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REVISÃO DIREITO TRIBUTÁRIO - TRIBUTOS EM ESPÉCIE E PROCESSO TRIBUTÁRIO

O que é Direito Tributário?


O direito tributário é o estudo jurídico e legal da tributação, que é uma das formas
com que o Estado mantém financeiramente a sua administração sobre o território nacional.
Estuda-se, nessa área, a formação dos tributos, a competência tributária, os modelos de
arrecadação e a fiscalizacão dessa relação compulsória
Conceito de Direito Tributário
Conjunto das leis reguladoras da arrecadação dos tributos (taxas, impostos,
contribuição de melhoria, empréstimo compulsório e contribuições especiais), bem como de
sua fiscalização. Regula as relações jurídicas estabelecidas entre o Estado e contribuinte no
que se refere à arrecadação dos tributos.
O Direito Tributário é uma barreira contra o arbítrio, que poderia ser demandado
pelos governantes, na ânsia de querer usurpar toda e qualquer riqueza proveniente do
indivíduo, apenas através da lei e de nenhuma outra fonte formal é que se pode criar ou
aumentar impostos de forma racional, porque o Estado tem a obrigação de prever os seus
gastos e a forma de financiá-los.
O bem estar social. A tributação afeta a todos nós. Seja diretamente em nossa
renda, na simples manutenção de propriedade, ou, ainda mais evidente, no consumo de
produtos ou serviços. Encontrar a "dose correta do veneno", a fim de impedir uma ânsia
desmedida do Estado em arrecadar. Além de evitar que contribuintes mal-intencionados
utilizem de meios fraudulentos para obtenção de vantagens indevidas.
Qual Princípio pode ser aplicado no Direito Tributário?
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE (Artigo 150, da CF); PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE E
DA ANTERIORIDADE DA LEI (nonagesimal, artigo 150, III, "¿" da CF); PRINCÍPIO DA
IGUALDADE OU DA ISONOMIA; PRINCÍPIO DO DIREITO À PROTEÇÃO
JURISDICIONAL; PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE; PRINCÍPIO DA CAPACIDADE
CONTRIBUTIVA (artigo 145, § 1º da CF) - 1° renda auferida. 2° o consumo ou renda
despendida. 3° patrimônio ou renda acumulada; PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO AO CONFISCO
(artigo 150, IV da CF); PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA;
PRINCÍPIO DA LIBERDADE DE TRÁFEGO (ARTIGO 150, V, da CF); PRINCÍPIO DA
TRANSPARÊNCIA;
PRINCIPIO DA NÃO CUMULATIVIDADE (é técnica que tem por objetivo limitar a incidência
tributária nas cadeias de produção e circulação mais extensas, fazendo com que, a cada
etapa da cadeia, o imposto somente incida sobre o valor adicionado nessa etapa).
FATO GERADOR
Fato gerador é uma situação prevista em lei que, ao ocorrer na prática, dá origem
a uma obrigação tributária.
Isso significa que o TRIBUTO não pode ser cobrado se o fato gerador não tiver
acontecido.
Art. 114 do CTN. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei
como necessária e suficiente à sua ocorrência
ELEMENTO BÁSICOS DO FATO GERADOR -
Legalidade; Significa que a ocorrência que vai gerar o imposto deve estar expressa
na lei, assim como a cobrança desse tributo. Se não houver legislação específica sobre o
assunto, esse primeiro princípio é violado

Economicidade: o fato que será tributado precisa ser quantificado por uma
alíquota e base de cálculo. Além disso, a pessoa tributada precisa de condições financeiras
de arcar com o imposto.
- Causalidade: é necessária uma relação de causa e efeito entre o fato gerador e a
obrigação tributária. A obrigação tributária precisa ser uma consequência do fato gerador.
Quando o fato gerador não acontece, não há obrigação tributária
OBRIGAÇÃO PRINCIPAL X OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA
CONTRIBUINTE: É o sujeito passivo de uma obrigação tributária.
BASE DE CÁLCULO: a grandeza econômica sobre a qual se aplica a alíquota para
calcular a quantia a pagar. Finalidade de determinar quanto é devido nas obrigações
tributárias concretas.
ALÍQUOTA: É o percentual da base de cálculo devido pelo contribuinte. Em regra,
os impostos têm alíquota fixa, mas alguns submetem-se a regras especiais. ( ICMS -
alíquota variável conforme a essencialidade do produto. IPVA - alíquota proporcional a
função e tipo de carro. IPTU - possuí alíquotas proporcionais).
TEORIA PENTAPARTIDA
(1) Taxas, (2) impostos, (3) contribuição de melhoria, (4) empréstimo compulsório
e (5) contribuições especiais
O art. 5°, do CTN e o art. 145, I, II, e III da Constituição Federal dispõem sobre as
espécies tributárias de competência concorrente da União, dos Estados e Distrito Federal e
dos Municípios, de modo não taxativo, assim, indicando os tributos gerais e os respectivos
entes tributantes. No tocante aos artigos 148 e 149 da CF/88 observa-se a competência
exclusiva da
União, para a instituição de empréstimos compulsórios e contribuições especiais.
IMPOSTO: é um tributo não vinculado que, em geral, atinge manifestações de
riqueza. Por não vinculado entende-se que o tributo não é uma contraprestação por algum
serviço público, por exemplo. (ARTIGO 16 do CTN).
- IMPOSTOS DIRETOS, IMPOSTOS INDIRETOS, IMPOSTO ADICIONAL, IMPOSTO FIXO,
IMPOSTO PROPORCIONAL, IMPOSTO PROGRESSIVO, IMPOSTO REGRESSIVO,
IMPOSTOS REAIS, IMPOSTO PESSOAL, IMPOSTO EXTRAFISCAL
TAXAS: A taxa é um tributo que poderá ser instituído pela União, Estados, Distrito
Federal e os Municípios, conforme previsto no art. 145, alínea "a", da CF/88
As taxas são tributos cujo fato gerador é configurado por uma atuação estatal
específica referível ao contribuinte, de serviços público específico e divisível (art. 146. II, da
CF, e art. 77, do CTN).
O fato gerador da taxa não é um fato do contribuinte, mas um fato do Estado. O
Estado exerce determinada atividade e, por isso, cobra a taxa da pessoa a quem aproveita
ou utiliza daquela atividade. A taxa possui um caráter contra prestar, ou seja
contra-prestação, pois existe nela um benefício ou vantagem para o contribuinte.
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA: A contribuicão de melhoria é um tributo que pode
ser exigido pelo Poder Público (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) quando
houver a realização de uma obra pública e uma valorização imobiliária decorrente desta
obra.
Limitações da Contribuição de Melhoria - INDIVIDUAL e GLOBAL.
Quanto à INDIVIDUAL, deve ser observado o quanto foram valorizados os imóveis,
não poderá ser cobrado dos proprietários uma contribuição de melhoria em valor superior
da valorização imobiliária.
Já o limite GLOBAL se refere ao preço total da obra pública. Sob este aspecto a soma
de todas as contribuições de melhoria dos moradores da região não pode ultrapassar os
gastos
totais da obra pública.
Como é cobrada a contribuição de melhoria? Destino certo, a própria obra.
EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO: empréstimos que o governo obtém dos
contribuintes de forma compulsória, cujo valor necessariamente deve ser devolvido na
forma que vier a ser estabelecida pela lei complementar que o instituir, sendo necessário
que tal norma determine o prazo do empréstimo e as condições de seu resgate (artigo 15,
parágrafo único do
CTN).
Competência exclusiva da UNIÃO, não vinculado à atividade estatal, com
destinação específica (art. 148, l da CF), e restituível.
Cobrado imediatamente, não se adequando ao princípio da anterioridade anual,
nem nonagesimal.
CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS: 3 possibilidades.
1) SOCIAIS: que são aquelas que financiam direitos sociais como educação, saúde,
moradia, lazer, por exemplo. Dentro das Contribuições especiais sociais ainda podemos
subdividir em Gerais e de Seguridade. SEGURIDADE: constitui em ações para promover a
saúde, previdência ou assistência social. GERAIS: são as contribuições que financiam
outros direitos sociais que não sejam saúde, previdência e assistência.
2) INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO: CIDE No Brasil, a Lei n° 10.336, de
19/12/2001 criou a CIDE combustíveis incidentes sobre a importação e a comercialização
de gasolina, diesel e respectivas correntes.
3) Interesse de categoria profissional ou econômica: aqui temos as contribuições
que são feitas para as categorias profissionais (CRM, CREA, CRP,...). A União cria uma
autarquia sui generis para atuar no interesse da categoria profissional e junto a isso cria um
tributo para manter essa autarquia. Vale lembrar que a contribuição para OAB não é
considerada um tributo, de acordo com o STF, com o objetivo de manter a sua
independência perante o Estado.
Resumo do Direito Tributário em alguns termos
Composto por princípios e normas relativas à imposição e a arrecadação dos tributos,
analisando a relação jurídica (tributária), em que são partes os entes públicos e os
contribuintes, e o fato jurídico (gerador) dos tributos. O objeto é a obrigação tributária, que
pode consistir numa obrigação de dar (levar o dinheiro aos cofres públicos) ou uma
obrigação de fazer ou não fazer (emitir notas fiscais, etc.)

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