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Introdução
Para entender melhor sobre economia, é preciso conhecer a Lei de Say, uma das principais
teorias desta área. Mais conhecida por Lei da Oferta e da Demanda, Lei dos Mercados ou
ainda Lei de Mercado de Say, ela é o ponto de partida para a maioria dos estudos sobre
economia.
Nascido em 1767, o economista cresceu em meio à expansão dos ideais do iluminismo. Ele
trabalhou boa parte de sua vida em jornais liberais na França e difundindo ideias de Adam
Smith, que conhecera em uma viagem à Inglaterra. A sua obra é optimista, talvez pela
situação da França, com maior abundância de terras e maior divisão da propriedade do que
a da Inglaterra de Ricardo e Malthus.
Após esse período, se dedicou à indústria têxtil, trabalhando como empreendedor até a
metade final de sua vida. Foi nessa época que teorias, como a Lei de Say, foram
desenvolvidas, e que as suas principais obras foram publicadas, entre elas o “Tratado de
Economia Política”, de 1803.
Sua contribuição mais reconhecida, a Lei de Say, foi a primeira a considerar oferta e
demanda como operadores da economia. Ela tornou mais simples conceitos como a própria
mão invisível do mercado, cunhada pelo próprio Adam Smith. Por meio da lei dos
mercados, se entendeu melhor como funcionava a oferta e demanda na sociedade.
Com tantas nomenclaturas diferentes, é possível que já conheça a Lei de Say, mas nunca a
tenha conhecido por esse nome. Seu propósito é simples e estudado até hoje em cursos de
Economia e Administração.
A teoria do economista Jean-Baptiste Say, autor da lei que leva o seu nome, estabelece que
somos capazes de consumir apenas quando conseguirmos produzir algo de valor
equivalente com o nosso trabalho.
Assim como o Liberalismo Econômico, a Lei de Say foi desenvolvida no século XVIII, em
meio à difusão do Iluminismo. Esse movimento social foi um dos maiores responsáveis
pela mudança nas sociedades no mundo, e até hoje sua influência nas artes, ciência e
economia é sentida.
A teoria foi uma das primeiras a definir o valor de um produto não pelo trabalho envolvido
em sua produção, mas na sua utilidade. O economista usou um simples enunciado que
explica esse conceito: a oferta cria a sua própria procura. Ou seja, assim que um produto é
ofertado, ele automaticamente cria um mercado para outros semelhantes e derivados dele.
A própria oferta é capaz de gerar demanda.
Existem diversas interpretações sobre a Lei de Say, de acordo com economistas e teorias.
Duas delas se destacam: um contra e outro a favor.
A primeira delas foi feita por John Maynard Keynes, fundador do keynesianismo e um dos
principais críticos à Lei de Say. Sua crítica se fundamenta a partir do que ele considera um
“simplismo” do ditado “a oferta cria a sua própria procura”.
Ou seja, a oferta não cria a demanda como a Lei de Say estabelece, mas o inverso.
Essa interpretação foi refutada por Ludwig von Mises, que trouxe uma “crítica à crítica”.
De acordo com o teórico liberal, a interpretação de Keynes estava equivocada, e a Lei de
Say está correta.
Ele defende que aumento na produção significa maior capacidade de aumentar o consumo
e a demanda. O economista salienta que os próprios produtores, ao vender seus produtos,
também aumentam o seu consumo e, consequentemente, a demanda.
Como um liberal que evoluiu alguns dos conceitos criados por Adam Smith, a Lei de Say
foi criada sem considerar variáveis relacionadas à intervenção estatal, como impostos e
barreiras alfandegárias.
Dito isso, é importante mencionar que, como um seguidor de Smith, certamente Jean-
Baptiste Say também era um defensor das ideias liberais, como a livre concorrência e o
Estado Mínimo.
Na verdade, tanto o autor quanto outros economistas da escola clássica e austríaca culpam
grandes crises e depressões pela própria intervenção estatal na economia.
De maneira que podemos considerar como “natural”, Jean-Baptiste Say evoluiu as teorias
do próprio Adam Smith, de quem era seguidor, para mudar a forma como a sociedade
encarava as relações de oferta e consumo. Até hoje, seus ideais são debatidos, traduzidos e
adaptados para a nossa realidade.
7. Conclusão
8. Bibliografia