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1.

Introdução

Para entender melhor sobre economia, é preciso conhecer a Lei de Say, uma das principais
teorias desta área. Mais conhecida por Lei da Oferta e da Demanda, Lei dos Mercados ou
ainda Lei de Mercado de Say, ela é o ponto de partida para a maioria dos estudos sobre
economia.

Segundo a Lei de Say, de maneira bastante resumida, o preço de produtos e serviços


dependem de dois fatores: a demanda do consumidor e a disponibilidade do próprio
produto.
2. A Escola Clássica – Jean Baptiste Say

Nascido em 1767, o economista cresceu em meio à expansão dos ideais do iluminismo. Ele
trabalhou boa parte de sua vida em jornais liberais na França e difundindo ideias de Adam
Smith, que conhecera em uma viagem à Inglaterra. A sua obra é optimista, talvez pela
situação da França, com maior abundância de terras e maior divisão da propriedade do que
a da Inglaterra de Ricardo e Malthus.

Após esse período, se dedicou à indústria têxtil, trabalhando como empreendedor até a
metade final de sua vida. Foi nessa época que teorias, como a Lei de Say, foram
desenvolvidas, e que as suas principais obras foram publicadas, entre elas o “Tratado de
Economia Política”, de 1803.

Sua contribuição mais reconhecida, a Lei de Say, foi a primeira a considerar oferta e
demanda como operadores da economia. Ela tornou mais simples conceitos como a própria
mão invisível do mercado, cunhada pelo próprio Adam Smith. Por meio da lei dos
mercados, se entendeu melhor como funcionava a oferta e demanda na sociedade.

3. Lei de Say: o que é e como funciona?

Com tantas nomenclaturas diferentes, é possível que já conheça a Lei de Say, mas nunca a
tenha conhecido por esse nome. Seu propósito é simples e estudado até hoje em cursos de
Economia e Administração.

Ela procura fazer a relação entre a capacidade de oferta e demanda do mercado na


totalidade. Isso não se refere apenas às relações comerciais entre as empresas, mas também
com o público: a Lei de Say está presente tanto nas grandes transações corporativas quanto
nas compras de mês.

A teoria do economista Jean-Baptiste Say, autor da lei que leva o seu nome, estabelece que
somos capazes de consumir apenas quando conseguirmos produzir algo de valor
equivalente com o nosso trabalho.

O conceito funciona estabelecendo a interdependência da sociedade. Você sabe como


produzir energia elétrica? Como produzir alimentos ou tornar a água potável? Alguém ou
alguma empresa sabe, mas ela te fornece esses mantimentos caso também produza algo de
valor.

Se é um programador, provavelmente, produz valor ao desenvolver aplicações para


computadores ou smartphones, por exemplo. Para fazer essa troca, usamos o dinheiro. Ele
é a medida adotada para parametrizar o valor do seu trabalho e o custo de consumo do que
precisa para viver.

4. Como surgiu a Lei de Say?

Assim como o Liberalismo Econômico, a Lei de Say foi desenvolvida no século XVIII, em
meio à difusão do Iluminismo. Esse movimento social foi um dos maiores responsáveis
pela mudança nas sociedades no mundo, e até hoje sua influência nas artes, ciência e
economia é sentida.

A teoria foi uma das primeiras a definir o valor de um produto não pelo trabalho envolvido
em sua produção, mas na sua utilidade. O economista usou um simples enunciado que
explica esse conceito: a oferta cria a sua própria procura. Ou seja, assim que um produto é
ofertado, ele automaticamente cria um mercado para outros semelhantes e derivados dele.
A própria oferta é capaz de gerar demanda.

5. As duas interpretações da Lei de Mercado de Say

Existem diversas interpretações sobre a Lei de Say, de acordo com economistas e teorias.
Duas delas se destacam: um contra e outro a favor.

A primeira delas foi feita por John Maynard Keynes, fundador do keynesianismo e um dos
principais críticos à Lei de Say. Sua crítica se fundamenta a partir do que ele considera um
“simplismo” do ditado “a oferta cria a sua própria procura”.

De acordo com o economista, essa regulação invisível não acontece de maneira


automática, como a Lei de Say prega. Ele salienta o risco permanente de superprodução
geral, considerando que a demanda pode ser insuficiente para que os valores de produção e
venda sejam igualados.

Ou seja, a oferta não cria a demanda como a Lei de Say estabelece, mas o inverso.
Essa interpretação foi refutada por Ludwig von Mises, que trouxe uma “crítica à crítica”.
De acordo com o teórico liberal, a interpretação de Keynes estava equivocada, e a Lei de
Say está correta.

Ele defende que aumento na produção significa maior capacidade de aumentar o consumo
e a demanda. O economista salienta que os próprios produtores, ao vender seus produtos,
também aumentam o seu consumo e, consequentemente, a demanda.

6. Lei de Say e intervenção estatal: o que ela diz?

Como um liberal que evoluiu alguns dos conceitos criados por Adam Smith, a Lei de Say
foi criada sem considerar variáveis relacionadas à intervenção estatal, como impostos e
barreiras alfandegárias.

Dito isso, é importante mencionar que, como um seguidor de Smith, certamente Jean-
Baptiste Say também era um defensor das ideias liberais, como a livre concorrência e o
Estado Mínimo.

Na verdade, tanto o autor quanto outros economistas da escola clássica e austríaca culpam
grandes crises e depressões pela própria intervenção estatal na economia.

De maneira que podemos considerar como “natural”, Jean-Baptiste Say evoluiu as teorias
do próprio Adam Smith, de quem era seguidor, para mudar a forma como a sociedade
encarava as relações de oferta e consumo. Até hoje, seus ideais são debatidos, traduzidos e
adaptados para a nossa realidade.
7. Conclusão
8. Bibliografia

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