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Introdução
1.1 Contextualização
O ser humano no decurso da sua vida, apresenta uma imensidão de necessidades as quais são
descritas na pirâmide das necessidades de Maslow, essas necessidades podem ser individuais as
quais ele próprio pode satisfaze-las ou ainda colectivas que precisam de um terceiro para o fazer.
O responsável para a satisfação dessas necessidades (colectivas) e Governo através da actividade
financeira do Estado que consiste na capitação de receitas publicas para a satisfação de tais
necessidades. Essas receitas publicas podem ser captadas através de prestação de serviços
públicos ou ainda pela cobrança de imposto, o presente trabalho ira abordar a principal fonte de
financiamento do Estado ( cobrança de imposto) mas concretamente sobre o imposto de
rendimento de pessoas colectivas (IRPC).
O presente trabalho irá abordar sobre o imposto sobre rendimentos de pessoas colectivas (IRPC).
É sabido que na área fiscal, para o efeito de tributação não importa a legalidade do rendimento
que incide a tributação, mas sim o facto do mesmo ser tributado. Sendo o IRPC o tema em
destaque, cabe-nos trazer todos aspecto ligados a este, como forma a dar maior relevo ao
trabalho.Falar-se-á da incidência subjectiva; objectiva; transparência fiscal; período de
tributação; da isenção fiscal, bem como da determinação da matéria colectável.
O trabalho estará dividido em três capítulos fundamentais: a introdução onde será apresentado o
trabalho os objectivos e a justificativa do tema.
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1.2 OBJECTIVOS
1.2.1 Objectivo Geral
Discutir acerca do Imposto Sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas.
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2REVISÃO DA LITERATURA
De forma mais clara e como é do conhecimento de todos, na vida quotidiana deparamo-nos com
situações em que um simples exercício económico é sujeito a tributação, independentemente de o
exercício ser legal ou não, pois em matéria de cobrança do imposto ou tributação importa apenas
a sua tributação. Cabendo a quem de competêncialicenciar os tributados. Deste role de ideias
tenta-se chegar á noção do IRPC, que seja o tema em destaque.
2.2 Imposto
O imposto representa um elemento basilar para o tema em discussão, pois ele é que despoleta o
processo que cumbina com o reembolso ao sujeito passivo, sem o imposto não há a lugar a
reembolso.
Da análise efectuada são encontradas definições de imposto, com os pontos de convergência, na
óptica de alguns autores, que o definem como:
“ uma prestação coactiva, pecuniária, definitiva e unilateral, estabelecida por lei, sem carácter de
sanção, a favor do estado. Para a realização de fins públicos” (Ibraimo, 2002:40)
Ao conceituar o imposto, Ibraimo (2002:40), fala das suas características que são :
Prestação coactiva: imposta pelo estado
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Prestação pecuniária ou patrimonial ónial: avaliável em dinheiro ( embora se trate de uma
prestação pecuniária, há impostos que podem ser pagos em bens e serviços)
Prestação unilateral: se a contraprestação específica, individual, imediata e directa.
Prestação estabelecida por Lei: de acordo com o princípio da legalidade,
Prestação sem carácter de sanção: sem fins sancionatórios.
Prestação a favor do estado: em sentido amplo, equivalente aqui a qualquer entidade que
exerça funções públicas.
Prestação para a realização de fins públicos: não são fiscais mas também extrafiscais
(sociais, economicos, etc. ).
O autor refere-se a incidencia como a definiçao geral e abstracta, feita pela lei, dos actos
ou situaçoes sujeitas ao imposto e das pessoas sobre as quais recai o dever de o prestar.
No lançamento identifica o sujeito passivo do imposto e fixa-se a materia colectavel
sobre o qual recairá o imposto.
A fase da liquidaçao, consiste no calculo da colecta do imposto, aplicando-se a materia
colectavel a taxa do imposto. Em geral, a liquidaçao é feita nos impostos directos pela
administraçao fiscal e nos impostos indirectos pelo contribuinte (2002:60).
A cobrança é o momento final da vida do imposto, que se resume na operaçao
administractiva que visa na entrada do imposto nos cofres do estado.
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Imposto sobre o rendimento de pessoas singulares (IRPS): Do valor anual dos lucros das
pessoas que vivem no território moçambicano e as que não vivem em Moçambique mas
obtém lucros no território moçambicano.
Imposto sobre o rendimento de pessoas colectivas (IRPC): É aplicado para pessoas que
praticam actividades comerciais, as empresas públicas e outras pessoas colectivas de
direito público ou privado, localizadas em Moçambique. O IRPC recai sobre a totalidade
dos seus lucros, incluindo os obtidos fora de Moçambique.
Imposto simplificado para pequenos contribuintes: é um imposto criado para pessoas e
empresas que fazem pequenos e médios negócios.
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O Imposto do Selo: Aplicado para os documentos, livros e outros feitos numa tabela
específica ou em leis especiais. As taxas de Selo variam em função dos valores dos
recibos de quitação ou do tipo de documento que se pretende carimbar.
A Sisa: é um imposto municipal, que o rendimento converte-se a favor dos municípios,
que é pago na compra de imóvel, na transmissão de direitos reais menores, tais como o
direito de posse, uso e habitação.
Imposto Especial sobre jogos: as empresas concessionárias ficam obrigadas ao
pagamento de um imposto especial pelo exercício da actividade do jogo, o qual será
cobrado e pago nos termos da lei.
O Imposto de Reconstrução Nacional: é pago uma vez por ano através de descontos no
salário do mês de Fevereiro.
O Imposto sobre Veículos (transportes): É aplicado para o fabrico, montagem, aceitação
ou entrada de transportes, em que estes contribuem algum valor no território
moçambicano e que não são obrigados a matricular.
O trabalho focar-se-a em descrever o IRPC, que é um dos impostos directos que recaem
sobre os rendimentos obtidos.
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entidades, comou sem personalidade jurídica, que não tenham sede nem direcção efectiva
em território moçambicano e cujos rendimentos nele obtidos não estejam sujeitos a
IRPS;
Os rendimentos das diversas categorias, considerados para efeitos de IRPS, auferidos por
entidades mencionadas na alínea anterior que não possuam estabelecimento estável em
território moçambicano ou que, possuindo-o, não lhe sejam imputáveis.
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ganhos resultantes da transmissão onerosa de partes de capital de entidades com
sede ou direcção efectiva em território moçambicano ou de outros valores
mobiliários emitidos por entidades residentes;
partes de capital ou outros valores mobiliários emitidos por entidades não
residentes quando o pagamento dos respectivos rendimentos seja imputável a
estabelecimento estável situado em território moçambicano;
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Contudo, existem 3 excepções à regra, podendo o período de tributação, em determinadas
situações, ser:
Não coincidente com o ano civil;
Inferior a um ano;
Superior a um ano.
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Contudo, este limite poderá ser prorrogado mediante pedido fundamentado dirigido à
Administração Tributária.
2.9 ISENÇÕES
As isenções são excepções à regra de incidência, ou seja, só podem estar isentos os rendimentos
que integram as normas de sujeição e como tal assumem a natureza de benefício fiscal. Regra
geral, o efeito prático da não incidência e da isenção é o mesmo, porque não há tributação, mas
no caso dos rendimentos isentos, estes têm que ser declarados.
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2.9.1 Isenções estabelecidas no Código do IRPC
Isenções Pessoais.
São isentos deste imposto:
Estado;
As autarquias locais e as associações ou federações de municípios,
quando exerçam actividades cujo objecto não vise a obtenção do
lucro;
As instituições de segurança social;
As sociedades e outras entidades as quais se aplica o regime de
transparência fiscal;
As entidades de bem público, social ou cultural, devidamente
reconhecidas, quando estas não tenham por objecto actividades
comerciais, industriais ou agrícolas;
As associações de utilidade pública devidamente reconhecidas2 ou
as que prossigam predominantemente fins científicos ou culturais,
de caridade, assistência ou beneficência, relativamente à
exploração directa de jogos de diversão social3, bufetes,
restaurantes, creches e serviços similares, edição ou
comercialização de livros ou outras publicações que se destinem
exclusivamente a complementar a realização do seu objecto básico;
As cooperativas agrárias, de artesanato e culturais, em 50% da taxa
de IRPC;
Isenções Reais.
São isentos deste imposto, os seguintes rendimentos:
Os rendimentos derivados do exercício de actividades culturais,
recreativas e desportivas, sempre que tais rendimentos e o
património social se destinem aos fins de sua criação e em nenhum
caso se distribuam directa ou indirectamente entre os sócios;
Os rendimentos sujeitos ao Imposto Especial sobre o Jogo.
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2.10 REGIME DE TRANSPARÊNCIA FISCAL
O regime de transparência fiscal consiste, genericamente na imputação aos sócios dos
rendimentos obtidos por determinadas sociedades residentes em território moçambicano,
independentemente de ter havido ou não distribuição de lucros. Art.6 do CIRPC
As sociedades, abrangidas por este regime, apuram a matéria colectável de acordo com as regras
do Código do IRPC como qualquer outra sociedade, sendo essa matéria colectável depois
imputada a cada sócio, de acordo com a proporção que resulta do acto constitutivo das
sociedades, ou na falta desses elementos, em partes iguais. Sendo os sócios na maior parte dos
casos pessoas singulares, o montante a imputar será englobado no rendimento global como
rendimento líquido da 2ª categoria para efeitos de tributação em IRPS.
Assim, a obrigação de pagamento do imposto deixa de ser das referidas sociedades, recaindo
sobre as pessoas singulares ou colectivas que as constituam.
Refira-se que, apesar das sociedades ‘’transparentes’’ não serem tributadas em IRPC, excepto
quanto ao pagamento especial por conta (PEC) e nas situações de aplicação de tributação
autónoma continuam a ter obrigações declarativas, na medida em que é com base na declaração
de rendimentos que é determinada a matéria colectável que cabe a cada sócio.
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familiar1 ou cujo capital social pertença, em qualquer dia do exercício social, a um
número de sócios não superior a cinco e nenhum deles seja pessoa colectiva de direito
público.
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