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Aulas Teóricas de Direito Fiscal I

16 de março
Conteúdos:
A- TEORIA GERAL DO DIREITO FISCAL:

1. Introdução. Atividade financeira do Estado. Direito Financeiro, Tributário e Fiscal. Âmbito do Direito Fiscal,
relações com outros ramos do Direito. Objeto do Direito Fiscal: conceito de imposto, distinção de figuras afins.

2. Fontes do Direito Fiscal. A Constituição Fiscal. O Direito da União Europeia. O Direito Internacional. A Lei. O
Direito Circulatório e a vinculação da AT.

3. Interpretação, integração, aplicação no tempo e no espaço da norma jurídica fiscal.

4. A relação jurídica fiscal: Sujeitos. Substituição tributária. Responsabilidade tributária.

5. Transmissão e extinção da relação fiscal. A prescrição.

B- IMPOSTOS EM ESPECIAL

6. Classificação dos impostos. Recorte do sistema fiscal português na EU.

7. Caracterização dos impostos.

8. Momentos da vida do imposto.

8.1. A determinação da matéria coletável.

8.2 A liquidação enquanto ato complexo

9. Os benefícios fiscais. Noção. Legitimação. regime.

10. O planeamento fiscal. A cláusula geral anti-abuso.

Bibliografia  CASALTA NABAIS, José; Direito Fiscal, 11º Ed., Almedina, 2019, ISBN
9789724078755; (é um livro difícil de ler, então a doutora deu atenção aos sumários que
estão no moodle, que servem de mapa)
Não existe oral obrigatória – passamos com 10, chumbamos com 9.
Há 2 mini-testes, sendo o primeiro a meio do semestre e o segundo que é em época
normal. Nota mínima de 7 em ambos os elementos de avaliação.

Direito Fiscal
Estamos a falar de Direito público, financeiro.
A nossa forma de organização implica despesa publica, e para a haver é preciso que haja
receita publica. Essa receita tem diversas fontes, mas normalmente essas fontes são as
receitas publicas, e as mais significativas são:
 Receitas patrimoniais do Estado
 Sanções pecuniárias (que as entidades publicas aplicam aos seus cidadãos. Ex.
multas de transito são para o orçamento da policia de transito)
 Empréstimos públicos (os países endividam-se contraindo empréstimos ou títulos de
divida publica)
 Tributos
Dentro do direito financeiro temos direito da despesa, temos direito da receita e dentro
deste temos o direito fiscal. O direito fiscal é direito dirigido à cobrança do imposto. O
direito fiscal relaciona-se com todos os outros ramos de direito, nomeadamente com o
direito internacional, com o direito constitucional, etc. Ex. personalidade tributária sem
personalidade jurídica.
O direito fiscal está regulado por vários tipos de normas, nomeadamente constitucionais. É
também regulado na Lei geral tributária, no regulamento da inspeção tributária, etc.
Âmbito do direito fiscal:

 Direito constitucional fiscal


 Direito fiscal material
 Direito Fiscal Formal
 Normas de contencioso fiscal
 Normas fiscais sancionatórias

Taxonomia dos Tributos (tipos)

 Impostos
 Taxas
 Contribuições
O que os distingue? O direito fiscal é o direito dos impostos. O imposto é uma prestação
pecuniária, unilateral, definitiva, coativa, exigida pelo Estado ou outros entes públicos, sem
caráter de sanção, para a realização de fins públicos. É pecuniária porquê? Tem de ser
pago em dinheiro, não pode ser paga em espécie, em bens. Não quer isso dizer que numa
cobrança coerciva o estado não penhore os meus bens, mas usa o dinheiro da venda para
se pagar. Só há rubricas para euros – só dá a moeda com curso legal em Portugal. A única
exceção que há é eu no processo de execução fiscal poder oferecer em pagamento da
minha divida um determinado bem, mas esta dação em pagamento só é autorizada pelo
ministro das finanças e se houver interesse publico em ficar com o bem (o Estado). É uma
prestação unilateral porquê? Distingue isto o imposto da taxa. Eu pago impostos em troco
de nada. É evidente que o fim do imposto é o Estado ter receita para satisfazer
necessidades coletivas, mas são essas e não as minhas. Nota: quem pode mais contribui
mais, quem pode menos contribui menos. Como não há contraprestação, não é
condicionada a nada = caráter definitivo da prestação. É coativa porque eu ou pago a bem,
ou pago a mal. O Estado tem forma de cobrar que mais nenhum credor tem. Não é uma
prestação de caráter privado, e por isso pode ser exigida pelo Estado e por outros bens
públicos. Não tem caráter de sanção porque não devem as pessoas pagar impostos para
sancionar determinados comportamentos. Ex. imposto sobre o tabaco – ao aumentar o
preço desencoraja-se ao comportamento. Este comportamento (auto-lesivo) não custa só
ao próprio, pois se a pessoa ficar doente isto custa também ao serviço nacional de saúde,
etc, e é assim que se justifica haver este imposto com caráter sancionatório.
Distinção entre imposto e taxa 

 A taxa é bilateral, não é de fato um tributo, mas há uma certa contraprestação – ex.
rampa no meu passeio. Tenho de pagar uma taxa para a camara municipal eliminar
o obstáculo legal, bem como a taxa do lixo, pago a taxa para a camara me recolher
o lixo. As propinas das universidades publicas também são taxas, bem como a taxa
moderadora que pagamos no hospital.
 Há também uma reserva de lei apenas quanto ao seu regime geral, enquanto que o
imposto obedece a um principio de legalidade fiscal.
 Assenta no princípio da proporcionalidade (pago em proporção do serviço, quanto
maior mais pago), enquanto que os impostos têm por base o principio da
capacidade contributiva (quem pode mais, paga mais).

Contribuições financeiras
Não é um imposto porque não é geral, universal, etc, não é uma taxa porque não tem
carater voluntario, mas é uma contribuição de maior desgaste, havendo um benefício para
um grupo de pessoas que não há para outros.
Autonomizadas pela Revisão Constitucional de 1997.
São tributos que servem de financiamento a entidades publicas cuja atividade beneficia
grupos tendencialmente homogéneos de destinatários.
Não há uma contrapartida direta entre a entidade pagadora e o credor que lhe oferece a
prestação, mas há uma utilidade ou benefício identificável, através da sua condição grupal.
Projeção do princípio da equivalência, enquanto equivalência de grupo.

Contribuições especiais
Contribuições de melhoria
Contribuições do maior desgaste ocasionado

São verdadeiros impostos?

Nota: para a semana, dia 23 de março, não haverá aula teórica de Direito Fiscal 1.

30 de março
Fontes de Direito Fiscal
Direito internacional
Direito da união europeia
Direito interno

Princípios jurídico constitucionais de tributação
De caráter formal (quem, como e quando se tributa)
- Princípio da legalidade fiscal
- Princípio da segurança jurídica (art. 2.º CRP)
De caráter material (do que e de quanto se tributa)
- Principio da igualdade fiscal (art. 13.º; ancorado no principio da capacidade contributiva –
toda a gente contribuiu não de forma igual mas com base na sua capacidade)
- Principio da consideração fiscal da família (arts. 67.º, nº2, alinea f) e 104.º nº1 CRP)

Ideia de autotributação (porquê? Porque nós é que elegemos os nossos representantes


para a AR) – visa tutelar o valor da segurança jurídica na tributação
- garantia das garantias dos contribuintes
Formulação constitucional – 165.º, nº1, alinea i) e 104.º
Este principio desdobra-se em duas vertentes:
a) Reserva de Lei (formal) – há certas matérias que estão reservadas à Assembleia da
Republica. É uma reserva relativa, pois pode ser afastada através de Lei de autorização
legislativa. – 165.º nº1. Temos aqui os impostos; quanto ás taxas e contribuições apenas o
regime geral.
- Intervenção de lei parlamentar - 165.º, nº1, alinea i) primeira parte
- Conceito de elementos essenciais do imposto – 103.º nº2 CRP
- Reserva de lei – 103.º, nº3
b) Reserva material (de lei)
- principio da tipicidade
Consequência: proibição da integração analógica
- Principio da determinação
Consequência: proibição de desenvolvimento regulamentar, de atribuição de
discricionariedade à administração tributaria e utilização de conceitos
indeterminados

Atenuação  principio da praticabilidade (fundamento: luta contra a evasão e fraude


fiscal)

Principio da igualdade fiscal


Visa tutelar o valor da justiça fiscal, ou seja, a abolição das discriminações em matéria de
impostos.
Formulação constitucional – artigo 13.º
Este principio desdobra-se em duas vertentes:
a) Generalidade ou Universalidade – todos os cidadãos devem estar obrigados ao
cumprimento do dever de pagar impostos, independentemente de distinções de qualquer
espécie
b) Uniformidade – aquele dever seja aferido por um mesmo critério – o critério da
capacidade contributiva
Igual imposto para os que dispõe de igual capacidade contributiva (igualdade
horizontal).
Diferente imposto para os que dispõe de diferente capacidade contributiva (igualdade
vertical).

Duas funções deste princípio:


a) função garantística – Só devem ficar sujeitos aos impostos os que têm capacidade
contributiva (que é diferente de capacidade económica) e, portanto, podem pagar o tributo
b) função solidária – desde que haja capacidade de pagar todos devem contribuir para as
despesas publicas na medida da sua capacidade – cfr. Artigo 4.º, nº1, da LGT
Consequências  não tributação da mínima existência ; proibição de impostos
confiscatórios

Outras fontes de direito fiscal


 As convenções para evitar a dupla tributação

 Direito da União Europeia


a) Harmonização legislativa

 Disciplina dos impostos indiretos – IVA e IEC’s


 Aspetos avulsos da tributação direta (ex: regime fiscal comum aplicável às
sociedades mãe e sociedades afiliadas de diferentes Estados-Membros (Dir.
90/435/CEE), tributação dos juros e royalties pagos por sociedades associadas (Dir.
2003/497CE)
b) Harmonização Jurisprudencial

 Com base em vários princípios como sejam o da não discriminação em razão da


nacionalidade, livre circulação de pessoas, livre circulação de capitais, livre
circulação de mercadorias, etc.

 As leis ordinárias

 Os regulamentos
a) Regulamentos internos e externos
 A problemática das orientações genéricas (cfr. Artigos 55.º e 56.º do CPPT e artigo
68.º -A LGT)

 A jurisprudência
a) as declarações, com força obrigatória geral, de inconstitucionalidade e de
ilegalidade pelo Tribunal Constitucional -arts- 281.º e 282.º CRP
b) As declarações de ilegalidade pelos TCA – art. 38.º, nº1, alinea c) ETAF
c) Acórdãos de uniformização de jurisprudência pela STA – art. 27.º b) ETAF e 280.º
do CPPT
d)Acórdãos do TGCE em matéria fiscal – autoridade de precedente
Interpretação das normas jurídico-fiscais – art. 11.º LGT
 Rejeição das teorias especificas na interpretação das normas jurídico-fiscais
Artigo 11.º - Interpretação e integração de lacunas

1 — Na determinação do sentido das normas fiscais e na qualificação dos factos a que as mesmas se aplicam
são observadas as regras e os princípios gerais de interpretação e aplicação das leis.

2 — Sempre que, nas normas fiscais, se empreguem termos próprios de outros ramos de direito, devem os
mesmos ser interpretados no mesmo sentido daquele que aí têm, salvo se outro decorrer diretamente da lei.

3 — Persistindo a dúvida sobre o sentido das normas de incidência a aplicar, deve atender-se à substância
económica dos factos tributários.

4 — As lacunas resultantes de normas tributárias abrangidas na reserva de lei da Assembleia da República


não são suscetíveis de integração analógica.

O nº1 do art. 11.º da LGT adotou a orientação no sentido de que às normas fiscais são
inteiramente aplicáveis os princípios gerais da interpretação

Todavia, numa aparente contradição, o nº3 do artigo 11.º da LGT parece ter consagrado a
teoria da interpretação económica
 O nº2 do artigo 11.º da LGT refere-se á questão da utilização, nas normas fiscais, de
termos próprios de outros ramos de direito

Aplicação no tempo das normas jurídico-fiscais


A questão aqui relevante é a da sucessão das leis no tempo
 Artigo 103.º, nº3 da CRP – “ninguém pode ser obrigado a pagar impostos (…) que
tenham natureza retroativa”
 Artigo 12.º nº1 da LGT – “as normas tributárias aplicam-se aos factos posteriores à
sua entrada em vigor, não podendo ser criados quaisquer impostos retroativos”
Contudo, o Tribunal Constitucional entende que esta proibição abrange apenas a
retroatividade autentica ou própria, da lei fiscal, abrangendo apenas os casos em que o
facto tributário que a lei nova pretende regular já tenha produzido todos os seus efeitos ao
abrigo da lei antiga, excluindo do seu âmbito aplicativo as situações de retrospetividade ou
de retroatividade impropria, ou seja, aquelas situações em que a lei é aplicada a factos
passados mas cujos efeitos ainda perduram no presente, como sucede quando a lei é
aprovada até ao final do ano a que corresponde o imposto.

 Aplicação imediata da lei nova aos procedimentos e processos em curso, com duas
exceções:
1. Artigo 12.º nº3 da LGT – se afetar garantias, direitos ou interesses legítimos
anteriormente constituídos dos contribuintes
2. Artigo 12.º nº4 da LGT – normas que, embora respeitantes ao procedimento
de determinação da matéria tributável, tenham por função o desenvolvimento
de normas de incidência

 Normas sancionatórias fiscais


Artigo 29.º nº4 da CRP – aplicação do regime que concretamente se revele mais
favorável ao agente

6 de abril

Relaçao jurídica fiscal / tributária


Obrigação fiscal  vínculo jurídico nascido da verificação dos pressupostos abstratamente
definidos na lei tributária e cujo objeto é a prestação de imposto
Em primeiro lugar, costuma-se dizer que a relaçao jurídica fiscal é uma relaçao jurídica
obrigacional, ou seja, o que gera para uma das partes (para ambas na verdade) são
obrigações, sendo que a obrigação principal é gerada para o lado passivo que é o de
entregar o tributo. Como o imposto é uma prestação pecuniária, isto também é uma
obrigação pecuniária. Costuma dizer-se também que ao contrário das restantes, a relaçao
jurídica fiscal decorre da lei e que as outras não, o que não é necessariamente verdade.
Mesmo num contrato atípico nominado em bom rigor decorre da lei, pois decorre da lei a
obrigação de ambas as pessoas cumprirem a sua parte nos contratos, bem como a
liberdade contratual.
Porquê relaçao obrigacional? (dever de pagar- poder exigir)
Ao dever de pagar imposto contrapõe-se o direito de o exigir, o qual é detido pelo Estado
(ou outras entidades publicas), credor da obrigação tributária.
Esta (relação jurídica fiscal) decorre automaticamente do encontro de um determinado facto
e a norma, a norma de incidência. O que há na lei é uma norma que define os pressupostos
do nascimento da obrigação e é o preenchimento desses pressupostos que faz nascer a
obrigação. É nesse sentido que a obrigação decorre da lei. Há uma reserva de lei formal à
Assembleia da República, que é relativa porque pode haver autorização, mas que quer a
AR quer o Governo criam o imposto, criando a norma de incidência (vou sujeitar x facto a y
imposto) – determinar que uma determinada coisa está sujeita a imposto e está ou não está
isenta.
Nota: conceito de liquidação – liquidar a divida significa torná-la certa e depois exigível.
A obrigação fiscal é sempre uma obrigação ilíquida – quando eu preencho a norma de
incidência ela nasce, mas tem de ser sempre liquidada antes de ser paga.
Quando o facto encontra a norma e nasce a obrigação tributaria, nasce para o sujeito ativo
que é sempre o Estado ou outros entes públicos, ou então excecionalmente entidades
privadas com poder “delegado” para criar taxas, e do lado passivo quem tem o dever de
entregar os impostos.
Obrigações acessórias – ex. se formos a um notário fazer uma escritura publica de compra
e venda, os impostos têm de ser liquidados e pagos antes da escritura, e o notário tem
obrigações acessórias de coisas que não lhe dizem respeito.
Todavia as relações tributárias entre o Estado e os cidadãos não se esgotam nesta
obrigação!
(ver os PowerPoint porque a doutora passou à frente)

Características da obrigação fiscal


 Obrigação legal – é uma obrigação ex lege, que tem por fonte a lei, e nasce do
encontro do facto gerador com a hipótese legal (art. 36.º nº1 LGT)
 Obrigação publica – sua disciplina jurídica integra o Direito Publico (o que tem como
consequência, por exemplo, a presunção de legalidade do ato de liquidação)
 Obrigação indisponível e irrenunciável – ao credor não cabem quaisquer poderes
para conceder moratórias, admitir o pagamento em prestações ou conceder o
perdão da divida (arts. 29.º, nº1 e nº3, 30.º, nº2, 36.º, nº3 LGT e 85.º, nº3 CPPT)
 Obrigação especialmente garantida – as garantias especiais de que beneficia o
crédito tributário, colocam o credor tributário numa posição vantajosa face ao credor
comum – a este propósito dizemos que o que acontece com a obrigação tributaria é
que ela goza do benefício da execução prévia (cobrar coercivamente) ou seja, uma
vez liquidada, apurada, e findo o prazo de pagamento, mesmo que o devedor não
concorde e esteja a discuti-la pelos meios de reação que a lei prevê, o fisco executa.
O mesmo é dizer que os meios de reação só por si contra a liquidação não têm só
por si efeito suspensivo/impeditivo da execução. O fisco decide que eu devo
imposto, líquida o imposto, e executa.
Por outro lado, esta obrigação também é autotitulada, ou seja, a administração fiscal
faz o seu próprio título executivo.
Também é auto-executória, pois a administração fiscal não tem de recorrer a
ninguém para executar. Tudo se passa sem ver um tribunal, é um processo
meramente administrativo.

Sujeitos da Relação Jurídica Tributária


Personalidade e capacidade tributária

 Personalidade tributária – arts. 15.º e 16.º nº2 da LGT – suscetibilidade de ser


sujeito (ativo ou passivo) de relações tributárias
 Capacidade tributaria (de gozo) – qualidade de ser titular dos direitos e deveres
tributários
 Por regra, os detentores de personalidade jurídica serão sujeitos passivos das
relações jurídico-tributarias, a não ser que a lei fiscal diga o contrário:
- Situações em que se considera sujeitos tributários entidades desprovidas de
personalidade jurídica (ex. artigo 2.º CIRC)
- Situações em que não se considera sujeitos tributários entidades detentoras de
personalidade jurídica (ex. art. 6.º CIRC)
O que a lei devia dizer é que não há distinção entre a personalidade e a capacidade porque
ambas são a suscetibilidade de ser sujeito ativo ou passivo de relações tributarias. Na
verdade, personalidade tributária não é um conceito que existe, mas sim a personalidade
jurídica.
Nota: o agregado familiar (cfr. Artigo 13.º CIRS) não constitui sujeito passivo de IRS, mas
apenas uma unidade fiscal
O que não impede que qualquer dos cônjuges possa praticar todos os atos relativos à
situação tributária do agregado familiar ou atos relativos aos bens e interesses do outro
cônjuge (cfr. Artigo 16.º nº5 e nº6 LGT)
Não confundir a capacidade de gozo com a capacidade exercício! Capacidade tributaria de
exercício (ou de agir)  medida dos direitos e deveres que cada sujeito pode exercer e
cumprir por si.
 Outras situações de representação legal: art. 19.º nº5 a nº7 LGT, art. 130.º CIRS,
126.º CIRC e 30.º CIVA
Questão relativa à responsabilidade (127.º LGT)

 Representação voluntaria: concretizada através do mandato fiscal


 Mandado tributário
(ver no PowerPoint o resto deste slide)

Poder tributário  poder conferido constitucionalmente ao legislador para a criação dos


impostos e a sua disciplina essencial
Competência tributaria  administração ou gestão dos impostos, traduzido no lançamento,
liquidação, e cobrança dos impostos.
Fenómeno da autoliquidação
Capacidade tributaria ativa  qualidade de sujeito ativo na relaçao jurídico-fiscal, ou seja,
os entes dotados de personalidade jurídica a quem a lei fiscal atribui o direito de exigir o
cumprimento das obrigações tributárias (art. 18.º nº1 LGT)

Na verdade, a liquidação dos impostos, quando não tem patologias, é feita por iniciativa do
sujeito passivo. Autoliquidar, verdadeiramente, é quando não há nenhuma interação do
fisco, apenas de controlo. Por exemplo, quando a universidade paga o ordenado à doutora,
retém na fonte o imposto. Ex. 2. Amanhã fazemos o termo de autenticação de uma
constituição de hipoteca e tenho de dizer que liquidei e cobrei o imposto de selo de hipoteca
e temos de saber que aquilo está sujeito o imposto, qual a norma de incidência, o advogado
aqui é o sujeito passivo, tem de o cobrar e tem de o entregar ao Estado. Isto é um
fenómeno de autoliquidação e inversão do sujeito passivo.

Contribuinte
Contribuinte é o titular da manifestação da capacidade contributiva que a lei visa atingir e
que, por conseguinte, deve suportar a diminuição do património que o imposto acarreta.

 Contribuinte direto – aquele relativamente ao qual se verificam os pressupostos de


facto do imposto previstos nas normas de incidência (contribuinte de direito) – caso
do IRS, IRC, IMT, etc.
 Contribuinte indireto – aquele que suporta economicamente o imposto através do
fenómeno da repercussão, como ocorre, por exemplo, no IVA (contribuinte de facto)
Menção da figura dos Impostos legalmente repercutidos a terceiros

Devedor do Imposto
É o sujeito passivo que deve satisfazer perante o credor fiscal a obrigação de imposto.

Devedor originário – aquele a quem a lei originariamente vinculou ao dever de pagamento


evedor em sentido do imposto:
amplo
a) contribuinte – devedor a título de direito e principal (devedor em sentido restrito)
b) substituto – aquele a quem, em substituição do contribuinte, a lei impõe o dever
de pagamento de imposto (devedor indireto)
Devedor não originário – aquele a quem a lei, por factos supervenientes, vinculou ao dever
de pagamento do imposto:
a) responsável – devedor acessório
b) sucessor – devedor derivado

Fenómeno de responsabilidade subsidiária – esta é a regra.

Sujeito passivo da relaçao jurídico-fiscal


Sujeito passivo em sentido amplo  abrange toda e qualquer pessoa singular ou coletiva a
quem a lei imponha o dever de efetuar uma prestação tributaria:

 Obrigação principal – sujeitos passivos em sentido restrito são os devedores de


imposto (em sentido amplo)
 Obrigações sucessórias – demais obrigados tributários

20 de abril
Notas soltas sobre a aula passada:
Ao passo que a maior parte dos credores das obrigações pode perdoá-las, estas são
indisponíveis.
Indisponibilidade e Proibição de moratória
Talvez a principal caraterística da prestação/obrigação tributária – ela é garantida! É o
próprio credor que liquida a divida, que define o montante da divida. Depois de liquidar, o
prazo de pagamento está definido na lei, e se não cumpre é extraído o título executivo, e
quem o faz não é uma entidade externa, nem é preciso o próprio devedor entregar um titulo
 o credor pode extrair o titulo, e isto não acontece em mais nenhuma obrigação. Pega
neste título executivo e executa-o, executa-o previamente e sem necessitar de alguém –
execução previa e auto-execução. A obrigação tributária é autotitulada e auto-
executória.
Os sujeitos do lado ativo ou são o Estado ou outros entes públicos (ex- municípios), e às
vezes são entes privados a quem o Estado delega o pagamento de alguns tributos por
existência de contrato.
Do lado passivo é que há muitos mais sujeitos! Há os que são os contribuintes, e quando
falamos disto falamos naquela pessoa em que se verifica a capacidade contributiva, que
também são o devedor, que tem de pagar o imposto.
No IRC pode interpor-se outro devedor, substituto tributário – aquele que é obrigado a
reter na fonte imposto por conta do imposto que é devido afinal. Este é um devedor que não
é o contribuinte, não é o que preenche a norma de incidência.

Substituição tributária
Verifica-se sempre que a lei impõe o dever de pagamento do imposto, não à pessoa sobre
quem recaem os pressupostos de facto da tributação (substituído), mas a uma terceira
pessoa (substituto).
Sujeito ativo

Substituto substituído

(sujeito passivo) (contribuinte)

 Artigo 20.º nº2 LGT – a substituição tributaria é efetuada através do mecanismo da


retenção na fonte!

 Constituem retenções na fonte as entregas pecuniárias efetuadas por dedução nos


rendimentos pagos ou postos à disposição do titular (substituído) pelo substituto
tributário (34.º LGT):
 Retenções a título de pagamento por conta do imposto devido a final pelo
substituído (contribuinte)
 Retenções a título definitivo (caso das taxas liberatórias – IRS e IRC)
Não confundir com os pagamentos por conta (33.º LGT) que consistem em entregas
antecipadas de Imposto efetuadas pelos próprios contribuintes, que se traduzem em
adiantamentos por conta do imposto devido a final. Nestes não há substituição tributária.
“evitar deixar a conta toda para o fim”.

A substituição fiscal pode ser:

 Total – ex. caso dos não residentes. Quando o substituto tem sobre si não só a
obrigação de prestação do imposto (obrigação principal), mas também o
cumprimento de todas as obrigações fiscais acessórias. Neste caso o substituto é o
único sujeito passivo de todos os vínculos obrigacionais da relaçao jurídico-fiscal
(ex. retenções na fonte a título definitivo)
 Parcial – quando se reduz a prestação do imposto e, eventualmente (… ver o
PowerPoint)
Vantagens para o sujeito ativo:

 Diminui consideravelmente o trabalho burocrático


 Maiores garantias no seu cumprimento
 Traduz numa antecipação da arrecadação do imposto
 Anestesia fiscal
Figura que surge numa fase patológica do desenvolvimento da relaçao jurídica tributaria. O
responsável tributário é chamado ao pagamento do imposto porque o devedor originário
não pagou oportunamente e em processo de execução fiscal, apurou-se a inexistência ou
insuficiência de bens.
Objetivo
reforço da garantia do cumprimento da obrigação fiscal, através da responsabilização pelo
pagamento de pessoas diversas do devedor originário
Que o legislador fiscal entendeu responsabilizar por terem alguma conexão com a falta de
cumprimento.
(…)
Outro fenómeno de responsabilidade tributaria não originaria – gerentes administradores
das sociedades. As pessoas coletivas, o que tem, são os órgãos sociais, que são pessoas
que estão ao abrigo de um contrato de mandato. Imaginemos que uma sociedade comercial
não paga o seu IRC, ou que compra um imóvel e não paga o seu IMT, ou seja, tem um
imposto que não paga. Quem é que, ao abrigo do contrato de sociedade, tem poderes para
tomar essas decisões de não pagar? Os gerentes ou os administradores. Se, chegado o
momento de pagar, a sociedade não paga, é instaurado um processo de administração
fiscal, e são empenhados bens. O fisco a certa altura diz que parece que não haverá bens
suficientes! O fisco tem acesso a tudo o que a pessoa coletiva tem. Ele tem aquilo que se
chama o fundado receio de insuficiência de bens para pagar a divida. Notifico um conjunto
de pessoas que são os gerentes/administradores, aquelas pessoas que terão tomado a
decisão de não pagar o imposto. Se não ficar convencido com isto, o fisco cita as pessoas
para o processo de execução fiscal, e passa a correr contra essas pessoas, e não apenas
contra a sociedade. São responsáveis subsidiariamente perante a sociedade, mas, por ex,
tendo 2 gerentes, eles são entre eles solidariamente responsáveis. As pessoas que são
assim chamadas têm um conjunto de meios de defesa! Podem usar todos os meios de
defesa (que estudaremos em fiscal 2) que a sociedade tinha relativamente à liquidação da
divida, vão poder opor-se em processo de execução fiscal, e vão poder invocar em sede de
direito de audição o benefício de execução prévia.
Pressupostos da responsabilidade subsidiaria contra estas pessoas que são gerentes/
administradores da sociedade – artigo 24.º da LGT
Artigo 24.º - Responsabilidade dos membros de corpos sociais e responsáveis técnicos

       1 — Os administradores, diretores e gerentes e outras pessoas que exerçam, ainda que somente de facto,
funções de administração ou gestão em pessoas coletivas e entes fiscalmente equiparados são subsidiariamente
responsáveis em relação a estas e solidariamente entre si:

              a) Pelas dívidas tributárias cujo facto constitutivo se tenha verificado no período de exercício do seu cargo
ou cujo prazo legal de pagamento ou entrega tenha terminado depois deste, quando, em qualquer dos casos, tiver
sido por culpa sua que o património da pessoa coletiva ou ente fiscalmente equiparado se tornou insuficiente para a
sua satisfação;
              b) Pelas dívidas tributárias cujo prazo legal de pagamento ou entrega tenha terminado no período do
exercício do seu cargo, quando não provem que não lhes foi imputável a falta de pagamento.

       2 — A responsabilidade prevista neste artigo aplica-se aos membros dos órgãos de fiscalização e revisores
oficiais de contas nas pessoas coletivas em que os houver, desde que se demonstre que a violação dos deveres
tributários destas resultou do incumprimento das suas funções de fiscalização.
       3 — A responsabilidade prevista neste artigo aplica-se aos contabilistas certificados desde que se demonstre a
violação dolosa dos deveres de assunção de responsabilidade pela regularização técnica nas áreas contabilística e
fiscal ou de assinatura de declarações fiscais, demonstrações financeiras e seus anexos.

Entidades a que se aplica : Administradores


Diretores ainda que meramente de facto
Gerentes
Ou seja, que exerçam funções de administração ou gestão em pessoas coletivas ou
entidades fiscalmente equiparadas.
Esta responsabilidade é subsidiaria face à sociedade e solidaria entre os responsáveis.
Para serem responsabilizados é preciso que sejam dividas tributarias cujo facto gerador se
tenha verificado no período do exercício do cargo/ prazo legal de pagamento ou a entrega
terminou depois, quer seja de direito, quer seja de facto. (24.º nº1 alinea a))
A administração tributária tem de provar:

 Exercício efetivo do cargo  ónus da prova - adm. Tributária


 Culpa na insuficiência do património  ónus da prova - adm. Tributária

Já é diferente o que se passa no artigo 24.º nº1 alínea b)!


A divida tributaria não foi paga no ano em que eu exercia o cargo, ou seja, fui em que tomei
a decisão de não pagar. Aqui têm de ser dividas tributarias cujo prazo legal de pagamento
ou entrega terminou no período do exercício do seu cargo.
Aqui:

 Exercício efetivo do cargo  ónus da prova - adm. Tributária


 Não lhe foi imputável a falta de pagamento  ónus da prova - adm./ gerente.

Responsabilidade dos TOCs, fiscais e ROCs – 24.º LGT


Entidades a que se aplica:
Técnicos oficiais de contas
Membros dos órgãos de fiscalização
Revisores oficiais de contas

Natureza da responsabilidade:
A responsabilidade solidária face ao devedor originário
A responsabilidade solidaria entre os responsáveis

Pressupostos da responsabilidade:
Incumprimentos dos seus deveres – ónus de prova é a AT

27 de abril
A doutora faltou.
4 de maio
Semana da queima.
11 de maio
Dia do teste.

18 de maio
Transmissão e extinção da obrigação fiscal
Princípio geral: intransmissibilidade dos créditos e dividas tributarias – art. 29.º nº1 e nº3
LGT
Exceções:

 Transmissão pelo lado ativo ou sub-rogação nos direitos da Fazenda Publica


 Transmissão pelo lado passivo em virtude de fenómenos de transmissão global
(fusão, sucessão)

Sub-rogação nos direitos da Fazenda Pública

 Condições: (artigo 41.º nº2 LGT e 92.º CPPT)


1. Ter decorrido o prazo de pagamento voluntário do imposto
2. Tenha previamente requerido a declaração de sub-rogação
3. Ter obtido autorização do devedor de imposto ou provado interesse legitimo.

 Efeitos: (art. 92.º CPPT)


1. O sub-rogado conserva as garantias, privilégios e processo de cobrança
2. Vence juros à taxa fixada pela lei civil, se o sub-rogado o requerer (taxa de
juros legais – cf. 559.º código civil)
3. O sub-rogado pode requerer a instauração ou o prosseguimento da
execução fiscal.

As obrigações fiscais do de cujus transmitem-se aos respetivos sucessores – herdeiros ou


legatários.
Só são responsáveis pelas dividas fiscais até ao valor da herança (arts. 2071.º código civil e
827.º CPPT)
Efetivação da responsabilidade (155.º CPPT)
1. Tendo havido partilha – será citado cada um dos herdeiros para pagar o que
proporcionalmente lhe competir.
2. Não tendo havido partilha – será citado o cabeça-de-casal ou, se estiver a correr
inventario, qualquer dos herdeiros.
Ónus de prova da insuficiência dos bens (2071.º cc)
1. Tendo havido inventario – caberá à adm. Tributária a prova da existência de outros
bens e que o bem que me estão a penhorar advém da herança.
2. Não tendo havido inventario – caberá aos herdeiros provar que não existem valores
suficientes para o pagamentos das dividas fiscais.

Outros casos

 As obrigações fiscais transmitem-se aos respetivos sucessores – no caso das


pessoas coletivas, os sócios/acionistas nos termos previstos no código das
sociedades comerciais.
 Ver fusão, cisão e 47.º nº2 do CSC a sociedade incorporando fica com tudo da
sociedade incorporada.

Extinção da obrigação fiscal


Forma normal de extinção da obrigação fiscal é o seu cumprimento voluntario ou coercivo
(arts. 40.º LGT e 85.º e ss CPPT)
Voluntário  O que é efetuado dentro do prazo estabelecido nas leis tributarias. Na falta de
menção, o prazo de pagamento será de 30 dias após a notificação para o efeito.
Findo o prazo de pagamento voluntário:
1. Será extraída certidão de divida e instaurado processo de execução fiscal – arts.
88.º e 162.º CPPT
2. Efetuar pagamentos por conta – arts. 86.º nº4 e 264.º CPPT
3. Pode requerer o pagamento em prestações – arts. 42.º LGT, 86.º nº2 e nº3, 196.º e
ss. CPPT e 29.º a 37.º RCR do IRS e IRC
4. Começam a contar juros de mora – arts. 44.º LGT e 86.º nº1 CPPT e DL 73/99 de
16/03
 Sem prazo – arts. 44.º nº2 LGT
 Findo o prazo de execução espontânea de decisão judicial a taxa será o
dobro – art. 44.º nº3 LGT
Distinguem-se dos:
a) Juros compensatórios – art. 35.º LGT
b) Juros indemnizatórios – art. 43.º LGT

juro de mora aplica-se ao devedor que está em mora, então fora do prazo voluntario.
juro de compensação - o que pago no atraso na entrega de uma prestação que ainda não é
líquida.
Juro indemnizatório - paguei uma prestação tributaria que não me era devida e então há a
indemnização dessa.
Outras formas de extinção da obrigação fiscal
 Dação em cumprimento (40.º nº2 LGT)
1. Antes da execução fiscal – 87.º CPPT
2. Depois de instaurada a execução fiscal – art. 201.º CPPT

 Compensação (art. 40.º nº2 LGT)


1. Por iniciativa da adm. Tributária – art. 89.º CPPT
2. Por iniciativa do contribuinte – arts. 90.º e 90.º-A CPPT

 Prescrição – arts. 48.º e 49.º LGT


1. Prazo geral de 8 anos (cfr. Artigo 48.º nº4 LGT)
2. Inicio do prazo:
 Impostos periódicos – a partir do termo do ano em que se verificou o facto
tributário
 Imposto de obrigação única – a partir da data em que ocorreu o facto
tributário
 IVA e retenções na fonte com natureza definitiva – a partir do início do ano
civil seguinte àquele em que se verificou, respetivamente, a exigibilidade do
imposto ou o facto tributário
3. Interrupção e suspensão – cfr. Art. 49.º LGT – nota: o efeito interruptivo só acontece
uma vez, só há interrupção da prescrição 1 única vez com a primeira causa de
interrupção.
4. Natureza de obrigação natural.
Artigo 49.º LGT – factos interruptivos da prescrição.
Sempre que presto garantia e impeço o fisco de cobrar, suspende-se a prescrição.
Defende-se que não há nenhuma verdadeira interrupção suspensiva.
5. Não se confunde com o instituto da caducidade – art. 45.º e 46.º LGT)
 Prazo geral 4 anos
 Prazo 3 anos – art. 45.º nº2 LGT
 Prazo reporte de prejuízos – art. 45.º nº3 LGT
 Instauração de processo-crime – art. 45.º nº5 LGT
 Prazo de 12 anos – art. 45.º nº7 LGT
Casos de suspensão do prazo de caducidade  cfr. Artigo 46.º LGT

25 de maio
Momentos da vida do imposto
Incidência – encontro do facto com a lei (norma de incidência)
- incidência pessoal (ou subjetiva) – determina quem suporta o encargo do imposto
- incidência real (objetiva) – determina o que é sujeito a tributação: que rendimento, que
património, que despesa
Lançamento:
Liquidação em sentido amplo
- determinação em concreto do sujeito passivo da obrigação fiscal
- determinação da matéria coletável (ou tributável)
Liquidação em sentido estrito:
- determinação da coleta mediante a aplicação da taxa à matéria coletável
- deduções à coleta/acréscimos à coleta (caso as haja)
- com o objeto de apurar o imposto a pagar

Cobrança (ou pagamento)


- pagamento voluntario
- cobrança coerciva

Notas soltas:
A isenção vem depois da sujeição. Primeiramente, a pessoa ou situação estão sujeitos a
imposto, preenchem a norma de incidência, e depois, para corrigir desigualdades, há
normas de isenção.
Nota: (exemplo) No IRS, quem paga – pessoas singulares, residentes em território
nacional ou que pelo menos tenham cá rendimentos.
Impostos sobre o tabaco – intenção moderadora (dissuasor de consumo), mas também
para que os fumadores contribuam para o maior desgaste que ocasionam ao serviço
nacional de saúde, para a segurança social. Há aqui um aspeto extrafiscal e um aspeto
de contribuição para maior desgaste. “intuitos extrafiscais da fiscalidade”.
Menção do livro “Os impostos de pecado” – professor Sérgio Vásquez

A obrigação tributaria não nasce certa, líquida, exigível! Para eu pagar a divida ela tem de o
ser. O segundo momento da vida da obrigação tributária é a sua liquidação, sendo o
primeiro o encontro do facto com a norma de incidência.
A divida de imposto nasce, por natureza, ilíquida, salvo exceções. Quando a divida nasce
ela nasce por liquidar. Às vezes, em menção das exceções desta realidade, como é o caso
da compra e venda de imoveis, a liquidação e o pagamento precedem o ato constitutivo. Ex.
2. Inversão do sujeito passivo no imposto de selo. Se passar os 4 anos do prazo de
caducidade a obrigação não poderá ser liquidada. (relembrar as aulas práticas – 24 de
maio)
A obrigação nasce ilíquida, e depois há um prazo para ela ser liquidada. Este processo de
liquidação, há impostos em que muito bem se distingue uma fase de lançamento e uma
fase de liquidação em sentido estrito, como é o caso do IRS. Na fase do lançamento vemos
quem paga e qual a matéria coletável, e quando encontramos a coleta e fazemos deduções
à mesma temos a fase da liquidação em sentido estrito.
Uma vez liquidada a obrigação, estando certa, líquida e exigível, ela é paga,
voluntariamente e dentro do prazo. Se esta liquidação é feita tardiamente, não é feita no
momento em que devia ter sido feita, ela tem juro compensatório (e não de mora) porque eu
devia ter apresentado a minha declaração de rendimentos até uma data e houve problemas,
e então o fisco veio corrigir, e o que eu tiver a pagar vai ser acrescido de juros. Não estou
em mora porque ela não estava liquidada, mas tenho de compensar pelo atraso na entrega.
Quando a obrigação está certa, líquida e exigida, tenho prazo de pagamento voluntario e
não pago, aí sim estão a vencer-se juros de mora. Os juros de mora tanto se vencem sobre
a obrigação de imposto propriamente dita como em cima do juro compensatório que haja. A
partir daí, como a obrigação fiscal é autotitulada, o que o fisco faz é extrair um título de
divida e citar-me para a execução fiscal, que ela própria faz, por também ser auto-
executória. Aí são penhorados bens, salários, etc, há uma cobrança coerciva, e extingue-se
pelo pagamento se conseguirem. Se não conseguir, faz-se declaração em falhas, mas um
dia descobrem bens e, a não ser que, entretanto, ocorra a prescrição, continuam a
penhorar.
Também se pode extinguir por dação em pagamento, que também é uma forma de
pagamento, mas é uma forma rara e excecional de pagar, ou também se extingue por
prescrição, que já veremos.
A propósito da liquidação, ela é normalmente da responsabilidade da AT, mas é da iniciativa
do sujeito passivo  quem liquida, quem faz as contas, é a AT, e quem dá o pontapé para a
liquidação é o sujeito passivo apresentando a declaração para liquidação do imposto, e
estas não são autoliquidações! Não há uma autoliquidação porque da contraparte está a ser
feito um controlo automático, não é um ato unilateral, apesar de não interagir propriamente
e diretamente com ninguém, apenas com o computador, no portal das finanças.
“Autoliquidar o imposto” – nos casos de autoliquidação a reclamação é obrigatória
Pode ser que seja da responsabilidade do sujeito passivo, que é raro – nestes casos sim,
fala-se de autoliquidação, ou seja, o apuramento do imposto é da competência do próprio
sujeito passivo da obrigação tributária. Não se pode confundir isto com o acima referido das
declarações para liquidação.
Nota: Ver o PowerPoint para exemplos de autoliquidação.
Juros de mora: juros devidos/ penalização pelo pagamento fora de prazo (art. 44.º LGT)
Prescrição da divida: forma de extinção da divida (que tenha sido liquidada dentro do
prazo de caducidade.
O prazo geral de prescrição das obrigações tributarias é de 8 anos (art. 48.º e 49.º LGT)
Há varias circunstancias que interrompem o prazo de prescrição. As circunstancias
interruptivas na lei só ocorrem uma vez, com aquela que aconteça primeiro, e quais são?
São a reclamação graciosa de revisão do ato tributário (49.º LGT), o pedido de pronuncia
arbitral, etc.
O único que levanta problemas é a citação! O sujeito passivo só pode ser citado, em direito
tributário, para o processo de execução fiscal. Aqui poe-se o problema de se aplicar o artigo
327.º do código civil  qual a razão de ser disto? É as ações não prescreverem em juízo.
Ex. temos uma ação de responsabilidade civil, e o direito de indemnização prescreve em 3
anos, não basta propor a ação, é preciso a citação para interromper a prescrição, e com a
citação interrompe-se a prescrição e todo o tempo decorrido vai à vida. Uma ação judicial
na 1º instancia às vezes demora 3 anos, e se o prazo volta a decorrer o direito a indemnizar
prescreve em tribunal. O que acontece? Eu propus a ação para o direito depois prescrever
em tribunal? Não faz sentido, daí o artigo 327.º. Enquanto a ação estiver em curso, que
depois me permite cobrar, não está a correr o prazo.
Sempre que o fisco não consegue cobrar, porque eu consegui suspender o processo de
execução fiscal, a cobrança, o processo está suspenso, impeço o fisco de cobrar, e então o
prazo de prescrição está suspenso. Por outro lado, o artigo 327.º fala do transito em julgado
da sentença, mas o processo de execução fiscal não tem sentença, então o que é a
sentença aqui? Não é nada. A jurisprudência dominante vai no sentido de que a citação tem
este efeito interruptivo no prazo de prescrição.

Artigo “dividas fiscais eternas” – ver link no moodle: APLICAÇÃO DO ARTIGO 327.º DO CC
Á PRESCRIÇÃO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIAFicheiro

Recorte constitucional do sistema fiscal – artigo 104.º CRP


- imposto sobre o rendimento pessoal
- a tributação das empresas
- a tributação do património
- a tributação do consumo

(adicionar aqui o esquema do PowerPoint)


O conceito de empresa não será exatamente o conceito de pessoa coletiva.
Ver PowerPoint  classificações dos impostos (aula 5)
Nota: imposto de circulação – não se paga para circular, paga-se porque se tem carro. Tem
capacidade contributiva porque tem carro. Na norma de incidência está definido como um
imposto sobre o património. Se formos ver a forma como se calcula a matéria coletável do
IUC vemos que tem mais a ver com o desgaste que o carro proporciona/provoca ao
ambiente.

- Impostos diretos
- Impostos indiretos

- Impostos periódicos: a relaçao jurídica fonte da obrigação de imposto tem na sua base
situações estáveis, que se prolongam no tempo renovam-se periodicamente (normalmente,
todos os anos). (Ex. IRS, IRC, IMI, IUC)
- impostos de obrigação única: a relaçao jurídica fonte de obrigação do imposto tem na
sua base um facto ou ato isolado (ex. IMT, IS)
Principal importância pratica: contagem dos prazos de caducidade de liquidação e da
prescrição da obrigação do imposto.

- Impostos de quota fixa: a lei determina que o montante de imposto a pagar resulta de
uma importância fixa. (ex. contribuição audiovisual).

- impostos de quota variável: proporcionais, progressivos ou regressivos


o Proporcionais  a taxa é fixa, o montante a pagar varia com a matéria coletável (ex.
IRC, IMI, IS)
o Progressivos  a taxa aumenta consoante aumenta a matéria coletável, até um
limite (ex. IRS, algumas taxas de IMI (progressividade de escalões))
o Regressivos  a taxa diminui consoante aumenta a matéria coletável (não existe
nenhum exemplo atual, isto seria o contrário de capacidade contributiva)

01 de junho
São Impostos sobre o rendimento  IRS e IRC
São impostos sobre o património  quando adquirimos, a titulo oneroso, o IMT e algumas
verbas do imposto de selo, a titulo gratuito o imposto de selo, quando temos carros o IUC
Imposto geral sobre o consumo: IVA
Impostos especiais sobre o consumo – incidem sobre coisas especiais (ex. tabaco,
automóvel, etc)
Sempre que há uma liquidação de imposto, há um aspeto que os juristas dominam, o
aspeto processual (se foi respeitado o processo ou não), havendo também um processo
substantivo que tem a ver com as garantias, há um aspeto de direito fiscal (ex.
constitucionalidade do imposto) e há um aspeto de fiscalidade e contabilidade que em
Direito não dominamos tanto. Ou seja, o processo tributário corre em cima de ciência que
nós juristas não dominamos  temos de ter uma noção de como os impostos funcionam!

IRS
Imposto sobre o rendimento das pessoas singulares.
Momentos da vida do imposto: a norma de incidência é a que diz quem paga imposto e o
que paga imposto. No IRS temos normas de incidência:
1. Normas de incidência pessoal – artigo 13.º do código do IRS – que residam em
Portugal ou cá tenham residência que preencham a norma de incidência real  1.
pessoas singulares, 2. Residentes, 3. Que cá tenham rendimentos
2. Normas de incidência real
Conceito de residência – ter cá domicilio fiscal e estar em Portugal 180 dias seguidos ou,
não estando cá, manteve aqui domicilio fiscal em condições de se presumir que está cá.
Ex. António, que vive em Portugal, e tem cá rendimentos do trabalho (categoria A) mas,
depois, foi a Espanha, tendo prestado um serviço de categoria B e ganho dinheiro. Em
Espanha ele é não residente, e lá tem uma norma de incidência igual à nossa. O António
pagou imposto em Espanha, por ex. 10 euros à taxa liberatória de 28%. O que é isto? Como
ele é não residente, quem lhe pagou reteve na fonte o imposto. O mesmo se passaria em
Portugal se fosse ao contrario.
Captamos o imposto dos não residentes – “pontos de conexão” – o imposto atua como íman
Agregado familiar  este conceito é um reflexo do principio da consideração fiscal da
família. Não quer isto dizer que o agregado familiar seja sujeito passivo de IRS. Este é um
conceito que interessa para dedução de despesas – posso deduzir as minhas despesas e
do meu agregado familiar. Não é a mesma coisa eu ganhar 1000 euros sozinha, e ganhar
1000 euros e ter 4 filhos (também é, assim, reflexo do principio da igualdade e da
capacidade contributiva).
 Cônjuge
 A pessoa, sozinha, e os seus dependentes a cargo
 Unidos de facto
 Filhos biológicos ou adotados (restritos – art. 13.º)
 Afilhados civis
 Enteados
 Filhos de unidos de facto que vivam connosco
os nossos pais, mesmo que vivam connosco, não fazem parte do agregado familiar!
Isso chama-se um ascendente que vive em economia comum, e pode haver deduções
em relaçao a isso, mas não integram o agregado familiar

incidência real – o IRS, para além de um imposto direito sobre o rendimento, progressivo
por escalões, é um imposto único, não porque é o único imposto que as pessoas singulares
pagam, mas o único sobre o rendimento que elas pagam. Os impostos, conforme a fonte de
rendimento, ainda estão agrupados em categorias (ex. dentro da categoria A temos os
rendimentos do trabalho dependente, dentro da categoria B temos profissionais, na E temos
rendimentos de capitais, na F temos rendimentos prediais, na G temos mais valias, na H
temos as pensões).
A norma de incidência, em bom rigor, também agrupa os rendimentos em categorias.

Não sujeição nota: Só pode estar isento algo que esteja sujeito!
sujeição

Quando o jornal diz que Portugal isenta a tributação a cripto moeda por exemplo, Portugal
não está a isentar, as cripto moedas é que não estão sujeitas a tributação, não está
enquadrado em nenhuma categoria, apenas, não existe norma de incidência, portanto não
existe a sujeição.
O legislador entende que é muito diferente o tipo de rendimento conforme a fonte. É
diferente eu ser medico, ou arquiteto, ou advogado.
Figura das deduções especificas – especificas de cada categoria

António e Berta soa casados e normalmente apresentam o IRS separado, mas pode dar
jeito apresentarem juntos.  quociente familiar. Estando uma pessoa num escalão abaixo,
há que fazer o exercício fictício, simular, para entender se vale a pena ou não.
Entrando na fase de liquidação em sentido estrito as pessoas pegam no rendimento, e
agora suponhamos que o valor é 43.350€ (cabe no 6º escalão), e multiplica-se pelas taxas
do artigo 68.º do CIRS.

Figura das deduções à coleta – artigo 78.º e ss do CIRS

 1º fase – onde deduzo as minhas despesas e da minha família


 2ª fase - Depois de apurado o que tenho a pagar, vê-se o que já paguei, e se paguei
a mais retorna, e se não paguei tenho de pagar

Os rendimentos de capitais pagam imposto à taxa liberatória – quando recebo dividendos,


juros, lucros, são retidos na fonte 28% de imposto.
Rendimentos que pagam imposto a uma taxa autónoma  a conta faz-se fora do IRS

Imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas


Ele é um imposto também periódico, incide sobre o rendimento das pessoas coletivas e de
outros entes sem personalidade jurídica (espécie de patrimónios autónomos – ex. herança
jacente, das sucursais das empresas, sociedades irregulares). Tem um conceito muito mais
amplo, não agrupa em categorias, e não cabendo não é tributado. Nota. Não há IRS sobre
aquisições gratuitas, então não cabe no IRS, enquanto que no IRC cabe tudo. Uma
empresa se receber uma herança e um legado não paga selo, e então isso contribui para o
lucro dela.
A situação patrimonial da pessoa coletiva é composta pelo que ela tem, e algumas coisas
valorizam (pelo valor de mercado) e outras desvalorizam (pelo valor do mercado ou porque
as coisas quando as compramos têm uma certa “vida” útil).
Tributações autónomas  são impostos acessórios que estão dentro do IRC, são medidas
especiais. são determinadas coisas que pagam uma determinada taxa de IRS e são custos
e não rendimentos que pagam taxas. Se uma pessoa coletiva comprar um carro, ele não é
custo, nem é depreciado, é património, e então paga tributação autónoma. Coisas que
pagam tributação autónoma, para alem dos carros – ex. Transferências de e para offshores
Há isenções aos carros elétricos, a alguns híbridos,…
Derrama  “aquilo que se deita por fora” – estadual e municipal.

15 de junho
Relembrar….
Em IRS o que se mede é o que nós ganhamos durante o ano, enquanto que no IRC o que
se mede é a situação patrimonial num ano relativamente ao outro.
Pessoas singulares em IRS vs. Pessoas coletivas ou (..)
Os rendimentos em IRS são parcelados até na fase do lançamento e em IRC são tratados
todos iguais.
No IRS, o rendimento, até à fase do englobamento, o vai ser distribuído em categorias.
Nesta fase os rendimentos são tratados de forma diferente para se poder fazer as deduções
que diferem relativamente a cada categoria.
Retenções na fonte com natureza de pagamentos por conta vs pagamentos por conta
propriamente ditos.
Não se abarca aqui retenções na fonte a titulo definitivo – estes rendimentos já foram
tributados separadamente e então já foram liberados.
Há outro conjunto de impostos – impostos sobre o património – os mais importantes são
sobre o imobiliário.
Imposto único de circulação – automóvel – sobre este, é imposto que pagamos para ter o
carro, e era confundido com uma taxa porque se achava que se pagava para circular com o
carro, e não é isto. Poderia era ser considerado uma contribuição por maior desgaste
ocasional. O IUC é pago em função da cilindrada do carro, das emissões de carbono, e não
em relação aos quilómetros que eu faço. A lei resolveu isto melhorando o texto da norma de
incidência e então percebe-se que este não tem nada a ver com a circulação.

Outros impostos sobre o património, que evidenciam claramente a capacidade contributiva,


são o IMI e o IMT e algumas verbas do código do imposto de selo. Este ultimo não o
conseguimos categorizar porque é um imposto que capta muita coisa!
O IMT é o imposto municipal sobre as transmissões onerosas de direitos reais sobre
imóveis.
Quem é o sujeito passivo do IMT?
O adquirente do direito de propriedade ou dos direitos parcelares do direito de propriedade.
Quando a aquisição é onerosa há dupla tributação económica – o IMT é a receita do
município e o imposto de selo é receita do cofre do Estado.
As aquisições gratuitas de direitos reais sobre imoveis já não pagam IMT, já só são
tributadas em imposto de selo, tal como as restantes aquisições gratuitas de outras coisas.
Se além disso a herança tem imoveis, por exemplo, tem 2 verbas.
Importante  no IMT vigora um principio de substancia sob a forma – o artigo 2.º do código
do IMT não tributa apenas o que no direito civil são aquisições de direitos reais sobre
imoveis!
Também são tributáveis porque o interesse económico subjacente é igual à transmissão as
tais realidades. Ex. um contrato de arrendamento que diga que no fim do arrendamento o
crédito está pago pelas rendas.
O IMT normalmente é pago e liquidado antes do facto translativo, antes de nascer. O
notário ou advogado não pode autenticar o contrato translativo da propriedade sem que se
mostre liquidado e pago quer o IMT quer o imposto de selo devido.
O IMT está intrinsecamente ligado ao IMI. Qual é a matéria coletável do IMI? É através das
regras do IMI que chega ao VPT que é o valor patrimonial tributário dos imoveis. Nos
terrenos para cultivo continua a ser um conceito do rendimento que eles podem dar, mas
nos terrenos urbanos agora são avaliados pelo valor de mercado, o valor de uma potencial
venda. São avaliados com base numa formula matemática que tem em conta o metro
quadrado e o preço do metro quadrado (615 euros) e depois a idade do prédio, elementos
que valorizam o prédio (ex. vistas ou piscina), etc.
IVA – é um imposto indireto que incide não sobre o rendimento quando o tenho ou ganho
mas sobre a despesa em bens de consumo. São os chamados impostos legalmente
repercutidos a terceiros – quem preenche a norma de incidência não é aquele que suporta o
encargo do imposto. Esses são os contribuintes indiretos. Quem suporta o encargo do
imposto? Se eu bebo uma coca-cola, sou eu que suporto o imposto.
Exame – conjunto de perguntas teóricas, umas mais de desenvolvimento, outras mais
curtas, e um caso pratico de prescrição/caducidade e eventualmente algo básico de IRS.
“imagine que alguém celebra x contrato. Isto preenche uma norma de incidência em IMT?”
Principio da substancia em IMT
Nota sobre as orais de sucessões: quem vai a oral com 7 e 8 (a sucessões) é porque as
doutoras ficam em duvida se dão oportunidade para convencermos as doutoras. É
necessário muita preparação e estudo. Nota: para estudar para a oral é importante estudar
pelo livro.

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