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ESTRUTURA DA
CONTABILIDADE
BRASILEIRA
AULA 3

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Profª Edenise Aparecida dos Anjos

CONVERSA INICIAL
Na aula de hoje vamos tratar da estrutura da contabilidade sob um ponto de vista teórico,
aprofundando conceitos basilares, como postulados, princípios e convenções. Para isso, é
importante entender como as entidades se relacionam com o ambiente em que estão inseridas, no
sentido macro e microeconômico.
Esse estudo é importante, pois permite que alguns questionamentos sobre o estudo e
aplicação da contabilidade sejam respondidos, por exemplo: como é determinado o limite de
atuação da contabilidade, uma vez que o patrimônio também é objeto de estudos de outras
ciências, como economia, administração e jurídicas?
Espera-se que ainda, no decorrer desta aula você possa entender por que que a contabilidade
é uma ciência social aplicada.

TEMA 1 – CONCEITOS E PRINCÍPIOS BÁSICOS NA ELABORAÇÃO E


APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Em nossas primeiras aulas estudamos a contabilidade sob o enfoque da Estrutura Conceitual
da contabilidade sob a perspectiva do Pronunciamento Técnico CPC 00 (CPC, 2019). Agora vamos
estudar o arcabouço teórico da contabilidade, ou seja, entender qual a razão da contabilidade
existir, de onde vêm os conceitos, definições e classificações, e ainda entender como a
contabilidade evoluiu para atender as entidades contemporâneas (negócios).
Para a aplicação da contabilidade é importante observar as entidades e os diversos
relacionamentos com o ambiente onde estão inseridas por meio dos enfoques fiscal, legal, ético,
econômico, comportamental e estrutural. A partir desses enfoques, será mais fácil entender a
relação da contabilidade com o mundo dos negócios a partir do seu ambiente (interno e externo).
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1.1 ENFOQUES DA TEORIA CONTÁBIL E A DIVULGAÇÃO DOS RELATÓRIOS


FINANCEIROS
A contabilidade é realizada para as entidades diversas (públicas e privadas). Cada entidade
(comércio, indústria ou prestador de serviços), mesmo que atue no mesmo ramo de atividade,
possui personalidade própria, com particularidades diferentes, em função do tipo de produtos ou
serviços ofertados, dos direcionamentos administrativos, considerando questões como porte
(tamanho) e recursos tecnológicos. Enfim, há uma infinidade de diferenças observáveis, e a
contabilidade tem capacidade de atender a cada uma dessas entidades.
Por exemplo, um mercado de vila, bairro ou comunidade, pode ser enquadrado quanto ao
porte como microempresa e pagar seus impostos pelo regime do Simples Nacional e não estar
obrigado a publicar seus demonstrativos contábeis. Por outro lado, a rede de supermercados, que
atua na região central da cidade e possui o mesmo ramo de atividade, no entanto pode ser
enquadrada como empresa de grande porte, submetida ao regime normal de tributação (lucro real)
e obrigada a elaborar e publicar o conjunto completo de demonstrações contábeis.
Verifique que, embora as duas entidades atuem no mesmo ramo de atividade, elas possuem
enfoques e obrigações diferentes, pois o porte e o enquadramento tributário se refletem na
forma como pagam seus tributos e principalmente no tipo de usuários interessados nas
informações geradas pelos demonstrativos contábeis financeiros. Esses são apenas alguns
exemplos, pois as diferenças, até mesmo em empresas do mesmo porte, são inúmeras.
Sob estes aspectos, Hendriksen e Breda (2014, p. 24), no Quadro 1, determinam os enfoques
da teoria contábil, relacionando-os a questionamentos usuais.

Quadro 1 – Enfoques teóricos

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Fonte: Hendriksen; Breda, 2014, p. 24-27.

O enfoque fiscal é um dos mais tratados na contabilidade, principalmente no que se refere


ao atendimento do fisco na apuração dos impostos.
Esclarece-se que embora o enfoque fiscal seja um dos aspectos explorados na contabilidade,
se a legislação exigir algo diferente do que determina a normatização contábil (CPCs), o controle
para ajuste fiscal deve ser elaborado em controles paralelos.
Alguns métodos que devem ser observados na escrituração contábil para fins fiscais são: (a) o
método utilizado para apurar o custo dos estoques; (b) como uma empresa reconhece a
depreciação do imobilizado em função do desgaste no processo produtivo; (c) o reconhecimento
de despesas financeiras; (d) os itens que podem ser deduzidos para fins de imposto de renda.
Assim, os efeitos fiscais na contabilidade influenciam a elaboração dos relatórios contábeis,
mas de maneira indireta, pois a escrituração contábil deve seguir as normas emitidas pelo Comitê
de Pronunciamentos Contábeis, entre outras.
O enfoque legal diz respeito à aplicação da lei no desenvolvimento das atividades contábeis, o
que acarreta a obrigatoriedade do contador em conhecer todas as leis que norteiam a
contabilidade brasileira. Por exemplo, é responsabilidade do contador, no exercício da sua função,
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conhecer o Código Civil, a Constituição Federal e as legislações que regem as entidades


envolvidas, além dos princípios e normas contábeis.
O enfoque ético é fortemente presente na contabilidade, ou seja, o contador deve ser regido
por princípios éticos, visando à integridade dos procedimentos usados para determinar a
representação justa (fidedigna) e a confiabilidade da informação contábil.
O enfoque econômico demanda por parte dos contadores o desenvolvimento de habilidades
e competências para interpretar os conceitos contábeis em função dos eventos econômicos. Em
termos gerais, busca identificar os efeitos dos procedimentos contábeis na divulgação das
informações financeiras. Este enfoque é associado com a relevância da informação divulgada e
seus valores preditivos e confirmatórios.

Quadro 2 – Enfoques econômicos

Fonte: Hendriksen; Breda, 2014.

Os efeitos macroeconômicos têm como objetivo a divulgação, análise de rentabilidade, lucros,


crescimento, rentabilidade para análise de crescimento de um setor como um todo.
Os efeitos macroeconômicos podem ser observados, por exemplo, quando a bolsa de
valores divulga que determinada empresa obteve lucros de 20% e o setor cresceu 3% no mesmo
período em comparação ao ano anterior. De onde são extraídas essas informações?
Em sua maioria, são extraídas dos relatórios financeiros divulgados pela empresa no período
vigente e nos anteriores.
Já para as informações acerca do setor, são analisados os demonstrativos de todas as
empresas do segmento. Somente assim o analista pode inferir se houve crescimento ou não.
Os efeitos microeconômicos têm relação com os procedimentos contábeis que influenciam
as atividades da empresa, com foco nas políticas e procedimentos internos para a decisão de
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quais fatos devem ser divulgados e como.


O enfoque comportamental é o que mais desperta atenção, pois a contabilidade é feita de
pessoas para pessoas (contadores e usuários da informação contábil). A informação contábil pode
ser influenciada pela capacidade de julgamento do contador, na adoção dos métodos e bases de
mensuração utilizados para reconhecer os elementos dos demonstrativos contábeis. Por parte dos
usuários, pode se entender que o julgamento da relevância de uma informação e sua influência na
tomada de decisão, por vezes, pode ser subjetiva, pois depende da percepção de utilidade do
usuário.
O enfoque estrutural representa toda o arcabouço estrutural da Ciência Contábil e suas
mutações ao longo do tempo, como conceitos, classificações, reconhecimento e mensuração de
ativos e passivos, receitas e despesas, e as características qualitativas da informação contábil.
Para finalizar os enfoques, sugiro que faça uma reflexão evolutiva dos conteúdos que já
estudou. Será possível observar que a contabilidade é um conjunto coeso de terminologias,
conceitos e definições. Estudar o patrimônio das entidades sob todos os enfoques não se resume
apenas aos registros das transações econômicas e financeiras, mas em procedimentos que
influenciam resultados por meio da divulgação dos demonstrativos contábeis.
Em outras palavras, os enfoques determinam o objeto de estudo da contabilidade, o
patrimônio e suas mutações no seu ambiente de atuação, delimitando a área de estudo da ciência
contábil como ciência social aplicada.

TEMA 2 – POSTULADOS DA ENTIDADE E CONTINUIDADE


Todas as ciências precisam de uma base que possibilite o desenvolvimento de princípios,
normas e convenções que venham a direcionar sua prática. Na contabilidade, essa base está
ancorada sobre os postulados contábeis.
Iudícibus (2014, p. 39) define os postulados como: “premissas ou constatações básicas, não
sujeitas a verificação, que formam o arcabouço sobre o qual repousa o desenvolvimento
subsequente da teoria da Contabilidade”. Neste sentido, os postulados são premissas ou
observação da realidade, relacionadas com aspectos ambientais e as condições de operação das
entidades delimitando a área de atuação da contabilidade.
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Os postulados podem ser classificados como (a) descrições da realidade observada e (b)
ambientais, que delimitam a área de atuação da contabilidade acerca do objeto de estudo,
permitindo a construção de teorias (conceitos, normas) e a aplicação prática da contabilidade.
Dos postulados, os ambientais são os mais importantes, pois fornecem as bases de toda a
estrutura da contabilidade, são eles:

Quadro 3 – Postulados

O postulado da entidade reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade e autonomia


patrimonial, separando o capital da empresa do capital dos sócios. O postulado da continuidade
prevê que essa entidade continuará em operação no futuro, por período indeterminado.
A Estrutura Conceitual da contabilidade é estudada de forma hierárquica, conforme o Quadro
4, postulados, princípios e convenções.

Quadro 4 – Estrutura teórica da contabilidade

Essa é a ordem que devemos observar para entender como a contabilidade é estruturada.

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2.1 POSTULADO DA ENTIDADE


O postulado da entidade é um dos principais postulados ambientais, pois sem a entidade, não
há patrimônio para ser reconhecido, mensurado ou evidenciado. Logo, não há motivos ou razão de
ser da contabilidade. Assim, a entidade contábil, de acordo com Iudícibus, pode ser conceituada
como:
ente, juridicamente delimitado ou não, divisão ou grupo de entidades ou empresas para os
quais devemos realizar relatórios distintos de receitas e despesas, de investimentos e
retornos, de metas e realizações, independentemente dos relatórios que fizermos para as
pessoas físicas ou jurídicas que têm interesse em cada uma das entidades definidas em cada
oportunidade. (2009, grifo nosso)
Logo, uma entidade pode ser um indivíduo (microempreendedor individual, produtor rural),
uma empresa, um grupo de empresas, um órgão público, um clube de futebol, uma cooperativa,
uma escola, uma organização sem fins lucrativos etc., desde que desenvolvam atividades
econômicas que justifiquem a aplicação da contabilidade e a elaboração de relatórios
contábeis.
É preciso dar atenção especial para este postulado, pois ao delimitar o objeto de estudo da
contabilidade “o patrimônio” de uma entidade, busca-se fazer a distinção do patrimônio do
proprietário e sócios/acionistas. Assim, o patrimônio da entidade não se confunde com o
patrimônio dos sócios. Essa medida visa proteger a entidade de entrar em situação de
descontinuidade (falência).

Exemplo
A Maria trabalhou anos e guardou dinheiro para investir em seu próprio negócio, o sonho
de abrir uma padaria. Quando observou que já tinha o suficiente procurou um contador para
abrir seu negócio, legalizou seu empreendimento e, em poucos dias, a “Padaria da Maria” se
tornou realidade. A Maria agora é sua própria patroa.
De quem é o dinheiro investido na Padaria da Maria?
O dinheiro agora pertence à Padaria da Maria, pois quando a Maria abriu sua empresa, ela
entregou seus recursos para criar uma entidade, dotada de personalidade jurídica.

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Observe que a Maria agora é uma empresária, e como tal tem responsabilidade para gerir
o seu negócio. Deve tomar alguns cuidados, pois a padaria consome recursos para manter-se
em funcionamento. Ela precisa pagar as despesas de estrutura referente a energia, água,
matéria prima, fornecedores, salários de empregados, impostos, pró-labore (salários dos
sócios ou proprietários).
Como ela vai fazer isso? A Maria espera produzir seus produtos e vender toda a sua
produção. Somente assim a padaria poderá gerar receitas por meio das vendas, pagar todos
os custos de produção e despesas de funcionamento, e apurar resultados (gerar caixa e
lucros).
E as contas da Maria, como ela vai pagar? A Maria como proprietária precisa estimar um
salário mensal para que possa pagar suas contas pessoais, denominado de pró-labore
(remuneração do proprietário/sócios).
O contador tem a responsabilidade de orientar a Maria para não ferir o princípio da
entidade, explicando que o dinheiro das vendas de produtos da Padaria da Maria é da padaria
e não da Maria. Isso é importante, pois as vendas diárias (caixa) são receitas e somente no fim
do período se apura resultados (lucros ou prejuízos).
Logo, se a Maria começar a misturar suas contas pessoais (supermercado, lazer etc.) com
as da sua empresa, pode correr o risco de entrar em descontinuidade (não conseguir pagar os
recursos necessários para desenvolver sua atividade empresarial) e dessa forma perde
também a principal fonte de renda da pessoa física.
E se a Maria, levar para a contabilidade as notas e cupons fiscais das suas despesas
pessoais para o contador no fim do mês? A contabilidade somente vai registrar as despesas
referentes à empresa (CNPJ). As despesas da Maria não serão contabilizadas.
Em resumo, mesmo sendo proprietária, a Maria é pessoa física, isto é, recebe salário
(pró-labore) da Padaria da Maria, para poder saldar seus gastos pessoais. A Padaria da Maria
é pessoa jurídica (entidade contábil) e obtém receitas pelas vendas de seus produtos,
gerando caixa e apurando resultados no fim do período. Aplica-se aqui o princípio da entidade,
pelo qual o capital dos sócios não se confunde com o da empresa.

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Em síntese, o patrimônio dos sócios não deve se misturar ou se confundir com a contabilidade
da entidade (empresa). Na contabilidade da entidade, somente devem ser registrados os fatos que
se refiram ao patrimônio da empresa. As despesas particulares dos sócios não devem ser
registradas como despesa da entidade.
A entidade é uma premissa subjacente da contabilidade, sendo muito mais do que uma
diretriz, é importante ser observada para preservar a existência da entidade contábil e sua essência
econômico, resguardando o patrimônio por meio da manutenção dos recursos necessários para o
desenvolvimento da sua atividade e reinvestindo para que a empresa possa estar em continuidade
por um período de tempo indeterminado.

2.2 POSTULADO DA CONTINUIDADE


O postulado ambiental da continuidade, ou going concern, se refere a algo em constante
movimento. Parte do pressuposto que as entidades contábeis estarão em operação por um longo
período, ou seja, não possuem intenção de serem liquidadas (fechadas/extintas).
Mas como entender o princípio da continuidade como algo em andamento? Observe o ciclo de
transações operacionais de uma entidade fabril:

Quadro 5 – Ciclo de transações operacionais

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Verifique que as transações operacionais são cíclicas, estão em constante movimento. Para
estar em continuidade, uma entidade em plenas condições de operação compra, produz, vende,
recebe e paga, sendo este um ciclo operacional contínuo. Caso haja uma interrupção neste
processo, a entidade corre o risco de deixar de existir.
Deste modo, a característica fundamental para identificar uma entidade geradora de riqueza
é a sua capacidade de agregar valor e gerar riquezas por meio das vendas de produtos ou
serviços (receitas, lucros) e distribuir riqueza, ao pagar impostos, salários (força de trabalho) e
remunerar o capital investido pelos sócios (distribuição de lucros), impactando o ambiente onde
está inserida.
Sob os aspectos normativos, o Pronunciamento Técnico CPC 00 (CPC, 2019) discorre sobre
como as demonstrações contábeis são elaboradas com base na suposição de que a entidade que
reporta informação está em pleno funcionamento e continuará assim no futuro previsível. Em
termos gerais, presume-se que a entidade que reporta a informação é capaz de gerar riquezas e
valores de forma contínua.
Presume-se, também, que uma entidade em continuidade não tem intenção de liquidar ou
deixar de negociar, pois, caso exista a intenção ou necessidade de liquidação, devem ser
elaborados demonstrativos especiais para aquele momento específico, para que a entidade possa
ser avaliada de acordo com as premissas contábeis de uma entidade em descontinuidade.

TEMA 3 – PRUDÊNCIA E PRIMAZIA DA ESSÊNCIA SOBRE A FORMA


Estudamos em aulas anteriores que as características qualitativas, fundamentais e de melhoria
permitem que os usuários classifiquem a informação contábil como útil para o processo decisório.
No entanto, caso haja dúvidas ou incertezas no momento do reconhecimento, mensuração ou
avaliação dos elementos patrimoniais e de resultados, o contador deve levar em consideração duas
características, a prudência e a primazia da essência sobre a forma, para aplicação da
contabilidade.

3.1 PRUDÊNCIA

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A prudência é um dos elementos contidos na característica fundamental da Representação


Fidedigna (completa, neutra e livre de erros), como estudado na Aula 2. É um assunto que vem
sendo discutido na contabilidade desde a convergência das normas internacionais, pois em
primeiro momento o Comitê de Pronunciamentos Contábeis retirou esta característica do escopo
do CPC 00 na revisão de 2011, alegando que entrava em conflito com a neutralidade da informação,
pois enviesava a tomada de decisão. Todavia, na última revisão do CPC 00, R2 de 2019, foi
adicionada novamente como uma das características fundamentais da representação fidedigna,
contida justamente no escopo da informação neutra.
Por que é importante saber dessas discussões? Justamente porque o aluno tem acesso a
inúmeras fontes de informação na rede e saber das discussões da nossa área de estudo é
fundamental para construir conhecimento em bases sólidas.
Para entender a prudência e essas discussões, precisamos explicar o que seria essa
representatividade da característica da prudência e como o contador a utiliza na prática para
avaliar os elementos patrimoniais (ativos e passivos) e de resultados (receitas e despesas) para
elaborar e divulgar seus demonstrativos contábeis.
Vamos iniciar com a definição do CPC 00 (CPC, 2019): “A prudência é entendida como um
posicionamento conservador por parte do contador no momento de registrar os elementos
patrimoniais de uma entidade”. Isso quer dizer que a prudência, também conhecida como
conservadorismo, se refere ao cuidado que o contador precisa ter para reconhecer receitas,
passivos, ativos e despesas e principalmente no reporte dessas informações. Observe que, entre
duas ou mais situações relevantes, deve-se adotar sempre um posicionamento pessimista.

Quadro 6 – Premissas da prudência

Fonte: Hendriksen; Breda (2014).

Os ativos devem ser reconhecidos pelo menor custo possível. Por exemplo, no momento de
avaliar o custo dos estoques da empresa, o contador deve analisar dois critérios:

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Custo histórico: valor do registro inicial, aquele que vem informado na nota fiscal de compra
de cada produto, ou o custo de transformação (produção).
Custo de reposição: valor de mercado, ou seja, preços correntes (atuais), quanto custaria
para repor este produto no estoque.
De posse dessas informações, que devem ser igualmente relevantes, e atendendo aos
requisitos da representação fidedigna e da neutralidade, o contador deve adotar aquela que
apresenta o menor valor para o reconhecimento e evidenciação dos estoques (custo ou mercado, o
que for menor). Para este ativo (estoques), normalmente o custo histórico costuma ser o de menor
valor. No entanto, diante dos avanços tecnológicos, pode acontecer do valor de mercado ser o
menor valor para reposição.
Os passivos devem ser reconhecidos, mensurados e evidenciados pelo maior valor possível.
Como os passivos representam saída de recursos da entidade (saída de dinheiro do caixa), é
recomendado que os valores estimados e registrados sejam os maiores possíveis, como em
situações que não se tem os valores exatos para o reconhecimento, como nos casos de processos
judiciais ou trabalhistas.
As contas de resultados, como receitas e ganhos devem ser estimadas pelo menor valor
possível e ser reconhecidas mais tarde, e não mais cedo. Já as despesas e perdas devem ser
reconhecidas mais cedo e não mais tarde, de modo que o resultado (lucro) seja sempre o menor
valor entre as várias alternativas apresentadas (Hendriksen; Breda, 2014, p. 106).
Nesse sentido, o contador deve ter o cuidado para não superestimar lucros, ainda não
realizados, para conter o otimismo dos gestores e não induzir a tomada de decisão, pois as
consequências das perdas ou falências são muito maiores do que a dos ganhos. Por fim, uma
informação fidedigna precisa ser completa e neutra, com observância da característica da
prudência.

3.2 PRIMAZIA DA ESSÊNCIA SOBRE A FORMA


A característica da primazia da essência sobre a forma permite ao contador julgar a essência
econômica de uma transação, face à forma jurídica ou legal. Como a essência econômica de uma
transação ou evento deve prevalecer sobre a forma jurídica, o que deve ser reconhecido é o que
realmente acontece na empresa, e não o que está juridicamente formalizado.
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Mas o que isso realmente quer dizer? Que, ao efetuar uma venda, a entidade obrigatoriamente
precisa emitir uma “nota fiscal de venda” (exigência legal) para transferir algo dos seus ativos (no
caso, o estoque) para o comprador (cliente).
Esse foi um exemplo de forma jurídica, ou legal, ou seja, a empresa obrigatoriamente precisa
emitir uma nota fiscal de venda para poder reconhecer a Receita de Vendas e reconhecer (ativos)
em forma de dinheiro no caixa ou direitos (duplicatas de clientes a receber). Assim, podemos
entender que a forma jurídica ou legal é representada pela formalização de contratos e emissão de
notas fiscais de compras e vendas.
E a essência sobre a forma? Observe o exemplo do registro da transação de duplicatas
descontadas.
Duplicatas descontadas referem-se à transação na qual a entidade, de posse de seus
recebíveis (conta de clientes), solicita ao banco um adiantamento, mediante o pagamento de juros
e tarifas bancárias, dando como garantia as duplicatas que os clientes ainda farão os pagamentos.
Se considerasse a natureza da conta de duplicatas a receber de clientes (direito, classificada
no ativo) e a forma jurídica, o registro se daria no ativo como conta redutora, por exemplo:
duplicatas a receber de clientes (-) duplicatas descontadas.
No entanto, para esse registro, deve observada a essência sobre a forma, pois o desconto de
duplicatas descontadas nada mais é do que uma transação financeira, ou seja, um empréstimo com
garantias. Isso quer dizer que a entidade não transferiu os riscos de não receber do seu cliente
para o banco.
Desse modo, as duplicatas a receber de clientes dadas como garantia, continuarão registradas
no ativo. Caso algum cliente deixe de pagar, o ônus continua sendo da entidade que contratou o
empréstimo. Já a transação de duplicatas descontadas deverá ser registrada contabilmente no
passivo.

Quadro 7 – Duplicatas descontadas


REGISTRO DAS DUPLICATAS DESCONTADAS
ATIVO PASSIVO
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(recebimento do dinheiro do empréstimo) (empréstimo)


- Empréstimos a pagar – duplicatas descontadas
Banco conta movimento
- Juros e tarifas bancárias a transcorrer

O arrendamento mercantil (leasing financeiro) também é um exemplo clássico, no qual a


essência implícita é a de que o arrendatário adquira os benefícios econômicos do uso do ativo
arrendado (imobilizado), em contraprestação de aceitar a obrigação de pagar por esse direito,
acrescido do respectivo encargo financeiro (Adriano, 2018, p. 52). A forma jurídica do leasing é de
um contrato de aluguel. No entanto, na essência implícita é de uma compra financiada, que satisfaz
à definição de ativo e de passivo e, portanto, deve ser reconhecido no balanço patrimonial do
arrendatário.
Outra transação é a contabilização de uma operação de venda com compromisso de recompra
como se fosse um empréstimo obtido pelo vendedor. Neste caso, o bem objeto da transação é uma
espécie de garantia da operação, que configura uma aplicação do princípio da essência econômica
sobre a forma jurídica, como é o caso do arrendamento mercantil de leasing (Adriano, 2018).
Em suma, quando a essência econômica e sua forma legal, não forem as mesmas, considerar
somente a forma legal não representaria fidedignamente o fenômeno econômico (CPC 00, R2,
2019). No entanto, essência sobre a forma não significa arbitrariedade, ou seja, para aplicar este
conceito, o profissional deve possuir conhecimentos do negócio da empresa (aspectos
econômicos e de direito) e das transações praticadas por esta entidade. Pois, a aplicação do
conceito vai muito além de achismos, ou seja, daquilo que o profissional acha que deve ser feito, é
importante conhecer a natureza econômica da transação e agir com cautela e bom senso, no
momento do reconhecimento como prevê a norma contábil (Gelbcke, et al. 2018), de modo que
represente fidedignamente o fenômeno econômico da transação nas demonstrações contábeis.

TEMA 4 – PRINCÍPIOS CONTÁBEIS


Toda área do conhecimento, para ser chamada de ciência, deve ter pressupostos básicos,
princípios que a sustentem. Com a contabilidade não é diferente. Ela é sustentada por um
arcabouço teórico que parte dos postulados, e da elaboração de princípios e convenções que
formam todo o seu corpo de estudo como ciência social aplicada aos negócios.
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4.1 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTABILIDADE (REVOGADOS)


Os princípios fundamentais da contabilidade apresentam seu arcabouço teórico, delimitam o
objeto de estudos, os procedimentos geralmente aceitos, descrições e orientações de como
reconhecer e avaliar os elementos das demonstrações contábeis.
É importante saber que os princípios fundamentais da contabilidade, promulgados pela
Resolução CFC n. 750 de 29 de dezembro de 1993, alterada pela Resolução CFC n. 1.282 de 28 de
maio de 2010, foram revogados a partir de 1º de janeiro 2017 pelas Normas Brasileiras de
Contabilidade Estrutura Conceitual (CFC, 2016).
Explica-se. A contabilidade brasileira passou por algumas mudanças no em 2007/2008,
quando surgiram as normas internacionais de contabilidade. Nesse processo, houve a necessidade
da revisão e elaboração de novas terminologias mais adequadas aos negócios contemporâneos,
para a adequada aplicação dos aspectos conceituais e da prática contábil. Tecnicamente e
conceitualmente, os princípios não foram extintos. Eles correspondem à base conceitual da
contabilidade. No entanto:
Os princípios, tal qual estão dispostos nas Resoluções CFC n. 750/1993 e n. 1.282/2010, já
não existem. Isso não significa que foram descartados, pois se isso ocorresse, a ciência
contábil não teria uma base para se estruturar.
Na leitura dos pronunciamentos técnicos (CPC 00 2019) – principalmente na Estrutura
Conceitual –, não encontrarão os termos: princípios ou postulados. Todavia, eles estão
inseridos ou incorporados em todo o pronunciamento. Por exemplo, o pressuposto da
entidade e continuidade, que são os postulados ambientais, são mencionados exaustiva e
repetidamente no pronunciamento. O princípio da competência, que rege a mensuração
econômica das transações contábeis, é retratado fielmente de forma didática.
Os demais princípios podem ser visualizados nas características qualitativas fundamentais e
de melhoria.
Não vamos explorar nesta aula a definição dos princípios, pois já foram revogados, mas vamos
apresentar uma síntese para que se possa correlacioná-los na Estrutura Conceitual.
Tomando como base as aulas anteriores, nas quais abordamos as características qualitativas
da informação contábil e os pressupostos básicos (postulados), podemos observar no Quadro 8 a
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correlação, princípios e Estrutura Conceitual da contabilidade CPC 00 (CPC, 2019).

Quadro 8 – Correlação entre princípios fundamentais da contabilidade e CPC 00 (CPC, 2019)


PRINCÍPIO DESCRIÇÃO CPC 00 (CPC, 2019)
Reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade e afirma a Incutida em toda a Estrutura
autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Conceitual.
patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, EC.3.10. Entidade que reporta, é
Entidade
independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de obrigada a, ou decide elaborar
pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou demonstrações contábeis para
finalidade, com ou sem fins lucrativos. fins gerais.
Incutida em toda a Estrutura
A entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a
Conceitual.
Continuidade mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio EC. 3.9: Premissa de
levam em conta essa circunstância.
continuidade operacional.
Características qualitativas
fundamentais
Refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos Relevância e representação
componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e
fidedigna.
tempestivas.
Oportunidade A falta de integridade e tempestividade na produção e na Características qualitativas
de melhoria
divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua
2.23 – 2.38: Comparabilidade,
relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a Verificabilidade,
oportunidade e a confiabilidade da informação.
Tempestividade e
Compreensibilidade.
Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos
EC. Capítulo 6 - mensuração
valores originais das transações com o mundo exterior, expressos 6.4 – 6.22 Bases de
Registro pelo a valor presente na moeda do país, que serão mantidos na
mensuração
valor original avaliação das variações patrimoniais posteriores, inclusive
quando configurarem agregações ou decomposições no interior EC. 6.4 – 6.9. Custo histórico
EC. 6.10 – 6.22. Valor Atual
da entidade.
Competência As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do Informações sobre o uso de
resultado do período em que ocorrerem, sempre recursos econômicos da
simultaneamente quando se correlacionarem, entidade
independentemente de recebimento ou pagamento. EC. 1.17 – 1.19 Desempenho
financeiro refletido pela

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contabilização pelo regime de


competência.
Característica Qualitativa
Determina a adoção do menor valor para os componentes do
ativo e do maior para os do passivo, sempre que se apresentem Fundamental: Representação
Prudência fidedigna, característica da
alternativas igualmente válidas para a quantificação das
informação neutra.
mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. EC. 2.16. – 2.17 Prudência
Fonte: Resoluções CFC n. 750/1993 e n. 1.282/2010; CPC 00 (CPC, 2019).

Na leitura do Quadro 8, verifica-se que os princípios entidade e continuidade são denominadas


como premissas subjacentes (pois são os postulados ambientais), ou seja, correspondem a
estrutura basilar, os pilares da contabilidade.
O princípio da competência está relacionado ao desempenho das entidades e os efeitos das
transações operacionais na contabilização em determinado período. Na prática, as receitas e
custos dos produtos e serviços negociados a prazo, por exemplo, devem ser reconhecidos na
contabilidade no momento do fato gerador, isto é, a emissão da nota de venda e não seu
recebimento.
O princípio da oportunidade se correlaciona com a tempestividade da informação, ou seja,
deve estar disponível no tempo correto para os tomadores de decisão. Desse modo, entende-se
que informação é relevante na medida que possua o poder de influenciar a tomada de decisão. O
princípio da prudência, já estudado, nesta aula, compõe o escopo das características qualitativas
fundamentais, relevância e representação fidedigna.
O princípio do registro pelo valor original é contemplado no capítulo 6 da Estrutura Conceitual,
bases de mensuração, destacando que todos os elementos reconhecidos nas demonstrações
contábeis devem ser quantificados em termos monetários. São exemplos de bases de mensuração:
custo histórico, valor justo ou valor de cumprimento de item sendo mensurado. Estes assuntos
serão abordados futuramente.
Em síntese, os princípios da contabilidade são observáveis em toda a Estrutura Conceitual,
refutando-se assim a ideia de que foram extintos da contabilidade.

TEMA 5 – CONVENÇÕES (NORMAS E RESTRIÇÕES)


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As práticas contábeis são definidas atualmente pelo julgamento da utilidade da informação


contábil. Essa evolução é creditada ao processo de convergência às normas internacionais da
contabilidade, pelas quais o contador passou a obter graus de liberdade para o reconhecimento
dos elementos das demonstrações contábeis, podendo analisar, por exemplo, a primazia da
essência econômica de uma transação sobre a sua forma jurídica.
É importante ressaltar que os princípios representam a essência da contabilidade, a base
conceitual. Já as convenções representam a essência econômica da aplicação contábil.
As convenções são definidas por Iudícibus (2014) como o condimento dos princípios
contábeis, talvez mais bem expressos como restrições do usuário e de mensuração da própria
contabilidade. Em suma, as convenções são as características qualitativas que devem ser
observadas para a elaboração dos demonstrativos contábeis.
As convenções são classificadas em objetividade, materialidade, conservadorismo e
consistência. Assim como os princípios na nova Estrutura Conceitual da Contabilidade, foram
absorvidas e ajustadas às características qualitativas fundamentais e de melhorias da informação
contábil.

Quadro 9 – Comparação Convenções e Estrutura Conceitual CPC 00 R2


Convenções Descrição CPC 00 (CPC, 2019)
Se refere à relevância dos
procedimentos adotados para o
reconhecimento e mensuração dos
elementos contábeis, considerando três A Estrutura Conceitual considera esta característica
aspectos: como fundamental, ao destacar as características
1. Documentação formal ou tipo de relevantes da informação contábil por meio dos
Objetividade evidência que suporte o registro e sua valores preditivos e confirmatórios, considerando
avaliação; ainda a objetividade por meio da representação
2. Tangibilidade do objeto passível de fidedigna.
mensuração;
3. Posição de neutralidade que a
contabilidade deveria manter.
Materialidade Materialidade pode ser enfocada sob A materialidade é enfocada sobre os aspectos da
dois ângulos distintos: (a) o da escrita informação relevante e custo benefício para gerar a
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contábil e auditores, (b) o do usuário da informação.


informação contábil.
Conservadorismo e prudência são O conservadorismo é verificado na característica de
correlatos. Se referem ao cuidado que o representação fidedigna, que contém em seu escopo
contador precisa ter para não a característica de neutralidade, que prevê o
Conservadorismo
superestimar ativos e receitas, e comportamento conservador ou prudente por parte do
subestimar despesas e passivo. contador no momento de avaliar ativos, passivos,
- Visa conter o otimismo dos gestores. receitas e despesas.
Se refere aos usos de procedimentos Essa característica é contemplada nos valores
contábeis por uma dada empresa ou confirmatórios da informação relevante. Assim como
Consistência entidade contábil de um período para nas características de melhorias, é a capacidade da
outro para mensuração e elaboração dos informação ser comparada, verificada e
demonstrativos contábeis. compreensível.
Fonte: Iudícibus, 2014; CPC 00 (CPC, 2019).

Assim, as convenções são observáveis em toda a plenitude da aplicação contábil, por meio da
adequação às normas, legislações e pronunciamentos, sem ferir os princípios da contabilidade.
Resumindo, a contabilidade das entidades tem como propósito gerar informações úteis aos
usuários.

TROCANDO IDEIAS
Nesta aula estudamos a evolução dos aspectos conceituais aplicados na contabilidade e
apresentamos a primazia da essência sobre a forma. Assim, convido-os a conversar com o
contador da empresa em que já desenvolve atividades profissionais ou de empresas que conhece,
investigando as seguintes questões:
Como o registro contábil é realizado? O ativo é reconhecido ou lançado direto na despesa?
O que se considera no registro contábil? A análise do tempo de vida útil do bem ou o período
de concessão do leasing?
De posse dessas informações, entre no fórum e discuta com os demais colegas, troquem
experiências.

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NA PRÁTICA
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A partir do conteúdo estudado sobre a Estrutura Conceitual para a elaboração e apresentação


das demonstrações contábeis, essência da primazia sobre a forma e postulados ambientais,
analise as seguintes sentenças, atribuindo V para as verdadeiras e F para as falsas.
( ) As demonstrações contábeis devem ser elaboradas com base na premissa de que a
entidade estará em continuidade por tempo indeterminado.
( ) A primazia da essência sobre a forma pode ser aplicada na contabilização de uma operação
de venda com compromisso de recompra como se fosse um empréstimo obtido pelo vendedor.
( ) Como os princípios contábeis foram revogados, o contador não precisa observá-los nos
procedimentos de contabilização.
Agora, assinale a opção que apresenta a sequência correta:
a. V, F, V
b. F, F, V
c. V, V, F
d. V, V, V
e. F, F, F

FINALIZANDO
O objetivo desta aula foi apresentar a evolução da estrutura da contabilidade, seus enfoques,
os postulados, princípios, convenções e a correlação com a Estrutura Conceitual vigente (CPC 00).
É importante destacar que a ciência contábil está em constante evolução na busca de
acompanhar seu objeto de estudo (o patrimônio das entidades). Diante disso, o contador deve
estar sempre atento à temporalidade, pois um conceito utilizado hoje pode ser revogado a qualquer
momento. Por isso é importante estar sempre atualizado.

REFERÊNCIAS
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ADRIANO, S. Manual dos Pronúncias Contábeis Comentados. Minha Biblioteca. São Paulo:
Editora Gen, 2018.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁVEIS - CPC. Pronunciamento Técnico CPC 00 (R2).
Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro. Ata da 155ª Reunião Ordinária do CPC, 10 dez.
2019. Disponível em: <http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/573_CPC00(R2).pdf>. Acesso em:
30 abr. 2020.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE - CFC. Resolução n. 750, de 29 de dezembro de
1993. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 31 dez. 1993.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE - CFC. Resolução n. 1.282, de 28 maio 2010. Diário
Oficial da União, Brasília, DF, 02 jun. 2010.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE - CFC. Norma Brasileira de Contabilidade, NBC TSP
Estrutura Conceitual, de 23 de setembro de 2016. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 4 out. 2016.
HENDRIKSEN, E. S.; BREDA, M. F. van. Teoria da Contabilidade. São Paulo: Atlas, 2014.
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2009
IUDÍCIBUS, S. de. Teoria da Contabilidade. 11. ed. São Paulo: Gen, 2014.

GABARITO
A partir do conteúdo estudado sobre a Estrutura Conceitual para a elaboração e apresentação
das demonstrações contábeis, essência da primazia sobre a forma e postulados ambientais,
analise as seguintes sentenças, atribuindo V para as verdadeiras e F para as falsas.
(V) As demonstrações contábeis devem ser elaboradas com base na premissa de que a
entidade estará em continuidade por tempo indeterminado.
(V) A primazia da essência sobre a forma pode ser aplicada na contabilização de uma
operação de venda com compromisso de recompra como se fosse um empréstimo obtido pelo
vendedor.

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(F) Como os princípios contábeis foram revogados, o contador não precisa observá-los nos
procedimentos de contabilização.
Agora, assinale a opção que apresenta a sequência correta:
a. V, F, V
b. F, F, V
c. V, V, F
d. V, V, V
e. F, F, F

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