Você está na página 1de 15

Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Princípios contabilísticos geralmente aceitese as três regras de ouro e sua


aplicação no débito e crédito

Rachel Judas Guambe, cód. 708201298

Curso:Administração Pública
Disciplina: Contabilidade Geral
Ano de Frequência: 2º

Docente: Penina Bonate


Maputo, Junho de 2021

Índice

1 Introdução................................................................................................................................1

2 Referencial teórico...................................................................................................................2

2.1 Definição de conceitos-chave...............................................................................................2

2.2 Plano Geral de Contabilidade em Moçambique...................................................................2

2.3 Razões da existência dos princípios contabilísticos..............................................................3

2.4 Princípios contabilísticos geralmente aceites........................................................................5

2.5 Noções de débito e crédito....................................................................................................7

2.5.1 Três regras de ouro e sua aplicação no débito e crédito....................................................8

3 Conclusão...............................................................................................................................12

4 Referências bibliográficas......................................................................................................13
1

1 Introdução

Em termos de notas introdutórias, a Contabilidade é uma área, que tem como objecto de


estudo o património das entidades, seus fenómenos e variações, tanto no aspecto quantitativo
quanto no qualitativo, registando os factos e actos de natureza económico-financeira que o
afectam e estudando suas consequências na dinâmica financeira1. A Contabilidade Geral é
uma ciência apoiada, como em todos outros casos, por um conjunto de técnicas específicas
que têm por finalidade a prestação de informações relevantes e confiáveis indispensáveis ao
processo de decisão na esfera dos negócios.

Desta forma, no presente trabalho pretende-se fazer uma abordagem sobre os princípios
contabilísticos geralmente aceites e as três regras de ouro e sua aplicação no débito e crédito.
Portanto, como é possível, trata-se de dois temas interessantes e pertencentes a mesma área,
visto que a contabilidade das empresas é uma área extremamente importante para a sua
própria organização e funcionamento, designadamente no que concerne à vertente de criação
de informação fundamental acerca da sua situação económica e financeira.

Constituem os objectivos deste trabalho os seguintes:

Objectivo geral

 Compreender os princípios contabilísticos geralmente aceites e as três regras de ouro e


sua aplicação no débito e crédito.

Objectivos específicos

 Definir princípios, débito e crédito;


 Identificar os princípios contabilísticos geralmente aceites;
 Descrever as três regras de ouro e sua aplicação no débito e crédito.

Metodologia de trabalho

Em relação a metodologia usada para a realização deste trabalho, consistiu numa pesquisa
bibliográfica, feita a partir do módulo de Contabilidade Financeira da Universidade Católica
de Moçambique e outras fontes consideradas relevantes para o trabalho.

1
Fonte: retirado em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Contabilidade>, em 30 de Maio de 2021.
2

2 Referencial teórico

2.1 Definição de conceitos-chave

a) Contabilidade

A contabilidade é “uma actividade que proporciona informação, geralmente quantitativa e


muitas vezes expressa em unidades monetárias, para a tomada de decisões, planeamento,
controlo das fontes e operações, avaliação do desempenho e relato financeiro a investidores,
credores, autoridades reguladoras e ao público” (Estes, citado em Costa & Alves, 2001, p.
41).

A Contabilidade Geral é uma ciência apoiada, como em todos outroscasos, por um conjunto
de técnicas específicas que têm porfinalidade a prestação de informações relevantes e
confiáveis indispensáveis ao processo de decisão na esfera dos negócios.

Em Moçambique, segundo a resolução 13/80 PGC (Programa Geral de Contabilidade),do


boletim da República de Moçambique, a Contabilidade é definida como sistema de
informação definida a exercer um papel jurídico de prova e de controlo;Também se pode
dizer, que é um sistema de recolha, classificação, interpretação e exposição de dados
económicos.

Portanto, contabilidade é a ciência que estuda e controla o património, sua composição, suas
variações, o resultado decorrente das actividades desenvolvidas pela pessoa, seja física ou
jurídica.

2.2 Plano Geral de Contabilidade em Moçambique

Em Moçambique vigora o plano geral de Contabilidade (PGC-MZ), aprovado pela Resolução


nº 13/84, de 14 de Dezembro de 1984. Este diploma foi alterado através do Diploma
Ministerial nº 221/98 de 1998. Assim, nos termos dos artigos 2º e 3º do diploma que o
aprovou (Conselho de Ministros da República de Moçambique, 1984, p. 1), o PGC-MZ é
aplicável a todas as unidades económicas, designadamente as empresas com “contabilidade
organizada”.

Após a autorização do Ministro das Finanças, o PGC-MZ poderá ser adaptado, desde que se
respeitem as suas linhas fundamentais, às características e necessidades das unidades
3

económicas ou dos sectores de actividade; no entanto, o PGC-MZ não é aplicável às unidades


económicas que exerçam actividades no ramo bancário ou de seguros (ibid).

Sendo o órgão de responsabilidade no desenvolvimento e organização da contabilidade a


nível nacional, é competência do Ministro das Finanças a alteração e aperfeiçoamento de
quaisquer elementos do PCG-MZ, bem como a regulamentação sobre aspectos relativos à sua
interpretação e aplicação (ibid).

Do referido, resulta o seguinte esquema da normalização contabilística e seu âmbito em


Moçambique.

PGC-MZ

Unidades
Económicas

Empresas
com
“contabilidade organizada”

Fonte: Santos (2005)

2.3 Razões da existência dos princípios contabilísticos

Em princípio podemos dizer por nossas próprias palavras que todos nós vivemos a vida
seguindo princípios, quer na vida pessoal, como na realização de várias tarefas, mas porque é
que estes são tão importantes em Contabilidade. Para isso vamos procurar olhar mais
profundamente para eles.

Uma justificação prática

Como Princípio pode-se definir as normas, a experiência, os usos e os costumes normalmente


utilizados por quem se dedica a determinada actividade (Freitas, 2009).

Para o mesmo autor, do ponto de vista prático, os princípios contabilísticos tiveram como
factor do seu desenvolvimento, em especial, as necessidades de racionalização e de
4

homogeneidade na apresentação da informação financeira, tornando-se para os profissionais


que têm que produzir esta informação em regras ou normas que estes têm de seguir. Ainda em
consonância com este papel dos princípios pode-se apontar a grande facilidade que trazem
para a actividade dos auditores internos e externos (idem).

No entanto, parece-nos que são várias são as possíveis definições para o termo princípio, se
neste trabalho tentarmos fazer um levantamento bibliográfico completo será extensa a lista de
significados desta palavra, utilizada em várias acepções, desde que alguma coisa tem origem,
passando por uma causa primária ou razão base, até poder significar opiniões que o espírito
admite como ponto de partida.

Portanto, quando nos referimos a princípios contabilísticos, existem três acepções que têm
que ser expressas para poder-se compreender o âmbito desta expressão, nomeadamente:

 Como normas para a prática;


 Como fundamentos da disciplina;
 Como Macroregras básicas.

No que concerne, as normas para a prática, a que referir de acordo com Tua Perda (1989, p.
51 citado em Freitas, 2009) que os princípios contabilísticos têm como origem as regras
pormenorizadas que procuram estabelecer as práticas contabilísticas de forma homogénea,
como elementos normalizadores.

Por sua vez, funciona como fundamento da disciplina, porque autores como Freitas (2009)
comenta que com o desenvolvimento da contabilidade a procura pela formalização e
estabelecimento de um conjunto de alicerces capazes de explicitar a teia de conceitos em que
se baseia o conhecimento contabilístico vai-se socorrer da existência dos P.C.G.A. de forma a
se basear neles e de os considerar as bases conceptuais deste mesmo conhecimento.

A terceira interpretação está intimamente ligada à segunda, mas interpreta os princípios


contabilísticos como as regras de enquadramento em que se baseia este sistema de
conhecimentos. A lógica científica da contabilidade encontra a sua razão de ser nesta terceira
interpretação do significado do termo princípios contabilísticos, na medida que deriva de um
percurso simultaneamente lógico, simultaneamente dedutivo, partindo do existente e
moldando-o para que os seus discursos encadeados tenham uma sequência lógica que permita
que as conclusões assim encontradas se utilizem como base de suporte a outras, em escalões
superiores e sucessivos, numa espiral de conclusões (idem, Freitas, 2009).
5

Neste ponto podemos definir princípios contabilísticos como sendo as “regras fundamentais
e gerais, vinculadas ao prosseguimento de um objectivo definido, provenientes da utilização
da teoria contabilística a um caso específico de onde descendem as regras e princípios
pormenorizados do sistema contabilístico” (Tua Perda, 1989, p. 55citado em Freitas, 2009).

2.4 Princípios contabilísticos geralmente aceites

Para abordarmos este ponto, recorremos ao trabalho de Freitas (2009) onde encontramos
contribuições de Machado (1983) sobre a contabilidade financeira. De acordo com Machado
(1983) a elaboração da informação financeira, tem por base pressupostos contabilísticos que,
embora não sendo mencionados expressamente, são do conhecimento e de aceitação geral por
parte dos utilizadores da informação, de tal forma que é a sua derrogação que deve ser tornada
pública e não o facto de a informação ter sido produzida de acordo com estes Princípios
Contabilísticos Geralmente Aceites (PCGA).

A literatura consultada indica que os PCGA desenvolveram-se em resultado do esforço


normalizador de que tem sido alvo a contabilidade financeira, para que a informação
financeira produzida seja útil e aceite sem receios, pelos utilizadores que procura servir, mas
são também um corolário lógico de um modelo que procura representar as operações e outros
acontecimentos que a entidade realiza mostrando as consequências a nível da situação
financeira e do desempenho, seja este entendido a nível económico, como de capacidade de
gerar fluxos financeiros.

Por seu turno, de acordo com o dicionário Porto Editora (2021) a contabilidade das empresas
é uma área extremamente importante para a sua própria organização e funcionamento,
designadamente no que concerne à vertente de criação de informação fundamental acerca da
sua situação económica e financeira. Assim, a informação contabilística, designadamente a
constante dos principais mapas-tipo (balanço, demonstração de resultados, demonstração de
origem e aplicação de fundos, etc.), tem de ser correta e completa de forma a ser analisada e
interpretada devidamente tanto pela própria empresa como de outras entidades que nela
depositem interesse (Estado, investidores, financiadores, etc.). Mais concretamente, é
importante que a informação contabilística permita a obtenção de uma imagem verdadeira da
situação financeira e dos resultados das operações de todas as empresas (idem, Porto Editora,
2021).
6

Neste contexto, é definido no plano oficial de contabilidade, aplicável à grande maioria das
empresas, um conjunto de regras básicas a que deve obedecer a sua contabilidade, sendo essas
regras conhecidas por princípios contabilísticos. O objectivo fundamental destes é zelar pela
obtenção através da contabilidade da correta e exacta imagem da situação das empresas,
designadamente no que concerne ao seu património num determinado momento e aos seus
fluxos económicos e monetários num determinado período de tempo.

Segundo o dicionário Porto Editora (2021) são sete os princípios contabilísticos consagrados
no plano oficial de contabilidade: princípio da continuidade; princípio da consistência;
princípio da especialização; princípio do custo histórico; princípio da prudência; princípio
da substância sobre a forma; e princípio da materialidade.

O princípio da continuidade impõe a consideração de que uma empresa elabora de forma


continuada, com duração ilimitada, não prevendo portanto a diminuição ou cessação das suas
operações.

O princípio da consistência implica a manutenção das mesmas práticas contabilísticas de um


exercício económico para outro, impedindo portanto que em cada um dos exercícios sejam
aplicadas as práticas mais vantajosas para as empresas, designadamente em termos fiscais.

O princípio da especialização dos exercícios obriga a que os proveitos obtidos e os custos


suportados por uma empresa sejam registados no período (exercício) a que respeitam,
independentemente do período de ocorrência do eventual recebimento ou pagamento. Uma
das rubricas contabilísticas que permite assegurar este princípio é a de acréscimos e
diferimentos.

O princípio do custo histórico preconiza que os registos contabilísticos devem ser efectuados
aos custos de aquisição ou de produção.

O princípio da prudência permite a inclusão na contabilidade de um determinado grau de


precaução no contexto de estimativas que é necessário efectuar em certas situações, sem
contudo dar margem à consideração de proveitos por defeito e/ou custos em excesso.

Sobre este princípio enunciado a que afirmar que qualquer sistema de registo deve ter sempre
este princípio em presença, como orientador dos registos a efectuar, em especial quando em
presença de situações pouco clarificadas quanto à inclusão dos custos e dos proveitos a incluir
no período ou quando em condições de incerteza sendo necessário recorrer a previsões.
7

Na verdade, com este princípio, pretende-se imprimir às contas um grau de precaução, quando
em presença da necessidade de efectuar estimativas exigidas em condições de incerteza, de
forma a não criar reservas ocultas nem provisões excessivas, em resultado da premeditada
subavaliação de activos e de proveitos, ou da sobreavaliação de passivos ou de custos.

O princípio da substânciasobre a formasobre a forma afirma que as operações devem ser


contabilizadas de acordo com a sua substância e realidade financeira e não apenas de acordo
com a sua forma legal.

Finalmente, o princípio da materialidade refere-se à necessidade de as demonstrações


financeiras deverem evidenciar devidamente todos os elementos relevantes, tendo em conta
designadamente os utilizadores da informação contabilística.

EmMoçambique de acordo a Lei n.º 09/2002 de 12 de Fevereiro, a contabilidade pública


respeita, de entre outros, os seguintes princípios geralmente aceites:

1) Consistência, na base do qual os procedimentos contabilísticos de um exercício para o


outro não devem ser alterados;

2) Materialidade, segundo o qual a informação produzida apresenta todos os elementos


relevantes que permitam o acompanhamento da utilização dos recursos públicos;

3) Comparabilidade, em conformidade com o qual o registo das operações observa as


normas determinadas ao longo da vida dos respectivos órgãos ou instituições, para que
possam ser comparados ao longo do tempo e do espaço os dados produzidos;

4) Oportunidade, pelo qual a informação deve ser produzida em tempo oportuno e útil
por forma a apoiar a tomada de decisões e a análise da gestão.

2.5 Noções de débito e crédito

Para entendermos os termos Débito e Crédito recorremos ao Manual de Bächtold (2011) este
autor que comenta que Débito e Crédito são nomes utilizados para indicar o ingresso ou saída
de recursos das contas. Cada lançamento efectuado provoca modificações patrimoniais e/ou
de resultado. Cada vez que um lançamento a débito ou crédito é feito, o saldo de uma conta
está sendo alterada.

Para o mesmo autor, Débito vem do latim debes = devido a mim (pertencente a mim).
Enquanto Crédito vem do latim credo = confiança, acreditar (idem).
8

No nosso entender com base nas definições apresentadas acima, o débito corresponde à
aplicação do valor, o destino do recurso ou onde o dinheiro foi investido. Enquanto o crédito
corresponde à origem do valor, à fonte do dinheiro ou de onde são conseguidos os recursos
para a empresa.

2.5.1 Três regras de ouro e sua aplicação no débito e crédito

Para abordar sobre este tópico, recorreu-se ao Manual de Contabilidade Geral da


Universidade Católica de Moçambique.

No cômputo geral, existem três regras de ouro da contabilidade. Cada um deles se aplica a um
tipo diferente de conta: nominal, pessoal e real. As regras descrevem como os débitos e os
créditos devem ser tratados na razão geral para cada tipo de transacção. Como um grupo, eles
são um dos três princípios contábeis geralmente aceitos (GAAP) que compõem o código de
conduta do Instituto Americano de Contadores Públicos Certificados.

Deste modo, de acordo com o supracitado Manual de Contabilidade Geral (s/d) as três regras
de ouro da contabilidade são as seguintes:

1ª: A primeira das regras de ouro da contabilidade diz respeito ao gerenciamento de contas
pessoaisou debitar a quem recebe e creditar a quem dá. Este grupo inclui não apenas
indivíduos, mas também empresas e outras organizações. A regra para esse grupo é que o
doador deve ser creditado e o receptor deve ser debitado.

Esta regra aplica-se da seguinte maneira: quando a pessoa recebe um benefício em sentido
monetário tem obrigação de parar o valor assim recebido cedo ou tarde, vejamos os exemplos
abaixo:

1) Rachel empresta 20.000,00Mt a Núbia em numerário.

Debitar Conta Núbia 20,000.00Mt

Creditar Conta Rachel 20,000.00Mt

O lançamento feito mostra que a Núbia tem obrigatoriedade de devolver o dinheiro a Rachel.
Portanto, nos livros da Núbia, a Rachel é devedora, e nos livros da Núbia a Rachel é credora.

2) Luís empresta 30,000.00Mt em cheque a empresa Darling, Ltda

Debitar Conta Darling, Ltda 30,000.00MT


9

Creditar Conta 30,000.00Mt

3) A empresa Lúcia, Ltda empresta a Isabel 55,000.00Mt em numerário.

Debitar Conta Isabel 55,000.00Mt

Creditar Conta Lúcia 55,000.00Mt

2ª: “Contas reaisou Debitar o que entra na empresa e creditar o que sai da empresa” são
cobertas pela segunda das regras de ouro da contabilidade. Esse tipo de conta diz respeito a
activos. Eles podem ser activos tangíveis, como equipamentos ou móveis, ou activos
intangíveis, como direitos autorais e patentes. A regra para esse tipo de conta é creditar o que
sai da conta e debitar o que entra. Por outras palavras, esta regra reconhece o princípio
contabilístico que numa empresa há entradas e saídas dos dinheiros, mercadorias e os
imobilizados2 da empresa, vejamos os exemplos:

1) A empresa compra equipamentos no valor de 25,000.00Mt em cheque.

Nesta transacção o equipamento entrou na empresa e quem fez o pagamento é a Conta Banco
no Livro da Caixa.

Debitar Conta Equipamento 25,000.00Mt

Creditar Conta Banco 25,000.00Mt

2) Venda de mercadoria no valor de 90,000.00Mt em cheque.

A mercadoria sai da empresa e o dinheiro em cheque entra na empresa.

Debitar Conta Banco 90,000.00Mt

Creditar ContaBanco 90,000.00Mt

3ª: As contas nominaisou debitar as despesas e prejuízos e creditar todos os rendimentos,


proveitos e lucrossão cobertas pela terceira das regras de ouro da contabilidade. Essas contas
cobrem receitas e despesas temporárias, como vendas e compras. A regra para esse tipo de
conta é creditar ganhos ou receitas e perdas por débito ou despesas.
2
O activo imobilizado de uma empresa são todos os bens destinados à manutenção de suas actividades ou
exercidos com essa finalidade, esperando ele seja utilizado por mais de um período. Conhecer e ter controlo do
imobilizado possibilita que a organização cumpra correctamente sua obrigação fiscal, e ainda permite
potencializar a gestão, tornando-a mais competitiva.São exemplos de activo imobilizado: Terrenos;Edificações;
Veículos; Móveis e utensílios; Máquinas e equipamentos; Ferramentas;Computadores e periféricos; Máquinas
em construção; Consórcios em andamento; Florestamento e Reflorestamento.
10

Esta regra de ouro reconhece que uma empresa, durante suas actividades incorre despesas
diversas, portanto tais despesas são debitados quando incorridas e todos rendimentos e
proveitos são creditados, vejamos os exemplos abaixo:

1) A empresa pagou de 10,000.00Mt em cheque, ao Matias que é contabilista da


empresa. Na primeira vista Matias poderia ser debitado com valor de 10,000.00Mt e
creditar Banco. Mas, a realidade é outra, Matias já ofereceu os seus serviços durante o
mês por isso está a receber o salario mensalmente. A contabilização da despesa salario
é a seguinte:

Debitar Conta Salário 10,000.00Mt

Creditar Conta Banco 10,000.00Mt

2) Compra de combustível no valor de 25,000.00Mt em numerário. A empresa compra o


combustível para ser usado nos seus carros,não para vender. Portanto, faz-se a
seguinte contabilização.

Debitar Conta Combustível 25,000.00Mt

Creditar Conta Caixa 25,000.00Mt

3) A empresa pagou a publicidade no valor de 10,000.00Mt em cheque. O seguinte


lançamento da transacção:

Debitar Conta Publicidade 10,000.00Mt

Creditar Conta Banco 10,000.00Mt

4) João recebeu um desconto da nossa empresa no valor de 18,000.00Mt por ele ter
liquidado a sua dívida antes da data acordada

Debitar Conta Desconto Pago 18,000.00Mt

Creditar Conta João 18,000.00Mt

Como parte do terceiro dos princípios contábeis geralmente aceitos, as três regras de ouro da
contabilidade ajudam a esclarecer os detalhes de como gerenciar as entradas da razão geral
para transacções. As regras enfatizam a importância de não apenas registar todas as
transacções, mas categorizá-las adequadamente. Ao inserir informações no local e no caminho
11

correctos, as contas serão precisas e fáceis de entender no futuro. Os registos também serão
ferramentas mais úteis para pesquisas e avaliações de longo prazo.

Os outros dois princípios contábeis geralmente aceitos são: primeiro, que é necessário registar
cada transacção e, segundo, que a entrada dupla é o método preferido para registar as
transacções. A regra número um enfatiza que não é aceitável deixar de entrar em uma
transacção, intencionalmente ou não. A segunda regra afirma a importância de inserir
informações para ambos os lados de uma transacção: o que é perdido e o que é ganho.

No geral, as três regras gerais de contabilidade fornecem clareza e orientação sobre como
lidar com os dois conceitos mais importantes em contabilidade: débitos e créditos. Um crédito
é qualquer tipo de activo, enquanto um débito é qualquer coisa que é removida da coluna do
activo. Por exemplo, quando um indivíduo compra um lápis, essa compra aumenta o valor dos
itens de propriedade na coluna do activo enquanto também remove activos monetários da
conta. As três regras de ouro da contabilidade são, em essência, uma articulação adicional
desse conceito abrangente.
12

3 Conclusão

Estetrabalho procurou abordar num único documento dois trabalhos, nomeadamente: (1) os
princípios contabilísticos geralmente aceites e (2) as três regras de ouro e sua aplicação no
débito e crédito, dando um exemplo em cada uma das regras.

Assim como base na revisão de literatura, pode-se compreender que são sete os princípios
contabilísticos consagrados no plano oficial de contabilidade: princípio da continuidade;
princípio da consistência; princípio da especialização; princípio do custo histórico; princípio
da prudência; princípio da substância sobre a forma; e princípio da materialidade.De referir
que a utilização de um conjunto de princípios contabilísticos a que vulgarmente se designa
por Princípios Contabilísticos Geralmente Aceites (P.C.G.A). Tem de ter por base a prévia
identificação da base de agregação dos valores contabilísticos. A implementação de um
sistema contabilístico que permita atingir os objectivos, terá que ter à partida a definição de
uma base de agregação dos factos contabilísticos a registar, isto é, saber se damos importância
apenas aos fluxos financeiros ou se também damos importância aos fluxos económicos.

Relativamente ao segundo tema que procurou abordar sobre as três regras de ouro e sua
aplicação no débito e crédito, a pesquisa bibliográfica feita para este trabalho, identificou os
seguintes: (1) debitar a quem recebe e creditar a quem dá, (2) Debitar o que entra na empresa
e creditar o que sai da empresa e (3) debitar as despesas e prejuízos e creditar todos os
rendimentos, proveitos e lucros.

De um modo gera, as três regras gerais de contabilidade fornecem clareza e orientação sobre
como lidar com os dois conceitos mais importantes em contabilidade: débitos e créditos. Foi
definido neste trabalho o crédito como qualquer tipo de activo, enquanto um débito é qualquer
coisa que é removida da coluna do activo. Por exemplo, quando um indivíduo compra um
lápis, essa compra aumenta o valor dos itens de propriedade na coluna do activo enquanto
também remove activos monetários da conta. As três regras de ouro da contabilidade são, em
essência, uma articulação adicional desse conceito abrangente.
13

4 Referênciasbibliográficas

Bächtold, C. (2011). Contabilidade Básica. Instituto Federal de Paraná. Educação a distancia.


Curitiba, p. 159-289.

Costa, C. B. & Alves, G. C. (1996). Contabilidade Financeira” EditoraRei dos Livros.


Lisboa.

Freitas, G. (2009). SNC – Estrutura Conceptual.

Machado, J. R. (1983): “Contabilidade Financeira”. Associação Portuguesa de Contabilistas.

Santos, L. L. (2005). A contabilidade nos países de língua portuguesa: Estudo comparativo


dos normativos sobre demonstrações contabilísticas anuais, para as empresas não
financeiras. Tese de Doutoramento, Universidade de Vigo.

Decretos/Legislações

Moçambique. Conselho de Ministros da República de Moçambique. (1984). Resolucao nº


13/84, 14 de Dezembro, que aprova o Plano Geral de Contabilidade. Maputo, Boletim da
República, I Série – nº 50.

Moçambique. Lei n.º 09/2002 de 12 Fevereiro.

Sítio de internet consultado

<princípios contabilísticos in Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2021>.


[consult. 2021-05-30 05:52:52]. Disponível na Internet: https://www.infopedia.pt/$principios-
contabilisticos.

Você também pode gostar