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Indice

1. Introdução......................................................................................................................1

1.1 Objectivos................................................................................................................2

1.1.1 Objectivo geral..................................................................................................2

1.1.2 Objectivos específicos.......................................................................................2

1.2 Metodologia.............................................................................................................2

2. Revisão de literatura......................................................................................................3

2.1 Auditoria..................................................................................................................3

2.2 Planeamento da auditoria.........................................................................................4

3 Análise e interpretação de resultados.............................................................................5

3.1 Programas de auditoria............................................................................................5

3.1.1 Processo de elaboração.....................................................................................5

3.1.2 Estrutura do programa de auditoria...................................................................6

3.1.3 Objecto e objectivos do programa.....................................................................7

3.1.4 Vantagens e desvantagens no uso dos programas.............................................7

3.2 Papéis de trabalho....................................................................................................8

3.2.1 Conceito de papeis de trabalho....................................................................8

3.2.2 Objetivos dos papeis de trabalho.......................................................................9

3.2.3 Regras de preparação dos papéis de trabalho....................................................9

3.2.4 Forma e conteúdo dos papéis de trabalho.......................................................10

3.2.5 Classificação dos papéis de trabalho...............................................................13

4. Conclusão....................................................................................................................14

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1. Introdução
A auditora consiste num exame as demonstrações financeiras de uma entidade como o
objectivo de dar uma opinião/ parecer sobre a adequacidade destas aos princípios
contabilísticos geralmente aceites. Para o processo de execução de uma auditoria, é
preciso antes de tudo conhecer a entidade auditada bem como o sector de actividades
em que ela está inserida de modo que um auditor prepare o modo como vai executar a
mesma, através do planeamento. A fase do planeamento é considerada a fase mais
importante do processo de auditoria, influi diretamente no êxito do trabalho. É nesta
etapa que o auditor define programas para alcançar o objetivo, e ainda conhece o
negócio da empresa, o funcionamento de práticas de contabilidade, processos e
controles. Também nesta fase, busca obter colaboração por parte do cliente, para que
consiga ter conhecimento seguro sobre a posição patrimonial e financeira da
organização. O planeamento deve definir programas diferentes para cada área.

O presente trabalho de pesquisa surge no âmbito da avaliação na cadeira de Auditoria


Informática lecionada no 4º Ano do curso de Contabilidade e Auditoria (CA) na Escola
Superior de Economia e Gestão (ESEG), o mesmo pretende desenvolver conhecimentos
sobre o processo de planeamento da auditoria bem como a sua execução.

O trabalho estará dividido em quatro capítulos a saber: introdução, onde será


contextualizado o trabalho, apresentados os objectivos bem como a metodologia que foi
usada para a elaboração do mesmo; a revisão de literatura onde serão definidos os
conceitos chaves segundo vários autores: a analise e interpretação do resultados, que
será composto pelos temas fucrais quando se fala do planeamento e execução da
auditoria e por ultimo a conclusão onde os autores ( estudantes) apresentarão as suas
ilações sobre o tema em alusão.

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1.1 Objectivos
1.1.1 Objectivo geral
 Desenvolver conhecimentos sobre o processo de planeamento e execução da
auditoria

1.1.2 Objectivos específicos


 Conceituar a auditoria e o planeamento da auditoria;
 Descrever como é feito o processo de elaboração dos programas de auditoria;
 Apresentar a classificação dos papeis de trabalho.

1.2 Metodologia
Para a colecta e seleção de dados para a elaboração do presente trabalho foi realizada
uma pesquisa bibliográfica, isto é, recorreu-se a manuais já publicados por outros
autores. Segundo Lundin (2016) “pesquisa bibliográfica é aquela que é elaborada a
partir de material já publicado, fonte secundária, constituído principalmente de livros e
artigos de jornais”

Segundo Cervo (1983)” pesquisa pura ou básica é aquela que o pesquisador tem como
meta o saber, buscando satisfazer uma necessidade intelectual pelo conhecimento. Com
vista ao apuramento de dados que usados na compilação do trabalho final, quanto a
natureza a pesquisa será básica, porque a um curto espaço de tempo não se pretende que
ela seja aplicada num contexto concreto, não obstante pretende-se que ela gere novos
conhecimentos na âmbito académico como no âmbito social, e que seja mais uma fonte
literária de consulta para profissionais e estudantes que estejam interessados em adquirir
ou ampliar os seus conhecimentos sobre o planeamento e execução da auditoria.

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2. Revisão de literatura
2.1 Auditoria
A auditoria surgiu com a evolução do sistema capitalista, que trouxe a expansão do
mercado e o acirramento da concorrência. Com o crescimento das organizações surge a
necessidade de demonstrações financeiras confiáveis, para que futuros investidores e
acionistas tenham uma posição patrimonial e financeira correta das empresas
(ALMEIDA, 2010). O mesmo autor descreve que como consequência da expansão do
mercado, as demonstrações financeiras passaram a ter maior importância, por serem
tanto um instrumento de verificação de dívida como de aplicação de capital. Surge
então, a exigência por parte de futuros investidores de que essas demonstrações fossem
examinadas por um profissional independente e com competência técnica, o auditor
independente.

Auditoria pode ser definida como avaliação de rotinas, processos, transações e


operações de uma entidade, que através de procedimentos técnicos tem como objetivo
emitir um RAI (relatório de auditoria independente) sobre a adequação, de
demonstrações e procedimentos (CREPALDI, 2007). Em outras palavras a auditoria
tem como objetivo verificar se as demonstrações financeiras estão livres de distorções
relevantes, levando em consideração aspectos económico-financeiros e patrimoniais das
entidades para que o auditor possa emitir um relatório de auditoria independente sobre
as demonstrações (PEPINELLI; DUTRA; ALBERTON, 2011).

Salienta-se que a auditoria não tem como usuário das informações obtidas e relatadas
apenas para o contratante, mas também aos usuários das informações, para que estes
tenham segurança quanto às informações recebidas da entidade. Além de preocupar-se
com a adequação das informações às normas e princípios da contabilidade, o auditor
verifica a forma de comunicação das demonstrações e informações a terceiros (PINHO,
2007). Pode se dizer então que a auditoria surgiu da necessidade de investidores
saberem se as demonstrações refletem a realidade patrimonial da empresa.

Auditoria tem como função verificar se as demonstrações financeiras estão livres de


distorções relevantes, estas informações são utilizadas pela própria organização
auditada, como administradores e investidores, e por terceiros alheios a empresa, como
órgãos governamentais, sociedade e bancos.

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2.2 Planeamento da auditoria
É considerada a fase mais importante do processo de auditoria, influi diretamente no
êxito do trabalho. É nesta etapa que o auditor define programas para alcançar o objetivo,
e ainda conhece o negócio da empresa, o funcionamento de práticas de contabilidade,
processos e controles (JUND, 2002). Também nesta fase, busca obter colaboração por
parte do cliente, para que consiga ter conhecimento seguro sobre a posição patrimonial e
financeira da organização. O planeamento deve definir programas diferentes para cada
área (caixa, bancos, clientes, estoques, imobilizado, fornecedores, patrimônio líquido,
etc.) (FRANCO; MARRA, 2001).

O planeamento pode ser considerado a “bússola” do trabalho de auditoria, funciona


como o guia das ações, e também uma forma de controlar se os testes estão sendo
realizados no tempo planeado, se os objetivos estão sendo alcançados. As atividades que
podem fazer parte do planeamento são a definição da estrutura do trabalho, elaboração
do programa e cronograma (PAMPONET, 2009).

O planeamento norteia o trabalho de auditoria, nesta fase também são analisados os


controles internos e a gestão de riscos, são definidos os objetivos, recursos a serem
utilizados e o escopo do trabalho. Os processos, como a extensão de testes, o processo
de escolha, análise, coleta e interpretação dos dados, assim como as técnicas de
amostragem são definidos ao final do planeamento (LÉLIS, PINHEIRO, 2012). No
planeamento o auditor deve conhecer melhor a empresa para a qual prestará o serviço,
buscando informações sobre as atividades operacionais, e os locais de execução,
também deve analisar fatos importantes do exercício anterior que podem interferir e
ainda conhecer a administração da organização. O auditor irá definir o volume de
informações necessárias. A primeira área que deve analisar é a de controle interno e
revisão analítica, para dimensionar e determinar a data de testes nas demais áreas da
empresa (JUND, 2002).

Planear em auditoria significa estabelecer metas para que o trabalho seja realizado de
forma excelente e com o menor custo (ALMEIDA, 2010). Este autor descreve de forma
clara os objetivos do planeamento:

a) conhecer a natureza das operações da empresa;

b) planejar o maior volume de horas na auditoria preliminar;

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c) conseguir cooperação do pessoal da empresa;

d) determinar extensão dos testes a serem aplicados;

e) identificar problemas com impostos, auditoria e contabilidade.

Percebe-se que o planeamento é fase mais importante do processo de auditoria, nesta


etapa o auditor além de conhecer o negócio da empresa a ser auditada, conhece seus
controles internos e a gestão de riscos. A partir destas informações ele define todo o seu
trabalho, desde o objetivo a ser alcançado com a auditoria até os procedimentos, a forma
e em que tempo irá realizar as atividades.

3 Análise e interpretação de resultados


3.1 Programas de auditoria
Os objetivos do planeamento de auditoria podem ser atingidos de modo mais eficiente
quando este planeamento é feito por escrito, e quando a emissão do mesmo resulta na
elaboração de programas de auditoria, ou seja, quando as ideias ou decisões relativas ao
que fazer, como e por que fazer são convertidas em procedimentos de auditoria
evidenciados por escrito, na forma de programas.

O auditor deve documentar seu planeamento geral e preparar programas de trabalho por
escrito, detalhando o que for necessário à compreensão dos procedimentos que serão
aplicados, em termos de natureza, oportunidade e extensão.

Os programas de trabalho devem ser detalhados, de forma a servirem como guia e meio
de controle de sua execução.

3.1.1 Processo de elaboração


A preparação de um programa de auditoria exige, pelo menos, a definição de quatro
fases:

• que características ou circunstâncias devem ser levadas em conta;

• como apreender essas características e circunstâncias;

• a ocasião;

• por quem deve ser preparado o programa.

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O programa deve ser preparado analisando-se, entre outros, a natureza e o tamanho da
empresa ou setor examinado, as políticas e o sistema de controle interno estabelecidos
pela administração e as finalidades do exame que será efetuado.

Essas características e circunstâncias devem ser analisadas por intermédio de um estudo


geral, que englobe as informações contidas em trabalhos anteriores, o conhecimento do
ramo de atividade, a avaliação de controles internos, dentre outras.

A época mais adequada para fazer-se o programa ocorre na fase final do planeamento
dos trabalhos, após ter-se conhecimento geral das operações, por meio dos manuais dos
serviços ou elaboração de fluxogramas.

A responsabilidade do programa pode ser do sênior ou do gerente responsável pelo


trabalho.

As características do programa de auditoria variam de caso para caso. Todavia, é


possível estabelecer certos conteúdos mínimos que todo programa deve conter.

Estes requisitos mínimos são:

• objetivo do trabalho;

• aspectos fundamentais de controles internos;

• procedimentos de auditoria e momento em que serão efetuados;

• extensão dos trabalhos que considera necessária para que o auditor possa concluir
sobre os mesmos.

3.1.2 Estrutura do programa de auditoria


Para bem servir ao propósito de otimizar a qualidade e tempo de execução dos
trabalhos, recomenda-se que o programa seja estruturado em tópicos, da seguinte forma:

1º tópico - objeto do programa de auditoria

2 º tópico - objetivos do programa de auditoria

3 º tópico - avaliação da organização e de seus controles internos

4 º tópico - roteiro sequencial para execução dos testes, levantamentos, comprovações e


exames.

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5 º tópico – etapas complementares

6 º tópico – revisão

7 º tópico – conclusão

3.1.3 Objecto e objectivos do programa


Objecto

Definição sucinta das características da área ou da atividade a ser auditada, propiciando


ao auditor um nível mínimo de informações que permite avaliar, desde logo, a
magnitude, importância, complexidade da área e, portanto, a problemática de controle
que terá pela frente.

Objectivo

Neste tópico, o responsável pelo trabalho define quais são os objetivos que devem ser
alcançados por meio da execução do programa.

A finalidade de serem determinados os objetivos, e estes informados de maneira formal


ao auditor responsável pela execução do programa, é de possibilitar a este e ao seu
supervisor a análise do resultado da sua aplicação e ainda, na fase de pré-relatório,
verificar em que extensão há evidências de que esses objetivos foram alcançados. Em
caso de insuficiência, a revisão das causas poderá indicar a falta de execução de partes
do programa de auditoria; a incompletabilidade do programa ou ainda, a deficiência do
próprio programa ou dos auditores encarregados pela sua execução.

3.1.4 Vantagens e desvantagens no uso dos programas


As principais vantagens de um programa de auditoria bem preparado são:

• permitir a fixação da importância relativa de cada trabalho;

• enfatizar o exame das áreas prioritárias;

• possibilitar a divisão racional do trabalho entre os elementos da equipe;

• facilitar a administração do trabalho;

• antecipar a descoberta de problemas;

• poder ser empregado, com adaptação, em mais de um trabalho.

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As desvantagens são em menor número, e quase sempre estão ligadas à má preparação
do programa. O programa pode limitar a capacidade de criação pessoal, à medida que
pode tornar mecânico o trabalho do auditor. Existe também o risco de que algum
procedimento não seja aplicado somente porque foi omitido no programa.

A maior parte das desvantagens pode ser eliminada, desde que o auditor tenha
conhecimento não só do quê e como fazer, mas, principalmente, do porque fazer.

3.2 Papéis de trabalho


3.2.1 Conceito de papeis de trabalho
Os papéis de trabalho constituem um registro permanente dos serviços executados pelo
auditor, sobre os procedimentos que ele seguiu, os testes que efetuou, a informação que
obteve e as conclusões relativas ao seu exame. Eles integram um processo organizado
de registro de evidências da auditoria, por intermédio de informações em papel, filmes,
meios eletrônicos ou outros que assegurem o objetivo a que se destinam.

Os papéis de trabalho devem ter abrangência e grau de detalhe suficientes para propiciar
o entendimento e o suporte da auditoria executada, compreendendo a documentação do
planeamento, a natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos de auditoria, bem
como o julgamento exercido pelo auditor e as conclusões alcançadas.

Os papéis de trabalho se destinam a:

a) ajudar, pela análise dos documentos de auditorias anteriores, ou pelos coligidos,


quando da contratação de uma primeira auditoria, no planejamento e execução da
auditoria;

b) facilitar a revisão do trabalho da auditoria;

c) registrar as evidências do trabalho executado, para fundamentar o parecer do auditor


independente.

O auditor deve documentar todas as questões que foram consideradas importantes, para
proporcionar evidência, visando fundamentar o parecer da auditoria e comprovar que a
auditoria foi executada de acordo com as Normas de Auditoria Independente das
Demonstrações financeiras

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3.2.2 Objetivos dos papeis de trabalho
• evidenciar o trabalho feito, as conclusões alcançadas, que serviram de base aos
relatórios ou pareceres da firma, sobre as demonstrações financeiras;

• servir de fonte de informações para consultas, a fim de obter detalhes de saldos de


contas ou outros dados relacionados com auditoria;

• servir de meio de revisão para determinar se o serviço foi feito de forma adequada e
eficaz, e julgar a solidez das conclusões enunciadas;

• servir de base para modificações nos procedimentos de auditoria e no programa de


trabalho para próxima auditoria;

• facilitar o estudo e a avaliação dos controles internos;

• servir de base para avaliação individual do desempenho do auditor.

3.2.3 Regras de preparação dos papéis de trabalho


O auditor deve registrar, nos papéis de trabalho, informação relativa ao planeamento da
auditoria, a natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos aplicados, os
resultados obtidos e as conclusões da evidência da auditoria. Os papéis de trabalho
devem incluir o juízo do auditor acerca de todas as questões significativas, juntamente
da conclusão a que chegou. Nas áreas que envolvem questões de princípio ou de
julgamento difícil, os papéis de trabalho devem registrar os fatos pertinentes, que eram
do conhecimento do auditor no momento em que chegou às suas conclusões.

A extensão dos papéis de trabalho é assunto de julgamento profissional, visto que não é
necessário nem prático documentar todas as questões de que o auditor trata; entretanto,
qualquer matéria que, por ser relevante, possa influir sobre o seu parecer, deve gerar
papéis de trabalho que apresentem as indagações e conclusões do auditor. Ao avaliar a
extensão dos papéis de trabalho, o auditor deve considerar o que seria necessário para
proporcionar a outro auditor sem experiência anterior com aquela auditoria o
entendimento do trabalho executado e a base para as principais decisões tomadas, sem
adentrar os aspectos detalhados da auditoria. É possível que esse outro auditor somente
possa entender os fatos analisados pela auditoria discutindo-os com os auditores que
prepararam os papéis de trabalho.

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3.2.4 Forma e conteúdo dos papéis de trabalho
Os papéis de trabalho são elaborados, estruturados e organizados para atender às
circunstâncias do trabalho e satisfazer às necessidades do auditor para cada auditoria.

Quando da elaboração dos papéis, o auditor deve levar em consideração:

a) Concisão: os papéis devem ser concisos, de forma que todos entendam sem
necessidade de explicações da pessoa que os elaborou.

b) Objetividade: os papéis devem ser objetivos, de maneira que se entenda aonde o


auditor pretende chegar, de forma objetiva e sem pormenores.

c) Limpeza: os papéis devem estar limpos, de maneira a não prejudicar o seu


entendimento.

d) Lógica: os papéis devem ser elaborados de forma lógica de raciocínio, na seqüência


natural do objetivo a ser atingido.

e) Completos: os papéis devem conter todas as informações julgadas necessárias para


fundamentar a opinião do auditor, quando da realização do relatório ou do parecer.

A formatação dos papéis de trabalho deve incluir, pelo menos, os seguintes dados
básicos:

• grupo da conta;

• área auditada;

• declarar se foram preparados pelo cliente;

• usar somente um lado da folha;

• indicar sempre o método usado e o trabalho executado, assim como sua extensão e
conclusões obtidas;

• indicar a base de seleção de quaisquer amostras;

• codificar todas as folhas.

O conteúdo dos papéis de trabalho, além de outros mais específicos, inclui:

a) informações sobre a estrutura organizacional e legal da entidade;

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b) cópias ou excertos de documentos legais, contratos e atas;

c) informações sobre o setor de atividades, ambiente econômico e legal em que a


entidade opera;

d) evidências do processo de planeamento, incluindo programas de auditoria e quaisquer


mudanças nesses programas;

e) evidências do entendimento, por parte do auditor, do sistema contábil e de controle


interno e sua concordância, quanto à sua eficácia e adequação;

f) evidências de avaliação dos riscos de auditoria;

g) evidências de avaliação e conclusões do auditor e revisão sobre o trabalho da


auditoria interna;

h) análises de transações, movimentação e saldos de contas;

i) análises de tendências, coeficientes, quocientes, índices e outros indicadores


significativos;

j) registro da natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos de auditoria e seus


resultados;

k) evidências de que o trabalho executado pela equipe técnica foi supervisionado e


revisado;

1) indicação de quem executou e revisou os procedimentos de auditoria e de quando o


fez;

m) detalhes dos procedimentos relativos às demonstrações contábeis auditadas por outro


auditor;

n) cópias de comunicações com outros auditores, peritos, especialistas e terceiros;

o) copias de comunicações a administração da entidade e suas respostas, em relação aos


trabalhos, às condições de contratação e às deficiências constatadas, inclusive, no
controle interno;

p) cartas de responsabilidade da administração;

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q) conclusões do auditor acerca de aspectos significativos, incluindo o modo como
foram resolvidas ou tratadas questões não-usuais; e

r) cópias das demonstrações contábeis, assinadas pela administração da entidade e pelo


contabilista responsável, e do parecer e relatórios do auditor.

Os papéis de trabalho padronizados podem melhorar a eficácia dos trabalhos, e sua


utilização facilita a delegação de tarefas, proporcionando meio adicional de controle de
qualidade. Entre os papéis de trabalho padronizados encontram-se, além de outros: listas
de verificação de procedimentos, cartas de confirmação de saldos, termos de inspeções
físicas de caixa, de estoques e de outros ativos. O auditor pode usar quaisquer
documentos e demonstrações preparados ou fornecidos pela entidade, desde que avalie
sua consistência e se satisfaça com sua forma e conteúdo.

A forma e o conteúdo dos papéis de trabalho podem ser afetados por questões como:

a) natureza do trabalho;

b) natureza e complexidade da atividade da entidade;

c) natureza e condição dos sistemas contábeis e de controle interno da entidade;

d) direção, supervisão e revisão do trabalho executado pela equipe técnica; e

e) metodologia e tecnologia utilizadas no curso dos trabalhos.

Propriedade dos papeis de trabalho

• São de propriedade exclusiva do departamento de auditoria que os preparou.

• Em ocasiões especiais e com aprovação da direção, poderão ser apresentados a


terceiros.

• pela natureza do assunto envolvido, são de caráter estritamente confidencial.

Guarda ou custódia dos papéis de trabalho

O auditor, para fins de fiscalização do exercício profissional, deve conservar a boa


guarda, pelo prazo de 5 (cinco) anos, a partir da data da emissão de seu parecer, toda a
documentação, papéis de trabalho, relatórios e pareceres relacionados com os serviços
realizados.

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3.2.5 Classificação dos papéis de trabalho
No caso de auditorias realizadas em vários períodos consecutivos, alguns papéis de
trabalho, desde que sejam atualizados, podem ser reutilizados, diferentemente daqueles
que contêm informações sobre a auditoria de um único período.

Os papéis devem ser organizados conforme sua finalidade. A forma mais prática é
mantê-los em pastas apropriadas, de acordo com o assunto a que se referem, como por
exemplo: Pasta Permanente; Pasta de Assuntos de Auditoria; Pasta de Análise de
Contas; Pasta de Correspondência, outras. Assim, podemos classificar os papéis de
trabalho, segundo a natureza da informação que contêm e o seu respectivo
arquivamento, da seguinte forma:

Permanentes

• São os papéis que serão utilizados por mais de um período.

• São os que contêm informações relacionadas com a organização e atividades da


empresa.

São montados e compilados numa primeira etapa de auditoria (normalmente, nas


primeiras visitas), e mantidos sob constante atualização nos anos seguintes.

Correntes

• São os que contêm as informações relacionadas com o tipo de auditoria em execução.

• Devem sempre conter objetivos do exame, comentários sobre as falhas de controle


interno, comentários sobre as áreas objeto do exame.

• Detalhes dos testes efetuados e os problemas detectados nas diversas áreas auditadas.

• Conclusão sobre os trabalhos efetuados.

3.2.6 Símbolos ou ticks utilizados nos papéis de trabalho

Grande parte do trabalho do auditor é baseada na inspeção de documentos, revisão ou


conferências de folhas de cálculos, análises de relações etc. O auditor deve evidenciar
em seus papéis de trabalho que verificou, analisou e inspecionou, os documentos que
fundamentam o seu trabalho, entretanto seria impraticável anti-econômico e, por vezes
até irracional, arquivar cópias de tais evidências em seus papéis de trabalho. Assim,

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convencionou-se usar os ticks, que são símbolos que declaram, após uma descrição
adequada, qual o trabalho efetuado. O auditor, portanto, usa símbolos para indicar o
trabalho feito, economizando assim tempo e espaço.

Principais vantagens no uso de símbolos

• rapidez;

• eliminação de repetição de explicações;

• facilidade de revisão.

Regras a serem observadas

• usar cor de lápis ou caracteres diferentes para os símbolos;

• usar símbolos claros e adequados;

• usar símbolos simples e fáceis para identificar.

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4. Conclusão
A auditoria surgiu com a evolução do sistema capitalista, que trouxe a expansão do
mercado e o acirramento da concorrência. Com o crescimento das organizações surge a
necessidade de demonstrações financeiras confiáveis, para que futuros investidores e
acionistas tenham uma posição patrimonial e financeira correta das empresas tem como
objetivo verificar se as demonstrações financeiras estão livres de distorções relevantes,
levando em consideração aspectos económico-financeiros e patrimoniais das entidades
para que o auditor possa emitir um relatório de auditoria independente sobre as
demonstrações. A fase do planeamento é considerada a fase mais importante do
processo de auditoria, influi diretamente no êxito do trabalho. É nesta etapa que o
auditor define programas para alcançar o objetivo, e ainda conhece o negócio da
empresa, o funcionamento de práticas de contabilidade, processos e controles. Os
programas de trabalho devem ser detalhados, de forma a servirem como guia e meio de
controle de sua execução.

Após a realização da aplicação dos testes e procedimentos previstos no programa de


auditoria, deve o auditor emitir a sua conclusão acerca da área examinada. Ressalta-se
que a conclusão deve estar relacionada com o objetivo do programa inicialmente
definido.

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Referencias bibliográficas

ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: Um Curso Moderno e Completo Textos,


Exemplos e Exercícios Resolvidos. 7. ed. São Paulo: Atlas S.a., 2010.

CERVO, Amado Luiz. Metodologia científica: para uso dos estudantes


universitários. 3ª Edição. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1983.

FRANCO, Hilário; MARRA, Ernesto. Auditoria Contábil: Normas de Auditoria,


Procedimentos e papéis de trabalho, Programas de Auditoria, Relatórios de
Auditoria. 4. ed. Atualizada São Paulo: Atlas S.a., 2001.

LÉLIS, Débora Lage Martins. Percepção de Auditores e Auditados sobre as Práticas


de Auditoria. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais - Anais, 2010.

LUNDIN, Iraê Baptista. Metodologia de pesquisa e ciências sociais. Maputo: Escolar


Editora,2016.

JUND, Sergio. Auditoria: Conceitos, Normas, Técnicas e Procedimentos. 4. ed. Rio


de Janeiro: Impetus, 2002.

PAMPONET, Arnaud Velhoso. Auditoria Interna de Processos. Fortaleza: Portal de


Auditoria, 2009.

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