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Introdução

ICMS – NOÇÕES BÁSICAS


conceitos
1. Conceito de ICMS
O ICMS é um imposto que incide sobre as operações relativas à
circulação de mercadorias e sobre as prestações de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.
 
I = Imposto
C = Circulação
M = Mercadorias
S = Serviços
 
O que é circulação de mercadorias?
 
É a movimentação da mercadoria de acordo com atos comerciais
praticados e se dá pela tradição, real ou simbólica, da mercadoria.

Na Systax as regras do ICMS estão identificadas por id tributo


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conceitos
1.1 Contribuinte

Contribuinte do ICMS, de acordo com o artigo 4º da


Lei Complementar nº 87/1996, é qualquer pessoa,
física ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em
volume que caracterize intuito comercial, operações
de circulação de mercadoria ou prestações de
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e
de comunicação, ainda que as operações e as
prestações se iniciem no Exterior. 
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2. Base Legal – Hierarquia da norma
art. 155, II da CF/88 - compete aos Estados e ao Distrito Federal
instituir imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e
sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal
e de comunicação;
 
art. 155, XII - cabe a uma Lei Complementar definir vários aspectos
relativos a quem deve pagar o imposto, incidência, regular os incentivos
fiscais, dentre outros, desde que respeitando o texto constitucional.
 
Existem 2 Leis Complementares que merecem forte apresso para os
contribuintes do ICMS:
 
Lei Complementar 87/96 que disciplina a cobrança do ICMS
Lei Complementar 24/75 que disciplina a concessão e
revogação de benefícios fiscais
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2.1. São Paulo - Hierarquia
Lei do ICMS – SP Lei 6.374/89;
Regulamento do ICMS – SP – Decreto nº 45.490/00;
Resoluções SF; 
Portarias CAT;
Decisões Normativas CAT;
Comunicados CAT;
Comunicados DA;
Respostas de Consultas
 
SF – Secretaria da Fazenda
CAT - Coordenador da Administração Tributária
DA - Diretoria de Arrecadação

Respostas de Consultas 
Artigo 524 
(...)
§ 2º - A Secretaria da Fazenda poderá divulgar o teor da Resposta à Consulta ao
público, para orientar os demais contribuintes.
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2.2. Benefícios Fiscais

Não se trata de benefício, mas muita gente acha que


sim:
 
IMUNIDADE: É uma das limitações constitucionais ao poder de tributar. É a
impossibilidade de incidência do imposto, em virtude de vedação constitucional.
 
NÃO INCIDÊNCIA: É a situação que se encontra fora do campo tributário definido
em Lei, ou seja, o ato praticado não se enquadra em nenhum dos casos previstos
na legislação tributária como hipótese de incidência.
 
Nessas duas situações não existe a possibilidade de se tributar a operação ou
prestação.
 
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2.3. Benefícios Fiscais
conceitos
Isenção
 
É a dispensa do recolhimento do tributo devido, feito por disposição expressa da Lei embora
a operação esteja no campo de incidência do mesmo. O sujeito passivo pratica o fato
gerador, há a incidência do tributo, porem o legislador determina a dispensa da cobrança.
 
Redução de base
 
No caso de redução de base, o sujeito passivo pratica o fato gerador, há a incidência do
tributo, porem o legislador determina a dispensa parcial de sua cobrança.
 
Crédito presumido
 
É uma forma de diminuição do montante do tributo a pagar, por meio de lançamentos de
créditos parciais ou totais na escrita fiscal.
 
Suspensão
 
Não é exatamente um benefício fiscal, pois é a postergação do momento do recolhimento do
imposto indicado expressamente na legislação, mesmo que tenha ocorrido o seu fato
gerador. 
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3. Incidência e Fato Gerador

Fato gerador é a situação definida em lei


como necessária e suficiente para dar
nascimento à obrigação tributária
principal, ou seja, à obrigação de pagar o
tributo.
 
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3. Incidência e fato gerador
O ICMS incide sobre:
 
a) operação relativa à circulação de mercadorias, inclusive o fornecimento de
alimentação, bebidas e outras mercadorias em qualquer estabelecimento;
 
Fato gerador: dar a saída de mercadoria, fornecer mercadoria, circular
mercadoria, a qualquer título, de estabelecimento de contribuinte, ainda que para
outro estabelecimento do mesmo titular. Inclusive em decorrência de bonificação.

Observação1: saída para estabelecimento o mesmo titular = transferência


Observação2: como saber se o estabelecimento é do mesmo titular?
A raiz do CNPJ é a mesma

b) prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer


via;  
Fato gerador: prestar serviço de transporte interestadual e intermunicipal por
qualquer via

 
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3. Incidência e fato gerador
O ICMS incide sobre:
 
 c) prestação onerosa de serviços de comunicação, por qualquer meio, inclusive a geração, a
emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de
comunicação de qualquer natureza;

Fato gerador: prestar serviço de comunicação

d) entrada de mercadoria ou bem, importados do exterior por pessoa física ou jurídica,


qualquer que seja a sua finalidade;

Fato gerador: desembaraçar mercadoria proveniente do exterior


 
g) a entrada, no território do Estado, de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis
líquidos e gasosos dele derivados, e de energia elétrica, quando não destinados à
comercialização ou à industrialização, decorrente de operações interestaduais;
 
Fato gerador: dar entrada dos produtos quando não destinados a comercialização ou
industrialização
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3. Incidência e Fato gerador
O ICMS incide sobre:
 
d) fornecimento de mercadorias com prestação de serviços:

d.1) não compreendidos na competência tributária dos municípios;

d.2) compreendidos na competência tributária dos municípios, mas que, por


indicação expressa de lei complementar, sujeitem-se ao ICMS;
 
Fato gerador: fornecer mercadorias com prestação de serviços nas hipótese acima
descritas

Nota: A Lei Complementar nº 116/03 traz a lista dos serviços tributados pelo ISS, de
competência municipal.
 
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conceitos
3. Incidência e Fato Gerador
 
 
e) nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final,
contribuinte ou não do imposto, localizado em outro Estado: DIFAL

Fato gerador: dar a saída de bens ou prestar serviços a consumidor final


localizado em outro estado

adotar-se-á a alíquota interestadual e caberá ao Estado de localização


do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota
interna do Estado destinatário e a alíquota interestadual;
 
a responsabilidade pelo recolhimento do imposto será atribuída:
 
ao destinatário, quando este for contribuinte do imposto;
ao remetente, quando o destinatário não for contribuinte do
imposto 
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3. Incidência e Fato Gerador
 
DIFAL (MERCADORIAS) SIMPLES NACIONAL
 
f) na entrada em estabelecimento de contribuinte sujeito às normas do Regime Especial
Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de
Pequeno Porte - "Simples Nacional", de mercadorias, oriundas de outro Estado ou do Distrito
Federal.

Fato gerador: dar a entrada de mercadorias oriundas de outra unidade da Federação


 
Nota: O valor do imposto corresponderá à diferença entre a alíquota interna e a interestadual pela
base de cálculo da aquisição.
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4. Formação da Base de Cálculo
A base de cálculo é o valor sobre o qual deverá ser aplicada a alíquota correspondente à
operação ou prestação para se obter o montante do imposto a pagar.

4.1. Cálculo do ICMS por dentro


 
O ICMS compõe a sua própria base de cálculo. O destaque do seu valor no documento
fiscal constitui mera indicação.
 
Por exemplo:
 
Vamos considerar uma mercadoria no valor de R$ 100,00 cuja alíquota interna seja 18%.  

Se o cálculo for efetuado aplicando-se 18% sobre R$ 100,00 chega-se ao valor de ICMS
correspondente a R$ 18,00. Ao passo que incluindo-se o ICMS na sua própria base e
aplicando-se sobre ela 18%, chega-se ao valor de R$ 21,95.
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4. Formação da Base de Cálculo
Chega-se ao mesmo resultado da seguinte forma:
 
 
a. Custo da mercadoria = R$ 100,00
b. Alíquota do ICMS = 18%
c. Coeficiente para inclusão do ICMS = X= (a – b)/100

Cálculo do para encontrar o coeficiente


X= (100 – 18)/100
X= 0,82

Base de Cálculo do ICMS (a:c) = R$ 121,95


Valor do ICMS a ser recolhido = R$ 121,95 x 18% (alíquota) = R$ 21,95
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4.2. Inclusão do IPI na Base de Cálculo do ICMS

 
O IPI compõe a base de cálculo do ICMS nas saídas para contribuinte quando o produto
destinar-se a uso, consumo, ativo do adquirente;
 
 
O IPI compõe a base de cálculo do ICMS nas saídas para não contribuinte;
 
 
O IPI compõe a base de cálculo do ICMS no desembaraço aduaneiro de mercadoria
importada do exterior;
 
 
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4.3. Demais parcelas cobradas na nota fiscal e que compõem
a Base de Cálculo do ICMS

todas as despesas acessórias, frete, seguro, juros e outras vantagens recebidas ou


debitadas ao destinatário, bem como o valor de mercadorias dadas em bonificação;
 
MERCADORIAS DESTINADAS A REVENDA OU INDUSTRIALIZAÇÃO
Valor da mercadoria + frete + seguro + outras despesas
 
A importância cobrada a título de montagem e instalação nas operações com máquinas,
aparelhos, equipamentos, conjunto industrial ou outro produto de qualquer natureza,
quando o estabelecimento remetente ou outro do mesmo titular tiver assumido
contratualmente a obrigação de entregá-lo montado para uso, deve ser incluída na base
de cálculo do ICMS.
 
Nota: Em São Paulo, por exemplo, a bonificação é uma operação normalmente tributada
de ICMS, salvo se o produto tiver benefício fiscal. Este é o entendimento oficial dado pela
Secretaria da Fazenda inclusive na Decisão normativa CAT nº 04/00. Porém, já existe
Decisão favorável ao contribuinte que ingressou com Ação Judicial no sentido de não
tributar o ICMS na bonificação. Vale consultar o jurídico, e verificar qual o posicionamento
da empresa.
 
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4.4. Descontos Condicionais e Incondicionais
 Desconto Condicional – é um desconto concedido pela empresa vendedora desde que o
comprador cumpra uma condição. A nota fiscal será emitida pelo valor total. Exemplo:
 
Valor da operação = R$ 100,00
Base de cálculo do ICMS = R$ 100,00
Desconto de 10% = R$ 10,00
Valor da nota fiscal = R$ 100,00
Valor da fatura = R$ 90,00 (caso seja cumprida a condição)
 
Desconto Incondicional - o desconto incondicional não impõe condição nenhuma a ser
cumprida para que seja oferecido ao comprador, o desconto será dado no próprio documento
fiscal.
 
Exemplo: Uma loja faz promoção de uma mercadoria oferecendo desconto de 20%:
 
Valor da mercadoria = R$ 100,00
Desconto de 20% = R$ 20,00
Valor da operação (R$ 100,00 - R$ 20,00) = R$ 80,00
Base de cálculo do ICMS = R$ 80,00
Valor da nota fiscal = R$ 80,00
Valor da fatura = R$ 80,00
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4.5. Redução de Base de Cálculo

A redução de base de cálculo é um beneficio fiscal que consiste em reduzir o valor da base
de cálculo do imposto de modo que ao aplicar a alíquota efetiva resulte numa carga tributária
menor

ANEXO II - REDUÇÕES DE BASE DE CÁLCULO


(Relação a que se refere o artigo 51 do RICMS/SP)

Artigo 3° - (CESTA BÁSICA) - Fica reduzida a base de cálculo do imposto incidente nas
operações internas com os produtos a seguir indicados, de forma que a carga tributária
resulte no percentual de 7% (Convênio ICMS-128/94, cláusula primeira):
 
Artigo 39 (PRODUTOS ALIMENTÍCIOS) - Fica reduzida a base de cálculo do imposto
incidente nas saídas internas com os produtos alimentícios a seguir indicados, classificados
segundo a Nomenclatura Brasileira de Mercadorias do Sistema Harmonizado - NBM/SH,
realizadas por estabelecimento fabricante ou atacadista, de forma que a carga tributária
corresponda ao percentual de 12% (Lei 6.374/89, art. 112):
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5. Alíquotas

As alíquotas são definidas mediante lei, respeitadas as limitações constitucionais e a


determinação do Senado Federal, no que se refere às operações interestaduais.
 
As alíquotas internas são determinadas pelo próprio Estado, todavia, a Constituição veda a
utilização de alíquota interna em percentual inferior à alíquota interestadual (art. 155,
parágrafo 2º, VI).
 
As alíquotas interestaduais somente podem ser criadas ou modificadas pelo Senado Federal.
 
As alíquotas do ICMS variam em função da:
 
- Seletividade dos produtos
- Região onde se localiza o destinatário
 
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5.1. Seletividade
 
É um princípio definido na Constituição Federal que consiste na tributação da mercadoria ou
serviço de acordo com sua essencialidade. Nessa linha de raciocínio temos a tributação dos
produtos supérfluos por carga tributária maior do que os produtos essenciais.
 
Neste contexto, temos um impasse, uma vez que energia elétrica e comunicação, embora
essenciais são tributadas por alíquotas elevadas.
 
A seletividade em função da essencialidade é de caráter permissivo para o ICMS (155, II,
§2º, III da CF), ou seja, o imposto pode ser seletivo, não é uma imposição.

PERFUME??????????
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5.2. Alíquotas Interestaduais

Alíquota Origem Destino


Contribuintes localizados nos Estados das Destinatários localizados nas regiões Sul e Sudeste,
12% regiões Sul e Sudeste, exceto Espírito exceto Espírito Santo
Santo
Contribuintes localizados nos Estados das Destinatários localizados nas regiões Norte, Nordeste e
7% regiões Sul e Sudeste, exceto Espírito Centro-Oeste e no Estado do Espírito Santo
Santo
Contribuintes localizados nos Estados das Destinatários localizados em qualquer Estado
12% regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e
no Estado do Espírito Santo
Destinatários localizados em qualquer Estado - Operações
Contribuintes localizados em qualquer com mercadorias importadas do exterior ou submetidas a
4%
Estado processo de industrialização com conteúdo de importação
superior a 40%. Resolução do Senado federal 13/12
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6. Não Cumulatividade

 O princípio da não cumulatividade, assegura aos contribuintes do ICMS o direito de


abatimento do imposto estadual incidente nas entradas de mercadorias, exercido no
momento em que o imposto é cobrado das suas saídas tributadas.
 
O valor do ICMS a recolher, em cada período de apuração, corresponderá à diferença entre o
imposto devido sobre as operações ou prestações tributadas e o cobrado relativamente às
anteriores. Logo, quando se fala em "valor do ICMS cobrado nas operações ou prestações
anteriores", está se falando no valor que representa o crédito fiscal do contribuinte.

Dessa forma, temos que o valor do ICMS a ser recolhido em um determinado período será o
resultante da operação de subtração entre os débitos (saídas) e os créditos (entradas), ou
seja,

"débito - crédito = imposto a recolher"


 
Exemplo
ICMS X PIS/COFINS

São tributos distintos, não podemos vincular a interpretação dessas normas.


Crédito de PIS/COFINS não segue a lógica do ICMS

 
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7. Pauta Fiscal, Preço Fixado/Sugerido e MVA ou IVA-ST

O valor mínimo das operações ou prestações poderá ser fixado em pauta expedida pela
Secretaria da Fazenda ou órgão competente do Estado.
 
É necessário cuidado com o termo “pauta fiscal”, há Estado que usa esse termo para
determinar o valor tributável mínimo da operação, há Estado que usa esse termo para
determinar a base de cálculo da substituição tributária e há Estado que usa esse termo para
determinar tanto o valor tributável mínimo quanto o valor da base de cálculo da substituição
tributária. Vamos aos exemplos:
 
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7.1. Pauta Fiscal

Estado de São Paulo:

Valor mínimo:
 
O valor mínimo das operações ou prestações poderá ser fixado em pauta expedida pela
Secretaria da Fazenda (Art. 46 do RICMS/SP). Só existe para gado, carne e revestimento
cerâmico classificado como “Extra” ou “Tipo A”.
  
 
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7.2. Preço fixado
Estado de São Paulo:
 

Artigo 40-A - No caso de substituição ou antecipação tributária, a base de cálculo será o


preço final a consumidor, único ou máximo, autorizado ou fixado por autoridade competente .
 
Atenção

Medicamentos

- preços fixados pela CMED. Não lançamos esses valores, o sistema os extrai
automaticamente do site da ANVISA;

-Preço sugerido pelo fabricante ou importador – divulgado em revistas especializadas


como ABCFARMA, GUIA DE FARMÁCIA etc

-No momento a SYSTAX fornece apenas os preços divulgados pela CMED e GUIA DE
FARMÁCIA o cliente decide qual vai usar  
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7.3. MVA ou IVA-ST
Estado de São Paulo:
 
Artigo 41 - Na falta de preço final a consumidor, único ou máximo, autorizado ou fixado por
autoridade competente, a base de cálculo do imposto para fins de substituição tributária com
retenção antecipada do imposto será o preço praticado pelo sujeito passivo, incluídos os
valores correspondentes a frete, carreto, seguro, impostos e outros encargos transferíveis ao
adquirente, acrescido do valor resultante da aplicação de percentual de margem de valor
agregado estabelecido conforme disposto pela legislação em cada caso (Lei 6.374/89, art.
28-A, I, na redação da Lei 12.681/07, art. 1°, III).
 

Mercadoria com preço sugerido


Cachaça Claudionor embalagem de 521 a 670 ml R$ 43,80 – Portaria CAT 85/19

Mercadoria com MVA ou IVA-ST


Perfume 66,90% - Portaria CAT 49/17
 
 
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7.4. PMPF
Estado de São Paulo:
 
Artigo 43 - Em substituição ao disposto no artigo 41, a Secretaria da Fazenda poderá fixar
como base de cálculo da substituição tributária, com retenção antecipada do imposto, a
média ponderada dos preços a consumidor final usualmente praticados no mercado
considerado, apurada por levantamento de preços, ainda que por amostragem ou por meio
de dados fornecidos por entidades representativas dos respectivos setores (Lei 6.374/89, art.
28-B, acrescentado pela Lei 12.681/07, art. 2°, II).
 
Aplica-se aos combustíveis, são divulgados por ATO COTEPE
 
 
8. Novo conceito de diferencial de
alíquota
8.1 DIFAL CONTRIBUINTE
Operações interestaduais com consumidor final contribuinte

Quando cabe?
Aplicável somente para bens destinados ao uso ou integração ao ativo imobilizado
8.2 DIFAL NÃO CONTRIBUINTE
Operações interestaduais com consumidor final não contribuinte
8.2.1. Contribuintes do Simples Nacional
também devem pagar o DIFAL NÃO
contribuinte?

• STF, Medida Cautelar – ADI 5464: suspensão da


eficácia da cláusula nona do Convênio ICMS 93/15;

• Comunicado CAT 08/16: Os contribuintes optantes pelo


Simples Nacional ficam desobrigados de recolher a
parcela do diferencial que cabe ao Estado de São Paulo
em relação aos fatos geradores ocorridos a partir de
18/02/2016.
8.2.2 Partilha do ICMS entre as Unidades Federativas
Art. 99 do ADCT

ICMS APURADO PELAS DIFERENÇAS ENTRE AS

ALÍQUOTAS INTERNA E INTERESTADUAL

ANO UF ORIGEM UF DESTINO

2016 60% 40%

2017 40% 60%

2018 20% 80%

2019 0% 100%
8.2.3 Cálculo do diferencial de alíquota
Convênio ICMS nº 93/15
• 8.2.3 Exemplos de cálculo

• UF de destino sem Fundo de Combate à


Pobreza
– DADOS:

– Origem: São Paulo


– Destino: Paraná
– Produto Nacional
– Alíquota Interestadual: 12%
– Alíquota Interna Paraná: 18%
– Valor total da mercadoria sem ICMS incluso: R$ 1.000,00
– Base de cálculo do ICMS: R$ 1.219,51 (1.000,00 / 0,82 para
incluir a alíquota de 18% na BC)
Base de cálculo do ICMS total Valor do ICMS total
R$ 1.219,51
(com 18% embutido no preço) R$ 219,51
(1.219,51 x 18%)

Base de cálculo do ICMS devido ao Estado


Valor do ICMS para o estado de origem
de origem

R$ 1.219,51 R$ 146,34
(com 18% embutido no preço) (1.219,51 X 12%)
Base de cálculo do ICMS devido ao Estado
Valor do ICMS para o estado de destino
de destino

R$ 1.219,51 R$ 73,17
(com 18% embutido no preço) (1.219,51 X 12%) - (1.219,51 x 18%)
• 8.2.3 Exemplos de cálculo

• UF de destino com Fundo de Combate à


Pobreza

– DADOS:

– Origem: São Paulo


– Destino: Rio de Janeiro
– Produto Nacional
– Alíquota Interestadual: 12%
– Alíquota Interna Paraná: 19% (18% + 1%)
– Valor total da mercadoria sem ICMS incluso: R$ 1.000,00
– Base de cálculo do ICMS: R$ 1.234,56 (1.000,00 / 0,81 para incluir a
alíquota de 19% na BC)
Base de cálculo do ICMS total Valor do ICMS total
R$ 1.234,56
(com 19% embutido no preço) (Base de cálculo * alíq.interna.dest)
R$ 1.234,56 * 19% = R$ 234,56

Base de cálculo do ICMS devido ao


Valor do ICMS para o estado de origem
Estado de origem
(Base de cálculo * alíq.interestadual)
R$ 1.234,56 R$ 1.234,56 * 12%
(com 19% embutido no preço) = R$ 148,14
Base de cálculo do ICMS devido ao
Valor do ICMS para o estado de destino
Estado de destino
R$ 86,41
R$ 1.234,56
(com 19% embutido no preço) (1.234,56 X 12%) - (1.234,56 x 19%)

Nesse caso 1% destinado ao Fundo de Combate a Pobreza deve ser recolhido a parte:

DIFAL (R$ 86,41 – R$ 12,34) = R$ 74,07


FCP = R$ 12,34
8.2.4.Redução de Carga Tributária no
cálculo do diferencial de alíquota
Convênio ICMS nº 153/2015
ICMS – NOÇÕES BÁSICAS
conceitos
9. CFOP e CST
Para melhor identificação das diversas operações e prestações ocorridas no âmbito do ICMS,
foi criado o Código Fiscal de Operações e de Prestações (CFOP), composto de quatro
dígitos. .Além do CFOP, que indica a natureza da operação e da prestação, foi também
instituído o Código de Situação Tributária (CST), que tem por finalidade identificar a origem
da mercadoria ou serviço e a tributação a que se sujeitam.
 
9.1. Critérios para Utilização do CFOP
 
Os grupos estão divididos em subgrupos que reúnem entradas ou aquisições, saídas ou
prestações de serviços de natureza correlata, identificadas por códigos de dígito final
zero, que serão utilizados somente em resumos, análises e intercâmbio de informações
econômico-fiscais.
 
ICMS – NOÇÕES BÁSICAS
conceitos
9. CFOP e CST
9.1.2. Entradas de mercadorias
 
Os códigos referentes à entrada de mercadoria ou bem estão agrupados segundo a
localização do estabelecimento remetente, obedecendo o seguinte critério:
 
Grupo 1 – Compreende as operações em que o estabelecimento remetente estiver
localizado no mesmo Estado;
Grupo 2 – Compreende as operações em que o estabelecimento remetente estiver
localizado em outro Estado;
Grupo 3 – Compreende as entradas de mercadoria ou bem de procedência estrangeira,
importado diretamente pelo estabelecimento, bem como as decorrentes de aquisição por
arrematação, concorrência ou qualquer outra forma de alienação promovida pelo Poder
Público.
 
ICMS – NOÇÕES BÁSICAS
conceitos
9. CFOP e CST
9.1.3. Entradas de serviços
 
Os códigos referentes a aquisição de serviço estão agrupados segundo o local de início da
prestação, obedecido o seguinte critério:
 
Grupo 1 – Compreende as aquisições de serviços iniciados no mesmo Estado;
Grupo 2 – Compreende as aquisições de serviços iniciados em outro Estado;
Grupo 3 – Compreende as aquisições de serviços iniciados no exterior.
 
9.2. Saídas de mercadorias
 
Os códigos referentes a saída de mercadoria ou bem estão agrupados segundo a localização
do estabelecimento destinatário, obedecido o seguinte critério:
 
Grupo 5 – Compreende as operações em que os estabelecimentos envolvidos estiverem
localizados no mesmo Estado;
Grupo 6 – Compreende as operações em que os estabelecimentos envolvidos estiverem
localizados em Estados distintos;
Grupo 7 – Compreende as operações em que o destinatário estiver localizado em outro país.
 
ICMS – NOÇÕES BÁSICAS
conceitos
9. CFOP e CST
9.2.1. Prestação de serviços
 
Os códigos referentes a prestação de serviço estão agrupados segundo a localização do
estabelecimento adquirente, obedecido o seguinte critério:
 
Grupo 5 – Compreende as prestações em que os estabelecimentos envolvidos estiverem
localizados no mesmo Estado;
Grupo 6 – Compreende as prestações em que os estabelecimentos envolvidos estiverem
localizados em Estados distintos;
Grupo 7 – Compreende as prestações em que o adquirente estiver localizado em outro país.
 
46
ICMS – NOÇÕES BÁSICAS
conceitos
9. CFOP e CST

9.3. Código de Situação Tributária (CST)


 
O Código de Situação Tributária (CST) tem por finalidade indicar a origem da mercadoria e a
tributação a que se sujeitam a operação e a prestação.
 
O código da situação tributária (CST) será composto de 3 dígitos, na forma ABB; o 1º dígito
indicará a origem da mercadoria ou serviço, com base na Tabela A e os 2 últimos dígitos a
tributação pelo ICMS, com base na Tabela B, constantes do Anexo V do RICMS-SP.
 
ICMS – NOÇÕES BÁSICAS
conceitos
9. CFOP e CST
9.3. Código de Situação Tributária (CST)
 
 

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