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UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE ECONOMIA E GESTÃO

CURSO DE LICENCIATURA EM CONTABILIDADE E AUDITORIA

A Normalização Contabilística

QUELIMANE
2023
A Normalização Contabilística

Docente:
Dr. Rui Salato

QUELIMANE
2023
Índice

1. Introdução................................................................................................................................2
1.1. Objectivos.............................................................................................................................2
1.1.1. Geral..................................................................................................................................4
1.1.2. Específicos.........................................................................................................................4
1.2. Metodologia..........................................................................................................................4
2. A Normalização Contabilística................................................................................................4
2.1. Contextualização...................................................................................................................4
2.2. Definição ..............................................................................................................................4
2.3. A Necessidade de Normalização Contabilística...................................................................4
2.4. Diversidade dos Sistemas Contabilísticos.............................................................................4
2.5. Normalização no Seio do IASC............................................................................................4
2.6. A Rápida Aproximação à Normalização do IASC...............................................................4
2.7. Desenvolvimentos na União Europeia..................................................................................4
2.8. A Crescente Importância do IASC........................................................................................4
3. Normalização Contabilística em Moçambique........................................................................4
4. Conclusão.................................................................................................................................4
5. Bibliografia..............................................................................................................................4
1. Introdução …4

1.1. Objectivos…5

1.1.1. Objectivo Geral…5

1.1.2. Objectivos específicos…5

1.2. Metodologia…5

2. Hermenêutica Jurídica…6

2.1. Interpretação Jurídica…6

2.2. Distinção Entre Hermenêutica e Interpretação…8

2.3. Problemas da Interpretação Jurídica: Vaguidade e Ambiguidade…8

2.6. Quais as Normas Jurídicas Sujeitas à Interpretação?....9

2.7. Quem Deve Fixar as Regras de Interpretação?....10

2.8. Regras de Interpretação…10

2.8.1. As Regras Legais de Interpretação….10

2.8.2. Regras Científicas de Interpretação….11

2.8.3. Regras da Jurisprudência para Interpretação Jurídica….12


1. Introdução

A globalização dos negócios, dos mercados de capitais e internacionalização de actividades,


como tendências económicas gerais, tem sido motivos que justificam a evolução da maioria
das matérias de natureza económica financeira e, também, contabilísticas. A adoção de
práticas contabilísticas diferentes em cada Pais, torna o processo de comparação dos relatos
financeiros de diferentes Países, uma tarefa difícil e acarretando elevados custos para as
multinacionais que são obrigadas a preparar várias demonstrações financeiras quanto ao
número de países que opera. É dentro deste contexto que o presente trabalho pretende
Perscrutado o processo de harmonização contabilística internacional, até a sua adoção em
Moçambique.
1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo Geral

 O objectivo geral deste trabalho é de fazer uma abordagem sobre o surgimento e a


evolução da harmonização contabilística internacional até a fase de Moçambique.

1.1.2. Objectivos específicos

 Descrever as diversas fases do processo de harmonização contabilística;


 Descrever as vantagens da harmonização contabilística;
 Intender como processo de normalização contabilística contribui de forma positiva
para as empresas;
 Fazer um breve estudo sobre a normalização contabilística em Moçambique

1.2. Metodologia

Metodologicamente, a compilação do trabalho recorreu-se a consulta bibliográfica.


Parafraseando Pillet (1996 p.190) consulta bibliográfica é o método mais exaustivo que
consiste na análise de várias obras e o seu cruzamento de fontes para a concretização do tema
em estudo, a fim de ter uma defesa científica do seleccionado.
I. A Normalização Contabilística

2.1 Contextualização

Em matéria contabilística, normalizar significa que as operações ou transações realizadas tem


de ser relevadas em contas cuja definição, codificação, regras de movimentação e de
valorimetria estejam previamente definidas, sendo sintetizadas, apresentadas e divulgadas em
modelos com formatos normalizados.

Dentro desta perspetiva a teoria de contabilidade, designada de teoria normativa, tem como
objectivo estabelecer regras que conduzam à elaboração das demonstrações financeiras de
forma que estas proporcionarem a melhor medição e representação possíveis para os
resultados e situação financeira da empresa. Antes da existência do Plano Geral de
Contabilidade e de outros instrumentos de normalização contabilística, as empresas, em cada
um dos seus sectores, organizavam o seu plano de contas de acordo com as suas necessidades
e conhecimentos relativamente à organização.

2.2 Definição

Normalização contabilística referese portanto, a um conjunto de princípios, procedimentos e


critérios que devem ser uniformemente seguidos, no que diz respeito nomeadamente a
terminologia, âmbito e movimentação das contas, valorização dos elementos patrimoniais,
determinação dos resultados e apresentação das contas.

III. A NECESSIDADE DE NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA

A informação financeira que é preparada para acionista e os demais interessados da


informação financeira, é preparada em conformidade a um conjunto de princípios e
procedimentos que variam de pais para pais, e por consequência deste fenómeno, acontece a
ausência de comparabilidade dos diversos relatos financeiros entre os países, o que leva as
seguintes consequências:

a) Elevado custo na elaboração da informação financeira, uma vez que uma


multinacional é obrigada a preparar tantas demonstrações financeiras quanto ao
número de países que opera;
b) Os investidores e outros utentes da informação financeira, têm de conviver com as
diferenças dos relatos financeiros em cada pais, principalmente quando pretendem
analisar determinado sector de atividade à escala internacional, incorrem em despesas
extra de análise com as consequências negativas a elas associadas. Por exemplo,
podem não se aperceber de investimentos potencialmente lucrativos, uma vez que não
compreendem ou não confiam na informação financeira que lhes está associada; ou, ao
não se darem conta da natureza das diferenças contabilísticas, podem vir a tomar
decisões financeiras pouco corretas.

Em virtude de todas estas dificuldades inerentes ao processo de análise económico-financeira,


a concorrência entre os mercados de capitais mundiais é prejudicada e as empresas poderão
ter de suportar elevados custos de capital, em resultado das dificuldades criadas em torno da
compreensão da sua real situação económica e financeira. Mais ainda, a credibilidade da
informação financeira é posta em causa se uma empresa relatar diferentes resultados em
diferentes países, para o mesmo conjunto de transações.

Por tudo isto, o número de interessados numa efetiva harmonização contabilística é cada vez
maior sendo de destacar a Interenational Accouting standard Commite (IASC), as empresas
multinacionais, as instituições financeiras de grande dimensão e diversas organizações.

Segundo BELKAOUI (1992:480) a harmonização contabilística, trairá várias vantagens,


em primeiro lugar, para muitos países que ainda não tem um adequado conjunto de normas de
contabilidade e auditoria, a adoção de normas internacionais não só iria eliminar os custos de
se fazer um processo completo de normalização contabilística, porque o processo de
concepção, promulgação e imposição de normas contabilísticas envolve custos consideráveis,
mas também, permite que os países façam parte da tendência contabilística dominante.

Em segundo lugar, com a crescente internacionalização das economias mundiais e o aumento


da interdependência entre nações, a harmonização contabilística facilita as transações
internacionais, a fixação de preços e as decisões de afetação dos recursos económicos,
tornando os mercados financeiros internacionais mais eficientes. Por último, com a
necessidade das empresas aumentarem o seu capital através da emissão de acções ou
obrigações, os fornecedores de capital baseiam-se na informação financeira proporcionadas
pelas empresas para a tomada de melhores decisões de investimento e financiamento, e os
mesmos mostram uma tendência na preferência de relatos financeiros comparáveis.

IV. DIVERSIDADE DOS SITEMAS CONTABILISTICOS


Antes de procurar compreender os esforços e as consequências envolvidas no processo de
harmonização das demonstrações contábeis em nível mundial, impera que se entendam os
aspectos que fazem com que a contabilidade praticada por um país seja diferente da de outro.

As Normas contabilísticas de determinado país são influenciadas por uma multiplicidade de


factores. Os procedimentos contabilísticos são resultantes de vários factores envolventes,
como acultura, os sistemas político, religioso e económico, do país onde são postos em
prática.

Para NOBRES (1996b), possivelmente, umas das principais causas das diferenças
contabilísticas a nível internacional, deve-se a variação no método predominante de
financiamento das empresas. Nos Estados Unidos da América (EUA) e o Reino Unido, os
grandes financiadores das empresas são os acionistas, pelo que, toda a informação financeira
está orientada para o investidor bolsista, que não tendo acesso a informação interna da
empresa, pressionou a sua divulgação pública. Tal facto fez desenvolver as práticas
contabilísticas nestes países, como sejam, a consolidação de contas, a demonstração dos
fluxos de caixa, o relato financeiro intercalar, e a informação financeira segmentada.

Enquanto, noutros países como Alemanha, Franca, Itália e Japão, os financiamentos são
grande parte feitos pelos Bancos e pequenos grupos financeiros familiares. Nestes Países, os
investidores privados, assim como a necessidade de publicação e auditoria das contas, tem
pouca importância. Uma vez que muitas empresas são dominadas pelas seguradoras, Bancos,
pelo Estado ou por famílias de proprietários, estes não necessitam de informação financeira
detalhada, na medida em que sendo detentores de capital da empresa, pertencem à sua
administração, ou seja, são simultaneamente preparadores e utilizadores da informação
financeira.

Nobres (1996b), acrescenta que outra causa responsável para os desequilíbrios a nível
internacional, é a influência da fiscalidade na contabilidade, uma vez que, as regras fiscais
sobrepõem-se às contabilísticas, obrigando as empresas a registar os custos e proveitos de
acordo com as primeiras, verificando-se em alguns casos a subversão na aplicação dos
Princípios De Contabilidade Geralmente Aceites (PCGA), de tal forma que a informação
financeira permita determinar o montante de imposto a pagar pela empresa.

Nos EUA e no Reino Unido, o relato financeiro foi concebido, a prior, no sentido de ser útil
para os mercados de capitais e não para efeitos de determinação da matéria calcetável das
empresas. Existe aqui um alto grau de separação entre as normas contabilísticas e fiscais.
Nestes Países, o principal objectivo do relato financeiro é o de fornecer uma imagem
verdadeira e apropriada da posição financeira da empresa e dos resultados das operações por
ela efetuadas e, nessa medida, os critérios fiscais não devem interferir na obtenção dessa
mesma informação. Por conseguinte, nestes países o resultado fiscal acabará por usar, como
ponto de partida, o resultado contabilístico, introduzindo-lhe as correções extra -
contabilísticas tidas como necessárias, emface das exigências próprias do sistema tributário.

Os utentes da informação financeira, em países como os Estados Unidos da América e o


Reino Unido, esperam obter uma imagem verdadeira e apropriada dos resultados e da posição
financeira da empresa, que os ajude na tomada de decisões económicas e financeiras. Pelo
contrário, em muitos outros países, o objectivo é o de assegurar a existência de uma
contabilidade prudente com vista à proteção dos credores e/ou propiciar uma contabilidade
uniforme que sirva de base à função tributária.

V. NORMALIZAÇÃO NO SEIO DO IASC

Por forma a alcançar uma desejável harmonização contabilística, a União Europeia, adotou
um processo governamental, envolvendo representantes dos diferentes Estados Membros que
preparam projectos de lei para o uso das normas, Trata-se de um sistema contabilístico
suportado pelo poder político, dotado de autoridade normativa, e de comprimento obrigatório.

Diferentemente da metodologia seguida na União Europeia, o IASC procura alcançar o seu


objectivo de homogeneização da informação financeira através da normalização das práticas
contabilísticas. Dada a falta de capacidade coercitiva do IASC para impor as suas normas, à
medida que os profissionais vão aceitando as normas, num processo cada vez mais
generalizado dada a vocação internacional da contabilidade, podemos dizer que esta
interiorização tem constituído a base para a internacionalização das mesmas.

As pressões exercidas pelas empresas multinacionais e pelas empresas de auditoria, no sentido


de uma harmonização contabilística à escala internacional, conduziram à criação, em 1973, do
IASC. Constituído por associações de profissionais de vários países, que desenvolveu um
modelo de harmonização caracterizado por:

 Envolver a profissão e não os governos;


 Estabelecer normas de aceitação voluntária e não leis;
 Utilizar uma estrutura conceptual, onde predomina a substância sobre a forma e a
divulgação da informação financeira ao invés de a ocultar;
 Ter como objectivo o de proporcionar, aos mercados financeiros, informação
verdadeira e apropriada, motivado pela preocupação fundamental de auxiliar
investidores e financiadores na tomada das suas decisões económicas e financeiras.

Atentos ao facto de existirem em diferentes países formas diversas de tratar


contabilisticamente uma mesma matéria e que muitas jurisdições nem sequer ainda abordaram
muitas áreas contabilísticas, o IASC optou por uma estratégia multifacetada, desenhada para
servir uma audiência tanto mais vasta quanto possível. Assim, por forma a dar continuidade
aos seus objectivos a IASC, optou pelas seguintes medidas:

 Persuadir os seus membros a convidar o IASC sempre que dois ou mais países, que
não partilhem da mesma legislação, se proponham a discutir sobre princípios
contabilísticos;
 Encorajar os países que não tenham normas contabilísticas próprias a adoptar as do
IASC como normas nacionais do país;
 Convidar outros países que, apesar de terem normas próprias, carecem de
regulamentação em certos assuntos particulares, a adoptar as soluções do IASC como
a base para a emissão de normas nacionais nessa matéria em concreto; garantem, desta
forma, um certo nível de qualidade e compatibilidade para aquela norma em
particular, reduzindo, simultaneamente, tanto o tempo como os custos de
desenvolvimento necessários à produção da mesma;
 Sugerir aos países que já têm normas de contabilidade a necessidade de as comparar
comas normas internacionais com vista a eliminar qualquer diferença significativa;
 Esforçar-se por demonstrar àqueles países, que têm a estrutura das suas práticas
contabilísticas definidas na lei, os benefícios de uma harmonização com as normas
internacionais de contabilidade;

VI. A RÁPIDA APROXIMAÇÃO À NORMALIZAÇÃO DO IASC

6.1 Desenvolvimentos na União Europeia

Durante muitos anos, a União Europeia viu o IASC como um rival em termos de
normalização contabilística, porque as filosofias destes dois organismos são bastante
diferentes. Em particular, a União Europeia sentiu que não podia apoiar-se as normas emitidas
por um organismo do sector privado, sem qualquer autoridade legal explícita. No início de
1995, a Comissão Europeia ainda colocava as hipóteses de constituir um organismo
normalizador europeu, sob o seu controlo, ou alargar o âmbito das diretivas, opção esta que
atingir resultados satisfatórios tendo atingido um certo grau de harmonização, em particular:

 A redução da variedade de formatos das demonstrações financeiras, sem no entanto


conseguir a sua eliminação para apenas um;
 Aumento das divulgações e a exigência de auditorias às contas das empresas;
 A obrigatoriedade de elaborar demonstrações financeiras consolidadas em toda a
União Europeia, situação rara, ou praticamente inexistente, em muitos países
comunitários, no início da década de oitenta.

Apesar dos seus esforços não conseguiram harmonizar as práticas contabilísticas dos países
comunitários, pois sua norma contabilística de referência, a 4ª directiva, contém uma grande
quantidade de opções que, por um lado, se torna necessário reduzir por forma a melhorar a
comparabilidade, mas, por outro, parece improvável de ser conseguido pois dificilmente se
chegaria a um consenso com vista à sua aceitação. E ainda que tal fosse possível, os prazos de
negociação e transposição das normas são bastante alargados e os problemas atuais requerem
soluções a curto prazo.

Na Europa, as directivas comunitárias obrigam à elaboração e divulgação da informaçãofinan


ceira, mas apesar da consistência do aspecto exterior, permanecem diferenças que
comprometem de forma substancial a transparência e comparabilidade da informação. A
implementação de reformas tem, por isso, carácter de urgência, na medida em que, se tal não
acontecer, as inconsistências continuarão e o relato financeiro europeu permanecerá
fragmentado, impedindo, desta forma, o desenvolvimento de um eficiente e competitivo
mercado de capitais europeu.

Consequentemente a União Europeia, através de uma comissão, na sua estratégia


contabilística de 1995, expressou a sua preferência pelas IAS, tendo, desde então, apoiado os
esforços conjuntos do IASC e da IOSCO com vista à criação de um único conjunto de normas
de relato financeiro a dar cumprimento por parte das empresas cotadas, ou que pretendam ser
admitidas à cotação, em qualquer praça financeira do globo.

Na opinião da Comissão, o sucesso desta estratégia é fundamental para o alcançar


do importante objectivo de implementar, no espaço europeu, um eficiente e competitivo
mercado de capitais, o qual necessita de um relato financeiro comparável e reconhecido
internacionalmente, assente num normativo transparente, compreensível, corretamente
auditado e de aplicação generalizada.

6.2. A Crescente Importância do IASC principais países

A profissão contabilística desde há muito que reconheceu a necessidade de ter uma estrutura
harmonizada à escala global. Há mais de vinte e sete anos, a profissão contabilística tomou a
iniciativa de constituir o International Accounting Standards Committee (IASC) e
o International Federation of Accountants (IFAC), com o intuito de produzir uma orientação
em resposta às cada vez maiores exigências da comunidade empresarial. São estes dois
organismos que estão incumbidos de desenvolver normas internacionais harmonizadas para a
preparação e verificação da informação das organizações.

Segundo NOBES (1996) refere que, primeiramente, o IASC era visto como uma arma
inofensiva pelos principais países anglo -saxónicos, embora muitos países da Europa Conti-
nental o encarassem como um “Cavalo de Tróia”, que escondia o inimigo contabilístico
anglo-saxónico dentro de uma fachada internacional respeitável, mas toda esta situação
começou a mudar à medida que a IASC atingia a sua maturidade.

Segundo (NOBES, 1996), O IASC já fez consideráveis progressos na senda da sua aceitação
mundial, sendo de destacar os seguintes:

 As normas contabilísticas, num número cada vez maior de países, baseiam-se


fortemente, ou até mesmo na sua totalidade, nas IAS;
 Várias grandes empresas alemãs (e.g. Bayer, Deutsche Bank ) começaram a utilizar as
IASC na preparação das suas contas consolidadas, juntamente com, ou em alternativa,
às normas alemãs;
 IOSCO e IASC anunciaram planos para a elaboração de um corpo de normas para
todo o mundo;
 A União Europeia abandonou o seu propósito de elaborar um conjunto normativo
próprio passando a alinhar na normalização contabilística do IASC;
 Os organismos de normalização anglo-saxónicos passaram a coordenar as suas
actividades na tentativa de evitar e eliminar diferenças existentes;
 O IASC tentou colocar-se à frente dos organismos de normalização nacionais na
resolução de problemas contabilísticos novos, designadamente na área dos
instrumentos financeiros, por forma a prevenir antecipadamente diferenças
internacionais

VII. NORMALIZAÇÃO CONTABILISTICA EM MOÇAMBIQUE

O actual modelo de normalização contabilística nacional para as empresas comerciais,


industriais e outras (que não estejam no ramo de seguros e bancário), foi introduzido com
a publicação do Decreto n.º 36/2006, de 21 de Setembro, que aprova o Plano Geral deContabi
lidade. O referido plano é a aplicação obrigatória nos seus vários aspectos, nomeadamente
código e modalidades de funcionamento de contas, terminologia, critérios valorimétricos,
entre outros.

A competência para a alteração de quaisquer elementos do Plano Geral de Contabilidade bem


como a regulamentação sobre aspectos relativos à sua interpretação e aplicação foi atribuída
ao Ministério da Finanças.

Em Moçambique o Plano Geral de Contabilidade constitui a peca mais importante da


normalização contabilística e tem por objectivo a normalização da contabilidade das empresa,
assegurando a homogeneidade do sistema de informação e controlo económicos necessários à
direcção da economia nacional. O plano Geral de contabilidade estabelece:

 Um código de contas;
 Uma terminologia;
 Modalidades e funcionamento das contas;
 Critérios valorimétricos;
 Métodos gerais de determinação dos resultados
 Modelos de elaboração de balanços e de demonstrações financeiras.
CONCLUSÃO

A contabilidade é a linguagem dos negócios, é uma ferramenta que pretende ser útil no
processo de tomada de decisão dos seus usuários. Ocorre que o processo de comunicação dos
seus relatórios com esses usuários fica dificultado pela existência de diferenças em seus
modelos internacionais

Analisando-se o processo de harmonização contabilística, depreende-se que o mesmo tem


como maiores benefícios: a facilidade proporcionada às companhias que pretenderem se
capitalizar no mercado de capitais internacional; a redução dos custos envolvidos com a
migração de um sistema contabilístico para outro, afetando empresas multinacionais que
possuam subsidiária sem diversos países; redução de custos para a realização de trabalhos de
auditoria; além da já mencionada comparabilidade das informações contabilísticas.

Foi possível também verificar que Moçambique não ficou detrás no processo da normalização
contabilística pro forma a seguir as tendências de relato financeiro usadas a nível
internacional, com a introdução do Plano Geral de Contabilidade, aprovado pelo Decreto n.º
36/2006, de 21 de Setembro.
BIBLIOGRAFIA

1.IUDÍCIBUS, S. (1989), Teoria da Contabilidade, 2ª Edição, 2ª tiragem, Atlas, São Paulo.

2.INSTITUTO DE AUDITORES INDEPENDENTES DO BRASIL – IBRACON. NPC


nº20. Disponível em <http://www.portaldecontabilidade.com.br/ibracon/npc20.htm>.Acesso
em 26 Setembro de 2009;

3.BELKAOUI, A. R. (1992), Accounting Theory, 3rd Edition, The Dryden Press,


Londres.Disponível em <http://books.google.co.mz/books?id=fE9STcvKw-
QC&printsec=frontcover&dq=2.%09BELKAOUI,+A.+R.+(1992),+Accounting+Theory,
+3rd+Edition,
+The+Dryden+Press&hl=en&sa=X&ei=LElMUveQMIXTsgbUt4GgAw&redir_esc=y#v=one
page&q&f=false htm>. Acesso em 26 Setembro de 2009.

4.NOBES, Christopher (1996b), International Guide to Interpreting Company Accounts1996-


97, FT Financial Publishing, Pearson Professional Limited, Londres Disponivel
em<http://books.google.co.mz/books?id=6BybXwAACAAJ&dq=NOBES,
+Christopher+(1996b),&hl=pt-
PT&sa=X&ei=2klMUrCiFqWm0QXv24HABw&ved=0CCwQ6AEwAA,Acesso em 22
Setembro de 2009;

5. Plano Geral de Contabilidade, aprovado pelo Decreto n.º 36/2006, de 21 de Setembro.

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