de complexidade no nosso sistema
sem precedentes.
Obrigação de dar- incide junto com ICMS
Obrigação de receber- incide junto com o ISS
A PEC 45 de 2019 criava um IBS diferenciado.
A pec 45 originária era relacionada ao IPI, ICMS, ISS, PIS E COFINS – tudo isso iria
ser desmembrado formando o IBS (federal).
Mas não dava para criar um único federal. Assim, criaram um dual.
ICMS E ISS- Viraram o IBS (imposto bens e serviços), de competência
compartilhada dos Estados e Municípios (art. 156-A, CF)
PIS E COFINS- Viraram CBS (contribuição de bens e serviços), de competência
compartilhada da União (art. 195, II, CF)
IBS E CBS constituem uma exceção à proibição da bitributação.
É o mesmo fato gerador, as mesmas hipóteses de incidência.
IPI- virou o IS (imposto seletivo) - art. 153, III, CF.
ART. 156- A, V, CF:
Não encontra no CTN: ISS, ICMS E IPVA
Para isso, deve-se ter uma lei complementar para regulamentar esses impostos.
ICMS: LC 87/96- é a lei que trata sobre normas gerais em matéria de ICMS. Quem
institui o ICMS é o Estado, por meio de lei própria.
A Constituição autoriza a instituição do ICMS pelos Estados por meio da competência
tributária.
O objetivo é dar o mínimo de padronização à título de ICMS.
O ICMS é classificado como um imposto indireto.
Tributo indireto é aquele em que a lei autoriza a transferência do encargo econômico
do tributo para outrem.
Contribuinte de direito: é aquele que pratica o fato gerador.
Contribuinte de fato: é aquele que perante a lei assume o encargo econômico do
tributo.
Art. 155 pár 2° CF: o ICMS poderá ser seletivo.
A tributação é sobre a atividade econômica e essa atividade econômica reflete nos
tributos.
COFINS: deve ser em cima do valor que você recebe.
Contribuinte de direito: é a pessoa que tem relação direta com o fisco.
SUMULA 71 STF: Embora pago indevidamente, não cabe restituição de tributo
indireto.
Incondicionada: na hipótese de o contribuinte não ter repassado o ICMS atribuído
no preço da mercadoria.
Condicionada a autorização do contribuinte de fato: se o contribuinte de direito
transferir.
ART. 166 CTN: o contribuinte de direito.
RENÚNCIA DE RECEITAS
Pode ser considerado uma hipótese de isenção, anistia, redução de base de cálculo
etc.
Em regra, qualquer hipótese de renúncia de receitas deve ser realizada por meio de
lei específica.
Lei específica: a lei que trata sobre a matéria ou o tributo. Tem que ter uma
pertinência.
AULA 03
TEMAS 03 E 04
06/03
CASO CONCRETO
TEMA 03
QUESTÃO 2) Audio no cel - Empresa de transporte pode utilizar sim o crédito.
O ICMS deverá ser não cumulativo. Para isso deve-se ter uma cadeia.
ABCD
ICMS --- 18%
A vende seu produto por 100 reais para B, assim está praticando o fato gerador do
ICMS. 18/100 - Recolhe 18 reais.
NF-E: produto- 100
Icms- 18 (icms destacado na nota)
O B está comprando:
Entrada - Saída - valor a recolher
18 crédito (recolhido) 36 (destacado) realiza-se a compensação entre
entrada e saída, recolhendo assim, 18 reais.
Não cumulatividade no caso de ICMS é financeira, exceto se for de consumo.
É a possibilidade de compensar em transações futuras o preço que já foi pago.
É um instrumento de neutralidade.
CASO CONCRETO
QUESTAO 1) Venda FREE ON BOARD: envia a mercadoria e a transportadora cobra
o frete do comprador e não do vendedor. A responsabilidade do devedor acaba
quando a mercadoria sai do estabelecimento.
O vendedor foi autuado porque o vendedor deu uma destinação diversa ao que se
tinha pactuado.
Alíquota interna: é a do Estado de destino.
ART. 155 PAR 2 INCISO 7 E 8 DA CF- DIFAL (diferencial de alíquotas)
TEMA 4
ASPECTOS DO FATO GERADOR DO ICMS
O fato gerador do ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de
Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação) é um conceito fundamental na tributação. Vamos
explorar os aspectos essenciais relacionados a ele:
O fato gerador de um imposto é a causa que leva à geração desse imposto. Essa
causa varia para cada tipo de imposto e pode ser diferente em âmbitos municipal,
estadual e federal.
Por exemplo:
O que é o ICMS?:
Ele está embutido no preço final pago pelo consumidor e afeta bens tangíveis, como
produtos comprados em lojas físicas ou online, abastecimento de veículos, entre
outros.
Esse imposto unificou três tributos antigos federais e incidia sobre combustíveis,
lubrificantes, energia elétrica e minérios extraídos no país.
Cálculo do ICMS:
LOCADORA: não paga ISS nem ICMS, só paga tributação sobre a venda.
TEMA 05
07/03
TRIBUTOS PLURIFÁSICOS
A mesma incidência do imposto, mesmo produto e várias transações. Em cada uma
delas será descontado.
Se tiver dificuldade com uma pessoa que está no início da cadeia, responsabiliza o
terceiro da cadeia, chamando de substituição regressiva.
Se o problema for lá na frente, na última operação, pega alguém que está na frente
para ser responsável por uma operação subsequente (que ainda vai acontecer).
CASO CONCRETO
TEMA 05
QUESTÃO 1) Não tem direito a devolução da diferença de imposto pago a maior.
Se houver uma operação de venda por um valor inferior ao que foi consituido, passa
a ter direito.
ICMS- se estou vendendo copos d’agua e cada um vale 5 reais, a base de cálculo do
ICMS é de 5 reais. A base de cálculo é sempre o valor da operação no momento em
que sai.
Pague 3 e leve 4.
DESCONTO INCONDICIONAL: não se incluem na base de cálculo. É sobre o valor
com o desconto.
Enxergar qual é o valor efetivo da venda.
SÚM 457, STJ.
DESCONTO CONDICIONAL: é sobre o valor cheio, sem desconto.
Enxergar o valor dos produtos todos, independente do desconto.
É o desconto que tem uma condição, se comprar 3 leva 4.
Reflete na base de cálculo os 4 produtos.
ITCMD - Transmissão de bens causa mortis
Competência dos Estados e do DF.
Art. 155. I, CF. Transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direito;
O Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) é um imposto
estadual aplicado sobre doações, transmissões de bens e outras distribuições
não onerosas. Ele incide quando há transferência de bens e direitos de uma pessoa
para outra, seja por meio de herança ou doação. Vamos entender melhor:
O ITCMD é cobrado quando alguém falece, e seus bens precisam ser distribuídos entre
os herdeiros. Os herdeiros são responsáveis pelo pagamento do imposto com base
nos bens descritos no inventário.
Quando alguém faz uma doação a outra pessoa, sem cobrar nada em troca, o ITCMD
também pode incidir. Tanto quem recebe a doação quanto quem faz a doação pode
ser responsável pelo pagamento do imposto.
Alíquota:
Planejamento Sucessório:
Organizar os bens e direitos ainda em vida pode ajudar a reduzir a carga tributária
para os herdeiros.
Municípios:
- Transmissão onerosa e inter vivos
- Incide sobre o bem imóvel e direitos reais (exceto os de garantia)
- Base constitucional: art. 156, II, CF
Para vender imóvel que está em inventario: cessão de direitos hereditários onerosa.
POSIÇÕES STF:
Súmula 331. É legítima a incidência do imposto de transmissão causa mortis no
inventário por morte presumida.
ITCMD
A lei aplicada é a lei aplicada na data do óbito (fato gerador).
SUM 112 STF: O imposto de transmissão "causa mortis" é devido pela alíquota
vigente ao tempo da abertura da sucessão.
Não se considera existir transferência de direito na renúncia à herança ou legado,
desde que seja feita sem ressalva, em benefício do monte, e não tenha o renunciante
praticado qualquer ato que demonstre a intenção de aceitar a herança ou o legado.
TEMA 07
08/03
IPTU
Imposto predial e terriotorial
O nome original era “décima urbana”.
Competência: municipal (art. 156), essa competência pode eventualmente ser
atribuída ao DF e à própria União, no caso de territórios não instituídos por Municípios.
(art. 147 CF).
Características:
É um imposto direto, o ônus financeiro desse imposto é suportado exclusivamente
por quem a lei indica como contribuinte. O sujeito passivo indicado por lei é quem
suporta o ônus;
Incide sobre o patrimônio;
É um imposto real, incide sobre a coisa. É considerado uma “obrigação propter
rem”;
Carga predominantemente FISCAL, a carga extrafiscal do IPTU existe e está prevista
na CF, quando a sociedade urbana não está cumprindo sua função social;
O IPTU deve cumprir a anterioridade de exercício. Qualquer novidade no meio do ano
somente será aplicada a partir do exercício seguinte, respeitando o prazo de 90 dias
(noventena). Deve atender à dupla anterioridade;
A base de cálculo não precisa passar pela noventena basta que respeite a efetividade
do exercício;
Bens imóveis por natureza: São aqueles naturais, como o solo, o subsolo e o
espaço aéreo. Além disso, incluem elementos naturalmente ligados aos imóveis por
natureza, como árvores e pedras (quando destinados a serem retirados para
exploração econômica, são considerados bens móveis por antecipação).
Bens imóveis por acessão natural: São os que se unem aos imóveis por natureza
de forma natural, como árvores e vegetação.
Bens imóveis por acessão artificial: Referem-se a melhorias feitas pelo homem,
como construções e edifícios.
Bens imóveis por força da lei: Incluem elementos que a lei considera imóveis,
mesmo que aparentemente possam ser móveis. Isso abrange tanto bens físicos
quanto incorpóreos, como direitos reais e heranças.
Em resumo, os bens imóveis são aqueles que não podem ser transferidos sem
alteração de sua substância e, consequentemente, valor. Essas propriedades
desempenham um papel importante no mercado imobiliário e na economia de
investimentos.
IPTU X ITR
Zona urbana é definida pelo município. Para o IPTU tem o critério geográfico.
O ITR não funciona com o critério topográfico.
O ITR usa para sua incidência o critério da destinação. O imóvel usado para
atividade agrícola ou rural, independentemente de onde tiver localizado, incide
sobre ele o ITR e não o IPTU. (art. 15 DL 57/66) Ex: pode estar na Av. Das Américas,
se produzir atividade agrícola ou rural, paga ITR.
Uma vez que a lei 5.868/72 foi declarada inconstitucional, existe o efeito repristinatório
(volta a vigorar a lei revogada).
OBS: Imóvel sem finalidade rural, fora da zona urbana, não paga nada. Não incide
ITR pois não exerce atividade comercial e não incide IPTU pois está fora da zona
urbana.
Imunidade:
Pequenas glebas rurais são isentas do imposto, desde que atendam aos seguintes
requisitos:
Sejam exploradas pelo proprietário (ou sua família) que não possua outro imóvel.
Isenção:
BASE DE CÁLCULO
Incide o valor venal do imóvel.
Na prática, cada município edita uma planta de valores para cada m2 para a base de
cálculo do IPTU.
Exclui os móveis que guarnecem a residência (33 CTN).
Tem que ter a lei prevendo a planta de valores ou a lei pode delegar ao
executivo a edição da planta de valores?
RESPOSTA: Tanto a majoração de tributos, quanto a base de cálculo e alíquotas
devem ser fixadas por lei formal.
O Tema 1084 do Supremo Tribunal Federal (STF) trata da constitucionalidade
da lei que delega à esfera administrativa, para efeito de cobrança do IPTU, a
avaliação individualizada de imóvel não previsto na Planta Genérica de
Valores (PGV) à época do lançamento do imposto. Especificamente, o tema discute
a Lei nº 7.303/97 do Município de Londrina, que autoriza a utilização de critérios
para apurar o valor venal dos imóveis oriundos de parcelamento do solo urbano
ocorrido após aprovação legal da Planta Genérica de Valores.
CONTRIBUINTE DO IPTU
Art. 34. Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio
útil, ou o seu possuidor a qualquer título.
O IPTU é imposto que tem como contribuinte o proprietário ou o possuidor por
direito real que exerce posse com animus definitivo.
Locatário, comodatário e cessionário não são contribuintes.
Um ente público goza da imunidade recíproca, não paga IPTU por estarem em posse
da União.
Se a União alugar para outrem (particulares exercerem atividade
econômica), este apaga o IPTU?
RESPOSTA: Antes se considerava a posse animus domini, mas o STF adotou um novo
posicionamento no sentido de que, incide IPTU, considerado o imóvel de pessoa
jurídica de direito público cedido a pessoa jurídica de direito privado, devedora de
tributo. Ou seja, quando cedido o imóvel a particular para o exercício de atividade
econômica, deve-se pagar o IPTU.
CONTRIBUINTE - LOCAÇÃO
Sabe-se que é comum no contrato de locação o locador exigir do locatário que
este pague o IPTU. Tal cláusula é válida?
RESPOSTA: Na esfera cível, entre as partes do contrato é VÁLIDA e EFICAZ.
Porém, caso o locatário não pague, de quem o FISCO cobrará é do
proprietário, pois perante o FISCO, tal cláusula não tem eficácia.
Válida entre as partes, mas ineficaz em relação a fazenda pública municipal.
Art. 123 CTN. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares,
relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à
Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das
obrigações tributárias correspondentes.
Obrigação tributária é ex lege, tudo definindo pela lei.
CONTRIBUINTE – USUFRUTO
O usufrutuário, titular de direito real sobre a coisa, tem o direito sobre a coisa,
portanto pode configurar como sujeito passivo do IPTU.
Na desapropriação, somente cessa a responsabilidade do expropriado com a imissão
na possa da entidade expropriante.
Os adquirentes do imóvel são responsáveis por sucessão pelo IPTU devido pelos
alienantes (art. 130 CTN), EXCEÇÃO: não os arrematantes em leilão público, caso
em que há sub-rogação no preço (art. 130, p.u., CTN). Nesse caso o arrematante não
responde pelos débitos do alienante.
EXTRAFISCALIDADE
Quem regula é o Estatuto da Cidade.
Lei 10.257/01 - Parcelamento, edificação ou utilização compulsória, mediante
notificação averbada junto ao RI, de modo a transferi-la a sucessores. Vedada a
concessão de isenção ou anistia.
LCM 270/24 (art. 156)
Essa obrigação vai ser inserida na matrícula do imóvel, se tornando uma obrigação
real para os próximos proprietários.
LANÇAMENTO E PRESCRIÇÃO
Para a maior parte da doutrina é lançamento direto ou de ofício.
Súm. 397 STJ - O contribuinte do IPTU é notificado do lançamento pelo envio do
carnê ao seu endereço.
Tema 980 STJ- O termo inicial do prazo prescricional da cobrança judicial IPTU
inicia-se no dia seguinte à data estipulada para o vencimento da exação; (ii) o
parcelamento de ofício da dívida tributária não configura causa interruptiva
da contagem da prescrição, uma vez que o contribuinte não anuiu.
CASO CONCRETO
TEMA 7
QUESTÃO 1) Tema 385 STF.
QUESTAO 2) FULANO adquire um imóvel na modalidade alienação fiduciária de bem
imóvel, em que o pagamento se dá em parcelas mensais, muitas vezes alcançando
décadas para a quitação do valor total. Dessa forma, FULANO é o devedor fiduciante
e a instituição financeira que lhe emprestou o dinheiro é o credor fiduciário, restando
o imóvel gravado como garantia ao pagamento da dívida. No contrato em tela, a
intenção do devedor fiduciante, ao oferecer o imóvel como garantia ao contrato de
alienação fiduciária, não é, ao fim e ao cabo, transferir para o credor fiduciário a
propriedade plena do bem, diversamente do que ocorre na compra e venda, mas
apenas garantir o adimplemento do contrato de financiamento a que se vincula,
objetivando que, mediante o pagamento integral da dívida, a propriedade plena do
bem seja restituída ao seu patrimônio, quando então a sua propriedade será plena.
No caso de não pagamento, a lei que regulamenta essa negociação permite que o
credor obtenha o imóvel de forma rápida, segura e efetiva, garantindo assim a normal
circulação de bens no mercado. Dessa forma, responda, fundamentadamente, se a
municipalidade pode eleger o credor fiduciário como sujeito passivo do IPTU.
RESPOSTA: alienação fiduciária gera para o credor fiduciário uma propriedade
resolúvel, mas não tem o ânimo de se converter em uma sociedade plena. De modo
que não há substrato o suficiente para esse credor fiduciário ser sujeito passivo do
IPTU. Assim, o Município não pode apontar o credor fiduciário como sujeito passivo
do IPTU.
TEMA 08
ITBI – IMPOSTO DE TRANSMISSÃO DE BENS IMÓVEIS
O Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) é um tributo municipal que
deve ser pago na compra ou venda de imóveis. Esse encargo é obrigatório para
oficializar a aquisição e venda, mesmo em casos de apartamentos na planta, e deve
ser pago no momento do registro no Registro de Imóveis.
Esse imposto é previsto por lei no Art. 156, inciso II da Constituição Federal e
se refere à transferência do bem do vendedor para o comprador. Ele vale para casas,
apartamentos e imóveis na planta.
CARACTERÍSTICAS:
Competência ordinária do município;
Finalidade fiscal preponderante;
Direto: quem assume o ônus é o contribuinte que a lei indica como tal, não há
terceirização;
Real;
Anterioridade plena, deve ser integralmente obedecida;
Alíquotas só podem ser alteradas por lei formal;
ASPECTO MATERIAL
Transição intervivos, qualquer transição causa mortis é excluída.
Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por
natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia,
bem como cessão de direitos a sua aquisição;
SUM 326 STF- É legitima a incidência de transmissão intervivos sobre a
transferência do domínio util.
Exclui direitos reais de garantia, mas não o direito à sucessão aberta.
Exclui também a promessa de compra e venda. Ocorre quando há a efetiva
transmissão do imóvel.
ITBI OU ITCMD?
Renúncia a herança (abdicativa) x Reúncia a herança (translativa)
Quando eu abdico da herança em favor do monte é a renúncia abdicativa que não
enseja tributação, não cabe nem o imposto estadual, nem o municipal. Não configura
transmissão.
Quando eu abdico a herança em favor de alguém específico é a renúncia
translativa, está elegendo uma terceira pessoa, importa numa transmissão inter
vivos. É cabível o ITCMD (imposto estadual) pois configura uma doação.
Para saber se incide o estadual ou municipal, deve-se saber se o negócio é oneroso
ou gratuito.
Excesso no quinhão ou meação de imóveis:
a) Onerosa (sum 116 stf): incide imposto municipal, (ITBI), chamado imposto de
reposição. Há um excesso de quinhão, mas esse excesso é compensado.
b) Gratuita (sum 66 tjrj):
c) Divisão imobiliária igual na separação/divórcio: o casal tem em conjunto
dois imóveis, A e B. Se os imóveis tiverem o mesmo valor, cada um fica com um.
Nesse caso não existe excesso de quinhão.
d) Doação com encargo: não afasta o ITCMD, pois o encargo não descaracteriza a
gratuidade.
BASES ESPECIAIS
Dação em pagamento (transmite a propriedade do imóvel para pagar uma dívida):
considera a dívida quitada se for superior ao valor atribuído pelo município.
Permuta: cada bem ou direito, ambos os imóveis incidem ITBI.
Enfiteuse: domínio útil
Usufruto, habitação ou nua proprid: +- 50% valor venal
Torna ou reposição: excesso do quinhão mobiliário compensado, só o que excedeu.
Arrematação: preço pago pelo arrematante.
ALÍQUOTAS
Tradicionalmente de 3%.
SUM. 656 STF. É inconstitucional a lei que estabelece alíquotas progressivas para
o imposto de transmissão inter vivos de bens imóveis - ITBI com base no valor venal
do imóvel.
TEMA 21 STF. Fixação de alíquota progressiva para o imposto sobre transmissão
causa mortis e doação.
É constitucional a fixação de alíquota progressiva para o Imposto sobre Transmissão
Causa Mortis e Doação — ITCMD.
ISENÇÕES ESPECIAIS
- Para missão diplomatica ou consular
- Extinção do uso, usufruto e habitacao
- Comunicação do regime de bens do casamento
- Alienação pelo municipio do rj
- Regularizacao fundiaria de favela
- 1 aquisicao pela cehab-rj
TEMA 09
11/03
ISS
O Imposto Sobre Serviços (ISS) é um tributo que incide na prestação de serviços
realizada por empresas e profissionais autônomos. Ele é recolhido pelos municípios e
pelo Distrito Federal e é conhecido como Imposto Sobre Serviços de Qualquer
Natureza (ISSQN). Quase todas as operações envolvendo serviços geram a
cobrança deste tributo, o que faz dele extremamente importante.
o A maioria das empresas que prestam serviços devem recolher esse tributo.
o A exceção ocorre quando um serviço é prestado no exterior e com reflexos apenas
fora do Brasil.
o É importante consultar a legislação do município em que você irá atuar, pois cada
localidade pode conferir isenção do ISS para qualquer atividade.
A LC municipal é taxativa?
É taxativa na vertical.
E na horizontal é extensiva quando houver (e congêneres...)
REFORMA TRIBUTÁRIA
É oriunda da EC 132/23.
Como fica o ISS em relação a reforma tributária?
Art. 149-B CF e art.156-A da CF.
Em 2033 o ISS de competência dos Municípios serão extintos para a criação de um
imposto único IBS (imposto sobre bens e serviços).
O IBS surgiu do IVA.
Exigências para o IBS:
O art. 156-A vai exigir que uma lei complementar nacional defina o IBS.
Essa Emenda traz: o princípio da simplicidade tributária, da justiça tributária e o da
neutralidade.
ADI 5835
12/03/24 - Prof. RENE FURTADO LONGO - aula 11
Aula 12
I - impostos;
Fiscalização efetiva: para o STF, há de ter pelo menos um órgão ou pessoa jurídica de
direito público vinculada a fiscalização.
Exemplo: a taxa que as S.A pagam à CVM para que ela possa fiscalizá-las. ANCINE,
ANP, IBAMA
Serviços gerais não podem ser remunerados por meio de taxa, como é o caso
da segurança pública e da iluminação pública. O Estado de SP já tentou fazer
isso, porém o STF pronunciou a inconstitucionalidade da norma.
EC 39/02 - art. 149 - A CRFB/88
STF SÚMULA 670. O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado
mediante taxa.
TARIFAS
A tarifa não é considerada um tipo de tributo no Direito Tributário. De acordo com
o Código Tributário Nacional, os tributos são valores que devem ser pagos ao
Estado de forma compulsória. Existem cinco tipos de tributos:
PEDÁGIO
Entre o ente e a concessionária é uma relação de direito público, ao passo que a
relação entre a concessionária e o usuário é uma relação de direito privado, regulada
pelo CDC. O valor do pedágio está previsto no contrato de concessão, por isso, não
pode ser considerado tributo, porque todo tributo necessariamente está previsto
em lei, por isso que o STF na ADI 800 concluiu que o pedágio é considerado
tarifa.
Via alternativa gratuita, foi criada por Hely Lopes Meirelles, caso não haja via
alternativa gratuita para locomoção, o pedágio é obrigatório, logo é tributo.
Linha telefônica é serviço público explorado por particular e é pago por meio de tarifa.
O deslocamento intramunicipal, consubstanciado no direito fundamental de ir e vir,
tem que ter via alternativa gratuita obrigatoriamente.
Então qual o fato gerador? Não se sabe, foi dada carta branca à União. Os motivos
são taxativos, o fato gerador é aberto.
TEMA 13
13/03
CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS
As contribuições especiais são uma modalidade de tributo prevista na
Constituição Federal de 1988. Elas se diferenciam dos impostos, taxas e
contribuições de melhoria. Vamos entender melhor:
Definição e Finalidade:
Pode ser criada tanto por órgãos governamentais quanto por entidades
representativas da classe empresarial.
Espécies de Contribuições Especiais:
Contribuições Sociais:
Competência Legislativa:
o A União é competente para criar a Contribuição Especial, exceto nos casos em que
estados, municípios e o Distrito Federal adotem regime de previdência própria.
o Exemplo: a extinta CPMF.
o A arrecadação deve estar vinculada à finalidade específica que motivou sua criação.
o É importante garantir a gestão responsável desses recursos para que sejam
aplicados nas áreas destinadas.
Seguridade social- CESC, SENAC. Garantir programas mais baratos aos cidadãos.
A base de cálculo dessas contribuições é a folha salarial. 5.8% sobre a folha.
Previdência, assistência social e saúde pública.
ART. 195 CF.
Contribuições previdenciárias que incidem sobre a folha de pagamento.
20% + 3% sobre a folha (gilrat)
Se o dinheiro acabar, a União pode instituir outras fontes de custeio da seguridade
social (195, pár 4 CF) desde que atendidos os requisitos do art. 154, I, da CF
(competência residual).
Art. 154. A União poderá instituir:
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo
anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato
gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta
Constituição;
CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS
Prazo prescricional e prazo decadencial.
LEI 8212. Prevê todo o tratamento das contribuições previdenciárias.
10 anos para decadência e 10 anos para prescrição.
Isso não vale mais.
Súm Vinculante n° 8: as normas de direito tributário devem estar previstas em lei
complementar, não em lei ordinária.
Ou seja, aplica-se as regras do CTN às contribuições sociais.
CASOS CONCRETOS
1) Contribuição de iluminação pública.
RESPOSTA: 149-A. Par único. É possível. AUDIO 19:50.
Não há inconstitucionalidade
2) Serviço de transporte rodoviário
RESPOSTA: O fato de haver a desvinculação das receitas não tira a natureza jurídica.
Tema 277 STF.
TEMA 14
IMPOSTO DE RENDA (IRPF)
O Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) é um tributo federal aplicado
anualmente sobre a renda e os proventos de contribuintes residentes no Brasil ou
residentes no exterior que recebam rendimentos de fontes no país. Vamos explorar
mais detalhes sobre o IRPF:
1) Aplicação Anual: O IRPF incide sobre o que cada brasileiro ganha e
acompanha a evolução patrimonial das pessoas ano após ano. Desde 1922, o
governo solicita que trabalhadores e empresas informem à Receita Federal seus
ganhos anuais. No ano seguinte, o órgão avalia se o que foi cobrado
corresponde aos rendimentos declarados.
2) Alíquotas Progressivas: As alíquotas do IRPF variam conforme a renda dos
contribuintes. Aqui estão as faixas de tributação:
o Faixa 1: Até R$ 1.903,98: Isento
o Faixa 2: De R$ 1.903,99 até R$ 2.826,65: 7,5%
o Faixa 3: De R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05: 15%
o Faixa 4: De R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68: 22,5%
o Faixa 5: Acima de R$ 4.664,68: 27,5%
Exemplo de uso da palavra renda: “A minha renda é a soma dos salários dos meus
dois empregos.”
REGIME DE APURAÇÃO
Em relação a pessoa física, existe o regime de caixa e o regime de competência.
O regime de competência está associado a personalidade jurídica.
O regime de caixa é o que está na mão, montante físico, associado a pessoa
física.
Art. 44. A base de cálculo do imposto é o montante, real, arbitrado ou presumido, da
renda ou dos proventos tributáveis.
Art. 45. Contribuinte do imposto é o titular da disponibilidade a que se refere o
artigo 43, sem prejuízo de atribuir a lei essa condição ao possuidor, a qualquer
título, dos bens produtores de renda ou dos proventos tributáveis.
Parágrafo único. A lei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou dos proventos
tributáveis a condição de responsável pelo imposto cuja retenção e recolhimento
lhe caibam.
TEMA 15
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A melhor forma de estudar impostos é estudar as características e elementos.
IMPOSTO DE RENDA (IR)
O Imposto de Renda (IR) é um tributo federal que incide sobre os rendimentos de
pessoas físicas e jurídicas. Vamos explorar suas principais características:
Fato Gerador:
Base de Cálculo:
4. Alíquotas Progressivas:
o As alíquotas do IR variam conforme a faixa de renda do contribuinte.
o Elas são aplicadas sobre os rendimentos, descontando uma porcentagem que fica com
o governo.
5. Princípios:
o O IR obedece aos princípios da generalidade, universalidade e progressividade.
o A generalidade significa que o imposto atinge todas as pessoas que se enquadram na
hipótese de incidência.
o A universalidade implica que todos devem contribuir, independentemente da
denominação da renda ou da fonte.
o A progressividade reflete a ideia de que quem ganha mais deve pagar uma proporção
maior de imposto.
- Competência da União.
- Art. 153 CF
- Art. 43 e seguintes do CTN
- Dec. 9580/2018 - RIR
CARACTERÍSTICAS:
a) Fiscal: diferente do IPI, que é extrafiscal. O objetivo do IR é somente arrecadar.
Pagamos IR para o governo arrecadar.
b) Direto
c) Pessoal: a relação jurídica tributária é sempre entre pessoas. Leva em
consideração as características da pessoa que está sendo tributada.
Disponibilidade econômica: o dinheiro está na sua mão.
Disponibilidade jurídica: sessão hereditária.
d) Não vinculado
e) Núcleo: renda e provento – tese do acréscimo único patrimonial
FATO GERADOR (elemento objetivo e material): aquisição da disponibilidade
econômica ou jurídica de renda e provento de qualquer natureza.
f) Anterioridade:
g) Complexivo: pois tem o período de 1 ano. O elemento temporal até 31 de
dezembro de 2023.
h) Princípios: progressividade, generalidade (todo patrimônio) e universalidade
(todas as pessoas)
i) Imunidades e isenções
Ocorre no Brasil inteiro, onde você estiver.
ELEMENTOS DO FATO GERADOR INTEGRAL
Objetivo ou material: hipótese (s) de incidência
Subjetivo: sujeito ativo (fisco) e sujeito passivo (contribuinte ou responsável)
Espacial: onde ocorre o fato gerador
Temporal: quando ocorre o fato gerador
Quantitativo: quantifica o quantum do tributo - alíquota e base de cálculo
O valor do tributo a ser pago é uma combinação entre alíquota e base de cálculo.
CASO CONCRETOS
1) Inconstitucional. AUDIO
2) Homologação. Efeito: obrigação acessória.
TEMA 16
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IPI
O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) é um tributo federal que incide
sobre produtos industrializados, sejam eles de produção nacional ou importados.
Vamos explorar as principais características desse imposto:
Definição:
Incidente e Modalidades:
o O IPI incide toda vez que uma mercadoria nacional sai de uma fábrica.
o No caso de produtos estrangeiros, o imposto incide quando o item passa pela
alfândega brasileira.
o Modalidades de industrialização incluem transformação, beneficiamento,
montagem, acondicionamento e recondicionamento.
6. O que não é considerado industrialização:
o O preparo de alimentos em residências, restaurantes, bares, etc., desde que
destinados à venda ao consumidor final.
o Cozinhas industriais que fornecem alimentos diretamente a empresas para o consumo
dos funcionários.
j) Exceção à anterioridade – art. 150, pár 1°, CF- ele pode ser alterado e cobrado
em 90 dias.
k) Reporta de Receita – art. 159
CASO CONCRETO
1) O fato gerador são as operações com o produto industrializado. O embaraço
aduaneiro é o elemento temporal do IPI.
O desembaraço aduaneiro é o processo para a nacionalização da mercadoria, para
oficializar a entrada do produto no país.
No desembaraço falamos do elemento temporal de incidência.
No caso em questão, o comerciante está revendendo o produto exatamente do jeito
que comprou.
Se faz alteração na mercadoria paga IPI na compra e na venda.
Se não faz alteração na mercadoria, não paga IPI na saída.
A simples revenda não incide.
ERRO DA EMERJ ---- REVER
2) AUDIO
REFORMA TRIBUTÁRIA
IVA DUAL:
CBS-
IBS- no lugar do ICMS E DO ISS
IMPOSTO SELETIVO
IPI (Zona Franca de Manaus) - só vai continuar para produtos que competem com a
zona franca.
Alíquota:
o O IPI possui várias alíquotas, que estão presentes na Tabela de Incidência do
Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI). Essas alíquotas variam
conforme o tipo de produto.
Contribuintes:
Base de Cálculo:
Período de Apuração:
o Prazo de Recolhimento:
o Os prazos de recolhimento do IPI são:
▪ Antes da saída do produto da repartição que processar o despacho, nos casos
de importação.
▪ Até o décimo dia do mês subsequente ao de ocorrência dos fatos geradores, para
produtos classificados no Código 2402.20.00 da TIPI.
8. Fato Gerador:
o O fato gerador do II ocorre no momento do desembaraço aduaneiro de
mercadoria estrangeira.
o No caso da bagagem, o fato gerador é quando o viajante procedente do exterior
ultrapassa a cota de isenção.
TEMA 19
Aula do dia 18/03/2024
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– Tributação monofásica e destinação preordenada, sob controle fiscal.
- Títulos representativos de ouro não são tributáveis pelo IOTVM
- Fato gerador: Primeira aquisição ou desembaraço aduaneiro.
- Contribuintes: instituições adquirientes
- 1% do valor de aquisição, nos limites da cotação diária.
- Receita distribuída aos Estados (30%) e Municípios (70%) (local onde foi feita a
primeira aquisição). Nada fica com a União.