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Para melhor compreensão das regras para emissão e escrituração de documentos fiscais, é necessário iniciarmos
pelos conceitos básicos que são fundamentais para o entendimento da forma pela qual cada nota fiscal deve ser
emitida.
A hipótese de incidência é um fato previsto em lei, que, quando praticado pelo contribuinte, dá origem a obrigação
tributária de pagamento do imposto.
1.2. Contribuinte
Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que pratique o fato gerador do imposto. Uma vez praticado o fato
gerador, nasce a obrigação de pagamento do valor incidente sobre a operação.
1.3. Imunidade
É uma das limitações constitucionais ao poder de tributar. É a impossibilidade de incidência do imposto, em virtude de
vedação constitucional.
1.4. Não-Incidência
É a situação que se encontra fora do campo tributário definido em Lei, ou seja, o ato praticado não se enquadra em
nenhum dos casos previstos na legislação tributária como hipótese de incidência.
1.5. Suspensão
É a postergação do momento do recolhimento do imposto indicado expressamente na legislação, mesmo que tenha
ocorrido o seu fato gerador, desde que haja o cumprimento de certas condições estabelecidas em lei.
Já vimos que o fato gerador é o momento em que nasce a obrigação de pagar o imposto. Uma vez que o contribuinte
pratica a ação definida na lei como hipótese de incidência do imposto, este estará obrigado ao seu pagamento. No
entanto, com o objetivo de incentivar determinados setores da economia, são criados os benefícios fiscais que
consistem na dispensa total, parcial ou momentânea do pagamento do imposto.
É importante ressaltar que o §6º do art. 150 da CF/88 determina que qualquer subsídio ou isenção, redução de base
de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só
poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente o
correspondente tributo ou contribuição.
Todavia, em relação ao ICMS, em respeito ao disposto no art. 155, § 2.º, XII, g. da CF/88, cabe a uma Lei
Complementar regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e
benefícios fiscais serão concedidos e revogados.
Essa lei complementar é a de nº 24/75, que por sua vez determina que os benefícios ou incentivos serão concedidos
ou revogados nos termos de convênios celebrados e ratificados pelos Estados e pelo Distrito Federal.
Ou seja, para o ICMS é necessária aprovação do CONFAZ por meio de Convênio celebrado entre os Estados. Em
regra, um benefício somente poderia ser aplicado quando ratificado pelos Estados e o DF, porém, na prática não é
isso o que acontece. Vários são os benefícios concedidos unilateralmente pelos Estados gerando a famosa “Guerra
Fiscal”.
1.6.1. Isenção
É a dispensa do recolhimento do tributo devido, feito por disposição expressa da Lei embora a operação esteja no
campo de incidência do mesmo.
“Essa é uma regra de diminuição de tributação que beneficia operações e prestações específicas, reduzindo
em determinado percentual o valor que serve para base de cálculo do ICMS.”
Fonte: http://www.fazenda.sp.gov.br/contas/reducao.shtm
2.1. Conceito
O ICMS é um imposto que incide sobre as operações relativas à circulação de mercadorias e sobre as prestações de
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.
É a movimentação da mercadoria de acordo com atos comerciais praticados e se dá pela tradição, real ou simbólica,
da mercadoria.
2.1.1. Seletividade
É um princípio definido na Constituição Federal que consiste na tributação da mercadoria ou serviço de acordo com
sua essencialidade. Nessa linha de raciocínio temos a tributação dos produtos supérfluos por carga tributária maior
do que os produtos essenciais.
Neste contexto, temos um impasse, uma vez que energia elétrica e comunicação, embora essenciais são tributadas
por alíquotas elevadas.
A seletividade em função da essencialidade é de caráter impositivo para o IPI (153, IV, §3º, I da CF) e permissivo
para o ICMS (155, II, §2º, III da CF)
O ICMS tem como fato gerador a saída de mercadoria ou a prestação de serviço de transporte interestadual e
intermunicipal e de comunicação, ainda que a operação se inicie no exterior.
- Na saída de mercadoria, a qualquer título, de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro estabelecimento
do mesmo titular (transferência entre filiais), inclusive as saídas a título de bonificação;
- No fornecimento de mercadoria com prestação de serviços (venda de equipamento instalado pelo fornecedor): a)
não compreendidos na competência tributária dos municípios; b) compreendidos na competência tributária dos
municípios, mas que, por indicação expressa de lei complementar, sujeitam-se à incidência do ICMS.
- Na prestação onerosa de serviços de comunicação feita por qualquer meio, inclusive na geração, emissão,
recepção, transmissão, retransmissão, repetição e ampliação de comunicação, de qualquer natureza;
2.3. Contribuinte
Contribuinte do ICMS, de acordo com o artigo 4º da Lei Complementar nº 87/1996, é qualquer pessoa, física ou
jurídica, que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de
mercadoria ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as
operações e as prestações se iniciem no Exterior.
A base de cálculo é o valor sobre o qual deverá ser aplicada a alíquota correspondente à operação ou prestação. Em
geral, a base de cálculo de incidência do imposto é o valor da operação ou prestação. Devem ser observadas as
regras dos artigos 37 a 51 do RICMS-SP.
O ICMS compõe a sua própria base de cálculo, razão pela qual dizemos que se trata de um imposto “por dentro” (art.
49 do RICMS-SP). O destaque do seu valor no documento fiscal constitui mera indicação.
Por exemplo:
Vamos considerar uma mercadoria no valor de R$ 100,00 cuja alíquota interna seja 18%. Para formar o preço da
mercadoria e calcular o ICMS não é correto aplicar diretamente 18% sobre R$ 100,00, mas multiplicar esse valor por
1,2195121 que resultará numa base de cálculo de R$ 121,95.
Vejamos a diferença:
Se o cálculo for efetuado aplicando-se 18% sobre R$ 100,00 chega-se ao valor de ICMS correspondente a R$ 18,00.
Ao passo que incluindo-se o ICMS na sua própria base e aplicando-se sobre ela 18%, chega-se ao valor de R$ 21,95.
Assim, depois de somados os valores inerentes à composição da base de cálculo do imposto, o contribuinte deverá
multiplicar o montante total por um dos coeficientes a seguir:
1
____________
1 - (% ICMS)
100
Exemplo:
1
___________
1 – ( 18 )
100
1 1
________ = _______ = 1, 219512
1 – ( 0,18 ) 0,82
O IPI compõe a base de cálculo do ICMS nas saídas para contribuinte quando o produto destinar-se a uso, consumo,
ativo do adquirente;
O IPI compõe a base de cálculo do ICMS nas saídas para não contribuinte;
O IPI compõe a base de cálculo do ICMS no desembaraço aduaneiro de mercadoria importada do exterior;
Vejamos alguns coeficientes utilizados na inclusão do IPI na base de cálculo do ICMS considerando a alíquota do IPI
e do ICMS:
IPI ICMS
7% 12% 18% 25%
10% 1,083423 1,152073 1,246882 1,379310
15% 1,087547 1,160092 1,261034 1,403508
20% 1,091703 1,168224 1,275510 1,428571
1
_____________________________
Exemplo:
1 1
_________________________ = ____________________________
1 – [ ( 18 ) x ( 1 + 10 )] 1 – [ 0,18 x ( 1 + 0,10 )]
100 100
1 1 1
_________________ = ________ = ______ = 1,246882
1 – [ 0,18 x 1,10 ] 1 – 0,198 0,802
Devem ser incluídas na base de cálculo do ICMS todas as despesas acessórias, frete, seguro, juros e outras
vantagens recebidas ou debitadas ao destinatário, bem como o valor de mercadorias dadas em bonificação;
A importância cobrada a título de montagem e instalação nas operações com máquinas, aparelhos, equipamentos,
conjunto industrial ou outro produto de qualquer natureza, quando o estabelecimento remetente ou outro do mesmo
titular tiver assumido contratualmente a obrigação de entregá-lo montado para uso, deve ser incluída na base de
cálculo do ICMS.
Nota: A bonificação é uma operação normalmente tributada de ICMS, salvo se o produto tiver benefício fiscal. Este é
o entendimento oficial dado pela Secretaria da Fazenda inclusive na Decisão normativa CAT nº 04/00. Porém, já
existe Decisão favorável ao contribuinte que ingressou com Ação Judicial no sentido de não tributar o ICMS na
bonificação. Vale consultar o jurídico, e verificar qual o posicionamento da empresa.
Desconto Condicional – é um desconto concedido pela empresa vendedora desde que o comprador cumpra uma
condição. Por exemplo:
O cliente efetua uma compra de mercadoria com prazo de pagamento para 30 dias, todavia se antecipar o
pagamento para 20 dias, ganha 10% de desconto. Temos aqui uma condição, o cliente somente pagará a compra
com o desconto se efetuar o pagamento antecipado.
Dessa forma, Observa-se que o desconto somente se concretizará, se o cliente antecipar o pagamento da compra,
neste caso fica condicionado a um acontecimento futuro e incerto, visto que não há obrigatoriedade do pagamento
em 20 dias existe apenas a possibilidade de pagamento com desconto.
Exemplo:
Desconto Incondicional - o desconto incondicional não impõe condição nenhuma a ser cumprida para que seja
oferecido ao comprador, o desconto será dado no próprio documento fiscal.
Exemplo:
O Regulamento do ICMS relaciona em seu Anexo II as mercadorias que estão beneficiadas pela redução de base de
cálculo. A redução da base de cálculo pode ser compreendida como uma isenção parcial do valor do imposto, visto
que parte do valor não é tributada pelo ICMS.
É importante observar para fins de aplicação da redução as condições impostas no próprio dispositivo legal que
concede o benefício.
Por exemplo:
Fica reduzida a base de cálculo do imposto incidente nas saídas internas com os produtos alimentícios indicados
segundo a NCM nos incisos do art. 39, Anexo II do RICMS/SP, realizadas por estabelecimento fabricante ou
atacadista, de forma que a carga tributária corresponda ao percentual de 12%.
A redução de base de cálculo prevista neste artigo não se aplica, em qualquer caso, aos produtos não destinados à
alimentação humana ou contemplados no RICMS com qualquer outro benefício fiscal;
Também não se aplica à saída destinada a estabelecimento de contribuinte sujeito às normas do “Simples Nacional”
ou a consumidor final.
b) a que o contribuinte esteja em situação regular perante o fisco, não possua, por qualquer de seus
estabelecimentos:
i. débitos fiscais inscritos na dívida ativa do Estado, débitos do imposto declarados e não
pagos no prazo de até 30 dias contados da data de seu vencimento;
ii. débitos do imposto decorrentes de Auto de Infração e Imposição de Multa - AIIM, em relação
ao qual não caiba mais defesa ou recurso na esfera administrativa, não pagos no prazo fixado para o seu
recolhimento;
iii. débitos decorrentes de Auto de Infração e Imposição de Multa - AIIM ainda não julgado
definitivamente na esfera administrativa, relativos a crédito indevido do imposto proveniente de operações ou
prestações amparadas por benefícios fiscais concedidos em desacordo com o disposto no artigo 155, §
2°, XII, “g”, da Constituição Federal;
Dessa forma, caso um dos requisitos exigidos no art. 39 do Anexo II do RICMS-SP não seja cumprido, o beneficio de
redução de base de cálculo não será aplicado.
A substituição tributária consiste na atribuição da responsabilidade tributária a terceira pessoa, vinculada ao fato
gerador da respectiva obrigação.
A substituição tributária subsequente, também chamada de substituição tributária “para frente”, consiste na retenção
e antecipação do recolhimento do imposto, por um contribuinte denominado “substituto”, em relação a terceiro por
fato gerador ainda não ocorrido, ou seja, pelas operações subsequentes que serão praticadas pelos demais
contribuintes até a operação com o consumidor final.
Essa é a hipótese mais conhecida e refere-se à substituição tributária com retenção do imposto por antecipação.
Nessa modalidade, o primeiro contribuinte da cadeia produtiva e/ou comercial, fica responsável pela retenção e
recolhimento do imposto incidente nas operações subsequentes com a mesma mercadoria, até que chegue ao
consumidor final.
Recolhe o ICMS devido pela própria operação e retém e recolhe o imposto devido por antecipação pelo
atacadista e pelo varejista
A substituição tributária antecedente, conhecida como diferimento ou substituição tributária “para trás”, consiste na
postergação do pagamento do imposto, ou seja, o imposto será pago por uma terceira pessoa, em momento futuro,
relativamente a fato gerador já ocorrido.
Neste caso, o contribuinte que recebe a mercadoria fica responsável pelo recolhimento do imposto devido em relação
às etapas anteriores. É o que ocorre nas operações com previsão de diferimento do ICMS.
É o caso, por exemplo, das operações com sucata na qual o imposto fica diferido na saída para estabelecimento
industrial, que será responsável pelo seu recolhimento quando da entrada da mercadoria no estabelecimento para
emprego no processo industrial.
Emite nota fiscal de venda para Recebe a mercadoria com a nota fiscal sem destaque do
a indústria adquirente sem ICMS, e fica responsável pelo recolhimento do valor do
destaque do ICMS ICMS devido pelo remetente (1º contribuinte).
2.6. Alíquota
As alíquotas utilizadas dentro do território paulista, ou seja, por remetente paulista para destinatário localizado em
território paulista são:
FECOEP
As alíquotas a serem utilizadas nas operações e prestações interestaduais são as seguintes (EC 87/15):
A legislação do ICMS determina em alguns casos o recolhimento do ICMS nas operações interestaduais cujo
montante nada mais é do que o percentual correspondente a diferença entre a alíquota interna e a interestadual
cabível à operação. Esse recolhimento é conhecido entre os contribuintes como DIFAL.
A - Contribuintes:
a.2 na utilização, por contribuinte localizado neste Estado, de serviço cuja prestação se tenha iniciado
em outra unidade federada com destino a este Estado e não esteja vinculada a operação ou
prestação subsequente alcançada pela incidência do imposto;
B – Não contribuintes
b.1 na saída de mercadoria ou bem de estabelecimento localizado em outra unidade federada com
destino a consumidor final não contribuinte localizado neste Estado;
b.2 no início da prestação de serviço de transporte iniciada em outra unidade federada com destino a
este Estado, não vinculada a operação ou prestação subsequente alcançada pela incidência do
imposto e cujo tomador não seja contribuinte localizado neste Estado.
Quando a operação envolve destinatário contribuinte do ICMS a obrigação é apenas de recolhimento do DIFAL, pelo
contribuinte que estiver recebendo o produto, ou seja, pelo destinatário. O recolhimento somente será cabível na
hipótese em que a alíquota interna for superior à alíquota interestadual.
O cálculo é aparentemente tranquilo, todavia existem entendimentos diferentes entre os Estados, é necessário
verificar o que entende cada um deles.
No caso de São Paulo, o procedimento previsto no art. 117 do RICMS/SP. O contribuinte recebedor deverá escriturar
no livro Registro de Apuração do ICMS, no período em que a mercadoria tiver entrado ou tiver sido tomado o serviço:
b - como débito, no quadro "Débito do Imposto - Outros Débitos", com a expressão "Inciso II do Art. 117 do RICMS", o
valor do imposto decorrente da aplicação da alíquota interna sobre a base de cálculo correspondente à operação ou
prestação aludida no inciso anterior.
Quando a operação envolve destinatário não contribuinte do ICMS há também a obrigação de recolhimento do
DIFAL, todavia a responsabilidade pelo recolhimento é atribuída ao remetente do produto. O recolhimento somente
será cabível na hipótese em que a alíquota interna for superior à alíquota interestadual.
No caso de operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final não contribuinte localizado em
outro Estado, o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual será partilhado entre os
Estados de origem e de destino, na seguinte proporção:
Mas não é tão simples assim, ainda temos que falar sobre o adicional de até 2% na alíquota do ICMS, destinado ao
financiamento dos fundos de combate à pobreza. O percentual relativo ao fundo também deve ser considerado no
cálculo do DIFAL.
Conforme disciplinado no Convênio ICMS nº 93/15, nas operações e prestações de serviço de com consumidor ou
usuário final não contribuinte do ICMS, o contribuinte que as realizar deve, se remetente do bem:
a) utilizar a alíquota interna prevista na unidade federada de destino para calcular o ICMS total devido na operação ou
prestação;
b) utilizar a alíquota interestadual prevista para a operação ou prestação, para o cálculo do imposto devido à unidade
federada de origem;
c) recolher, para a unidade federada de destino, o imposto correspondente à diferença entre o imposto calculado pela
alíquota interna e a interestadual sobre o valor da operação ou prestação mencionado anteriormente.
“§ 1º Integra a base de cálculo do imposto, inclusive na hipótese do inciso V do caput deste artigo:
II - o valor correspondente a:
b) frete, caso o transporte seja efetuado pelo próprio remetente ou por sua conta e
ordem e seja cobrado em separado.”
Dessa forma, considerando que o montante do próprio imposto constitui parte integrante da sua base de cálculo, o
mesmo deve ser feito em relação a base de cálculo do diferencial.
Base de cálculo do ICMS total Valor do ICMS total Valor do diferencial Valor a recolher para o PR
R$ 1.219,51
(com 18% embutido no preço) R$ 219,51 R$ 73,17 R$ 29,26
(1.219,51 x 18%) (219,51 – 146,34) (R$ 73,17 x 40%)
O Convênio ICMS nº 93/15 determinou por meio do § 4º de sua Cláusula segunda, que o adicional relativo ao Fundo
de Combate a Pobreza deverá ser considerado para o cálculo do imposto, sendo seu recolhimento efetuado com
obediência à legislação do estado destinatário.
Todavia o montante do adicional será recolhido integralmente para a unidade federativa de destino, portanto não fará
parte da partilha (§ 2º da Cláusula décima do Convênio ICMS nº 93/15).
O IPI é de competência Federal e incide sobre produtos industrializados, sejam eles nacionais ou estrangeiros,
obedecidas as especificações contidas na TIPI (Tabela de Incidência do IPI).
A TIPI foi aprovada pelo Decreto nº 7.660/2011, prestes a ser alterada com vigência para janeiro/2017 (IN nº 1.666/16
altera o Sistema Harmonizado, por enquanto).
3.2. Contribuinte
o industrial, em relação ao fato gerador decorrente da saída de produto que industrializar em seu
estabelecimento, bem como quanto aos demais fatos geradores decorrentes de atos que praticar;
o estabelecimento equiparado a industrial, quanto ao fato gerador relativo aos produtos que dele saírem, bem
como quanto aos demais fatos geradores decorrentes de atos que praticar; e
os que consumirem ou utilizarem em outra finalidade, ou remeterem a pessoas que não sejam empresas
jornalísticas ou editoras, o papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos, quando alcançado pela
imunidade prevista no inciso I do art. 18 do RIPI/10.
Uma empresa se equipara a estabelecimento industrial, dentre outras situações (art. 9º do RIPI/10):
a) quando for importador de produtos de procedência estrangeira, que der saída a esses produtos;
b) quando receber para comercialização, diretamente da repartição que os liberou, produtos importados por
outro estabelecimento da mesma firma, ou seja, de filial;
c) quando comercializar produtos cuja industrialização haja sido realizada por outro estabelecimento da mesma
firma ou de terceiro, mediante a remessa, efetuada pelo próprio encomendante, de matérias-primas, produtos
intermediários, embalagens, recipientes, moldes, matrizes ou modelos;
d) quando comercializar produtos do Capítulo 22 da TIPI, cuja industrialização tenha sido encomendada a
estabelecimento industrial, sob marca ou nome de fantasia de propriedade do encomendante, de terceiro ou do
próprio executor da encomenda;
Nota:
Existem outras situações de equiparação a indústria previstas no art. 9º do RIPI, são situações muito especificas,
razão pela qual sugerimos leitura minuciosa.
Os critérios para formação da base de cálculo do IPI estão previstos no art. 190 do RIPI/10, conforme a seguir:
a) o valor que servir ou que serviria de base para o cálculo dos tributos aduaneiros, por ocasião do despacho de
importação, acrescido do montante desses tributos e dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou
dele exigíveis; e
II - dos produtos nacionais, o valor total da operação de que decorrer a saída do estabelecimento industrial ou
equiparado a industrial.
Não são deduzidos do valor da operação: os descontos, diferenças ou abatimentos, concedidos a qualquer título,
ainda que incondicionalmente
O IPI é um imposto seletivo, em função da essencialidade dos produtos. A alíquota é maior para produtos
considerados supérfluos e menor para os produtos essenciais.
A seletividade em função da essencialidade é de caráter impositivo para o IPI (153, IV, §3º, I da CF) e permissivo
para o ICMS (155, II, §2º, III da CF)
Os produtos industrializados estão relacionados com suas respectivas alíquotas na Tabela de Incidência do Imposto
sobre Produtos Industrializados (TIPI), aprovada pelo Decreto nº 7.660/11.
O imposto será calculado mediante aplicação das alíquotas constantes da TIPI, sobre o valor tributável do produto.
Para determinação da alíquota a ser aplicada à determinado produto deve o contribuinte antes de qualquer
procedimento identificar na TIPI a classificação fiscal do produto, pois os produtos estão distribuídos na TIPI por
seções, capítulos, subcapítulos, posições, subposições, itens e subitens. A identificação da classificação fiscal do
produto é de responsabilidade primeiramente do contribuinte através das Regras Gerais para Interpretação, Regras
Gerais Complementares e Notas Complementares, todas da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM).
Exemplo:
SUMÁRIO
ABREVIATURAS E SÍMBOLOS
REGRAS GERAIS PARA INTERPRETAÇÃO DO SISTEMA HARMONIZADO
Capítulo 4
Leite e lacticínios; ovos de aves; mel natural; produtos comestíveis de origem animal, não especificados nem
compreendidos noutros Capítulos
Nota:
Em caso de dúvida, o contribuinte poderá ingressar com consulta à Secretaria da Receita Federal, adotando os
procedimentos que estão disponíveis no site da Receita Federal, www.receita.fazenda.gov.br, no canal "consulta
classificação fiscal".
A Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, a Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2 (condicionada ao uso do
Equipamento Emissor de Cupom Fiscal), o Cupom Fiscal e a Nota Fiscal de Produtor, modelo 4, serão
obrigatoriamente emitidos por processamento de dados nos casos em que o contribuinte (Portaria CAT nº 32/96):
a. fizer a sua emissão e/ou escriturar livro fiscal em equipamento que utilize ou tenha condições de utilizar
arquivo magnético ou equivalente;
b. utilizar equipamento emissor de cupom fiscal, que tenha condições de gerar arquivo magnético quando
conectado a outro computador;
c. não possuindo sistema eletrônico de processamento de dados próprio, utilizar serviços de terceiros com essa
finalidade.
Considera-se uso de sistema eletrônico de processamento de dados a utilização de, no mínimo, computador e
impressora para emissão de documento fiscal ou escrituração de livro fiscal.
Os documentos fiscais serão emitidos segundo as especificações de cada modelo, na forma prevista no Regulamento
do ICMS, inclusive quanto à quantidade de vias e sua destinação.
Vale esclarecer que esse procedimento não se aplica relativamente à escrituração de livros fiscais e geração de
arquivos digitais, ao contribuinte que esteja sujeito à Escrituração Fiscal Digital - EFD prevista no artigo 250-A do
RICMS/00.
As indicações referentes ao transportador, às características dos volumes e à data e hora da efetiva saída das
mercadorias do estabelecimento emitente poderão ser feitas mediante a utilização de qualquer meio gráfico indelével.
A impressão dos documentos fiscais por Sistema Eletrônico de Processamento de Dados dar-se-á no
estabelecimento que promover a operação ou prestação, podendo, neste Estado, realizar-se:
Nota:
A impressão dos documentos fiscais, fora do local do estabelecimento, somente poderá ser efetuada após
autorização do chefe do Posto Fiscal a que estiver vinculado o estabelecimento emitente, ao qual deverá ser
entregue “Requerimento de Autorização de emissão de documento fiscal fora do estabelecimento”, em quatro vias,
cujo modelo encontra-se disponível para “download” no Posto Fiscal Eletrônico da Secretaria da Fazenda do Estado
de São Paulo, no endereço http://pfe.fazenda.sp.gov.br.
Utilizadas por empresas inscritas no cadastro de contribuintes do ICMS para documentar a saída e em alguns casos
a entrada de mercadoria no estabelecimento (arts 125 a 128 e 136 a 138 do RICMS-SP).
Se a empresa em regra vende mercadorias no varejo, neste caso é obrigado a documentar essas vendas por meio de
ECF gerando para o consumidor o cupom fiscal.
Porém a utilização da nota fiscal modelo 1 ou 1-A ainda se faz necessária em razão das demais operações
praticadas pelos contribuintes tais como transferências, devoluções, recebimento de mercadoria de produtor rural,
vendas para contribuintes do ICMS (o cupom fiscal é documento especificamente emitido para consumidor pessoa
física ou pessoa jurídica não contribuinte do ICMS).
É vedada a utilização simultânea dos modelos 1 e 1-A, salvo quando adotadas séries distintas.
A diferença entre a nota fiscal modelo 1 e a modelo 1-A está no tamanho de alguns campos.
A nota fiscal modelo 1 está disposta na posição vertical enquanto a nota fiscal modelo 1 A está disposta na horizontal
e alguns de seus campos são maiores.
Todavia as informações exigidas pela legislação são as mesmas para os dois modelos.
a) novo ou usado, remetido a qualquer título por produtor ou por pessoa natural ou jurídica não obrigada à
emissão de documentos fiscais;
b) em retorno, quando remetido por profissional autônomo ou avulso ao qual tiver sido enviado para
industrialização;
c) em retorno de exposição ou feira, para a qual tiver sido remetido exclusivamente para fins de exposição ao
público;
O contribuinte do ISS é obrigado à emissão de Nota Fiscal de Serviços quando prestar serviços previstos na lista de
serviços sujeitos ao Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN).
Entretanto, pode ser que este estabelecimento prestador de serviços sujeitos ao ISSQN também seja contribuinte do
ICMS, o que lhe obrigará a emitir a nota fiscal, modelo 1 ou 1-A, nas hipóteses previstas pela legislação do ICMS.
Nessas situações, sem a necessidade de se obter regime especial, poderá o contribuinte optar por utilizar somente a
nota fiscal, modelo 1 ou 1-A, na qual serão inseridos os dados relativos ao ISSQN, entre os quadros “Dados do
Produto” e “Cálculo do Imposto”, cuidando-se para que não haja prejuízo à finalidade e à clareza em decorrência
desta alteração de disposição e/ou tamanho de quaisquer dos campos.
Ao emitir a nota fiscal conjugada, o contribuinte poderá indicar mais de um CFOP, conforme as naturezas das
operações/prestações que estiverem sendo realizadas.
Portanto, caso esteja prestando serviço sujeito ao ISSQN e fornecendo mercadoria, deverá utilizar um CFOP
correspondente à prestação do serviço sujeita à legislação municipal (5.933/6.933) e outro CFOP referente à remessa
da mercadoria (5.102/6.102, 5.949/6.949 ou outro que seja mais adequado à operação).
Estes códigos serão indicados nos campos próprios e, para atendimento da legislação do ICMS, serão também
apostos à frente da descrição dos serviços/mercadorias, respectivamente.
Caso esteja apenas prestando serviço sujeito à incidência do ISSQN, mesmo assim, poderá emitir nota fiscal
conjugada, na qual se consignará apenas o CFOP 5.933/6.933.
CÁLCULO DO IMPOSTO
BASE DE CÁLCULO VALOR DO ICMS BASE DE CÁLCULO ICMS VALOR DO ICMS VALOR TOTAL DOS
DO ICMS SUBSTITUIÇÃO SUBSTITUIÇÃO PRODUTOS
R$ 600,00 R$ 108,00 R$ 600,00
VALOR DO FRETE VALOR DO SEGURO OUTRAS DESPESAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA
ACESSÓRIAS NOTA
R$ 3.900,00
TRANSPORTADOR / VOLUMES TRANSPORTADOS
NOME / RAZÃO SOCIAL FRETE POR PLACA DO U CNPJ / CPF
CONTA VEÍCULO F
REMETENTE – veículo próprio 1 EMITENTE
1
2 DESTINATÁRIO XXX -990
ENDEREÇO MUNICÍPIO U INSCRIÇÃO
F ESTADUAL
DADOS ADICIONAIS
Retorno do conserto (CFOP 5.916 )– valor R$ 3.000,00 RESERVADO AO FISCO N° DE
Mercadoria recebida por meio da NF nº 0001 – 10/12/10 CONTROLE
NÃO – INCIDÊNCIA ICMS art. 7º, X do RICMS/00 DO
FORMULÁRIO
000.002
DADOS DA AIDF E DO IMPRESSOR
RECEBEMOS DE (RAZÃO SOCIAL DO EMITENTE) OS PRODUTOS CONSTANTES DA NOTA FISCAL INDICADA AO NOTA FISCAL
LADO
DATA DO IDENTIFICAÇÃO E ASSINATURA DO RECEBEDOR N° 000.002
RECEBIMENTO
A Nota fiscal de venda a consumidor é um documento fiscal que deve ser emitido nas vendas à vista a pessoa natural
ou jurídica não-contribuinte do imposto, em que a mercadoria for retirada pelo comprador ou por este consumida no
próprio estabelecimento (arts. 132 a 134 do RICMS-SP).
A nota fiscal de venda a consumidor poderá ser emitida em substituição ao cupom fiscal por meio de Equipamento
Emissor de Cupom Fiscal – ECF. Nesta hipótese fica dispensada a exigência de Autorização de Impressão de
Documentos Fiscais para a confecção de impressos de Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2, em formulário
contínuo.
Também poderá ser emitida nota fiscal modelo 2 quando o estabelecimento estiver desobrigado ao uso do ECF ou
quando, por motivos de força maior não seja possível a utilização do cupom fiscal, como por exemplo, queda de
energia elétrica, hipótese em que o contribuinte deverá lavrar termo de ocorrência no Livro Modelo 6 (Termo de
Ocorrências e Utilização de Documentos Fiscais). Outros meios para emissão da nota fiscal modelo 2 são:
a) utilização de impressos fiscais, na forma de talonário, formulário contínuo ou jogos soltos, desde que
devidamente registrados pelo REDF (Registro Eletrônico de Documento Fiscal);
b) por meio eletrônico, ou seja, Nota Fiscal de Venda a Consumidor "On-line" - NFVC-"On-line", modelo 2, na
forma prevista no § 4° do artigo 212-O (DFE).
1 - nas operações acima de R$ 10.000,00, hipótese em que deverá ser emitido um dos seguintes documentos:
c) Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, se o contribuinte não for obrigado à emissão de Nota Fiscal Eletrônica – NF-e;
2 – nas operações com veículos sujeitos a licenciamento por órgão oficial, hipótese em que deverá ser emitido um
dos seguintes documentos:
b) Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, se o contribuinte não for obrigado à emissão da Nota Fiscal Eletrônica – NF-e;
3 – em estabelecimento ao qual não se aplica a obrigatoriedade de uso de equipamento Emissor de Cupom Fiscal –
ECF que utilize sistema eletrônico de processamento de dados para emissão de Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, ou
utilize Nota Fiscal Eletrônica - NF-e, modelo 55
A emissão da Nota Fiscal de Venda a Consumidor por contribuinte que não utilize Equipamento Emissor de Cupom
Fiscal - ECF, desde que não exigida pelo consumidor, será facultada na operação de valor inferior a 50% do valor da
Unidade Fiscal do Estado de São Paulo - UFESP, fixado para o 1º dia do mês de janeiro do exercício, arredondado
para o valor inteiro mais próximo da unidade monetária vigente (art. 134 do RICMS-SP).
No final do dia, o contribuinte emitirá Nota Fiscal de Venda a Consumidor, englobando o total das operações, em
relação às quais não tenha sido emitido o citado documento fiscal, procedendo ao seu registro no livro Registro de
Saídas.
O Cupom Fiscal será emitido por meio de Equipamento Emissor de Cupom Fiscal - ECF, nas vendas à vista a pessoa
natural ou jurídica não-contribuinte do imposto, em que a mercadoria for retirada ou consumida no próprio
estabelecimento pelo comprador (art. 135 do RICMS-SP).
Na hipótese de o adquirente da mercadoria, ainda que não-contribuinte do imposto, estar inscrito no Cadastro de
Contribuintes, poderá ser emitida a Nota Fiscal ou a Nota Fiscal de Produtor, nos termos da legislação específica, em
substituição ao Cupom Fiscal.
Além do cupom fiscal, deverá ser emitida, também, a Nota Fiscal nos casos em que a legislação exija esse
documento ou quando solicitada pelo adquirente da mercadoria, hipótese em que:
a. serão anotados nas vias do documento fiscal emitido, os números de ordem do Cupom Fiscal e do ECF, este
atribuído pelo estabelecimento;
b. o documento fiscal será escriturado no livro Registro de Saídas apenas na coluna "Observações", onde serão
indicados o seu número e a sua série;
É permitida a utilização de Cupom Fiscal, desde que indicados por qualquer meio gráfico indelével, ainda que no
verso, a identificação do adquirente, por meio do nome, dos números da inscrição estadual, do CNPJ ou do CPF, e o
endereço do destinatário, a data e a hora da saída das mercadorias, nas seguintes hipóteses:
Quando solicitado pelo consumidor, o Cupom Fiscal deverá conter seu número de inscrição no CPF ou no CNPJ.
1 - valores superiores a R$ 10.000,00, hipótese em que deverá ser emitido um dos seguintes documentos:
c) Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, se o contribuinte não for obrigado à emissão da Nota Fiscal Eletrônica – NF-e;
2 - veículos sujeitos a licenciamento por órgão oficial, hipótese em que deverá ser emitido um dos seguintes
documentos:
b) Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, se o contribuinte não for obrigado à emissão da Nota Fiscal Eletrônica – NF-e..
O § 8º do art. 135 do RICMS-SP dispensa a emissão de Cupom Fiscal, devendo, em substituição, a Nota Fiscal
Eletrônica - NF-e, modelo 55, Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica – NFC-e, modelo 65, ou Cupom Fiscal Eletrônico
- CF-e-SAT, modelo 59 nas seguintes hipóteses:
1 - operações realizadas fora do estabelecimento, hipótese em que também poderá ser emitida a Nota fiscal, modelo
1 ou 1-A, devendo ser observada a legislação que disciplina as referidas operações;
A nota fiscal modelo-4 (art. 139 a 145 do RICMS-SP) é documento fiscal de uso exclusivo do produtor rural, produtor,
assim considerado a pessoa natural dedicada à atividade agropecuária que realize operações de circulação de
mercadorias, incluindo-se nesse conceito aquele que exerça a atividade de extrator, de pescador ou de armador de
pesca.
O destaque do valor do imposto somente será efetuado nas operações em que o recolhimento do tributo deva ser
feito pelo próprio produtor, hipótese em que a Nota Fiscal de Produtor conterá, também, a indicação da guia pela qual
tiver sido recolhido o imposto.
O produtor rural deverá emitir Nota Fiscal de Produtor modelo 4, e o destinatário dos produtos, desde que seja
contribuinte paulista, deverá emitir Nota Fiscal de Entrada, ainda que a circulação tenha sido acobertada pela Nota
Fiscal modelo 4.
Após a emissão da Nota Fiscal de Entrada o estabelecimento que recebeu mercadoria de produtor rural deverá
enviar ou entregar ao produtor rural a 1ª e 3ª vias até 15 dias da data do recebimento da mercadoria (art. 138, inc. I
“a” do RICMS-SP).
Convém esclarecer que a Nota Fiscal de Produtor, Modelo 4, não poderá ser emitida por estabelecimento de produtor
rural equiparado a industrial ou comerciante, visto que estes são contribuintes normais do imposto, estando sujeitos a
emissão de nota fiscal modelo 1 ou 1-A, NF-e ou ainda cupom fiscal, quando for o caso.
A Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) pode ser conceituada como sendo um documento de existência apenas digital,
emitido e armazenado eletronicamente, com o intuito de documentar, para fins fiscais, uma operação de circulação de
mercadorias ou uma prestação de serviços, ocorrida entre as partes. Sua validade jurídica é garantida pela assinatura
digital do remetente (garantia de autoria e de integridade) e pela recepção, pelo Fisco, do documento eletrônico,
antes da ocorrência do fato gerador.
São obrigados a emissão da NF-e em substituição em substituição à Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A os contribuintes
que:
a) destinadas a Administração Pública direta ou indireta, inclusive empresa pública e sociedade de economia
mista, de qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
c) de comércio exterior.
IV - a partir de 01/01/2016:
b)optantes pelo Simples Nacional realizarem operações ou prestações nas hipóteses previstas nas alíneas
“a”, “g” e “h”, XIII, § 1º, art. 13 da LC 123/06; que são as mercadorias sujeitas a substituição ou antecipação
total ou parcial e diferencial de alíquotas;
Convém esclarecer que a NF-e, modelo 55, substitui a nota fiscal modelo 1 ou 1-A em todas as operações praticadas
como: nota fiscal de entrada, importação, exportação, entre outras.
A referida nota fiscal não se destina a substituir os outros modelos de documentos fiscais existentes na legislação
como, por exemplo, a Nota Fiscal a Consumidor (modelo 2) ou o Cupom Fiscal.
DANFE é uma representação simplificada da nota fiscal eletrônica, que tem existência apenas digital, no qual será
indicado a chave de acesso que permitirá a consulta dos dados da NF-e nos sites da Secretaria da Fazenda e
Receita Federal.
O destinatário, ao receber o DANFE, deverá verificar a validade da assinatura digital e a autenticidade do arquivo
Selecionamos as principais operações contidas no RICMS-SP e que são objeto de dúvidas no dia a dia dos
contribuintes.
8.1. Devolução
A operação de devolução tem por objetivo anular todos os efeitos da operação anterior, inclusive os tributários.
A tributação a ser utilizada na devolução será a mesma aplicada na operação original. Ou seja, se a operação original
foi tributada à alíquota de 12%, por exemplo, a operação de devolução será tributada à mesma alíquota, caso
contrário, não estaria anulando os efeitos da operação anterior.
Igual tratamento será aplicado em relação à mercadoria que, por disposição legal, seja fiscalmente beneficiada ou
desonerada de tributação. Se na operação original não houve tributação, o mesmo se aplica em relação à operação
de devolução da mercadoria (exemplo: isenção).
Por intermédio do Convênio ICMS nº 54/00 foram disciplinadas as regras aplicáveis às operações de devolução e
retorno de mercadorias ocorridas no âmbito interestadual, determinando a aplicação de mesma base de cálculo e
alíquota constantes do documento fiscal que acobertou a operação original.
Esse critério de tributação será adotado para as operações de devolução ou retorno de mercadorias, em sua
totalidade ou parcialmente.
O ICMS é imposto não-cumulativo, devendo-se, por essa razão, compensar o que for devido com o imposto pago nas
operações ou prestações anteriores.
Dessa forma, quando um contribuinte receber, em devolução, mercadoria que tenha saído com débito do ICMS,
poderá lançar o crédito do imposto, devidamente destacado no documento fiscal que acobertar a operação de
devolução das mercadorias, total ou parcialmente, conforme o caso.
Não há qualquer óbice quanto ao aproveitamento do crédito do imposto nas operações de devolução realizadas entre
contribuintes. No entanto, deve-se respeitar a regra de emissão de documentos fiscais, lançando nestes a tributação
pertinente que habilita o recebedor da mercadoria devolvida a efetuar o crédito do imposto.
O direito ao crédito do imposto nas operações de devolução promovidas entre contribuintes fica assegurado também
nos casos em que ocorrer a transferência de mercadoria.
SAÍDA ENTRADA
EMITENTE: x 1ª VIA
Nome / Razão Social: ABCXTAL
Endereço: Rua Doze nº 01 Bairro/Distrito:
Município: São Paulo UF: SP
Fone/Fax: CEP: 01010-000 DESTINATÁRIO/
REMETENTE
CNPJ
DADOS DO PRODUTO
CLASSI SITUAÇÃO VALOR ALÍQUOTAS VALO
CÓD DESCRIÇÃO DOS UNIDAD QUANTIDA VALOR
F TRIBUTÁRI UNITÁR R DO
PROD PRODUTOS E DE TOTAL ICMS IPI
FISCAL A IO IPI
Mercadoria xxxxxx 000 un 10 90,00 900,00 18 10 90,00
CÁLCULO DO IMPOSTO
BASE DE CÁLCULO VALOR DO BASE DE CÁLCULO ICMS VALOR DO ICMS TOTAL DOS PRODUTOS
ICMS ICMS SUBSTITUIÇÃO SUBSTITUIÇÃO 1.000,00
1.000,00 180,00
VALOR DO FRETE VALOR OUTRAS DESPESAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA NOTA
50,00 SEGURO ACESSÓRIAS 100,00 1.100,00
50,00
TRANSPORTADOR / VOLUMES TRANSPORTADOS
NOME / RAZÃO SOCIAL FRETE POR PLACA DO U CNPJ / CPF
CONTA VEÍCULO F
1 EMITENTE
2 DESTINATÁRIO
ENDEREÇO MUNICÍPIO U INSCRIÇÃO ESTADUAL
F
QUANTIDADE ESPÉCIE MARCA NÚMERO PESO BRUTO PESO LÍQUIDO
DADOS ADICIONAIS
RESERVADO AO FISCO
N° DE
CONTROLE
DO
FORMULÁRIO
SAÍDA ENTRADA
EMITENTE: x 1ª VIA
Nome / Razão Social: Suoermercados Salvador
Endereço: Rua Flor de Laranjeira nº 10 Bairro/Distrito:
Município: São Paulo UF: SP
Fone/Fax: CEP: 01010-000 DESTINATÁRIO/
REMETENTE
CNPJ
DADOS DO PRODUTO
CLASSI SITUAÇÃO VALOR ALÍQUOTAS VALO
CÓD DESCRIÇÃO DOS UNIDAD QUANTIDA VALOR
F TRIBUTÁRI UNITÁR R DO
PROD PRODUTOS E DE TOTAL ICMS IPI
FISCAL A IO IPI
Mercadoria xxxxxx 000 un 10 90,00 900,00 18
CÁLCULO DO IMPOSTO
BASE DE CÁLCULO VALOR DO BASE DE CÁLCULO ICMS VALOR DO ICMS TOTAL DOS PRODUTOS
ICMS ICMS SUBSTITUIÇÃO SUBSTITUIÇÃO 1.000,00
1.000,00 180,00
VALOR DO FRETE VALOR OUTRAS DESPESAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA NOTA
SEGURO ACESSÓRIAS 1.100,00
DADOS ADICIONAIS
Devolução referente a nota fiscal nº ___ de __/__/__ RESERVADO AO FISCO
IPI destacado R$ 100,00 N° DE
CONTROLE
DO
FORMULÁRIO
Existem duas considerações a serem feitas em relação à devolução efetuada por não-contribuinte do ICMS. A
primeira refere-se à devolução para troca ou substituição em garantia, e a outra refere-se à devolução por
desfazimento de negócio.
Quando a devolução realizar-se com a finalidade de substituição em garantia ou troca no prazo previsto na
legislação, o Fisco permite ao estabelecimento vendedor a recuperação do crédito do imposto destacado na nota
fiscal de venda. Quando a devolução objetivar o desfazimento do negócio, o Fisco se posiciona pela impossibilidade
de recuperação do crédito.
Conceitos
Garantia - considera-se garantia a obrigação assumida pelo remetente ou fabricante, de substituir ou consertar a
mercadoria, quando apresentar defeito.
Troca - considera-se troca a substituição de mercadoria por uma ou mais da mesma espécie ou de espécie diversa,
desde que de valor não inferior ao da mercadoria substituída.
O estabelecimento que receber mercadoria para troca ou, em virtude de garantia, devolvida por pessoa natural,
produtor rural, pessoa jurídica não-contribuinte ou qualquer outra pessoa não obrigada à emissão de documentos
fiscais, para efeito de recuperação de crédito do ICMS, debitado por ocasião da saída da mercadoria, deverá
observar o que segue:
O estabelecimento recebedor de mercadoria, devolvida por pessoa física ou jurídica não-contribuinte, deverá emitir
nota fiscal de entrada, mencionando o número, a série, a data de emissão e o valor do documento fiscal original, bem
como a identificação da pessoa que promover a devolução, mencionando número e espécie de documento de
identidade, como, por exemplo, o número do RG.
A nota fiscal de entrada emitida pelo recebedor da devolução servirá para acobertar o transporte da mercadoria em
retorno ao seu estabelecimento, vez que o remetente não está obrigado à emissão de documento fiscal por se tratar
de não-contribuinte do ICMS.
Na operação de devolução promovida entre contribuintes, será admitida a entrega da mercadoria em estabelecimento
diverso do remetente original, desde que pertencente ao mesmo titular. Ou seja, a mercadoria adquirida de
estabelecimento matriz pode ser devolvida para estabelecimento filial e vice-versa.
Por opção do remetente original, a mercadoria será devolvida para outro estabelecimento, desde que em operação
interna, adotando-se o seguinte procedimento:
- o contribuinte que efetuar a devolução deverá emitir nota fiscal de “Devolução Simbólica”, visando anular total ou
parcialmente a operação anterior, indicando:
- emitir nota fiscal, sem destaque do imposto, que servirá para acompanhar a mercadoria no seu transporte até o
estabelecimento destinatário, indicando, além dos demais requisitos:
- o número, a data da emissão do documento fiscal que acobertou a operação original e da nota fiscal de
devolução simbólica;
- como natureza da operação: “Remessa por Devolução Simbólica - Art. 454-A do RICMS”.
Estabelecimento fornecedor
- registrar a nota fiscal de devolução simbólica, no Livro Registro de Entradas, consignando os respectivos valores
nas colunas “ICMS - Valores Fiscais - Operações com Crédito do Imposto”;
- emitir nota fiscal para “Transferência Simbólica” da mercadoria ao estabelecimento destinatário da devolução, que
conterá, além dos demais requisitos:
- o destaque do valor do imposto, se devido, observado, quanto à base de cálculo, o disposto no art. 39 do
RICMS-SP;
- o número e a data da emissão da nota fiscal de devolução simbólica emitida pelo estabelecimento que
efetuou a devolução da mercadoria.
Estabelecimento destinatário
- a nota fiscal de “Remessa por Devolução Simbólica”, com utilização, apenas, das colunas “Documento Fiscal” e
“Observações”, fazendo constar desta última a expressão: “Remessa por Devolução Simbólica - Art. 454-A do
RICMS”;
- a nota fiscal relativa à “Transferência Simbólica”, nos campos próprios.
O estabelecimento que efetuar a devolução fica dispensado da emissão da nota fiscal de “Remessa por Devolução
Simbólica”, desde que:
- a saída da mercadoria com destino ao estabelecimento destinatário da devolução seja acompanhada da nota fiscal
de “Transferência Simbólica” emitida pelo estabelecimento que originariamente vendeu a mercadoria;
- seja indicada na nota fiscal de “Transferência Simbólica”, a data da efetiva saída das mercadorias remetidas ao
destinatário da devolução;
A consignação mercantil pode ser definida como a operação em que determinada mercadoria é entregue por um
contribuinte a outro contribuinte, para que este último as venda em prazo convencionado entre ambos ou, caso não
Nessas operações, a mercadoria será remetida pelo consignante ao consignatário, acobertada por nota fiscal, modelo
1 ou 1-A, ou ainda por Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), modelo 55, conforme o caso, na qual serão destacados os
impostos incidentes (ICMS/IPI), porém, não haverá cobrança do valor das mercadorias, ou seja, não há faturamento
nesse momento.
Somente ocorre o faturamento quando as mercadorias forem efetivamente vendidas pelo consignatário a terceiros
(consumidores finais).
Consignante ou consignador
Consignatário
Será denominado “Consignatário” o contribuinte que receber mercadoria em consignação para posterior venda a
terceiros. Na hipótese de não realizar a venda de toda a mercadoria recebida, o consignatário deverá promover a
devolução da mercadoria restante ao contribuinte que as tenha remetido em consignação.
O contribuinte consignante, quando promover a saída de mercadorias a título de consignação mercantil, deverá emitir
nota fiscal, modelo 1 ou 1-A, ou ainda Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), modelo 55, conforme o caso, atendendo aos
requisitos a seguir especificados.
NR Indústria
Endereço: XXXXXXXXXX Bairro/Distrito: xxx
Município: XXXXXXX UF: xx
Fone/Fax: XXXXXXXX DESTINATÁRIO/
REMETENTE
CNPJ
NATUREZA DA OPERAÇÃO CFOP INSCRIÇÃO ESTADUAL DO SUBSTITUTO INSCRIÇÃO ESTADUAL DATA LIMITE
Remessa em Consignação 5.917 TRIBUTÁRIO PARA
EMISSÃO
00.00.00
DESTINATÁRIO REMETENTE
NOME / RAZÃO SOCIAL CNPJ / CPF DATA DA
New Modas Comércio EMISSÃO
10/01/2010
DADOS DO PRODUTO
CLASSI SITUAÇÃO ALÍQUOTA
CÓD DESCRIÇÃO DOS UNIDAD QUANTIDA VALOR VALOR VALOR
F TRIBUTÁRI S
PROD PRODUTOS E DE UNITÁRIO TOTAL DO IPI
FISCAL A ICMS IPI
9999 Produto “X” xx.xxxx 000 Unid 10 100,00 1.000,00 18 10 100,00
CÁLCULO DO IMPOSTO
BASE DE CÁLCULO VALOR DO BASE DE CÁLCULO ICMS VALOR DO ICMS TOTAL DOS PRODUTOS
ICMS ICMS SUBSTITUIÇÃO SUBSTITUIÇÃO 1.000,00
1.000,00 180,00
VALOR DO FRETE VALOR OUTRAS DESPESAS ACESSÓRIAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA NOTA
SEGURO 100,00 1.100,00
DADOS ADICIONAIS
RESERVADO AO FISCO N° DE
CONTROLE
DO
FORMULÁRIO
Na hipótese de reajuste de preço, contratado por ocasião da remessa da mercadoria em consignação mercantil, o
consignante emitirá nota fiscal complementar, da qual fará constar:
DADOS ADICIONAIS
RESERVADO AO FISCO N° DE
CONTROLE
DO
FORMULÁRIO
DADOS DA AIDF E DO IMPRESSOR
RECEBEMOS DE (RAZÃO SOCIAL DO EMITENTE) OS PRODUTOS CONSTANTES DA NOTA FISCAL INDICADA AO NOTA FISCAL
LADO
DATA IDENTIFICAÇÃO E ASSINATURA DO RECEBEDOR N° 000.002
RECEBIMENTO
Alguns cuidados devem ser tomados por ocasião da venda da mercadoria recebida em consignação, a operação
deve estar vinculada à nota fiscal recebida com a mercadoria remetida em consignação.
Por ocasião das vendas realizadas a terceiros, o consignatário emitirá nota fiscal, sem destaque do valor do ICMS,
relativa à devolução simbólica contendo, além dos demais requisitos:
CÁLCULO DO IMPOSTO
BASE DE CÁLCULO VALOR DO BASE DE CÁLCULO ICMS VALOR DO ICMS TOTAL DOS PRODUTOS
ICMS ICMS SUBSTITUIÇÃO SUBSTITUIÇÃO 1.100,00
VALOR DO FRETE VALOR OUTRAS DESPESAS ACESSÓRIAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA NOTA
SEGURO 1.210,00
Por ocasião das vendas realizadas pelo consignatário, o consignante emitirá nota fiscal relativa ao faturamento das
mercadorias vendidas, sem destaque do valor do imposto, na qual, além dos requisitos normalmente exigidos, fará
constar:
CNPJ
NATUREZA DA OPERAÇÃO CFOP INSCRIÇÃO ESTADUAL DO SUBSTITUTO INSCRIÇÃO ESTADUAL DATA LIMITE
Venda 5.113 TRIBUTÁRIO PARA
EMISSÃO
00.00.00
DADOS DO PRODUTO
CLASSI SITUAÇÃO ALÍQUOTA
CÓD DESCRIÇÃO DOS UNIDAD QUANTIDA VALOR VALOR VALOR
F TRIBUTÁRI S
PROD PRODUTOS E DE UNITÁRIO TOTAL DO IPI
FISCAL A ICMS IPI
99999 Produto “X” 090 Unid 10 110,00 1100,00
Simples Faturamento
de mercadoria em
consignação NF nº
000.001, de 10/04/09
– Reajuste de Preço
NF nº 000.002 de
11/04/09.
CÁLCULO DO IMPOSTO
BASE DE CÁLCULO VALOR DO BASE DE CÁLCULO ICMS VALOR DO ICMS TOTAL DOS PRODUTOS
ICMS ICMS SUBSTITUIÇÃO SUBSTITUIÇÃO 1100,00
VALOR DO FRETE VALOR OUTRAS DESPESAS ACESSÓRIAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA NOTA
SEGURO 1.210,00
TRANSPORTADOR / VOLUMES TRANSPORTADOS
NOME / RAZÃO SOCIAL FRETE POR PLACA DO UF CNPJ / CPF
CONTA VEÍCULO
1 EMITENTE
1
2 DESTINATÁRIO
ENDEREÇO MUNICÍPIO UF INSCRIÇÃO ESTADUAL
Por ocasião da venda a terceiros de mercadorias recebidas em consignação mercantil, o consignatário emitirá nota
fiscal, com destaque do ICMS incidente, na qual, além dos requisitos normalmente exigidos pela legislação, fará
constar:
CNPJ
NATUREZA DA OPERAÇÃO CFOP INSCRIÇÃO ESTADUAL DO SUBSTITUTO INSCRIÇÃO ESTADUAL DATA LIMITE
Venda de Mercadoria Recebida 5.115 TRIBUTÁRIO PARA
em Consignação EMISSÃO
00.00.00
DESTINATÁRIO REMETENTE
NOME / RAZÃO SOCIAL CNPJ / CPF DATA DA
JC Modas EMISSÃO
10/05/2009
ENDEREÇO BAIRRO / DISTRITO CEP DATA DA
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxx SAÍDA /
ENTRADA
10/05/2009
MUNICÍPIO FONE / FAX UF INSCRIÇÃO ESTADUAL HORA DA
SAÍDA
DADOS DO PRODUTO
CLASSI SITUAÇÃO ALÍQUOTA
CÓD DESCRIÇÃO DOS UNIDAD QUANTIDA VALOR VALOR VALOR
F TRIBUTÁRI S
PROD PRODUTOS E DE UNITÁRIO TOTAL DO IPI
FISCAL A ICMS IPI
99999 Produto “X” xx 000 Unid 10 200,00 2.000,00 18
CÁLCULO DO IMPOSTO
BASE DE CÁLCULO VALOR DO BASE DE CÁLCULO ICMS VALOR DO ICMS TOTAL DOS PRODUTOS
ICMS ICMS SUBSTITUIÇÃO SUBSTITUIÇÃO 2.000,00
2.000,00 360,00
VALOR DO FRETE VALOR OUTRAS DESPESAS ACESSÓRIAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA NOTA
SEGURO 2.000,00
DADOS ADICIONAIS
RESERVADO AO FISCO N° DE CONTROLE
DO FORMULÁRIO
Quanto às mercadorias recebidas em consignação mercantil, que não forem vendidas no prazo e condições
estabelecidos entre consignante e consignatário, o consignatário devolverá ao consignante por meio de nota fiscal
que, além dos requisitos normalmente exigidos, fará constar:
CÁLCULO DO IMPOSTO
BASE DE CÁLCULO VALOR DO BASE DE CÁLCULO ICMS VALOR DO ICMS TOTAL DOS PRODUTOS
ICMS ICMS SUBSTITUIÇÃO SUBSTITUIÇÃO 1.100,00
1.100,00 198,00
VALOR DO FRETE VALOR OUTRAS DESPESAS ACESSÓRIAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA NOTA
SEGURO 1.210,00
DADOS ADICIONAIS
Devolução de mercadoria em consignação – NF nº 000.001 de RESERVADO AO FISCO N° DE
10/04/09 e NF de reajuste de preço nº 000.002 de 11/04/09 CONTROLE
IPI destacado no valor de R$ 110,00 DO
FORMULÁRIO
DADOS DA AIDF E DO IMPRESSOR
RECEBEMOS DE (RAZÃO SOCIAL DO EMITENTE) OS PRODUTOS CONSTANTES DA NOTA FISCAL INDICADA AO NOTA FISCAL
LADO
DATA IDENTIFICAÇÃO E ASSINATURA DO RECEBEDOR N° 000.502
RECEBIMENTO
O tratamento fiscal relativo à consignação industrial de mercadorias tem origem no Protocolo ICMS nº 52/00,
aplicando-se às operações internas e interestaduais.
A legislação estadual disciplina os procedimentos relativos a essas operações, na forma dos arts. 470 a 474-A do
RICMS, aprovado pelo Decreto nº 45.490/00.
Conceito
Por consignação industrial compreende-se a operação da qual decorre a saída de mercadoria, com preço fixado, com
a finalidade de integração ou consumo no processo industrial, sendo que o faturamento somente ocorrerá à medida
em que essa mercadoria for utilizada pelo destinatário (art. 470 do RICMS-SP)..
Na saída de mercadoria em consignação industrial, serão adotados os seguintes procedimentos (art. 471 do RICMS-
SP)
c)no campo “Informações Complementares”, indicação de que será emitida uma nota fiscal, para efeito de
faturamento, englobando todas as remessas de mercadorias em consignação e utilizadas durante o período
de apuração;
DADOS DO PRODUTO
CLASSI SITUAÇÃO VALOR ALÍQUOTAS VALO
CÓD DESCRIÇÃO DOS UNIDAD QUANTIDA VALOR
F TRIBUTÁRI UNITÁR R DO
PROD PRODUTOS E DE TOTAL ICMS IPI
FISCAL A IO IPI
Mercadoria xxxxxx 000 Pc 10000 0,95 9.500,00 18 12 1140
CÁLCULO DO IMPOSTO
BASE DE CÁLCULO VALOR DO BASE DE CÁLCULO ICMS VALOR DO ICMS TOTAL DOS PRODUTOS
ICMS ICMS SUBSTITUIÇÃO SUBSTITUIÇÃO 9.500,00
9.500,00 1.710,00
VALOR DO FRETE VALOR OUTRAS DESPESAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA NOTA
SEGURO ACESSÓRIAS 1.140,00 10.640,00
DADOS ADICIONAIS
“Será emitida uma nota fiscal, para efeito de faturamento, RESERVADO AO FISCO
englobando todas as remessas de mercadorias em N° DE
consignação e utilizadas durante o período de apuração” CONTROLE
DO
FORMULÁRIO
II - o consignatário registrará a nota fiscal no Livro Registro de Entradas, creditando-se do valor do imposto, quando
permitido.
Na hipótese de reajuste do preço contratado após a remessa em consignação industrial, serão adotados os seguintes
procedimentos:
O consignante emitirá Nota Fiscal complementar contendo, além dos demais requisitos:
O consignatário registrará a Nota Fiscal no Livro Registro de Entradas, creditando-se do valor do imposto, quando
permitido, indicando os seus dados na coluna "Observações" da linha onde foi registrada a Nota Fiscal originária.
Fica facultado ao consignatário emitir nota fiscal de Devolução Simbólica de mercadoria recebida em consignação
industrial. Fazendo essa opção, o contribuinte deverá adotar o seguinte procedimento (art. 473, I, "a" do RICMS-SP):
a) o consignatário poderá emitir nota fiscal globalizada, com os mesmos valores atribuídos por ocasião do
recebimento das mercadorias efetivamente utilizadas ou consumidas no seu processo produtivo, sem
destaque do valor do ICMS, contendo, além dos demais requisitos, como natureza da operação, a
expressão “Devolução Simbólica - Mercadorias em Consignação Industrial”;
DADOS DO PRODUTO
CLASSI SITUAÇÃO VALOR ALÍQUOTAS VALO
CÓD DESCRIÇÃO DOS UNIDAD QUANTIDA VALOR
F TRIBUTÁRI UNITÁR R DO
PROD PRODUTOS E DE TOTAL ICMS IPI
FISCAL A IO IPI
Mercadoria xx 090 pc 8000 0,95 7.600,00
CÁLCULO DO IMPOSTO
BASE DE CÁLCULO VALOR DO BASE DE CÁLCULO ICMS VALOR DO ICMS TOTAL DOS PRODUTOS
ICMS ICMS SUBSTITUIÇÃO SUBSTITUIÇÃO 7.600,00
VALOR DO FRETE VALOR OUTRAS DESPESAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA NOTA
SEGURO ACESSÓRIAS 8.512,00
DADOS ADICIONAIS
IPI destacado na nota fiscal de remessa R$ 912,00, RESERVADO AO FISCO
remessa efetuada por meio da nota fiscal nº____ de N° DE
__/__/__ CONTROLE
DO
FORMULÁRIO
Quando da efetiva venda da mercadoria, o consignante emitirá nota fiscal, sem destaque do valor do ICMS,
contendo, além dos demais requisitos:
DADOS DO PRODUTO
CLASSI SITUAÇÃO VALOR ALÍQUOTAS VALO
CÓD DESCRIÇÃO DOS UNIDAD QUANTIDA VALOR
F TRIBUTÁRI UNITÁR R DO
PROD PRODUTOS E DE TOTAL ICMS IPI
FISCAL A IO IPI
Mercadoria xxxxxx 090 pc 8000 0,95 7.600,00
CÁLCULO DO IMPOSTO
BASE DE CÁLCULO VALOR DO BASE DE CÁLCULO ICMS VALOR DO ICMS TOTAL DOS PRODUTOS
ICMS ICMS SUBSTITUIÇÃO SUBSTITUIÇÃO 7.600,00
VALOR DO FRETE VALOR OUTRAS DESPESAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA NOTA
SEGURO ACESSÓRIAS 8.512,00
DADOS ADICIONAIS
Simples Faturamento – Consignação Industrial - NF nº ..., de RESERVADO AO FISCO
.../.../... N° DE
IPI destacado na nota fiscal de remessa equivalente a 8.000 CONTROLE
pç = R$ 912,00 DO
FORMULÁRIO
DADOS DA AIDF E DO IMPRESSOR
RECEBEMOS DE (RAZÃO SOCIAL DO EMITENTE) OS PRODUTOS CONSTANTES DA NOTA FISCAL INDICADA AO NOTA FISCAL
LADO
DATA IDENTIFICAÇÃO E ASSINATURA DO RECEBEDOR N° 000.000
RECEBIMENTO
O consignatário deverá registrar essa Nota Fiscal no Livro Registro de Entradas, apenas nas colunas "Documento
Fiscal" e "Observações", apondo nesta a expressão "Compra em Consignação Industrial – NF nº ... de .../.../...".
A mercadoria que não for consumida ou integrada em processo industrial pelo consignatário, será devolvida,
adotando-se os seguintes procedimentos:
CÁLCULO DO IMPOSTO
BASE DE CÁLCULO VALOR DO BASE DE CÁLCULO ICMS VALOR DO ICMS TOTAL DOS PRODUTOS
ICMS ICMS SUBSTITUIÇÃO SUBSTITUIÇÃO 1.900,00
1.900,00 342,00
VALOR DO FRETE VALOR OUTRAS DESPESAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA NOTA
SEGURO ACESSÓRIAS 2.128,00
DADOS ADICIONAIS
IPI equivalente a mercadoria devolvida R$ 228,00, remessa RESERVADO AO FISCO
efetuada por meio da nota fiscal nº____ de __/__/__ N° DE
CONTROLE
DO
FORMULÁRIO
DADOS DA AIDF E DO IMPRESSOR
RECEBEMOS DE (RAZÃO SOCIAL DO EMITENTE) OS PRODUTOS CONSTANTES DA NOTA FISCAL INDICADA AO NOTA FISCAL
LADO
DATA IDENTIFICAÇÃO E ASSINATURA DO RECEBEDOR N° 000.000
RECEBIMENTO
II) o consignante registrará a Nota Fiscal, no Livro Registro de Entradas, creditando-se do valor do imposto.
Os procedimentos fiscais relativos a consignação industrial podem ser aplicados às operações interestaduais
realizadas com contribuintes estabelecidos nos Estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão,
Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande
do Sul, Santa Catarina e Sergipe, observado o seguinte:
I - a emissão da Nota Fiscal de retorno simbólico, da mercadoria consumida no processo de produção no período de
apuração, será obrigatória;
II - o consignante deverá entregar à repartição fiscal a que estiver vinculado, em meio magnético, até o dia 10 do mês
subseqüente ao da realização das operações, demonstrativo de todas as remessas interestaduais efetuadas em
consignação e das correspondentes devoluções, com a identificação das mercadorias;
A operação de “Venda à Ordem” pode ser entendida como aquela em que o vendedor, após acertada a operação,
aguarda a ordem do comprador (adquirente originário) indicando a empresa à qual deva ser entregue, efetivamente, a
mercadoria (adquirente final)”. Portanto, a venda à ordem pressupõe que cada um dos estabelecimentos envolvidos
(vendedor remetente, adquirente original e destinatário) pertença a três titulares (empresas) distintos (item 4 da
Resposta à Consulta nº 268/04 da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo).
Assim, para que seja possível a aplicação do procedimento de venda à ordem, é necessário que haja dois
estabelecimentos vendedores e um destinatário final:
a) 1ª fase: o adquirente original efetua a venda para o adquirente final (que receberá as mercadorias do
fornecedor).
b) 2ª fase: o fornecedor, por conta e ordem do adquirente original, entrega a mercadoria a uma terceira
pessoa (adquirente final);
c) 3ª fase: o fornecedor efetua uma venda ao adquirente original (quem está comprando a mercadoria).
Exemplificando:
1º – O adquirente original F
3º – O Fornecedor emite nota fiscal
emite nota fiscal de venda de “Remessa Simbólica – Venda à O
para o adquirente e
destinatário final (TRIB)
Ordem” para o adquirente original
(TRIB)
R
N
E
C
E
2º – O Fornecedor emite nota fiscal de D
“Remessa por Ordem de Terceiro” para o O
Adquirente Final adquirente e destinatário final (Ñ TRIB)
R
A nota fiscal de “Simples Faturamento” pode ser emitida pelo fornecedor ao adquirente original, com a finalidade de
recebimento antecipado do valor da venda da mercadoria, que será efetivada por ocasião da entrega ao adquirente
final. Essa nota fiscal tem fins meramente financeiros, por essa razão sua emissão é facultativa.
A seguir, elaboramos modelos de notas fiscais preenchidas, utilizando-se como exemplo operação interna de venda à
ordem, em que o fornecedor optou por não emitir a nota fiscal de “Simples Faturamento”.
Para melhor entendimento, consideraremos que a empresa “Kinha’s Artigos Esportivos” adquiriu mercadorias do
“Carioca.com” e solicitou que a entrega seja efetuada na “Loja do Povão” em razão de já ter acertada a venda da
mercadoria para ela. Neste caso, temos:
No caso de venda à ordem, por ocasião da entrega, global ou parcial, da mercadoria pelo fornecedor ao adquirente
final, devem ser observados os seguintes procedimentos (art. 129, § 2º, 1 e 2, do RICMS/00):
a) a empresa adquirente original (Kinha’s Artigos Esportivos) emitirá nota fiscal para o adquirente final, com
destaque do valor do ICMS, quando devido, na qual, além dos demais requisitos, constarão:
a.1) como natureza da operação: “Venda”, tendo como destinatário o adquirente final (Loja do Povão),
com CFOP 5.120 ou 6.120, conforme o caso;
a.2) em “Dados Adicionais”, o nome do titular, o endereço e os números de inscrição, estadual e no
CNPJ, da Carioca.com (fornecedor) que irá promover a remessa ;
DADOS DO PRODUTO
SITUAÇÃ ALÍQUOTAS
CÓD CLASS VALOR VALO
DESCRIÇÃO DOS O UNIDA QUANTID VALOR
PRO IF UNITÁ R DO
PRODUTOS TRIBUTÁR DE ADE TOTAL ICMS IPI
D FISCAL RIO IPI
IA
Mercadoria xxxxxx 000 unid 10 200.00 2.000,00 18
CÁLCULO DO IMPOSTO
BASE DE CÁLCULO VALOR DO BASE DE CÁLCULO ICMS VALOR DO ICMS TOTAL DOS
ICMS ICMS SUBSTITUIÇÃO SUBSTITUIÇÃO PRODUTOS
2.000,00 360,00 2.000,00
VALOR DO FRETE VALOR OUTRAS DESPESAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA
SEGURO ACESSÓRIAS NOTA
2.000,00
DADOS ADICIONAIS
A entrega da mercadoria será efetuada pela empresa RESERVADO AO FISCO N° DE
“Carioca.com” situada na rua Feliz, 30, Cidade____ UF CONTROLE
_____ I.E. 123.123.123.123 DO
CNPJ 45.045.045/0003-1 FORMULÁRIO
CÁLCULO DO IMPOSTO
BASE DE CÁLCULO VALOR DO BASE DE CÁLCULO ICMS VALOR DO ICMS TOTAL DOS
ICMS ICMS SUBSTITUIÇÃO SUBSTITUIÇÃO PRODUTOS
2.000,00
VALOR DO FRETE VALOR OUTRAS DESPESAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA
SEGURO ACESSÓRIAS NOTA
2.000,00
DADOS ADICIONAIS
Mercadoria entregue por conta e ordem de Kinha`s RESERVADO AO FISCO
Artigos Esportivos, situada na Rua Flores, 20, Cidade N° DE
____, UF_____ I.E. 333.017.000.000 CNPJ CONTROLE
11.077.411/0001-02. Nota fiscal de venda nº 23 de DO
15/05/2010 FORMULÁRIO
c) a Carioca.com em favor do adquirente original (Kinha’s Artigos Esportivos), emitirá nota fiscal com
destaque do valor do ICMS, na qual, além dos demais requisitos, constarão:
c.1) como natureza da operação, a expressão "Remessa Simbólica – Venda à Ordem", e CFOP 5.119
ou 6.119, conforme o caso
c.2) destaque de ICMS e IPI quando for o caso;
c.3) em “Dados Adicionais”, o número de ordem, a série, a data da nota fiscal de “Remessa por
Ordem de Terceiro”, bem como o número de ordem, a série, a data da emissão e o valor da
operação, constantes na nota fiscal relativa ao simples faturamento, caso tenha sido emitida.
CÁLCULO DO IMPOSTO
BASE DE CÁLCULO VALOR DO BASE DE CÁLCULO ICMS VALOR DO ICMS TOTAL DOS
ICMS ICMS SUBSTITUIÇÃO SUBSTITUIÇÃO PRODUTOS
1.000,00 180,00 1.000,00
VALOR DO FRETE VALOR OUTRAS DESPESAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA
SEGURO ACESSÓRIAS NOTA
1.000,00
DADOS ADICIONAIS
Mercadoria entregue por conta e ordem por meio da RESERVADO AO FISCO N° DE
CONTROLE
nota fiscal de remessa por ordem de terceiro, n. 10 de DO FORMULÁRIO
15/05/2010
DADOS DA AIDF E DO IMPRESSOR
RECEBEMOS DE (RAZÃO SOCIAL DO EMITENTE) OS PRODUTOS CONSTANTES DA NOTA FISCAL NOTA FISCAL
INDICADA AO LADO
DATA IDENTIFICAÇÃO E ASSINATURA DO RECEBEDOR N° 000.016
RECEBIMENTO
Alguns contribuintes tentam se valer do procedimento estabelecido para a operação de “Venda à Ordem” estendendo
a sua aplicabilidade a procedimentos nos quais não há o envolvimento de dois estabelecimentos adquirentes
distintos. A Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo tem se manifestado contrária em relação a alguns
procedimentos, conforme veremos a seguir.
A venda à ordem pressupõe que cada um dos estabelecimentos envolvidos, ou seja, o vendedor remetente, o
adquirente original e o destinatário, pertença a três titulares (empresas) distintos Nesta operação há a exigência de
um fornecedor e dois compradores distintos.
Assim, não há possibilidade de aplicação da operação de “Venda à Ordem” quando o adquirente original solicita ao
fornecedor que a entrega da mercadoria seja em estabelecimento tido como filial ou matriz, conforme o caso, visto
que são estabelecimentos do mesmo titular.
Neste sentido, a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo divulgou a Resposta à Consulta nº 367/04, cujo
trecho a seguir reproduzimos:
“Venda para empresa localizada no Distrito Federal que solicita a entrega em sua filial, localizada no Estado do
Paraná - Fato gerador ocorrido apenas na efetiva saída da mercadoria com destino à filial paranaense - Alíquota
aplicável - Inaplicabilidade dos procedimentos relativos à venda à ordem.
(...)
7.1.3 Na situação exposta pela Consulente, a empresa localizada no Distrito Federal (a qual ela pretende equiparar
ao “adquirente original”) e a filial localizada no Estado do Paraná (que seria, apenas para fins de argumentação, o
“destinatário”) constituem uma única pessoa jurídica. Então, na situação apresentada, não há mais de uma pessoa
jurídica nos pólos “adquirente original” e “destinatário”.
7.1.4 Neste ponto, cumpre esclarecer que é considerado, como uma mesma empresa, o conjunto de
estabelecimentos que operam sob um único número básico de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas -
C.N.P.J., ou seja, um mesmo titular.
7.1.5 Por conseguinte, não está correto o procedimento descrito na petição, eis que não é possível aplicar, nesse
caso, a disciplina prevista no artigo 129 do RICMS/00 (que tem por fundamento o artigo 40 do Convênio de 15/12/70 -
SINIEF, na redação do Ajuste SINIEF 1/87, aplicável a todas as Unidades da Federação).
Na hipótese em que o fornecedor e o adquirente original estiverem localizados em território paulista, o fornecedor
poderá entregar a mercadoria em estabelecimento do mesmo titular do adquirente original, desde que o destinatário
final também esteja localizado no território do Estado de São Paulo adotando os procedimentos previstos no art. 125,
§ 4º, do RICMS-SP.
Portanto, não caberá a aplicação do procedimento de “Venda à Ordem”, visto que há tratamento específico previsto
no RICMS-SP.
De acordo com o referido dispositivo o fornecedor emitirá uma única nota fiscal para o adquirente original com
natureza de operação “Venda”, com CFOP 5.101 ou 5.102, conforme o caso, devendo constar do campo
O estabelecimento que efetivamente receber a mercadoria deverá escriturar a nota fiscal, haja vista ser ele o
recebedor das mercadorias.
Outra hipótese de inaplicabilidade do procedimento de “Venda à Ordem” é a venda pelo estabelecimento vendedor
original mencionando no documento fiscal que a mercadoria sairá de seu estabelecimento filial.
Esse procedimento, em regra, é pretendido pelo contribuinte que, não tendo a mercadoria em seu estoque, mas
sabendo que sua filial possui a mercadoria em estoque, pretende emitir a nota fiscal de venda indicando que a
mercadoria sairá da sua filial.
A Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo também se manifestou pela negativa de adoção do procedimento
de venda à ordem, por meio da Resposta à Consulta nº 208/98, reproduzida a seguir:
“Venda à ordem entre estabelecimentos da mesma empresa e situados em unidades da federação distintas:
inaplicabilidade.
“1.Lê-se na inicial:
2 - Apenas para melhor identificação, denominaremos como sendo filial I, a Consulente acima indicada.
3 - A Consulente possui outra filial (também unidade industrial), com a mesma razão social, a qual passaremos a
denominar Filial II.
4 - Com base no Ajuste SINIEF nº 1, de 24/02/87, que altera a redação do Artigo 40 do Convênio de 15 de dezembro
de 1970, que instituiu o Sistema Nacional Integrado de Informações Econômico-Fiscais, solicitamos parecer para
adotar procedimento na seguinte operação.
FILIAL II (por não haver mercadoria em estoque ou localização geográfica do cliente), realiza a operação VENDA À
ORDEM, destacando e recolhendo o ICMS e demais impostos devidos na operação, consignando na Nota Fiscal
que a mercadoria sairá diretamente do estabelecimento FILIAL I (ou vice-versa).
FILIAL I (ou II), envia a mercadoria através da REMESSA POR CONTA E ORDEM DE TERCEIRO, sem destaque
dos impostos, consignando na Nota Fiscal que a venda foi realizada pelo estabelecimento FILIAL I ou II através da
Nota Fiscal de nº ..., na qual foram destacados os impostos devidos na operação.
Ato contínuo, emitir-se-á Nota Fiscal de Transferência entre as FILIAIS, destacando-se os impostos, completando a
Operação.
Com esta operação será preservado os impostos de cada unidade da Federação envolvida, evitando circulação
desnecessária da mercadoria (transferência física entre as FILIAIS para só então enviar ao cliente).”
2.Inicialmente, lembramos que a matéria consultada encontra-se disciplinada pelo artigo 116, § 2º, do Regulamento
do ICMS, aprovado pelo Decreto nº 33.118/91, que assim dispõe:
“§ 2º - No caso de venda à ordem, por ocasião da entrega, global ou parcial, da mercadoria a terceiro, deverá ser
emitida Nota Fiscal: 1 - pelo adquirente original, com ...
3.Pelo exposto na inicial, nota-se que a consulente está equivocada quanto à aplicação daquela norma regulamentar
aos procedimentos que pretende adotar, pelas seguintes razões:
3.1. as suas filiais constituem uma única pessoa jurídica, pois o fato de uma delas dar ordem de entrega da
mercadoria à outra, não envolve na operação mais de uma pessoa vendedora, e
3.2. a mercadoria não transitará entre elas (filiais) nem ocorrerá a transmissão de propriedade, conforme se conclui
no subitem anterior (3.1), sendo, assim, inaplicável o dispositivo reproduzido e desautorizada a emissão da Nota
Fiscal pretendida, por força do disposto no artigo 195 do RICMS.
4.Isso posto, entendemos que nada impede a consulente de atender os pedidos de vendas coletados em sua filial
localizada em outra unidade da Federação, desde que nas operações realizadas por sua filial paulista com
destinatário localizado neste e/ou em outro Estado sejam aplicadas as alíquotas interna ou interestadual, conforme o
caso, e seja desprezada a emissão de Nota Fiscal de transferência entre tais filiais, por não haver, na hipótese,
trânsito de mercadoria.
Nelson Aparecido Sanchez Serrano, Consultor Tributário. De acordo. Cássio Lopes da Silva Filho, Diretor da
Consultoria Tributária”.
Para efeito de tributação do ICMS, as operações denominadas “Venda para Entrega Futura” caracterizam-se pela
permanência da mercadoria em poder do vendedor para posterior entrega ao adquirente no prazo convencionado
entre as partes, enquanto o pagamento do seu valor é efetuado antecipadamente. Neste caso, a entrega da
mercadoria não ocorre de imediato.
Na “Venda para Entrega Futura”, ao contribuinte vendedor fica facultada a emissão de nota fiscal para simples
faturamento do valor da operação, computando-se neste o valor referente aos impostos incidentes (ICMS por dentro).
A nota fiscal emitida para simples faturamento servirá apenas como documento hábil para a cobrança antecipada do
valor da operação, ou seja, possui característica muito mais comercial que fiscal, já que não estará acobertando a
saída da mercadoria.
Observe-se que o ICMS tem como fato gerador a saída de mercadoria a qualquer título e a prestação de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. Na operação de “Venda para Entrega Futura”, optando o
contribuinte em emitir a nota fiscal para simples faturamento, o fará sem destaque do valor correspondente ao ICMS.
Isso porque não haverá, nesse momento, a saída efetiva da mercadoria, não figurando ocorrência de fato gerador.
A nota fiscal de simples faturamento será emitida com todos os elementos normalmente exigidos, especialmente os
seguintes:
a) CFOP 5.922 ou 6.922, respectivamente para operações internas e interestaduais, conforme o caso;
Por ocasião da saída efetiva da mercadoria, em quantidade total ou parcial, o contribuinte vendedor deverá emitir
nota fiscal para acobertar seu trânsito até o estabelecimento do adquirente, fazendo constar todos os elementos
normalmente exigidos, observando o que segue:
a) CFOP: 5.116 ou 6.116, respectivamente para operações internas e interestaduais, conforme o caso -
tratando-se de venda de produção do estabelecimento;
b) CFOP: 5.117 ou 6.117, respectivamente para operações internas e interestaduais, conforme o caso -
tratando-se de venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros;
c) natureza da operação: “Remessa - Entrega Futura”;
d) destaque do valor do ICMS;
e) o valor da operação ou, se tiver ocorrido reajuste contratual do preço da mercadoria, este preço, se lhe for
superior;
f) o número de ordem, a série e a data da emissão da nota fiscal relativa ao “Simples Faturamento”.
Vejamos como fica a emissão da nota fiscal relativa à entrega da mercadoria tomando como base a nota fiscal de
Simples Faturamento:
CÁLCULO DO IMPOSTO
BASE DE CÁLCULO VALOR DO BASE DE CÁLCULO ICMS VALOR DO ICMS TOTAL DOS PRODUTOS
ICMS ICMS SUBSTITUIÇÃO SUBSTITUIÇÃO 1.000,00
1.000,00 180,00
VALOR DO FRETE VALOR OUTRAS DESPESAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA NOTA
SEGURO ACESSÓRIAS 1.000,00
DADOS ADICIONAIS
Nota fiscal emitida nos termos do art. 129 do RICMS-SP RESERVADO AO FISCO N° DE
referente a nota fiscal nº 16 de 15/05/2010 relativa ao Simples CONTROLE
faturamento DO
FORMULÁRIO
Entende-se por armazéns gerais, aquelas empresas que têm por finalidade a guarda e a conservação de mercadorias
e a emissão de títulos especiais que as representem.
Dessa forma, armazéns-gerais são estabelecimentos prestadores de serviço que tem como principal atividade a
guarda e conservação de mercadoria de terceiros denominados depositantes.
Por serem prestadores de serviço, os estabelecimentos que realizam armazenagem estão sujeitos ao ISSQN, por
praticarem fato gerador determinante à incidência do referido imposto. O item relativo ao armazém geral, cuja
descrição reproduzimos a seguir, encontra fundamento na lista anexa à Lei Complementar nº 116/03 que disciplina o
ISSQN em âmbito nacional.
Embora não seja contribuinte do ICMS, imposto de competência estadual, o estabelecimento que promove a
atividade de armazém geral deve se inscrever no cadastro de contribuintes do ICMS, uma vez que se reveste da
qualidade de responsável tributário pelo recolhimento do ICMS devido pelo contribuinte depositante, nas situações
em que lhe for atribuída tal responsabilidade.
Dessa forma, os armazéns gerais devem se inscrever no Cadastro de Contribuintes do ICMS antes do início de suas
atividades, por determinação expressa prevista no §1º, item 1 do art. 19 do RICMS-SP.
As operações de remessa de mercadorias para guarda em armazém-geral localizado no território do Estado de São
Paulo estão contempladas com a não-incidência do ICMS e, quando for o caso, com a suspensão do IPI.
Para que ocorra a não-incidência do ICMS o Estabelecimento Depositante também deve estar localizado no território
do Estado de São Paulo.
As saídas internas de mercadorias com destino a armazém-geral estão amparadas pela não-incidência do ICMS,
conforme previsto no art. 7º, I, do RICMS-SP. Já em relação ao IPI, a operação está contemplada pela suspensão do
imposto conforme dispõe o art. 43 inc. III do RIPI/10.
O contribuinte paulista que promover a saída de mercadoria para depósito em armazém-geral localizado no Estado
emitirá nota fiscal que, além dos requisitos normalmente exigidos, deverá conter (art. 6º do Anexo VII do RICMS-SP):
•o valor da mercadoria;
•a indicação do fundamento legal que prevê a não-incidência do imposto: art. 7º, I, do RICMS-SP;
. a indicação do fundamento legal que prevê a suspensão do IPI: art. 43 inc. III do RIPI/10, quando se tratar de
operação também sujeita ao IPI;
•CFOP 5.905.
CÁLCULO DO IMPOSTO
BASE DE CÁLCULO VALOR DO BASE DE CÁLCULO ICMS VALOR DO ICMS TOTAL DOS PRODUTOS
ICMS ICMS SUBSTITUIÇÃO SUBSTITUIÇÃO 500,00
VALOR DO FRETE VALOR OUTRAS DESPESAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA NOTA
SEGURO ACESSÓRIAS 500,00
DADOS ADICIONAIS
Não incidência do ICMS – art. 7º, I, do RICMS-SP RESERVADO AO FISCO
N° DE
CONTROLE
DO
FORMULÁRIO
Reiteramos que, para que ocorra a não-incidência do ICMS o Estabelecimento Depositante também deve estar
localizado no território do Estado de São Paulo.
Em retorno de mercadoria depositada, o estabelecimento de armazém-geral deverá emitir nota fiscal que, além dos
requisitos normalmente exigidos, deverá conter (art. 7º do Anexo VII do RICMS-SP):
a) o valor da mercadoria;
c) CFOP 5.906.
d.2) “IPI suspenso – art. 43, III, do RIPI/10” (quando o contribuinte estiver sujeito às normas do IPI).
DADOS DO PRODUTO
CLASSI SITUAÇÃO VALOR ALÍQUOTAS VALO
CÓD DESCRIÇÃO DOS UNIDAD QUANTIDA VALOR
F TRIBUTÁRI UNITÁR R DO
PROD PRODUTOS E DE TOTAL ICMS IPI
FISCAL A IO IPI
Canetas xx 041 UNID 1000 0,50 500,00
CÁLCULO DO IMPOSTO
BASE DE CÁLCULO VALOR DO BASE DE CÁLCULO ICMS VALOR DO ICMS TOTAL DOS PRODUTOS
ICMS ICMS SUBSTITUIÇÃO SUBSTITUIÇÃO 500,00
VALOR DO FRETE VALOR OUTRAS DESPESAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA NOTA
SEGURO ACESSÓRIAS 500,00
Veremos nos próximos itens o procedimento a ser adotado na saída de mercadoria depositada em armazém geral
com destino a outro estabelecimento.
Salientamos que nessa situação o armazém geral e o estabelecimento depositante devem estar localizados no
território do Estado de São Paulo.
Na saída de mercadoria depositada em armazém-geral, situado no território do Estado de São Paulo, com destino a
outro estabelecimento, ainda que da mesma empresa (transferência), o depositante emitirá nota fiscal, em nome do
destinatário, com os requisitos exigidos e, especialmente (art. 8º do Anexo VII do RICMS-SP)
a) valor da operação;
b) natureza da operação (de acordo com a operação intentada);
c) destaque do(s) imposto(s), se devido;
d) no campo de “dados adicionais” do documento fiscal, informar que a mercadoria será retirada do armazém-
geral, indicando endereço e os números de inscrição, estadual e no CNPJ, do armazém.
CÁLCULO DO IMPOSTO
BASE DE CÁLCULO VALOR DO BASE DE CÁLCULO ICMS VALOR DO ICMS TOTAL DOS PRODUTOS
ICMS ICMS SUBSTITUIÇÃO SUBSTITUIÇÃO 500,00
500,00 90,00
VALOR DO FRETE VALOR OUTRAS DESPESAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA NOTA
SEGURO ACESSÓRIAS 500,00
Nota
Observe que no campo "Destinatário" da nota fiscal serão indicados os dados de identificação do adquirente da
mercadoria. No entanto, a nota fiscal será remetida ao armazém-geral, que anotará, no verso das vias deste
documento, a data efetiva da saída da mercadoria. O referido documento servirá, também, para acompanhar o
transporte da mercadoria até o estabelecimento adquirente.
A responsabilidade do armazém-geral consistirá em emitir, no ato da saída das mercadorias, nota fiscal de retorno
simbólico em nome do estabelecimento depositante, sem destaque do ICMS, com os requisitos exigidos e,
especialmente:
a) valor da mercadoria, que corresponderá àquele atribuído por ocasião de sua entrada no armazém-geral;
c) CFOP: 5.907;
d) o dispositivo que ampara não incidência do ICMS: art. 7º inc. III do RICMS-SP e o dispositivo que ampara a
suspensão do IPI, caso o depositante seja contribuinte do imposto: art. 43 inc. III do RIPI/10;
e) número, série, e data da nota fiscal emitida pelo depositante (venda, transferência ou outra);
f) nome, endereço e números de inscrição, estadual e no CNPJ do estabelecimento a que se destinar a mercadoria.
A nota fiscal de retorno simbólico deverá ser enviada ao estabelecimento depositante, que deverá registrá-la, na
coluna própria do Livro Registro de Entradas, dentro de 10 dias, contados da data da saída efetiva da mercadoria do
armazém geral.
O armazém geral indicará, no verso das vias da Nota Fiscal emitida pelo estabelecimento depositante, que servirão
para acompanhar o transporte da mercadoria ao destinatário, a data de sua efetiva saída, o número, série e data da
Nota Fiscal de retorno simbólico.
Nota1:
Nesses casos, a mercadoria será acompanhada pela nota fiscal emitida pelo estabelecimento depositante, seja ela
relativa à venda ou transferência da mercadoria (§ 4º, do art. 8º, do Anexo VII do RICMS-SP);
Nota2:
Aplica-se ao presente item, no que couber, as disposições do art. 483 do RIPI/10, quando o contribuinte estiver
sujeito às normas do IPI.
DADOS DO PRODUTO
CLASSI SITUAÇÃO VALOR ALÍQUOTAS VALO
CÓD DESCRIÇÃO DOS UNIDAD QUANTIDA VALOR
F TRIBUTÁRI UNITÁR R DO
PROD PRODUTOS E DE TOTAL ICMS IPI
FISCAL A IO IPI
Canetas Xx 041 UNID 1000 0,50 500,00
CÁLCULO DO IMPOSTO
BASE DE CÁLCULO VALOR DO BASE DE CÁLCULO ICMS VALOR DO ICMS TOTAL DOS PRODUTOS
ICMS ICMS SUBSTITUIÇÃO SUBSTITUIÇÃO 500,00
VALOR DO FRETE VALOR OUTRAS DESPESAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA NOTA
SEGURO ACESSÓRIAS 500,00
DADOS ADICIONAIS
Indicar o n, série e data da NF emitida por ocasião da venda RESERVADO AO FISCO
das mercadorias pelo estabelecimento depositante ao N° DE
destinatário – comprador CONTROLE
Não-incidência do ICMS – art. 7º, inc. III do RICMS-SP DO
FORMULÁRIO
Visando hipóteses de economia, não é difícil o estabelecimento comprador solicitar ao vendedor que entregue a
mercadoria adquirida por ele, diretamente em um armazém geral. Essa operação é prevista no RICMS-SP é pode ser
adotada desde que cumpridos os requisitos legais.
Quando determinado contribuinte (A) adquire mercadoria de outro (B) e solicita a este outro (B) que a mercadoria seja
remetida diretamente a armazém-geral (C) para depósito em seu nome (A), estando o destinatário (A) e o armazém-
geral (C) localizados no território do Estado de São Paulo, o destinatário (A) será considerado depositante, devendo o
remetente (B) emitir nota fiscal contendo, além dos requisitos previstos, os seguintes (art. 12 do Anexo VII do RICMS-
SP e art. 484 do RIPI/10):
CÁLCULO DO IMPOSTO
BASE DE CÁLCULO VALOR DO BASE DE CÁLCULO ICMS VALOR DO ICMS TOTAL DOS PRODUTOS
ICMS ICMS SUBSTITUIÇÃO SUBSTITUIÇÃO 1.000,00
1.000,00 180,00
VALOR DO FRETE VALOR OUTRAS DESPESAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA NOTA
SEGURO ACESSÓRIAS 1.000,00
DADOS ADICIONAIS
A mercadoria será entregue no armazém geral Endereço__ RESERVADO AO FISCO N° DE
_Inscrição Estadual____CNPJ ____ CONTROLE
DO
FORMULÁRIO
a) registrar a nota fiscal que acompanhou a mercadoria suas dependências no Livro Registro de Entradas;
b) apor, na nota fiscal que acompanhou a mercadoria, a data de entrada efetiva da mesma, remetendo-a ao
estabelecimento depositante (destinatário A).
Na coluna de “observações” do Livro Registro de Entradas, na mesma linha em que foi lançada a nota fiscal de que
trata a letra “a” deste tópico, deverá ser anotado o número, a série, se for o caso, e a data da nota fiscal emitida pelo
depositante para fins de remessa simbólica (conforme veremos a seguir)
a) registrar a nota fiscal do fornecedor remetida pelo armazém geral nas colunas próprias do Livro Registro
de Entradas, dentro de 10 dias contados da data da entrada efetiva da mercadoria no armazém-geral;
b) emitir nota fiscal relativa à saída simbólica dentro de 10 dias contados da data efetiva da entrada da
mercadoria no armazém-geral, mencionando também o número e a data do documento fiscal emitido pelo
remetente (B). Tal nota fiscal deverá ser remetida ao armazém geral no prazo de cinco dias a contar da data
de sua emissão.
c) remeter a nota fiscal referida no item anterior ao armazém-geral dentro de 5 dias contados da data da sua
emissão.
Nota:
Todo e qualquer crédito do imposto, quando cabível, será conferido ao estabelecimento depositante.
DADOS DO PRODUTO
CLASSI SITUAÇÃO VALOR ALÍQUOTAS VALO
CÓD DESCRIÇÃO DOS UNIDAD QUANTIDA VALOR
F TRIBUTÁRI UNITÁR R DO
PROD PRODUTOS E DE TOTAL ICMS IPI
FISCAL A IO IPI
Cinto de Couro xx 041 UNID 100 15,00 1.500,00
CÁLCULO DO IMPOSTO
BASE DE CÁLCULO VALOR DO BASE DE CÁLCULO ICMS VALOR DO ICMS TOTAL DOS PRODUTOS
ICMS ICMS SUBSTITUIÇÃO SUBSTITUIÇÃO 1.500,00
VALOR DO FRETE VALOR OUTRAS DESPESAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA NOTA
SEGURO ACESSÓRIAS 1.500,00
DADOS ADICIONAIS
Informar o número e a data da nota fiscal de que trata o tópico RESERVADO AO FISCO
8.6. N° DE
Não-incidência do ICMS – art. 7º, inc. I do RICMS-SP CONTROLE
DO
FORMULÁRIO
Outra hipótese de operação com armazém geral é a transmissão da propriedade da mercadoria pelo depositante,
porém a pedido do destinatário a mercadoria permanece no próprio armazém passando o destinatário a ser o novo
depositante. Essa operação também é possível desde cumpridos o requisitos para emissão das notas fiscais.
Na hipótese em que ocorrer transmissão de propriedade de mercadoria do depositante (A) que deva permanecer no
armazém-geral (C), situados ambos no território do Estado de São Paulo, o depositante transmitente (A) emitirá nota
fiscal para o estabelecimento adquirente que conterá, além dos requisitos previstos, os seguintes (art. 16 do Anexo
VII, do RICMS-SP e art. 489, do RIPI/10):
a) valor da operação;
b) natureza da operação;
c) destaque do ICMS e/ou do IPI, se devido;
d) menção de que a mercadoria se encontra depositada no armazém-geral (C), com endereço e números de
inscrição, estadual e no CNPJ, deste.
NOTA FISCAL N° 000.000
SAÍDA ENTRADA
EMITENTE: 1ª VIA
Nome / Razão Social: Depositante Transmitente (A)
Endereço: Bairro/Distrito:
Município: xxxxxx UF: xx
Fone/Fax: CEP: 01010-000
CNPJ
NATUREZA DA OPERAÇÃO CFOP INSCRIÇÃO ESTADUAL DO INSCRIÇÃO ESTADUAL DATA LIMITE
Venda 5.106 SUBSTITUTO TRIBUTÁRIO PARA
EMISSÃO
00.00.00
DESTINATÁRIO REMETENTE
DATA
NOME / RAZÃO SOCIAL CNPJ / CPF EMISSÃO
Estabelecimento adquirente
ENDEREÇO BAIRRO / DISTRITO CEP SAÍDA /
ENTRADA
MUNICÍPIO FONE / FAX UF INSCRIÇÃO ESTADUAL HORA DA
SAÍDA
DADOS DO PRODUTO
CLASSI SITUAÇÃO VALOR ALÍQUOTAS VALO
CÓD DESCRIÇÃO DOS UNIDAD QUANTIDA VALOR
F TRIBUTÁRI UNITÁR R DO
PROD PRODUTOS E DE TOTAL ICMS IPI
FISCAL A IO IPI
Cinto de Couro xx 000 UNID 100 15,00 1.500,00 18
CÁLCULO DO IMPOSTO
BASE DE CÁLCULO VALOR DO BASE DE CÁLCULO ICMS VALOR DO ICMS TOTAL DOS PRODUTOS
ICMS ICMS SUBSTITUIÇÃO SUBSTITUIÇÃO 1.500,00
1.500,00 270,00
VALOR DO FRETE VALOR OUTRAS DESPESAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA NOTA
SEGURO ACESSÓRIAS 1.500,00
DADOS ADICIONAIS
A mercadoria encontra-se depositada no armazém- RESERVADO AO FISCO N° DE
geral___Endereço___Inscrição Estadual___CNPJ___ CONTROLE
DO
FORMULÁRIO
O procedimento do armazém-geral (C) consistirá em emitir nota fiscal que conste como destinatário o depositante
transmitente (A), sem destaque do imposto, que conterá, além dos requisitos previstos, os seguintes (art. 16 do
Anexo VII, do RICMS-SP e art. 489, do RIPI/10):
a) valor das mercadorias, que corresponderá àquele atribuído por ocasião de sua entrada no armazém-geral;
b) natureza da operação: "Outras saídas – retorno simbólico de mercadoria depositada", com a utilização do
CFOP 5.907;
c) número, série, se for o caso, e data da nota fiscal emitida pelo estabelecimento depositante transmitente
(A) ao adquirente e nome, endereços e números de inscrição estadual e no CNPJ do mesmo;
d) nome, endereço e números de inscrição, estadual e no CNPJ do estabelecimento adquirente.
A nota fiscal será enviada ao estabelecimento depositante e transmitente, que deverá registrá-la nas colunas próprias
do Livro Registro de Entradas, dentro de 10 dias contados de sua emissão.
NOTA FISCAL N° 000.000
SAÍDA ENTRADA
EMITENTE: 1ª VIA
Nome / Razão Social: Armazém Geral (C)
Endereço: Bairro/Distrito:
Município: xxxxxx UF: xx
Fone/Fax: CEP: 01010-000
CNPJ
NATUREZA DA OPERAÇÃO CFOP INSCRIÇÃO ESTADUAL DO INSCRIÇÃO ESTADUAL DATA LIMITE
Retorno simbólico de SUBSTITUTO TRIBUTÁRIO PARA
mercadoria depositada 5.907 EMISSÃO
00.00.00
DESTINATÁRIO REMETENTE
DATA
NOME / RAZÃO SOCIAL CNPJ / CPF EMISSÃO
Depositante Transmitente (A)
ENDEREÇO BAIRRO / DISTRITO CEP SAÍDA /
ENTRADA
MUNICÍPIO FONE / FAX UF INSCRIÇÃO ESTADUAL HORA DA
SAÍDA
DADOS DO PRODUTO
CLASSI SITUAÇÃO VALOR ALÍQUOTAS VALO
CÓD DESCRIÇÃO DOS UNIDAD QUANTIDA VALOR
F TRIBUTÁRI UNITÁR R DO
PROD PRODUTOS E DE TOTAL ICMS IPI
FISCAL A IO IPI
Cinto de Couro 041 UNID 100 15,00 1.500,00
CÁLCULO DO IMPOSTO
BASE DE CÁLCULO VALOR DO BASE DE CÁLCULO ICMS VALOR DO ICMS TOTAL DOS PRODUTOS
ICMS ICMS SUBSTITUIÇÃO SUBSTITUIÇÃO 1.500,00
VALOR DO FRETE VALOR OUTRAS DESPESAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA NOTA
SEGURO ACESSÓRIAS 1.500,00
DADOS ADICIONAIS
“não incidência do ICMS – art. 7º, inc III, do RICMS- RESERVADO AO FISCO N° DE
SP”(Informar nº, série e data da nota fiscal de transmissão da CONTROLE
propriedade da mercadoria bem como nome, endereço, DO
Inscrição Estadual e CNPJ do adquirente.) FORMULÁRIO
Recebida a nota fiscal de venda emitida pelo depositante/vendedor, o estabelecimento adquirente fará seu registro
nas colunas próprias do Livro Registro de Entradas, observado o prazo máximo de 10 dias contado de sua emissão.
Dentro desse mesmo prazo de 10 dias, o estabelecimento adquirente emitirá nota fiscal em nome do armazém-geral
(C), sem destaque do ICMS e com destaque do IPI (quando devido), devendo conter, além dos requisitos previstos,
os seguintes:
a) valor da mercadoria, que corresponderá ao da nota emitida pelo estabelecimento depositante transmitente
(A);
b) natureza da operação: "Outras saídas – Remessa simbólica de mercadoria depositada" com a utilização do
CFOP 5.934;
c) no campo de dados adicionais do documento fiscal:
c.1) “Não-incidência do ICMS – art. 7º inc. I do RICMS-SP”
c.2) número, série, se for o caso, e data da nota fiscal emitida pelo estabelecimento depositante
transmitente (A), bem como nome, endereço e números de inscrição, estadual e no CNPJ, deste.
O adquirente deverá remeter a nota fiscal a que se refere o presente tópico no prazo máximo de 5 dias a contar da
data de sua emissão.O armazém geral deverá registrar a nota fiscal recebida do adquirente no prazo de 5 dias a
contar da data de seu recebimento.
NOTA FISCAL N° 000.000
SAÍDA ENTRADA
EMITENTE: 1ª VIA
Nome / Razão Social: Estabelecimento adquirente
Endereço: Bairro/Distrito:
Município: xxxxxx UF: xx
Fone/Fax: CEP: 01010-000
CNPJ
NATUREZA DA OPERAÇÃO CFOP INSCRIÇÃO ESTADUAL DO INSCRIÇÃO ESTADUAL DATA LIMITE
Remessa simbólica de SUBSTITUTO TRIBUTÁRIO PARA
mercadoria depositada 5.934 EMISSÃO
00.00.00
DESTINATÁRIO REMETENTE
DATA
NOME / RAZÃO SOCIAL CNPJ / CPF EMISSÃO
Armazém Geral (C)
ENDEREÇO BAIRRO / DISTRITO CEP SAÍDA /
ENTRADA
MUNICÍPIO FONE / FAX UF INSCRIÇÃO ESTADUAL HORA DA
SAÍDA
DADOS DO PRODUTO
CLASSI SITUAÇÃO VALOR ALÍQUOTAS VALO
CÓD DESCRIÇÃO DOS UNIDAD QUANTIDA VALOR
F TRIBUTÁRI UNITÁR R DO
PROD PRODUTOS E DE TOTAL ICMS IPI
FISCAL A IO IPI
Cinto de Couro xx 041 UNID 100 15,00 1.500,00
CÁLCULO DO IMPOSTO
BASE DE CÁLCULO VALOR DO BASE DE CÁLCULO ICMS VALOR DO ICMS TOTAL DOS PRODUTOS
ICMS ICMS SUBSTITUIÇÃO SUBSTITUIÇÃO 1.500,00
VALOR DO FRETE VALOR OUTRAS DESPESAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA NOTA
SEGURO ACESSÓRIAS 1.500,00
DADOS ADICIONAIS
NÃO-INCIDÊNCIA DO ICMS ART. 7º INC. I DO RICMS-SP RESERVADO AO FISCO N° DE
(INFORMAR Nº, SÉRIE E DATA DA NF DE TRANSMISSÃO CONTROLE
DA PROPRIEDADE DA MERCADORIA, NOME, ENDEREÇO, DO
I.E. E CNPJ DO DEPOSITANTE TRANSMITENTE (A)) FORMULÁRIO
Falaremos a seguir sobre os aspectos fiscais relativos às remessas, à Zona Franca de Manaus, de mercadorias
sujeitas ao regime de substituição tributária, com fundamento nas disposições do RICMS-SP, aprovado pelo Decreto
nº 45.490/00, no Convênio ICMS nº 81/93, que disciplina as regras comuns da substituição tributária a todas as
Unidades da Federação e, no que couber, na legislação do ICMS do Estado do Amazonas.
As mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária, quando remetidas à Zona Franca de Manaus, exigem a
observância do disposto na legislação do ICMS do Estado do Amazonas, para efeito de cálculo do imposto a ser
retido para o referido destino.
Com base nessas disposições, elaboramos exemplo de cálculo a ser utilizado nas operações que destinem
mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária à Zona Franca de Manaus, considerada a aplicação do
benefício de isenção do ICMS previsto no art. 84 do Anexo I do RICMS-SP, que tem aprovação pelo Convênio ICM nº
65/88.
Nos termos da legislação vigente, o benefício de isenção do ICMS será aplicado nas saídas de mercadorias com
destino a contribuinte estabelecido na Zona Franca de Manaus, que as tenha adquirido para comercialização ou
industrialização, conforme dispõe o art. 84 do Anexo I do RICMS-SP, aprovado pelo Decreto nº 45.490/00.
a)que as saídas sejam de produtos industrializados de origem nacional, desde que se destinem à
comercialização ou à industrialização:
b)que o estabelecimento destinatário esteja situado nos municípios que compõem a Zona Franca de Manaus
(Manaus, Rio Preto da Eva, Presidente Figueiredo);
c)que haja comprovação da entrada efetiva do produto no estabelecimento destinatário;
d)que seja abatido, do preço da mercadoria, o valor equivalente ao imposto que seria devido se não
houvesse a isenção;
e)que o abatimento previsto no item anterior seja indicado, de forma detalhada, no documento fiscal.
Dispõe o art. 84 do Anexo I do RICMS-SP que o benefício de isenção do ICMS não se aplica às saídas de açúcar de
cana, armas e munições, perfume, fumo, bebida alcoólica, automóvel de passageiros ou de produto semi-elaborado
constante nos Convênios ICM nº 7/89 e ICMS nº 15/91.
No caso das Áreas de Livre Comércio o artigo 5° do Anexo I do RICMS-SP estabelece que é isenta a saída de
produto industrializado ou semi-elaborado de origem nacional para comercialização ou industrialização nas Áreas de
Livre Comércio de de Macapá e Santana, no Estado do Amapá, Bonfim e Boa Vista, no Estado de Roraima,
Guajaramirim, no Estado de Rondônia, Tabatinga, no Estado do Amazonas, e Cruzeiro do Sul e Brasiléia, com
extensão para o município de Epitaciolândia, no Estado do Acre.
Para a fruição do benefício, nas saídas para as ALCS, observar-se-ão as condições e o procedimento estabelecidos
no artigo 84 do Anexo I, ou seja, os mesmos previstos para a ZFM.
O Regulamento do IPI estabelece que as remessas de mercadorias para a Zona Franca de Manaus é isenta do
imposto nos termos do art. 81, todavia a remessa deve ser efetuada com a suspensão do imposto amparada pelo art.
84, que se converterá em isenção somente quando a mercadoria efetivamente entrar na área considerada como
Zona Franca de Manaus.
Na remessa de mercadorias para a ZFM, para fins de aplicação da isenção, o imposto que incidiria na operação será
computado como desconto no valor da mercadoria. Assim, observa-se o seguinte:
Cálculo do Desconto
Alíquota Interestadual do ICMS 7%
Valor da Mercadoria com ICMS R$ 1.860,00 ÷ 0,93 = R$ 2.000,00
Valor da Mercadoria sem ICMS R$ 2.000,00 x 0,93 = R$ 1.860,00
Valor do ICMS R$ 2.000,00 x 7% = R$ 140,00
Valor da Mercadoria com Desconto na Nota Fiscal R$ 2.000,00 – R$ 140,00 = R$ 1.860,00
Além da isenção do ICMS relativo a operação própria do remetente, quando a mercadoria a ser remetida para a ZFM
estiver sujeita ao regime de substituição tributária, a respectiva nota fiscal deverá, ainda, conter os valores relativos à
retenção do imposto para aquela região, considerando-se, para tanto, as disposições da legislação daquele Estado.
Conforme definido na cláusula oitava do Convênio ICMS nº 81/93, nas operações interestaduais com mercadoria
sujeita à retenção do imposto por substituição tributária, o sujeito passivo por substituição observará as normas da
legislação da Unidade da Federação de destino da mercadoria.
Isso porque a legislação do Estado destinatário é responsável por determinar a alíquota interna e outros valores que
compõem ou não a base de cálculo do ICMS nas operações internas com mercadoria sujeita ao regime de
substituição tributária.
Na hipótese em que a mercadoria for remetida para a Zona Franca de Manaus, será observada a legislação do ICMS
do Estado do Amazonas que, relativamente à composição da base de cálculo da substituição tributária, traz disciplina
na forma do art. 111 do RICMS-AM, aprovado pelo Decreto nº 20.686/99, que dispõe:
“Art. 111 - A base de cálculo, para fins de substituição tributária em operações e prestações subseqüentes,
internas e interestaduais, será obtida pelo somatório das parcelas seguintes:
I - o valor da operação ou prestação própria realizada pelo substituto tributário ou pelo substituído intermediário;
II - o montante dos valores de seguro, de frete e de outros encargos cobrados ou transferíveis aos adquirentes
ou tomadores de serviço;
III - a margem de valor agregado, inclusive lucro, aplicada sobre o somatório dos incisos anteriores, relativa às
operações ou prestações subseqüentes”.
8.7.2.1.1. Deduções
Ainda nos termos do art. 111, a base de cálculo da retenção por substituição tributária será deduzida do montante
equivalente ao crédito presumido outorgado para o contribuinte do Estado do Amazonas previsto na legislação
interna, conforme o disposto nos §§ 4º e 5º do mesmo art. 111 do RICMS-AM, aprovado pelo Decreto nº 20.686/99, a
seguir transcritos:
A legislação do ICMS do Estado do Amazonas prevê a concessão de crédito presumido ao seu contribuinte, no
montante referente ao imposto que teria sido pago na origem em outros Estados.
Isso quer dizer que, consideradas as disposições da base de cálculo do ICMS ST e as deduções permitidas, o crédito
presumido corresponderá ao montante a ser deduzido no cálculo do imposto a ser retido por substituição tributária,
em favor do destino (AM).
O contribuinte que promover a remessa de mercadorias para a Zona Franca de Manaus, para cálculo do imposto a
ser retido por substituição tributária, deverá aplicar uma das alíquotas vigentes na legislação do Estado do
Amazonas, atendidas as disposições do art. 12 do Regulamento do ICMS (AM), aprovado pelo Decreto nº 20.686/99.
Operação Própria
Alíquota de ICMS 7%
Valor da mercadoria com ICMS R$ 1.860,00 ÷ 0,93 = R$ 2.000,00
Valor da mercadoria sem ICMS R$ 2.000,00 x 0,93 = R$ 1.860,00
Valor do ICMS R$ 2.000,00 x 7% = R$ 140,00
Valor do desconto na nota fiscal R$ 2.000,00 - R$ 1.860,00 = R$ 140,00
ICMS Retido por Substituição Tributária
Alíquota de ICMS (AM) 17%
Valor da mercadoria com desconto R$ 1.860,00
Margem de valor agregado 35%
Base de cálculo da retenção R$ 1.860,00 + 35% = R$ 2.511,00
Valor do ICMS R$ 2.511,00 x 17% = R$ 426,87
Dedução (relativa ao crédito presumido) R$ 140,00
Valor do ICMS a ser retido R$ 426,87 - R$ 140,00 = R$ 286,87
Importa observar que não há CFOP específico para saída de mercadoria sujeita à substituição tributária para Zona
Franca de Manaus identificando a isenção do imposto relativo à operação própria.
A Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo manifestou-se, por meio da Resposta à Consulta nº 250/06, no
sentido de que, quando a operação própria estiver beneficiada por isenção do imposto, o contribuinte deve utilizar o
CFOP que identifique a isenção do imposto (6.109 ou 6.110), ainda que a operação esteja sujeita à substituição
tributária. Quando a operação própria não estiver beneficiada pela isenção do imposto, o contribuinte deverá utilizar o
CFOP relativo à substituição tributária.
Outra informação importante é que por exigência contida no § 3º do art. 420 do RIPI/10 o contribuinte do IPI
remetente da mercadoria deve mencionar em informações complementares do documento fiscal o número de
inscrição do estabelecimento destinatário na SUFRAMA e o código de identificação da repartição fiscal (Unidade da
Receita Federal) a que estiver subordinado em Manaus.
Embora a legislação do ICMS não mencione, convém observar que, quando se tratar de saída de estabelecimento
não- contribuinte do IPI, não será dispensada a indicação do número de inscrição do estabelecimento destinatário na
SUFRAMA.
Nas operações que destinarem mercadorias à Zona Franca de Manaus, a nota fiscal será emitida no mínimo em
cinco vias:
É facultado ao contribuinte emitir a nota fiscal em quatro vias, hipótese em que será oferecida cópia reprográfica da
1ª via da nota fiscal, para retenção pelo Fisco de São Paulo, quando for o caso.
DADOS DO PRODUTO
CLASSI SITUAÇÃO VALOR ALÍQUOTAS VALO
CÓD DESCRIÇÃO DOS UNIDAD QUANTIDA VALOR
F TRIBUTÁRI UNITÁR R DO
PROD PRODUTOS E DE TOTAL ICMS IPI
FISCAL A IO IPI
Tintas xxxxxx 041 UNID 100 18,60 1.860,00
Valor da Mercadoria c/
ICMS R$ 2.000,00
Valor da Mercadoria s/
ICMS R$ 1.860,00
Valor do ICMS R$
140,00 (7%)
Valor do Desconto R$
140,00
CÁLCULO DO IMPOSTO
BASE DE CÁLCULO VALOR DO BASE DE CÁLCULO ICMS VALOR DO ICMS TOTAL DOS PRODUTOS
ICMS ICMS SUBSTITUIÇÃO SUBSTITUIÇÃO 1.860,00
2.511,00 286,87
VALOR DO FRETE VALOR OUTRAS DESPESAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA NOTA
SEGURO ACESSÓRIAS 2.146,87
DADOS ADICIONAIS
Isenção do ICMS – art. 84 do Anexo I do RICMS-SP RESERVADO AO FISCO
Suspensão do IPI – Art. 84 do RIPI/10 N° DE
N. Inscrição do Destinatário na SUFRAMA CONTROLE
N. Identificação do Destinatário na Receita Federal DO
FORMULÁRIO
As operações de remessa e retorno de industrialização, inclusive as operações triangulares tem respaldo no RICMS,
aprovado pelo Decreto nº 45.490/00, na Portaria CAT nº 22/07 e no RIPI, aprovado pelo Decreto nº 7.212/10.
Nos termos do art. 4º do RIPI/10 e do RICMS/00, caracteriza-se industrialização qualquer operação que modifique a
natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto ou o aperfeiçoe para consumo.
As remessas efetuadas com a finalidade de industrialização podem ocorrer com suspensão do ICMS, conforme
previsto no art. 402 do RICMS/00, e do IPI, conforme previsto no art. 43, inciso VI, do RIPI/10, condicionadas a
retorno ao estabelecimento de origem, para que este, posteriormente, comercialize ou industrialize as mercadorias.
A suspensão dos impostos é facultativa, podendo, o contribuinte, optar por destacar os tributos quando da remessa
para industrialização.
O Fisco Paulista, em Resposta à Consulta nº 572/01, emprega o entendimento de caráter facultativo da suspensão
do ICMS nas operações de industrialização, conforme trecho reproduzido a seguir:
“3. Tendo em vista a sistemática do ICMS, a expressão ‘suspensão’ nomeia postergação do lançamento do imposto
pata etapa ulterior do processo de circulação de mercadoria pelo mesmo contribuinte, a operação de remessa para
industrialização tanto poderá ser com suspensão do lançamento do imposto, nos termos do artigo 402 do RICMS/00,
como também com tributação, em caso de renúncia à suspensão...”
Para efeito de aplicação da suspensão, prevista no art. 402 do RICMS/00, o produto remetido para industrialização
deverá retornar ao estabelecimento de origem no prazo de 180 dias, contados da data da saída para o
estabelecimento industrializador.
A critério do Fisco, o prazo de 180 dias é prorrogável por igual período, à vista de solicitação formalizada junto à
Secretaria da Fazenda, por intermédio do estabelecimento remetente (encomendante) ou do estabelecimento
Decorrido o prazo de 180 dias, sem que se tenha formalizado o pedido de prorrogação do prazo para retorno da
mercadoria recebida para industrialização com aproveitamento da suspensão do ICMS, o imposto será exigido pelo
Fisco, considerando-se para tanto, a data de saída efetiva da mercadoria, com os devidos acréscimos legais,
conforme previsto no art. 410 do RICMS/00.
8.8.1.1.2. Remessa para industrialização de mercadoria destinada a uso, consumo ou ativo imobilizado do
encomendante
A suspensão do ICMS prevista no art. 402 do RICMS/00 não será aplicada nas operações de remessa e retorno de
industrialização, quando a mercadoria for destinada a uso, consumo ou ativo imobilizado do encomendante.
O mencionado art. 402 dispõe que a suspensão do imposto poderá (caráter facultativo) ser aplicada nas operações
de remessa e retorno de industrialização, para sofrer tributação em saída subseqüente. Logo, se a mercadoria
industrializada destina-se ao uso final do encomendante, não estará sujeita à subseqüente saída, de modo que não
se pode aplicar a suspensão do imposto.
A remessa dos insumos será acobertada por Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, apondo-se os requisitos normalmente
exigidos, bem como a fundamentação legal relativa à suspensão dos impostos.
Para melhor compreensão, com base nos dados a seguir, exemplificamos o preenchimento da respectiva nota fiscal:
DESTINATÁRIO/
CNPJ REMETENT
E
NATUREZA DA OPERAÇÃO CFOP INSCRIÇÃO ESTADUAL DO INSCRIÇÃO DATA
Remessa p/industrialização 5.901 SUBSTITUTO TRIBUTÁRIO ESTADUAL LIMITE
PARA
EMISSÃO
DESTINATÁRIO REMETENTE
NOME / RAZÃO SOCIAL CNPJ / CPF DATA DA
Ind. E Com. De Confecções Ltda. EMISSÃO
22/8/07
ENDEREÇO BAIRRO / DISTRITO CEP DATA DA
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX SAÍDA /
ENTRADA
22/8/07
MUNICÍPIO FONE / FAX UF INSCRIÇÃO HORA DA
São Paulo SP ESTADUAL SAÍDA
FATURA
DADOS DO PRODUTO
SITUAÇ ALÍQUOT VAL
CÓDIGO CLASSIFI UNI QUAN
DESCRIÇÃO DOS ÃO VALOR VALOR AS OR
PRODUT CAÇÃO DAD TIDAD
PRODUTOS TRIBUT UNITÁRIO TOTAL ICM DO
O FISCAL E E IPI
ÁRIA S IPI
Tecido de algodão pç 100 200,00 20.000,00
mts.
CÁLCULO DO IMPOSTO
BASE DE CÁLCULO VALOR DO ICMS BASE DE CÁLCULO ICMS VALOR DO ICMS VALOR TOTAL DOS
DO ICMS SUBSTITUIÇÃO SUBSTITUIÇÃO PRODUTOS
20.000,00
VALOR DO FRETE VALOR DO SEGURO OUTRAS DESPESAS VALOR TOTAL DO VALOR TOTAL DA
ACESSÓRIAS IPI NOTA
20.000,00
DADOS ADICIONAIS
Suspensão do ICMS, conforme art.402 do RICMS/00 RESERVADO AO FISCO N° DE
Suspensão do IPI, conforme art. 43, VI do RIPI/10 CONTRO
LE
DO
FORMUL
ÁRIO
DADOS DA AIDF E DO IMPRESSOR
RECEBEMOS DE (RAZÃO SOCIAL DO EMITENTE) OS PRODUTOS CONSTANTES DA NOTA FISCAL INDICADA AO NOTA
LADO FISCAL
DATA DO IDENTIFICAÇÃO E ASSINATURA DO RECEBEDOR N°
RECEBIMENT 000.001
O
Quando se tratar de mercadoria cujo autor da encomenda efetuará posterior saída ou nova industrialização, a base
de cálculo do ICMS a ser utilizada pelo industrializador na nota fiscal de retorno de industrialização será composta do
valor do material eventualmente por ele aplicado no processo industrial, somado ao valor da mão-de-obra (material
aplicado + mão-de-obra).
No entanto, quando se tratar de operação interna, ou seja, quando o autor da encomenda e o industrializador
estiverem localizados em território paulista o valor cobrado pela mão-de-obra empregada, será diferido, nos termos
da Portaria CAT nº 22/07.
Nesta situação o retorno simbólico dos insumos enviados pelo autor da encomenda estarão amparados pela
suspensão do imposto da mesma forma que a remessa.
Relativamente ao retorno de industrialização de mercadoria para uso final do autor da encomenda, como por
exemplo, material de uso ou consumo ou ativo imobilizado, a base de cálculo do ICMS a ser utilizada pelo
industrializador na nota fiscal de retorno de industrialização será composta do valor do material eventualmente por ele
aplicado no processo industrial, somado ao valor da mão-de-obra e ao valor dos insumos remetidos pelo autor da
encomenda (material aplicado + mão-de-obra + insumos remetidos pelo autor da encomenda).
O diferimento do ICMS incidente sobre o valor da mão-de-obra empregada na industrialização de mercadorias para
terceiro estava previsto no art. 403 do RICMS/00. O referido artigo foi revogado pelo Decreto nº 51.520/07, com
vigência a partir de 1º/2/07, contudo, posteriormente a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo publicou a
Portaria CAT nº 22/07 estabelecendo a aplicação do diferimento do imposto da mesma forma anteriormente
especificada no art. 403 do RICMS/00.
De acordo com as regras estabelecidas nos arts. 1º e 2° da Portaria CAT nº 22/07, o diferimento do ICMS aplica-se
em relação ao valor da mão-de-obra somente nas operações internas de retorno de industrialização, e desde que o
retorno dos produtos industrializados ao estabelecimento de origem ocorra dentro do prazo de 180 dias contados da
data da saída da mercadoria do estabelecimento autor da encomenda, prorrogável, a critério do Fisco, por igual
período, e admitida, ainda, excepcionalmente, uma segunda prorrogação, por mais 180 dias.
Importa eslcarecer que de acordo com o parágrafo único do art. 1º da Portaria CAT nº 22/07, o diferimento do ICMS
sobre o valor da mão-de-obra não se aplica às hipóteses a seguir indicadas:
a) encomenda feita por não-contribuinte do imposto, por estabelecimento rural de produtor e por
estabelecimento enquadrado como beneficiário do regime simplificado atribuído à Microempresa ou Empresa
de Pequeno Porte;
b) industrialização de sucata de metais.
Com a entrada em vigor da Decisão Normativa CAT nº 2/03, no retorno de industrialização aplica-se sobre o valor da
base de cálculo do ICMS, a alíquota relativa ao material aplicado no processo industrial. Não mais será aplicada a
alíquota relativa ao produto acabado, como era feito antes da referida Decisão Normativa CAT.
No de inobservância do prazo de 180 dias, estabelecido para retorno do produto industrializado ao autor da
encomenda sem ocorrência de pedido de prorrogação, o imposto será exigido do autor da encomenda, que deverá
emitir nota fiscal complementar, tendo como destinatário, o estabelecimento industrializador (art. 182, IV, do
RICMS/00);
Esse procedimento será aplicado sempre que o prazo de retorno (180 dias) for excedido, sem que haja pedido de
prorrogação deferido. Razão pela qual o imposto será lançado pelo autor da encomenda, à vista de emissão de nota
fiscal complementar com destino ao estabelecimento industrializador, de modo que o retorno seja tributado sobre o
valor total da operação.
Se o prazo é excedido e não há prorrogação, a suspensão e o diferimento são interrompidos, de forma que a
operação seja tributada integralmente tanto na remessa quanto no retorno.
A suspensão do imposto nas operações de retorno de industrialização aplica-se aos insumos enviados pelo autor da
encomenda e ao material empregado pelo industrializador quando o produto resultante do processo de
industrialização após o retorno ao estabelecimento autor da encomenda, se destinar a comercialização ou
industrialização e desde que:
Portanto, se o material aplicado no processo não for de fabricação do estabelecimento industrializador, nem mesmo
importado diretamente por ele, não há de se falar em destaque do IPI no retorno de industrialização.
O produto industrializado será retornado com suspensão do imposto tanto em relação aos insumos recebidos quanto
em relação ao material aplicado.
Haverá tributação pelo IPI, na hipótese de o material aplicado no processo industrial ser de fabricação do
estabelecimento industrializador ou por ele importado diretamente do exterior (art. 43, inc. VII do RIPI/10).
Nesses casos, a base para cálculo do imposto no retorno de industrialização será a soma do valor do material
aplicado no processo industrial, do valor cobrado pela mão-de-obra empregada e o valor dos insumos remetidos pelo
autor da encomenda (material aplicado + mão-de-obra + insumos recebidos do autor da encomenda).
Dessa forma, o retorno de industrialização será efetuado à vista de emissão da Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, com a
tributação do imposto pelo valor total da operação.
Para determinação da alíquota aplicável, será considerada a classificação fiscal do produto acabado, segundo a
NCM/SH, constante da Tabela de Incidência do IPI (TIPI).
O Industrializador, após a conclusão do processo de industrialização, emitirá nota fiscal de saída, com natureza de
operação "Retorno de Industrialização", obrigatoriamente com dois CFOPS:
ICMS – Industrialização por conta de terceiro – Emissão de documento fiscal pelo autor da encomenda e pelo
industrializador.
1. A Consulente, que entre outras, exerce a atividade de "fabricação, venda, locação, manutenção e reparo de máquinas,
equipamentos, para as indústrias de bebidas e indústrias alimentícias", informa que remete matérias-primas (tais como "barra de
aço, chapa de aço, base de alumínio, pino de comando para transportador etc.") para industrialização ("usinagem, polimento,
acabamento etc.") em estabelecimento de terceiro, e questiona:
"1. Em relação à remessa de insumos para beneficiamento, é correto emitirmos Nota Fiscal só com o valor de custo, sem a
inclusão do imposto (ICMS)?
2. E quanto à totalização da Nota Fiscal de Retorno, é correto somarmos o valor dos insumos empregados no campo do
documento fiscal (Valor Total da Nota)? Mas, tributando apenas o montante dos insumos empregados? Ou devemos apenas
informar o valor dos insumos remetidos no campo do documento fiscal (Dados Adicionais/Informações Complementares)?".
2. Apreende-se, do exposto, que os produtos resultantes da industrialização efetuada pelo estabelecimento contratado pela
Consulente retornam ao seu estabelecimento prontos para serem comercializados ou para serem empregados na fabricação dos
produtos que posteriormente comercializará.
3. Em conformidade com o artigo 402, caput e item 2 do § 1°, do RICMS/00, observado o disposto nos artigos 409 e 410 desse
regulamento, a remessa dos insumos e o retorno dos produtos industrializados podem ser efetuados com suspensão do imposto,
ou seja, com postergação do lançamento do imposto incidente para etapa ulterior do processo de circulação de mercadoria pelo
próprio contribuinte autor da encomenda.
4. Disciplina o artigo 404 do RICMS/00 que na saída de mercadoria em retorno ao estabelecimento de origem, autor da
encomenda, que a tiver remetido nas condições previstas no artigo 402, o estabelecimento industrializador deverá:
I – emitir Nota Fiscal que terá como destinatário o estabelecimento de origem, autor da encomenda, na qual, além dos demais
requisitos, constarão:
a) o número, a série e a data da emissão, o nome, o endereço e os números de inscrição, estadual e no CNPJ, do emitente da
Nota Fiscal que acompanhou a mercadoria recebida em seu estabelecimento;
b) o valor da mercadoria recebida para industrialização, o valor das mercadorias empregadas e o valor total cobrado do autor da
encomenda;
II – efetuar, na Nota Fiscal que emitir, relativamente ao valor total cobrado do autor da encomenda, o destaque do valor do
imposto, ressalvada a aplicação do disposto no artigo 403.
5. Nos termos do mencionado artigo 403, tratando-se de autor da encomenda e industrializador paulistas, ao valor acrescido
correspondente:
• Aos serviços prestados, observado o disposto nos citados artigos 409 e 410, aplica-se o diferimento;
• Às mercadorias empregadas (pertencentes ao industrializador) no processo industrial, a tributação é normal (recomenda-se a
leitura da Decisão Normativa CAT-2/03).
6. Respondendo diretamente, temos que:
• Uma vez que a operação de remessa para industrialização é tributada pelo ICMS, porém, com seu lançamento suspenso, o
montante desse imposto deve estar integrado ao valor das mercadorias;
• No retorno dos produtos industrializados ao estabelecimento autor da encomenda o valor dos insumos recebidos e incorporados
ao produto final, que deve ser igual ao valor dos insumos recebidos para industrialização, deve constar na Nota Fiscal emitida no
retorno da industrialização, no quadro "Dados do Produto", com o CFOP 5.902 ou 6.902 – Retorno de mercadoria utilizada na
industrialização por encomenda. Desse modo, o valor das mercadorias recebidas para industrialização será computado no valor
total da Nota Fiscal emitida pelo estabelecimento industrializador.
7. Por oportuno, ressaltamos que:
• É permitida a inclusão de operações enquadradas em diferentes códigos fiscais numa mesma Nota Fiscal, hipótese em que estes
serão indicados no campo "CFOP" no quadro "Emitente" e no quadro "Dados do Produto", na linha correspondente a cada item
após a descrição do produto (§ 19 do artigo 127 do RICMS/00);
• As informações referidas na alínea "a" do inciso I do artigo 404 do RICMS/00 devem constar no campo "Informações
Complementares" do quadro "Dados Adicionais".
Vera Lucia Rodrigues Figueiredo – Consultora Tributária. De acordo. Gianpaulo Camilo Dringoli – Consultor Tributário Chefe – 1ª
ACT. Guilherme Alvarenga Pacheco – Diretor Adjunto da Consultoria Tributária.
Com base nos dados da nota fiscal de remessa, exemplificamos o preenchimento da respectiva nota fiscal de retorno
de industrialização, considerando as seguintes informações relativamente ao valor acrescido pelo industrializador:
DADOS DO PRODUTO
CLAS ALÍQUOTAS
CÓDIG SITUAÇ VAL
SIFIC VALOR
O ÃO UNI QUANTI VALOR OR
DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS AÇÃO UNITÁR ICM
PRODU TRIBUT D D TOTAL IPI DO
FISCA IO S
TO ÁRIA IPI
L
CÁLCULO DO IMPOSTO
BASE DE CÁLCULO VALOR DO BASE DE CÁLCULO ICMS VALOR DO ICMS VALOR TOTAL DOS
DO ICMS ICMS SUBSTITUIÇÃO SUBSTITUIÇÃO PRODUTOS
1.400,00 252,00 22.400,00
VALOR DO FRETE VALOR DO OUTRAS DESPESAS VALOR TOTAL VALOR TOTAL DA NOTA
SEGURO ACESSÓRIAS DO IPI 22.400,00
DADOS ADICIONAIS
Insumos recebidos por meio da nf nº 1 de 22/8/07) .......... 20.000,00 RESERVADO AO FISCO N° DE
(1) Insumos empregados na industrialização....................... 1.400,00 CONTROLE
(2) Mão-de-obra .................................................................. 1.000,00 DO
Suspensão do ICMS – art. 402 do RICMS/00 (insumos recebidos) e FORMULÁR
Diferimento (mão-de-obra) Portaria CAT nº 22/07 IO
Suspensão do IPI – art. 43,VII, do RIPI/10 (insumos recebidos e
valor cobrado).
Os procedimentos descritos quanto às operações de remessa e retorno de industrialização, bem como às operações
denominadas “triangulares”, aplicam-se, no que couber, às operações interestaduais.
Convém apenas esclarecer que alguns Estados podem estabelecer critérios diferentes quanto à exigência do
cumprimento relativo às obrigações acessórias, como é o caso do Estado de São Paulo, que exige a emissão de nota
fiscal “simbólica”, nas operações em que a mercadoria sai do estabelecimento fornecedor diretamente para o
estabelecimento que executará o processo industrial (art. 406 do RICMS/00), enquanto a maioria dos Estados não
faz essa mesma exigência.
A suspensão do ICMS, nas operações interestaduais de remessa e de retorno para industrialização, encontra amparo
no Convênio AE nº 15/74, ao qual todos os Estados assinam e concordam com a suspensão estabelecida.
O referido Convênio dispõe sobre a suspensão do imposto nas operações interestaduais de remessa de produtos
para conserto, reparo e industrialização.
Relativamente ao IPI, sendo este um imposto de competência federal, as disposições constantes do RIPI aplicam-se
em todo o território nacional. Portanto, a suspensão prevista no art. 43 incisos VI e VII do RIPI/10, embora de caráter
facultativo, alcança as operações praticadas por contribuintes de qualquer parte do País.
A suspensão do ICMS não se aplica às operações interestaduais de remessa para industrialização, de produtos de
origem animal, mineral ou vegetal e com sucatas de metais. Somente será aplicada suspensão do ICMS nas
operações interestaduais com esses produtos quando houver regime especial, firmado entre os Estados envolvidos,
em que esses concordem quanto à aplicação do benefício (art. 402, do RICMS/00).
Nas operações interestaduais de retorno de industrialização, não será aplicado o diferimento do imposto, ou seja, o
valor da mão-de-obra deverá ser somado ao valor do material, eventualmente aplicado no processo industrial,
sofrendo tributação pelo ICMS. Isto porque não há previsão legal permitindo a aplicação do diferimento do imposto
sobre o valor de mão-de-obra nas operações interestaduais.
Nos tópicos anteriores, orientamos quanto aos procedimentos pertinentes às operações de remessa e retorno de
industrialização. No entanto, a legislação em vigor dispõe sobre outras formas em que essas operações podem se
realizar, como é o caso de industrialização de um produto que dependa de mais um estabelecimento industrializador
para a execução de várias fases do processo industrial, necessários à sua conclusão.
O contribuinte que promover a saída de insumos destinados à industrialização por mais de um estabelecimento
deverá observar as orientações previstas nos arts. 405 do RICMS/00 e 494 do RIPI/10.
Contudo, cabe esclarecer que os procedimentos relativamente à emissão de notas fiscais que envolvem a operação
vêm sendo objeto de questionamentos perante o Fisco no sentido de esclarecer sobre a real necessidade de emissão
de nota fiscal por cada um dos industrializadores constando o retorno simbólico da mercadoria ao estabelecimento
autor da encomenda.
A falta de manifestação do Fisco obriga o contribuinte a se posicionar de alguma forma tendo em vista que não pode
paralisar suas atividades, razão pela qual a situação provoca entendimentos diversos, porém não danosos ao
estabelecimento visto que não acarreta falta de recolhimento do imposto ao erário público. A provável interpretação
por parte do Fisco em sentido contrário no que tange a emissão das notas fiscais envolvidas e o CFOP, acarreta erro
procedimental que é normalmente defeso face a falta de manifestação oficial do Fisco mesmo tendo sido questionado
por diversas vezes.
Ocorre que se levada a rigor, tal regra ensejaria a emissão de notas de retorno simbólico que dependendo da
quantidade de industrializadores envolvidos no processo tornaria a operação demasiadamente burocrática no que diz
respeito à escrituração fiscal, razão pela qual há correntes que defendem a hipótese de emissão da nota fiscal com o
CFOP 5.925 conjugado com o 5.125 somente pelo último industrializador que é aquele que efetivamente devolve a
mercadoria pronta e acabada para o autor da encomenda.
Assim, esclarecemos que o posicionamento dado pela emissão da nota fiscal 5.925 somente pelo último
industrializador segue a corrente que defende a simplificação da operação, já o posicionamento dado pela emissão
da respectiva nota fiscal por cada um dos industrializadores envolvidos segue a linha tradicional e preventiva, razão
pela qual visando resguardar os interesses dos profissionais que adquiriram este curso julgamos cauteloso adotar a
emissão da nota fiscal 5.925 por todos os industrializadores.
Dessa forma, considerando por exemplo que a operação envolverá dois industrializadores, em conformidade com o
disposto no art. 405 do RICMS, o 1º industrializador, depois de efetuada a sua etapa de industrialização, emitirá duas
notas fiscais como segue:
a) a primeira nota fiscal deve ser emitida para o segundo industrializador e se destina a acompanhar a
mercadoria até o seu estabelecimento, esta deve ser emitida sem destaque de ICMS e IPI, com CFOP 5.949, vez
que não há um código específico para a operação. Deverá ainda conter:
– a indicação de que a remessa se destina à industrialização por conta e ordem do autor da encomenda devendo
constar também os dados do autor da encomenda (razão social, CNPJ, inscrição estadual e endereço);
– o número, a série e a data da emissão, o nome, o endereço e os números de inscrição, estadual e no CNPJ, do
emitente da Nota Fiscal que tiver acompanhado a mercadoria recebida em seu estabelecimento;
b) a segunda nota fiscal deve ser emitida para o autor da encomenda, constando dois CFOPS 5.125 para
cobrança do valor acrescido que corresponde ao valor da mão-de-obra + material de propriedade do
industrializador aplicado no processo produtivo, e 5.925 correspondente ao retorno simbólico da mercadoria
recebida para industrialização.
Por fim, esclarecemos que este é o posicionamento dado com base em informação extra oficial do Fisco que
julgamos ser o mais adequado à operação.
As operações chamadas “triangulares” envolvem, pelo menos, três estabelecimentos: fornecedor, autor da
encomenda e industrializador.
8.8.7.1. Remessa de insumos do fornecedor para o industrializador por conta e ordem do autor da encomenda
Nas operações em que um contribuinte adquirir matérias-primas, produtos intermediários e material de embalagem,
que sem transitarem por seu estabelecimento, forem remetidos, diretamente pelo fornecedor a estabelecimento
industrializador, devem ser observados os seguintes procedimentos (art. 406 do RICMS/00 e art. 495 do RIPI/10):
a) emitir nota fiscal em nome do estabelecimento adquirente, com CFOP 5.122/5.123 ou 6.122/6.123,
conforme o caso, e além dos requisitos normalmente exigidos, fará constar a indicação no campo de
“Informações Complementares” dos dados de identificação do estabelecimento industrializador, onde a
Nota:
O estabelecimento fornecedor fica dispensado de emissão da nota fiscal de remessa, indicada na letra “b” deste item
I, quando a saída da mercadoria for acompanhada da nota fiscal de “Remessa simbólica”, de emissão obrigatória
pelo autor da encomenda, com indicação da data efetiva de saída para o industrializador, conforme as disposições do
parágrafo único do inciso III do art. 406 do RICMS-SP.
a) escriturar a nota fiscal referente à aquisição da mercadoria, (indica na letra “a” do item I) com o CFOP
1.122/2.122;
b) emitir nota fiscal, simbólica, com CFOP 5.901/6.901, em nome do estabelecimento industrializador, sem
destaque de ICMS e IPI, na qual fará constar a indicação do número e série, se for o caso, e a data de
emissão da nota fiscal de venda emitida pelo fornecedor (indicada na letra “a” do item I);
a) no recebimento dos insumos escriturar nas colunas próprias do Livro Registro de Entradas a nota fiscal
que acobertou o transporte das mercadorias do estabelecimento fornecedor até seu estabelecimento, com o
CFOP 1.924/2.924, devendo anexar a essa nota fiscal a nota fiscal de remessa simbólica, emitida pelo autor
da encomenda (letra “b” do item II), fazendo constar as anotações pertinentes na coluna de “Observações” da
linha de escrituração;
b) no retorno do produto industrializado, emitir nota fiscal de “Retorno de Industrialização”, CFOP
5.925/6.925, conforme o caso, com suspensão dos impostos em relação aos insumos recebidos para
industrialização, indicando seu valor no campo de “Informações Complementares”. No campo “Dados do
Produto”, será informado o valor do material aplicado, se houver, bem como o valor da mão-de-obra. O valor
total da referida nota fiscal será a soma dos valores do material aplicado e da mão-de-obra e insumos
recebidos para industrialização.
Na operação interna, o retorno far-se-á com diferimento sobre o valor cobrado pela mão-de-obra empregada no
processo, com tributação pelo ICMS sobre o material aplicado, se houver, à alíquota vigente e com suspensão dos
impostos sobre os insumos recebidos, quando destinados a posterior comercialização ou industrialização.
Nos termos do art. 408 do RICMS/00, o industrializador após concluído o processo de industrialização poderá por
solicitação do autor da encomenda, remeter o produto a estabelecimento adquirente do produto, hipótese em que a
legislação exige que os estabelecimentos industrializador e autor da encomenda estejam localizados no Estado de
São Paulo.
Dessa forma, se cumpridos os requisitos exigidos no mencionado art. 408 do RICMS/00, serão adotados os seguintes
procedimentos:
a) O estabelecimento autor da encomenda emitirá nota fiscal em nome do estabelecimento adquirente, cuja
natureza da operação será: “Venda de produção do estabelecimento”, com CFOP 5.101/6.101, conforme o
caso, devendo destacar, nesta nota fiscal, o ICMS e o IPI, se devidos, para que sejam aproveitados como
crédito pelo adquirente, quando for o caso e fazendo constar número de inscrição estadual, CNPJ e
endereço do estabelecimento industrializador que promoverá a entrega da mercadoria ao adquirente. No
campo de “Informações Complementares” dessa nota fiscal deverá constar, ainda, a seguinte expressão: “O
produto sairá de..........................sito à Rua (Av., etc) ...... nº............. na cidade de................................ .
b) O estabelecimento industrializador:
É bastante comum a ocorrência de dúvidas quanto à incidência do ISS nas operações de industrialização, em razão
da cobrança do valor da mão-de-obra, o que gera confusão quanto a tratar-se de prestação de serviços sujeitos ao
ISS ou não.
Nos termos da legislação do ISS, para que o imposto incida sobre determinada prestação de serviços, deve-se
observar, primeiramente, se o serviço executado consta relacionado em um dos itens da Lista de Serviços, anexa ao
Decreto-lei nº 406/68, hoje alterado e quase totalmente revogado pela Lei Complementar nº 116/03, que traz uma
nova Lista de Serviços, para efeitos de tributação pelo imposto municipal – ISS.
Os serviços constantes da referida Lista de Serviços ficam sujeitos apenas ao ISS, ainda que sua prestação envolva
o fornecimento de mercadorias, ressalvadas as exceções descritas em alguns itens, quando expressam que as
mercadorias ficam sujeitas à tributação do ICMS.
Conforme disposto no art. 156, inciso III da Constituição Federal de 1988, o ISS não poderá incidir quando, por sua
natureza, a operação estiver no campo de competência dos Estados.
Ou seja, não poderá haver tributação do ISS, se a operação, por sua natureza e forma, estiver no campo de
incidência do tributo estadual – ICMS.
É importante frisar que consta da Lista de Serviços, anexa à Lei Complementar nº 116/03, inserida na legislação
municipal na forma do art. 1º do Decreto nº 44.540/04 (RISS), o subitem 14.05, que dispõe:
Esse item causa efeito polêmico quanto à determinação da tributação, se pelo ISS, já que consta da Lista de
Serviços ou pelo ICMS, já que é operação cuja natureza é competência dos Estados.
O entendimento, nesse tocante, é de que devemos observar se a mercadoria que sofrerá um processo de
beneficiamento, recondicionamento, ou qualquer dos processos constantes do referido item 72 da Lista de Serviços,
sujeita-se ou não à posterior comercialização ou industrialização, quando remetida em operações intermediárias de
industrialização.
Caso esteja sujeita a posterior comercialização ou industrialização, será tributada pelo imposto de competência
estadual – ICMS. Quando o processo industrial for executado para o próprio consumidor, ou seja, não sujeita a
posterior comercialização ou industrialização, figurará prestação de serviços, devendo, portanto, o valor cobrado pela
mão-de-obra ser tributado pelo imposto de competência municipal – ISS, lembrando que a mercadoria aplicada no
processo será tributada pelo ICMS.
A seguir, vejamos o quadro dos CFOPs que são utilizados nas operações de remessa e retorno de industrialização,
segundo a legislação em vigor, constante do Anexo V do RICMS/00:
Denomina-se substituto tributário ou sujeito passivo por substituição tributária o contribuinte eleito como responsável
pela retenção e recolhimento do ICMS devido por outro contribuinte relacionado ao fato gerador do imposto.
Será denominado substituído o contribuinte que sofrer a retenção do imposto, ou seja, que adquirir mercadorias com
o imposto já retido pelo substituto e promover subseqüentes operações com a mesma mercadoria.
Em outras palavras, podemos dizer que o contribuinte substituto “substitui” os demais contribuintes na
obrigatoriedade de recolhimento do imposto por ocasião da saída da mercadoria mediante a retenção e recolhimento
do imposto antecipadamente, razão pela qual aquele que recebe a mercadoria com o imposto retido é denominado
“substituído”.
Nos termos do art. 155, § 2º, XII, “a” e “b”, da Constituição Federal de 1988, cabe à Lei Complementar dispor sobre
substituição tributária relativamente às operações e prestações sujeitas ao ICMS.
A Lei Complementar nº 87/96, regulamenta o regime, estabelecendo regras para a definição de responsabilidade,
base de cálculo para fins de substituição tributária, aplicação nas operações interestaduais e direito ao contribuinte
substituído à restituição do valor do imposto pago por força da substituição tributária, correspondente ao fato gerador
presumido que não se realizar.
A Lei estadual pode atribuir a contribuinte do ICMS ou a depositário a qualquer título a responsabilidade pela
retenção e seu recolhimento por antecipação, hipótese em que esse contribuinte assumirá a condição de substituto
tributário.
A referida disposição está prevista na Constituição Federal (art. 150, § 7º, acrescentado pela EC nº3/93)
A atribuição de responsabilidade dar-se-á em relação a mercadorias ou serviços previstos em lei de cada Estado.
Portanto, nas operações internas pode o Estado atribuir a responsabilidade pelo recolhimento do ICMS a título de
substituição tributária sobre qualquer mercadoria ou serviço. O importante é que haja expressa previsão em lei nesse
sentido, inclusive sendo desde logo fixada a margem de lucro para fins de determinação da base de cálculo do
imposto
b) Operações interestaduais
O art. 9º da Lei Complementar 87/96 dispõe que a adoção do regime de substituição tributária em operações
interestaduais dependerá de acordo específico celebrado pelos Estados interessados. Esses acordos são
denominados Convênios e Protocolos.
Assim, para que o regime de substituição tributária seja aplicado nas operações interestaduais, em relação a
mercadorias ou serviços, deve ser celebrado Convênio ou Protocolo no âmbito do CONFAZ, determinando as regras
para atribuição de responsabilidade, procedimentos e demais aspectos relacionados ao referido regime.
São convênios os atos praticados no âmbito do CONFAZ, assinados por todos os representantes de cada um dos
Estados e Distrito Federal, que deliberam sobre a concessão de benefícios, incentivos fiscais e regimes de tributação
que terão aplicação no âmbito interno de cada ente federativo e também no âmbito interestadual.
São Protocolos os atos celebrados no âmbito do CONFAZ, assinados apenas por alguns dos Estados, para
determinar a aplicação de benefícios, incentivos fiscais e regimes de tributação, nas operações e prestações internas
e interestaduais.
No caso de inexistência de base de cálculo fixada ou preço sugerido, o valor do imposto a ser recolhido a título de
sujeição passiva por substituição é a diferença entre o valor do imposto calculado, mediante aplicação da alíquota
interna, sobre a base de cálculo acrescida do MVA ou IVA-ST divulgado por meio de Portaria CAT e o valor do
imposto devido pela operação própria do contribuinte.
Tomemos como exemplo um estabelecimento paulista fabricante de autopeças, que efetuará saída de mercadoria de
sua própria produção sujeita ao regime, com destino a outro contribuinte paulista, vamos calcular o imposto, emitir o
documento fiscal e em seguida efetuar a sua escrituração:
a) sobre a base de cálculo relativa a operação própria, aplicará a alíquota interna do produto, obtendo o valor do
ICMS a pagar sobre sua própria operação;
b) sobre o preço de venda incluídas todas as despesas e encargos suportados somar o IVA-ST previsto na
Portaria CAT especifica do produto, obtendo o valor da base de cálculo do imposto devido por substituição
tributária;
c) sobre o valor da base de cálculo da substituição tributária obtida na forma da letra “b”, aplicar a alíquota
interna do produto;
d) do valor obtido na forma da letra “c” subtrair o valor obtido na forma da letra “a”
Nos termos do art. 273 do RICMS-SP, o substituto tributário deverá emitir o documento fiscal contendo, além dos
demais requisitos:
a) no campo “Base de Cálculo do ICMS”, a base de cálculo do valor do ICMS incidente sobre a operação
própria:
b) no campo “Valor do ICMS”, o valor do ICMS relativo à operação própria;
c) no campo “Base de Cálculo do ICMS Substituição”, o valor devidamente calculado relativo à base de
cálculo do ICMS devido por substituição tributária;
d) no campo “Valor do ICMS Substituição”, o valor do imposto devido por substituição tributária;
e) no campo “Informações Complementares”, relativamente a cada mercadoria, o valor da base de cálculo da
retenção e o valor do imposto retido cobrável de cada uma;
f) no campo “Informações Complementares”, a expressão “O destinatário deverá, com relação às operações
com mercadoria ou prestações de serviços recebidas com imposto retido, escriturar o documento fiscal nos
termos do art. 278 do RICMS”.
REMETENTE
CNPJ
Nº DO CNPJ
NATUREZA DA OPERAÇÃO CFOP INSCRIÇÃO ESTADUAL DO INSCRIÇÃO ESTADUAL DATA LIMITE
SUBSTITUTO TRIBUTÁRIO Nº DA INSCRIÇÃO PARA
VENDA DE PRODUÇÃO 5.401 ESTADUAL EMISSÃO
00.00.00
DESTINATÁRIO REMETENTE
NOME / RAZÃO SOCIAL CNPJ / CPF DATA DA
ATACADISTA OU VAREJISTA EM SÃO PAULO DO DESTINATÁRIO EMISSÃO
DADOS DO PRODUTO
CLASSI SITUAÇÃO VALOR ALÍQUOTAS VALO
CÓD DESCRIÇÃO DOS UNIDAD QUANTIDA VALOR
F TRIBUTÁRI UNITÁR R DO
PROD PRODUTOS E DE TOTAL ICMS IPI
FISCAL A IO IPI
MERCADORIA xxxx.xx 010 UN 10 20,00 200,00 18 10 20,00
CÁLCULO DO IMPOSTO
BASE DE CÁLCULO VALOR DO
BASE DE CÁLCULO ICMS VALOR DO ICMS TOTAL DOS PRODUTOS
ICMS ICMS SUBSTITUIÇÃO SUBSTITUIÇÃO 200,00
280,00 50,40 431,20 27,22
VALOR DO FRETE VALOR OUTRAS DESPESAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA NOTA
60,00 SEGURO ACESSÓRIAS 28,00 335,22
20,00
TRANSPORTADOR / VOLUMES TRANSPORTADOS
NOME / RAZÃO SOCIAL FRETE POR PLACA DO U CNPJ / CPF
PREENCHER NA FORMA DO ART. 127, VI, DO RICMS-SP CONTA VEÍCULO F
1 EMITENTE
2 DESTINATÁRIO
ENDEREÇO MUNICÍPIO U INSCRIÇÃO ESTADUAL
F
QUANTIDADE ESPÉCIE MARCA NÚMERO PESO BRUTO PESO LÍQUIDO
DADOS ADICIONAIS
“O destinatário deverá, com relação às operações com RESERVADO AO FISCO
mercadoria ou prestações de serviço recebidas com imposto N° DE
retido, escriturar o documento fiscal nos termos do art. 278 do CONTROLE
RICMS” DO
Valores relativos a cada mercadoria FORMULÁRIO
Base de cálculo do ICMS retido R$ 43,12
Valor do ICMS retido R$ 2,72
De acordo com o art. 28 § 1º da Resolução CGSN nº 94/2011, a ME ou a EPP optante pelo Simples Nacional deverá
recolher a parcela dos tributos devidos por responsabilidade tributária diretamente ao ente detentor da respectiva
competência tributária que no caso do ICMS é o Estado.
O Estado de São Paulo reafirma esse procedimento mencionando que as operações ou prestações enquadradas no
regime de substituição tributária, destinadas a estabelecimento de contribuinte sujeito às normas do “Simples
Nacional”, submetem-se regularmente à retenção do imposto incidente sobre as operações ou prestações
subsequentes (art. 263 do RICMS-SP).
O cálculo do imposto devido por substituição tributária pelo estabelecimento optante do SIMPLES Nacional se iguala
ao do contribuinte RPA pelo fato de que será permitido o abatimento do imposto pelo montante equivalente à alíquota
interna ou interestadual aplicado sobre o valor relativo à operação própria (art. 28, § 2º da Resolução CGSN nº
51/08).
O valor do imposto devido por substituição tributária corresponderá à diferença entre (art. 268, parágrafo 2º do
RICMS-SP e art. 28 § 3º da Resolução CGSN nº 94/11):
a) o valor resultante da aplicação da alíquota interna do ICMS prevista na legislação do Estado sobre o preço
máximo de venda a varejo fixado pela autoridade competente ou sugerido pelo fabricante, ou sobre o preço a
consumidor usualmente praticado; e
b) o valor resultante da aplicação da alíquota interna ou interestadual sobre o valor da operação ou prestação
própria do substituto tributário.
Na hipótese de inexistência dos preços fixados, o valor do ICMS devido por substituição tributária será calculado da
seguinte forma:
Imposto Devido = [base de cálculo x (1,00 + MVA) x alíquota interna] - dedução, onde:
base de cálculo é o valor da operação própria realizada pela ME ou EPP substituta tributária
MVA é a margem de valor agregado divulgada pelo Estado
alíquota interna é a determinada na legislação do Estado
dedução é o valor resultante da aplicação da alíquota interna ou interestadual sobre o valor da
operação ou prestação própria do substituto tributário
No cálculo dos tributos devidos no Simples Nacional não será considerado receita de venda ou revenda de
mercadorias o valor do tributo devido a título de substituição tributária.
Assim, para obtenção dos valores para emissão da nota fiscal temos o seguinte exemplo:
CÁLCULO DO IMPOSTO
Operação Própria Substituição Tributária
280,00 x 18% = 50,40 392,00 x 18% = 70,56
ICMS retido = 20,16
VALOR TOTAL DA NOTA FISCAL: 300,16 (280,00 + 20,16)
Observe-se que o optante do SIMPLES Nacional não debita ICMS relativo a sua própria operação no documento
fiscal.
Nos termos do art. 57, §§ 2° e 4º da Resolução CGSN nº 10/07 a utilização dos documentos fiscais fica condicionada
à inutilização dos campos destinados à base de cálculo e ao imposto destacado, de obrigação própria, constando, no
campo destinado às informações complementares ou, em sua falta, no corpo do documento, por qualquer meio
gráfico indelével, as expressões:
O valor da base de cálculo da substituição tributária e o valor do ICMS retido serão indicados nos campos próprios.
SAÍDA ENTRADA
EMITENTE: 1ª VIA
REMETENTE
CNPJ
Nº DO CNPJ
NATUREZA DA OPERAÇÃO CFOP INSCRIÇÃO ESTADUAL DO INSCRIÇÃO ESTADUAL DATA LIMITE
VENDA SUBSTITUTO TRIBUTÁRIO PARA
5.401 EMISSÃO
00.00.00
DESTINATÁRIO REMETENTE
NOME / RAZÃO SOCIAL CNPJ / CPF DATA DA
ATACADISTA OU VAREJISTA EM SÃO PAULO DO DESTINATÁRIO EMISSÃO
DADOS DO PRODUTO
CLASSI SITUAÇÃO VALOR ALÍQUOTAS VALO
CÓD DESCRIÇÃO DOS UNIDAD QUANTIDA VALOR
F TRIBUTÁRI UNITÁR R DO
PROD PRODUTOS E DE TOTAL ICMS IPI
FISCAL A IO IPI
MERCADORIA 030 UN 20 10,00 200,00
CÁLCULO DO IMPOSTO
BASE DE CÁLCULO ICMS VALOR DO ICMS TOTAL DOS PRODUTOS
SUBSTITUIÇÃO SUBSTITUIÇÃO 200,00
392,00 20,16
VALOR DO FRETE VALOR OUTRAS DESPESAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA NOTA
60,00 SEGURO ACESSÓRIAS 300,16
20,00
TRANSPORTADOR / VOLUMES TRANSPORTADOS
NOME / RAZÃO SOCIAL FRETE POR PLACA DO U CNPJ / CPF
PREENCHER NA FORMA DO ART. 127, VI, DO RICMS-SP CONTA VEÍCULO F
1 EMITENTE
2 DESTINATÁRIO
ENDEREÇO MUNICÍPIO U INSCRIÇÃO ESTADUAL
F
QUANTIDADE ESPÉCIE MARCA NÚMERO PESO BRUTO PESO LÍQUIDO
DADOS ADICIONAIS
“O destinatário deverá, com relação às operações com RESERVADO AO FISCO
mercadoria ou prestações de serviço recebidas com imposto N° DE
retido, escriturar o documento fiscal nos termos do art. 278 do CONTROLE
RICMS” DO
Valores relativos a cada mercadoria FORMULÁRIO
Base de cálculo do ICMS retido R$ 19,60
Valor do ICMS retido R$ 1,008
Na hipótese em que o contribuinte substituído adquirir mercadoria com substituição tributária e der saída para outro
contribuinte também substituído, a nota fiscal será emitida sem destaque do valor do imposto contendo (art. 274,
caput e § 5º do RICMS-SP):
CÁLCULO DO IMPOSTO
BASE DE CÁLCULO VALOR DO BASE DE CÁLCULO ICMS VALOR DO ICMS TOTAL DOS PRODUTOS
ICMS ICMS SUBSTITUIÇÃO SUBSTITUIÇÃO 400,00
VALOR DO FRETE VALOR OUTRAS DESPESAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA NOTA
SEGURO ACESSÓRIAS 400,00
DADOS ADICIONAIS
Imposto recolhido por substituição tributária art. ____do RESERVADO AO FISCO N° DE
RICMS-SP CONTROLE
Base de cálculo do ICMS-ST R$ 431,20 DO
ICMS retido cobrável R$ 5,616 FORMULÁRIO
Valores relativos a cada mercadoria
Base de cálculo R$ 43,12
Valor do ICMS retido R$ 0,561
Na hipótese em que o contribuinte substituído adquirir mercadoria com substituição tributária e der saída para
consumidor final, a nota fiscal será emitida sem destaque do valor do imposto contendo, no campo “Informações
Complementares”, a expressão: “Imposto Recolhido por Substituição Tributária – Art. .... do RICMS/00”.
CÁLCULO DO IMPOSTO
BASE DE CÁLCULO VALOR DO BASE DE CÁLCULO ICMS VALOR DO ICMS TOTAL DOS PRODUTOS
ICMS ICMS SUBSTITUIÇÃO SUBSTITUIÇÃO 430,00
VALOR DO FRETE VALOR OUTRAS DESPESAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA NOTA
SEGURO ACESSÓRIAS 430,00
DADOS ADICIONAIS
Imposto recolhido por substituição tributária art. ____do RESERVADO AO FISCO N° DE
RICMS-SP CONTROLE
DO
FORMULÁRIO
Será considerado substituto tributário o contribuinte que promover a remessa de mercadoria sujeita ao regime da
substituição tributária com destino a contribuinte localizado em outra Unidade da Federação.
Diferentemente das operações internas, qualquer contribuinte que remeta para outro Estado mercadoria sujeita a
substituição tributária com destino a contribuinte do imposto será revestido da qualidade de contribuinte substituto, ou
seja, deverá reter e recolher o imposto devido pelos fatos geradores que vierem a ocorrer com a mesma mercadoria
até que esta chegue ao consumidor/usuário final. Exceto se o Convênio ou Protocolo determinar especificamente os
responsáveis pela retenção e recolhimento do imposto.
Importante observar que mesmo que o contribuinte tenha recebido mercadoria com o ICMS retido, ou seja, figure
como substituído tributário, na operação de saída interestadual deverá ser feito novo recolhimento, haja vista o ICMS-
ST ser devido ao Estado de consumo final da mercadoria.
Para que o contribuinte paulista proceda ao correto recolhimento do ICMS devido por substituição tributária para outra
Unidade da Federação deverá:
Além disso, o contribuinte remetente deverá analisar na legislação interna do Estado destinatário as hipóteses de
inaplicabilidade do regime de substituição tributária.
As hipóteses mais comuns de recolhimento do ICMS-ST em operação de saída para outro Estado são:
8.9.4. Procedimentos Fiscais – Antecipação Tributária - Mercadorias relacionadas nos arts. 313-A a 313-Z20
do RICMS-SP Recebidas de Outra Unidade da Federação sem a retenção do imposto
Estão sujeitas a antecipação tributária os produtos relacionados nos arts. 313-A a 313-Z20, recebidos por contribuinte
paulista, cuja origem seja fornecedor estabelecido em Estado que não participe com São Paulo de Convênio ou
Protocolo ICMS que estabeleça a cobrança do imposto por substituição tributária. Neste caso, cabe ao contribuinte
paulista a antecipação do imposto antes mesmo da entrada da mercadoria em seu estabelecimento.
8.9.4.1. IVA-ST
No caso de entrada de mercadoria oriunda de outra Unidade da Federação cuja base de cálculo da substituição
tributária seja determinada por IVA-ST, aplicar-se-á a seguinte fórmula:
IA = VA x (1 + IVA-ST) x ALQ – IC
Observe-se que:
No caso de aquisição interestadual de produtos cuja alíquota interna seja superior a 12% o valor do imposto a pagar
antecipadamente por substituição tributária será obtido mediante a utilização do IVA-ST Ajustado, conforme
determinam as Portarias CAT que disciplinam a formação da base de cálculo do imposto, cuja fórmula reproduzimos
a seguir:
Já verificamos que, no caso de operação interestadual de produtos cuja alíquota interna do Estado destinatário seja
superior a 12% o valor do imposto a pagar antecipadamente por substituição tributária será obtido mediante a
utilização do percentual de Índice de Valor Adicionado – Setorial (IVA-ST) Ajustado, muitas vezes apresentado como
Margem de Valor Agregado (MVA) Ajustado.
Todavia, no que se refere às operações interestaduais envolvendo optante do Simples Nacional na condição
de remetente, não haverá tal ajuste por determinação do Convênio ICMS nº 35/2011.
Vejamos:
a) não haverá o ajuste quando o remetente for optante do Simples Nacional e haja Convênio ou Protocolo
para aplicação da Substituição Tributária (Cláusula primeira do Convênio ICMS nº 35/2011);
b) não haverá o ajuste quando o remetente for optante do Simples Nacional e não exista Convênio ou
Protocolo para aplicação da Substituição Tributária, desde que ao destinatário (seja optante do Simples
Nacional ou do Regime Periódico de Apuração – RPA) seja atribuída a responsabilidade pelo recolhimento do
imposto (Cláusula segunda do Convênio ICMS nº 35/2011).
Importa ressaltar que referida regra é valida para os fatos geradores ocorridos a partir do dia 01/06/2011, conforme
determinado na Cláusula terceira do Convênio ICMS nº 35/2011.
Fazendo um breve resumo do que vimos, temos que, nas operações com contribuintes sujeitos às normas do
SIMPLES Nacional (art. 426-A, § 3º, do RICMS-SP):
Tomemos como exemplo a aquisição interestadual de mercadoria cujo IVA-ST aplicável seja 40% e a alíquota interna
seja 18%, que nos levará a utilização do IVA-ST Ajustado. O valor de aquisição será considerado R$ 1.000,00
(considerando inclusos os encargos suportados) com ICMS destacado de R$ 120,00.
CÁLCULO DO IMPOSTO
BASE DE CÁLCULO VALOR DO BASE DE CÁLCULO ICMS VALOR DO ICMS TOTAL DOS PRODUTOS
ICMS ICMS SUBSTITUIÇÃO SUBSTITUIÇÃO 900,00
1.000,00 120,00
VALOR DO FRETE VALOR OUTRAS DESPESAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA NOTA
50,00 SEGURO ACESSÓRIAS 1.000,00
50,00
TRANSPORTADOR / VOLUMES TRANSPORTADOS
NOME / RAZÃO SOCIAL FRETE POR PLACA U CNPJ / CPF
CONTA VEÍCULO F
ENDEREÇO MUNICÍPIO U INSCRIÇÃO ESTADUAL
F
QUANTIDADE ESPÉCIE MARCA NÚMERO PESO BRUTO PESO LÍQUIDO
DADOS ADICIONAIS
RESERVADO AO FISCO N° DE
CONTROLE
DO
FORMULÁRIO
DADOS DA AIDF E DO IMPRESSOR
RECEBEMOS DE (RAZÃO SOCIAL DO EMITENTE) OS PRODUTOS CONSTANTES DA NOTA FISCAL INDICADA AO NOTA FISCAL
LADO
DATA IDENTIFICAÇÃO E ASSINATURA DO RECEBEDOR N° 000.000
RECEBIMENTO
Observe-se que:
IVA-ST original É o IVA-ST aplicável na operação interna cujos percentuais estão indicados
na Portaria CAT específica para o segmento
ALQ inter É a alíquota interestadual aplicada pelo remetente na operação
interestadual
ALQ intra É a alíquota interna do produto
b) obtido o IVA-ST Ajustado de 50,24%, o segundo passo é calcular o valor do imposto a ser antecipado:
Observe-se que:
Nas saídas dos produtos será emitido documento fiscal nos termos do art. 274 e escriturado no livro registro de
saídas na forma do art. 278, ambos do RICMS-SP.
O art. 274 do RICMS-SP trata da forma de emissão da nota fiscal por contribuinte substituído, ou seja, aquele que já
recebe a mercadoria com o imposto retido.
Observamos que embora o contribuinte paulista seja o responsável pela antecipação do recolhimento do imposto
devido pela própria operação e pelas operações subsequentes ele o faz no momento da entrada da mercadoria no
território paulista. Logo, ao dar entrada da mercadoria no estabelecimento, o ICMS já foi recolhido antecipadamente,
ou seja, a mercadoria já chega ao estabelecimento com o imposto recolhido.
REMETENTE
CNPJ
Nº DO CNPJ
NATUREZA DA OPERAÇÃO CFOP INSCRIÇÃO ESTADUAL DO INSCRIÇÃO ESTADUAL DATA LIMITE
SUBSTITUTO TRIBUTÁRIO Nº DA INSCRIÇÃO PARA
VENDA 5.405 ESTADUAL EMISSÃO
00.00.00
DESTINATÁRIO REMETENTE
NOME / RAZÃO SOCIAL CNPJ / CPF DATA DA
CONSUMIDOR FINAL CONTRIBUINTE OU NÃO CONTRIBUINTE DO DESTINATÁRIO EMISSÃO
DADOS DO PRODUTO
CLASSI SITUAÇÃO VALOR ALÍQUOTAS VALO
CÓD DESCRIÇÃO DOS UNIDAD QUANTIDA VALOR
F TRIBUTÁRI UNITÁR R DO
PROD PRODUTOS E DE TOTAL ICMS IPI
FISCAL A IO IPI
MERCADORIA xx 060 UN 1 550,00 550,00
CÁLCULO DO IMPOSTO
BASE DE CÁLCULO VALOR DO BASE DE CÁLCULO ICMS VALOR DO ICMS TOTAL DOS PRODUTOS
ICMS ICMS SUBSTITUIÇÃO SUBSTITUIÇÃO 550,00
VALOR DO FRETE VALOR OUTRAS DESPESAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA NOTA
SEGURO ACESSÓRIAS 550,00
DADOS ADICIONAIS
RESERVADO AO FISCO
Imposto recolhido por substituição tributária art. ____do N° DE
RICMS-SP CONTROLE
DO
FORMULÁRIO
Considerando os valores calculados na aquisição das mercadorias, a nota fiscal de saída será emitida da seguinte
forma:
NOTA FISCAL N° 000.000
SAÍDA ENTRADA
EMITENTE: 1ª VIA
REMETENTE
CNPJ
Nº DO CNPJ
NATUREZA DA OPERAÇÃO CFOP INSCRIÇÃO ESTADUAL DO INSCRIÇÃO ESTADUAL DATA LIMITE
SUBSTITUTO TRIBUTÁRIO Nº DA INSCRIÇÃO PARA
VENDA 5.405 ESTADUAL EMISSÃO
00.00.00
DESTINATÁRIO REMETENTE
NOME / RAZÃO SOCIAL CNPJ / CPF DATA DA
VAREJISTA OU ATACADISTA DO DESTINATÁRIO EMISSÃO
DADOS DO PRODUTO
CLASSI SITUAÇÃO VALOR ALÍQUOTAS VALO
CÓD DESCRIÇÃO DOS UNIDAD QUANTIDA VALOR
F TRIBUTÁRI UNITÁR R DO
PROD PRODUTOS E DE TOTAL ICMS IPI
FISCAL A IO IPI
MERCADORIA xx 060 UN 3 400,00 1.200,00
CÁLCULO DO IMPOSTO
BASE DE CÁLCULO VALOR DO BASE DE CÁLCULO ICMS VALOR DO ICMS TOTAL DOS PRODUTOS
ICMS ICMS SUBSTITUIÇÃO SUBSTITUIÇÃO 1.200,00
VALOR DO FRETE VALOR OUTRAS DESPESAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA NOTA
SEGURO ACESSÓRIAS 1.200,00
DADOS ADICIONAIS
Imposto recolhido por substituição tributária art. __do RICMS- RESERVADO AO FISCO
SP N° DE
BC ICMS-ST R$ 1.502,40 CONTROLE
ICMS retido cobrável R$ 54,43 DO
Valores relativos a cada mercadoria FORMULÁRIO
BC ICMS-ST R$ 500,80
ICMS-ST R$ 18,14
A parcela do imposto retido cobrável do destinatário será obtida aplicando-se a alíquota interna sobre a diferença
entre a base de cálculo da retenção e o valor da base de cálculo que seria atribuída a operação própria do
contribuinte substituído se estivesse submetida ao regime comum, conforme exemplo a seguir:
Observe:
Logo, tendo em vista que o adquirente já antecipou R$ 60,00 por ocasião da entrada, ainda restam R$ 36,00 de
imposto de sua própria operação de saída, portanto o imposto cobrável das operações seguintes é R$ 54,43
Vejamos: R$ 60,00 + R$ 36,00 + R$ 54,43 = R$ 150,43
Para melhor identificação das diversas operações e prestações ocorridas no âmbito do ICMS, foi criado o Código
Fiscal de Operações e de Prestações (CFOP), composto de quatro dígitos. .Além do CFOP, que indica a natureza da
operação e da prestação, foi também instituído o Código de Situação Tributária (CST), que tem por finalidade
identificar a origem da mercadoria ou serviço e a tributação a que se sujeitam.
Os códigos referentes à entrada de mercadoria ou bem e prestação de serviços estão agrupados na forma
especificada nos tópicos seguintes.
Os grupos estão divididos em subgrupos que reúnem entradas ou aquisições, saídas ou prestações de serviços de
natureza correlata, identificadas por códigos de dígito final zero, que serão utilizados somente em resumos, análises
e intercâmbio de informações econômico-fiscais.
Os códigos referentes à entrada de mercadoria ou bem estão agrupados segundo a localização do estabelecimento
remetente, obedecendo o seguinte critério:
Grupo 1 – Compreende as operações em que o estabelecimento remetente estiver localizado no mesmo Estado;
Grupo 2 – Compreende as operações em que o estabelecimento remetente estiver localizado em outro Estado;
Grupo 3 – Compreende as entradas de mercadoria ou bem de procedência estrangeira, importado diretamente pelo
estabelecimento, bem como as decorrentes de aquisição por arrematação, concorrência ou qualquer outra forma de
alienação promovida pelo Poder Público.
Os códigos referentes a aquisição de serviço estão agrupados segundo o local de início da prestação, obedecido o
seguinte critério:
Os códigos referentes a saída de mercadoria ou bem estão agrupados segundo a localização do estabelecimento
destinatário, obedecido o seguinte critério:
Os códigos referentes a prestação de serviço estão agrupados segundo a localização do estabelecimento adquirente,
obedecido o seguinte critério:
5.401 6.401 Venda de produção do estabelecimento em operação com produto sujeito ao regime de substituição
tributária, na condição de contribuinte substituto
Classificam-se neste código as vendas de produtos industrializados ou produzidos pelo próprio estabelecimento em
operações com produtos sujeitos ao regime de substituição tributária, na condição de contribuinte substituto. Também
serão classificadas neste código as vendas de produtos industrializados por estabelecimento industrial ou produtor
rural de cooperativa sujeitos ao regime de substituição tributária, na condição de contribuinte substituto.
5.402 6.402 Venda de produção do estabelecimento de produto sujeito ao regime de substituição tributária, em
operação entre contribuintes substitutos do mesmo produto
Classificam-se neste código as vendas de produtos sujeitos ao regime de substituição tributária industrializados no
estabelecimento, em operações entre contribuintes substitutos do mesmo produto.
5.403 6.403 Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros em operação com mercadoria sujeita ao
regimede substituição tributária, na condição de contribuinte substituto
Classificam-se neste código as vendas de mercadorias adquiridas ou recebidas de terceiros, na condição de
contribuinte substituto, em operação com mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária.
6.404 Venda de mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária, cujo imposto já tenha sido retido
anteriormente
Classificam-se neste código as vendas de mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária, na condição de
substituto tributário, exclusivamente nas hipóteses em que o imposto já tenha sido retido anteriormente.
5.405 Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros em operação com mercadoria sujeita ao regime de
substituição tributária, na condição de contribuinte substituído
Classificam-se neste código as vendas de mercadorias adquiridas ou recebidas de terceiros em operação com
mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária, na condição de contribuinte substituído.
5.408 6.408 Transferência de produção do estabelecimento em operação com produto sujeito ao regime de
substituição tributária
Classificam-se neste código os produtos industrializados ou produzidos no próprio estabelecimento em transferência
para outro estabelecimento da mesma empresa de produtos sujeitos ao regime de substituição tributária.
5.654 6.654 Venda de combustível ou lubrificante adquirido ou recebido de terceiros destinado à industrialização
subseqüente
Classificam-se neste código as vendas de combustíveis ou lubrificantes adquiridos ou recebidos de terceiros
destinados à industrialização do próprio produto, inclusive aquelas decorrentes de encomenda para entrega futura,
cujo faturamento tenha sido classificado no código 5.922 - "Lançamento efetuadoa título de simples faturamento
decorrente de venda para entrega futura".
5.655 6.655 Venda de combustível ou lubrificante adquirido ou recebido de terceiros destinado à comercialização
Classificam-se neste código as vendas de combustíveis ou lubrificantes adquiridos ou recebidos de terceiros
destinados à comercialização, inclusive aquelas decorrentes de encomenda para entrega futura, cujo faturamento
tenha sido classificado no código 5.922 - "Lançamento efetuado a título de simples faturamento decorrente de venda
para entrega futura".
5.656 6.656 Venda de combustível ou lubrificante adquirido ou recebido de terceiros destinado a consumidor ou
usuário final
Classificam-se neste código as vendas de combustíveis ou lubrificantes adquiridos ou recebidos de terceiros
destinados a consumo em processo de industrialização de outros produtos, à prestação de serviços ou a usuário
final, inclusive aquelas decorrentes de encomenda para entrega futura, cujo faturamento tenha sido classificado no
código 5.922 - "Lançamento efetuado a título de simples faturamento decorrente de venda para entrega futura".
5.949 6.949 7.949 Outra saída de mercadoria ou prestação de serviço não especificado
Classificam-se neste código as outras saídas de mercadorias ou prestações de serviços que não tenham sido
especificados nos códigos anteriores.
6.360 - Prestação de serviço de transporte a contribuinte substituto em relação ao serviço de transporte. Classificam-
se neste código as prestações de serviços de transporte a contribuinte ao qual tenha sido atribuída a condição de
substituto tributário do imposto sobre a prestação dos serviços
1.151 2.151 Transferência para industrialização ou produção rural (Redação dada pelo inciso XI do art. 1° do
Decreto 50.171 de 04-11-2005; DOE 05-11-2005; efeitos a partir de 24-10-2005)
Classificam-se neste código as entradas de mercadorias recebidas em transferência de outro estabelecimento da
mesma empresa, para serem utilizadas em processo de industrialização ou produção rural. (Convênio SINIEF s/nº, de
15-12-70, Anexo Único na redação do Ajuste SINIEF 07/01, com alteração do Ajuste SINIEF-05/05)
1.152 2.152 Transferência para comercialização Classificam-se neste código as entradas demercadorias
recebidas em transferência de outro estabelecimento da mesma empresa, para serem utilizadas em processo de
comercialização.
1.203 2.203 Devolução de venda de produção do estabelecimento, destinada à Zona Franca de Manaus ou Áreas de
Livre Comércio
Classificam-se neste código as devoluções de vendas de produtos industrializados ou produzidos pelo próprio
estabelecimento, cujas saídas foram classificadas, respectivamente, nos códigos 5.109 ou 6.109 - "Venda de
produção do estabelecimento, destinada à Zona Franca de Manaus ou Áreas de Livre Comércio".
1.403 2.403 Compra para comercialização em operação com mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária
Classificam-se neste código as compras de mercadorias a serem comercializadas, decorrentes de operações com
mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária. Também serão classificadas neste código as compras de
mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária em estabelecimento comercial de cooperativa.
1.406 2.406 Compra de bem para o ativo imobilizado cuja mercadoria está sujeita ao regime de substituição tributária
Classificam-se neste código as compras de bens destinados ao ativo imobilizado do estabelecimento, em operações
com mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária.
1.407 2.407 Compra de mercadoria para uso ou consumo cuja mercadoria está sujeita ao regime de substituição
tributária
Classificam-se neste código as compras de mercadorias destinadas ao uso ou consumo do estabelecimento, em
operações com mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária.
1.408 2.408 Transferência para industrialização ou produção rural em operação com mercadoria sujeita ao regime de
substituição tributária
Classificam-se neste código as mercadorias recebidas em transferência de outro estabelecimento da mesma
empresa, para serem industrializadas ou consumidas na produção rural no estabelecimento, em operações com
mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária.
1.554 2.554 Retorno de bem do ativo imobilizado remetido para uso fora do estabelecimento
Classificam-se neste código as entradas por retorno de bens do ativo imobilizado remetidos para uso fora do
estabelecimento, cujas saídas tenham sido classificadas, respectivamente, nos códigos 5.554 ou 6.554 - "Remessa
de bem do ativo imobilizado para uso fora do estabelecimento".
1.555 2.555 Entrada de bem do ativo imobilizado de terceiro, remetido para uso no estabelecimento
Classificam-se neste código as entradas de bens do ativo imobilizado de terceiros, remetidos para uso no
estabelecimento.
1.903 2.903 Entrada de mercadoria remetida para industrialização e não aplicada no referido processo
Classificam-se neste código as entradas em devolução de insumos remetidos para industrialização e não aplicados
no referido processo.
1.949 2.949 3.949 Outra entrada de mercadoria ou prestação de serviço não especificada
Classificam-se neste código as outras entradas de mercadorias ou prestações de serviços que não tenham sido
especificadas nos códigos anteriores.
Como comentamos no início deste tópico, o Código de Situação Tributária (CST) tem por finalidade indicar a origem
da mercadoria e a tributação a que se sujeitam a operação e a prestação.
Nos documentos fiscais emitidos por ocasião das operações e prestações realizadas no campo de incidência do
ICMS, além do CFOP, será indicado também o CST, que designa a origem da mercadoria e a tributação pertinente à
operação/prestação.
O código da situação tributária (CST) será composto de três dígitos, na forma ABB; o primeiro dígito indicará a origem
da mercadoria ou serviço, com base na Tabela A e os dois últimos dígitos a tributação pelo ICMS, com base na
Tabela B, constantes do Anexo V do RICMS-SP.
Com base nas tabelas “A” e “B” do Anexo V do RICMS-SP, verificamos os CST em vigor, na forma a seguir:
Vejamos os códigos relativos à origem da mercadoria, e as hipóteses de utilização de cada um dos códigos.
Código Descrição
00 – Tributada integralmente
10 – Tributada e com cobrança do ICMS por substituição tributária
20 – Com redução de base de cálculo
30 – Isenta ou não tributada e com cobrança do ICMS por substituição tributária
40 – Isenta
41 – Não tributada
50 – Suspensão
51 – Diferimento
60 – ICMS cobrado anteriormente por substituição tributária
70 – Com redução de base de cálculo e cobrança do ICMS por substituição tributária
90 – Outras
Código de Regime Tributário – CRT e Código de Situação da Operação no Simples Nacional - CSOSN
Observações:
- Os códigos a seguir reproduzidos foram instituídos pelo Ajuste SINIEF nº 03/2010, que alterou o Ajuste
SINIEF nº 07/2005, e estão vigentes desde o dia 01/10/2010.
- O citado Ajuste SINIEF nº07/2005 Instituiu a Nota Fiscal Eletrônica e o Documento Auxiliar da Nota Fiscal
Eletrônica
- O Código de Situação da Operação no Simples Nacional - CSOSN será usado na Nota Fiscal Eletrônica
exclusivamente quando o Código de Regime Tributário - CRT for igual a “1”, e substituirá os códigos da
Tabela B - Tributação pelo ICMS do Anexo Código de Situação Tributária - CST do Convênio s/nº de 15 de
dezembro de 1970.
1 - Simples Nacional (será preenchido quando o contribuinte for optante pelo Simples Nacional)
2 - Simples Nacional - excesso de sublimite da receita bruta (será preenchido quando o contribuinte for
optante pelo Simples Nacional que tiver ultrapassado o sublimite fixado pelo estado/DF e estiver impedido de
recolher o ICMS/ISS por esse regime)
3 - Regime Normal (será preenchido pelo contribuinte que não estiver na situação 1 ou 2).
201 - Tributada pelo Simples Nacional com permissão de crédito e com cobrança do ICMS por substituição
tributária
- Classificam-se neste código as operações que permitem a indicação da alíquota do ICMS devido pelo Simples
Nacional e do valor do crédito, e com cobrança do ICMS por substituição tributária.
202 - Tributada pelo Simples Nacional sem permissão de crédito e com cobrança do ICMS por substituição
tributária
- Classificam-se neste código as operações que não permitem a indicação da alíquota do ICMS devido pelo Simples
Nacional e do valor do crédito, e não estejam abrangidas nas hipóteses dos códigos 103, 203, 300, 400, 500 e 900, e
com cobrança do ICMS por substituição tributária.
203 - Isenção do ICMS no Simples Nacional para faixa de receita bruta e com cobrança do ICMS por
substituição tributária
O Código Fiscal de Operações e Prestações (CFOP) e o Código de Situação Tributária (CST), comentados nesta
matéria, visam aglutinar em grupos homogêneos, nos documentos e livros fiscais, nas guias de informação e em
todas as análises de dados, as operações e prestações realizadas pelos contribuintes do Imposto sobre Operações
Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e
de Comunicação (ICMS) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
A referida regra para utilização do CFOP, bem como do CST, foi absorvida pela legislação do ICMS e do IPI,
abrangendo as operações e prestações realizadas no campo de incidência desses dois impostos.