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Impostos Federais - Tributario I

FUNDAMENTOS DE DIREITO EMPRESARIAL E TRIBUTÁRIO (Universidade Estácio


de Sá)

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IMPOSTOS FEDERAIS

Universidade do Grande Rio – UNIGRANRIO

Alunos:
Alan da Cruz Tavares – 2211830
Fiama Rodrigues Bezerra da Silva – 2211397
João Vitor R. Dos Santos Miguel – 2211856
Lilian da Conceição Mendes – 2212768
Rafaella Soares Sobrinho – 2212007

DIREITO TRIBUTÁRIO I

Data: 27 de novembro de 2020

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INTRODUÇÃO:

No exercício de sua competência ordinária, a União pode instituir sete impostos, os


quais, nos termos do art. 153 da CRFB, são:

a) Imposto sobre importação (II)


b) Imposto sobre exportação (IE)
c) Imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza (IR)
d) Impsto sobre produtos industrializados (IPI)
e) Imposto sobre operações financeiras (IOF)
f) Imposto sobre a propriedade territoria rural (ITR)
g) Imposto sobre grandes fortunas (IGF)

Dentre tais impostos, o único que não foi instituído foi o IGF.

1. IMPOSTO DE RENDA (IR)


Trata-se de imposto de competência da União, de função
preponderantemente fiscal. Nos termos do art. 153, $2º, I, da CRFB/88, o Imposto
de Renda será informado pelos critérios da generalidade (incide sobre todos), da
universalidade (incide em relação a todas as rendas e todos os proventos) e da
progressividade (as alíquotas devem ser maiores seja maior a base de cálculo), na
forma da lei. Além disso, é tributo que se sujeita à legalidade e à anterioridade, mas
não à noventena.
O fato gerador do IR é a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica
da renda ou dos proventos, não sendo necessário o efetivo recebimento da renda,
sendo o crédito (disponibilidade jurídica) suficiente para que ocorra a sua
incidência. A renda é o produto do capital (como os rendimentos obtidos com uma
aplicação financeira), do trabalho (a exemplo do salário recebido pelo empregado),
ou da combinação de ambos (como o lucro). Já os proventos são os acréscimos
patrimoniais que não estejam abrangidos pelo conceito de renda. Não incide IR

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sobre verbas que tenham caráter indenizatório, uma vez que não há acréscimo
patrimonial, mas apenas recomposição de patrimônio.
A respeito do tema, a Súmula 215 do STJ dispõe que: “ A indenização
recebida pela adesão a programa de incentivo à demissão voluntária nõ está
sujeita à incidência do imposto de renda”.
A ilicitude do fato do qual resulta o recebimento dos rendimentos é
irrelevante para efeito de incidência do IR (PRINCÍPIO DO PECUNIA NON OLET).
Nesse contexto, independentemente de a disponibilidade ser lícita ou ilícita,
havendo aumento patrimonial, ocorre o fato gerador do Imposto de Renda.
Quando se tratar de pessoa física, a base de cálculo é o seu rendimento
líquido (rendimento bruto menos as despesas discriminadas em lei).O sujeito
passivo apresentará a declaração anual ao Fisco, com tais rendimentos e
despesas, bem como com o tributo já recolhido antecipadamente naquele ano-
base, se for o caso, para que se possa apurar o valor do imposto a ser recolhido ou
restituído.
Já no caso da pessoa jurídica, a base de cálculo será:
a) O lucro real (acréscimo patrimonial percebido no ano-base, abatendo do
faturamento as despesas legalmente autorizadas;
b) O lucro presumido (aplicação de percentual legal sobre o valor de sua receita
bruta)
c) O lucro arbitrado (situações em que os montantes devidos não foram e não podem
ser corretamente apurados pelos métodos do lucro real ou presumido).
Nos termos do artigo 45 do CTN, o contribuinte do imposto é o titular da
disponibilidade econômica ou jurídica, podendo a lei atribuir essa condição ao
possuidor a qualquer título, dos bens produtores de renda ou dos proventos
tributáveis. É possível, ainda, que a lei confira à fonte pagadora da renda ou dos
proventos tributáveis a condição de responsável pelo imposto cuja retenção e
recolhimento lhe caibam.
O lançamento do tributo é por homologação, visto que o imposto devido é
calculado e recolhido pelo sujeito passivo, sem participação inicial do Fisco.
No IR, a formulação de declaração pelo sujeito passivo é mera obrigação
acessória, não significando que o tributo seja lançado por declaração.
I- IRPF

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O fato gerador do Imposto de Renda, conforme o CTN, é a aquisição da


disponibilidade econômica ou jurídica de renda ou de proventos de qualquer
natureza. De Renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da
combinação de ambos; de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os
acréscimos patrimoniais não incluídos no conceito de renda.

A base de cálculo (também chamada de renda tributável) para o imposto de


renda das pessoas jurídicas é o lucro real, presumido ou arbitrado correspondente
ao período de apuração.

Para as pessoas físicas, a base de cálculo são os rendimentos e ganhos de


capital. Alguns tipos de despesas são possíveis de serem abatidos, como os gastos
com saúde e, para os profissionais liberais, os gastos necessários à sua atividade
registrados em livro caixa. As despesas com educação e com dependentes, são
passíveis de dedução, porém há limites estabelecidos na legislação.

São contribuintes do Imposto de Renda Pessoa Físicadomiciliadas ou


residentes no Brasil, titulares de disponibilidade econômica ou jurídica de renda ou
proventos de qualquer natureza, inclusive rendimentos e ganhos de capital, sem
distinção da nacionalidade, sexo, idade, estado civil ou profissão.
A renda e os proventos de qualquer natureza percebidos no Brasil por
residentes ou domiciliados no exterior ou a eles equiparados estão sujeitos ao
imposto de acordo com as disposições legais pertinentes.

PRINCIPAIS JULGADOS

Súmula 586 do STF: Incide imposto de renda sobre os juros remetidos para
o exterior, com base em contrato de mútuo.

Súmula 587 do STF: Incide imposto de renda sobre o pagamento de


serviços técnicos contratados no exterior e prestados no Brasil.

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2. IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS (IPI)


Embora tenha características eminentemente extrafiscais (quando, por
exemplo, tributa mais severamente artigos prejudiciais à saúde, como o cigarro e
as bebidas alcoólicas), o IPI tem a segunda maior arrecadação dentre os tributos
federais brasileiros, demonstrando assim que o imposto também tem uma carga
fiscal bastante forte.
Em plena consonância com o princípio da capacidade tributiva, a CRFB
determina, em seu art. 153, $ 3º,I, que o imposto sobre produtos industrializados
será necessariamente seletivo, de forma que suas alíquotas devem ser fixadas
com base na essencialidade do produto, sendo menores para os gêneros
essenciais e maiores para os supérfluos. Assim, o IPI sobre um produto essencial,
como o feijão, por exemplo, deverá ser inferior ao incidente sobre um produto
supérfluo, como um carro importado.

Além disso, a Constituição estabelece que o IPI será não- cumulativo,


compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas
anteriores (art. 153 $3º II CRFB). A não cumulatividade visa limitar a incidência do
tributo nas cadeias de produção mais extensas, de modo que, em cada etapa da
cadeia, o imposto somente incida sobre o valor adicionado.
Segundo entendimento sumulado do STJ (SÚMULA 411), há direito à
correção monetária quando legítimo direito ao creditamento é obstado em virtude
de resistência oposta por ilegítimo ato administrativo ou ormativo do Fisco.
Destaque-se, ainda, que são imunes à incidência do IPI:
A) As exportações de produtos industrializados (art 153, $3º, III/ CRFB).
B) os livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão (art 150, VI, d,
CRFB/88)
C) O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial (art. 153,
$ 5º, CRFB)
D) Energia elétrica, derivados de petróleo, combustíveis e minerais no País (art. 155, $ 3º,
CRFB)
O fato gerador do IPI é, nos termos do art. 46 do CTN:

A) O seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira;


B) A sua saída dos estabelecimentos dos contribuintes com a circulação econômica)
C) A sua arrematação, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão.

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Considera-se industrializado para fins de IPI, o produto que lhe modifique a


natureza ou a finalidade ou o aperfeiçoe para consumo, tais como a transformação,
a montagem, etc (art. 46, parágrafo único, CTN).

A base de cálculo variará de acordo com a hipótese de incidência.


Nesse sentido:
a) no caso de importação, o seu preço normal, somado a encargos tributários e
cambiais;
b) no caso da saída do estabelecimento do contribuinte, o valor da operação ou, na
falta do valor, o preço corrente da mercadoria, ou seu similar, no mercado
atacadista da praça do remetente;
c) no caso de arrematação de produto apreendido ou abandonado e levado a leilão,
o preço da arrematação.

Nos termos do art. 51 do CTN, o contribuinte do imposto é:


a) o importador ou quem a lei a ele equiparar;
b) o industrial ou quem a lei a ele equiparar;
c) o comerciante de produtos sujeitos ao imposto, que os forneça aos contribuintes
definidos na hipótese anterior.
d) O arrematante de produtos apreendidos ou abandonados, levados a leilão.

Considera-se contribuinte autônomo qualquer estabelecimento de


importador, industrial, comerciante ou arrematante.
Visando incentivar a aquisição de bens de capital, notadamente máquinas,
por parte do contribuinte, e, de certo modo a fomentar a industrialização, a
Constituição, em seu art. 153, $3º, IV, determinou que o IPI terá reduzido impacto
sobre a aquisição de tais bens.
Em regra, o IPI é lançado por homologação, cabendo ao próprio sujeito
passivo calcular o valor do imposto devido e antecipar o pagamento sem prévio
exame da autoridade administrativa, a quem cabe apenas verificar a correção do
procedimento e, se for o caso, homologá-lo, bem como lançar de ofício diferenças,
eventualmente, devidas.

Consigne-se, ainda, que se trata de tributo cujas alíquotas podem ser


alteradas por ato do Poder Executivo (exceção à legalidade) e que não necessita
obedecer ao princípio da anterioridade, embora deva respeitar à noventena.

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IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS (IOF)

O Imposto sobre Operações Financeiras, IOF, é um imposto federal pago por


pessoas físicas e jurídicas em qualquer operação financeira, como operações de
crédito, câmbio, seguro ou operações de títulos e valores mobiliários.
Além de ser uma fonte de arrecadação do Governo, o IOF também é usado
como uma forma de controlar a economia do país.

Esse imposto é pago por pessoas físicas e jurídicas que realizam operações
de crédito (empréstimos, câmbio e seguros) ou operações relativas a títulos ou
valores mobiliários, por exemplo investimentos na Bolsa.

A porcentagem do imposto sobre o valor depende do tipo de operação que


está sendo realizada. Essa taxa cobrada em cada operação é vista como um
recolhimento proporcional dos investimentos.
Com isso, o governo pode ter uma noção melhor de como está funcionando
a oferta e a demanda de crédito no país. Inclusive, o IOF é uma das melhores
fontes de arrecadação do país.

IMPOSTO SOBRE IMPORTAÇÃO (II)

O imposto sobre a importação de produtos estrangeiros (II) incide sobre a


importação de mercadorias estrangeiras e sobre a bagagem de viajante procedente
do exterior. No caso de mercadorias estrangeiras, a base de cálculo é o valor
aduaneiro e a alíquota está indicada na Tarifa Externa Comum (TEC). No caso da
bagagem, a base de cálculo é o valor dos bens que ultrapassem a cota de isenção
e a alíquota é de cinquenta por cento.

IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO (IE)

O imposto sobre a exportação tem como fato gerador a saída da mercadoria


do território aduaneiro. É calculado utilizando-se como base o preço normal que a
mercadoria alcançaria em uma venda em condições de livre concorrência no
mercado internacional. A alíquota do IE atualmente encontra-se em 30%, podendo

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ser reduzida ou aumentada pela Câmara de Comércio Exterior, não podendo ser
superior a 150%.

IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS (IPI)

O IPI é um imposto federal - instituído pela União - que incide sobre uma
categoria específica de bens, neste caso, produtos industrializados. Esse Imposto
é obrigação tributária principal devida pelas indústrias e estabelecimentos
equiparados.

Podemos dizer que o Imposto sobre Produtos Industrializados tem grande


relevância no orçamento do Fisco. Além da função arrecadatória, o IPI exerce um
papel importante no que tange a regulamentação no mercado, pois o Imposto
onera artigos nocivos à saúde (mais adiante falaremos sobre isso).

Como o IPI é utilizado pelo Poder Público, pode-se dizer que seu objetivo é o de evitar
que a indústria nacional seja enfraquecida. Para isso, ele busca manter uma
isonomia entre produtos importados e os industrializados no Brasil.

IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA (IRPJ)

São contribuintes e, portanto, estão sujeitos ao pagamento do IRPJ, as


pessoas jurídicas e as pessoas físicas a elas equiparadas, domiciliadas no País.
Elas devem apurar o IRPJ com base no lucro, que pode ser real, presumido ou
arbitrado. A alíquota do IRPJ é de 15% (quinze por cento) sobre o lucro apurado,
com adicional de 10% sobre a parcela do lucro que exceder R$ 20.000,00 / mês.
As alíquotas do imposto de renda em vigor desde o ano-calendário 1996 são
as seguintes:
a) 15% (quinze por cento) sobre o lucro real, presumido ou arbitrado apurado pelas
pessoas jurídicas em geral, seja comercial ou civil o seu objeto;
b) 6% (seis por cento) sobre o lucro inflacionário acumulado até 31 de dezembro de 1987,
das empresas concessionárias de serviços públicos de energia elétrica e
telecomunicações, das empresas de saneamento básico e das empresas que
exploram a atividade de transporte coletivo de passageiros, concedida ou

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autorizada pelo poder público e com tarifa por ele fixada, realizado no período de
apuração (trimestral ou anual) do imposto;

a. IRFJ

O fato gerador do Imposto de Renda, conforme oCTN, é a aquisição da


disponibilidade econômica ou jurídica de renda ou de proventos de qualquer
natureza. De Renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da
combinação de ambos; de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os
acréscimos patrimoniais não incluídos no conceito de renda.

A base de cálculo do IRPJ, determinada segundo a legislação vigente na


data da ocorrência do respectivo fato gerador, é o lucro real, lucro presumido ou
lucro arbitrado, correspondente ao período de apuração.

E o imposto federal que incide sobre a renda bruta de empresas de todos os


portes e segmentos do mercado nacional. As alíquotas são as seguintes:
6% (quando sobre o lucro acumulado inflacionário) Ou 15% (quando sobre o lucro
real).
Empresas de todas as áreas do mercado estão sujeitas ao pagamento do
IRPJ, assim como negócios essencialmente rurais, empresas estatais, empresas
registradas ou não, empresas de sociedade mista e até mesmo estabelecimentos
que estão em estados críticos que podem levar a falência. A declaração deste tipo
de imposto federal pode ser tanto trimestral como anual.As disposições tributárias
do IR aplicam-se a todas as firmas e sociedades, registradas ou não.

PRINCIPAIS JULGADOS

Súmula 69, STF: A Constituição estadual não pode estabelecer limite


para o aumento de tributos municipais.
Súmula 70, STF: É inadmissível a interdição de estabelecimento como
meio coercitivo para cobrança de tributo.

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IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL (ITR)

O ITR é previsto constitucionalmente, através do inciso VI do artigo 153 da


Constituição Federal.
O Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR, de apuração anual,
tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por
natureza, localizado fora da zona urbana do município, em 1º de janeiro de cada
ano.

Considera-se imóvel rural a área contínua, formada de uma ou mais


parcelas de terras, localizada na zona rural do município.

A legislação que rege o ITR é a Lei 9.393/1996 e alterações subsequentes.

Contribuinte

Contribuinte do ITR é o proprietário de imóvel rural, o titular de seu domínio


útil ou o seu possuidor a qualquer título.

O domicílio tributário do contribuinte é o município de localização do imóvel,


vedada a eleição de qualquer outro.

Imunidade

O ITR não incide sobre pequenas glebas rurais, quando as explore, só ou


com sua família, o proprietário que não possua outro imóvel.

Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, pequenas glebas rurais são os
imóveis com área igual ou inferior a :

I - 100 ha, se localizado em município compreendido na Amazônia Ocidental ou no


Pantanal mato-grossense e sul-mato-grossense;

II - 50 ha, se localizado em município compreendido no Polígono das Secas ou na


Amazônia Oriental;

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III - 30 ha, se localizado em qualquer outro município.

Isenção

São isentos do ITR:

I - o imóvel rural compreendido em programa oficial de reforma agrária, caracterizado


pelas autoridades competentes como assentamento, que, cumulativamente, atenda
aos seguintes requisitos:

a) seja explorado por associação ou cooperativa de produção;

b) a fração ideal por família assentada não ultrapasse os limites estabelecidos no


artigo anterior;

c) o assentado não possua outro imóvel.

II - o conjunto de imóveis rurais de um mesmo proprietário, cuja área total observe os


limites fixados, desde que, cumulativamente, o proprietário:

a) o explore só ou com sua família, admitida ajuda eventual de terceiros;

b) não possua imóvel urbano.

CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL


(COFINS)

COFINS é a sigla para Contribuição para o Financiamento da Seguridade


Social, um tributo federal criado em 1991 que incide sobre empresas e pessoas
jurídicas, calculado a partir de suas receitas brutas.
Juntamente a COFINS, também é cobrado o PIS (Programas de Integração
Social). Por isso, normalmente os dois impostos são mencionados
como PIS/COFINS – como se fossem um tributo só. Mas mesmo recaído sobre a
mesma base de cálculo, se tratam de duas alíquotas diferentes, que apenas são
somadas no momento do recolhimento e pagas ao mesmo tempo. Enquanto a
COFINS é destinada a seguridade social, o PIS financia programas de integração
social do empregado.

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A base de cálculo da COFINS é a receita bruta mensal auferida pela pessoa


jurídica. Ou seja, o fato gerador da COFINS será sempre o faturamento total da
empresa – independentemente do tipo de atividade exercida por ela ou da
classificação contábil das receitas.
Porém, existem duas formas diferentes para aplicar as alíquotas da
COFINS, de acordo com o critério de cumulatividade.
Neste regime, a base de cálculo é a Receita Operacional Bruta da pessoa
jurídica, sem apropriação de créditos em relação a custos, despesas e encargos.
As alíquotas do PIS/Pasep e da Cofins são de 0,65% e de 3%, respectivamente.
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) é
uma contribuição federal brasileira, de natureza tributária, incidente sobre a receita
bruta das empresas em geral, destinada a financiar a seguridade social, a qual
abrange a previdência social, a saúde e a assistência social.
No universo da tributação brasileira, a sigla Cofins significa “Contribuição
para o Financiamento da Seguridade Social” e representa um tributo federal criado
há quase 30 anos, em 1991. Esse tributo incide sobre pjs e empresas, sendo
calculado a partir da receita bruta das instituições.

PRINCIPAIS JULGADOS

Súmula 463, STJ: Incide imposto de renda sobre os valores percebidos a


título de indenização por horas extraordinárias trabalhadas, ainda que
decorrentes de acordo coletivo.
Súmula 495, STJ: A aquisição de bens integrantes do ativo permanente
da empresa não gera direito a crepitamento de IPI.

CONTRIBUIÇÃO DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO (CIDE)

Com o advento e a promulgação da Constituição de 1988, no Capítulo I, Do


Sistema Tributário Nacional, no seu art. 149, consolidou-se o entendimento que tais
contribuições são prestações pecuniárias compulsórias e portanto tributo. O
presente labor demonstra que as CIDES são contribuições regulatórias, utilizadas

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como instrumento de política econômica para enfrentar determinadas situações


que exijam a intervenção da União na economia do país. São enfocadas a CIDE
sobre Royalties e a CIDE sobre Combustíveis, está com maior ênfase pela sua
importância no contexto atual, enfocando as alterações provenientes da Emenda
Constitucional n° 33/2001 e Emenda Constitucional n° 42/2003.

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LIQUIDO (CSLL)


A contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL ou CSSL) foi instituída
pela Lei 7.689/1988.
Aplicam-se à CSLL as mesmas normas de apuração e de pagamento
estabelecidas para o imposto de renda das pessoas jurídicas, mantidas a base de
cálculo e as alíquotas previstas na legislação em vigor (Lei 8.981, de 1995, artigo
57).

Desta forma, além do IRPJ, a pessoa jurídica optante pelo Lucro Real,
Presumido ou Arbitrado deverá recolher a Contribuição Social sobre o Lucro
Presumido (CSLL), também pela forma escolhida.

Não é possível, por exemplo, a empresa optar por recolher o IRPJ pelo
Lucro Real e a CSLL pelo Lucro Presumido.

Escolhida a opção, deverá proceder á tributação, tanto do IRPJ quanto da


CSLL, pela forma escolhida.

BASE DE CÁLCULO DA CSLL

LUCRO PRESUMIDO

A base de cálculo da CSLL, devida pelas pessoas jurídicas optantes pelo lucro
presumido corresponde a:

12% da receita bruta nas atividades comerciais, industriais, serviços hospitalares e de


transporte;

32% para:

a) prestação de serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares e transporte;

b) intermediação de negócios;

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c) administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer


natureza.

CLASSIFICAÇÃO DOS FATOS GERADORES

Os fatos geradores, em geral são classificados segundo dois critérios:


quanto aos elementos que os compõem e quanto à sua formação ou duração no
tempo.
Quanto ao primeiro critério, os fatos geradores podem ser simples ou
complexos: simples quando constituídos de um só elemento. Ex.: a prestação
serviços – ISS.
complexos quando constituídos da combinação de vários elementos ou situações.
Ex.: o lucro de uma empresa – IR.
Quanto ao segundo critério, os fatos geradores podem ser instantâneos ou
periódicos (continuados).
instantâneos quando se efetivam instantaneamente. Ex. a saída de mercadoria do
estabelecimento – ICMS.
periódicos ou continuados quando ocorrem periodicamente, num dado momento
determinado pela Lei. A cada período, tem-se uma nova ocorrência. Ex.: IPTU, IR.

MOMENTO DA OCORRÊNCIA DO FATO GERADOR

O CTN (art. 116) autoriza à Lei tributária fixar o momento em que se


considera ocorrido o fato gerador. Assim, sendo, em regra, “o momento da
ocorrência do fato gerador é aquele que a lei estabelecer”.
Todavia, pode acontecer de a lei ser omissa e, neste caso, na lacuna da lei,
o art. 116, I e II do CTN estipula a seguinte regra alternativa:
Se a lei não determinar o momento da ocorrência do fato gerador, este
considera-se ocorrido e existentes os seus efeitos:
• tratando-se de situação de fato desde o momento em que se verifiquem as
circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe
são próprios
• tratando-se da situação jurídica desde o momento em que esteja definitivamente
constituída, nos termos de direito aplicável.
Como se sabe, há fatos geradores que correspondem a uma situação de
fato e outros que correspondem a uma situação jurídica. A prestação de serviços

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de qualquer natureza (ISS) é uma situação de fato. A transmissão de propriedade


inter-vivos (ISTI ou ITBI) ou causa mortis (ITCD) constituem situações jurídicas. Se
a lei não estabelecer o momento da ocorrência do fato gerador nestes casos,
então, este será considerado “o momento em que se verifiquem as circunstâncias
próprias do fato prestação de serviço (ISS)” ou “o momento em que esteja
definitivamente constituída, nos termos de direito aplicável a transmissão de
propriedade inter-vivos (ISTI) ou causa mortis (ITCD)”.
O parágrafo único do art. 116, acrescentado pela Lei complementar no 104,
de 10/01/2001, veio estabelecer que “a autoridade administrativa poderá
desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular
a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos
da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei
ordinária”.
O artigo 117, tratando ainda da situação jurídica, estabelece a regra
excepcional para os atos ou negócios jurídicos condicionais, ou seja, os atos ou
negócios pendentes de uma condição. A regra é a seguinte:
Salvo disposições de lei em contrário, os atos ou negócios jurídicos condicionais
reputam-se perfeitos e acabados:
• sendo suspensiva a condição, desde o momento de seu implemento
• sendo resolutória a condição, desde o momento da prática do ato ou da celebração do
negócio
Para perfeita compreensão desta regra, é mister saber o que vem a ser condição. A
definição legal de condição, e sua classificação em suspensiva e resolutória, nos é
dada pelos artigos 114, 118 e 119 do Código Civil. Vejamos:
Art. 114. Considera-se condição a cláusula que subordina o efeito do ato jurídico a evento
futuro e incerto.

Art. 118. Subordinando-se a eficácia do ato à condição suspensiva, enquanto esta se não
verificar não se terá adquirido o direito a que ele visa.
Art. 119. .Se for resolutiva a condição, enquanto esta se não realizar, vigorará o ato
jurídico, podendo exercer-se desde o momento deste o direito por ele estabelecido;
mas, verificada a condição, para todos os efeitos se extingue o direito a que ela se
opõe.
Explicando a matéria, ensina Hugo de Brito Machado que “considera-se
condição suspensiva um evento futuro e incerto de cuja realização se faz depender

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os efeitos do ato ou negócio jurídico. E condição resolutória, um evento futuro e


incerto de cuja realização se faz decorrer o desfazimento do ato ou negócio
jurídico”.
Assim, na condição suspensiva, os efeitos do ato ou negócio jurídico ficam
“suspensos” até que ocorra o implemento (acontecimento) da condição e, então, só
a partir daí é que o ato ou negócio passa a ter validade. Por isso, para o Direito
Tributário, se o ato ou negócio jurídico sujeito a condição suspensiva constituir fato
gerador de um tributo, este (fato gerador) somente considera-se ocorrido a partir do
momento do implemento da condição. Por exemplo, João fala para sua irmã: “Eu
lhe dou este apartamento se você se casar”. Neste caso, a propositura de João
está pendente de uma condição suspensiva – o casamento da irmã.
Já na condição resolutória, ato ou negócio jurídico se estabelece desde logo
com validade, surtindo todos os seus efeitos jurídicos, porém, com o implemento da
condição, ocorre o desfazimento do ato ou negócio. Se tal ato ou negócio constituir
fato gerador de algum tributo, este (fato gerador) considera-se ocorrido desde a
prática do ato ou celebração do negócio, sendo irrelevante a condição. É o caso de
alguém que diz “Eu lhe dou uma mesada, enquanto você estudar”.

BASE DE CÁLCULO DE TRIBUTOS

A base de cálculo de um tributo é o montante (expresso em valor monetário) sobre o qual


incidirá a respectiva alíquota.

Exemplo:

Base de cálculo do ICMS = R$ 1.000,00

Alíquota do ICMS = 18%

ICMS devido na operação = base de cálculo x alíquota = R$ 1.000,00 x 18% = R$ 180,00.

Proibição de Base de Cálculo Múltipla

É permitido à União instituir outros impostos concorrentes, mediante lei complementar,


desde que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo
próprios de outros impostos já discriminados constitucionalmente - inciso I do art.
154 da Constituição Federal/1988.

Assim, por exemplo, a base de cálculo de qualquer novo imposto a ser instituído pela
União (Governo Federal do Brasil) não poderá ser igual ao do imposto de renda.

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Exclusão do ICMS na Base de Cálculo do PIS e da COFINS

Por maioria de votos, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), em sessão de


15.03.2017, decidiu que o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
(ICMS) não integra a base de cálculo das contribuições para o Programa de
Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade
Social (Cofins).

Este julgamento permitirá aos contribuintes discutirem o "bis in idem" (incidência de


tributos sobre outros tributos constitucionais) que hoje prevalece em várias
situações (por exemplo, a incidência do IPI sobre o ICMS devido).

Redução da Base de Cálculo

A redução da base de cálculo de um tributo é considerada como uma isenção parcial.

Exemplo:

Base de Cálculo R$ 1.000,00

Redução da Base de Cálculo: 50%

Base de Cálculo Reduzida = R$ 1.000,00 - (50% de R$ 1.000,00) = R$ 1.000,00 - R$


500,00 = R$ 500.00.

Vedação de Base de Cálculo Comum - Taxas

A lei proíbe que as taxas possuam base de cálculo e fato gerador idênticos aos que
correspondam a impostos (Art. 77, parágrafo único, do CTN) e que sejam
calculadas em função do capital das empresas (acréscimo ao dispositivo citado,
determinado pelo Ato Complementar 34/67).

SUMULAS

Súmulavinculantes
Súmula Vinculante 41: O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado
mediante taxa.

A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta,


remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis
não viola o art. 145, II, da CF. [Súmula Vinculante 19.]

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Súmulas
É constitucional a taxa de fiscalização dos mercados de títulos e valores mobiliários
instituída pela Lei 7.940/1989.[Súmula 665.]
Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas,
diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à
prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu.[Súmula 545.]

BIBLIOGRAFIA:

- https://receita.economia.gov.br/

- http://www.portaltributario.com.br/tributario/tributosfederais.htm

- ALEXANDRE, Ricardo. Direito tributário esquematizado. 7. ed. São Paulo: Método,


2013.

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