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DIREITO TRIBUTÁRIO

05/03
FRANNA

CONCEITO E DEFINIÇÃO DE TRIBUTO


Conceituar: criar, inovar
Definir: delimitar – Lei (art. 146, III, “a” CF), limitar ao que a CF autorizou
Definição de tributo (art. 3° CTN): atuação limitada da lei que tentou traduzir o que
a Constituição outorgou.
a) Prestação pecuniária compulsória: obrigação em dinheiro e que no momento
da ocorrência do fato gerador o consentimento do sujeito passivo não era relevante.
b) Em moeda cujo valor nela se possa exprimir: não só a entrega de pecúnia
ao fisco. Seriam outras possibilidades de cumprimento da obrigação tributária além
do pagamento.
c) Que não constitua sanção de ato ilícito: o tributo não deve ser visto como
uma pena. A atividade tributante deve estar pautada na licitude.
D) Instituída em lei e
E) Cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada
Cabe a Lei definir o que é tributo.
A obrigação deve ter: dois sujeitos e um objeto.
O que interessa para fins tributários: fato gerador.

NATUREZA JURÍDICA DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA


Obrigação tributária de caráter patrimonial: obrigação de dar
Obrigação tributária de caráter não patrimonial: obrigação de fazer ou não fazer
Art. 113 CTN. A obrigação tributária é principal ou acessória.
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por
objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se
juntamente com o crédito dela decorrente.
§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as
prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação
ou da fiscalização dos tributos.
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se
em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.
Caso seja aplicada uma penalidade, ela vai ser exigida com as mesmas garantias e
privilégios de um crédito tributário. Como se fosse tributo, mas temos que saber que
ela não é um tributo.
Penalidade não pode ser objeto de obrigação tributária.
Tributo: Uma obrigação em dinheiro que na ocorrência do momento do fato gerador
pouco importa a vontade do sujeito passivo, que pode ser expresso por índices
monetários e que compreende várias formas de cumprimento dessa obrigação, que
necessariamente a atividade reside no campo da licitude.

ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS (ART. 5° CTN)


Critério constitucional para a competência tributária.
Os tributos são: impostos, taxas e contribuições de melhoria.

IMPOSTOS (art. 16 CTN, art. 167, v, CF)


O imposto é o tributo mais dinâmico em termos administrativos pois é o único que
deixa uma certa margem para a liberdade tributária.
Imposto é um tributo não vinculado à atividade estatal.
Ou seja, o imposto é um tributo que independe de qualquer atividade estatal.

TAXAS (art. 145 II e pár 2°, CF)


As taxas têm como característica principal a cobrança diretamente relacionada à
prestação de serviços públicos específicos e divisíveis e do poder de polícia.
As taxas não poderão ter base de cálculo próprias de impostos.
Súm Vinculante 29 STF. É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de
um ou mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que
não haja integral identidade entre uma base e outra.
Art. 28 CTN. O artigo é uma situação típica de não recepção, pois não está
estampado no art, 167 v.

IMPOSTO DIRETO - PESSOAL/REAL

• Incidem diretamente sobre a renda e propriedade do contribuinte.


• Não são repassados a terceiros; a pessoa física ou jurídica paga diretamente.
• Não estão incluídos no preço dos produtos e serviços vendidos.
Considera o núcleo da tributação.
O imposto pessoal e o imposto real são duas categorias distintas do imposto direto
no contexto tributário. Vamos entender cada um deles:

IMPOSTO PESSOAL

O imposto pessoal incide sobre a pessoa do contribuinte, levando em consideração


suas características individuais.

É um tributo cujo fato gerador está relacionado às circunstâncias subjetivas do


contribuinte.

Exemplo: Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF), que se baseia na renda


da pessoa. Quanto maior a renda, maior o imposto a ser pago.

IMPOSTO REAL

O imposto real é baseado em bens reais (físicos), ou seja, em propriedades


tangíveis.

Não considera as condições pessoais do contribuinte, focando apenas nos aspectos


objetivos e concretos do patrimônio.

Exemplos de impostos reais incluem o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano),


IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) e ITR (Imposto sobre
a Propriedade Territorial Rural).

Em resumo, enquanto o imposto pessoal leva em conta as qualidades individuais do


contribuinte, o imposto real é decretado com base na matéria tributável, sem
considerar as condições individuais de cada contribuinte. Ambos desempenham papéis
importantes na arrecadação de recursos para o Estado e no financiamento das
despesas públicas.

IMPOSTO INDIRETO

• Incidem sobre o consumo de bens e serviços.


• Seu custo é repassado aos demais consumidores da cadeia.
• São incluídos no preço dos produtos e serviços vendidos.

Aquele que vai tendo repercussões, várias etapas.


Exemplos de impostos indiretos:

Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços de Transporte e


Telecomunicações (ICMS).

Imposto sobre Serviços (ISS).

Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

Imposto de Importação (II).

Contribuições ao Programa de Integração Social (PIS)

Em resumo, os impostos diretos incidem sobre a renda e propriedade, enquanto os


impostos indiretos recaem sobre o consumo e são repassados aos consumidores finais.
É importante compreender essas categorias para uma gestão fiscal eficiente e para
tomar decisões informadas sobre tributação empresarial.

CASO CONCRETO
1) INFORMATIVO 275 STF
9min audio
O regime jurídico do contrato se estende a toda a relação.x
A potencialidade dessa prestação de serviços públicos já ensejaria o pagamento de
taxa.
Não tem natureza tributária, mas tem o constante serviço de manutenção.

2) Não seria possível a criação desse fundo pois o Estado não teria capacidade para
o instituir diretamente.
Art. 159-A da EC.
ADI 553 MIN CARMEN LUCIA

AULA 02

ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias), art. 155, II, CF


ICMS é a sigla para Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de
Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação.
Regulamentado pela Lei Kandir (Lei complementar 87/1996), o ICMS é um
tributo estadual e seus valores são definidos pelos estados e Distrito Federal.
Basicamente, o ICMS é o imposto que incide quando um produto ou serviço
tributável circula entre cidades, estados ou de pessoas jurídicas para
pessoas físicas.

Por exemplo, quando uma produtora de café do interior do estado de São Paulo vende
sua produção para um dono de uma torradora de café na capital, ambos pagam ICMS
sobre essa movimentação. As cafeterias também pagam ICMS quando vendem
cafezinhos aos clientes. Em outras palavras, o ICMS está presente em todas as
etapas da cadeia: da produção à venda para o consumidor final.

O ICMS incide sobre diversas operações e serviços, incluindo:

1) Operações relativas à aquisição de mercadorias em geral, como alimentos


e bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentos similares.

2) Prestação de serviço de transporte interestadual e intermunicipal, por


qualquer meio, de pessoas, bens, mercadorias ou valores.

3) Serviços de telecomunicação.

4) Fornecimento de mercadorias com prestação de serviços.

5) Importação de mercadorias do exterior, independentemente da finalidade.

6) Serviços prestados no exterior ou que tenham começado fora do país.

7) Entrada, no Estado de destino, de petróleo, lubrificantes, combustíveis


líquidos e gasosos dele derivados, e de energia elétrica, quando não destinados
à comercialização ou à industrialização.

Por outro lado, algumas movimentações são isentas do ICMS, como operações com
livros, jornais, periódicos, papel destinado à impressão, operações e prestações
destinadas ao exterior, entre outras.

O ICMS é uma derivação do IVC (imposto de valor e consumo), esse imposto era
federal e foi desmembrado em três outros impostos: IPI, ICMS, E ISS.
O legislador atribuiu uma parcela desse imposto para cada ente: União, Estados e
Municípios.
Ao fazer esse desmembramento, gerou um nível de complexidade no nosso sistema
sem precedentes.
Obrigação de dar- incide junto com ICMS
Obrigação de receber- incide junto com o ISS
A PEC 45 de 2019 criava um IBS diferenciado.
A pec 45 originária era relacionada ao IPI, ICMS, ISS, PIS E COFINS – tudo isso iria
ser desmembrado formando o IBS (federal).
Mas não dava para criar um único federal. Assim, criaram um dual.
ICMS E ISS- Viraram o IBS (imposto bens e serviços), de competência
compartilhada dos Estados e Municípios (art. 156-A, CF)
PIS E COFINS- Viraram CBS (contribuição de bens e serviços), de competência
compartilhada da União (art. 195, II, CF)
IBS E CBS constituem uma exceção à proibição da bitributação.
É o mesmo fato gerador, as mesmas hipóteses de incidência.
IPI- virou o IS (imposto seletivo) - art. 153, III, CF.
ART. 156- A, V, CF:
Não encontra no CTN: ISS, ICMS E IPVA
Para isso, deve-se ter uma lei complementar para regulamentar esses impostos.
ICMS: LC 87/96- é a lei que trata sobre normas gerais em matéria de ICMS. Quem
institui o ICMS é o Estado, por meio de lei própria.
A Constituição autoriza a instituição do ICMS pelos Estados por meio da competência
tributária.
O objetivo é dar o mínimo de padronização à título de ICMS.
O ICMS é classificado como um imposto indireto.
Tributo indireto é aquele em que a lei autoriza a transferência do encargo econômico
do tributo para outrem.
Contribuinte de direito: é aquele que pratica o fato gerador.
Contribuinte de fato: é aquele que perante a lei assume o encargo econômico do
tributo.
Art. 155 pár 2° CF: o ICMS poderá ser seletivo.
A tributação é sobre a atividade econômica e essa atividade econômica reflete nos
tributos.
COFINS: deve ser em cima do valor que você recebe.
Contribuinte de direito: é a pessoa que tem relação direta com o fisco.
SUMULA 71 STF: Embora pago indevidamente, não cabe restituição de tributo
indireto.
Incondicionada: na hipótese de o contribuinte não ter repassado o ICMS atribuído
no preço da mercadoria.
Condicionada a autorização do contribuinte de fato: se o contribuinte de direito
transferir.
ART. 166 CTN: o contribuinte de direito.

RENÚNCIA DE RECEITAS
Pode ser considerado uma hipótese de isenção, anistia, redução de base de cálculo
etc.
Em regra, qualquer hipótese de renúncia de receitas deve ser realizada por meio de
lei específica.
Lei específica: a lei que trata sobre a matéria ou o tributo. Tem que ter uma
pertinência.

ART. 155 PÁR 2° INCISO 12, G, DA CF:


Qualquer benefício fiscal em matéria de ICMS somente poderá ser concedido por meio
de deliberação dos Estados. Essa deliberação será instrumentalizada por meio de
convênios.
Objetivo: evitar a guerra fiscal.
CONFAZ (Conselho de política fazendária): o Estado não pode ceder
unilateralmente. Os secretários devem votar. Para que seja autorizada, essa decisão
deve ser unânime.
Se os Estados concordarem, será autorizado o convênio.
O Brasil facilita a importação e dificulta a exportação.

AULA 03
TEMAS 03 E 04
06/03

Não cumulatividade corresponde a uma técnica de tributação e não


necessariamente a um princípio tributário.
É uma técnica de tributação que devemos perseguir, mas não é um princípio.
Poderia ser revogada por meio de EC a não cumulatividade, por não caracterizar ser
clausula pétrea.
Não cumulatividade: é uma técnica, não um princípio. Não se caracteriza cláusula
pétrea.
CONCEITO: É o direito que o contribuinte tem de compensar em operações futuras
o tributo que ele já pagou.
No Brasil, a não cumulatividade é baseada na compensação. Assim, deve-se pensar
na apuração de créditos para abater nos débitos.
A partir do momento que ele abate créditos e débitos, poderá fazer a compensação.
Existem dois créditos que se pode apurar:
Crédito financeiro: está relacionado a toda e qualquer despesa para o
funcionamento da atividade. Aplicado para o ICMS.
Crédito físico: é aquele que está relacionado a própria despesa do produto ou
mercadoria. Integra o produto ou a mercadoria final. Aplicado para o IPI.
Ou seja, o crédito físico é menor do que o financeiro.
SUM 495 STJ: A restituição em dinheiro da coisa vendida a crédito, entregue
nos quinze dias anteriores ao pedido de falência ou de concordata, cabe, quando,
ainda que consumida ou transformada, não faça o devedor prova de haver sido
alienada a terceiro.
Se for aquisição de produtos de consumo imediato não pode apurar o crédito.
LC 87/96, art. 33. Normas gerais em matéria de ICMS.
Não cumulatividade: A CF quando fala o que entende ser não cumulatividade, nos
dá uma definição para IPI e ICMS.
É compensar o que for devido em casa operação com o montante cobrado nas
anteriores.
Basta ter sido o ICMS ou o IPI cobrados na operação anterior, não precisa ter sido
pago e basta ser devido na posterior.
Permite que o contribuinte se credite do valor pago na operação anterior e pague só
a diferença na operação atual.
Ao final da cadeia, a tributação somada é como se fosse a alíquota incidindo somente
sobre o preço final do produto.
O período de apuração do ICMS é mensal, anota todos os débitos e créditos referentes
a venda.
Se já foi cobrado, eu já me credito.
ICMS- circulação de mercadorias
IPI - circulação do bem + industrialização do produto
PIS COFINS: faturamento, receita. Tudo o que a empresa teve como
faturamento/receita, não tem uma lógica de circulação.
Diferente quando o assunto é PIS e COFINS.
As despesas que você teve que ter para alcançar aquela receita te darão créditos de
PIS e COFINS se nas transações anteriores estes tiverem sido cobrados.
Nas despesas que teve PIS COFINS cobradas, você poderá se creditar para pagar só
a diferença.
Se o insumo for tributado por PIS E CONFINS, você poderá se creditar na hora de
pagar o seu.

CASO CONCRETO
TEMA 03
QUESTÃO 2) Audio no cel - Empresa de transporte pode utilizar sim o crédito.

O ICMS deverá ser não cumulativo. Para isso deve-se ter uma cadeia.
ABCD
ICMS --- 18%
A vende seu produto por 100 reais para B, assim está praticando o fato gerador do
ICMS. 18/100 - Recolhe 18 reais.
NF-E: produto- 100
Icms- 18 (icms destacado na nota)
O B está comprando:
Entrada - Saída - valor a recolher
18 crédito (recolhido) 36 (destacado) realiza-se a compensação entre
entrada e saída, recolhendo assim, 18 reais.
Não cumulatividade no caso de ICMS é financeira, exceto se for de consumo.
É a possibilidade de compensar em transações futuras o preço que já foi pago.
É um instrumento de neutralidade.

CASO CONCRETO
QUESTAO 1) Venda FREE ON BOARD: envia a mercadoria e a transportadora cobra
o frete do comprador e não do vendedor. A responsabilidade do devedor acaba
quando a mercadoria sai do estabelecimento.
O vendedor foi autuado porque o vendedor deu uma destinação diversa ao que se
tinha pactuado.
Alíquota interna: é a do Estado de destino.
ART. 155 PAR 2 INCISO 7 E 8 DA CF- DIFAL (diferencial de alíquotas)

TEMA 4
ASPECTOS DO FATO GERADOR DO ICMS
O fato gerador do ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de
Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação) é um conceito fundamental na tributação. Vamos
explorar os aspectos essenciais relacionados a ele:

Definição do Fato Gerador:

O fato gerador de um imposto é a causa que leva à geração desse imposto. Essa
causa varia para cada tipo de imposto e pode ser diferente em âmbitos municipal,
estadual e federal.

Por exemplo:

No âmbito municipal, o fato gerador do IPTU (Imposto Predial e Territorial


Urbano) é a tributação do solo urbano e fundiária onde se localiza o imóvel.

Já no âmbito federal, o fato gerador do Imposto de Renda de Pessoa Física


(IRPF) está relacionado ao produto do capital, do trabalho ou da combinação
de ambos, bem como aos proventos de qualquer natureza que não se
enquadram no conceito de renda.

No caso do ICMS, veremos a seguir como ele se aplica.

O que é o ICMS?:

O ICMS é um tributo indireto que incide sobre operações de circulação de


mercadorias e prestações de serviços de transporte interestadual e
intermunicipal.

Ele está embutido no preço final pago pelo consumidor e afeta bens tangíveis, como
produtos comprados em lojas físicas ou online, abastecimento de veículos, entre
outros.

Breve Histórico do ICMS:


O ICMS teve origem em 1965 como Imposto sobre Circulação de Mercadoria e
Serviço (ICM).

Esse imposto unificou três tributos antigos federais e incidia sobre combustíveis,
lubrificantes, energia elétrica e minérios extraídos no país.

Cálculo do ICMS:

O cálculo do ICMS envolve:

Base de cálculo: Valor sobre o qual o imposto é aplicado.

Alíquota: Percentual que determina a quantia a ser paga.

Ele é aplicado em diversas situações cotidianas, como abastecer o carro, comprar


alimentos ou receber produtos em casa.

Elementos do Fato Gerador do ICMS:

O fato gerador do ICMS é composto por cinco elementos:

Elemento pessoal: Quem pode ser tributado.

Elemento material: O que pode ser tributado (operações de venda, compra ou


doação).

Elemento temporal: Quando ocorreu a ação que gerou o imposto.

Elemento espacial: O local onde ocorreu o fato gerador.

MERCADORIA: é um bem móvel posto no comércio com habitualidade em atividade


economicamente organizada para determinado fim.
Toda mercadoria é um bem móvel, mas nem todo bem móvel é uma mercadoria.
Atividade organizada: atividade de empresa.
Súmula Vinculante 32: Não incide ICMS na venda de veículos salvados
de sinistro pelas seguradoras.

LOCADORA: não paga ISS nem ICMS, só paga tributação sobre a venda.

EXCECÇÃO DA INCIDENCIA DO ICMS SOBRE BENS: é o ICMS importação.


O ICMS incidia somente sobre mercadorias, mas começou a se discutir.
Incide ICMS na importação de mercadorias ou bens, independentemente da finalidade
da importação.
EC 33/01 - art. 155, par 2°, IV, a CF - O fato gerador do ICMS foi ampliado na
importação, pois na importação não é apenas mercadoria, engloba bens.
ICMS é para onde se encontra o destinatário final do bem ou serviço.
Alíquota 17% para toda mercadoria importada via remessa postal.

SERVIÇOS INERENTES AO ICMS


Apenas dois serviços são tributados pelo ICMS:
1) Comunicação: é a transmissão de som e/ou imagem. Ex: telefonia, televisão
OBS: TV aberta não incide ICMS, pois é gratuita.
Diferente da TV fechada, por assinatura.
OBS: de acordo com a lei de comunicações, comunicação é transmitida via cabo ou
via satélite. Ou seja, se estiver mencionando sobre qualquer transmissão via dados,
não incide ICMS. Ex: netflix, qlq coisa pela internet. É considerado serviço de
streme.
2) Transporte: intermunicipal e interestadual
Art. 155, II, CF

CASO CONCRETO) áudio.

TEMA 05
07/03

ICMS - Substituição Tributária


Responsabilidade tributária é quando se tem uma obrigação imposta pela lei, para que
um terceiro vinculado a ocorrência do fato gerador tenha que pagar um tributo, tenha
que recolher o tributo no lugar do sujeito passivo.
Existe para facilitar a vida do fisco, torna a fiscalização mais exequível. Permite que
se cumpram as obrigações tributárias principais.
SUBSTITUIÇÃO: quando o dever de pagar o tributo já nasce com o substituto
tributário. Ou seja, o dever de pagar o tributo precede a ocorrência do fato gerador.
A obrigação acessória e a principal repousam sobre o substituto.
EX: o industrial recolhe o ICMS do produtor quando for vender para o atacadista.
Substituição tributária é interna, RJ só pode criar substituição para o RJ.
Só poderá criar ST para outro Estado se tiver convênio com esse outro Estado.
TRANSFERÊNCIA: o dever de pagar o tributo era do contribuinte (suj passivo), o
contribuinte praticou o fato gerador, mas depois por conta de um evento o dever de
pagar o tributo foi transferido para o responsável tributário.
EX: você vendeu um carro e esqueceu de pagar o IPVA, alguém compra esse carro,
há a transferência da dívida para quem comprou.
Se uma empresa incorpora a outra, a dívida tributária será do incorporador.
Na sujeição passiva, o que mais se dedica é o estudo da responsabilidade tributária.
Quem tem relação direta com o fato gerador é o contribuinte (121 CTN)
Empregado paga – 8%
Empregador paga – 20% sobre toda sua folha de empregados
O conceito de responsável é a pessoa que tem o dever de efetuar o pagamento
das obrigações tributárias, sem ser ele o contribuinte.
Responsabilidade de terceiros: administrador, pai que administra bens de filho
menor, etc.
Art. 128. A lei pode definir outros casos de responsabilidade tributária.
Como aquela responsabilidade dialoga com o contribuinte.
Quando o fato gerador acontece, o contribuinte é identificado.
RESPONSABILIDADE
Na contribuição previdenciária o empregado não tem qualquer dever jurídico, o
fisco vai direto em cima do empregador/tomador de serviço, através da
substituição. Quando não traz o contribuinte para a relação jurídica.
O empregado é descontado, mas não tem dever jurídico, é simplesmente descontado.
Quando o fato gerador acontece, ele já acontece com o dever imposto ao empregador.
Apesar do tributo ser imputado do imposto, ele não tem responsabilidade sobre o
recolhimento.

Responsabilidade por substituição


-Quando a lei determina que terceira pessoa ocupe o lugar do contribuinte, antes
mesmo da ocorrência do fato gerador, de tal sorte que a obrigação tributária já nasce
com a pessoa.
-A pessoa que a lei ordena que substitua o contribuinte é chamada de responsável
por substituição, “contribuinte substituto” ou ainda, substituto tributário.
- É sempre considerada a ideia do simples, de quem é mais fácil se cobrar.
Para o CTN, a responsabilidade tributária era alguém que tinha vínculo indireto com
o fato gerador. Na substituição é diferente.

TRIBUTOS PLURIFÁSICOS
A mesma incidência do imposto, mesmo produto e várias transações. Em cada uma
delas será descontado.
Se tiver dificuldade com uma pessoa que está no início da cadeia, responsabiliza o
terceiro da cadeia, chamando de substituição regressiva.
Se o problema for lá na frente, na última operação, pega alguém que está na frente
para ser responsável por uma operação subsequente (que ainda vai acontecer).

MODALIDADES DE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA


Por operações anteriores: lei atribui ao destinatário das mercadorias ou serviços a
obrigação do pagamento do tributo.
Por operações posteriores: consiste na apuração, retenção e pagamento do
imposto devido em operação interna subsequente ou futura.
Ex: ICMS recolhido pela indústria.

Responsabilidade por Substituição


Art. 150, § 7º da CF:
§ 7º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição
de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva
ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia
paga, caso não se realize o fato gerador presumido.

SUJEITO PASSIVO – RESPONSABILIDADE POR SUBSTITUIÇÃO OPERAÇÕES


SUBSEQUENTES
- Fato gerador presumido
- Demais elementos que compõe a relação tributária, como, por exemplo, a base
de cálculo.
- Debate quanto a possibilidade de identificação de valores distintos (valor real)
na operação futura.

CASO CONCRETO
TEMA 05
QUESTÃO 1) Não tem direito a devolução da diferença de imposto pago a maior.
Se houver uma operação de venda por um valor inferior ao que foi consituido, passa
a ter direito.

LEI COMPLEMENTAR 87/96


O Estado não inventa o valor.
Calcula quanto foi a venda da fabricante para o atacadista.

QUESTÃO 2) Não se pode confundir o status do valor agregado com a sistemática


de cobrar qualquer valor.
A industria está correta.
SUM 457 DO STJ,

ICMS- se estou vendendo copos d’agua e cada um vale 5 reais, a base de cálculo do
ICMS é de 5 reais. A base de cálculo é sempre o valor da operação no momento em
que sai.
Pague 3 e leve 4.
DESCONTO INCONDICIONAL: não se incluem na base de cálculo. É sobre o valor
com o desconto.
Enxergar qual é o valor efetivo da venda.
SÚM 457, STJ.
DESCONTO CONDICIONAL: é sobre o valor cheio, sem desconto.
Enxergar o valor dos produtos todos, independente do desconto.
É o desconto que tem uma condição, se comprar 3 leva 4.
Reflete na base de cálculo os 4 produtos.
ITCMD - Transmissão de bens causa mortis
Competência dos Estados e do DF.
Art. 155. I, CF. Transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direito;
O Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) é um imposto
estadual aplicado sobre doações, transmissões de bens e outras distribuições
não onerosas. Ele incide quando há transferência de bens e direitos de uma pessoa
para outra, seja por meio de herança ou doação. Vamos entender melhor:

Herança (Transmissão Causa Mortis):

O ITCMD é cobrado quando alguém falece, e seus bens precisam ser distribuídos entre
os herdeiros. Os herdeiros são responsáveis pelo pagamento do imposto com base
nos bens descritos no inventário.

A cobrança ocorre sobre o valor venal dos bens transmitidos.

Doação (Transmissão Inter Vivos):

Quando alguém faz uma doação a outra pessoa, sem cobrar nada em troca, o ITCMD
também pode incidir. Tanto quem recebe a doação quanto quem faz a doação pode
ser responsável pelo pagamento do imposto.

Alíquota:

A alíquota do ITCMD varia de 2% a 8% no Brasil, dependendo do estado.

Na Bahia, por exemplo, a alíquota é superior, especialmente para parentes mais


distantes.

É importante lembrar que a cobrança do ITCMD é máxima em apenas cinco estados.

Planejamento Sucessório:

O ITCMD pode ser minimizado por meio de planejamento de herança e sucessão


patrimonial.

Organizar os bens e direitos ainda em vida pode ajudar a reduzir a carga tributária
para os herdeiros.

Em resumo, o ITCMD é fundamental para o planejamento sucessório e a correta


distribuição de bens entre herdeiros e beneficiários.

O que foi para o Município foram as transações onerosas.


O que ficou para o Estado foram as transações gratuitas.

Estados: - transmissão causa mortis ou doação


- Incide sobre qualquer bem ou direito
- Base constitucional: art. 155, I, CF

Municípios:
- Transmissão onerosa e inter vivos
- Incide sobre o bem imóvel e direitos reais (exceto os de garantia)
- Base constitucional: art. 156, II, CF

Para vender imóvel que está em inventario: cessão de direitos hereditários onerosa.

IMPOSTO DE TRANSMISSÃO ESTADUAL – ITD ou ITCMD


Fato gerador – necessidade de adaptação.
- Transmissão não onerosa de bens inter vivos ou causa mortis
- Doações e heranças
- Qualquer bem ou direito econômico apreciável
- Diferente do ITBI (sempre transmissão onerosa e só sobre imóveis)

POSIÇÕES STF:
Súmula 331. É legítima a incidência do imposto de transmissão causa mortis no
inventário por morte presumida.

Ainda na parte aproveitada do art. 35 do CTN:


Pár. Único. Nas transmissões causa mortis, ocorrem tantos fatos geradores
distintos quantos sejam os herdeiros ou legatários.

ITCMD
A lei aplicada é a lei aplicada na data do óbito (fato gerador).
SUM 112 STF: O imposto de transmissão "causa mortis" é devido pela alíquota
vigente ao tempo da abertura da sucessão.
Não se considera existir transferência de direito na renúncia à herança ou legado,
desde que seja feita sem ressalva, em benefício do monte, e não tenha o renunciante
praticado qualquer ato que demonstre a intenção de aceitar a herança ou o legado.

RENÚNCIA ABDICATIVA X TRANSLATIVA


O imposto de transmissão "causa mortis" não é exigível antes da homologação do
cálculo.
A renúncia abdicativa ocorre quando o herdeiro abandona pura e simplesmente
o direito à herança. Em contraste, na renúncia translativa, o herdeiro renuncia ao
direito em favor de outra pessoa. Nesse caso, o herdeiro indica alguém específico
para receber a herança em seu lugar.
Diferentemente da renúncia abdicativa, a renúncia translativa envolve duas
declarações de vontade: a aceitação e a alienação simultânea da herança à
pessoa indicada como favorecida.
Por exemplo, um herdeiro pode renunciar à herança em favor de um dos irmãos que
esteja em piores condições financeiras.
Vale ressaltar que a renúncia abdicativa é uma cessão gratuita, enquanto a
renúncia translativa implica em transmissão imediata, com incidência de
tributação tanto causa mortis quanto inter vivos.

IMPOSTO DE TRANSMISSÃO - DOAÇÃO


Aspecto temporal: sempre é bom lembrar que, pelo Código Civil, “considera-se doação
o contrato em que uma pessoa, por liberdade, transfere de seu patrimônio bens ou
vantagens para o de outra.

PROGRESSIVIDADE DAS ALÍQUOTAS DO ITCMD


A progressividade das alíquotas do ITCMD (Imposto sobre Transmissão Causa
Mortis e Doação) é um tema relevante no contexto tributário. Antes da reforma, a
possibilidade de alíquotas progressivas já havia sido reconhecida pelo Supremo
Tribunal Federal (STF) no julgamento do RE 562.045. No entanto, muitos estados
mantiveram alíquotas fixas em suas leis estaduais.

Com a Emenda Constitucional nº 132/2023, a Constituição passou a prever que


o ITCMD deve ser obrigatoriamente progressivo em razão do valor do
quinhão, legado ou doação (artigo 155, §1º, inciso VI, da CF/88). Isso significa que
a tributação aumenta conforme o patrimônio transmitido.
Alguns estados já estão discutindo a adequação de suas legislações à nova regra. Por
exemplo, em São Paulo, foi proposto o Projeto de Lei nº 07/2024, que institui
diversas faixas de tributação de ITCMD, sendo a maior delas sujeita à alíquota de 8%.

É importante notar que a progressividade tende a afetar mais os contribuintes com


patrimônio expressivo. Portanto, aqueles que desejam realizar planejamento
sucessório em vida devem considerar iniciar o processo o quanto antes,
aproveitando a janela de oportunidade antes que as novas alíquotas entrem em vigor.

Lembrando que a previsão constitucional não permite que os estados instituam e


apliquem a progressividade de forma arbitrária. O legislador estadual e o fisco devem
respeitar as demais regras constitucionais que regem o sistema tributário brasileiro.

TEMA 07
08/03
IPTU
Imposto predial e terriotorial
O nome original era “décima urbana”.
Competência: municipal (art. 156), essa competência pode eventualmente ser
atribuída ao DF e à própria União, no caso de territórios não instituídos por Municípios.
(art. 147 CF).
Características:
É um imposto direto, o ônus financeiro desse imposto é suportado exclusivamente
por quem a lei indica como contribuinte. O sujeito passivo indicado por lei é quem
suporta o ônus;
Incide sobre o patrimônio;
É um imposto real, incide sobre a coisa. É considerado uma “obrigação propter
rem”;
Carga predominantemente FISCAL, a carga extrafiscal do IPTU existe e está prevista
na CF, quando a sociedade urbana não está cumprindo sua função social;
O IPTU deve cumprir a anterioridade de exercício. Qualquer novidade no meio do ano
somente será aplicada a partir do exercício seguinte, respeitando o prazo de 90 dias
(noventena). Deve atender à dupla anterioridade;
A base de cálculo não precisa passar pela noventena basta que respeite a efetividade
do exercício;

Fato gerador do IPTU


ART. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e
territorial urbana tem como fato gerador a propriedade, domínio útil e a posse
de bem imóvel por natureza ou por acessão física (tanto as coisas naturalmente
incorporadas ao imóvel, tanto tudo aquilo que o homem incorporou ao solo e não
pode ser tirado sem nenhum dano do imóvel), como definido na lei civil, localizado
na zona urbana do município.
Tem o alargamento da materialidade para atingir a propriedade, o domínio útil ou a
posse de um bem imóvel.

CONCEITO DE BENS IMÓVEIS


Bens imóveis são propriedades fixas, como terrenos e construções, que não
podem ser movidas sem danos significativos. Eles também são conhecidos como
propriedades imobiliárias ou bens raízes. Existem quatro categorias de bens
imóveis:

Bens imóveis por natureza: São aqueles naturais, como o solo, o subsolo e o
espaço aéreo. Além disso, incluem elementos naturalmente ligados aos imóveis por
natureza, como árvores e pedras (quando destinados a serem retirados para
exploração econômica, são considerados bens móveis por antecipação).

Bens imóveis por acessão natural: São os que se unem aos imóveis por natureza
de forma natural, como árvores e vegetação.

Bens imóveis por acessão artificial: Referem-se a melhorias feitas pelo homem,
como construções e edifícios.

Bens imóveis por força da lei: Incluem elementos que a lei considera imóveis,
mesmo que aparentemente possam ser móveis. Isso abrange tanto bens físicos
quanto incorpóreos, como direitos reais e heranças.

Em resumo, os bens imóveis são aqueles que não podem ser transferidos sem
alteração de sua substância e, consequentemente, valor. Essas propriedades
desempenham um papel importante no mercado imobiliário e na economia de
investimentos.

Critério de localização para definir os imóveis que podem ser tributados


pelo IPTU (ART. 32, PAR 1)
Quem define é o legislador municipal, através de lei municipal (plano diretor), que
diz quais as partes da cidade são urbanas e quais não são.
Porém, o legislador municipal não tem discricionariedade absoluta para dizer o que é
ou não área urbana.
Tem que haver basicamente melhoramentos urbanos. Ex: meio fio, água, esgoto,
iluminação pública etc. Até 3km de distância do imóvel, deve ter pelo menos dois
destes elementos.
Fora desses critérios, não pode ser considerado zona urbana.
Se tiver um melhoramento a ser construído, já pode ser considerado zona urbana.
SUM 626 STJ: A incidência do IPTU sobre imóvel situado em área considerada pela
lei local como urbanizável ou de expansão urbana não está condicionada à existência
dos melhoramentos elencados no art. 32, § 1º, do CTN.
Ou seja, pode cobrar IPTU independente de ter os melhoramentos ou não, visto que
serão construídos. Cobra-se com base na expectativa.

IPTU X ITR
Zona urbana é definida pelo município. Para o IPTU tem o critério geográfico.
O ITR não funciona com o critério topográfico.
O ITR usa para sua incidência o critério da destinação. O imóvel usado para
atividade agrícola ou rural, independentemente de onde tiver localizado, incide
sobre ele o ITR e não o IPTU. (art. 15 DL 57/66) Ex: pode estar na Av. Das Américas,
se produzir atividade agrícola ou rural, paga ITR.
Uma vez que a lei 5.868/72 foi declarada inconstitucional, existe o efeito repristinatório
(volta a vigorar a lei revogada).
OBS: Imóvel sem finalidade rural, fora da zona urbana, não paga nada. Não incide
ITR pois não exerce atividade comercial e não incide IPTU pois está fora da zona
urbana.

O Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) está regulamentado pela


Lei nº 9.393, datada de 19 de dezembro de 1996. Essa lei trata especificamente
do ITR e aborda diversos aspectos relacionados à propriedade rural, incluindo o fato
gerador, isenções e definições.

Aqui estão alguns pontos importantes da Lei do ITR:

Fato Gerador do ITR:

O ITR é um imposto de apuração anual.


Seu fato gerador ocorre em 1º de janeiro de cada ano e está relacionado à
propriedade, domínio útil ou posse de imóvel por natureza localizado fora da
zona urbana do município.

Imunidade:

Pequenas glebas rurais são isentas do imposto, desde que atendam aos seguintes
requisitos:

Sejam exploradas pelo proprietário (ou sua família) que não possua outro imóvel.

A área seja igual ou inferior a:

100 hectares em municípios da Amazônia Ocidental ou no Pantanal mato-


grossense e sul-mato-grossense.

50 hectares em municípios do Polígono das Secas ou na Amazônia Oriental.

30 hectares em qualquer outro município.

Isenção:

São isentos do ITR:

Imóveis rurais compreendidos em programas oficiais de reforma agrária, desde que


atendam a critérios específicos.

Conjuntos de imóveis rurais de um mesmo proprietário, desde que cumpram


determinadas condições.

BASE DE CÁLCULO
Incide o valor venal do imóvel.
Na prática, cada município edita uma planta de valores para cada m2 para a base de
cálculo do IPTU.
Exclui os móveis que guarnecem a residência (33 CTN).
Tem que ter a lei prevendo a planta de valores ou a lei pode delegar ao
executivo a edição da planta de valores?
RESPOSTA: Tanto a majoração de tributos, quanto a base de cálculo e alíquotas
devem ser fixadas por lei formal.
O Tema 1084 do Supremo Tribunal Federal (STF) trata da constitucionalidade
da lei que delega à esfera administrativa, para efeito de cobrança do IPTU, a
avaliação individualizada de imóvel não previsto na Planta Genérica de
Valores (PGV) à época do lançamento do imposto. Especificamente, o tema discute
a Lei nº 7.303/97 do Município de Londrina, que autoriza a utilização de critérios
para apurar o valor venal dos imóveis oriundos de parcelamento do solo urbano
ocorrido após aprovação legal da Planta Genérica de Valores.

A tese central é a seguinte: É constitucional a lei municipal que delega ao Poder


Executivo a avaliação individualizada, para fins de cobrança do IPTU, de
imóvel novo não previsto na Planta Genérica de Valores, desde que fixados
em lei os critérios para a avaliação técnica e assegurado ao contribuinte o
direito ao contraditório.
Deve ter lei formal para atualizar a planta de valores, não pode ser delegado ao
executivo.

CONTRIBUINTE DO IPTU
Art. 34. Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio
útil, ou o seu possuidor a qualquer título.
O IPTU é imposto que tem como contribuinte o proprietário ou o possuidor por
direito real que exerce posse com animus definitivo.
Locatário, comodatário e cessionário não são contribuintes.
Um ente público goza da imunidade recíproca, não paga IPTU por estarem em posse
da União.
Se a União alugar para outrem (particulares exercerem atividade
econômica), este apaga o IPTU?
RESPOSTA: Antes se considerava a posse animus domini, mas o STF adotou um novo
posicionamento no sentido de que, incide IPTU, considerado o imóvel de pessoa
jurídica de direito público cedido a pessoa jurídica de direito privado, devedora de
tributo. Ou seja, quando cedido o imóvel a particular para o exercício de atividade
econômica, deve-se pagar o IPTU.
CONTRIBUINTE - LOCAÇÃO
Sabe-se que é comum no contrato de locação o locador exigir do locatário que
este pague o IPTU. Tal cláusula é válida?
RESPOSTA: Na esfera cível, entre as partes do contrato é VÁLIDA e EFICAZ.
Porém, caso o locatário não pague, de quem o FISCO cobrará é do
proprietário, pois perante o FISCO, tal cláusula não tem eficácia.
Válida entre as partes, mas ineficaz em relação a fazenda pública municipal.
Art. 123 CTN. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares,
relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à
Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das
obrigações tributárias correspondentes.
Obrigação tributária é ex lege, tudo definindo pela lei.

Se o imóvel está alugado para entidade religiosa, a imunidade do art. 156,


par único, CF, se estende ao proprietário?
Sim. Beneficiando uma pessoa que não é a contribuinte do IPTU. De acordo com o
art. 156, I, pár 1°-A da CF.

CONTRIBUINTE – PROMESSA DE COMPRA E VENDA


Tema 122 STJ: Tanto o promitente comprador (possuidor a qualquer título) do
imóvel, quanto seu proprietário/promitente vendedor (aquele que tem a propriedade
registrada no Registro de Imóveis) são contribuintes responsáveis pelo pagamento de
IPTU. Cabe à legislação municipal estabelecer o sujeito passivo do IPTU.
Sum 399 STJ: Cabe a legislação municipal estabelecer o sujeito passivo.

CONTRIBUINTE - ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA


Essa propriedade parcial e resolúvel não é suficiente para habilitar o credor fiduciário
para ser contribuinte do IPTU. O credor fiduciário não pode ser indicado como
sujeito passivo do IPTU.
A partir do momento que o imóvel é passado para o nome do credor fiduciário, este
passa a ser o contribuinte do IPTU.

CONTRIBUINTE – USUFRUTO
O usufrutuário, titular de direito real sobre a coisa, tem o direito sobre a coisa,
portanto pode configurar como sujeito passivo do IPTU.
Na desapropriação, somente cessa a responsabilidade do expropriado com a imissão
na possa da entidade expropriante.
Os adquirentes do imóvel são responsáveis por sucessão pelo IPTU devido pelos
alienantes (art. 130 CTN), EXCEÇÃO: não os arrematantes em leilão público, caso
em que há sub-rogação no preço (art. 130, p.u., CTN). Nesse caso o arrematante não
responde pelos débitos do alienante.

CONTRIBUINTE – IMUNIDADES SUBJETIVAS


Arrendamento: cobra-se IPTU do arrendatário
SUM VINC 52 - Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU
o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da
Constituição Federal, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para
as quais tais entidades foram constituídas.
Mas tem que comprovar que as atividades estejam ligadas a exercícios essenciais.

ALÍQUOTAS (EC 29/2000)


IPTU progressivo no tempo.
Pode-se chamar de progressividade extrafiscal.
Art. 156, CF § 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o
art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá:
I - ser progressivo em razão do valor do imóvel;
II - ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.
III - ter sua base de cálculo atualizada pelo Poder Executivo, conforme critérios
estabelecidos em lei municipal.
Em relação as leis municipais anteriores a Emenda, que previam a progressividade
tradicional foram consideradas inconstitucionais.
Para a progressividade tradicional era necessária a autorização da Constituição.
A diferenciação de alíquotas poderia anteriormente a Emenda, sem precisar de
autorização da CF.
SUM 589 STF. É inconstitucional a fixação de adicional progressivo do imposto
predial e territorial urbano em função do número de imóveis do contribuinte.

EXTRAFISCALIDADE
Quem regula é o Estatuto da Cidade.
Lei 10.257/01 - Parcelamento, edificação ou utilização compulsória, mediante
notificação averbada junto ao RI, de modo a transferi-la a sucessores. Vedada a
concessão de isenção ou anistia.
LCM 270/24 (art. 156)
Essa obrigação vai ser inserida na matrícula do imóvel, se tornando uma obrigação
real para os próximos proprietários.

ASPECTO TEMPORAL DO IPTU E ISENÇÕES


Em que momento há a incidência tributária.
Art. 52 CTM. (código tributário do município). Deve ser consideradas as condições
vigentes à legislação vigente ao primeiro dia do exercício a que corresponder o
imposto. Sempre no dia 1° de janeiro, qualquer modificação ao longo do ano
é computada apenas para o ano seguinte.
Art. 61. Estão isentos de IPTU:
Interesse histórico, cultural ou ecológico, ou de preservação paisagística e ambiental.
Propriedades de pessoas jurídicas de direito público externo, quando destinados ao
uso de sua missão diplomática ou consulado.
Associações profissionais, sindicatos de empregados e associações de moradores.
Museus, instituições de educação artística e cultural sem fins lucrativos e declaradas
de utilidade pública.
Salas de exibição cinematográfica por entidades brasileiras sem fins lucrativos.

LANÇAMENTO E PRESCRIÇÃO
Para a maior parte da doutrina é lançamento direto ou de ofício.
Súm. 397 STJ - O contribuinte do IPTU é notificado do lançamento pelo envio do
carnê ao seu endereço.
Tema 980 STJ- O termo inicial do prazo prescricional da cobrança judicial IPTU
inicia-se no dia seguinte à data estipulada para o vencimento da exação; (ii) o
parcelamento de ofício da dívida tributária não configura causa interruptiva
da contagem da prescrição, uma vez que o contribuinte não anuiu.

CASO CONCRETO
TEMA 7
QUESTÃO 1) Tema 385 STF.
QUESTAO 2) FULANO adquire um imóvel na modalidade alienação fiduciária de bem
imóvel, em que o pagamento se dá em parcelas mensais, muitas vezes alcançando
décadas para a quitação do valor total. Dessa forma, FULANO é o devedor fiduciante
e a instituição financeira que lhe emprestou o dinheiro é o credor fiduciário, restando
o imóvel gravado como garantia ao pagamento da dívida. No contrato em tela, a
intenção do devedor fiduciante, ao oferecer o imóvel como garantia ao contrato de
alienação fiduciária, não é, ao fim e ao cabo, transferir para o credor fiduciário a
propriedade plena do bem, diversamente do que ocorre na compra e venda, mas
apenas garantir o adimplemento do contrato de financiamento a que se vincula,
objetivando que, mediante o pagamento integral da dívida, a propriedade plena do
bem seja restituída ao seu patrimônio, quando então a sua propriedade será plena.
No caso de não pagamento, a lei que regulamenta essa negociação permite que o
credor obtenha o imóvel de forma rápida, segura e efetiva, garantindo assim a normal
circulação de bens no mercado. Dessa forma, responda, fundamentadamente, se a
municipalidade pode eleger o credor fiduciário como sujeito passivo do IPTU.
RESPOSTA: alienação fiduciária gera para o credor fiduciário uma propriedade
resolúvel, mas não tem o ânimo de se converter em uma sociedade plena. De modo
que não há substrato o suficiente para esse credor fiduciário ser sujeito passivo do
IPTU. Assim, o Município não pode apontar o credor fiduciário como sujeito passivo
do IPTU.

TEMA 08
ITBI – IMPOSTO DE TRANSMISSÃO DE BENS IMÓVEIS
O Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) é um tributo municipal que
deve ser pago na compra ou venda de imóveis. Esse encargo é obrigatório para
oficializar a aquisição e venda, mesmo em casos de apartamentos na planta, e deve
ser pago no momento do registro no Registro de Imóveis.

O ITBI é gerado durante a transação de compra e venda de um imóvel e é


cobrado pelo município onde a propriedade está localizada. A sigla significa Imposto
sobre a Transmissão de Bens Imóveis. Em algumas cidades, como Goiânia, a
mesma taxa é conhecida como Imposto Sobre Transmissão de Imóveis.

Esse imposto é previsto por lei no Art. 156, inciso II da Constituição Federal e
se refere à transferência do bem do vendedor para o comprador. Ele vale para casas,
apartamentos e imóveis na planta.

A documentação de transmissão da propriedade só pode ser liberada após a


confirmação do pagamento do ITBI. Portanto, ao pagar o ITBI, você se torna
oficialmente proprietário do imóvel. Por exemplo, se você comprar um
apartamento em Santos (SP), precisará providenciar várias documentações e lidar com
certos procedimentos, incluindo o pagamento do ITBI. Nesse caso, ele é arrecadado
pela Prefeitura de Santos, local onde você comprou o apartamento. Somente após a
quitação desses impostos na compra de imóveis haverá a confirmação da transmissão,
e antes disso, você não é oficialmente dono do apartamento.
Art. 35 a 42, no que couber
Lei municipal 1364/88

CARACTERÍSTICAS:
Competência ordinária do município;
Finalidade fiscal preponderante;
Direto: quem assume o ônus é o contribuinte que a lei indica como tal, não há
terceirização;
Real;
Anterioridade plena, deve ser integralmente obedecida;
Alíquotas só podem ser alteradas por lei formal;

ASPECTO MATERIAL
Transição intervivos, qualquer transição causa mortis é excluída.
Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por
natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia,
bem como cessão de direitos a sua aquisição;
SUM 326 STF- É legitima a incidência de transmissão intervivos sobre a
transferência do domínio util.
Exclui direitos reais de garantia, mas não o direito à sucessão aberta.
Exclui também a promessa de compra e venda. Ocorre quando há a efetiva
transmissão do imóvel.

ITBI OU ITCMD?
Renúncia a herança (abdicativa) x Reúncia a herança (translativa)
Quando eu abdico da herança em favor do monte é a renúncia abdicativa que não
enseja tributação, não cabe nem o imposto estadual, nem o municipal. Não configura
transmissão.
Quando eu abdico a herança em favor de alguém específico é a renúncia
translativa, está elegendo uma terceira pessoa, importa numa transmissão inter
vivos. É cabível o ITCMD (imposto estadual) pois configura uma doação.
Para saber se incide o estadual ou municipal, deve-se saber se o negócio é oneroso
ou gratuito.
Excesso no quinhão ou meação de imóveis:
a) Onerosa (sum 116 stf): incide imposto municipal, (ITBI), chamado imposto de
reposição. Há um excesso de quinhão, mas esse excesso é compensado.
b) Gratuita (sum 66 tjrj):
c) Divisão imobiliária igual na separação/divórcio: o casal tem em conjunto
dois imóveis, A e B. Se os imóveis tiverem o mesmo valor, cada um fica com um.
Nesse caso não existe excesso de quinhão.
d) Doação com encargo: não afasta o ITCMD, pois o encargo não descaracteriza a
gratuidade.

SUJEITO ATIVO (aspecto espacial) - art. 156, p 2 CF)


Município da situação do bem (proporcionalmente se o imóvel é fronteiriço).
SUJEITO PASSIVO (art. 42 CTN + arts. 9 e 10 da LM 1364/88)
Os adquirentes são apontados como contribuintes e os transmitentes são responsáveis
solidários. Solidariedade é de fato ou de direito? Trata-se de solidariedade de
direito, pois a lei indica.
SUJEITO PASSIVO INDIRETO
Tabeliães, escrivãs e serventuários obrigados a fiscalizar o correto recolhimento dos
tributos; também é apontado o cessionário final, quando tem uma cadeia de cessões
não registradas em relação as cessões anteriores.

ASPECTO QUANTITATIVO – BASE DE CÁLCULO


É o valor venal do imóvel.
Tema 1113 STJ: a) a base de cálculo do ITBI é o valor do imóvel transmitido em
condições normais de mercado, não estando vinculada à base de cálculo do
IPTU, que nem sequer pode ser utilizada como piso de tributação; b) o valor da
transação declarado pelo contribuinte goza da presunção de que é condizente
com o valor de mercado, que somente pode ser afastada pelo fisco mediante a
regular instauração de processo administrativo próprio (art. 148 do CTN); c) o
Município não pode arbitrar previamente a base de cálculo do ITBI com
respaldo em valor de referência por ele estabelecido unilateralmente.
O município do RJ viola esse tema.
Para o ITBI não deve ser fixado pela pauta fiscal.
Indedutibilidade de dívidas do imóvel, ou seja, a dívida do imóvel não pode ser
deduzida da base de cálculos do ITBI.

BASES ESPECIAIS
Dação em pagamento (transmite a propriedade do imóvel para pagar uma dívida):
considera a dívida quitada se for superior ao valor atribuído pelo município.
Permuta: cada bem ou direito, ambos os imóveis incidem ITBI.
Enfiteuse: domínio útil
Usufruto, habitação ou nua proprid: +- 50% valor venal
Torna ou reposição: excesso do quinhão mobiliário compensado, só o que excedeu.
Arrematação: preço pago pelo arrematante.

ALÍQUOTAS
Tradicionalmente de 3%.
SUM. 656 STF. É inconstitucional a lei que estabelece alíquotas progressivas para
o imposto de transmissão inter vivos de bens imóveis - ITBI com base no valor venal
do imóvel.
TEMA 21 STF. Fixação de alíquota progressiva para o imposto sobre transmissão
causa mortis e doação.
É constitucional a fixação de alíquota progressiva para o Imposto sobre Transmissão
Causa Mortis e Doação — ITCMD.

ASPECTO TEMPORAL – QUANDO INCIDE O ITCMD


A ocorrência do fato gerador acontece no momento da transmissão pelo registro.
SUM 110 STF. O imposto de transmissão "inter vivos" não incide sobre a
construção, ou parte dela, realizada pelo adquirente, mas sobre o que tiver sido
construído ao tempo da alienação do terreno.
SUM 108. É legítima a incidência do imposto de transmissão "inter vivos" sobre o
valor do imóvel ao tempo da alienação e não da promessa, na conformidade
da legislação local.
SUM 470 STF. O imposto de transmissão "inter vivos" não incide sobre a construção,
ou parte dela, realizada, inequivocamente, pelo promitente comprador, mas sobre o
valor do que tiver sido construído antes da promessa de venda.
LANÇAMENTO ITBI
É feito por declaração (art. 147 CTN)
Suplementar de ofício (art. 149 CTN)
Arbitramento apenas mediante processo administrativo, quando não mereçam fé as
informações do contribuinte. (148 CTN)

IMUNIDADES ESPECÍFICAS ITBI


I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de
pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos
decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se,
nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses
bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil; (156, par 2, I
CF)
TEMA 796 STF- A imunidade em relação ao ITBI não alcança o valor dos bens que
exceder o limite do capital social a ser integralizado.
Se eu transmito para sociedade um imóvel, com integralização de 20 mil reais e o
imóvel é 40 mil, eu pago o ITBI sobre o excedente.
SUM 75 STF- Sendo vendedora uma autarquia, a sua imunidade fiscal não
compreende o imposto de transmissão inter vivos, que é encargo do comprador.

ISENÇÕES ESPECIAIS
- Para missão diplomatica ou consular
- Extinção do uso, usufruto e habitacao
- Comunicação do regime de bens do casamento
- Alienação pelo municipio do rj
- Regularizacao fundiaria de favela
- 1 aquisicao pela cehab-rj

TEMA 09
11/03

ISS
O Imposto Sobre Serviços (ISS) é um tributo que incide na prestação de serviços
realizada por empresas e profissionais autônomos. Ele é recolhido pelos municípios e
pelo Distrito Federal e é conhecido como Imposto Sobre Serviços de Qualquer
Natureza (ISSQN). Quase todas as operações envolvendo serviços geram a
cobrança deste tributo, o que faz dele extremamente importante.

Aqui estão alguns pontos essenciais sobre o ISS:

Quem deve pagar o ISS?

o A maioria das empresas que prestam serviços devem recolher esse tributo.
o A exceção ocorre quando um serviço é prestado no exterior e com reflexos apenas
fora do Brasil.
o É importante consultar a legislação do município em que você irá atuar, pois cada
localidade pode conferir isenção do ISS para qualquer atividade.

Como calcular o ISS?

o A alíquota válida é a da cidade do prestador do serviço, com a alíquota do município


dele.
o Caso o imposto seja retido na fonte, o recolhimento do tributo é de responsabilidade
de quem irá receber o serviço.
o O modo de cobrança do ISS varia entre os tipos de empresas ou se o serviço for feito
por um profissional autônomo devidamente regularizado.

1. ISS para Profissional Autônomo:


o O ISS é cobrado em cada serviço pontual prestado pelo autônomo. O valor é recolhido
quando ele emite a nota fiscal referente à sua atividade.

2. ISS para MEI – Microempreendedor Individual:


o Quem é MEI tem a vantagem de pagar o ISS e todos os seus impostos em uma
contribuição mensal fixa, na guia DAS. Neste caso, o empresário deve entrar no
endereço do Portal do Empreendedor para acessar a guia de recolhimento e pagar
todos os tributos.

É um imposto municipal que já é relevante por si mesmo.


145 ao 162 CF
A estrutura normativa do ISS (normas de competência, normais gerais e normas de
incidência);
Art. 153, III, CF. Serviços de qualquer natureza.
DF tem lei própria de instituição do ISS.
Somente outorgando competência aos Municípios e ao DF para que eles instituam
impostos sobre serviços de qualquer natureza.
Art. 146, alínea a.
Para a válida instituição do ISS é necessário que haja uma lei complementar
nacional que defina os serviços de qualquer natureza.
LC 116/03. Alterada por duas leis complementares recentes LC 157/16 e LC 175/20.
Sem tributo instituído, não há de se falar em incidência de tributo.

ANALISAR A IMPORTANCIA DA NORMA GERAL


A LC 116/03 não define o serviço, ela tipifica os serviços que são fatos geradores do
ISS.
Não tem definição do que é serviço.
Nesse tempo houve uma definição do decreto lei 406/68 foi editado sob a hedge
da Constituição de 1967.
É necessário lei especifica que institua o ISS. Essa lei está no decreto lei 691, código
tributário municipal do município do Rio de Janeiro.
Essa lei teve duas alterações importantes: lei 3691/03 e lei 3720/04

DECRETO 23753/03 e DECRETO 24033/04 - são decretos municipais que estão


especificando a lei para advogados e médicos sobre ISS.

CF- Normas de competências e princípios


LC- Contribuintes
Lei ordinária do ente competente- para ver como é a incidência no RJ

Alíquota do ISS seja 10% sobre a prestação de serviços p advogado. Vem


uma lei e altera para 20%. Qual alíquota que recolhe?
RESPOSTA: De 10%, pois o ISS obedece às duas anterioridades, tanto a do
exercício financeiro quanto a da noventena.
Art. 156, pár 3° CF. Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste
artigo, cabe à lei complementar:
I- Fixar suas alíquotas máximas e mínimas
II- Excluir da sua incidência importações de serviço para o exterior (não existe ISS
exportação) - a CF determina a imunidade.
III-Base de cálculo e alíquotas do ISS devem ter previsão legal.
O objetivo dessa lei é evitar guerra fiscal.

Se a linha de ônibus é intermunicipal: ICMS


Se a linha de ônibus se restringe aos municípios do RJ: ISS

Art. 155, pár 2°, inciso 9 alínea B CF C/C


Art. 1° pár 2° LC 116/03

LC- pode excluir completamente a participação do Estado.


Havendo potencial conflito de competência, quem define é a LC 116/03.

Operação (negócio jurídico):


PURAS- ou só tem fornecimento de mercadorias ou só prestação de serviços.
MISTAS- combinam tanto o fornecimento de mercadoria quanto a prestação de
serviços.

Serviço de restaurante: envolve a prestação de um serviço (garçom, cozinheiro).


Temos tanto a prestação de um serviço quanto o fornecimento de uma mercadoria.

A LC municipal é taxativa?
É taxativa na vertical.
E na horizontal é extensiva quando houver (e congêneres...)

REFORMA TRIBUTÁRIA
É oriunda da EC 132/23.
Como fica o ISS em relação a reforma tributária?
Art. 149-B CF e art.156-A da CF.
Em 2033 o ISS de competência dos Municípios serão extintos para a criação de um
imposto único IBS (imposto sobre bens e serviços).
O IBS surgiu do IVA.
Exigências para o IBS:
O art. 156-A vai exigir que uma lei complementar nacional defina o IBS.
Essa Emenda traz: o princípio da simplicidade tributária, da justiça tributária e o da
neutralidade.

FATO GERADOR DO ISS


O fato gerador do ISS é a prestação de serviço de qualquer natureza.
Quem fixa: LC nacional
Mas quem exerce a competência é o município, no limite da lista anexa complementar.
Para ser fato gerador tem que ter circulação econômica do bem.

Locação de bem móvel


Prepondera uma obrigação de dar, não de fazer.
Esse é o sentido da Sumula Vinculante 31 do STF:
É inconstitucional a incidência do imposto sobre serviços de qualquer natureza - ISS
sobre operações de locação de bens móveis.

Na obrigação de fazer prepondera uma ação específica do prestador.


Na obrigação de dar independe de ação específica do prestador.

PRIMAZIA DO LEGISLADOR COMPLEMENTAR e que se trate de um esforço humano


útil para terceiros.

Art. 3° Lei complementar: qual o município competente para instituir e cobrar o


serviço?
Em regra, é a territorialidade do prestador (da sede). Domicílio ou sede do prestador.
O legislador complementar pode definir
Mínima de 2% e máxima de 5%
A base de cálculo está estabelecida no art. 7°: é o preço do serviço.
Não se incluem no cálculo os valores dos materiais.
EXCEÇÃO- Médicos, advogados: não se dá pelo preço do serviço, se dá pelo número
de profissionais que prestam. O respaldo legal disso é a recepção do art. 9°pár 1° e
3° do decreto lei 406/68, que tem força de lei complementar.
Prevê o preço sobre a quantidade de profissionais que prestam serviços.
Sum 663 stf e RE 940769 RS.

ADI 5835
12/03/24 - Prof. RENE FURTADO LONGO - aula 11

Taxas. Preços públicos


1. Taxas.
1.1. Conceito. CTN. CF/88;
1.2. Elementos Estruturais;
1.3. Fato gerador;
1.4. Limitações.
2. Preço Público.
2.1. Conceito. CF/88. CTN;
2.2. Natureza jurídica;
2.3. Serviços Públicos essenciais e não essenciais;
2.4. Tarifas. Conceito. Natureza Jurídica.

Aula 12

Contribuição de melhoria e empréstimos compulsórios


1. Contribuição de melhoria
1.1. Conceito;
1.2. Natureza Jurídica;
1.3. Elementos estruturais;
1.4. Estrutura legal. CTN. CF/88. Decreto-Lei 195/67;
1.5. Limites de imposição.
2. Empréstimos compulsórios.
2.1. Histórico;
2.2. Conceito;
2.3. Natureza jurídica;
2.4.Regramento Constitucional pretérito e atual.

Taxa é uma espécie tributária. Um tributo vinculado a uma prestação estatal


específica, logo, é um tributo contraprestacional. Advém de lei, é obrigatória.

Tributo é gênero, e no Brasil adotamos a corrente pentapartite, onde temos:

• impostos, art. 145, I, CRFB/88


• taxas, art. 145, II, CRFB/88
• contribuição de melhoria, art. 145, III, CRFB/88
• empréstimo compulsório, art. 148, CRFB/88
• contribuição especial, art. 149/149 - A CRFB/88

Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os


seguintes tributos:

I - impostos;

II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia * ou pela utilização (prestação),


efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis * , prestados ao
contribuinte ou postos a sua disposição;

III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.

* Exercício do poder de polícia - art 78 CTN

* Geral “uti universi” diferente de individual “uti singuli”

Poder de polícia: poder que o estado tem em limitar a atividade do particular em


benefício da coletividade. A administração só pode agir se houver lei determinando.

O poder de polícia tributário é uma atividade administrativa exercida com base na


supremacia do interesse público. Seu objetivo é restringir direitos individuais
privados para adequá-los ao interesse da coletividade. No âmbito tributário, a taxa
tem como fato gerador o serviço público específico e divisível de utilização
efetiva ou potencial, ou ainda, o exercício regular do Poder de Polícia. A taxa
em razão do poder de polícia consiste numa atividade da administração pública que
limita ou disciplina direitos, interesses ou liberdades e, também, regula a
prática de ato ou a abstenção de fato do sujeito passivo
O poder de polícia pode ser:
1- normativo
2- de consentimento
3- licença
4- autorização
5- de fiscalização
6- de sanção (diferente do art. 3º CTN)

Fiscalização efetiva: para o STF, há de ter pelo menos um órgão ou pessoa jurídica de
direito público vinculada a fiscalização.
Exemplo: a taxa que as S.A pagam à CVM para que ela possa fiscalizá-las. ANCINE,
ANP, IBAMA
Serviços gerais não podem ser remunerados por meio de taxa, como é o caso
da segurança pública e da iluminação pública. O Estado de SP já tentou fazer
isso, porém o STF pronunciou a inconstitucionalidade da norma.
EC 39/02 - art. 149 - A CRFB/88
STF SÚMULA 670. O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado
mediante taxa.

TARIFAS
A tarifa não é considerada um tipo de tributo no Direito Tributário. De acordo com
o Código Tributário Nacional, os tributos são valores que devem ser pagos ao
Estado de forma compulsória. Existem cinco tipos de tributos:

Impostos: São valores cobrados independentemente de uma contraprestação


específica.

Taxas: Referem-se a contraprestações pelo exercício do poder de polícia ou pela


prestação de serviços públicos específicos e divisíveis, com utilização efetiva ou
potencial.

Contribuições de melhoria: São cobradas em razão de obras públicas que


valorizam imóveis.

Empréstimos compulsórios: São valores arrecadados em situações excepcionais,


como calamidades públicas.

Contribuições especiais: São destinadas a entidades ou fundos específicos, como


o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Em resumo, a tarifa é uma contraprestação financeira cobrada pelo Estado ou por
empresas públicas, ou ainda por concessionárias de serviços públicos. Um exemplo
clássico é a tarifa de transporte público, na qual pagamos um valor para utilizar
ônibus, metrô ou trem. Essa tarifa tem a finalidade de custear os custos de operação,
manutenção e investimentos do serviço de transporte público. Diferentemente das
taxas, que são cobradas em razão de um serviço específico prestado pelo Estado, as
tarifas são cobradas pelo uso de bens públicos ou pela prestação de serviços públicos
em geral. Essas distinções são fundamentais no âmbito do Direito Tributário e do
Direito Administrativo, garantindo transparência e equidade na relação entre o
Estado e os cidadãos.

A tarifa advém de um contrato e o contrato vem da força de vontade das partes.

PEDÁGIO
Entre o ente e a concessionária é uma relação de direito público, ao passo que a
relação entre a concessionária e o usuário é uma relação de direito privado, regulada
pelo CDC. O valor do pedágio está previsto no contrato de concessão, por isso, não
pode ser considerado tributo, porque todo tributo necessariamente está previsto
em lei, por isso que o STF na ADI 800 concluiu que o pedágio é considerado
tarifa.
Via alternativa gratuita, foi criada por Hely Lopes Meirelles, caso não haja via
alternativa gratuita para locomoção, o pedágio é obrigatório, logo é tributo.
Linha telefônica é serviço público explorado por particular e é pago por meio de tarifa.
O deslocamento intramunicipal, consubstanciado no direito fundamental de ir e vir,
tem que ter via alternativa gratuita obrigatoriamente.

O deslocamento intermunicipal e interestadual não precisa pois o continente entendeu


que seria um deslocamento extraordinário.

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à


União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos


interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de
vias conservadas pelo Poder Público;

CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA, art. 145, III CRFB/88 e ART. 81 CTN


Realização de uma obra pública e que desta obra surja uma valorização
imobiliária, esses dois requisitos são imprescindíveis. E só pode ser cobrada após o
término da obra, não aceita financiamento.
A valorização não pode ser presumida, precisa ser provada de imóvel por imóvel.
Pode cobrar contribuição de melhoria de quem tem imunidade tributária,
pois a imunidade é de impostos e contribuição de melhoria não é imposto → Art.
150, IV CRFB/88
Primeiro, deve ser publicada uma lei, antes mesmo do início da obra, informando que
tal obra será realizada e que as contribuições de melhoria serão cobradas. Nessa lei,
virá anexado um edital onde estarão expostos os requisitos para se verificar a
valorização do imóvel, o raio de distância etc. Essa lei pode ser impugnada
judicialmente.
A cláusula contratual que transfere a responsabilidade de pagar a contribuição de
melhoria ao locatário é nula, art 8, § 3º do decreto lei 195/67. Não pode
implementar o mesmo raciocínio do IPTU.
O ente competente para cobrar a contribuição de melhoria é o ente que realizou a
obra.

EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS, ART. 15 CTN


Só a União pode instituir mediante lei complementar. Não pode ser através de
medida provisória.
Pode ser instituído em casos de:
- Guerra externa, ou sua iminência;
- Calamidade pública que seja impossível de atender com os orçamentos
disponíveis;
- Investimentos públicos;
Esses exemplos citados acima são os motivos que podem ser instituídos e não o fato
gerador.

Então qual o fato gerador? Não se sabe, foi dada carta branca à União. Os motivos
são taxativos, o fato gerador é aberto.

Prevalece o texto constitucional:


Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos
compulsórios:
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública,
de guerra externa ou sua iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse
nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório
será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.
É o único tributo restituível, quer dizer, terminado o motivo que gerou o empréstimo,
ele precisa ser devolvido.

TEMA 13
13/03

CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS
As contribuições especiais são uma modalidade de tributo prevista na
Constituição Federal de 1988. Elas se diferenciam dos impostos, taxas e
contribuições de melhoria. Vamos entender melhor:

Definição e Finalidade:

A Contribuição Especial tem como objetivo específico financiar determinadas


atividades ou setores.

Sua criação está vinculada à finalidade para a qual foi instituída.

Pode ser criada tanto por órgãos governamentais quanto por entidades
representativas da classe empresarial.
Espécies de Contribuições Especiais:

Contribuições Sociais:

▪ Financiam direitos sociais, como educação, saúde, moradia e lazer.


▪ Podem ser gerais (financiam outros direitos sociais) ou de seguridade (saúde,
previdência e assistência social).

o Intervenção no Domínio Econômico (CIDEs):


▪ Não possuem regra expressa para delimitação.
▪ São criadas para atuar em setores econômicos específicos.

o Interesse de Categoria Profissional ou Econômica (Corporativas):


▪ Financiam categorias profissionais (CRM, CREA, CRP etc.).

A União cria uma autarquia sui generis para atuar no interesse da categoria e, junto
a isso, cria um tributo para mantê-la.

Competência Legislativa:

o A União é competente para criar a Contribuição Especial, exceto nos casos em que
estados, municípios e o Distrito Federal adotem regime de previdência própria.
o Exemplo: a extinta CPMF.

Destinação dos Recursos:

o A arrecadação deve estar vinculada à finalidade específica que motivou sua criação.
o É importante garantir a gestão responsável desses recursos para que sejam
aplicados nas áreas destinadas.

Lembrando que as contribuições especiais desempenham um papel fundamental


no sistema tributário brasileiro, permitindo ao Estado financiar atividades de interesse
da coletividade.

Estão previstas no art. 149 da CF.


TAXA: atividade do Estado, vinculada.
IMPOSTO: atividade do contribuinte, não vinculada.
As contribuições especiais são atividades não vinculadas. São tributos
caracterizados pela destinação da receita.
O fato gerador das contribuições é uma atividade do contribuinte.
Tributos não vinculados caracterizados pela destinação de sua receita.
Tem que haver uma destinação específica, tem que ter um fundamento para a criação.
A receita não é vinculada, é destinada. Portanto, se o fundamento é saúde e o dinheiro
não foi aplicado na saúde, quem tem que fiscalizar é o Tribunal de Contas.
Destinação não é vinculação, é a existência de um fundamento para a criação
das contribuições.
Art. 177, pár 4°, CF: SID COMBUSTIVEIS. É uma contribuição especial.
Os tributos podem ser classificados de acordo com sua finalidade de três formas:
FISCAIS – quando sua finalidade é meramente arrecadatória. Ex: imposto de
renda
EXTRAFISCAIS- continua sendo arrecadatório, mas sua finalidade é além da
arrecadação. São utilizados com a finalidade de intervir na economia. Ex:
Impostos extrafiscais da união: imposto de importação, imposto de exportação, IOF
(incide nas operações financeiras), IPI (imposto produção industrial).
PARAFISCAIS- sua finalidade é fomentar terceiros que não o estado. Ex: anuidades
dos conselhos.

Art. 149 CF. As contribuições se dividem em:


Sociais: gerais para a seguridade social e outras contribuições.
As contribuições sociais têm como finalidade proteger o mínimo existencial, proteger
a dignidade da pessoa humana.
Garantir ao cidadão acesso ao lazer, cultura, formação, educação, assistência social,
saúde.
São fundamentais para a garantia do mínimo existencial, se submetem ao princípio da
solidariedade.
Gerais- vão financiar o bem-estar da pessoa humana. O combate ao analfabetismo,
com combate à educação. Tem como finalidade erradicar o analfabetismo.
ART. 212 PÁR 5° CF E 240 CF

Seguridade social- CESC, SENAC. Garantir programas mais baratos aos cidadãos.
A base de cálculo dessas contribuições é a folha salarial. 5.8% sobre a folha.
Previdência, assistência social e saúde pública.
ART. 195 CF.
Contribuições previdenciárias que incidem sobre a folha de pagamento.
20% + 3% sobre a folha (gilrat)
Se o dinheiro acabar, a União pode instituir outras fontes de custeio da seguridade
social (195, pár 4 CF) desde que atendidos os requisitos do art. 154, I, da CF
(competência residual).
Art. 154. A União poderá instituir:
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo
anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato
gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta
Constituição;

A competência residual em matéria tributária é da União, e ela é exercida por LEI


COMPLEMENTAR.
Estado só pode instituir a contribuição previdenciária.
LC 110/01: os 10% do FGTS não é multa.
Esses 10% não existe mais.

Profissionais: financiar os conselhos


São de competência da União e são criadas para fomentar os representantes de
categorias econômicas.
As anuidades de todos os conselhos têm natureza jurídica tributária: CREIA, CRM,
CRC.
EXCEÇÃO: tema 732 reconhece a natureza jurídica da OAB.
Mas o STJ entendeu que a OAB possui natureza sus generis.
É inconstitucional suspender a carteira da OAB por falta de pagamento.

Intervenção no domínio econômico: não é parafiscal.


A principal característica da CID é a referibilidade, significa que a CID somente será
cobrada das pessoas que atuem no ramo da atividade que o estado quer intervir.
Iluminação pública: fomentar e desenvolver o custeio da iluminação pública. Não
é parafiscal.
CID Combustíveis: importador e comerciante de combustíveis e derivados
CID CONDESINI: fomentar o cinema nacional.
CID ADICIONAL DE FRETE P RENOVAÇÃO DA MARINHA MERCANTE
(AFRMM):
Incide sobre transporte marítimo, sua finalidade é fomentar a renovação da marinha
mercante brasileira.
A competência para instituir as contribuições especiais é da UNIÃO.
EXCEÇÕES: pár 1° art 149 CF. No regime próprio de previdência a competência
é do próprio ente federado e não da união.
Se não está em regime próprio, fica vinculado à União, INSS (art. 40. Pár 13 CF)

ART. 149. § 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico


de que trata o caput deste artigo:
I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação;
Só tem imunidade na exportação referente à PIS E COFINS, a contribuição sobre o
lucro incide (ICLL).

CIP (contribuição de iluminação pública):


Competência exclusiva do Município e DF.
Para o custeio e desenvolvimento da energia elétrica e sistema de monitoramento
de vias públicas, com vias a aumentar a segurança.
Fato gerador da contribuição de melhoria: valorização tributária decorrente de
obra pública.
Fato gerador do empréstimo compulsório: não tem. São criados para financiar a
guerra ou calamidade pública. Não pode dizer se é vinculado ou não.
É um tributo de receita vinculada. Tem que ser aplicado no fundamento de sua
arrecadação.
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos
compulsórios:
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo
compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.

CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS
Prazo prescricional e prazo decadencial.
LEI 8212. Prevê todo o tratamento das contribuições previdenciárias.
10 anos para decadência e 10 anos para prescrição.
Isso não vale mais.
Súm Vinculante n° 8: as normas de direito tributário devem estar previstas em lei
complementar, não em lei ordinária.
Ou seja, aplica-se as regras do CTN às contribuições sociais.

Princípio da anterioridade nonagesimal ou noventena


O princípio da anterioridade nonagesimal, ou noventena, estabelece que deverá
decorrer 90 dias entre a publicação de lei acerca da instituição ou aumento
de tributo e a sua efetiva cobrança ao contribuinte. Esse princípio proíbe a
cobrança de tributos antes de decorridos 90 dias da publicação da lei que os instituiu
ou majorava A lei que institui novos tributos ou aumenta os tributos já existentes só
pode entrar em vigor, no mínimo, 90 dias depois da data de sua publicação.
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma
direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos
orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das
seguintes contribuições sociais:
§ 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser
exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que
as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150,
III, "b".
As contribuições para seguridade social se submeterão a noventena.
OBS: o Art. 195, pár 6°. as contribuições sociais gerais, se submetem tanto a
anterioridade quanto a noventena.
§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão
ter alíquotas diferenciadas em razão da atividade econômica, da utilização
intensiva de mão de obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do
mercado de trabalho, sendo também autorizada a adoção de bases de cálculo
diferenciadas apenas no caso das alíneas b e c do inciso I do caput.
A capacidade contributiva ganha força bizarra com a Reforma Trabalhista.

CASOS CONCRETOS
1) Contribuição de iluminação pública.
RESPOSTA: 149-A. Par único. É possível. AUDIO 19:50.
Não há inconstitucionalidade
2) Serviço de transporte rodoviário
RESPOSTA: O fato de haver a desvinculação das receitas não tira a natureza jurídica.
Tema 277 STF.

OBS: TODOS OS CAOS CONCRETOS O CONTRIBUINTE PERDE.

TEMA 14
IMPOSTO DE RENDA (IRPF)
O Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) é um tributo federal aplicado
anualmente sobre a renda e os proventos de contribuintes residentes no Brasil ou
residentes no exterior que recebam rendimentos de fontes no país. Vamos explorar
mais detalhes sobre o IRPF:
1) Aplicação Anual: O IRPF incide sobre o que cada brasileiro ganha e
acompanha a evolução patrimonial das pessoas ano após ano. Desde 1922, o
governo solicita que trabalhadores e empresas informem à Receita Federal seus
ganhos anuais. No ano seguinte, o órgão avalia se o que foi cobrado
corresponde aos rendimentos declarados.
2) Alíquotas Progressivas: As alíquotas do IRPF variam conforme a renda dos
contribuintes. Aqui estão as faixas de tributação:
o Faixa 1: Até R$ 1.903,98: Isento
o Faixa 2: De R$ 1.903,99 até R$ 2.826,65: 7,5%
o Faixa 3: De R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05: 15%
o Faixa 4: De R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68: 22,5%
o Faixa 5: Acima de R$ 4.664,68: 27,5%

3. Importância Social: O pagamento do Imposto de Renda tem um propósito social. A


ideia é que a parcela da população com rendimentos maiores contribua mais para o
governo, gerando recursos para melhorias na qualidade de vida de todos. Desde
1979, o IRPF é uma das maiores fontes de receita do Governo Federal. Os valores
arrecadados são destinados à saúde, educação, programas de transferência de renda,
segurança e outros serviços públicos. Também são investidos em infraestrutura,
cultura, meio ambiente e ciência e tecnologia.

Portanto, declarar o Imposto de Renda é fundamental para o funcionamento do país


e para promover o bem-estar da sociedade. Se você precisa fazer a declaração,
lembre-se de que o prazo geralmente vai de março até abril, e a Receita Federal
disponibiliza o programa para facilitar esse processo.

A renda e o rendimento são conceitos relacionados, mas têm significados distintos:

Renda: A renda é o fluxo de dinheiro obtido a partir de fatores de produção. Ela


representa o dinheiro que uma pessoa ou empresa recebe como resultado de atividade
econômica. Ou seja, renda é o acréscimo patrimonial decorrente do trabalho, do
capital ou da combinação desses dois elementos em um determinado período. É a
soma de todos os ingressos positivos considerando os negativos.

Exemplo de uso da palavra renda: “A minha renda é a soma dos salários dos meus
dois empregos.”

Rendimento: O rendimento é a renda proveniente de qualquer atividade


profissional durante um determinado período. Pode se referir a proventos, à renda
bruta de um negócio ou à capacidade física ou intelectual para desempenhar alguma
tarefa. É identificado de imediato cada um.

o Exemplos de uso da palavra rendimento:


▪ “Minha empresa tem um rendimento de R$ 80.000 por mês.”
▪ “O rendimento dos jogadores de futebol determina o salário que receberão.”

“Neste ano, a turma do cursinho A teve rendimento de 100% no vestibular da
UNCISAL.” .

Em resumo, a renda é o valor total recebido, enquanto o rendimento se refere


especificamente aos ganhos provenientes de uma atividade específica. Ambos são
importantes para avaliar a situação financeira e o desempenho econômico.

RETENÇÃO EM FONTE: é uma forma de antecipação de tributação.


Antecipa a arrecadação: quem paga a mais devolve e quem paga a menos
complementa.
O sistema de retenção em fonte é eivado de uma série de problemas.
Quem tem imposto a restituir, tem direito a atualização monetária a partir da entrega
da declaração.

ESTRUTURA CONSTITUCIONAL – LEGAL DO IMPOSTO DE RENDA


Art. 153 CF. Competências ordinárias da União.
PRINCÍPIOS: estrita legalidade (L.O), isonomia, anterioridade do exercício -
financeiro irretroatividade, capacidade contributiva, proibição de utilização de tributo
com efeito de confisco.
Critérios: generalidade, universalidade (tudo que é considerado renda é passível de
tributação), progressividade.
PROPORÇÃO: pouco importa a base, a alíquota é a mesma.
Não respeita a capacidade contributiva.
PROGRESSÃO: quanto maio for a base de cálculo maior será a alíquota.
Respeita a capacidade contributiva.

Art. 43, 44 e 45.


Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de
qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade
econômica ou jurídica:
I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da
combinação de ambos;
II - de proventos (todo acréscimo patrimonial que não decorra do seu trabalho
nem do capital) de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos
patrimoniais não compreendidos no inciso anterior.
§ 1o A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do
rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da
origem e da forma de percepção.
§ 2o Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei
estabelecerá as condições e o momento em que se dará sua disponibilidade, para
fins de incidência do imposto referido neste artigo.

REGIME DE APURAÇÃO
Em relação a pessoa física, existe o regime de caixa e o regime de competência.
O regime de competência está associado a personalidade jurídica.
O regime de caixa é o que está na mão, montante físico, associado a pessoa
física.
Art. 44. A base de cálculo do imposto é o montante, real, arbitrado ou presumido, da
renda ou dos proventos tributáveis.
Art. 45. Contribuinte do imposto é o titular da disponibilidade a que se refere o
artigo 43, sem prejuízo de atribuir a lei essa condição ao possuidor, a qualquer
título, dos bens produtores de renda ou dos proventos tributáveis.
Parágrafo único. A lei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou dos proventos
tributáveis a condição de responsável pelo imposto cuja retenção e recolhimento
lhe caibam.

TEMA 15
14/03
A melhor forma de estudar impostos é estudar as características e elementos.
IMPOSTO DE RENDA (IR)
O Imposto de Renda (IR) é um tributo federal que incide sobre os rendimentos de
pessoas físicas e jurídicas. Vamos explorar suas principais características:

Fato Gerador:

o O fato gerador do IR é todo e qualquer acréscimo de renda que o contribuinte


auferir (receber). Esse acréscimo pode se dar sobre a renda ou proventos de
qualquer natureza.
o Renda é o produto ou resultado do trabalho, do capital ou de ambos. Por exemplo,
salários, juros de empréstimos e lucros empresariais.
o Proventos são valores que aumentam o patrimônio do contribuinte, mas não se
enquadram no conceito de renda. Exemplos incluem pensões, doações e prêmios de
loteria.

Base de Cálculo:

o Para pessoas jurídicas, a base de cálculo do IR é o lucro.


o Para pessoas físicas, a base de cálculo é o incremento patrimonial.

4. Alíquotas Progressivas:
o As alíquotas do IR variam conforme a faixa de renda do contribuinte.
o Elas são aplicadas sobre os rendimentos, descontando uma porcentagem que fica com
o governo.

5. Princípios:
o O IR obedece aos princípios da generalidade, universalidade e progressividade.
o A generalidade significa que o imposto atinge todas as pessoas que se enquadram na
hipótese de incidência.
o A universalidade implica que todos devem contribuir, independentemente da
denominação da renda ou da fonte.
o A progressividade reflete a ideia de que quem ganha mais deve pagar uma proporção
maior de imposto.

Em resumo, o IR é essencial para o funcionamento do país, financiando serviços


públicos e promovendo a justiça fiscal. Se você precisa declarar o IR, lembre-se dos
prazos e utilize os programas disponibilizados pela Receita Federal

- Competência da União.
- Art. 153 CF
- Art. 43 e seguintes do CTN
- Dec. 9580/2018 - RIR
CARACTERÍSTICAS:
a) Fiscal: diferente do IPI, que é extrafiscal. O objetivo do IR é somente arrecadar.
Pagamos IR para o governo arrecadar.
b) Direto
c) Pessoal: a relação jurídica tributária é sempre entre pessoas. Leva em
consideração as características da pessoa que está sendo tributada.
Disponibilidade econômica: o dinheiro está na sua mão.
Disponibilidade jurídica: sessão hereditária.
d) Não vinculado
e) Núcleo: renda e provento – tese do acréscimo único patrimonial
FATO GERADOR (elemento objetivo e material): aquisição da disponibilidade
econômica ou jurídica de renda e provento de qualquer natureza.
f) Anterioridade:
g) Complexivo: pois tem o período de 1 ano. O elemento temporal até 31 de
dezembro de 2023.
h) Princípios: progressividade, generalidade (todo patrimônio) e universalidade
(todas as pessoas)
i) Imunidades e isenções
Ocorre no Brasil inteiro, onde você estiver.
ELEMENTOS DO FATO GERADOR INTEGRAL
Objetivo ou material: hipótese (s) de incidência
Subjetivo: sujeito ativo (fisco) e sujeito passivo (contribuinte ou responsável)
Espacial: onde ocorre o fato gerador
Temporal: quando ocorre o fato gerador
Quantitativo: quantifica o quantum do tributo - alíquota e base de cálculo
O valor do tributo a ser pago é uma combinação entre alíquota e base de cálculo.

RENDA: é fruto do que você recebe, capital (investimentos, imóvel) ou trabalho


(salário, subsídios)
PROVENTO: tudo aquilo que você recebe, que não seja capital ou trabalho, mas que
você continue recebendo (aposentadoria)

O tributo do IR é lançado por homologação, não declaração.


Na pessoa jurídica há 3 formas de tributação:
- Real
- Presumido
- Arbitrado: quando você não declara e a fazenda arbitra.
Simples nacional: 4.800,00
Esses são os regimes de tributação que se submete a pessoa jurídica.

O IMPOSTO DE RENDA pode ser regressivo?


Progressividade fiscal: é meramente arrecadatória.
Existe regressividade no IR, mas é raro. EX: resgatar investimento
Natureza jurídica do auto de infração: lançamento de ofício.

ISENÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA


Existem algumas hipóteses de isenção do Imposto de Renda (IR) no Brasil. Vou
listar algumas delas:

Quem recebeu menos de R$ 28.559,70 em rendimentos tributáveis (como


salários) no ano anterior.
Quem recebeu apenas rendimentos isentos, como dividendos, doações e
heranças.

Quem recebeu apenas aposentadoria e tem uma doença grave prevista em


lei. Nesse caso, o pagamento da aposentadoria, que era tributável, vira isenta de IR.

Beneficiários de auxílio-doença e auxílio-acidente.

Aposentados e pensionistas com doença grave prevista em lei.

Aposentados e pensionistas a partir dos 65 anos (neste caso, há direito a uma


isenção extra por mês a partir do aniversário).

Lembrando que essas isenções têm critérios específicos e é importante verificar a


legislação vigente para garantir o direito à isenção.

CASO CONCRETOS
1) Inconstitucional. AUDIO
2) Homologação. Efeito: obrigação acessória.

TEMA 16
14/03
IPI
O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) é um tributo federal que incide
sobre produtos industrializados, sejam eles de produção nacional ou importados.
Vamos explorar as principais características desse imposto:

Definição:

o O IPI é cobrado sobre itens que passaram por algum processo de


industrialização. Isso significa que ele afeta produtos que foram transformados,
beneficiados, montados, acondicionados ou recondicionados.
o É um tributo de competência federal, ou seja, somente a União pode cobrá-
lo.
o Possui caráter extrafiscal, o que significa que pode ser utilizado para estimular ou
desestimular determinados comportamentos sociais ou econômicos.
o Além disso, o IPI tem como função arrecadar fundos para o tesouro nacional.

Incidente e Modalidades:

o O IPI incide toda vez que uma mercadoria nacional sai de uma fábrica.
o No caso de produtos estrangeiros, o imposto incide quando o item passa pela
alfândega brasileira.
o Modalidades de industrialização incluem transformação, beneficiamento,
montagem, acondicionamento e recondicionamento.
6. O que não é considerado industrialização:
o O preparo de alimentos em residências, restaurantes, bares, etc., desde que
destinados à venda ao consumidor final.
o Cozinhas industriais que fornecem alimentos diretamente a empresas para o consumo
dos funcionários.

Em resumo, o IPI é essencial para a economia, regulando a produção e o consumo


de produtos industrializados.

É seletivo, quanto maior for a essencialidade do bem, menor a tributação.


A seletividade no IPI é obrigatória.
Art. 153, IV, CF
Dec. 7. 212/10
CARACTERÍSTICAS:
a) Extrafiscalidade
b) Seletivo
c) Real
d) Não vinculado
e) Não cumulativo: abate o que foi pago do que se tem que pagar, chama-se de
creditamento.
Pega o IPI 3 subtrai o IPI 1 + IPI2 e paga somente a diferença.
f) Indireto: permite a repercussão tributária.
g) Proporcional: a base de cálculo incide pelo valor da operação que está sendo
realizada.
h) Plurifásico: incide em várias etapas da cadeia.
i) Exceção à legalidade – art. 153. Pár 1° CF: pode ter alterações por decreto, não
precisa de lei.
Tem grande flexibilidade por conta da seletividade que predomina no IPI.

j) Exceção à anterioridade – art. 150, pár 1°, CF- ele pode ser alterado e cobrado
em 90 dias.
k) Reporta de Receita – art. 159

CASO CONCRETO
1) O fato gerador são as operações com o produto industrializado. O embaraço
aduaneiro é o elemento temporal do IPI.
O desembaraço aduaneiro é o processo para a nacionalização da mercadoria, para
oficializar a entrada do produto no país.
No desembaraço falamos do elemento temporal de incidência.
No caso em questão, o comerciante está revendendo o produto exatamente do jeito
que comprou.
Se faz alteração na mercadoria paga IPI na compra e na venda.
Se não faz alteração na mercadoria, não paga IPI na saída.
A simples revenda não incide.
ERRO DA EMERJ ---- REVER

2) AUDIO

REFORMA TRIBUTÁRIA
IVA DUAL:
CBS-
IBS- no lugar do ICMS E DO ISS
IMPOSTO SELETIVO
IPI (Zona Franca de Manaus) - só vai continuar para produtos que competem com a
zona franca.

IVA- Imposto sobre valor agregado/adicionado

Unificação da administração tributária: vai haver toda uma reformalização no PAF.


AULA 17
15/03
Vamos explorar o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em detalhes:

Alíquota:
o O IPI possui várias alíquotas, que estão presentes na Tabela de Incidência do
Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI). Essas alíquotas variam
conforme o tipo de produto.

Contribuintes:

o São obrigados ao pagamento do IPI como contribuinte:


▪ Importadores: em relação ao fato gerador decorrente do desembaraço aduaneiro
de produtos de procedência estrangeira.
▪ Industriais: em relação à saída de produtos que industrializam em seus
estabelecimentos.
▪ Estabelecimentos equiparados a industriais: quanto aos produtos que deles
saírem.

Consumidores ou utilizadores: quando remetem papel destinado à impressão de
livros, jornais e periódicos a pessoas que não sejam empresas jornalísticas ou editoras,
desde que alcançado pela imunidade prevista na Constituição Federal.

Base de Cálculo:

o Na operação interna, a base de cálculo é o valor total da operação que resulta na


saída do estabelecimento industrial ou equiparado a industrial.
o Na importação, a base de cálculo é o valor que serviria de base para o cálculo
dos tributos aduaneiros, acrescido dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo
importador.

Período de Apuração:

o O IPI é apurado mensalmente nas saídas dos produtos dos estabelecimentos


industriais ou equiparados a industrial.
o No caso de produtos importados, a cobrança ocorre no momento do desembarque
no país.

o Prazo de Recolhimento:
o Os prazos de recolhimento do IPI são:
▪ Antes da saída do produto da repartição que processar o despacho, nos casos
de importação.
▪ Até o décimo dia do mês subsequente ao de ocorrência dos fatos geradores, para
produtos classificados no Código 2402.20.00 da TIPI.

Futuro do IPI com a Reforma Tributária:


o A PEC 45/2019, que propõe a Reforma Tributária, pode impactar o IPI e outros
impostos. É importante acompanhar as discussões e mudanças propostas para
entender como o IPI será afetado no cenário futuro.

Em resumo, o IPI é um imposto relevante para a economia, regulando a produção e


o consumo de produtos industrializados no Brasil

IMPOSTO SOBRE IMPORTAÇÃO (II):

o O II incide sobre a importação de mercadorias estrangeiras e sobre a bagagem


de viajante procedente do exterior.
o A base de cálculo para mercadorias estrangeiras é o valor aduaneiro, e a alíquota
está indicada na Tarifa Externa Comum (TEC).
o Para bagagem, a base de cálculo é o valor dos bens que ultrapassem a cota de isenção,
e a alíquota é de cinquenta por cento.
7. Classificação:
o O II está previsto no Art. 153, I da Constituição Federal, que determina os
impostos que a União pode criar.
o Além do II, o Art. 153 também trata do imposto sobre exportação para o exterior
de produtos nacionais ou nacionalizados.

8. Fato Gerador:
o O fato gerador do II ocorre no momento do desembaraço aduaneiro de
mercadoria estrangeira.
o No caso da bagagem, o fato gerador é quando o viajante procedente do exterior
ultrapassa a cota de isenção.

9. Regimes Aduaneiros e Atípicos:


o Existem regimes especiais, como o drawback, que permite a suspensão ou isenção
do II em determinadas situações.
o Regimes atípicos incluem admissão temporária e exportação temporária, que
também podem afetar o II.
10. Processo de Despacho Aduaneiro:
o O despacho aduaneiro de importação é o procedimento que permite a entrada de
mercadorias no país.
o Envolve análise documental, exame físico e verificação do valor declarado.

11. Pena e Processo de Perdimento:


o O não pagamento do II pode resultar em penalidades, como multas.
o O processo de perdimento ocorre quando as mercadorias são apreendidas e
perdidas em favor da União.
Em resumo, o II e o imposto sobre exportação são essenciais para o comércio exterior,
regulando a entrada e saída de mercadorias do país.

TEMA 19
Aula do dia 18/03/2024

ITR (Arts. 29 a 31 do CTN e lei 9.393/96)


- Competência da União (art. 153, VI, CRFB)
- Imposto real, direto (quem arca com o ônus é o contribuinte), com finalidade
extrafiscal (fim social da propriedade rural), alteração de alíquota somente por lei
formal.
- Submete-se à anterioridade e à noventena.
- Imunidade condicionada às “Pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as
explore o proprietário que não possua outro imóvel.” (art. 153, §4°, II, CRFB).
- Art. 2° da lei 9393/96 – A definição de gleba rural depende da região do país.
- Condicionada – Comprovação da exploração pessoal e familiar e unititularidade.
- Cobrança por municípios (art. 153, §4°, III, CRFB), sem mudança da sujeição ativa,
ou seja, a execução fiscal é feita pela União.
- O município fica com a totalidade das receitas, e não metade (art. 158, II, CRFB),
quando houver convênio.
- Hipótese de incidência (art. 29, CTN):
a) Aspecto temporal – 1° de janeiro de cada ano
b) Material – Propriedade, domínio útil ou posse + somente importa o valor do imóvel
por natureza.
c) Quantitativo (Base de cálculo) – Valor da terra nua tributável (art. 30, L. 9.393/96).
d) Quantitativo (Alíquota) – Progressiva conforme o grau de utilização (GU) e área
do imóvel. Máxima de 20%. Há uma crítica doutrinária de que essa alíquota máxima
seria confiscatória, contudo ela nunca foi aplicada.
e) Subjetivo – Titular como contribuinte. Adquirentes como responsáveis (art. 130
CTN).
f) Lançamento – Por homologação segundado por dever instrumental de
declaração (auto-avaliação – DIAT).
Caso concreto – Questão 2
Resposta: No caso da reserva legal é preciso definir mediante registro os 25% do
imóvel que serão destinados à reserva legal, de modo que o registro tem natureza
constitutivo, pois precisa passar pela especialização da reserva legal. Enquanto que
no caso da área de preservação, esta já está definida, portanto o registro é meramente
declaratório.

IOF (Art. 63 e ss do CTN, Lei 5143/66 e Dec 6303 (RIOF)


- Imposto sobre operações de crédito, câmbios, seguros, títulos e valores mobiliários
e ouro ativo financeiro. São 5 bases de incidência, o IOF não tem previsão na
constituição e sim essas 5 bases.
- São 5 impostos. Os seguros deixarão de fazer parte do IOF, devido à reforma
tributária.
- Competência da União.
- Imposto real (importa o valor da operação e não qualquer característica apresentada
pelo sujeito passivo)
- Imposto direto
- Finaldiade extrafiscal (regula os mercados sobre os quais ele incide)
- Incidência plurifásica (IOTVM – títulos e valores mobiliários a cada venda do título
aplica-se o imposto) ou monofásica (mais comum).
- Alíquotas alteráveis pelo executivo.
- Não sujeição à anterioridade e à noventena.
- CF, art. 153, V – Matriz Constitucional
- “Operação”:
. Inovação de fato ou de direito. Ou seja, o imposto incide sobre transferências e não
tem caráter periódico.
. Apenas incide sobre atividades constitucionalmente previstas.
. Lei 8033/91 – Lei do governo Collor que estabeleceu incidência sobre saques em
caderneta de poupança. Tal operação foi julgada inconstitucional (S 664 STF), mas
sobre venda de ações é constitucional (RE 583.712). Cobrança de IOF sobre retirada
de depósito judicial também é inconstitucional.
- Fato gerador (art. 63, CTN) – Crédito “a sua efetivação pela entrega total ou parcial
do montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou sua colocação à
disposição do interessado”.
- Art. 58, L. 9532/97 – A pessoa física ou jurídica que alienar, à empresa que exercer
as atividades (de factoring), direitos creditórios resultantes de vendas a prazo, sujeita-
se à incidência do IOF às mesmas alíquotas aplicáveis às operações de financiamento
e empréstimo praticadas pelas instituições financeiras.
- A constituição não restringe a cobrança do IOF às operações financeiras e sim a
operações de crédito, de modo que o factoring se inclui na hipótese de incidência,
uma vez que é materialmente uma operação de crédito (ADI 1763).
- Art. 13, L. 9779/99 – As operações de empréstimo sempre incidem IOF,
independentemente de ser praticado ou não por instituição financeira.
- Fato gerador sobre as operações de câmbio (art. 63, CTN): Compra ou venda de
moeda estrangeira sujeita-se à incidência de imposto sobre operação de câmbio.
- Fato Gerador de seguros (até 2027): Ou se tributa quando emitir a apólice ou se
tributa no recebimento do prêmio do seguro (o que se paga para contratar o seguro),
de acordo com o desejo do legislador, podendo haver uma incidência paulatina do
tributo, conforme se dá o pagamento do prêmio.
- Fato gerador de títulos ou valores mobiliários: A cada aquisição do título, haverá
incidência (plurifásica). STF, RE 223144 (incidência plurifásica é constitucional).

- Base de cálculo (art. 64, CTN) – Crédito, juntamente com o juros.


- Base de cálculo do IO Cambio – Montante pago ou recebido em moeda nacional.
- Base de cálculo do IO Seguros – Montante sobre o prêmio do seguro.
- Base de cálculo do IO TVM – art. 64 – valor efetivo de transação e não valor de face
do título (inclui-se a cotação de bolsa, o ágio)

.IOOAF
– Tributação monofásica e destinação preordenada, sob controle fiscal.
- Títulos representativos de ouro não são tributáveis pelo IOTVM
- Fato gerador: Primeira aquisição ou desembaraço aduaneiro.
- Contribuintes: instituições adquirientes
- 1% do valor de aquisição, nos limites da cotação diária.
- Receita distribuída aos Estados (30%) e Municípios (70%) (local onde foi feita a
primeira aquisição). Nada fica com a União.

. Imposto sobre Grandes Fortunas


- Competência até hoje não exercida. Não há pena, pois a pena aos Estados e
Municípios seria deixar de receber repasses facultativos da União.
- Art. 11, LC 101 – Sujeição à responsabilidade fiscal, pois a União não pode deixar de
arrecadar todos os tributos de sua competência constitucional.
- Discussão econômica sobre fuga de capitais.
- Art. 153, VII, CF. Lei complementar para tudo ou somente normas gerais? Discussão

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