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ÌNDICE

CAPITULO 1. INTRODUCÃO................................................................................................2
1.1 Contextualização................................................................................................................2
1.2 Objectivos..........................................................................................................................3
1.2.1 Objectivo geral............................................................................................................3
1.2.2 Objectivos específicos.................................................................................................3
1.3 Delimitação do tema...........................................................................................................3
1.4 Metodologia de investigação cientifica..............................................................................3
CAPITULO II. REVISÃO DE LITERATURA.......................................................................4
2.1 Demonstrações financeiras.................................................................................................4
2.1.2 Objectivo das demonstrações financeiras....................................................................5
2.1.2 Conjunto completo de demostrações financeiras.........................................................5
2.1.3 Demonstrações financeiras consolidadas.....................................................................6
2.1.4 Demonstrações financeiras separadas..........................................................................7
2.1.5 Apresentação das demonstrações financeiras..............................................................7
2.2 Estrutura e conteúdo das demonstrações financeiras..........................................................8
2.2.1 O balanço....................................................................................................................8
2.2.2 Demonstração de resultados........................................................................................8
2.2.3 Demonstração das variações no capital próprio...........................................................9
2.2.4 Demonstração de fluxos de caixa..............................................................................10
2.2.5 Notas explicativas......................................................................................................11
CAPITULO III. CONCLUSÃO..............................................................................................13

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Apresentação das demonstrações financeiras – ESEG - 2018
CAPITULO 1. INTRODUCÃO
1.1 Contextualização
Este trabalho de investigação cientifica com o tema apresentação das demonstrações
financeiras, surge no âmbito da avaliação na cadeira de Contabilidade Financeira I
lecionada no segundo ano dos cursos de AGE e CA na Escola Superior de Economia e
Gestão (ESEG).

Tem como objectivo apresentar a estrutura e análise das demonstrações financeiras de


acordo com o NCRF1 do PGC-NIRF do Sistema de Contabilidade de Moçambique,
objectivos esses que pretende atingi-los com o uso de uma linguagem simples, pratica e
objectiva, expondo com clareza os conceitos teóricos aqui abordados. O trabalho é de
caracter avaliativo, não obstante poderá servir de material de consulta e auxilio de
outros estudantes interessados em aprofundar mais a matéria em alusão.

O trabalho estará dividido em três capítulos, segundo o primeiro capitulo a introdução, o


qual se dedicara a contextualização do trabalho e apresentação dos objectivos do
mesmo. O segundo capitulo será a revisão da literatura, a qual fara a definição dos
conceitos chaves do trabalho e apresentara uma breve discussão sobre o tema em
abordagem, e por fim o terceiro e ultimo capitulo será dedicado a conclusão na qual os
autores (estudantes) apresentarão a sua reflexão pessoal sobre o tema.

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Apresentação das demonstrações financeiras – ESEG - 2018
1.2 Objectivos
1.2.1 Objectivo geral
 Desenvolver conhecimentos sobre a apresentação das demonstrações financeiras
segundo o PGC-NIRF.

1.2.2 Objectivos específicos


 Compreender o conceito de demonstrações financeiras;
 Identificar o objectivo das demonstrações financeiras;
 Enumerar e descrever as demonstrações obrigatórias de acordo com as normas
de contabilidade aplicáveis em Moçambique.

1.3 Delimitação do tema


Este trabalho de pesquisa falara de como são apresentadas as demonstrações financeiras
em Moçambique, segundo o PGC-NIRF.

1.4 Metodologia de investigação cientifica


Este trabalho de pesquisa quanto aos procedimentos técnicos usará uma pesquisa
bibliográfica, isto é, para a recolha e seleção de dados (informação) usara manuais
publicados por outros autores. E quanto a natureza a pesquisa será básica pois procura
desenvolver novos conhecimentos teóricos, e quanto a abordagem será uma pesquisa
qualitativa, pois não será empregue nenhum instrumento estatístico quantificador e
quanto ao método de abordagem usar-se-á o método dedutivo, ou seja, partira-se do
geral para estudar o particular.

CAPITULO II. REVISÃO DE LITERATURA


2.1 Demonstrações financeiras

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Apresentação das demonstrações financeiras – ESEG - 2018
Segundo o NCRF1 do PGC-NIRF no seu parágrafo 5, «as demonstrações financeiras
são uma representação estruturada da posição financeira e do desempenho financeiro de
uma entidade.» Para Lopes (2013, p.42) «procuram proporcionar informação de
natureza económica, financeira e fiscal que seja útil para a tomada de decisão.

E de acordo com Costa e Alves (2014, p.157) «as demonstrações financeiras


apresentadas periodicamente pelas empresas fazem parte da informação financeira em
sentido amplo.»

Costa e Alves ainda defendem que há autores que contestam a expressão demonstrações
financeiras (tradução literal de «financial statements), entendendo que seria preferível
utilizar «demostrações contabilísticas», outros ainda preferem as expressões «pecas
finais», «documentos de síntese» e «documentos de prestação de contas».

Ora vejamos, tratando-se de documentos onde se divulgam fundamentalmente questões


financeiras, entende-se que demonstrações financeiras seja a expressão mais adequada e
cada vez mais deve-se generalizar a sua utilização. Aliás o próprio legislador
moçambicano já consagrou a expressão em vários diplomas e no próprio (PGC-NIRF),
assim o designa.

No âmbito das demostrações financeiras o (PGC-NIR), no NCR1 no seu paragrafo 3 e 4


vem descrito que:

«As demonstrações financeiras com finalidades gerais (as «demonstrações financeiras»)


referem-se quer as demonstrações financeiras de uma única entidade (demonstrações
financeiras individuais), quer as demonstrações financeiras de um conjunto de entidades
(demonstrações financeiras consolidadas) e a sua preparação e apresentação visam as
necessidades comuns de informação de um conjunto alargado de utilizadores. Devem
ser preparadas e apresentadas pelo menos uma vez por ano.»

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2.1.2 Objectivo das demonstrações financeiras
Segundo o NCRF1 no seu paragrafo 5 «o objectivo das demonstrações financeiras e
proporcionar informação sobre a posição financeira e os fluxos de caixa de uma
entidade que seja útil a um conjunto alargado de utilizadores quando tomam decisões
económicas.»

As demonstrações financeiras visam suportar as mais diversas decisões empresariais das


quais se destacam

 Decidir quando comprar, deter ou vender um investimento com capital próprio;


 Avaliar a capacidade de a entidade solver os seus compromissos;
 Determinar a política de dividendos;
 Preparar as estatísticas nacionais e internacionais;
 Regular as actividades das entidades.

O suporte a estas decisões esta dependente do conhecimento numa base tempestiva do


posicionamento financeiro da entidade, do desempenho das suas actividades e das
alterações na sua posição financeira.

Na prossecução destes objectivos, devem as entidades, em função do seu nível de


normalização contabilística, preparar as seguintes demonstrações financeiras tal como
previsto no NCRF1: balanço, demonstração dos resultados, demostração das variações
no capital próprio, demostração de fluxo de caixa e notas explicativas.

2.1.2 Conjunto completo de demostrações financeiras


Como já tinha sido referido no ponto anterior e segundo o paragrafo 7 do NCRF1, «um
conjunto completo de demonstrações financeiras compreende:

a) Um balanço;
b) Uma demonstração dos resultados durante o período contabilístico;
c) Uma demonstração das variações no capital próprio;
d) Uma demonstração dos fluxos de caixa durante o período contabilístico;
e) Notas explicativas incluindo um resumo das politicas contabilísticas mais
significativas adoptadas e informação adicional;
f) Um balanço no inicio do período comparativo mais antigo, no caso de uma
entidade aplicar uma política contabilística retrospectivamente ou efectuar uma

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ré expressão ou classificação retrospetiva de itens das suas demonstrações
financeiras.

2.1.3 Demonstrações financeiras consolidadas


Demonstrações financeiras consolidadas são demonstrações financeiras de um grupo
apresentadas como as de uma única empresa. De acordo com Lopes at all (2013) “a
consolidação das demonstrações financeiras consiste em elaborar ao nível de grupo
económico, demonstrações como se de uma única entidade se tratasse.”

De acordo com o paragrafo 9 do NCRF1 do PGC-NIRF, uma empresa-mãe e


obrigada a preparar as demonstrações financeiras consolidadas excepto quando se
verificarem na integra as circunstancias seguintes:

a) a empresa-mãe for, ela própria, uma subsidiaria totalmente detida, ou uma


subsidiaria parcialmente detida por outra entidade e os seus detentores de
capital, incluindo os que não tem direito de voto, tiverem sido informados de
que a empresa-mãe não apresenta demonstrações financeiras consolidadas e
não se opuserem a situação

De acordo com Lopes at all (2013) as operações previas das consolidações das
demonstrações financeiras em termos práticos é conveniente elaborar um manual de
consolidação que devera incluir entre outros os seguintes aspectos:

 calendário das operações;


 regras relativas a definição do perímetro de consolidação;
 organograma do grupo;
 métodos de consolidação aplicáveis;
 plano de contas;
 procedimentos de homogeneização a nível de conversão cambial e
valorimetria (critérios de valorimetria da empresa-mãe);
 princípios contabilísticos seguidos pela empresa;
 data de resposta das demonstrações financeiras.

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Apresentação das demonstrações financeiras – ESEG - 2018
2.1.3.1 Vantagens das demonstrações financeiras consolidadas
As demonstrações financeiras consolidadas permitem uma visão conjunta da situação
económica financeira dos grupos, o que não é possível apenas com a utilização das
demonstrações financeiras individuais. Esse aspecto é importante para efeitos da analise
financeira e proporciona aos utilizadores das demonstrações financeiras informação
mais útil e adequada às suas necessidades para efeitos de tomada de decisão.

2.1.4 Demonstrações financeiras separadas

Demonstrações financeiras separadas são as que são apresentadas por uma empresa-mãe
uma investidora numa associada, em que os investimentos são contabilizados na base
dos resultados líquidos relativos das investidas.

De acordo com o paragrafo 11 do NCRF1 do PGC-NIRF, a preparação e apresentação


das demostrações financeiras consolidadas por uma empresa-mãe não dispensa essa
empresa-mãe de preparar e apresentar demonstrações financeiras individuais relativas à
sua actividade isoladamente considerada.

2.1.5 Apresentação das demonstrações financeiras


A apresentação das demonstrações financeiras tem a ver com a forma como os diversos
elementos (activos, passivos, capital próprio, rendimentos e gastos) são classificados
nas respectivas demonstrações financeiras tendo em conta que as transações e os
acontecimentos devem ser contabilisticamente tratados de acordo com a sua substancia
e realidade económica e não meramente de acordo com a sua forma legal (principio da
substancia de forma).

Segundo o paragrafo 12 do NCRF1 do PGC-NIRF “as demonstrações financeiras


devem apresentar apropriadamente a posição financeira, o desempenho financeiro e os
fluxos de caixa de uma entidade.” E no seu paragrafo 13 “uma entidade cujas
demonstrações financeiras cumpram com as disposições do PGC-NIRF, devem fazer
uma declaração explicita e incondicional nas notas explicativas sobre esse
cumprimento.”

Na apresentação das demonstrações financeiras as entidades devem cumprir as


seguintes características:

 Continuidade das operações;

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 Base contabilística do acréscimo;
 Materialidade
 Compensações;
 Frequência de relato;
 Informação comparativa.

2.2 Estrutura e conteúdo das demonstrações financeiras


2.2.1 O balanço
Segundo Lourenço et all (2015, p.38) «o balanço (ou demostração da posição financeira
na terminologia prevista nos IFRS) representa a posição financeira de uma entidade no
determinado momento.» Proporciona informação sobre os recursos económicos que a
entidade controla com vista a obtenção de fluxos de caixas futuros, sobre a estrutura das
fontes de financiamento de tais recursos, sua liquidez e solvência e sobre a sua
capacidade para se adaptar a alterações no meio envolvente em que opera.

O balanço inclui três categorias de elementos: activos, passivos e capitais próprios.

Activos – são os recursos económicos que a entidade controla como resultado de


acontecimentos passados, com vista a obter benefícios económicos futuros.

Passivos – são as obrigações presentes da entidade resultantes de acontecimentos


passados, cuja liquidação se espera que implique uma saída de recursos no futuro.

De acordo com o NCRF1 no seu parágrafo 33 «uma entidade deve apresentar no


balanço os activos e os passivos distinguidos entre correntes e não correntes.»

Capital próprio – representa o financiamento proporcionado pelos detentores de capital


e inclui, por um lado, o capital investido pelos sócios ou accionistas e, por outro lado, os
resultados gerados pela entidade que ainda não foram distribuídos a esses sócios ou
accionistas.

2.2.2 Demonstração de resultados


A demonstração de resultados proporciona informação sobre o retorno que uma
entidade obtém a partir dos recursos que controla, permitindo ao utilizador avaliar as
alterações potenciais nos recursos económicos da entidade, incluindo o risco de não

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Apresentação das demonstrações financeiras – ESEG - 2018
atingir um determinado nível de actividade, prever a sua capacidade de gerar fluxos de
caixa no futuro a partir dos recursos existentes e estimar a eficácia com que poderá
utilizar recursos adicionais.

De modo a atingir o objectivo de proporcionar informação sobre o desempenho


financeiro de uma entidade durante o período de relato, a demonstração de resultados
inclui duas categorias de elementos, os rendimentos e os gastos. A diferença dos
rendimentos e os gastos apresentados na demonstração dos resultados corresponde ao
resultado liquido do período.

Segundo o paragrafo 45 do NCRF1 do PGC-NIRF “uma entidade deve apresentar todos


os itens de rendimentos e gastos reconhecidos no período contabilístico, quer tenham
sido reconhecidos directamente em outras componentes do capital próprio.” E ainda no
paragrafo 47 “uma entidade pode apresentar a demonstração dos resultados quer por
natureza quer por funções.”

2.2.2.1Analise pelo método da natureza da despesa

Segundo o paragrafo 48 do NCRF1 do PGC-NIRF “uma entidade agrega as despesas de


acordo com a sua natureza (por exemplo, amortizações, compra de materiais, custo de
transporte, benefícios dos empregados e custos de publicidade) e não as imputa as
funções dentro da entidade.”

Neste método não há necessidade de classificação funcional das despesas, sendo por
isso mais simples.

2.2.2.2Analise pelo método da função da despesa

Neste método as despesas são classificadas como diz o próprio nome de acordo com a
sua função como parte de custo de vendas ou, por exemplo os gastos de distribuição ou
actividades administractivas.

Segundo o paragrafo 49 do NCRF1 do PGC-NIRF “este método pode proporcionar


informação mais relevante para os utilizadores do que o método da natureza da
despesa.”

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2.2.3 Demonstração das variações no capital próprio
A demonstração das alterações no capital próprio apresenta informação sobre as
alterações no capital próprio de uma entidade ocorridas durante o período que tenha
sido realizada com os detentores do capital¹ da entidade e também as que resultarem de
ajustamento associados a alterações de politicas e correção de erros.

Segundo o paragrafo 50 do NCRF1 do PGC-NIFR “As variações no capital próprio de


uma entidade entre o inicio e o fim de um período contabilístico de relato, reflectem o
aumento ou a redução dos activos líquidos dessa entidade durante esse período.”
Excepto quanto as variações que resultam de transações com detentores do capital (tais
como, contribuições do capital, recompra de ações próprias e dividendos) e quanto aos
gastos directamente relacionados com essas transações, variação no capital próprio
durante um período contabilístico representa o montante total de rendimentos de gastos,
incluindo os ganhos e as perdas, gerados pelas actividades da entidade durante esse
período.

De salientar que de acordo com as normas internacionais, os rendimentos e os gastos


reconhecidos directamente no capital próprio são apresentados na demonstração do
outro rendimento integral, pelo que já não são incluídos na demonstração das alterações
no capital próprio.

2.2.4 Demonstração de fluxos de caixa


Segundo o paragrafo 52 do NCRF1 do PGC-NIRF “A informação dos fluxos de
caixaproporciona aos utilizadores das demonstrações financeiras a base para avaliação
da capacidade da entidade para gerar caixa e equivalentes de caixa e das necessidades
da entidade em utilizar esses fluxos.” E ainda no paragrafo 5 “Uma demonstração de
fluxos de caixa, quando usada em conjunto com as restantes demonstrações financeiras,
proporciona a informação que permite aos utilizadores avaliarem as alterações nos
activos líquidos de uma entidade a sua estrutura financeira (incluindo a sua liquidez e
solvabilidade) e a sua capacidade para afectar as quantias e os períodos dos fluxos de
forma a adaptarem-se as alterações das circunstancias e as oportunidades.

2.2.4.1 Elementos da demonstração dos fluxos de caixa

De modo a atingir o objectivo de proporcionar informação sobre os fluxos de caixa de


uma entidade durante o período de relato, a demonstração dos fluxos de caixa inclui três

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categorias de elementos, os fluxos de caixa das actividades operacionais, os fluxos de
caixa das actividades de investimento e os fluxos de caixa das actividades de
financiamento.

Caixa e seus equivalentes

A caixa de uma entidade inclui o seu numerário e os seus depósitos bancários


imediatamente mobilizáveis. Os equivalentes a caixa são os investimentos de curto
prazo, altamente líquidos, que sejam prontamente convertíveis para quantias conhecidas
de dinheiro e que estejam sujeitos a um risco insignificante de alterações de valor.

Fluxos de caixa das actividades operacionais

Os fluxos de caixa das actividades operacionais são as entradas e as saídas de caixa e


seus equivalentes relacionadas com as actividades operacionais da entidade.

As actividades operacionais são definidas como aquelas que constituem o objecto do


negocio da entidade ou, não constituindo o seu objecto de negocio, não se podem
classificar nem como actividades de investimento nem como actividades de
financiamento.

Fluxos de caixa das actividades de financiamento

os fluxos de caixa das actividades de financiamento são as entradas e as saídas de caixa


e seus equivalentes relacionadas com as actividades de financiamento da entidade.

As actividades de financiamento são definidas como as actividades que tem como


consequência alterações na dimensão e na composição do capital próprio e nos
empréstimos obtidos pela entidade.

2.2.5 Notas explicativas


O anexo (ou notas, na terminologia prevista nas IFRS) apresenta por um lado,
informação sobre as politicas contabilísticas utilizadas na preparação das demonstrações
financeiras e, por outro lado, informação complementar tendo em vista uma melhor
compreensão da informação contida nas restantes demonstrações financeiras e

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informação adicional que permita uma melhor compreensão da situação económica e
financeira da entidade.

Segundo o paragrafo 54 do NCRF1 do PGC-NIRF “Uma entidade deve apresentar as


notas de uma forma sistemática tal como decorre do modelo apresentado no capitulo 1.6
do PGC-NIRF.” E ainda segundo o paragrafo 56 do NCRF1 do PGC-NIRF “Uma
entidade deve divulgar no resumo das politicas contabilísticas significativas a base ou
bases de mensuração usadas na preparação das demonstrações financeiras, e outras
politicas contabilísticas usadas que sejam relevantes para a compreensão das
demonstrações financeiras.”

E importante que os utilizadores estejam informados sobre as politicas contabilísticas


utilizadas na preparação das demonstrações financeiras uma vez que estas formam o
pressuposto em que se baseia esse conjunto de demonstrações financeiras.

Alem disso, o Anexo deve conter informação descritiva e mais detalhada sobre os
elementos incluídos no Balanco, na Demonstração dos resultados (e do outro
rendimento integral) , na demonstração das alterações de capital próprio e na
demostração do fluxo de caixa de modo a complementar a informação apresentada
nestas demonstrações financeiras.

O Anexo deve ainda incluir informação adicional necessária para uma apresentação
apropriada das demonstrações financeiras vistas como um lado.

Divulgação das politicas contabilísticas

De acordo com o paragrafo 56 do NCRF1 do PGC-NIRF, uma entidade deve divulgar


no resumo das politicas contabilísticas significativas a base ou as bases de mensuração
usadas na preparação das demonstrações financeiras e outras politicas usadas que sejam
relevantes para a compreensão das demonstrações financeiras.

E ainda no paragrafo 58 do mesmo dispositivo vem descrito que quanto a fontes de


incerteza nas estimativas, uma entidade deve divulgar informação sobre os pressupostos
utilizados em relação ao futuro e sobre as principais fontes de incerteza nas estimativas
efectuadas no fim do período contabilístico que tenham um risco significativo de
poderem vir resultar num ajustamento às quantias dos activos e passivos no período
seguinte.

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CAPITULO III. CONCLUSÃO
As demonstrações financeiras constituem uma representação da posição financeira e do
desempenho de uma entidade durante um certo período. O conjunto completo de
demonstrações financeiras inclui uma demonstração que proporciona sobre a posição
financeira da entidade no fim do período de relato (balanco) duas demonstrações
financeiras que proporcionam informação sobre variações económicas que ocorrem
durante o período de relato (demonstração dos resultados e demonstração das alterações
no capital próprio) uma demonstração com informação sobre as variações monetárias
que ocorrem durante o período de relato (a demonstração dos fluxos de caixa) e uma
demonstração de natureza geral que complementa a informação apresentada nas
restantes demonstrações financeiras as notas explicativas.

Sendo demonstrações financeiras um conjunto de documentos que proporcionam


informação integral sobre a posição financeira e o desempenho de uma entidade, e
possível identificar alguns elos de ligação entre esses documentos.

O resultado liquido do período e o elemento que funciona como elo de ligação entre três
demonstrações financeiras, a demonstração de resultados, a demonstração das alterações
do capital e o balanco. O total de caixa no fim do período permite também fazer ligação
entre a demonstração dos fluxos de caixa e o balanco.

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Apresentação das demonstrações financeiras – ESEG - 2018
Referencias bibliográficas

AZEVEDO, Marcelo Cardoso de. Estrutura e Analise das Demonstrações


Financeiras. Editora Alínea: Campinas, SP, 2013.

COSTA, Carlos Baptista; ALVES, Gabriel Correia. Contabilidade Financeira. 4ᵃ


Edição. Letras e Conceitos, Lda, 2001.

COSTA, Carlos Baptista; ALVES, Gabriel Correia. Contabilidade Financeira. 9ᵃ


Edição. Letras e Conceitos, Lda, 2014.

LOURENCO, Isabel Costa et all. Fundamentos de Contabilidade Financeira: teoria


e casos. Edições Sílabo, Lda: Lisboa, 2015.

LOPES, Carlos Rosa at all. Manual de Contabilidade: teoria e casos práticos.


Escolar editora: Lisboa, 2013.

Plano Geral de Contabilidade para Empresas de Grande e media dimensão (PGC-


NIRF). Sistema de Contabilidade em Moçambique. Escolar Editora, 2009.

SCHRICKEL, Wolfgang Kurt. Demonstrações Financeiras: abrindo a caixa preta:


como interpretar balancos para a concessão de empréstimos. Atlas: São Paulo,
1997.

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ANEXOS
Modelo de demonstrações financeiras-balanço

Activos Notas Período n Período n-1


Activos não correntes
Activos tangíveis
Activos tangíveis de investimento
Goodwill
Activos intangíveis
Activos biológicos
Investimento em associadas
Outros activos financeiros
Activos por impostos diferidos
Activos não correntes detidos para a
venda
Activos correntes
Inventários
Activos biológicos
Clientes
Outros activos financeiros
Outros activos correntes
Caixa e bancos
Total dos activos
Capital próprio e passivos
Capital social
Reservas
Resultados transitados
Outras componentes do capital próprio
Resultado liquido período
Interesses minoritários
Total do capital próprio
Passivos não correntes
Provisões
Empréstimos obtidos
Outros passivos financeiros
Passivos por impostos diferidos
Outros passivos não correntes

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Passivos correntes
Provisões
Fornecedores
Empréstimos obtidos
Outros passivos financeiros
Impostos a pagar
Outras contas a pagar
Total dos passivos
Total do capital próprio e dos passivos

Modelo das demonstrações financeiras-demonstração de resultados por natureza

Notas Período n Período n-1


Vendas de bens e serviços
Variação da produção e de trabalho em curso
Investimentos realizados pela própria empresa
Custo dos inventários vendidos e consumidos
Custos com o pessoal
Fornecimentos e serviços de terceiros
Amortizações
Provisões
Ajustamentos de inventários
Imparidade de contas a receber
Imparidade dos activos tangíveis e intangíveis
Outros ganhos e perdas operacionais

Rendimentos financeiros
Gastos financeiros
Ganhos/perdas imputados de associadas
Resultados antes do imposto

Impostos sobre o rendimento


Resultado do período das operações
continuadas

Resultado liquido das operações


descontinuadas
Resultado liquido do período

Resultados líquidos do período atribuídos a:


Detentores do capital da empresa-mãe
Interesses minoritários

Resultados por accão

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Modelo de demonstrações financeiras-demonstração dos resultados por funções

Notas Período Período n-1


n
Vendas de bens e serviços
Custo das vendas de bens e serviços
Resultado bruto

Outros rendimentos
Gastos de distribuição
Gastos administrativos
Rendimentos/gastos financeiros
Outros ganhos/perdas operacionais
Ganhos/perdas imputados de associadas
Resultados antes de impostos

Imposto sobre o rendimento


Resultados do período das operações continuadas

Resultado liquido das operações descontinuadas


Resultado liquido do período

Resultado liquido das operações atribuídos a:


Detentores do capital da empresa-mãe
Interesses minoritários

Resultados por acçao

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Modelo de demonstrações financeiras-demonstração de fluxos de caixa método
directo

Nota Período n Período n-1


s
Fluxos de caixa das actividades operacionais
Recebimento de clientes
Pagamentos a fornecedores
Pagamentos ao pessoal

Pagamentos/recebimentos dos impostos sobre o rendimento


Outros pagamentos/recebimentos operacionais
Caixa liquida gerada pelas actividades operacionais
Fluxos de caixa das actividades de investimento
Pagamentos respeitantes a:
Aquisição de activos tangíveis
Aquisição de activos intangíveis
Aquisição de outros investimentos
Recebimentos respeitantes a:
Venda de activos tangíveis
Venda de activos intangíveis
Venda de outros investimentos
Subsídios ao investimento
Juros e rendimentos similares
Dividendos
Outros recebimentos
Caixa liquida usada nas actividades de
investimento
Fluxos de caixa das actividades de financiamento
Recebimento respeitante a:
Empréstimos e outros financiamentos obtidos
Realização de aumentos de capital social e de
outras contribuições dos sócios

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Cobertura de prejuízos pelos detentores de capital
Doações
Outras operações de financiamento
Pagamentos respeitantes a:
Reembolso de empréstimos e outros
financiamento
Juros e gastos similares
Dividendos
Reembolso de capital social e de outras
contribuições sociais
Outras operações de financiamento
Caixa liquida usada nas actividades de
financiamento obtidos
Variação de caixa e equivalente de caixa
Caixa e equivalente de caixa no inicio do período
Caixa e equivalente de caixa no fim do período

Modelo das demonstrações financeiras-demonstração de fluxos de caixa método


indirecto

Notas Período Período n-1


n
Fluxos de caixa das actividades operacionais
Resultado liquido do período
Ajustamentos ao resultado relativos a:
Amortizações
Imparidade
Justo valor
Provisões
Ajustamentos
Juros e similares (líquidos)
Mais ou menos valias na venda da activos tangíveis e
intangíveis

Aumento/redução de activos biológicos


Aumento/redução de inventários
Aumento/redução de clientes e outras contas a receber
Aumento/redução de outros activos correntes
Aumento/redução de fornecedores
Aumento/redução de outros credores e contas apagar
Aumento/redução de outros passivos correntes
Caixa liquida geradas pelas actividades
operacionais
Fluxos de caixa das actividades de investimento
Pagamentos respeitantes a:
Aquisição de activos tangíveis e intangíveis
Aquisição de outros investimentos
Recebimentos respeitantes a:
Venda de activos tangíveis e intangíveis
Venda de outros investimentos

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Subsídios ao investimento
Juros e rendimentos similares
Dividendos
Outros recebimentos
Caixa liquida usada nas actividades de investimento
Fluxos de caixa das actividades de financiamento
Recebimentos respeitantes a:
Empréstimos e outros financiamentos obtidos
Realização e aumento de capital social e de outras
contribuições sociais
Cobertura de prejuízos pelos detentores de capital
Doações
Outras operações de financiamento
Pagamentos respeitantes a:
Reembolso de empréstimos e outros financiamentos
obtidos
Juros e gastos similares
Reembolso de capital social e de outras
contribuições dos sócios
Outras operações de financiamento
Caixa liquida usada nas actividades de
financiamento
Variação de caixa e equivalente de caixa
Caixa e equivalente de caixa no inicio do
período
Caixa e equivalente de caixa no fim do periodo
Caixa e equivalente de caixa no fim do periodo

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