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Formação Analista

Fiscal
Formação Analista Fiscal

O que você aprenderá:


• Documentos fiscais - NFE ..................................... 11
• Benefícios fiscais ................................................... 28

• Apuração do ICMS ................................................. 45

• Caracterização da prestação do serviço .............. 57


• Regime não cumulativo - obrigatoriedade ............ 76
• Simples nacional .................................................... 93

• Lucro presumido: O que é? ................................... 102

• Vedação ao lucro presumido ................................ 106

• Formas de apuração ............................................. 124

• Percentuais ............................................................ 134

Quem vai te ensinar:

João Oliveira
Sócio da Consualt Consultoria e áßAssessoria pós
graduado em Gestão Contábil, Auditoria e Direito
Tributário, Graduado em Ciências Contábeis.
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código QR ao lado ou acesse: www.cefis.com.br

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• Limitações ao poder de tributar

CF/ 88 (...) Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao


contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios:

I – exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;

II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em


situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação
profissional ou função por eles exercida, independentemente da
denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;

III - cobrar tributos:


em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que
os houver instituído ou aumentado;

b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os


instituiu ou aumentou;

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• Limitações ao poder de tributar

c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei
que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b;

IV - utilizar tributo com efeito de confisco;

V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de


tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio
pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público;

VI - instituir impostos sobre:

a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;


b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas
fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de
educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos
da lei;

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• Limitações ao poder de tributar

d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.

e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo


obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral
interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou
arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial
de mídias ópticas de leitura a laser.

• Código tributário nacional

TRIBUTO - Discorre no artigo 3 do CTN – Lei Complementar n° 5.172 de


1966 que tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo
valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção por ato ilícito,
instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente
vinculada.

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• Código tributário nacional

IMPOSTO – Discorre no artigo 16 do CTN – Código Tributário Nacional que


imposto é um tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao
contribuinte.

TAXAS – Discorre no artigo 77 do CTN – Código Tributário Nacional que as


taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, tem como fato
gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou
potencial de serviço público especifico e divisível, prestado ao contribuinte
ou posto a sua disposição.

CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA – Discorre no artigo 81 que a contribuição


de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer
face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo
como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de
valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.

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• Espécies tributárias

A doutrina não é unânime a respeito de quais são as espécies tributárias; na


verdade, existem diversas correntes sobre o tema, destacando-se duas delas:

i) a tricotômica ou tripartite e;
ii) a penta partida. Para a corrente tricotômica, os tributos podem ser
divididos em impostos, taxas e contribuições de melhoria. Essa corrente se
apoia, dentre outros argumentos, na literalidade do art. 145, CF/88.

A corrente penta partida, entretanto, é seguida pela doutrina dominante.


Segundo essa teoria, cujo entendimento já foi referendado pelo STF, o
sistema tributário brasileiro possui cinco espécies de tributos: impostos,
taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições
especiais.

Segundo os adeptos dessa teoria, o legislador constituinte agrupou no art.


145, CF/88, apenas as espécies tributárias que podem ser instituídas por
todos os entes federativos.

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• Função dos tributos

Os tributos podem ter função fiscal ou extrafiscal.


A finalidade fiscal existirá quando o objetivo do tributo for eminentemente
arrecadatório, como o Imposto de Renda (IR).

Já a finalidade extrafiscal estará presente quando o tributo tem por desígnio


a regulação econômico-social, como os Impostos de Importação (II) e
Exportação (IE). Ao elevar a alíquota do imposto de importação, o governo
protege a indústria nacional; por outro lado, ao reduzir a alíquota desse
tributo, estimula-se a entrada de produtos estrangeiros no território nacional.

• Classificação dos tributos

TRIBUTO DIRETO. É aquele em que não se pode transferir o ônus tributário


para outrem.
Exemplo: IR.

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• Classificação dos tributos

TRIBUTO INDIRETO. É aquele em que é possível a transferência do ônus


tributário para outrem. Exemplo: ICMS.

• Obrigação principal e acessória

OBRIGAÇÃO PRINCIPAL – A obrigação principal surge com a ocorrência do


fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária
e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.

OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA – A obrigação acessória decorre da legislação


tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela
previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.

Nota: A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância,


converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária. ->
Base legal: CTN – art. 113.

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• Sujeito ativo e passivo

SUJEITO ATIVO – Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito


público, titular da competência para exigir o seu cumprimento.

SUJEITO PASSIVO – Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa


obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.

O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:

I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que


constitua o respectivo fato gerador;

II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua


obrigação decorra de disposição expressa de lei.

Base legal: CTN – art. 119 e 121.

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• Documentos fiscais - NFE

Podemos conceituar a Nota Fiscal Eletrônica como sendo um documento de


existência apenas digital, emitido e armazenado eletronicamente, com o
intuito de documentar, para fins fiscais, uma operação de circulação de
mercadorias ou uma prestação de serviços, ocorrida entre as partes.

Sua validade jurídica é garantida pela assinatura digital do remetente


(garantia de autoria e de integridade) e a Autorização de uso fornecida pelo
Fisco, antes da ocorrência do fato gerador.

Podemos conceituar o Conhecimento de Transporte Eletrônico como sendo


um documento de existência apenas digital, emitido e armazenado
eletronicamente, com o intuito de documentar, para fins fiscais, uma
prestação de serviço de transporte de cargas realizada por qualquer modal
(Rodoviário, Aéreo, Ferroviário, Aquaviário e Dutoviário).

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• Documentos fiscais – CT-e

Sua validade jurídica é garantida pela assinatura digital do emitente (garantia


de autoria e de integridade) e pela recepção e autorização de uso, pelo Fisco.

• Documentos fiscais – NFC-e

A Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica - NFC-e - é um documento de


existência apenas digital, emitido e armazenado eletronicamente, com o
intuito de documentar as operações comerciais de venda presencial ou
venda para entrega em domicilio ao consumidor final (pessoa física ou
jurídica) em operação interna e sem geração de crédito de ICMS ao
adquirente.

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• Documentos fiscais – MDF-e

O Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais - MDF-e - é o documento


fiscal eletrônico, de existência apenas digital, cuja validade jurídica é
garantida pela assinatura digital do emitente e pela Autorização de Uso de
MDF-e concedida pela Administração Tributária.

• Documentos fiscais – NFC-e

A NFS-e é um documento fiscal, exclusivamente digital, das operações de


prestação de serviços declaradas pelo prestador, gerado pela Secretaria
Municipal de Finanças.

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• NFS-e – padrão nacional para o MEI

Se for MEI está obrigado desde 01/09/2023, segundo a Resolução do Comitê


Gestor do Simples Nacional (CGSN) 169/2022.

Antes, o MEI emitia a NFS-e pelo site da prefeitura do seu município. Agora, a
regra é emitir a nota fiscal de padrão nacional pelo portal gov.br/nfse ou
pelo aplicativo NFS-e-Mobile.

• CFOP

A sigla CFOP (Código Fiscal de Operações e Prestações) é um código


numérico de quatro dígitos que serve para identificar a natureza de
circulação de uma mercadoria e prestações de serviços sujeitas ao ICMS.

Para a emissão correta de documentos fiscais é de fundamental importância


saber classificar as operações e prestações.

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• CFOP

1.000 - Entradas ou aquisições de serviços do estado.


2.000 - Entradas ou aquisições de serviços de outros estados.
3.000 - Entradas ou aquisições de serviços do exterior.
5.000 - saídas ou prestações de serviços para o estado.
6.000 - saídas ou prestações de serviços para outros estados.
7.000 - saídas ou prestações de serviços para o exterior.

• CST

O CST é um código de situação tributária que permite no ato da emissão dos


documentos fiscais identificar qual a tributação dos produtos ou serviços,
previsto no Convênio s/nº, 1970, houve alterações que foram trazidas pelo
Ajuste SINIEF nº 20/2012 (DOU 09.11.2012), com efeitos a partir de 1º de
janeiro de 2013.

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• CST

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• CST

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• CST

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• ICMS – regra matriz

Constituição Federal de 1988;


Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:

II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de


serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação,
ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;
• Lei Complementar 87/96;
• CTE e RICMS.

• ICMS – características

• Não Cumulatividade
• Seletividade Opcional
• Indireto
• Regressivo
• Alíquotas Ad Valorem ou proporcionais

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• ICMS – características

• Não progressivo
• Lançamento por homologação
• Real

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• ICMS – regime de compensação

Art.155. §2º O imposto previsto no inciso II (ICMS) atenderá ao seguinte:

I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação


relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o
montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo
Distrito Federal;

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• ICMS – regime de compensação

§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:


II - a isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário da
legislação:
não implicará crédito para compensação com o montante devido nas
operações ou prestações seguintes;

b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores;


Exceção: Exportação

• ICMS – alíquotas

§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:

III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos


serviços;

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• ICMS – alíquotas

IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou


de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus
membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações,
interestaduais e de exportação;

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• ICMS – alíquotas

• ICMS

Neste tópico cabe a você estudante uma leitura minuciosa do artigo 12 da


Lei Complementar nº 87/96.
Aqui neste tópico vou te mostrar como analisar essas hipóteses de
incidência do ICMS.

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• ICMS – alíquota 4%

§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:

IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou


de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus
membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações,
interestaduais e de exportação;

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• ICMS – fato gerador

Neste tópico cabe a você estudante uma leitura minuciosa do artigo 12 da


Lei Complementar nº 87/96.
Aqui neste tópico vou te mostrar como analisar essas hipóteses de
incidência do ICMS.

• Base de cálculo - exemplo

Valor da Operação S/ICMS R$ 1.000,00

Alíquota 17%

ICMS por dentro (0,83) R$ 1.204,82

Base de cálculo do ICMS R$ 1.204,82

Valor do imposto R$ 204,82

Valor da operação C/ICMS R$ 1.204,82

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• ICMS vs ISS - Incidência

Serviço previsto na LC 116/03, sem ressalva autorize cobrança do ICMS:


• ISS sobre o valor total (mercadoria + serviço)

Serviço previsto na LC 116/03, com ressalva para cobrança do ICMS:


• ISS sobre o serviço e ICMS sobre a mercadoria

Serviço não previsto na LC 116/03:


• ICMS sobre o valor total (mercadoria + serviço)

• ICMS VS IPI

Art. 155. § 2º. XI - não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do


imposto sobre produtos industrializados, quando a operação, realizada entre
contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à
comercialização, configure fato gerador dos dois impostos;

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• ICMS VS IPI

IPI não integra a base de cálculo do ICMS:

• Industrialização ou Comercialização
• Entre Contribuintes
• Fato Gerados dos 2 impostos

• Benefícios fiscais

Estrutura:

• Contextualização sobre aplicação de Benefícios Fiscais


• Diferencial de Alíquotas
• FCP e Alíquotas
• Substituição Tributária do ICMS

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• Benefícios fiscais

Preceitua o inciso XII do artigo 155 da Constituição Federal de 1988, que


compete aos Estados e ao Distrito Federal, instituir imposto sobre operações
relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de
transporte de natureza intermunicipal e interestadual e de comunicação.

A CF/88 determina que caberá a Lei Complementar:

• Definir seus contribuintes;


• Dispor sobre substituição tributária;
• Disciplinar o regime de compensação do imposto;
• Fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento
responsável, o local das operações relativas à circulação de mercadorias
e das prestações de serviços.
• Excluir a incidência do imposto, nas exportações para o exterior
• Prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para
outro Estado e exportação para o exterior, de serviços e de mercadorias;
• Regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito
Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e
revogados;

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• Benefícios fiscais

• Definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá


uma única vez, qualquer que seja a sua finalidade;
• Fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre,
também na importação do exterior de bem, mercadoria ou serviço;
• Todas as disposições atinentes a isenções, benefícios e incentivos
fiscais, regem-se até o presente momento pelas disposições da Lei
Complementar nº 24/1975.

A Lei Complementar não institui o ICMS, assumindo tão somente a função de


definir os fatos que o legislador estadual poderá adotar na descrição das
hipóteses de incidência do tributo.

As isenções do imposto sobre operações relativas à circulação de


mercadorias serão concedidas ou revogadas nos termos de convênios
celebrados e ratificados pelos Estados e pelo Distrito Federal.

Os convênios serão celebrados em reuniões para as quais tenham sido


convocados representantes de todos os Estados e do Distrito Federal, sob a
presidência de representantes do Governo federal.

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• Benefícios fiscais

Dentro do prazo de 15 dias contados da publicação dos convênios no Diário


Oficial da União, e independentemente de qualquer outra comunicação, o
Poder Executivo de cada Unidade da Federação publicará decreto ratificando
ou não os convênios celebrados, considerando-se ratificação tácita dos
convênios a falta de manifestação no prazo.

É de fundamental importância entender a diferença entre benefícios fiscais e


incentivos fiscais, sendo assim, o domínio destes institutos fará do
profissional atuante com a legislação tributária do ICMS ter maior facilidade
e entendimento quanto da aplicabilidade e operacionalização destes
institutos.

• É a renúncia do tributo de forma parcial ou total vise a atender o interesse


da sociedade.

INCENTIVO FISCAL:

• É um benefício específico de cunho econômico e social, com a finalidade


de geração de empregos, redução de preços de produtos, etc.

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• Regras de interpretação de benefícios


fiscais

Discorre no artigo 111 da Lei nº 5.172/66 que interpreta-se literalmente a


legislação tributária que disponha sobre:
I - suspensão ou exclusão do crédito tributário;
II - outorga de isenção;
III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias.

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• Regras de interpretação de benefícios


fiscais

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• Produtos importados

Através do Despacho Confaz 223/2012, foi publicado no DOU, o Convênio


ICMS 123/2012, dispondo sobre a NÃO APLICAÇÃO de benefícios fiscais de
ICMS na operação interestadual com bem ou mercadoria importados
submetidos à tributação prevista na Resolução do Senado Federal nº
13/2012 (alíquota de 4%), salvo se:

• De sua aplicação em 31/12/2012 resultar carga tributária menor que 4%;


• Tratar-se de isenção.

• Fato gerador

• Art. 155 - Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos


sobre:
• [...]
• §2º

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• Fato gerador

• VII - nas operações e prestações que destinem bens e serviços a


consumidor final, contribuinte ou não do imposto, localizado em outro
Estado, adotar-se-á a alíquota interestadual e caberá ao Estado de
localização do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a
alíquota interna do Estado destinatário e a alíquota interestadual;

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• Fato gerador

• BASE DE CÁLCULO - CONTRIBUINTE DO IMPOSTO


• Art. 13 da Lei Complementar 87/96
• [...]
• IX - nas hipóteses dos incisos XIII e XV do
caput do art. 12 desta Lei Complementar:

a) o valor da operação ou prestação no Estado de origem, para o cálculo do


imposto devido a esse Estado;

b) o valor da operação ou prestação no Estado de destino, para o cálculo do


imposto devido a esse Estado;

• Base de cálculo - não contribuinte do imposto


• Art. 13 da Lei Complementar 87/96
• [...]

X - nas hipóteses dos incisos XIV e XVI do caput do art. 12 desta Lei
Complementar, o valor da operação ou o preço do serviço, para o cálculo do
imposto devido ao Estado de origem e ao de destino.

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• Substituição tributária

NO ÂMBITO DO CONFAZ

No âmbito do CONFAZ o Regime da Substituição Tributária do ICMS é


disciplinado via Convênio ICMS ou Protocolo ICMS.

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• Substituição tributária

CONVÊNIO: os Convênios (art. 100 do CTN) são, basicamente, normas


complementares de leis. São mais complexos que os Protocolos, pois
possuem maior aspecto material, que, através deles, podem ser
normatizadas.

PROTOCOLO: é um acordo celebrado entre alguns Estados, sem a


interferência em outros.

No âmbito do CONFAZ o Regime da Substituição Tributária do ICMS é


disciplinado via:

• Convênio IOF ou Protocolo IOF.


• Convênio ICMS ou Protocolo ICMS.
• Convênio IPI ou Protocolo IPI.
• Convênio CSLL ou Protocolo CSLL.

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• Principais aspectos para interpretação

É de fundamental importância fazer a aplicabilidade dos convênios e


protocolos de forma correta, com muita cautela. A interpretação dos acordos
deverá ser feita de forma pontual, desprezando qualquer forma de analogia.

• Tipos de substituição tributária

• 1º - OPERAÇÃO ANTERIOR – (PARA TRÁS)


• 2º - OPERAÇÃO CONCOMITANTE - (NO MEIO)
• 3º - OPERAÇÃO SUBSEQUENTE – (PARA FRENTE)

• Interpretação e aplicabilidade

1º - Os Estados envolvidos na operação são signatários do Convênio ou


Protocolo;

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• Interpretação e aplicabilidade

2º - O destinatário tem perfil para ser substituído;


3º - As mercadorias envolvidas na operação estão listadas no Convênio ou
Protocolo;
4º - Quais as hipóteses de não aplicabilidade da Substituição Tributária
prevista no Convênio ou Protocolo;
5º - Composição da base de cálculo do ICMS por Substituição Tributária –
PREÇO DE PAUTA ou MVA;
6º - Origem das mercadorias para efeitos de definição da alíquota
interestadual

• O que é a ST do ICMS pela operação


posterior?

O regime de substituição tributária pela operação posterior - retenção na


fonte - consiste na retenção, apuração e pagamento do imposto devido por
operação interna subsequente, inclusive quanto ao diferencial de alíquotas,
se for o caso.

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• O que é a ST do ICMS pela operação


posterior?

A ST em relação às operações posteriores, caracteriza-se pela atribuição a


determinado contribuinte para que este retenha e recolha o valor do ICMS
incidente nas subsequentes operações com a mercadoria, até sua saída
destinada a consumidor ou usuário final.

• Determinação da base de cálculo do ICMS


ST

A base de cálculo para efeito da Substituição Tributária do ICMS pela


operação subsequente será obtida pelo somatório das parcelas seguintes:

• Valor da operação ou prestação


• Seguro, frete, despesas acessórias
• IPI – imposto produto industrializado margem de valor agregado
• Base de cálculo do ICMS ST

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• Agregação de margem de valor pelo


optante pelo SN

O Convênio ICMS nº 142/2018 determina a não aplicação da MVA Ajustada


nas operações interestaduais com produtos sujeitos à substituição tributária,
realizadas por contribuintes substitutos tributários que recolhem o ICMS nos
termos da Lei Complementar nº 123/2006.

Nas operações de circulação de mercadorias submetidas à substituição


tributária do ICMS em que o remetente seja optante pelo Simples Nacional, a
base de cálculo para fins do ICMS ST deverá ser obtida com a agregação da
MVA Original, independente do perfil tributário do destinatário.

• Livros fiscais

O livro Registro de Entradas destina-se à escrituração da:

I - entrada, a qualquer título, de mercadoria no estabelecimento;

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• Livros fiscais

II - utilização de serviço pelo estabelecimento.


Deve ser também escriturado:
III - documento fiscal relativo à aquisição de mercadoria:

a) que não transitar pelo estabelecimento adquirente, ainda que por meio de
título que a represente;
b) para o ativo imobilizado, cuja escrituração deve ser feita de forma
individualizada;
c) Uso ou consumo.

• Livros de entradas

O livro Registro de Entradas destina-se à escrituração da:

II - o documento fiscal relativo à destinação da mercadoria produzida pelo


próprio estabelecimento, para o ativo imobilizado ou para uso e consumo;

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• Livro de entradas

III - o montante de eventual diferença verificada em relação à operação ou à


prestação já escriturada.

• Livros de saídas

O livro Registro de Saídas destina-se à escrituração da:

I - saída de mercadoria, a qualquer título, do estabelecimento;


II - prestação de serviço.

Deve ser também escriturado o documento fiscal relativo à transmissão de


propriedade da mercadoria que não tenha transitado pelo estabelecimento.

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• Apuração do ICMS

O livro Registro de Apuração do ICMS destina-se a escriturar, por período de


apuração do imposto, os totais dos valores contábeis e os dos valores
fiscais, relativos ao ICMS, das operações e prestações de entradas e saídas,
extraídas dos livros próprios e agrupados segundo o Código Fiscal de
Operações e Prestações previsto no regulamento.

No livro Registro de Apuração do ICMS são, também, escriturados:

I - os débitos e os créditos do ICMS;


II - a apuração dos saldos;
III - os dados relativos ao pagamento;

No livro Registro de Apuração do ICMS são, também, escriturados:

IV - o valor do estorno relativo ao ativo imobilizado e material de uso e


consumo;
V - outras anotações e informações exigidas pela legislação tributária.

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• Inventário

O livro Registro de Inventário destina-se a escriturar, pelo seu valor e com


especificação que permita sua perfeita identificação, a mercadoria, a
matéria-prima, o produto intermediário, o material de embalagem, o produto
manufaturado, o material de uso e consumo próprio, o produto em fabricação
e o bem do ativo imobilizado, existentes no estabelecimento à época do
balanço.

• RUDFTO

O livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de


Ocorrências destina-se à:

I - escrituração da entrada de documento fiscal, confeccionado por


estabelecimento gráfico ou pelo próprio contribuinte usuário do documento
fiscal respectivo;

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• Qual a finalidade do livro fiscal: apuração


do ICMS?

a) Escriturar a entrada de mercadoria; documento fiscal relativo à aquisição.


b) Escriturar a saída de mercadoria; documento fiscal relativo à transmissão
de propriedade da mercadoria.
c) Escriturar por período de apuração do imposto, os
totais dos valores contábeis e os dos valores fiscais
d) Escriturar, pelo seu valor e com especificação que permita sua perfeita
identificação e características.

• IPI

REGRA MATRIZ DO TRIBUTO:

Constituição Federal de 1988 – artigo 153 – Compete a União instituir


imposto sobre:

[...]

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• IPI

IV. Produtos industrializados.

I - será seletivo, em função da essencialidade do produto;


II - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação
com o montante cobrado nas anteriores;
III - não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior.
IV - terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo
contribuinte do imposto, na forma da lei.

• Não cumulatividade

Art. 225 do RIPI/2010. A não cumulatividade é efetivada pelo sistema de


crédito do imposto relativo a produtos entrados no estabelecimento do
contribuinte, para ser abatido do que for devido pelos produtos dele saídos,
num mesmo período.

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• Não cumulatividade

O direito ao crédito é também atribuído para anular o débito do imposto


referente a produtos saídos do estabelecimento e a este devolvidos ou
retornados.

• O que se considera indústria

O imposto incide sobre produtos industrializados, nacionais e estrangeiros,


obedecidas as especificações constantes da TIPI (DECRETO Nº 8950/2016).

Discorre no artigo 4º do Decreto nº 7.212/2010 (RIPI) que caracteriza


industrialização qualquer operação que modifique a natureza, o
funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou
o aperfeiçoe para consumo, tal como:

I - a que, exercida sobre matérias-primas ou produtos intermediários, importe


na obtenção de espécie nova (transformação);

49
Formação Analista Fiscal

• O que se considera indústria

II - a que importe em modificar, aperfeiçoar ou, de qualquer forma, alterar o


funcionamento, a utilização, o acabamento ou a aparência do produto
(beneficiamento);

III - a que consista na reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte


um novo produto ou unidade autônoma, ainda que sob a mesma
classificação fiscal (montagem);

IV - a que importe em alterar a apresentação do produto, pela colocação da


embalagem, ainda que em substituição da original, salvo quando a
embalagem colocada se destine apenas ao transporte da mercadoria
(acondicionamento ou recondicionamento); ou

V - a que, exercida sobre produto usado ou parte remanescente de produto


deteriorado ou inutilizado, renove ou restaure o produto para utilização
(renovação ou recondicionamento).

50
Formação Analista Fiscal

• O que não se considera indústria

O artigo 5º do RIPI/2010 consigna que as hipóteses em que não há


caracterização de industrialização. Abaixo elencamos algumas hipóteses:

I - o preparo de produtos alimentares, não acondicionados em embalagem de


apresentação:

a) na residência do preparador ou em restaurantes, bares, sorveterias,


confeitarias, padarias, quitandas e semelhantes, desde que os produtos se
destinem a venda direta a consumidor;
b) em cozinhas industriais, quando destinados a venda direta a pessoas
jurídicas e a outras entidades, para consumo de seus funcionários,
empregados ou dirigentes;

II - o preparo de refrigerantes, à base de extrato concentrado, por meio de


máquinas, automáticas ou não, em restaurantes, bares e estabelecimentos
similares, para venda direta a consumidor
III - a confecção ou preparo de produto de artesanato, definido no art. 7º ;
IV - a confecção de vestuário, por encomenda direta do consumidor ou
usuário, em oficina ou na residência do confeccionador;

51
Formação Analista Fiscal

• O que não se considera indústria

V - o preparo de produto, por encomenda direta do consumidor ou usuário, na


residência do preparador ou em oficina, desde que, em qualquer caso, seja
preponderante o trabalho profissional;
VI - a manipulação em farmácia, para venda direta a consumidor, de
medicamentos oficinais e magistrais, mediante receita médica;
VII - a moagem de café torrado, realizada por estabelecimento comercial
varejista como atividade acessória;
VIII - a montagem de óculos, mediante receita médica;
IX – Demais hipóteses estabelecidas no referido artigo.
VIII - a montagem de óculos, mediante receita médica;
IX – Demais hipóteses estabelecidas no referido artigo.

• Equiparação ao IPI

Nos termos do artigo 9º do RIPI/2010 são equiparados a indústria as


seguintes pessoas jurídicas: Exemplos:

52
Formação Analista Fiscal

• Equiparação ao IPI

I - os estabelecimentos importadores de produtos de procedência


estrangeira, que derem saída a esses produto;
II - os estabelecimentos, ainda que varejistas, que receberem, para
comercialização, diretamente da repartição que os liberou, produtos
importados por outro estabelecimento da mesma firma;
III - as filiais e demais estabelecimentos que exercerem o comércio de
produtos importados, industrializados ou mandados industrializar por outro
estabelecimento da mesma firma, salvo se aqueles operarem
exclusivamente na venda a varejo e não estiverem enquadrados na hipótese
do inciso II;
IV - os estabelecimentos comerciais de produtos cuja industrialização tenha
sido realizada por outro estabelecimento da mesma firma ou de terceiro,
mediante a remessa, por eles efetuada, de matérias-primas, produtos
intermediários, embalagens, recipientes, moldes, matrizes ou modelos;
- os estabelecimentos comerciais de produtos do Capítulo 22 da V - os
estabelecimentos comerciais de produtos do Capítulo 22 da TIPI, cuja
industrialização tenha sido encomendada a estabelecimento industrial, sob
marca ou nome de fantasia de propriedade do encomendante, de terceiro ou
do próprio executor da encomenda.

53
Formação Analista Fiscal

• Equiparação ao IPI

VI - os estabelecimentos comerciais atacadistas dos produtos classificados


nas Posições 71.01 a 71.16 da TIPI (Lei nº 4.502, de 1964, Observações ao
Capítulo 71 da Tabela);
VII – Demais hipóteses estabelecidas no referido artigo.

• Apuração do IPI

Aquisição de Insumos R$ 20.000,00


Alíquota 10%
Valor do Crédito R$ 2.000,00

Vendas de Produtos Industrializados R$ 40.000,00


Alíquota 10%
Valor do IPI R$ 4.000,00
Valor da operação R$ 44.000,00
APURAÇÃO DO IPI
Débito R$ 4.000,00
Crédito R$ 2.000,00
Valor do IPI a Recolher R$ 2.000,00

54
Formação Analista Fiscal

• ISSQN – regra matriz

O ISS tem seu apoio tributário na CF/88, em seu artigo 156, inciso III, aonde
se consigna que compete aos Município instituir imposto sobre serviços de
qualquer natureza, desde que não compreendidos no artigo 155 da citada
constituição, que deverão estar definidos em Lei Complementar.

Conforme discorre na LC nº 116/2003 O Imposto Sobre Serviços de Qualquer


Natureza, de competência dos Municípios e do Distrito Federal, tem como
fato gerador a prestação de serviços constantes da lista anexa, ainda que
esses não se constituam como atividade preponderante do prestador.

O imposto incide também sobre o serviço proveniente do exterior do País ou


cuja prestação se tenha iniciado no exterior do País.

O artigo 3º da LC 116/2003 preceitua que o serviço considera-se prestado, e


o imposto, devido, no local do estabelecimento prestador ou, na falta do
estabelecimento, no local do domicílio do prestador, exceto nas hipóteses
previstas nos incisos I a XXV do referido artigo, quando o imposto será
devido no local.

55
Formação Analista Fiscal

• ISSQN – regra matriz

É fundamental sempre consultar a LC 116/2003 para saber aonde de fato é


devido o serviço prestado.

Sabemos que cada município estabelece normas próprias para fins de


cobrança do ISSQN em seus respectivos CÓDIGOS TRIBUTÁRIOS, mas via de
regra devem obedecer os preceitos da LC Nº 116/2003 a fim de evitar
conflitos de interpretações da legislação.

• Contribuinte e responsável

Contribuinte: Discorre na LC nº 116/2003 em seu artigo 5º que o contribuinte


é o prestador do serviço.

Responsável: Discorre no artigo 6º da LC nº 116/2003 que os Municípios e o


Distrito Federal, mediante lei, poderão atribuir de modo expresso a
responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato
gerador da respectiva obrigação excluindo a responsabilidade do...

56
Formação Analista Fiscal

• Contribuinte e responsável

... contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento


total ou parcial da referida obrigação, inclusive no que se refere à multa e aos
acréscimos legais.

Alíquotas: Máxima de 5% (cinco por cento) e mínima de 2% (dois por cento).


Base de Cálculo: A base de cálculo do imposto é o preço do serviço.

Adiantamento: Não será considerado ocorrido o fato gerador no momento do


pagamento do valor acordado no contrato, pois o recebimento antecipado do
valor acordado não reflete no fato gerador do ISSQN.

• Caracterização da prestação do serviço

A caracterização da prestação de serviços para efeitos de ISSQN exige a


existência do caráter econômico: para a caracterização da prestação de
serviço deverá existir a remuneração pelo serviço.

57
Formação Analista Fiscal

• Caracterização da prestação do serviço

EXEMPLO - I

A EMPRESA STW INFORMÁTICA, com sede no município de Goiânia/GO,


prestou serviços de programação item 1.02 da lista de serviços da LC nº
116/2003 para a empresa CONSUALT CONSULTORIA também domiciliada
em Goiânia/GO no mês de março de 2018.

Pontos de reflexão:

• O Valor do Serviço é de R$ 5.000,00


• Alíquota do ISS é de 5%
• Qual o valor do ISS? R: R$ 5.000,00 x 5% = R$ 250,00

EXEMPLO - II

A EMPRESA STW INFORMÁTICA, com sede no município de Goiânia/GO,


prestou serviços de programação item 1.02 da lista de serviços da LC nº
116/2003 para a empresa PROCONTA CONTABILIDADE domiciliada no
município de Altamira/PA no mês de maio de 2018.

58
Formação Analista Fiscal

• Caracterização da prestação do serviço

Pontos de reflexão:

• O Valor do Serviço é de R$ 8.000,00


• Alíquota do ISS é de 5%
• Qual o valor do ISS?
• Para qual município é devido o ISS?

EXEMPLO - II

Veja que para identificar para qual local é devido o ISS se faz necessário
identificar qual o serviço está sendo prestado com base na LC nº 116/2003,
depois desta análise conseguiremos pontuar para qual município é devido o
ISS.

Observe que a empresa STW INFORMÁTICA, com sede no município de


Goiânia/GO, prestou serviços de programação item 1.02 da lista de serviços
da LC nº 116/2003 para a empresa PROCONTA CONTABILIDADE domiciliada
no município de Altamira/PA, no mês de maio de 2018.

59
Formação Analista Fiscal

• Caracterização da prestação do serviço

O referido serviço não está contemplado no rol dos serviços descritos do


artigo 3º da LC nº 116/2003 que indica as hipóteses em que o serviços é
devido no local da prestação.

RESOLUÇÃO EXEMPLO - II

ISSQN
Valor do Serviço R$ 8.000,00

Alíquota 5%

ISS a Recolher R$ 400,00

EXEMPLO – III

A EMPRESA CONSTRUMAC TERRAPLANAGEM LTDA, com sede no município


de Goiânia/GO, prestou serviços de demolição item 7.04 da lista de serviços
da LC nº 116/2003 para a empresa CONSTROSHOW MATERAIS PARA...

60
Formação Analista Fiscal

• Caracterização da prestação do serviço

... CONSTRUÇÃO LTDA, domiciliada no município de Vila Velha/ES no mês de


julho de 2018.

Pontos de reflexão:

• O Valor do Serviço é de R$ 40.000,00 Alíquota do ISS é de 2%


• Qual o valor do ISS?
• Para qual município é devido o ISS?

Veja que para identificar para qual local é devido o ISS se faz necessário
identificar qual o serviço está sendo prestado com base na LC nº 116/2003,
depois desta análise conseguiremos pontuar para qual município é devido o
ISS.

Veja que a empresa CONSTRUMAC TERRAPLANAGEM, com sede no


município de Goiânia/GO, prestou serviços de demolição item 7.04 da lista de
serviços da LC nº 116/2003 para a empresa CONSTROSHOW MATERIAIS
PARA CONSTRUÇÃO LTDA, domiciliada no município de Vila Velha/ES, no
mês de julho de 2018.

61
Formação Analista Fiscal

• Caracterização da prestação do serviço

O referido serviço está contemplado no rol dos serviços descritos do artigo


3º da LC nº 116/2003 que indica as hipóteses em que o serviços é devido no
domicílio do tomador.

RESOLUÇÃO EXEMPLO - III

ISSQN
Valor do Serviço R$ 40.000,00

Alíquota 2%

ISS a Recolher R$ 800,00

Diante da análise da LC nº 116/2003 o ISS é devido no município de Vila


Velha/ES.

62
Formação Analista Fiscal

• Caracterização da prestação do serviço

EXEMPLO - IV

A EMPRESA CONSUALT CONSULTORIA E ASSOSSORIA EMPRESARIAL, com


sede no município de Goiânia/GO, prestou serviços de consultoria item 17.01
da lista de serviços da LC nº 116/2003 para a empresa HOSPITAL DE
URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS DE GOÂNIA, domiciliada no município de
Goiânia/GO, no mês de junho de 2019.

Pontos de reflexão:

• O tomador do serviços é substituto tributário


• O Valor do Serviço é de R$ 10.000,00
• Alíquota do ISS é de 5%
• Qual o valor do ISS?
• De quem é a responsabilidade pelo recolhimento do ISS?

63
Formação Analista Fiscal

• Caracterização da prestação do serviço

Em análise a legislação verificamos que o serviço de consultoria está na lista


de serviços da LC nº 116/2003 no item 17.01 e não consta no rol dos
serviços do artigo 3º da LC nº 116/2003, hipótese em que o serviço é devido
no local da prestação.

O município de Goiânia por meio de decreto próprio estabeleceu que os


hospitais são substitutos tributários, isso quer dizer que o ISS deverá ser
retido na fonte e recolhido pelo tomador do serviço.

RESOLUÇÃO EXEMPLO - IV

ISSQN
Valor do Serviço R$ 10.000,00

Alíquota 5%

ISS a Receber R$ 500,00

64
Formação Analista Fiscal

• PIS e COFINS - introdução

PIS – Instituído pela Lei Complementar N° 07/70 – PROGRAMA DE


INTEGRAÇÃO SOCIAL

PASEP – Instituído pela Lei Complementar N° 08/70 – PROGRAMA DE


FORMAÇÃO DO PATRIMÔNIO DO SERVIDOR PÚBLICO

A arrecadação decorrente das contribuições para o Programa de Integração


Social, criado pela Lei Complementar nº 7, de 7 de setembro de 1970, e para
o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público, criado pela Lei
Complementar nº 8, de 3 de dezembro de 1970, financia o programa do
seguro-desemprego e o abono salarial.

COFINS – Instituída pela Lei Complementar N° 70/91 – Contribuição para


financiamento da Seguridade Social.

A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de


iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os
direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.

65
Formação Analista Fiscal

• PIS e COFINS - introdução

Art. 195 da CF/88. A seguridade social será financiada por toda a sociedade,
de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes
dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
e das seguintes contribuições sociais:

I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei,


incidentes sobre:

b) a receita ou o faturamento; [...]

• REGIMES – PIS e COFINS

O PIS e a COFINS estão regulamentados em dois regimes distintos, o regime


cumulativo e o regime não cumulativo.

66
Formação Analista Fiscal

• Regime cumulativo

O regime cumulativo consiste em um método de apuração na qual o tributo é


exigido toda vez que ocorre o ato da venda da mercadoria, sem a
possibilidade de amortizar nessa operação o valor do tributo incidido na
operação antecedente, “efeito cascata”.
LEI nº 9.718/98 – REGIME CUMULATIVO

• Regime não cumulativo

O regime não cumulativo consiste na possibilidade de compensar o valor do


tributo cobrado anteriormente com o tributo devido em cada operação
(venda).

Sendo assim, podemos dizer que o PIS e a COFINS, são contribuições


sociais que visam dar uma integração social com o Estado custeando
benefícios sociais e de assistência a saúde do trabalhador.

67
Formação Analista Fiscal

• Regime não cumulativo

• Lei n° 9.718/98 – regime cumulativo


• Lei n° 10.637/2002 – PIS regime não cumulativo
• Lei n° 10.833/2003 – COFINS regime não cumulativo

Trataremos a seguir das pessoas jurídicas obrigadas a cada regime de


tributação das referidas contribuições.

• PIS e COFINS - Obrigatoriedade

São obrigadas ao regime cumulativo do PIS e da COFINS as pessoas


jurídicas de direito privado e as que lhe são equiparadas pela legislação do
imposto de renda, tributadas com base no lucro presumido ou arbitrado.

Independentemente da forma de apuração do lucro pelo Imposto de Renda,


são contribuintes da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS incidentes
sobre a receita, no regime de apuração cumulativa todas as pessoas...

68
Formação Analista Fiscal

• PIS e COFINS - Obrigatoriedade

... jurídicas listadas no artigo 8° da Lei N° 10.637/2002 e artigo 10° da Lei 10.
833/2003.

• PIS e COFINS - isenção e não incidência

• Exportação de mercadorias;
• Vendas para trading – comercial exportadora;
• O faturamento corresponde a vendas de materiais e serviços efetuadas
diretamente a Itaipu Binacional;
• A apresentação de serviços para pessoa física ou jurídica residente ou
domiciliada no exterior, cujo pagamento representa ingresso de divisas;
• Do transporte internacional de cargas ou passageiros.

69
Formação Analista Fiscal

• PIS e COFINS - exclusões da base de


cálculo

• As vendas canceladas;
• Descontos incondicionais concedidos;
• IPI e o ICMS, quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos
serviços na condição de substituto tributário;
• Reversões de provisões;
• Recuperação de créditos baixados como perdas;
• Resultado positivo de MEP e pelo Método de Custo;
• Ganho de capital sobre Ativo Imobilizado.

• PIS e COFINS - base de cálculo

A base de cálculo do PIS/PASEP e da COFINS pelo regime cumulativo


corresponde ao valor mensal da receita bruta, menos as exclusões
permitidas na legislação tributária vigente.

70
Formação Analista Fiscal

• PIS e COFINS - base de cálculo

Podem ser excluídas da Receita Bruta para fins de encontrar a base de


cálculo do PIS/PASEP e da COFINS:

I - devoluções e vendas canceladas;


I - descontos concedidos incondicionalmente;
III - tributos sobre ela incidentes;
V - valores decorrentes do ajuste a valor presente, de que trata o inciso VIII
do caput do art. 183 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, das
operações vinculadas à receita bruta. (Incluído pela Lei nº 12.973, de 2014) .

“Todo faturamento é considerado uma receita,


mais nem toda receita é considerada um faturamento”.

Exemplo: As receitas provenientes de rendimentos de aplicações financeiras


não são consideradas faturamento, portanto não são tributadas pelas
alíquotas padrão do PIS e da COFINS, sendo essas receitas tributadas de
acordo com a norma específica.

71
Formação Analista Fiscal

• PIS e COFINS - alíquotas

Como regra geral, as alíquotas para PIS e COFINS no regime cumulativo são,
respectivamente, 0,65% e 3%.

Acompanhar as alterações das normas lhe permitirá maior assertividade na


apuração dos tributos.

EXEMPLO - I

Vamos analisar as informações da empresa JBX COMÉRCIO DE MATERIAIS


ELÉTRICOS LTDA:

• Faturamento no mês de jan/2018: R$200.000,00


• Vendas canceladas: R$20.000,00
• BASE DE CÁLCULO: R$180.000,00

• BASE DE CÁLCULO: R$ 180.000,00


• PIS: R$ 180.000,00 x 0,65% = R$ 1.170,00
• COFINS: R$ 180.000,00 x 3% = R$ 5.400,00

72
Formação Analista Fiscal

• PIS e COFINS - prazo e código de


recolhimento

A apuração e o pagamento do PIS/PASEP e da COFINS serão efetuados


mensalmente, de forma centralizada, pelo estabelecimento matriz da pessoa
jurídica.

O pagamento da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o


Financiamento da Seguridade Social - COFINS deverá ser efetuado:

Até o 25º (vigésimo quinto) dia do mês subsequente ao mês de ocorrência


dos fatos geradores

PIS/PASEP – 8109

COFINS – 2172

EXEMPLO - II

A empresa MARVEL CELULARES (regime cumulativo) das contribuições...

73
Formação Analista Fiscal

• PIS e COFINS - prazo e código de


recolhimento

... sociais, estabelecida no Estado do Tocantins, obteve um faturamento no


mês de fevereiro/2019 de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais).

Pontos de reflexão:

• Houve devoluções de vendas no valor de R$ 10.000,00


• Houve vendas canceladas no valor de R$ 10.000,00
• Qual a base de cálculo do PIS e da COFINS?
• Qual o valor do PIS e da COFINS a recolher?

RESOLUÇÃO EXEMPLO - II

Cálculo do PIS e da COFINS


Faturamento R$ 50.000,00
Devoluções de vendas R$ 10.000,00
Vendas canceladas R$ 10.000,00

Base de cálculo R$ 30.000,00


PIS 0,65% R$ 195,00
COFINS 3% R$ 900,00

74
Formação Analista Fiscal

• PIS e COFINS - prazo e código de


recolhimento

EXEMPLO: III – VENDA DE VEÍCULOS USADOS

As receitas decorrentes das operações das pessoas jurídicas que tenham


como objeto social, declarado em seus atos constitutivos... a compra a
venda de veículos automotores, poderão equiparar para efeitos tributários,
como operações de consignação, as operações de veículos usados,
adquiridos para revenda, bem assim dos recebidos como parte do preço de
venda de veículos novos ou usados (art. 5° da Lei N° 9.716/98).

Compra e venda de veículos usado


Compra R$ 40.000,00
Venda R$ 50.000,00
Base R$ 10.000,00
PIS 10.000 x o,65% R$ 65,00
COFINS 10.000,00 x 3% R$ 300,00

75
Formação Analista Fiscal

• Regime não cumulativo - obrigatoriedade

O PIS e COFINS com a incidência não cumulativa, incide sobre o total das
receitas auferidas no mês pela pessoa jurídica, independente de sua
denominação ou classificação contábil.

O total das receitas auferidas pelas pessoas jurídicas sujeitas ao regime não
cumulativo compreende a soma da receita bruta de que trata o artigo 12 do
Decreto Lei N° 1.598/77:

I - o produto da venda de bens nas operações de conta própria;


II - o preço da prestação de serviços em geral;
III - o resultado auferido nas operações de conta alheia; e
IV - as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica não
compreendidas nos incisos I a III.

• Legislação aplicável:

LEI Nº 10.637/2002; e
LEI Nº 10.833/2003

76
Formação Analista Fiscal

• Regime não cumulativo - obrigatoriedade

Via de regra estão obrigados a recolhimento do PIS e da COFINS na


sistemática da não cumulatividade as empresas que estão no regime de
tributação do LUCRO REAL.

Vale salientar que para alguns casos, mesmo que a empresa esteja no
regime de tributação do LUCRO REAL, o recolhimento do PIS e da COFINS se
dará no regime cumulativo, conforme discorre no artigo 10 da LEI nº
10.833/2003 e artigo 8 da LEI nº 10.637/2002.

• Não integram a base de cálculo

Não integram a base de cálculo do PIS e da CONFINS não cumulativo as


seguintes receitas:

• Decorrentes de saídas isentas das contribuições ou alíquota zero;

77
Formação Analista Fiscal

• Não integram a base de cálculo

• Auferidas pela pessoa jurídica revendedora, na revenda de mercadorias


em relação as quais a contribuição seja exigida da empresa vendedora, na
condição de substituição tributária;

• Vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos;

• Decorrentes da venda de bens do ativo não circulante, classificado como


investimento, imobilizado ou intangível;

• Decorrentes de transferência onerosa a outros contribuintes do Imposto


sobre Circulação de Mercadorias e Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação – ICMS de créditos de ICMS originados
de operações de exportação.

• Financeiras decorrentes do ajuste a valor presente de que trata o inciso


VIII do caput do art. 183 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976,
referentes a receitas excluídas da base de cálculo da Cofins; (Incluído pela
Lei nº 12.973, de 2014).

78
Formação Analista Fiscal

• Não integram a base de cálculo

• Relativas aos ganhos decorrentes de avaliação do ativo e passivo com


base no valor justo;

• De subvenções para investimento, inclusive mediante isenção ou redução


de impostos, concedidas como estímulo à implantação ou expansão de
empreendimentos econômicos e de doações feitas pelo poder
público; (Incluído pela Lei nº 12.973, de 2014)

• Reconhecidas pela construção, recuperação, reforma, ampliação ou


melhoramento da infraestrutura, cuja contrapartida seja ativo intangível
representativo de direito de exploração, no caso de contratos de
concessão de serviços públicos; (Incluído pela Lei nº 12.973, de 2014)

• Relativas ao valor do imposto que deixar de ser pago em virtude das


isenções e reduções de que tratam as alíneas “a”, “b”, “c” e “e” do § 1º do
art. 19 do Decreto-Lei nº 1.598, de 26 de dezembro de 1977; e (Incluído
pela Lei nº 12.973, de 2014)

79
Formação Analista Fiscal

• Não integram a base de cálculo

• Relativas ao prêmio na emissão de debêntures. (Incluído pela Lei nº


12.973, de 2014)

• Alíquotas – regime não cumulativo

As alíquotas de PIS/PASEP e da COFINS são respectivamente:

De 1,65% para o PIS/PASEP; e

De 7,6% para a COFINS.

• Crédito – regime não cumulativo

As pessoas jurídicas sujeitas as recolhimento do PIS e da COFINS no...

80
Formação Analista Fiscal

• Crédito – regime não cumulativo

... regime não cumulativo poderão descontar créditos nos termos do artigo
3º da LEI nº 10.833/2003 artigo 3º da LEI nº 10.637/2002:

I - bens adquiridos para revenda, exceto em relação às mercadorias e aos


produtos referidos:

a) no inciso III do § 3º do art. 1º desta Lei; e

b) nos §§ 1º e 1º-A do art. 2º desta Lei;

II - bens e serviços, utilizados como insumo na prestação de serviços e na


produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda, inclusive
combustíveis e lubrificantes, exceto em relação ao pagamento de que trata
o art. 2º da Lei nº 10.485, de 3 de julho de 2002 devido pelo fabricante ou
importador, ao concessionário, pela intermediação ou entrega dos veículos
classificados nas posições 87.03 e 87.04 da Tipi; (Redação dada pela Lei nº
10.865, de 2004).

81
Formação Analista Fiscal

• Crédito – regime não cumulativo

III - energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a forma de vapor,


consumidas nos estabelecimentos da pessoa jurídica;

IV - aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, pagos a pessoa jurídica,


utilizados nas atividades da empresa;

V - valor das contraprestações de operações de arrendamento mercantil de


pessoa jurídica, exceto de optante pelo Sistema Integrado de Pagamento de
Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno
Porte - SIMPLES;
• (Redação dada pela Lei nº 10.865, de 2004);

VI - máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo


imobilizado, adquiridos ou fabricados para locação a terceiros, ou para
utilização na produção de bens destinados à venda ou na prestação de
serviços; (Redação dada pela Lei nº 11.196, de 2005);

VII - edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, utilizados


nas atividades da empresa;

82
Formação Analista Fiscal

• Crédito – regime não cumulativo

VIII - bens recebidos em devolução cuja receita de venda tenha integrado


faturamento do mês ou de mês anterior, e tributada conforme o disposto
nesta Lei;

IX - armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, nos casos


dos incisos I e II, quando o ônus for suportado pelo vendedor.

X - vale-transporte, vale-refeição ou vale-alimentação, fardamento ou


uniforme fornecidos aos empregados por pessoa jurídica que explore as
atividades de prestação de serviços de limpeza, conservação e manutenção.
(Incluído pela Lei nº 11.898, de 2009).

XI - bens incorporados ao ativo intangível, adquiridos para utilização na


produção de bens destinados a venda ou na prestação de serviços.

83
Formação Analista Fiscal

• Crédito – simples nacional

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Formação Analista Fiscal

• Crédito – regime não cumulativo

O conceito de insumo deve ser aferido à luz dos critérios da essencialidade


ou relevância, vale dizer, considerando-se a imprescindibilidade ou a
importância de determinado item – bem ou serviço – para o
desenvolvimento da atividade econômica desempenhada pelo contribuinte.

85
Formação Analista Fiscal

• Crédito – regime não cumulativo

O Decreto nº 8.426/2015 - Restabelece as alíquotas da Contribuição para o


PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre receitas financeiras auferidas pelas
pessoas jurídicas sujeitas ao regime de apuração não-cumulativa das
referidas contribuições.

Discorre o artigo 1º do Decreto nº 8.426/2015 que ficam restabelecidas para


0,65% (sessenta e cinco centésimos por cento) e 4% (quatro por cento),
respectivamente, as alíquotas da Contribuição para os Programas de
Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público e da
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS incidentes
sobre receitas financeiras, inclusive decorrentes de operações realizadas
para fins de hedge, auferidas pelas pessoas jurídicas sujeitas ao regime de
apuração não-cumulativa das referidas contribuições.

Nota: Aplica-se o disposto no caput inclusive às pessoas jurídicas que


tenham apenas parte de suas receitas submetidas ao regime de apuração
não-cumulativa da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS.

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Formação Analista Fiscal

• PIS e COFINS

Destacamos ainda que se faz necessário estudar sobre normas do PIS e


COFINS nas seguintes situações:

• Monofásico
• Substituição Tributária
• Alíquota Zero
• Suspenção

• PIS e COFINS – regime monofásico

A tributação monofásica do PIS e da COFINS consiste em mecanismo


semelhante à substituição tributária, pois atribui a um determinado
contribuinte a responsabilidade pelo tributo devido em toda cadeia produtiva
ou de distribuição subsequente.

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Formação Analista Fiscal

• PIS e COFINS – regime monofásico

PRODUTOS:

• Combustíveis;
• Produtos farmacêuticos;
• Perfumaria;
• Toucador;
• Higiene pessoal;
• Veículo, maquinas e
• autopeças;
• Bebidas frias.

• PIS e COFINS – substituição tributária

A substituição tributária do PIS e da COFINS via de regra é a atribuição dada


pela norma a um contribuinte pelo recolhimento dos tributos para as fases
subsequentes, isto significa que os tributos não terão tributação nas...

88
Formação Analista Fiscal

• PIS e COFINS – substituição tributária

... etapas posteriores.

• Cigarros e cigarrilhas;
• Motocicletas;
• Máquinas agrícolas autopropulsadas.

• Alíquota zero

Se faz necessário muita atenção também analisar as legislações que tratam


alguns produtos com alíquota zero de PIS e COFINS.

Não se pode confundir tais produtos com a cobrança de tributação


monofásica ou substituição tributária, são institutos totalmente diferentes.

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Formação Analista Fiscal

• Alíquota zero

PRODUTOS:

• Insumos e produtos agropecuários;


• Infraestrutura: Aeronaves, embarcações, outros veículos e combustíveis;
• Saúde: Produtos químicos, aparelhos ortopédicos e outros;
• Informática;
• Regimes especiais.

• Zona Franca de Manaus

Ficam reduzidas a 0 (zero) as alíquotas da Contribuição para o PIS/PASEP e


da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS
incidentes sobre as receitas de vendas de mercadorias destinadas ao
consumo ou à industrialização na Zona Franca de Manaus - ZFM, por pessoa
jurídica estabelecida fora da ZFM.

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Formação Analista Fiscal

• Zona Franca de Manaus

Entendem-se como vendas de mercadorias de consumo na Zona Franca de


Manaus - ZFM as que tenham como destinatárias pessoas jurídicas que as
venham utilizar diretamente ou para comercialização por atacado ou a
varejo.

Vendas de mercadorias destinadas ao consumo ou à industrialização na


zona franca de Manaus – ZFM;

Vendas de MP, PI e ME, produzidos nas ZFM para empregos em processo de


industrialização por estabelecimentos industriais ali instalados e consoante
projetos aprovados pelo SUFRAMA.

• Suspensão

Vendas à pessoa jurídica preponderantemente exportadora

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Formação Analista Fiscal

• Suspensão

• Vedação para a exportadora em relação ao crédito de PIS/COFINS quando


produto adquirido sofreu a suspensão;

• Manutenção dos créditos de PIS/COFINS para fornecedora de MP, PI e


ME;

• A exportadora deve controlar os estoques com base no critério PEPS;

• A exportadora deve registrar em separado as vendas internas e externas;

• A PJ fornecedora deve usar a expressão “saída com suspensão de


PIS/COFINS”, com especificação do dispositivo legal correspondente e
número do ADE.

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Formação Analista Fiscal

• Simples nacional

Constituição Federal de 1988 – art. 179:

A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às


microempresas e às empresas de pequeno porte, assim definidas em lei,
tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de
suas obrigações administrativas, tributárias previdenciárias e creditícias, ou
pela eliminação ou redução destas por meio de lei.

CONTEXTO HISTÓRICO

• LEI 9.317/1996
• LEI 9.841/1999
• Criação do Simples – Tratativas, administrativas, previdenciárias e
creditícias

• EC 42/2003

Definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e


para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou...

93
Formação Analista Fiscal

• Simples nacional

... simplificados.

• LC 123/2006

Estabelece normas gerais relativas ao tratamento diferenciado e favorecido a


ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte no âmbito
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
(Nasceu o Simples Nacional).

Constituição Federal de 1988 – art. 179

A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às


microempresas e às empresas de pequeno porte, assim definidas em lei,
tratamento jurídico diferenciado visando a incentivá-las pela simplificação de
suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou
pela eliminação ou redução destas por meio de lei.

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Formação Analista Fiscal

• Simples nacional

Migração:

• Até 30/06/2007
• Lei nº 9.317/1996 (Simples Nacional)
• Lei nº 9.841/1999 (Estatuto da ME e EPP)

• Após 01/07/2007
• LC nº 123/2006 (Regime Geral)
• Simples Nacional

• Órgão regulamentador

O Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN), foi instituído pela Lei


Complementar nº 123, de 2006 e regulamentado pelo Decreto nº 6.038, de 7
de fevereiro de 2007.

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Formação Analista Fiscal

• Órgão regulamentador

O CGSN, é vinculado ao Ministério da Fazenda, trata dos aspectos tributários


do Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (Lei
Complementar nº 123, de 2006) e é composto por representantes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

• Microempresa e empresa de pequeno porte

O Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN), foi instituído pela Lei


Complementar nº 123, de 2006 e regulamentado pelo Decreto nº 6.038, de 7
de fevereiro de 2007.

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Formação Analista Fiscal

• Ingresso no simples nacional

Para o ingresso no Simples Nacional é necessário o cumprimento das


seguintes condições:

• enquadrar-se na definição de microempresa ou de empresa de pequeno


porte;
• cumprir os requisitos previstos na legislação; e
• formalizar a opção pelo Simples Nacional.

Base Legal: Lei Complementar nº 123/2006

• Características principais

• ser facultativo;
• ser irretratável para todo o ano-calendário;
• abrange os seguintes tributos: IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, COFINS, IPI, ICMS,
ISS e CPP;

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Formação Analista Fiscal

• Características principais

• recolhimento dos tributos abrangidos mediante documento único de


arrecadação - DAS;
• apresentação de declaração única e simplificada de informações
socioeconômicas e fiscais;
• prazo para recolhimento do DAS até o dia 20 do mês subsequente àquele
em que houver sido auferida a receita bruta.

• Receita bruta

BASE LEGAL: ART. 3º, § 3º, LC Nº 123/2006

Considera-se receita bruta, para fins da definição de microempresa e


empresa de pequeno porte, o produto da venda de bens e serviços nas
operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas
operações em conta alheia, não incluídas as vendas canceladas e os
descontos incondicionais concedidos.

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Formação Analista Fiscal

• Tributação do simples nacional por anexo

As atividades de revenda de mercadorias são tributadas pelo Anexo I da LC


123, de 2006. (Base normativa: art. 25, § 1º, I, da Resolução CGSN nº 140, de
2018);

As atividades de venda de produtos industrializados pelo contribuinte são


tributadas pelo Anexo II da LC 123, de 2006. (Base normativa: art. 25, § 1º, II,
da Resolução CGSN nº 140, de 2018)

São enquadradas como prestação de serviços não sujeitos ao fator “r” e


tributados pelo Anexo III da LC 123, de 2006, as atividades previstas no art.
25, § 1º, III, § 2º, I, e § 11, da Resolução CGSN nº 140, de 2018;

• Simples nacional

• São enquadradas como prestação de serviços sujeitos ao Anexo IV da LC


123, de 2006, as atividades descritas no art. 25, § 1º, IV, da Resolução
CGSN nº 140, de 2018).

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Formação Analista Fiscal

• Simples nacional

• São enquadradas como prestação de serviços sujeitos ao fator “r” as


seguintes atividades (Anexo III ou V da LC 123, de 2006, conforme o fato
“r”): (Base normativa: art. 25, § 1º, V, da Resolução CGSN nº 140, de
2018).

Resumidamente, o valor devido mensalmente pelas ME e EPP optantes pelo


Simples Nacional é determinado mediante o cálculo da alíquota efetiva, a
partir da aplicação das tabelas dos Anexos da Lei Complementar nº 123, de
2006. Vamos explicar passo a passo.

• Lucro presumido

REGRA MATRIZ
ARTIGO 153 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988:

Compete à União instituir impostos sobre:

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Formação Analista Fiscal

• Lucro presumido

I - importação de produtos estrangeiros;


II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
III - renda e proventos de qualquer natureza;
IV - produtos industrializados;
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores
mobiliários;
VI - propriedade territorial rural;
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar.

• Imposto sobre a renda e proventos de


qualquer natureza

CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL - CTN – ART. 43

O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer


natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica...

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Formação Analista Fiscal

• Imposto sobre a renda e proventos de


qualquer natureza

... ou jurídica:

I - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos


patrimoniais não compreendidos no inciso anterior.
II - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da
combinação de ambos;

A base de cálculo do imposto é o montante, real, arbitrado ou presumido, da


renda ou dos proventos tributáveis.

• Lucro presumido: O que é?

• É o regime de tributação no qual o contribuinte paga o IRPJ e a CSLL


sobre uma presunção de lucratividade, não sendo adotado o lucro efetivo
apurado pela empresa.

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Formação Analista Fiscal

• Lucro presumido: O que é?

• O regime de tributação com base no lucro presumido é uma faculdade


outorgada ao contribuinte e não implica uma obrigatoriedade, exceto nos
casos em que a legislação dispuser o contrário.

Lei nº 9.430/96: a partir do ano-calendário de 1997, o imposto de renda das


pessoas jurídicas será determinado com base no lucro real, presumido, ou
arbitrado, por períodos de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de
março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-
calendário, observada a legislação vigente, com as alterações desta Lei.

• Limite de receita para opção

• A opção pelo regime de tributação do lucro presumido só pode ser


exercida pelas pessoas jurídicas cuja a receita bruta total no calendário
anterior tenha siso igual ou inferior a R$ 78.000.000,00 (setenta e oito
milhões de reais).

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Formação Analista Fiscal

• Limite de receita proporcional

Nos casos de início de atividade no ano calendário anterior, a empresa


deverá considerar o número de meses do período apurado, quando for
inferior a 12 (doze) meses.

Ou seja, deverá considerar o valor de R$ 6.500.000,00 (seis milhões e


quinhentos mil reais) proporcional ao número de meses do ano calendário
anterior.

Fundamentação legal: Lei N° 9.718/98, artigo 13.

• Prazo e forma de opção

A opção pela tributação com base no lucro presumido será aplicada em


relação a todo o período de atividade da empresa em cada ano-calendário.

A opção será manifestada com o pagamento da primeira ou única quota do...

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Formação Analista Fiscal

• Prazo e forma de opção

... imposto devido correspondente ao primeiro período de apuração de cada


ano-calendário.

Fundamentação legal: Lei N° 9.430/96, artigo 26.

• Alteração do lucro presumido para o lucro


real

A pessoa jurídica que houver pago o imposto com base no lucro presumido e
que, em relação ao mesmo ano-calendário, incorrer em situação de
obrigatoriedade de apuração pelo lucro real por ter auferido lucros
rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior, deverá apurar o
imposto sobre a renda de pessoa jurídica (IRPJ) e a contribuição social sobre
o lucro líquido (CSLL) sob o regime de apuração pelo lucro real trimestral a
partir, inclusive, do trimestre da ocorrência do fato.

Fundamentação legal: Ato Declaratório N° 5/2001.

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Formação Analista Fiscal

• Vedação ao lucro presumido

Estão impedidas de optar pelo regime de tributação lucro presumido as


pessoas jurídicas definidas (artigo 14. da Lei N° 9.718/98):

I - cuja receita total no ano-calendário anterior seja superior ao limite de R$


78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais) ou proporcional ao número
de meses do período, quando inferior a 12 (doze) meses;

II - cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos,


bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito,
financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades
corretoras de títulos valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e
valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de
crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de
previdência privada aberta;
(...)

III - que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do


exterior;

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Formação Analista Fiscal

• Vedação ao lucro presumido

IV - que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais


relativos à isenção ou redução do imposto;

V - que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal


pelo regime de estimativa;

VI - que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de


serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e
riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos
creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de
serviços (factoring).

VII - que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários,


financeiros e do agronegócio;

VIII - Aquelas que se dediquem a construção, incorporação, compra e venda


de imóveis que tenham registro de custo orçado, nos termos das normas
aplicáveis a essas atividades (PARECER NORMATIVO COSIT 9/2014);

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Formação Analista Fiscal

• Vedação ao lucro presumido

IX – Aquelas constituídas como Sociedade de Propósito Específico – SPE,


nos termos do artigo 56 da Lei Complementar N° 123/2006.

• Apuração trimestral

A partir do ano-calendário de 1997, o imposto de renda das pessoas jurídicas


tributadas sobre o lucro presumido se dá por períodos de apuração
trimestral, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e
31 de dezembro de cada ano-calendário.

Base legal: Art. 1° da Lei N° 9.430/96

Regras de apuração:

O artigo 15 da Lei N° 9.249/95 define os percentuais de presunção para as


empresas tributadas no lucro presumido conforme a especificidade de...

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Formação Analista Fiscal

• Apuração trimestral

... suas atividades, vejamos:

a) Das atividades em geral, salvo as descritas abaixo: 8%


b) Revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico
carburante e gás natural: 1,6%
c) Serviços em geral: 32%
d) Serviços hospitalares e de transporte de cargas: 8%
e) Demais serviços de transporte: 16%

• Alíquotas

Discorre no artigo 3° da Lei N° 9.249/95 que a alíquota do imposto de renda é


de 15% (quinze por cento).

A parcela do lucro real, presumido ou arbitrado, que exceder o valor


resultante da multiplicação de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelo número...

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Formação Analista Fiscal

• Alíquotas

... de meses do respectivo período de apuração, sujeita-se à incidência de


adicional de imposto de renda à alíquota de 10% (dez por cento).
Via de regra a alíquota da CSLL é de 9% por cento, conforme discorre na IN
RFB nº 1.700/2017, artigo 30, inciso III, alínea “e”.

• Base de cálculo

O lucro presumido será determinado mediante aplicação dos percentuais de


que tratam o caput e os §§ 1º e 2º do art. 33 da IN RFB nº 1700/2017 e sobre
a receita bruta definida pelo art. 26 da norma supracitada, relativa a cada
atividade, auferida em cada período de apuração trimestral, deduzida das
devoluções e vendas canceladas e dos descontos incondicionais
concedidos.

Nota: Os percentuais de presunção do IRPJ e da CSLL estão definidos nos


artigos 33 e 34 da IN RFB nº 1.700/2017 respectivamente.

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Formação Analista Fiscal

• Acréscimos da base de cálculo

Discorre no artigo 215 da Instrução Normativa N° 1.700/2017 as receitas que


são acrescidas direta na base do IRPJ, ou seja, tais receitas não são
presumidas para efeitos de apuração do IRPJ, exemplo:

I - os ganhos de capital, demais receitas e resultados positivos decorrentes


de receitas não abrangidas pela atividade principal, auferidas no período;

II - a receita de locação de imóvel, quando não for este o objeto social da


pessoa jurídica, deduzida dos encargos necessários à sua percepção;

III - os juros equivalentes à taxa referencial do Selic, para títulos federais,


relativos a impostos e contribuições a serem restituídos ou compensados;

IV - os rendimentos auferidos nas operações de mútuo realizadas entre


pessoas jurídicas ou entre pessoa jurídica e pessoa física;

V - os ganhos de capital auferidos na devolução de capital em bens e direitos;

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Formação Analista Fiscal

• Acréscimos da base de cálculo

VI - Os ganhos de capital auferidos na alienação de participações societárias


permanentes em sociedades coligadas e controladas, e de participações
societárias que permaneceram no ativo da pessoa jurídica até o término do
ano-calendário seguinte ao de suas aquisições.

ATENÇÃO:

Recomendamos sempre observar na íntegra o que preceitua o artigo 215 da


IN RFB nº 1.700/2017 no tocante a formação da base de cálculo do IRPJ e
CSLL para as empresas optantes pelo lucro presumido.

Via de regra quaisquer outras receitas que ingressem no caixa ou


equivalentes de caixa da pessoa jurídica optante pelo lucro presumido
deverão ser acrescidas diretamente na base do IRPJ e CSLL, salvos
disposições em contrário na legislação.

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Formação Analista Fiscal

• Forma e prazo de pagamento

De acordo com o artigo 5° da Lei N° 9.430/96 o pagamento do imposto


apurado na forma do lucro presumido, será de maneira trimestral e poderá
ser pago em três quotas mensais, iguais e sucessivas, no valor mínimo de R$
1.000,00, vencíveis no último dia útil dos três meses subsequentes ao de
encerramento do período de apuração a que corresponder, observado o
seguinte:

a) A 1ª quota não tem acréscimos legais;


b) A 2ª quota terá juros de 1%;
c) A 3ª quota terá juros Selic do mês anterior, mais 1%.

Não há previsão legal para a apuração e reconhecimento mensal do lucro


presumido, no entanto é muito comum a adoção deste procedimento por
parte das empresas que optam por recolher o IRPJ e a CSLL mensalmente
como estratégia de fluxo de caixa, de maneira que não terá um desembolso
“grande” em um único mês.

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Formação Analista Fiscal

• Antecipações mensais

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Formação Analista Fiscal

• Caso prático

A empresa RDT INDÚSTRIA DE CERÂMICA LTDA, obteve faturamento bruto


no primeiro trimestre de 2016 no valor de R$ 1.000.000,00 (um milhão de
reais). Calcule o IRPJ e a CSLL.

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Formação Analista Fiscal

• Caso prático

Nota: Os percentuais de presunção do IRPJ e da CSLL estão definidos nos


artigos 33 e 34 da IN RFB nº 1.700/2017 respectivamente.

• Possibilidade de redução de presunção de


32% para 16%

As pessoas jurídicas exclusivamente prestadoras de serviços em geral, cuja


receita bruta anual seja de até R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais),
poderão utilizar, na determinação da parcela da base de cálculo do IRPJ o
percentual de 16% (dezesseis por cento).

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Formação Analista Fiscal

• Possibilidade de redução de presunção de


32% para 16%

• Nota: A referida redução não se aplica aos serviços hospitalares e de


transporte, bem como aqueles prestados por sociedades prestadoras de
serviços de profissão legalmente regulamentadas.

• Nota: A pessoa jurídica que houver utilizado o percentual de 16%


(dezesseis por cento) para o pagamento trimestral do IRPJ, cuja receita
bruta acumulada até determinado trimestre do ano-calendário exceder o
limite de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais), ficará sujeita ao
pagamento da diferença do imposto postergado, apurada em relação a
cada trimestre transcorrido.

EXEMPLO:

A EMPRESA JBS DEMOLIÇÃO, obteve faturamento no 1º trimestre de abril de


2017 no valor de R$ 30.000,00. Calcule o IRPJ e CSLL.

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Formação Analista Fiscal

• Possibilidade de redução de presunção de


32% para 16%

• Código do DARF

• 2089 – IRPJ; e
• 2372 - CSLL

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Formação Analista Fiscal

• Regime de competência ou caixa

• As receitas, os demais rendimentos e os ganhos de capital devem ser


reconhecidos pelo regime de competência, como regra geral.

• O contribuinte optante pelo lucro presumido, poderá adotar o critério de


reconhecimento das receitas da atividade, nas vendas a prazo ou em
parcelas, na medida dos recebimentos em cada trimestre – regime de
caixa.

Base legal: Parágrafo único do artigo 45 da Lei N° 8.981/95

• Pessoas jurídicas obrigadas ao lucro real

I - cuja receita total no ano-calendário anterior seja superior ao limite de R$


78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais) ou proporcional ao número
de meses do período, quando inferior a 12 (doze) meses;

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Formação Analista Fiscal

• Pessoas jurídicas obrigadas ao lucro real

II - cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos,


bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito,
financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades
corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio distribuidoras de títulos e
valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de
crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de
previdência privada aberta;

(...)

III - que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do


exterior;

IV - que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais


relativos à isenção ou redução do imposto;

V - que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal


pelo regime de estimativa;

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Formação Analista Fiscal

• Pessoas jurídicas obrigadas ao lucro real

VI - que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de


serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e
riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos
creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de
serviços (factoring).

VII - que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários,


financeiros e do agronegócio.

VIII – Aquelas que se dediquem a construção, incorporação, compra e venda


de imóveis que tenham registro de custo orçado.

IX – Aquelas constituídas como Sociedade de Propósito Específico – SPE,


nos termos do artigo 56 da Lei Complementar N° 123/2006.

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Formação Analista Fiscal

• Adição

Na determinação do lucro real serão adicionados ao lucro líquido do


exercício:

• Os custos, despesas, encargos, perdas, provisões, participações e


quaisquer outros valores deduzidos na apuração do lucro líquido que, de
acordo com a legislação tributária, não sejam dedutíveis na determinação
do lucro real;

• Os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores não


incluídos na apuração do lucro líquido que, de acordo com a legislação
tributária, devam ser computados na determinação do lucro real.

• Dedutibilidade

Na determinação do lucro real serão dedutíveis somente as despesas


necessárias à atividade da empresa e à manutenção da respectiva fonte
produtora.

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Formação Analista Fiscal

• Dedutibilidade

As despesas admitidas são as usuais ou normais no tipo de transações,


operações ou atividades da empresa.

Serão indedutíveis na apuração do resultado ajustado as despesas


desnecessárias às operações da empresa.

• Das compensações

O lucro líquido, depois de ajustado pelas adições e exclusões prescritas ou


autorizadas pela legislação do IRPJ, poderá ser reduzido pela compensação
de prejuízos fiscais de períodos de apuração anteriores em até, no máximo,
30% (trinta por cento) do referido lucro líquido ajustado, observado o
disposto nos arts. 203 a 213 da IN RFB nº 1.700/2017.

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Formação Analista Fiscal

• LALUR

O LALUR - Livro de Apuração do Lucro Real, é um livro fiscal, sendo


obrigatório somente para as empresas tributadas pelo Imposto de Renda na
modalidade Lucro Real, conforme previsão contida no Regulamento
do Imposto de Renda.

Parte A: Via de regra são feitas todas as adições e exclusões; e

Parte B: Via de regra são feitos os controles de prejuízos fiscais a


compensar.

• Formas de apuração

LUCRO REAL TRIMESTRAL: Com o pagamento da primeira quota ou quota


única do imposto relativo ao primeiro trimestre do ano do ano calendário ou
do trimestre de início de atividades da empresa.

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Formação Analista Fiscal

• Formas de apuração

LUCRO REAL ANUAL: Com o pagamento relativo ao mês de Janeiro ou do


mês de início de atividades, com base na receita bruta ou com base no lucro
real apurado em balanço/balancete de suspensão ou redução.

• Prazo de pagamento trimestral

O IRPJ e a CSLL devidos, apurados na forma do lucro real trimestral, será


pago em quota única, até o último dia útil do mês subsequente ao do
encerramento do período de apuração.

Exemplo: 1º Trimestre (janeiro, fevereiro e março), vencimento do tributo até


30 de abril.

• Nota: Se a data de vencimento não for dia útil, o tributo deverá ser
antecipado para o primeiro dia útil imediatamente anterior a data de
vencimento.

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• Parcelamento

À opção da pessoa jurídica, o imposto devido poderá ser pago em até três
quotas mensais, iguais e sucessivas, vencíveis no último dia útil dos três
meses subsequentes ao de encerramento do período de apuração a que
corresponder.

Nenhuma quota poderá ter valor inferior a R$ 1.000,00 (mil reais) e o imposto
de valor inferior a R$ 2.000,00 (dois mil reais) será pago em quota única, até
o último dia útil do mês subsequente ao do encerramento do período de
apuração.

• Base de cálculo: Estimativas mensais

A base de cálculo das estimativas mensais, incide sobre o total das receitas
auferidas no mês pela pessoa jurídica.

A Receita bruta é definida nos termos do artigo 12 do Decreto Lei N°


1.598/77:

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• Base de cálculo: Estimativas mensais

I - o produto da venda de bens nas operações de conta própria;


II - o preço da prestação de serviços em geral;
III - o resultado auferido nas operações de conta alheia; e
IV - as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica não
compreendidas nos incisos I a III.

• Suspensão ou redução do IR mensal

A pessoa jurídica pode suspender o pagamento do imposto, desde que


demonstre que o valor do imposto devido, calculado com base no lucro real
do período em curso, é igual ou inferior à soma do imposto de renda devido
por estimativa, correspondente aos meses do mesmo ano-calendário,
anteriores àquele a que se refere o balanço ou balancete levantado,
conforme exemplo a seguir:

EXEMPLO 1:

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• Suspensão ou redução do IR mensal

Pessoa jurídica que comercializa mercadorias levantou balanço para


suspender o pagamento do IRPJ em março do ano-calendário, tendo
efetuado apuração de imposto utilizando-se da base de cálculo estimada nos
meses de janeiro e fevereiro.

Janeiro: Receita Bruta R$ 100.000,00 Percentual x 8%


Base estimada R$ 8.000,00 Alíquota do IR x 15% IR devido R$ 1.200,00

Fevereiro: Receita Bruta R$ 200.000,00 Percentual x 8%


Base estimada R$ 16.000,00 Alíquota do IR x 15% IR devido R$ 2.400,00

Março: Lucro Real até 31/03 R$ 20.000,00 Alíquota do IR x 15%. IR apurado


R$ 3.000,00

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• Suspensão - análise

Como a pessoa jurídica apurou o valor de R$ 3.600,00, correspondente ao


imposto relativo aos meses de janeiro e fevereiro, e como o imposto
calculado com base no lucro real do período compreendido a partir de 1º de
janeiro até 31 de março resultou em R$ 3.000,00, poderá suspender o
pagamento respectivo, por ser este inferior àquele valor.

Nota: Via de regra é recomendável fazer as apurações com base na


estimativa mensal e também levantar o balanço de suspensão ou redução.
Essa é uma forma de planejamento do fluxo de caixa da empresa.

EXEMPLO 2:

Pessoa jurídica que comercializa mercadorias levantou balanço para reduzir


o pagamento do IRPJ em março do ano-calendário, tendo efetuado apuração
de imposto utilizando-se da base de cálculo estimada nos meses de janeiro e
fevereiro.

Janeiro: Receita Bruta R$100.000,00 Percentual x 8% | Base estimada R$


8.000,00 Alíquota do IR x 15% | IR devido R$ 1.200,00

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• Suspensão - análise

Fevereiro: Receita Bruta R$200.000,00 Percentual x 8% | Base estimada R$


16.000,00 Alíquota do IR x 15% | IR devido R$ 2.400,00

Março: Receita Bruta R$ 150.000,00 Percentual x 8% | Base estimada R$


12.000,00 Alíquota do IR x 15% | IR devido R$ 1.800,00

Março: Lucro Real até 31/03 R$ 30.000,00 Alíquota do IR x 15%. IR apurado


R$ 4.500,00

• Redução - análise

Como a pessoa jurídica apurou o valor de R$ 3.600,00, correspondente ao


imposto relativo aos meses de janeiro e fevereiro, e como o imposto
calculado com base no lucro real do período compreendido a partir de 1º de
janeiro até 31 de março resultou em R$ 4.500,00, ela pode reduzir o valor a
ser pago para R$ 900,00 (R$ 4.500,00 - R$ 3.600,00), em vez de R$ 1.800,00,
apurado sobre a base de cálculo estimada de março.

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• Redução - análise

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• Lucro arbitrado

DEFINIÇÃO:

O arbitramento de lucro é uma forma de apuração da base de cálculo do


imposto de renda utilizada pela autoridade tributária ou pelo contribuinte. É
aplicável pela autoridade tributária quando a pessoa jurídica deixar de
cumprir as obrigações acessórias relativas à determinação do lucro real ou
presumido, conforme o caso.

OPÇÃO:

A tributação com base no lucro arbitrado será manifestada mediante o


pagamento da primeira quota ou da quota única do imposto devido,
correspondente ao período de apuração trimestral em que o contribuinte,
pelas razões determinantes na legislação, se encontrar em condições de
proceder ao arbitramento do seu lucro.

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• Período de apuração

O imposto de renda com base no lucro arbitrado é determinado por períodos


de apuração trimestrais encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de
setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário.

• Apuração do IR

A apuração do imposto de renda com base no lucro arbitrado abrange todos


os trimestres do ano-calendário, assegurada a tributação com base no lucro
real ou presumido relativa aos trimestres não submetidos ao arbitramento,
se:

a) a pessoa jurídica dispuser de escrituração comercial e fiscal que


demonstre o lucro real dos períodos não abrangidos pela tributação com
base no lucro arbitrado; ou
b) puder optar pelo lucro presumido.

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• Base de cálculo

O lucro arbitrado das pessoas jurídicas, quando conhecida a receita bruta,


será determinado por meio da aplicação dos percentuais estabelecidos
nos art. 15 e 2º da Lei N° 9.249/95, acrescidos de vinte por cento.

A receita bruta é aquela definida no art. 12 do Decreto Lei N° 1.598/77,


auferida no período de apuração, deduzida das devoluções, das vendas
canceladas e dos descontos incondicionais concedidos.

• Percentuais

O lucro arbitrado das pessoas jurídicas é determinado mediante a aplicação,


sobre a receita bruta do trimestre deduzida das devoluções e vendas
canceladas e dos descontos incondicionais concedidos, quando conhecida,
do percentual de 9,6% (nove inteiros e seis décimos por cento).

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• Percentuais

Nas seguintes atividades o percentual é de:

I - 1,92% (um inteiro e noventa dois centésimos por cento) sobre a receita
bruta auferida na revenda, para consumo, de combustível derivado de
petróleo, álcool etílico carburante e gás natural;

II - 9,6% (nove inteiros e seis décimos por cento) sobre a receita bruta
auferida:

a) na prestação de serviços hospitalares e de auxílio diagnóstico e terapia,


fisioterapia e terapia ocupacional, fonoaudiologia, patologia clínica,
imagenologia, radiologia, anatomia patológica e citopatologia, medicina
nuclear e análises e patologias clínicas, exames por métodos gráficos,
procedimentos endoscópicos, radioterapia, quimioterapia, diálise e
oxigenoterapia hiperbárica, desde que a prestadora desses serviços seja
organizada sob a forma de sociedade empresária e atenda às normas da
Anvisa;

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• Percentuais

b) na prestação de serviços de transporte de carga;

c) nas atividades imobiliárias relativas a desmembramento ou loteamento de


terrenos, incorporação imobiliária, construção de prédios destinados à venda
e na venda de imóveis construídos ou adquiridos para revenda;

d) na atividade de construção por empreitada com emprego de todos os


materiais indispensáveis à sua execução, sendo tais materiais incorporados
à obra;

III - 19,2% (dezenove inteiros e dois décimos por cento) sobre a receita bruta
auferida na prestação dos demais serviços de transporte, exceto o
mencionado no item “II b”;

IV - 38,4 % (trinta e oito inteiros e quatro décimos por cento) sobre a receita
bruta auferida com as atividades de:

a) prestação de serviços, relativos ao exercício de profissão legalmente


regulamentada;

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• Percentuais

b) intermediação de negócios;

c) administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis ou direitos de


qualquer natureza;

d) construção por administração ou por empreitada unicamente de mão-de-


obra ou com emprego parcial de materiais;

f) prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia,


mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos, administração de contas
a pagar e a receber, e compra de direitos creditórios resultantes de vendas
mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring);

g) coleta e transporte de resíduos até aterros sanitários ou local de descarte;


e

h) prestação de qualquer outro tipo de serviço não mencionado


especificamente nas alíneas "a" a "e";

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• Percentuais

V - 45% (quarenta e cinco por cento) sobre a receita bruta auferida nas
atividades desenvolvidas por bancos comerciais, bancos de investimentos,
bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito,
financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades
corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e
valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de
crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de
previdência privada aberta.

• Origem das receitas: comprovação

Mesmo sendo tributadas com base no lucro arbitrado persiste a


obrigatoriedade de comprovação das receitas efetivamente recebidas ou
auferidas.

O arbitramento de lucro em si por não ser uma sanção, mas uma forma de...

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• Origem das receitas: comprovação

... apuração da base de cálculo do imposto, não exclui a aplicação das


penalidades cabíveis.

• Determinação do imposto devido

Alíquota: O imposto devido em cada trimestre é calculado mediante a


aplicação da alíquota de 15% (quinze por cento) sobre o lucro arbitrado.
Adicional: A parcela do lucro arbitrado que exceder o valor da multiplicação
de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelo número dos meses do respectivo
período de apuração sujeita-se à incidência do adicional, à alíquota de 10%
(dez por cento).

O pagamento é feito mediante a utilização do Documento de Arrecadação de


Receitas Federais (DARF), sob o código 5625.

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• Prazo para pagamento

O imposto de renda devido, apurado trimestralmente, deve ser pago em


quota única, até o último dia útil do mês subsequente ao do encerramento do
período de apuração.

Nenhuma quota pode ter valor inferior a R$ 1.000,00 (mil reais) e o imposto
de valor inferior a R$ 2.000,00 (dois mil reais) deve ser pago em quota única.

As quotas do imposto serão acrescidas de juros equivalentes à taxa


referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic), para títulos
federais, acumulada mensalmente a partir do primeiro dia do segundo mês
subsequente ao do encerramento do período de apuração até o último dia do
mês anterior ao do pagamento e de 1% (um por cento) no mês do
pagamento.

À opção da pessoa jurídica, o imposto devido pode ser pago em até três
quotas mensais, iguais e sucessivas, vencíveis no último dia útil dos três
meses subsequentes ao de encerramento do período de apuração a que
corresponder.

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• Obrigações acessórias da escrita fiscal

• EFD FISCAL ICMS/IPI


• EFD CONTRIBUIÇÕES – PIS/COFINS
• DIRF
• DCTF-WEB
• ECD
• ECF
• EFD - REINF

• Analista fiscal: rotina

• Complexidade de trabalhar com tributos requer busca por conhecimento e


vivência prática da rotina de analista fiscal.
• Importante para encontrar soluções que possam mitigar o risco fiscal,
bem como, reduzir a carga tributária das empresas.

O mercado está carente de profissionais com:

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• Analista fiscal: rotina

• Capacidade técnica em apurar tributos corretamente em todos os regimes


tributários.
• Análise crítica em matéria tributária, que possam desenvolver teses
tributárias que oxigenem o caixa das empresas de forma lícita.

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